ORGANIZAÇÃO COMUNITÁRIA PROMOVENDO GERAÇÃO DE RENDA E A SUSTENTABILIDADE LOCAL

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Ano 8 • nº1785

Junho/2014 Itinga

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

ORGANIZAÇÃO COMUNITÁRIA PROMOVENDO GERAÇÃO DE RENDA E A SUSTENTABILIDADE LOCAL

ELZA, MARLY, ANTÔNIA, SIRLENE, CÁSSIA, MARÍLIA, ENI, ANELY, FIDELCINO

Desenvolvimento, oportunidade local e geração de renda é o tema do Grupo Gold Padre Mário Uzan, município de Itinga, em Minas Gerais. O grupo é formado por doze mulheres e um homem, e desde 2011 promove o desenvolvimento local autossustentável bem como a geração de renda com as quitandas, doces e artesanatos que são produzidos na própria comunidade e comercializados depois. Mesa farta, união e dedicação não faltam nesse grupo. Alegres, criativas e simpáticas, essas mulheres fortalecem o desenvolvimento e a agricultura familiar local. “Nossa intenção é não comprar quase nada, e usar nossos próprios produtos, assim a gente ajuda a própria comunidade, os ovos, a goma, o leite, a manteiga, e até o café é daqui” conta Eni.

Como tudo começou A associação vem a partir de uma metodologia de organização comunitária facilitada pela AMAI (Associação dos Moradores de Itinga) e iniciou com 04 mulheres no dia primeiro de Junho de 2011. Eni Ferreira de Oliveira, coordenadora do grupo, conta que abraçou a causa desde o início, ela diz que as dificuldades enfrentadas no início serviram para fortalecer o grupo ainda mais. “Começamos a associação a partir de conversas e reuniões que a AMAI fazia na comunidade em 2011. No início éramos 04 mulheres, tínhamos muitos desafios, pois o caminho era longo, e muitas desacreditavam nos trabalhos. Nossa comunidade era muito distante, nós mal encontrávamos, geralmente era mais em cultos ou missas que eram celebradas na comunidade”, diz Eni. A mudança na comunidade Eni conta que, antes a comunidade trabalhava individualmente. “A maioria das famílias fazia farinha e trabalhava nas lavouras, a gente não valorizava os dons que cada um tinha, e depois da associação essa realidade mudou muito, além de tudo conseguimos varias conquistas, uma delas é a luz elétrica na Igreja da comunidade que não tinha, outra é a preparação do batismo na comunidade, antes as pessoas tinham que se deslocar até a cidade, hoje não precisa mais, depois do culto a gente se reúne para planejarmos nossas ações, dessa reunião saem nossos avanços e desafios, é onde esclarecemos nossos problemas. “relata Eni A associação se divide em dois grupos para a preparação das quitandas, as mulheres se dividem para facilitar os trabalhos, devido o espaço que não é muito grande, depois de tudo pronto elas reúnem e o que foi feito e vendido na própria comunidade. Sr. Fidelcino é o único homem na turma, ele conta que é uma satisfação Assando as quitandas trabalhar com o grupo de mulheres. “Não sei fazer bolo, nem pão, mas ajudo nas reuniões e trago sempre algumas coisas que produzo na lavoura, além de tudo ajudo o grupo a solucionar os desafios, isso me realiza”, pontua ele. Além dos biscoitos, são vendidos, corantes (urucum), farinha de mandioca, café torrado, panos de pratos artesanais, e hortaliças que são produzidas nos quintais, entre outras.


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