Revista Arte e Cultura na Educação 2022 - UNIVAP

Page 1

ARTE E CULTURA EDUCAÇÃO na

ARTES VISUAIS UNIVAP

Didática e Pesquisa de Produção de Material Didático no Ensino de Artes Visuais II profa Maria Angélica Gomes Maia

DESCRITIVO

O presente projeto é uma realização da turma do sexto semestre da turma de artes visuais de licenciatura plena do período noturno da Universidade do Vale do Paraíba, UNIVAP, sob a coordenação da professora Maria Angélica Gomes Maia

Desde o quinto semestre (2022), a turma trabalhou e elaborou um projeto de um festival cultural de artes, que foi realizado durante os dias 10, 11 e 12 de agosto, o festival tinha como proposta à exploração da cultural e da identidade joseense, que mesmo presente atualmente, às vezes passam despercebidas, então surge essa busca de se reconectar com o vale e suas raízes artísticas e, com isso, trazer visibilidade para os artistas locais e para o curso de artes visuais e artes e mídias digitais E, em paralelo, ocorreu um processo de criação de obras individuais que falassem sobre a identidade de cada um, a partir do questionamento sobre a contemporaneidade, onde múltiplas identidades que percorrem nossos caminhos e transformações distintas, o que vemos em nossos espelhos? Assim surge a exposição " Eu, espelho", que teve sua abertura no dia 25 de maio de 2022 e foi realizada na Galeria Ivonne Weiss, Bloco 8, na Univap do Urbanova Partindo desses processos expositivos e questionamentos, transformamos em um processo para a sala de aula, onde questionamos o que é arte, o que é cultura, e criando planos de aulas para que fossem aplicados em sala e cocriando um material para os professores

ARTVIS 6UNA 02

Descritivo 2

Cultura

Sobre o conceito de cultura 4 Conceitos de cultura 4 A noção de cultura 5

O que é arte e suas linguagens

O que é arte 6 Artes visuais 6 Artes cênicas 6 Artes musicais 8 Classificação dos instrumentos musicais 10 Análise e interpretação de letras musicais 10 Cifra e o raciocínio matemático 10 Arte cinematográfica 11

Festival Identidades: Somos nós mesmos

O que foi o festival 12 A importância do festival e suas contribuições para a Cultura e educação artística....................................12 Como surgiu a ideia de realizá-lo............................13 O processo..............................................................13 Materiais

didá
Educação Infantil.....................................................16 Ensino Fundamental I e II........................................17 Ensino Médio...........................................................18 Exposição Eu Espelho.............................................20 Biografia..................................................................32 Professores regentes..............................................36 Conclusão...............................................................38 Bibliografia..............................................................39 ARTVIS6UNA 03 SUMÁRIO
ticos

CULTURA

Sobre o conceito de cultura

Cultura, do latim colere, significa cuidar, cultivar e crescer. Existem diversas formas de cultura, de grosso

modo, é todo registro e história de um povo que vai passando e se modificando através das gerações.

A cultura ao mesmo tempo que é ampla, é muito individual, pois a cultura de um país não define o comportamento de todos que o habitam, por sua vez, as pessoas tendem a possuir um comportamento específico de região para região,issoincluicidades,vilas, tribosegrupos

Culturapopular

Base da cultura de qualquer povo e região Geralmenteéditadapela classepopular

Exemplos: Frevo de Pernambuco e Chula doRioGrandedoSul

Culturaerudita

Reproduzida pela classe média ou alta, como intelectuais e artistas, financiados pela elite Exemplos: Exposições em museus,pinturas,ballet,ópera,etc Culturaorganizacional Conjunto de hábitos e normas que estabelecem o comportamento de funcionários em determinada empresa Define os princípios que constroem a identidadedeumaorganização,amaneira que as pessoas se comunicam e se relacionam

Cultura de massa

A que é acessível para todas as classes, geralmente encontrada nas mídias, TV e redes sociais.

Exemplos: Monalisa, que mesmo sendo uma pintura renascentista, pode ser encontrada em estampas de camiseta e canecas; e o sertanejo ou funk.

Cultura material

São aspectos da cultura que são tangíveis, que podem ser tocados, objetos físicos ou concretos. São produzidos manualmente pelos humanos e se tornam parte da cultura e tradição de um povo.

Exemplos: Cocar indígena, Pelourinho na Bahia.

Cultura imaterial

As intangíveis, que não podem ser tocados. Basicamente são os costumes e tradições que precisam ser reproduzidos e vivenciados. São preservados por respeito de um grupo social com sua ancestralidade. Exemplos: literatura de cordel, roda de capoeira.

ARTVIS 6UNA 04

A noção de cultura Iniciando sua discussão sobre o conceito de cultura, o antropólogo J.L. dos Santos aponta: Cultura é uma preocupação contemporânea, bem viva nos tempos atuais. É uma preocupação em entender os muitos caminhos que conduziram os grupos humanos às suas relações presentes e suas perspectivas de futuro. O desenvolvimento da humanidade está marcado por contatos e conflitos entre modos diferentes de organizar a vida social, de se apropriar dos recursos naturais e transformá-los, de conceber a realidade e expressá-la. (1993: 7). A parte final desta citação dá uma pista para entender alguns dos conflitos e também as trocas: modos diferentes de conceber a realidade e de expressá-la. Contém, principalmente, um elemento não só importante, como inquietante - e difícil de entender. Como é possível dizer que os homens concebem (isto é, criam, gestam, entendem) a realidade? Mas afinal a realidade não existe fora de nós e independente de nós? Os sentidos estão aí para vê-la, apalpá-la, cheirá-la, ouvi-la. Enviadas as mensagens ao cérebro, este deve "apenas" organizá-las de modo a que possamos entendê-las. Por outras palavras, não seria a realidade um dado empírico a ser captado, pelo menos na sua facticidade evidente? Não seria mais correto dizer que o que demanda esforço é de fato “desvendar as suas constâncias, estabelecer relações, buscar o que se oculta sob a superfície?”.

Será disto, que o autor nos fala? [...] analogia ligada a esta: podemos pensar o córtex cerebral como um dispositivo não formatado. A cultura fornece a "formatação" e a partir daí podemos organizar, registrar os nossos “dados” e trabalhar com eles.

ARTVIS6UNA 05

O QUE É ARTE E SUAS LINGUAGENS

O que é arte?

É a forma de o ser humano expressar suas emoções, conhecimentos, sua história e sua cultura através de alguns valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. Pode ser representado através de formas e meios como música, escultura, pintura, desenho, cinema, dança e entre outras linguagens artísticas. Dentre as 7 artes clássicas, iremos ver principalmente as artes visuais, artes cênicas, artes musicais e artes cinematográficas.

ARTES VISUAIS

As artes visuais abrangem toda arte que possui a visão como meio de apreciação, qualquer forma de representação visual, ou seja, tudo que envolve forma e cor: gravura, pintura, desenho, fotografia, literatura, cinema, teatro, a arte corporal no geral.

Gravura

É uma imagem representando algo, como pintura, desenhos, relevos etc. O material pode variar e classifica-se a gravura de acordo com o material de que é feita. Os dois tipos comuns de gravura são em superfície ou em relevo e normalmente a técnica artística da gravura se chama Xilogravura.

