Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Ano 8 • nº 1535 Dezembro/2014
Para a agricultora, a vida melhorou muito, pois além de não faltar comida na mesa, eles conseguem vender o excedente no povoado vizinho. Quando acontece deles não entregarem os produtos, a clientela sente falta e isso lhes deixa muito felizes.
Ouricuri
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
A família enfrentou um longo período de estiagem, mas mesmo assim consegue plantar uma variedade de frutas, verduras, plantas medicinais e até abacaxi tem na roça. Dona Maria e seu Antônio plantam numa área próxima à barragem comunitária, junto com outras mulheres da associação, como estratégia de economizar a água da cisterna-enxurrada. Sendo assim, eles resolveram plantar hortaliças no entorno da barragem e as frutíferas e plantas medicinais na área da cisterna. Assim, foi possível garantir a produção mesmo durante a seca e manter a criação de caprinos, galinhas caipiras e porcos.
De mãos dadas com a agroecologia, família sertaneja encontra harmonia
na diversidade
A família está na expectativa para a chegada do inverno, pois a ideia é aumentar os canteiros. O desejo de dona Maria é ampliar o galinheiro e a prática de gotejamento com garrafas pet, que é uma técnica interessante para poupar água. “Não quero sair daqui de jeito nenhum. Minha vontade mesmo era trazer pra cá de novo os meus filhos, que se foram”, resume a agricultora.
Realização
Apoio
No Sítio Laginha, município de Ouricuri, Araripe pernambucano, dona Maria Monteiro de Sousa Viana, de 51 anos, mora com o seu esposo Antônio Gomes Viana, da mesma idade, e duas filhas: Isabel Viana de Sousa, de 13 anos, e Marta Viana de Sousa, de 8 anos. Casados há 29 anos, eles tiveram 7 filhos e desde 1987, vivem na propriedade de 15 hectares, que é de herança do pai de seu Antônio. A agricultura sempre foi a única atividade exercida pelo casal, mas naquela época a realidade era outra. “A gente tinha que levantar de madrugada e percorrer quase 6 quilômetros de carro de boi para pegar água num açude. Já chegava lá com o dia amanhecendo e quase sempre eu aproveitava para lavar a roupa”, relembra a agricultora.