Ano 8 • nº1232
Janeiro/2014
Triunfo - PE
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Soberania e segurança alimentar às margens do rio Pajeú Antônio Alves de Queiroz, 61 anos, mais conhecido como Antônio do Veio, é um agricultor de referência na comunidade onde mora. Nasci e mim criei aqui, no sítio Enjeitado, município de Triunfo. Quando eu era pequeno, o rio Pajeú era lá do outro lado, a vazante vinha até o meio do rio. Eu, pequeno, ajudava meu pai a plantar fumo e aguar... Plantava cana, batata, tudo que tinha de bom naquela época boa de inverno, tinha uns anos variados, mas ainda era melhor do que hoje. No ano de 1964 seu pai faleceu e a família se espalhou “minha mãe foi pra o estado de São Paulo, com um tempo também fui. Em 1997 vim embora com minha esposa, o sítio estava abandonado, os rendeiros acabando, desmatando tudo. Hoje já está reflorestado, com muita muda plantada, muita muda nova. Comecei a cercar por minha conta, através dos programas que via na televisão. Assim que retornei de São Paulo conheci o Centro Sabiá, que foi ensinando a gente a trabalhar, a fazer uso do inseticida natural de nim, fumo e urina de gado, para assim produzir alimentos saudáveis. A partir de então plantei umas mudas de espécies frutíferas. Com incentivo do Centro Sabiá passei a levar produtos da minha produção como milho, feijão, melancia, abóbora, batata, arroz e alface, para comercializar na feira agroecológica do município de Triunfo”, conta o agricultor. “Fazer parte da feira me ajudou muito porque havia pouco tempo que tínhamos chegado de São Paulo. Mas, no ano de 2004, sai da feira porque começaram as estiagens. Achei melhor parar porque não tinha produção suficiente para levar pra comercializar”, recorda seu Antônio. Em 2007, ele conheceu a ADESSU Baixa Verde (Associação de Desenvolvimento Rural Sustentável da Serra da Baixa Verde), à qual é associado, que tem o compromisso de orientar as famílias agricultoras a não desmatar, não fazer queimadas e nem uso de veneno. “A vida de hoje está melhor do que a que tinha antigamente, por conta de estar mais preparado, pois sempre que sou convidado, participo dos intercâmbios e de formações, tocando a vida com mais conhecimento e mais aprendizagem.