Pintura

A pintura é uma técnica antiga de aplicação de cor a uma superfície. Pode ser um papel, uma pedra, uma parede, o próprio corpo, ou qualquer lugar que o pintor deseje. É uma manifestação artística que está presente na história há séculos. Algumas pinturas são tão marcantes para a história que surge a imagem/figura logo na memória.

Desenho

O desenho é a arte de representar, ou criar formas, utilizando materiais como lápis, carvão, pincel. Diferencia-se da pintura e da gravura, por ser considerado tanto como processo quanto como resultado artístico, uma obra bidimensional composta por linhas, pontos e formas.

Fotografia

É a arte de capturar luz com uma câmera, geralmente através de um sensor digital ou filme, para criar uma imagem. A fotografia artística é um gênero de foto que tem como objetivo expressar a emoção ou a ideia de um fotógrafo. Ela não tem a obrigação de retratar a realidade e logo conta com um forte caráter subjetivo.

Literatura

É uma arte produzida com palavras. Sua definição específica depende de questões diversas, tais quais de ordem social, histórica, cultural etc. Para Aristóteles, filósofo grego, a Literatura seria uma imitação ou representação da realidade mediante as palavras. No grupo de gêneros literários modernos estão: romance, novela, conto, crônica, poema, canção, drama histórico e teatro de vanguarda.

ARTES CÊNICAS

As artes cênicas ou artes performativas, são todas as formas de arte que se desenvolvem num palco ou local de representação para um público, na forma de conto de histórias/fábulas atuais ou antigas e apresentações de músicas/danças. Muitas vezes estas apresentações das artes cênicas podem ocorrer em praças e ruas.

ARTVIS 6UNA 06
Meu eu desagua em você, Isabella Siqueira 2022

É uma forma de arte na qual um ou vários atores apresentam uma determinada história que desperta na plateia sentimentos variados em qualquer local onde ocorre uma apresentação cênica. Podemos destacar as seguintes classes: Teatro, Ópera, Dança, Circo e Comédia.

Teatro

É uma forma de arte na qual um ou vários atores apresentam uma determinada história que desperta na plateia sentimentos variados. Dá-se o nome dramaturgia a arte de escrever peças de teatro, sendo o dramaturgo a pessoa responsável pela composição dos textos. Existem diversos gêneros de teatro, dentre o auto, a comédia, o drama, o fantoche conhecido também como ventriloquismo, a ópera, o musical, a revista, a tragédia e a tragicomédia.

ópera

A palavra ópera vem do latim, opus, e significa obra. Sendo assim, a ópera, muito resumidamente, é um teatro com música. Isto é, um drama ou uma comédia que é encenado e que tem música. A ópera é formada por música instrumental, canto (árias), diálogos cantados/falados (recitativos), duetos, trios, entre outras formações. Há dois tipos de ópera: a Ópera Séria e a Ópera Buffa. A primeira costuma ser mais dramática, tendo a orquestra mais como um acompanhamento. Já a Buffa, referese à ópera-cômica, sendo mais ligeira e burlesca com alguns efeitos dramáticos. Dança É uma das formas mais plurais de cultura que podemos encontrar. Os ritmos e estilos variados podem se mesclar através dos movimentos, trazendo assim a união de culturas que antes nunca teriam contato. Há diversos tipos de dança,

dentre eles ballet, jazz, dança contemporânea, sapateado, hip hop, forró e entre outros.

Circo

É uma manifestação artística e popular que consiste em um grupo de artistas, com habilidades distintas, que geralmente apresentam-se em shows itinerantes, ou seja, percorrendo várias cidades. A palavra circo tem origem no latim circus, que significa "círculo" ou "anel". O termo remete às arenas romanas, lugares onde se praticavam esportes e lutas. O circo possui muitas apresentações e artistas com habilidades diversas, dentre eles palhaços, malabaristas, mágicos , ilusionistas, trapezistas, contorcionistas, equilibristas e entre outros artistas peculiares.

Comédia

É uma peça teatral em que dramatizam, de forma cômica, os caracteres, costumes os fatos da vida social, com o objetivo de fazer o público rir e trazer entretenimento das situações diárias, na qual possui gênero cômico e atualmente são conhecidos como standups, peças cômicas, sátiras e entre outros títulos.

ARTVIS6UNA 07

ARTES MUSICAIS

A música é a mais universal das artes. Sua presença se dá não apenas ao longo da história, mas também nas mais variadas formas e culturas. Não há civilização, grande ou pequena, que não possua sua própria expressão musical. A apreciação dessa arte não depende de língua ou nível cultural. É o prazer proporcionado por essa mistura de harmonia, ritmo, melodia e timbre o que realmente importa. Pois a música está diretamente ligada ao encadeamento de emoções.

Pré-história

Ainda na pré-história, há mais de 50 mil anos, os seres humanos começaram a desenvolver ações sonoras baseadas na observação dos fenômenos da natureza. Os ruídos das ondas quebrando na praia, os trovões, a comunicação entre os animais, o barulho do vento balançando as árvores, as batidas do coração; tudo isso influenciou as pessoas a também explorarem os sons que seus próprios corpos produziam. Como, por exemplo, os sons das palmas, dos pés batendo no chão, da própria voz, entre outros.

Egito

No Egito Antigo, a música era muito presente, configurando um importante elemento religioso. Os egípcios consideravam que essa forma de arte era uma invenção do deus Thoth e que outro deus, Osíris, a utilizou como uma maneira para civilizar o mundo. A música era empregada de forma a complementar os rituais sagrados em torno da agricultura, que era farta na região e os instrumentos utilizados eram harpas, flautas, instrumentos de percussão e cítara - que é um instrumento de cordas derivado da lira.

China e Índia

Na Ásia - em torno de 3.000 a.C. - a atividade musical prosperou na Índia e China. Nessas regiões, ela também estava fortemente relacionada à espiritualidade. O instrumento mais popular entre os chineses era a cítara e o sistema musical utilizado era a escala de cinco tons - pentatônica. Na Índia, em 800 a.C., o método musical era o de "ragas", que não utilizava notas musicais e era composto de tons e semitons.

Grécia e Roma

Podemos observar que a cultura musical na Grécia Antiga funcionava como uma espécie de elo entre os homens e as divindades. Tanto que a palavra "música" provém do termo grego mousikē, que significa "a arte das musas". As musas eram as deusas que guiavam e inspiravam as ciências e as artes. É importante ressaltar que Pitágoras, grande filósofo grego, foi o responsável por estabelecer relações entre a matemática e a música, descobrindo as notas e os intervalos musicais.

Renascimento

Na época renascentista - que compreende o século XIV até o século XVI - a cultura sofreu transformações e os interesses estavam voltados para a razão, a ciência e o conhecimento do próprio ser humano. Tais preocupações se refletiram também na música, que apresentava características mais universais e buscava se distanciar dos costumes da Igreja. Podemos citar como um grande compositor da Renascença Thomas Weelkes.

Barroco

A partir do século XVII, o movimento barroco promove mudanças marcantes no cenário musical. Foi um período bastante

fértil e importante para a música ocidental e apresenta novos contornos tonais, com a utilização do modo jônico (modo “maior”) e modo eólio (modo “menor”). O surgimento das óperas e das orquestras de câmaras também acontece nessa fase, assim como o virtuosismo dos músicos ao tocar os instrumentos. Os maiores representantes da música barroca foram Antonio Vivaldi, Johann Sebastian Bach, Domenico Scarlatti, entre outros.

