Segurança alimentar: A base de uma vida saudável

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boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 8 • nº1919 Julho/2014

sendo o de feijão 100,00 reais e o de milho 30,00 reais, seu Mareval considera mais lucrativo plantar mandioca. Ele plantou 15 quilos de feijão e pretende colher 10 sacos lá para setembro e de milho plantou 15 quilos e pretende colher 30 sacos lá para outubro, pois o milho rende mais na safra. As expectativas dele é fazer mais plantio, “só penso em crescer, eu já parei de crescer no tamanho, mais no trabalho eu só penso em aumentar, em quanto Deus me dê a saúde eu só penso em desenvolver. Quero plantar e colher uma comida saudável por que aquela que vem de fora chega com muita droga, é uma comida que não é sadia. Hoje se compra um tomate na feira vem bem maduro e é pedrado, aquilo deve ser a droga que é muita e essa daqui ninguém usa agrotóxico, isso é uma coisa gostosa. Um exemplo é esse meu sogro que sempre viveu da agricultura, apesar de ter uma bolsa cheia de exames não tem nenhum colesterol”, exclama o agricultor que apesar da idade, ainda tem o sonho de retomar a plantação de mandioca.

Mata Grande Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Segurança Alimentar: A base de uma vida saudável

No quintal produtivo de seu Mareval, em pouco espaço tem muita coisa, cria galinhas para consumo, 2 bois para o trabalho, 2 cavalos e planta: feijão de corda, maxixe, mamão, capim, pinheiro, milho, andu, capim santo, seriguela, bananeira, abacaxi, coentro, pimentão, cebolinha, roseira, fava, castanhola, acerola, uva, goiaba, limão, feijão, laranjeira, mastruz, alho, hortelã, erva cidreira e plantas medicinais. Dona Maria do Socorro tem a pretensão de plantar tomate para completar a sua horta e seu Mareval deseja criar ovelha, não pode comprar por que está caro, e fala do sentimento de saudade de cria-las, espera que, quando estiver comercializando o excedente do seu quintal produtivo, consiga comprar as ovelhas.

Todos os dias na comunidade Boa Vista, localizada no município de Mata GrandeAl, via-se de longe que nenhum empecilho iria tirar o foco de Mareval Fagundes de Souza, 55, que com muito esforço e dedicação conseguiu transformar a sua propriedade vazia e sem vida em um quintal produtivo. Justo em dias como esses, de chuva, acorda não toma café, vai logo olhar para os animais, em seguida dá de comer aos bois, e agora sim tomar café. Depois de tudo organizado é hora de cuidar da terra, sua prioridade é que esteja tudo preparado para receber a chuva do inverno. Ele já está na comunidade há mais de 28 anos junto a sua esposa Dona Maria de socorro de Souza, 63, e o sogro José de Souza Silva, 91. Na sua infância o pai não acreditava que a escola pudesse dar um futuro a seus filhos, confiava na agricultura para gerar renda e assim estudou até a 4ª série, “o tempo que eu estava na escola iam lá e avisavam de outro serviço que tinha que fazer na roça, portanto o estudo ficou pouco”, relembra Mareval. Realização

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