Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Ano 6 | nº 986 | Outubro| 2012 Curaçá - BA
Troca de experiência entre agricultoras gera bons frutos no interior de Curaçá As agricultoras Djalva Brandão e Maria da Penha Cunha, moradoras da região de São Bento no interior de Curaçá, sertão da Bahia, tem muitas histórias em comum. Desde criança, essas duas mães de família mantém os quintais de suas casas repletos de verduras e fruteiras cultivadas com muito zelo. Dona Djalva, mais conhecida por “Preta”, é mãe de cinco filhos, sendo que a mais velha, Noêmia, segue de perto os passos da mãe. A família mora numa pequena propriedade denominada Bom Socorro. Nos períodos de inverno, cultivam feijão, milho e mandioca. Já na propriedade de Maria da Penha, que fica na sede do povoado São Bento, existe também os mesmos tipos Maria da Penha e Djalva - agricultoras do interior de Curaçá de cultivos. Porém, nesse período de estiagem, as duas agricultoras estão ao mesmo tempo, aproveitando suas experiências e investindo um pouco mais no plantio de maracujá, laranja, pinha, mamão e outras frutas que produzem bem na região. Além de uma diversidade de frutas que tanto embelezam as suas roças, dona Preta e dona Maria da Penha não dispensam o cultivo de hortaliças e verduras. Nas duas propriedades é fácil encontrar canteiros de coentro, cebolinha, rúcula e alface. As coincidências não param e quando alguém pergunta qual o destino de toda essa produção, as agricultoras tem a mesma resposta: alimentar a família e vender aquilo que sobra. CONTRIBUIÇÃO DO P1+2 É importante lembrar que essas duas agricultoras que planejam suas propriedades de forma tão parecidas, estão sempre em contato. Quando sobra um tempo, uma visita a roça da outra para verificar o desenvolvimento de uma cultura ou qualquer outro experimento. Essa troca de experiências nasceu em 2009, com a chegada das cisternas-calçadão construídas pelo programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), que na região é executado pelo Irpaa. As cisternas asseguram a água que irriga os canteiros e as fruteiras que produzem o ano inteiro. Nas duas propriedades existem ainda um suplemento de água que vem de poços artesianos perfurados próximos das áreas cultivadas, o que tem ajudado bastante nesse ano de seca prolongada.
Quintal de Djalva repleto de fruteiras e verduras
Djalva, Maria da Pena e seus filhos: Noêmia e Atirson
Agricultoras exibem laranja gigante
Bahia