Classicismo

No Classicismo, que corresponde ao período em torno de 1750 e 1830, a música adquire objetividade, equilíbrio e clareza formal, conceitos já utilizados na Grécia Antiga. Nessa época, a música instrumental e as orquestras ganham ainda mais destaque. O piano toma o lugar do cravo e novas estruturas musicais são criadas, como a sonata, a sinfonia, o concerto e o quarteto de cordas. Os artistas que se sobressaíram são Haydn, Mozart e Beethoven.

Romantismo

No século XIX, o movimento cultural que surgiu na Europa foi o Romantismo. A música predominante tinha como qualidades a liberdade e a fluidez, e primava também pela intensidade e vigor emocional. Esse período musical é inaugurado pelo compositor alemão Beethoven - com a Sinfonia nº3 - e passa por nomes como Chopin, Schumann. Século XX

Novas tecnologias e suportes para a gravação e divulgação musical ajudam a popularizar essa linguagem artística e projetar cantores e compositores, já que eles não dependiam somente dos concertos musicais. Com uma cartela de opções mais variadas, o público começa a ter contato com outros tipos de música.

ARTVIS 6UNA 08

Alguns artistas também passam a incorporar novos elementos em suas produções, como instrumentos até então pouco explorados e objetos sonoros. Um exemplo é o multi-instrumentista brasileiro Hermeto Pascoal, que tira sons tanto de flautas e pianos como de objetos do cotidiano como chaleiras, pentes, copos d'água e brocas de dentistas. Podemos citar como grandes nomes da música do século XX o brasileiro Heitor Villa-Lobos, a pianista carioca Chiquinha Gonzaga, o norte-americano Louis Armstrong e a francesa Lili Boulanger. Com a música é possível trabalhar nas escolas a cidadania através da educação musical. Pois os alunos podem desenvolver sua expressão individual, traduzindo ideias, sentimentos e valores culturais através da música. Com isso cria-se uma ponte entre o universo interior e exterior do indivíduo O que permite ainda uma melhor integração com o contexto social em que este vive. Para uma vida em sociedade, que se torna cada vez mais estressante e fragmentada, essa prática vai reduzir os efeitos negativos da modernidade.

A música colabora para a construção de identidade de grupos minoritários e carentes, ela é capaz de dar voz àqueles que normalmente não tem espaço para expressão. Basta lembrar-se de James Brown conclamando o seu público a cantar “I’m black and i’m proud” – (sou negro e tenho orgulho).. Não importa se você ouve como resultado disso uma orquestra sinfônica ou o seu grupo favorito de rap.

ARTVIS6UNA 09

CLASSIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS MUSICAIS

Um instrumento musical é um objeto, construído com o propósito de produzir música. O estudo dos instrumentos musicais designa-se por organologia. Existem muitas formas de classificar os instrumentos musicais,dentre eles, tem instrumentos de cordas, sopros, percussão, e com isso cada tem uma finalidade sonora e classificação, como a orquestra que divide os instrumentos em cordas, sopros (subdivididos em madeiras e metais) e percussão.

Instrumentos de corda

O som é produzido pela vibração de uma corda, quando esta é friccionada ou percutida. Esta vibração é geralmente amplificada pois a maioria destes instrumentos apresenta uma caixa de ressonância. Exemplos deste tipo de instrumentos são o violino, a viola, a guitarra ou o contrabaixo. Instrumentos de sopro Os instrumentos de sopro são usualmente

constituídos por tubos e o som é produzido pelo movimento do ar que se encontra no seu interior. Os diferentes sons relacionam-se com o comprimento da coluna de ar movimentado. São exemplos de instrumentos de sopro, as flautas, o saxofone, o clarinete ou a trompa.

Instrumentos de percussão Um dos principais aspectos que a música representa no processo de ensinoaprendizagem é o estímulo ao uso dos sentidos pelo aluno. Qualquer experiência musical, independentemente do estilo e dos instrumentos utilizados, promove maior habilidade de observação, localização, compreensão, descrição e representação em quem toca e quem houve.

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE LETRAS MUSICAIS

Outra vantagem do uso da música no dia a dia escolar. A depender da qualidade das obras trabalhadas, sejam elas em português ou em língua estrangeira, abre-

-se um vasto campo de atuação para que professores explorem o significado dessas letras, novos conceitos e vocabulário, metáforas, entre outras coisas. Assim, a música acaba se tornando uma fonte de conteúdo importante para ser utilizada em sala de aula. É o início de conversas importantes, sobre política, educação, cultura, gênero, relações interpessoais, ecologia e vários outros temas.

CIFRAS E O RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Muitos estudos relacionam o desenvolvimento de habilidades na música ao raciocínio matemático. Isso ocorre porque a sistemática das cifras e partituras utilizadas na composição são verdadeiras equações matemáticas: repetições, padrões, tríades, escalas, dicotomias, coerências e adequação de tom. A familiaridade com estruturas prédefinidas de estilo e construção lógica de sentido contribuem para o aprendizado também de fórmulas, truísmos e outros raciocínios lógicos.

ARTVIS 6UNA 10

ARTE CINEMATOGRÁFICA

A palavra cinema vem do grego kinema, que significa movimento e historicamente é a abreviação da palavra francesa Cinematographe, uma invenção de dois irmãos franceses, Auguste e Louis Lumiére, que combinaram na palavra cinema com outra palavra grega, graphien, que significa escrever ou gravar, ou seja, gravar o movimento. Se deriva do teatro, utilizando de histórias, personagens, atores, cenário, figurino e mensagens, com a diferença de ser gravado em algum lugar para poder se assistir a qualquer hora, além do maior diferencial, a câmera e os planos, algo exclusivo do cinema e da fotografia. Podemos entender cinema como uma linguagem artística audiovisual que une

arte e tecnologia para existir, pois puramente falando, são sequências de várias imagens que dependem de um dispositivo para se completar. Dentro do que chamamos de cinema hoje em dia, podemos encontrar diversos gêneros como drama, comédia, terror, suspense, ação e etc. Para todas as faixas etárias e pode até mesmo ser usado para educação pois a imersão que o cinema traz, faz com que nos conectamos muito facilmente, O cinema possibilita infinitas possibilidades audiovisuais de expressão, crítica, entretenimento, provocação e diversão, pois o limite apenas depende do artista.

ARTVIS6UNA 11
Vídeo LILA, 6o semestre de Artes Visuais, 2022

FESTIVAL IDENTIDADES SOMOS NÓS MESMOS

O QUE FOI O FESTIVAL

Uma organização realizada na faculdade de educação e artes, alunos e professores promoveram um evento, cujo festival, onde trouxesse a cultura e identidade de São José dos Campos e de cada pessoa que lá vive, abordando assuntos sobre arte, educação, futuro e identidade; trazendo também palestras e oficinas para o publico imergir nos conhecimentos artísticos.

A IMPORTÂNCIA DO FESTIVAL E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A CULTURA E EDUCAÇÃO ARTÍSTICA

Além dele ampliar e fazer com que as pessoas explorassem mais os caminhos artísticos, ele também aplica uma metodologia e didática, desde sua estruturação e pesquisa, oferecendo esse conhecimento em palestras ministradas por artistas e educadores, oficinas, apresentações etc. Oferecer ao público esta oportunidade rica sobre nossa cultura é muito importante para a formação e história de nossa própria cidade e lar, e, acima de tudo, sobre nossas raízes e identidade.

