Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Ano 6 | nº 895 | outubro| 2012 Nova Fátima - Bahia
A persistência das mulheres artesãs de Pituba Há doze anos na Comunidade Pituba, no município de Nova Fátima, um grupo de mulheres iniciou o trabalho de produção de artesanato com a fibra de sisal, fabricando manualmente bolsas e tapetes. A inspiração para o trabalho veio de um intercâmbio que elas participaram em Valente, a partir de então algumas fizeram cursos e multiplicaram o aprendizado com as demais. O grupo atualmente é formado por 15 mulheres. A necessidade de trabalhar era algo forte dentro comunidade, as oportunidades eram poucas como recorda Celina Souza dos Reis, uma das fundadoras do grupo de Grupo de Artesanato da Comunidade Pituba Artesanato da Comunidade Pituba, como elas gostam de ser chamadas. “A gente viu a necessidade das mulheres da comunidade buscando trabalho. Aqui não tinha ninguém que fazia artesanato, foi o intercâmbio em Valente que despertou a gente, aí cinco pessoas foram tomar o curso e hoje só temos eu e Dionísia. Fomos ensinando as outras colegas, todo mundo aprendeu e hoje tem 15 pessoas. No começo o técnico Raimundo, da EBDA esteve aqui, fez visitas, fomos às visitas em Valente e aí achamos por bem começar fornecendo para o Instituto Mauá, em Salvador, que tiveram aqui também nos visitando, aí a gente iniciou esse trabalho” As atividades do grupo vieram para complementar a renda das mulheres, que trabalhavam na roça para ter o sustento da família, mais que não tinham uma renda própria, como afirma Maria de Lourdes Oliveira dos Santos. “Essa renda daqui é pouca, mas a gente também trabalha na roça, algumas também fazem sequilhos, quando tem uma entrega já é uma coisa boa, eu trabalhando nele eu sei que eu vou ter aquele dinheiro para resolver minhas necessidades. Nos já visitamos comunidades, demos cursos, ganhamos algum dinheiro, mesmo trabalhando com pouco lucro dá pra tirar algum dinheiro, então eu acho que é muito importante, já houve tempo da gente querer acabar, mas a gente está olhando os pontos positivos, nós vamos chegar lá”. “É uma fonte de renda que a gente achou por melhor, teve uns tempos parado, mas nunca ficamos sem trabalho. A gente vem com doze anos, vem continuando, cada vez que chega uma visita no trabalho a gente fica feliz por que é fonte de renda para as mulheres. Eles compram o nosso produto. A gente compra na APAEB de Valente o fio do sisal e produz aqui na comunidade”, explica Celina.
Desafios O trabalho vem contribuindo para a melhoria de vida, mais as mulheres ressaltam que ainda há muitos
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