fotos: Point da Photo
EMPREENDEDORISMO
Renê e sua família
Renê Marques Mesmo diante uma longa história repleta de contratempos que quase o fizeram desistir, esse empresário, guiado por sua veia empreendedora, há 6 anos fundou a Play Games, que atualmente é referência no segmento de diversão e games em Ituiutaba Ao m do Ensino Médio, Renê dividia-se em 2 objetivos: cursar Faculdade de Administração ou Engenharia Elétrica, áreas que despertavam-lhe uma paixão especial mas que infelizmente teve de desistir após receber a notícia de que seria pai aos 18 anos de idade. Diante disso, abdicou dos estudos para se dedicar a família. Consciente de que para se chegar a um nível de estabilidade interessante, precisaria antes de uma pro ssão para amadurecer. A princípio tentou ser Eletricista Residencial. O que não funcionou, pois não davam con ança a um garoto de 18 anos, desconhecido, para fazer a rede elétrica de uma residência. Dessa forma, fez Eletrônica por correspondência pelo Instituto Universal e aprendeu a fazer manutenção de eletrodomésticos. Mesmo fazendo o curso, Renê tinha ainda de sustentar uma família. Por isso trabalhou em um motel por 2 anos, das 18 às 6 horas. Aproveitava a madrugada no motel para estudar, mas de nada adiantaria a teoria sem a prática. Então fez a proposta ao dono da TV Lar em Ituiutaba, de trabalhar gratuitamente todas as tardes utilizando o que já estava aprendendo no curso, em troca lhe dariam instruções sobre Eletrônica. Na ocasião não existia vaga de emprego, mas
aceitaram sua proposta. O início foi difícil. Renê trabalhava a noite toda no motel, estudava na madrugada e trabalhava com assistência técnica em eletrodomésticos durante a tarde. O combinado era que Renê se sentasse em uma bancada, observasse o trabalho dos pro ssionais e ajudasse quando preciso, mas por vezes pediam que lavasse o chão, o banheiro, que zesse serviço de banco. No medo de perder aquela oportunidade, fazia tudo sem pestanejar, pois via ali a chance de crescer. Depois de um tempo, passaram remunerar Renê por sua garra e esforço, o que deixou aquele garoto que tinha apenas a pretensão de aprender muito satisfeito. Após esse imenso aprendizado, fez alguns freelances e partiu para Uberlândia levando sob o braço uma lista de empresas que retirou do catálogo telefônico e, por incrível que pareça, assim que chegou conseguiu trabalho em uma empresa onde, após a saída do restante dos técnicos, foi a única alternativa da empresa, logo Renê, que era mais jovem e com a menor relação técnica de conhecimento. Como o único técnico da loja, trabalhou por 1 ano das 8 da manhã até às 23 horas e, pela primeira vez na vida, começou a ganhar bem. REVISTA IMPACTO PONTAL
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