Desde o início deste ano letivo viemos buscando meios de expressar e comunicar para a sociedade joseense a história da nossa cultura, a arte presente em todos os cantos da cidade e, principalmente, a grande diversidade identitária das pessoas que aqui vivem. Buscando desde as nossas raízes ancestrais até nossa cultura atual e tecnológica, observamos as grandes mudanças, os avanços, e como é hoje em dia nossa relação com a arte e os artistas em nossa volta, e, acima de tudo, como nós nos destacamos no meio desse leque de diferenças e em como podemos contribuir para essa construção identitária. Muitas tradições também fazem parte dessa estrutura cultural, pois desde anos passados cultivamos e registramos nossas vivencias e historiais, sendo, muitas vezes, referências para nosso futuro.

ARTVIS 6UNA 12
Oficina de autorretrato em carvão, Yasmin Zanini show The Bochados

COMO SURGIU A IDEIA DE REALIZÁLO

A ideia para este festival surgiu a partir dessa necessidade de trazer essas questões de diversidade, artes, cultura, coletivo, todas à tona; refletir e discutir com as pessoas, expor nossas ideias e os fatos; além de expor e divulgar trabalhos de profissionais das artes, alunos e suas obras, músicas, danças, performances e ateliês práticos para que todos se acomodem e permitam aprofundar seus conhecimentos nas artes. Reerguer a cultura da cidade, que com os anos os avanços tecnológicos interferiram um pouco na sua visibilidade. Além de promover o curso de artes na cidade, chamando as pessoas pra conhecer mais.

O PROCESSO

Durante todo o processo deste evento, alunos e professores se uniram para realizar essa pesquisa, buscando diversas referencias para auxiliar o desenvolvimento do projeto, que já era esperado ansiosamente por todos nós. Algumas aulas eram direcionadas especificamente para trabalharmos coletivamente, cada grupo ficando com uma responsabilidade, organização e compromisso. Além de já termos elaborado no semestre anterior alguns trabalhos que contribuíssem para o festival, sendo um deles uma obra feita por todos nós, alunos de artes visuais e artes e mídias, a colcha de retalhos, que será exposta oficialmente na abertura do festival, mostrando um pouco a estética visual de cada um de nós. Como queríamos elaborar um festival rico e grande, precisávamos de uma verba considerável para que pudéssemos realizar tudo de forma rápida e prática. E, para isso, fizemos uma rifa de cesta de chocolates para conseguir juntar este dinheiro, por isso, passamos nos blocos e salas divulgando tanto a rifa quanto o real motivo atrás dela, a construção do festival. Feito as vendas, conseguimos alcançar o objetivo e, a partir daí, colocar mais ainda as mãos em prática, o dia final estava se aproximando.

Tudo foi devidamente estudado e planejado, desde a ideia inicial do que era o projeto, até a montagem de mapas, as logos, os convidados, o ambiente etc. Sabemos que os assuntos tratados são extremamente importantes e, principalmente para nós artistas, divulgálos para o público é essencial para que mais pessoas andem por estes caminhos que a arte disponibiliza em nossas vidas, e a se encontrar como individuo, com sua própria identidade dentro da sociedade. Por isso, buscamos em diversas áreas da cidade de São José dos Campos seus pontos principais que trazem consigo essa bagagem de conhecimentos e contribuições para nós. Tudo foi devidamente estudado e planejado, desde a ideia inicial do que era o projeto, até a montagem de mapas, as logos, os convidados, o ambiente etc. Sabemos que os assuntos tratados são extremamente importantes e, principalmente para nós artistas, divulgá-los para o público é essencial para que mais pessoas andem por estes caminhos que a arte disponibiliza em nossas vidas, e a se encontrar como individuo, com sua própria identidade dentro da sociedade.

Por isso, buscamos em diversas áreas da cidade de São José dos Campos seus pontos principais que trazem consigo essa bagagem de conhecimentos e contribuições para nós. Além dos materiais ricos que encontramos, graças as palestras realizadas na semana de estudos integrados do ano de 2020, pudemos fazer uma retrospectiva e filtrar os temas que encaixassem na nossa ideia, fazendo correlações entre si e conosco. Na elaboração das programações destes 3 dias, pensamos em diversas oficinas e ateliês para que as pessoas possam praticar e conhecer técnicas de artes com materiais diversos, sendo essas oficinas: indagação sobre nossas origens e pratica com argila; indagação sobre os pertences familiares regionais que são típicos, prática de assemblagem com materiais afetivos; indagação da vasta área geográfica como foi formada, prática de colagem utilizando revistas e jornais. As oficinas serão divididas dentre os 3 dias, em conjunto com as palestras e atrações.

Tivemos essa ideia de encaixar esses eventos durante os dias em horários distintos para que o público decida em

ARTVIS6UNA 13
A morte e a sereia, Madmorf e DaenaLee

Por isso, buscamos em diversas áreas da cidade de São José dos Campos seus pontos principais que trazem consigo essa bagagem de conhecimentos e contribuições para nós. Além dos materiais ricos que encontramos, graças as palestras realizadas na semana de estudos integrados do ano de 2020, pudemos fazer uma retrospectiva e filtrar os temas que encaixassem na nossa ideia, fazendo correlações entre si e conosco.

Na elaboração das programações destes 3 dias, pensamos em diversas oficinas e ateliês para que as pessoas possam praticar e conhecer técnicas de artes com materiais diversos, sendo essas oficinas: indagação sobre nossas origens e pratica com argila; indagação sobre os pertences familiares regionais que são típicos, prática de assemblagem com materiais afetivos; indagação da vasta área geográfica como foi formada, prática de colagem utilizando revistas e jornais. As oficinas serão divididas dentre os 3 dias, em conjunto com as palestras e atrações. Tivemos essa ideia de encaixar esses eventos durante os dias em horários distintos para que o público decida em qual área deseja ir, da preferência de seus gostos e curiosidade. Daremos início às 17h da tarde, e se estenderá até às 22h40 da noite, cada dia com um encerramento diferente e atrativo, com música, teatro, dança etc.

Por fim, a partir de todo esse processo, gostaríamos de desejar a todos um ótimo proveito do festival, que degustem e usufruem desses conhecimentos riquíssimos e importantíssimos para nossa formação identitária, pessoal e artística. Que através das conversas, palestras e atividades práticas possamos refletir e criar com base em nossas ideias e conceitos,, e perceber o quão a arte é importante e necessária para que haja mudanças, intervenções, inovações e a nossa liberdade de expressão. Nós, alunos e professores da Univap, agradecemos imensamente a presença de todos, pois juntos percebemos que com tanta ambiguidade podemos construir um enorme quebra cabeças com a nossa essência, com a nossa identidade; e que, o que move e molda o nosso futuro, somos nós mesmos.

