Agricultura familiar é modelo em agrecologia e sustentebilidade no Semiárido

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Ano 7 • nº1206 Dezembro/2013 Porteirinha

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Agricultura familiar é modelo em agroecologia e sustentabilidade no Semiárido Mineiro

Pé de jabuticaba carregado

Seu Piu e Dona Neusa de baixo do pé de jaca

Os agricultores Antonino Nunes de Brito de 77 anos e Maria Neusa Nunes Brito de 62 anos são casados há 42 anos. Juntos têm 6 filhos: Orlando, Fernando, Juverlando, Aderlando, Ernando e João Antônio Edilano. O casal mora na comunidade Mantena que fica há 5 Km da cidade de Porteirinha/MG. Seu Piu, como é mais conhecido, é um exemplo de perseverança e alegria. Desde criança, com 3 anos idade ele já ia para a feira da cidade de Porteirinha levado pela família, para vender na feira parte da produção, como rapadura, doces, farinha, beiju, frutas, verduras e hortaliças. A moeda usada na época ainda eram os réis, ou conto de réis. Ele conta que era tão novo que só sabia trocar os medalhões, como chamava as moedas por serem grandes, pelos produtos. Quando jovem, Seu Piu ajudava os pais na roça, na casa de farinha e no engenho na produção de rapadura. Boa parte dessa produção quando não era para o consumo da própria família era vendida na feira ou oferecida de porta em porta. A família contava com a ajuda de muita gente tanto na produção como na colheita dos produtos. Os vizinhos, amigos e parentes se ajuntavam para ajudar e trabalhar no mutirão na véspera da feira. Eram momentos de muita alegria onde todos trabalhavam muito, mas a fartura era certa. Anos depois, Dona Neusa e seus pais passaram a levar parte da produção de Seu Piu para vender na feira, como muita gente fazia na época. Foi quando Seu Piu e Dona Neusa se aproximaram e se casaram. Nesta época, Seu Piu já tinha duas filhas, Tereza e Elizene, que moraram com eles durante boa parte da infância e adolescência. A família passou a ter a sua própria casa de farinha (conhecida como tenda de roda) e seu próprio engenho para fazer rapadura. O trabalho era sempre em mutirão e quando a mandioca estava em falta faziam na meia. Quem tinha mandioca levava para fazer a farinha e depois repartiam a produção. Além da farinha e rapadura também faziam muito doce de goiaba, pamonha e mingau. Mantinham a banca na feira sempre com muita diversidade de produtos.


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