Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Ano 4 | nº 68 | fevereiro | 2010 Castelo do Piauí - PI
Quintal produtivo garante renda extra para família do semiárido No município de Castelo do Piauí, a 35 km da zona urbana existe uma comunidade chamada Marruá, lá moram 11 famílias e uma delas é a de Dona Filomena Maria Teixeira Lima de 65 anos e Paulo Teixeira Lima, 58 anos. O casal tem uma bonita história de vida e dedicação à terra na qual vivem e é essa história que vamos conhecer. Dona Filomena conta que nasceu e se criou na comunidade Marruá, ela é filha de José Teixeira Sobrinho, conhecido como Cazuza, e Maria Marcolina da Rocha. Em seus primeiros casamentos Dona Maria Marcolina teve três filhos e Seu Cazuza nove filhos. Com a morte da esposa de Seu Cazuza e o fim do casamento de Dona Marcolina, os dois se conheceram e resolveram se juntar, desta união nasceram oito filhos, um deles é Dona Filomena. Seu Paulo é O casal em seu quintal produtivo, garantia de renda extra filho de José Alves Lima e Francisca Alves para a família. Teixeira irmã de Seu Cazuza, Dona Filomena e Seu Paulo são primos legítimos. A agricultora conta que quando os dois se casaram ela estava com 30 anos e Seu Paulo com 22 anos, o fato de serem primos e a diferença das idades não impossibilitou o sentimento entre os dois, que casaram, tiveram três filhos e há 36 anos vivem juntos. Dona Filomena conta que Marruá significa boi reprodutor, mas não sabe dizer o porquê do lugar ter recebido esse nome. A comunidade fica em uma região semiárida de Castelo do Piauí e por isso a maior dificuldade para os moradores do local era a falta d'água. De acordo com Dona Filomena as famílias de lá utilizavam a água de um poço cacimbão para tudo, mas quando o poço secava, geralmente no mês de outubro, as famílias tinham que caminhar léguas até um olho d'água distante conhecido como Pé da Serra para buscar água. Seu Paulo diz que a cisterna pequena, como eles chamam a cisterna de 16 mil litros do Programa “Um Milhão de Cisternas Rurais” (P1MC), foi uma bênção de Deus mesmo com as dificuldades em construí-la. De acordo com ele foi uma luta grande para cavar o buraco, o que fez a família até pensar em desistir, “foi muita dificuldade, o terreno era muito duro, ruim para Seu Paulo divide com a mulher o trabalho de cuidar dos cavar, nós arranjamos uma reta escavadeira, mas canteiros. a máquina quebrou, foi concertada e voltou a
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