ARTVIS 6UNA 14
ARTVIS6UNA 15

MATERIAIS DIDÁTICOS

EDUCAÇÃO INFANTIL

Abstração com Eva Kalien

A proposta dessa atividade e incentivar a imaginação e diversidade com exemplos da arte de Eva Kalien, trazendo as texturas e formas com base em materiais artísticos e comuns, como algodão e cotonetes, buscando a exploração através do tato e visão com os alunos(as). Acesso ao material completo:

As propostas devem alternar entre investigações mais dirigidas e outras de brincadeiras nas quais as crianças ditam a exploração e o uso do material. Acesso ao material completo:

Paul Klee: uma construção de repertó

rio a partir do autorretrato

A vida e a obra da artista Djanira Motta e Silva, como seu trabalho permeia os caminhos afetivos, cotidianos e lúdicos Nesse plano de aula o objetivo é conhecer a vida e obra da artista Djanira Motta e Silva. Fazer que isso seja vivenciado pelos alunos de forma lúdica. E que se reconheçam nas pinturas da artista. No final da apreciação e fruição das obras, os alunos irão desenvolver uma atividade envolta na técnica de colagem e pintura. Acesso ao material completo:

Alfredo Volpi

Trabalhos envolvendo pintura inspirados em Alfredo Volpi, propor uma criação de obras de forma expressiva, com formas e cores remetentes a Volpi, exercitar a pintura de formas geométricas com tinta para assim desenvolver a parte motora e intelectual das crianças.

Acesso ao material completo:

Após os estudos sobre o artista Paul Klee, será iniciada uma proposta didática dividida em uma sequência de 6 aulas de 45 minutos de duração cada, trabalhando o autorretrato em pintura e recorte e colagem, utilizando como referência a obra Senecio ( (1922).

Brincando com argila

Por suas características, a argila gera diferentes sensações, como prazer, desconforto, frio e refrescância. Ela também permite muitas reflexões: conseguimos tocá-la, mas é transformá-la com as mãos; quando jogada na água, parece desaparecer; quando aquecida, fica sólida; se misturada a elementos coloridos, muda a cor original, entre outras. Além disso, a manipulação e transformação, com se comportam de maneiras distintas, alguns contam história, outros expressão símbolos de apego e memória afetivo, etc.

Antônio Poetiro

A proposta é de 4 aulas a partir do artista Antônio Poteiro, artista escultor Português que morou a vida toda no Brasil. Essas aulas contribuirão para o desenvolvimento cognitivo da criança a partir do pensamento e processo criativo livre, de modo que não exista uma maneira correta de executar. São Atividades maleáveis que podem ser adaptadas pelo docente de acordo com a turma. As 3 primeiras aulas serão para a elaboração da atividade e a última aula será para uma roda de conversa, com intuito de discutir com as crianças o que elas mais gostaram no processo delas e do outro. Acesso ao material completo:

Janaina Vieira

Após os estudos sobre o artista Janaína Vieira, será iniciada uma proposta didática dividida em uma sequência de 8 aulas de 50 minutos de duração cada, voltada para turmas de infantil, dando ênfase nos alunos de 4 e 5 anos de idade. Tendo como projeto um colagem e pequena exposição desenvolvida pelos alunos Acesso ao material completo:

Oficina Caminhos do Cotidiano

Partindo desta pesquisa pessoal do fotógrafo Luiz Braga, o material a ser desenvolvido será norteado pela investigação de caminhos cotidianos Acesso ao material completo:

ARTVIS 6UNA 16

ENSINO FUNDAMENTAL I E II

Paisagismo com Van Gogh

Essa atividade propõe estudo e inspiração do artista Vincent Van Gogh, onde, a partir da sua produção artística, os alunos(as) podem produzir uma obra com base do ambiente em que convivem, buscando explorar a geografia do seu bairro ou da sua rua, explorando a coloração e pensando em sua forma para o trabalho.

Acesso ao material completo:

alunos. Esse processo lhes possibilita vivenciar a música inter-relacionada à diversidade e desenvolver saberes musicais fundamentais para sua inserção e participação crítica e ativa na sociedade. Acesso ao material completo:

cada, voltada para turmas de fundamental, dando ênfase nos alunos de 10 e 14 anos de idade

Tendo como produto final uma colagem conjuto com a sala ou uma colagem digital Acesso ao material completo:

Inu Bere

Construção de estêncil a partir da estética da artista Mônica Nador

Nesse plano de aula o objetivo é que os alunos conheçam o trabalho da artista Mônica Nador e toda sua importância no âmbito da arte pública. Após essa introdução de quem é artista, e sobre os caminhos da arte pública, a atividade prática é a construção da técnica envolta na arte urbana de stencil e a aplicação dela.

Acesso ao material completo:

Trabalhar com os estudantes o artista regional Inu Bere, propondo a eles representarem o lugar onde moram de sua própria forma, utilizando cores que talvez não remetam à realidade visual, mas sim aos sentimentos que esses lugares causam a eles, racionalizando a expressão artística.

Acesso ao material completo:

Oficina de Estandarte

O material a ser desenvolvido será norteado pela investigação de memórias afetivas A ideia é transformar lembranças físicas e imagéticas em um estandarte memorial

Acesso ao material completo:

Alfredo Volpi

Soul e Black Music

A Música é a expressão artística que se materializa por meio dos sons, que ganham forma, sentido e significado no âmbito tanto da sensibilidade subjetiva quanto das interações sociais, como resultado de saberes e valores diversos estabelecidos no domínio de cada cultura, logo a ampliação e a produção dos conhecimentos musicais passam pela percepção, experimentação, reprodução, manipulação e criação de materiais sonoros diversos, dos mais próximos aos mais distantes da cultura musical dos

A proposta é de 4 aulas a partir do artista Alfredo Volpi, artista ítalo-brasileiro que pinta casarios e bandeirinhas coloridas. Essas aulas farão com que os alunos trabalhem as cores a partir da apresentação do círculo cromático. Serão usadas apenas as cores primárias para produzir as outras. A atividade final será a realização de uma tela em que será presente a figura das casas e das bandeiras.

Acesso ao material completo:

Beatriz Milhazes

Após os estudos sobre o artista Beatriz Milhazes, será iniciada uma proposta didática dividida em uma sequência de 10 aulas de 50 minutos de duração

ARTVIS6UNA 17

ENSINO MÉDIO

Quadrinhos com Emicida e Gabriel Picolo

A atividade propõe uma estudo de teoria da cor e estudo de quadro, e autorreflexão através da música "Passarinhos" de Emicida, na qual os alunos produzem uma página de quadrinho com base na música, buscando trazer uma expressão artística para o aluno(a).

Acesso ao material completo:

Luiz Escañuela: A representação anatômica.

Após os estudos sobre o artista Luiz Escañuela, será iniciada, então, uma proposta didática dividida em uma sequência de 2 aulas de 90 minutos de duração cada.

Esta proposta refere-se aos estudos de pintura, desenho e observação, usando como referência as obras Flerte (2019) e Murundu (2019).

Oficina - Cores do Cotidiano

A oficina Cores do Cotidiano traz como temática principal a investigação do dia a dia. O intuito é cativar o aluno a olhar para seu entorno e para as coisas mais ordinárias que esse entorno envolve. Fazendo disso sua motivação para criar, como produto final uma pintura, utilizando e experimentando da tinta acrílica para essa criação.

Acesso ao material completo:

Acesso ao material completo:

Hélio Oiticica

A proposta é de 4 aulas a partir do artista Hélio Oiticica, artista brasileiro, pintor, escultor, artista plástico e performático de influência anarquista. A primeira aula será a apresentação do artista e suas obras, será proposto aos alunos que escolham a linguagem que querem trabalhar, pintura ou escultura, podendo trabalhar em grupos ou individual. A segunda e terceira aula serão para desenvolvimento do projeto e a última será a apresentação e instalação em alguma parte da escola, para que todos os outros alunos possam prestigiar a obra feita pelos grupos. Acesso ao material completo:

Marcos Santos

Após os estudos sobre o artista Marcos Santos, será iniciada uma proposta didática dividida em uma sequência de 10 aulas de 50 minutos de duração cada, voltada para turmas de ensino médio, dando ênfase nos alunos de 15 e 17 anos de idade. Tendo como projeto final um retrato feito com os pés.

