O cheiro, a cor, o olhar da Juventude Rural

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Ano 7 • nº1357 Julho/2013 Itapipoca

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

O cheiro, a cor, o olhar da Juventude Rural Quando um grupo de jovens do meio rural se encontra, o que acontece? Quando a juventude se organiza e se identifica com a sua comunidade rural, que mudanças são geradas? Quando esse mesmo grupo é capacitado, e esses jovens são instigados a ter um novo olhar sobre o meio rural, sobre eles mesmos, sobre a vida no campo. O que acontece? O que provocam neles? Com certeza foi a transformação do olhar sobre a sua comunidade. Transformar realidades, modificar os olhares, pensar em novas possibilidades de viver no meio rural, conviver com o Semiárido cearense foi uma das grandes transformações que esse jovens Encontro Territorial da Juventude em Itapipoca o b t i v e r a m n o a n o d e 2 0 11 e q u e v e m continuamente acontecendo no território dos Vales do Curu e Aracatiaçu. Fabiana Menezes, 28 anos, do assentamento Várzea do Mundaú- Trairi no seu depoimento: “Eu morei oito anos em Fortaleza e não queria ser agricultora, tinha preconceito mesmo. Mas voltei e fui aprendendo como é, a dar valor, e hoje ajudo meus pais. A gente tem uma horta e todo projeto eu digo 'pai, pode pegar que a gente cuida'. Na quarta, quando vamos arrumar as coisas para a feira, eu fico impressionada com o quanto a gente tira, porque é tudo do nosso quintal”, conta. O Projeto Terra Viva: Um Novo Olhar sobre a Juventude Rural, realizado pelo Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador (CETRA), teve início em 2011 com o apoio do Fundo Itaú de Excelência Social (FIES), que trabalha para que a juventude rural dialogue com seu meio, enxergando-o como um espaço de possibilidades para crescimento e felicidade. Desta forma, vem a inserir novos elementos nesse espaço, como a comunicação popular, que vai trabalhar a identidade, tanto através das fotografias do Semiárido cearense, tanto com a oficina de comunicação virtual, nas ações houve oficinas de beneficiamento do coco, de segurança alimentar e de pintura em blusas. Regilane Alves dos Santos, 18 anos, mora na comunidade Sítio Coqueiro do assentamento Maceió- Ceará, segundo a jovem: “As oficinas eram no intuito de os jovens terem noções do que eles podem fazer na comunidade, que era pra gente continuar na nossa comunidade, por que existe muito êxodo rural, principalmente dos jovens que não sabiam como poderiam se manter na sua comunidade. Muitos jovens tinham vergonha de dizer que vínhamos de comunidades rurais, com o encontro territorial da juventude rural, nós conseguimos dizer que éramos de Rojany Santos e Regilane Alves fazendo composto orgânico comunidade rural, de área de assentamento, e que somos jovens agricultores/as”.


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