Ano 8 • nº1964 Julho/2014 Bodocó
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
A fartura que vem de uma vida de luta Dona Alaíde tem produção diversificada e garante alimento o ano todo
Foto: Elka Macedo
N
o fim de uma estrada estreita de chão que liga o povoado de Sipaúba ao Sítio Bom Retiro, município de Bodocó, dá pra avistar o verde que desponta das terras de Alaíde Dionísia Lins. Aos 62 anos de idade, ela mantém um quintal produtivo diversificado com a água de uma cacimba, para ajudar no crescimento das plantas ela utiliza adubo à base de esterco e cobertura morta. Práticas que ela aprendeu com vizinhos e em uma das capacitações que participou para receber a cisterna de 16 mil litros. Coentro, rúcula, cebolinha, quiabo, salsa, goiaba, macaúba, acerola, berinjela, mamão, banana, côco, romã, tamarindo e abóbora são algumas das culturas que a agricultora produz para consumo e venda. Além disso, ela cria ovelhas, cabras, bovinos, porcos, galinhas, perus, guinés e patos. À cerca de trinta anos Dona Alaíde lida com a terra, e foi com a venda do que produz na roça que criou os sete filhos. Dois deles ainda vivem com a agricultora e a ajudam na produção. Ela conta que começou a plantar com a ajuda da filha de uma vizinha que a ensinou a fazer os primeiros canteiros e incentivou que ela fizesse os “mói” para vender. Depois que viu que era uma forma boa de gerar renda, Dona Alaíde nunca mais parou, e todas as sextas-feiras sai com sua bicicleta para fazer a venda porta a porta na comunidade de Sipaúba, onde a clientela é certa.