Acesso ao material completo:

Bansky

Escolher uma linguagem artística de sua preferência: Desenho, Pintura, Letra de Música, Poesia, Colagem, História em Quadrinho, Fotografia etc.

Pensar em algum problema social (Saúde, fome, desigualdade...) que te incomoda no mundo, no brasil, na sua cidade, no seu bairro ou na sua escola. Criticar ou expor este problema através de uma obra de arte com a sua linguagem escolhida.

ARTVIS 6UNA 18
Acesso ao material completo:
ARTVIS6UNA 19

EU ESPELHO

EXPOSIÇÃO

PESSOAS, PASSOS, CAMINHOS, PROCESSOS E A ARTE: SEGUNDAS PELES

RELÓGIO

"As coisas são

As coisas vêm

As coisas vão

As coisas vão e vêm

As horas

Vão e vêm

Não em vão"

Oswald

Didática do Ensino da Arte e Produção de Material Didático, disciplina desenvolvida com esta turma do quinto período que caminho há três anos atravessando este rio fluído, árduo e caudaloso que é o processo de tecer/ser/professor/arte educador.

Desta vez a tarefa foi trabalhar a Semana de Arte Moderna de 22 numa investigação que permeasse a identidade tema tão bem articulado e trabalhado pelo movimento. Que identidade abordar após 100 anos de história para esses alunos tão férteis e interessados em desbravar o mundo, o processo educativo de forma contemporânea e singular, a partir de práticas e criações advindas do contexto real de seus cotidianos? Daí a ideia: de que identidade se retratou há 100 anos atrás? Qual identidade desbravaremos agora? O que permanece em relação ao tema, o que se desfez, o que evoluiu, o que não saiu do ousado pulsante coração e mente desses artistas que há cem anos ousaram olhar para o umbigo do Brasil e ver quem ele era, que frutos, pessoas, artes, palavras, imagens ele se transformou e se transforma. A pauliceia desvairada que foi e é Sampa nunca mais foi a mesma.

A Semana aconteceu no cenário nacional, mas escolheu o Teatro Municipal para se mostrar e ganhar a visibilidade que gerou. Nós iremos para a Galeria Ivone Weiz, espaço fruto da busca de marcar a identidade do curso de Artes Visuais da Univap, que pela ousadia e garra de professores-artistas, engajados até a alma com o curso pretendem simplesmente pela mostra dos seus alunos identificarem a sua própria identidade enquanto professores. Somos segundas peles uns dos outros, releituras recorrentes em busca de perenidade, mesmo sendo naturalmente efêmeros, a vida é travessia e não permanência. “Avante camaradas, ainda é tempo de se desbravar o Novo Mundo”.

ARTVIS 6UNA 20
ARTVIS6UNA 21

Quintal de 98

A caçula, a menina Irmã de 3 meninos, agora 4 Uma infância feliz no quintal que na memória era algo semelhante à roça que de costume ia a datas comemorativas.

As brincadeiras de casinha, as vertigens no balanço, as tardes correndo entre as arvores frutíferas.

Jabuticaba, uma delas - cor de seus olhos, diziam.

Momentos genuinamente felizes, inocentes e tão sinceros como as birras por motivos torpes.

Tantas histórias que parecem infinitas na cabeça de uma criança de dois anos, o terceiro comemorado por ali mesmo. Cabem os aniversários, as brincadeiras nojentas com lesmas, a fatídica tentativa de fuga, a manta rasgada que se arrastava por todo quintal, cabe as panelinhas, o cachorro fila chamado Iago, e mais um tanto...

60cm x 60cm

bordado sobre toalha Natane Espindola 2022

ARTVIS 6UNA 22

Meu eu desagua em você

Vivo em uma forte correnteza de um rio que poucas vezes encontra a maré mansa, sigo colocando meus pés no chão de terra para enraizar e dar frutos aos meus sonhos. Existem vários eu (s) aqui dentro do meu peito, alguns querem muitas mudanças de percursos, não se identificam com os caminhos pequenos. Já outros fortificam e nutrem as raízes que aqui já cresceram. Nesta obra simbolizo a constante que vivo, representada por essas duas mulheres queimadas pelo sol, sem rosto e de mãos dadas em um ciclo contínuo entre a tradição e o novo (também simbolizada pelas raízes) Entre a paisagem do Vale do paraíba, que me encanta e me acalenta.

Tive referências da artista Frida Kahlo, as figuras caipiras do artista Almeida Junior e da grande artista Naif Djanira Motta e Silva com suas cenas populares com personagens simples do cotidiano brasileiro.

50cm x 60cm técnica mista sobre canvas Isabella Siqueira 2022

ARTVIS6UNA 23

Veemência

Escondido entre os rasgos e amontoados grosseiros de tinta, tudo aqui sentido é de uma intensidade assustadoramente inquietante. É difícil, doloroso, talvez até sórdido, mas, depois de um tempo nesse limbo de emoções, estranhamente me vem um sentimento de carinho, quase como se quisesse afagar a criança desamparada que habita no fundo do meu âmago.

Após muitas buscas por referências, encontradas nas vísceras de Adriana Varejão e fissuras de Lucio Fontana, Veemência nasceu de um processo completamente intuitivo, na ligação quase que teatral entre uma tela em branco e eu, como se ela fosse capaz de ler em mim tudo aquilo que eu temia por para fora. Através dela, então, tomei a liberdade de por-me em toda a minha essência, vulnerabilidade e nudez de alma, para todo aquele que deseje enxergar e, mesmo que minimamente, acabe por reconhecer a si mesmo.

30cm x 50cm óleo e fios de cobre sobre painel Duda Prado 2022

ARTVIS 6UNA 24

Íntimo

O processo de amadurecimento feminino envolve muitas questões e frases que ouvimos pelo menos uma vez na vida, nesse caminho a busca pela liberdade de expressão necessita da perda da vergonha. O retrato dos seios e da vulva demonstram esse combate de mostrar sem medo quem somos, de modo que mulheres possam se relacionar com os combates verbais tratados na obra. Ambas imagens não possuem uma forma perfeita, pois todo seio e vulva são perfeitos independentemente da cor, forma, tamanho e aparência. Pintar seios que não são proporcionais é mostrar ao público que a mulher não precisa ter uma aparência renascentista para ser representada em uma obra de arte, e retratar uma vulva é trazer essa primeira passagem do ser humano que é escondida e geralmente não discutida por ser considerada "vulgar" e "indecente" por muitas pessoas.

O uso das palavras foi influência da artista Paula Scher que sempre as apresenta em suas obras.

57,5cm x 89,5cm técnica mista sobre tela Juliane Spera 2022

ARTVIS6UNA 25

Blue Lungs

Como pessoa e como artista, sempre tive dificuldades em expressar algo quando o assunto se tratava do “eu”; posso dizer que esse ainda é um defeito muito marcante em mim: ser uma pessoa muito fechada.

Isso me privou de várias coisas, até mesmo de colocar no papel o que eu sentia, me limitando a fazer coisas que agradassem mais aos outros do que a mim mesma; foi durante o processo da pintura onde coloquei um ponto final e expressei o peso que sentia em meu peito.

