Unir sementes, saberes e sabores no arado resultam em boa colheita agroecológica

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Este ano a Feira Agroecológica de Serra Talhada(FAST), está completando 14 anos de existência e resistência, e quem merece os parabéns são elas e eles.

Ano 8 • nº1899 Junho/2014 Serra Talhada Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Unir sementes, saberes e sabores no arado resultam em boa colheita agroecológica

Quanto mais a gente passeia pelas terras deste imenso Semiárido, mais conhecemos histórias maravilhosas! Aqui no Sertão do Pajeú, cada comunidade tem um livrinho de sabedoria mais gostoso do que o outro. Só que quando todos esses livrinhos se reúnem aos sábados, das 06h às 12h, na Praça Sérgio Magalhaes, no centro de Serra Talhada, a biblioteca fica completa! O que não faltam são cores, brilhos, sabores e saberes num espaço chamado Feira Agroecológica de Serra Talhada-FAST. É isso mesmo! Há 13 anos, camponesas e camponeses de comunidades rurais dos municípios de Triunfo, Santa Cruz da Baixa Verde e Serra Talhada deixam suas casas ainda com o céu estrelado e pegam a estrada rumo à FAST. Lá, elas e eles trocam aquele velho abraço fraterno, o cumprimento de bom dia e só depois começam a montar suas barracas de cores verde e branca. Aos poucos elas vão ficando coloridas, cheias de produtos fresquinhos e sem agrotóxicos. Uma diversidade de frutas, hortaliças, legumes, grãos, polpas de frutas, plantas medicinais, remédios caseiros, produtos de origem animal (ovo e galinha da capoeira, peixe, bode e derivados de leite, tortas e bolos, sucos e chás, café e tapiocas recheadas, cuscuz e xerém, leite e galinha caipira, arroz vermelho e rapadura orgânica, causos e contos. Atualmente 21 famílias comercializam na FAST. Hoje nós vamos conhecer a história de Dona Geraldina Tavares, Adenilde Ana da Silva, Maria Silvolúsia Mendes e Ivanildo Barbosa da Silva.

Apoio

Realização

20 Anos

Fomos à casa de Dona Geraldina bem cedinho, ela ainda nem tinha acendido o fogão a lenha. Mas isso não foi problema, pelo contrário, enquanto ela acendia contava sua história. Aos 62 anos, mãe de cinco filhos, a senhora Geraldina chegou no Assentamento Poço do Serrote, em Serra Talhada, no ano de 2004. Trazendo na bagagem alguns ensinamentos dos mais antigos, ela aprimorou o dom de curar pessoas com seus lambedores caseiros. De criança a adulto, para cada idade tem um remédio feito no tradicional fogão à lenha. Além disso, ela


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