Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Ano 6 | nº 961 | novembro | 2012 Araripina - Pernambuco
Uma nascente de prosperidade O distrito de Nascente tem cerca de 12 mil habitantes e está situado há 40 quilômetros do município de Araripina, Sertão do Araripe de Pernambuco. A localidade ganhou esse nome, devido a existência de uma cacimba chamada olho d'água, que junta com outras menores, formavam “nascentes” de água. As primeiras famílias que habitavam o distrito, viviam em volta da cacimba, considerada a única fonte de água e riqueza, já que até hoje ela nunca secou. É nesse contexto que a família de Francisca Maria de Sousa, de 33 anos, e Clerisvaldo Pereira do Nascimento, de 36 anos, está inserida. Numa propriedade de 2,5 hectares, no Sítio Caldeirão II, o casal de agricultores mora com os seus quatro filhos: Evilásio Mateus, de 14 anos; Everlânia A família distribui as tarefas da roça. Maria, de 13 anos; Jaiene Pereira, de 8 anos e Marisa Horanni, de 6 anos. Casados há 16 anos, Francisca e Clerisvaldo nasceram na comunidade e residem na mesma propriedade há 13 anos. Antes disso, eles moravam na casa da família que Clerisvaldo trabalhava como diarista na roça, e era com esse dinheiro que a família sobrevivia. Nessa época, o agricultor e agricultora tinham vontade de adquirir um pedaço de terra para trabalhar, então o pai de Francisca doou o terreno e também ajudou na construção da casa. Quando a família se mudou, as dificuldades começaram a aparecer. Eles gastavam cerca de uma hora por dia para pegar e trazer água da cacimba pra casa. A água só era utilizada para consumo humano e doméstico, pois só plantavam feijão e milho no período de inverno. A agricultora conta que a vida só começou a mudar com a conquista da cisterna de 16 mil litros há 7 anos. Em janeiro de 2012, a família foi beneficiada com a cisterna calçadão, uma tecnologia do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA). “Nós gostamos muito, mas acho que ele é mais interessado, pois ele adora as verduras e também cuidar da terra. Depois desse calçadão, ele vive mais em casa, quando não está na roça, está aqui muito feliz”, afirma Francisca.
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