Feita das emoções que remoí e reprimi por algum tempo, e que precisavam ser colocadas para fora de alguma maneira; com inspiração em um livro pelo qual possuo muito carinho, “Les fleurs du Mal” do poeta Charles Baudelaire.

O “Mal” de Baudelaire é uma percepção que passa por sua obra e expõe o caráter humano; você só o percebe o mal quando você o encontra, quando você colhe as flores do mal, essa é umas das coisas que o meu trabalho exibe. Espero que, assim como Baudelaire, as minhas unhas, como aquelas das harpias, achem o caminho até o seu coração.

100cm x 82cm

técnica mista sobre tela Natália Josepha 2022

ARTVIS 6UNA 26

Pessoas são arte

O quadro 'Pessoas são Arte' surgiu com o intuito de trazer e buscar uma identidade (Conjunto de características que distinguem uma pessoa ou uma coisa e por meio das quais é possível individualizá-la) coletiva e pessoal, e como ele me representa como artista. É um quadro cheio de intervenções e materiais diferenciados, que fazem parte desse processo, e que ajudam a entender a obra final.

Falar sobre o meu processo de criação nessa obra, é pegar uma máquina no tempo e viajar para o ano de 2016, onde uma adolescente que só tinha como escapatória uma parede em branco em seu quarto e muita tinta, cola e papéis, conseguia expressar como ela via o mundo e lidava com seus mais puros sentimentos, e que mal sabia que esse seria o primeiro passo para descoberta da minha identidade como Artista.

Ao longo do curso eu fui tendo o contato com artistas que trabalhavam exatamente com esse estilo e fui entendendo que isso também é arte e não só linhas retas e perfeitas. Tenho muito a agradecer às artistas Janaína Vieira e Pitiu Bonfim, por terem me influenciando diretamente na criação desse trabalho!

90cm x 90cm técnica mista sobre tela Anne Batista 2022

ARTVIS6UNA 27

Esperança

Me observo pela fresta de uma porta escura

Às vezes através das ventanas Com o mesmo olhar sutil, apavorado É tão difícil enxergar a verdade quanto esquecer uma mentira E, é fato

Eu precisava de mais espaço Talvez mais luz Eu precisava enxergar mais Para apagar aquela falsa ilusão Que me cegava

Fui deixando que pelo buraco que cavei em meu peito Coubesse apenas o que era meu E o que eu podia aguentar carregar Mesmo que o peso fosse o dobro, Pela dor Pela perda Pela culpa Aquela luz precisava entrar e expandir

Expandir com sua imensidão de verdades bem-ditas e mentiras descobertas Forrando com a sensação de aconchego Me senti presente, por um momento Ao deixar a luz entrar

ARTVIS 6UNA 28
2"22' vídeo performance Mad Morf 2022

Mundo líquido

DOIS PONTOS NEGROS NO CÉU FOCAM SEUS OLHOS NO MAR PRENDO SILÊNCIO NO PEITO PRENDO SILENCIO COM OLHOS

FAÇO SILÊNCIO DE MIM VOU POVOAR EM SENTIDOS

O NEGRO RIO, MATA HÍDRICA VOU VER AMAZÔNIA

E SEU CARDUME DE NÁUFRAGOS VOU DEBRUÇAR MEU CARÁCTER

O NEGRO RIO, MATA HÍDRICA QUERO CONTAR AOS MEUS ANCESTRAIS SOBRE O MERGULHO FANTÁSTICO

80cm x 50cm colagem analógica Gustavo Prado 2022

ARTVIS6UNA 29

Te levoo comigo

Em cidades do interior, é muito comum o hábito de dar apelido para as pessoas, geralmente atribuído alguma função, característica ou habilidade. Assim, foi atribuído ao meu pai e ao meu avô o apelido de Passarinho, devida a habilidade de atrair os pássaros das mais diferentes espécies, era como se eles fossem imãs para as mais belas aves. Atualmente, quando me olho vejo muitas características deles em mim, seja de personalidade ou pequenos detalhes, e por um tempo considerável, eu negava isso, porém após cuidar do meu pai nos seus últimos momentos, toda essa negação se tornou gratidão e neste momento surge a peça central, “Tentando te deixar vivo”, que no meio tem uma flor do jardim que era do meu pai, e dentro de um livro já que o mesmo me ensinou a ler, logo ela surge como uma tentativa de criar a partir do luto, pois sendo a “raspa do tacho” carrego muitos lutos que às vezes não tem o tempo devido para serem lidados mas apesar de tudo isso, eu ressignifiquei esse peso para conseguir continuar, neste momento que surge a aplicação das asas, “Te levoo comigo”, dessa busca por sair da dor mas não esquecer dos momentos que tive no ninho e buscar esse novo lugar.

92cm x 60cm

técnica mista

Daena Lee 2022

ARTVIS 6UNA 30
ARTVIS6UNA 31

BIOGRAFIAS

ANNE CAROLINA DUDA PRADO DAENA LEE

Nascida em 29 de maio de 2001 em São Bernardo do campo, veio para são José dos campos com um mês de vida. Atualmente cursa o 5 período em Artes visuais Na Univap e trabalha no Museu Municipal da cidade. Artista iniciante e aberta a novas experiências, em busca de uma poética pessoal. Com inspirações nos trabalhos das artistas, Janaina Viera e Pitiu Bomfin, busca desenvolver um trabalho que engloba colagens e intervenções. Dessa forma Experimenta com essas técnicas a construção de uma identidade nos seus trabalhos a serem desenvolvidos.

Daena Lee (Taubaté-SP), 2001, é uma artista trans multilinguística e estudante graduanda de licenciatura em artes visuais na Univap. Criada desde o nascimento em São José dos CamposSP, onde muito cedo teve contato com a arte, o artesanato e os costumes do valeparaibano através da Casa de Cultura Chico Triste.

Em seu trabalho a artista busca trazer questões do corpo, o emocional e a arte ativismo, em suas pesquisa explorar o seu eu e o meio, em uma tentativa de comunicar ao público, sobre suas questões identitárias, socioculturais e políticas, para que através delas o público crie uma identificação e não se sinta sozinho em momentos de reflexões emocionais.

Entre mineira e joseense, licencianda de Artes Visuais pela Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP) com apenas 22 anos. Tudo lhe causa curiosidade, logo, tudo explora. Dessa forma, torna-se insistente na ideia de uma produção catártica, etérea. A fim de catalisar emoções, suas ou dos outros, eternamente nesse limbo suspeito de doses homeopáticas de sensações. Na educação, encanta-se pelo segmento infantil, mas explora todas as vertentes. A ludicidade atrai, permeia e, a partir dela, procura trabalhar a criação do repertório infantil a partir do experenciar das sensações, texturas e linguagens. Procura levar isso adiante de forma sutil mas que chegue longe, a todos. A partir da disposição de materiais didáticos e criação de turmas regulares no contexto pós pandêmico, para emergir crianças apresentando-lhes oportunidades para que, individualmente, cresçam suas vivências criativas.

ARTVIS 6UNA 32

ISABELLA SIQUEIRA JULIANA FERREIRA JESSICA SILVA

Isabella Siqueira (Jambeiro-SP, 1999) é multi-artista, muralista e estudante de Artes visuais na UNIVAP Desde pequena tem contato com a arte e com o artesanato autoral, tendo como principais referências, sua mãe professora de pintura e seu avô que foi um escultor autodidata valeparaibano. Tem grande interesse pela arte educação principalmente na área dos ambientes não formais e informais, locais que conseguem abranger pessoas de diferentes idades o que promove troca de saberes e intercâmbios culturais.

Nascida no dia 20 de Dezembro de 1995, natural de São José dos Campos, estado de São Paulo. Filha de mineiros e a primeira em sua família a cursar o ensino superior.

Cursa o último período de Pedagogia na Universidade do Vale do Paraíba –Univap.

Ama a vocação de ensinar e de transformar pessoas em seres humanos melhores.

Juliana Ferreira tem 22 anos e é uma artista digital e designer gráfico na arte de criação e imaginação e cotidiano de São José dos Campos - SP. Juliana atualmente estuda licenciatura em artes visuais na Univap, ela realizou cursos voltados a arte digital, design gráfico e modelagem 3D no SAGA e fez o curso técnico de informática durante o ensino médio na escola IDEIA. Juliana busca sempre trazer traços marcantes e cores marcantes em suas ilustrações digitais, a artista também busca contar uma história de ficção para aventurar-se como ela se aventurou nos mangás da “Turma da Mônica”, “Menino Maluquinho” e “Mafalda” quando era pequena. Ela busca inspirar os alunos por meio da imaginação como os personagens da sua infância a inspiraram, trazendo questionamentos, modernidades tecnológicas e fantasia aos trabalhos.

ARTVIS6UNA 33

JULIS SPERA NATÁLIA JOSEPHA MAD MORF

Nascida em São Paulo Capital, veio morar em São José dos Campos quando ainda era criança e cresceu sendo influenciada pela cultura vale paraibana. É artista multilinguagem e segue sua pesquisa artística embasada em mitos e lendas, a fauna e flora brasileira e a imagem da mulher no cotidiano. Atualmente tem 20 anos e está no 6° semestre de licenciatura em artes visuais pela UNIVAP. Atua como artista no ambiente pedagógico pintando murais para formar uma atmosfera lúdica nas escolas. Fora do espaço estudantil, elabora pinturas e artes utilitárias afim de levar a arte para dentro da casa das pessoas.

Artista visual e dançarina performatica, me chamo Maria Eduarda e moro no interior de São Paulo, em Pindamonhangaba. Estudo artes desde 2020 na faculdade de educação e artes na Univap, em São José dos Campos. Sempre fui apaixonada pelas artes e pela pintura, pelo corpo e pela expressão; sempre abordei em meus trabalhos essa relação do ser e do corpo, transmutando os sentimentos e emoções através de gestos e pinceladas. - A intensidade do sentimento gera a intensidade do gesto, Bourcier. Carrego comigo está frase de uma obra bibliográfica, fazendo sentido tanto para minha vida pessoal quanto profissional. A Arte é sentir, é ser.

Nascida em São José dos Campos, é artista e estudante de Artes Visuais na Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP), aficionada por índigo e devaneios, busca o afeto e a sutileza feminina em suas obras, assim desenvolvendo sua pesquisa pessoal é baseada em traumas e dores do passado, não apenas dela, mas também de outras mulheres, trazendo o que há de mais belo e delicado nelas, e como elas também fazem parte de quem somos. Suas referências visuais partem de artistas que também buscam expressar a delicadeza que as mulheres possuem, sendo esses Ozabu, Terumi Sakane e Kimio Muraoka.

ARTVIS 6UNA 34

NATANE ESPINDOLA RAPHAEL SANTOS

Estilista, Artista e Educadora Valeparaibana.

CoFundadora da Coletivo Gostaríamos de Explicar Muitos Atos, atuando na fomentação da cultura regional e realizando produções plásticas Criadora do ateliê homônimo, compartilha da costura querençosa em aulas/oficinas em SJC e Sta. Branca, e através de produções autorais.

Encontra na linguagem mista os meios para expressar sua arte, subvertendo seus conhecimentos técnicos de sua trajetória no mundo têxtil, e propondo um novo olhar para materiais convencionais do meio. Interessada em cenas corriqueiras e na estética popular, põe em pauta símbolos e signos genuínos do seu cotidiano - atual ou passado, como assunto de suas obras.

Nascido e criado em Jacareí-SP, Raphael Santos é um formando em Licenciatura Plena de Artes Visuais que sempre se interessou por arte e descobriu um novo interesse na área da educação. Trabalha com linguagens artísticas de ilustração digital, animação, fotografia e edição de vídeo. Tem experiências em sala de aula no Ensino Infantil, Fundamental e Médio tanto na rede particular quanto na pública, utilizando de abordagens construtivistas, se inspirando em Vygotsky, Piaget, Wallon, Brunner e Paulo Freire.

ARTVIS6UNA 35

PROFESSORES REGENTES MARIA ANGÉLICA

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade do Vale do Paraíba (1991) e mestrado em Semiótica, Tecnologia de Informação e Educação pela Universidade Braz Cubas (2002), Psicopedagoga (Universidade do Vale do Paraíba), Arte educadora (ECA/USP), especialização em Gestão e Liderança Universitária (UNIVAP). Professora do curso de Pedagogia, Artes Visuais, Artes e Mídias Digitais, Psicologia, Educação Física e História e pós graduação em Psicopedagogia e Gestão Educacional. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em formação de professor nas redes pública e municipal de ensino; produção de material didático, organização de currículo, possui experiência internacional em Alfabetização de Jovens e Adultos (Brasil/Moçambique); implantação de projetos de ação comunitária em escolas rurais; implantação e coordenação de clubes de cultura e ciência em parceria com o IBEEC e a prefeitura de Jacareí Coordenou o programa de capacitação continuada dos professores das creches conveniadas Univap/SME de São José dos Campos desde 2008.Coordenação e implantação do curso de Artes Visuais/ UNIVAP (2007/2018; 2021/2022). Docente orientador do Programa Residência Pedagógica (CAPES). Atuou como docente do curso de Arte Terapia NAPE/SJC. Coordenadora pedagógica da EEI Dente de Leite.

ARTVIS 6UNA 36

Lucas Baumgratz é professor, animador, produtor audiovisual e músico de São José dos Campos. Bacharelado em Audiovisual pelo Centro Universitário SENAC em São Paulo em 2012, continuou seus estudos na área de Motion Graphic pela Faculdade Melies de Tecnologia, pós-graduação em Docência em Ensino Superior também pelo SENAC e Mestre em Linguística pela UNIFESP Guarulhos. Trabalhou em diversos projetos culturais ao longo dos últimos 15 anos. Foi um dos criadores da Mostra Formiga Independente, mostra de curtasmetragens de São José dos Campos. Foi presidente da Cia Cultural Bola de Meia, importante ponto de cultura da cidade, com mais de 30 anos de história. No campo do audiovisual, já atuou como diretor e editor de videoclipes de artistas como o rapper Rappin Hood, Rael, Dom Pescoço, Eduardo Agni, entre outros. Foi animador da websérie Ivana Animada do canal digital Dilemas da Ivana. Atualmente é coordenador e professor no curso de Licenciatura em Artes Visuais pela Universidade do Vale do Paraíba. Na música, é integrante do grupo Komunga, dupla de música eletrônica autoral.

LUCAS BAUMGRATZ

ARTVIS6UNA 37

CONCLUSÃO

Diante dessa coletânea de propostas arte educativas, as alunas do 6º semestre de Artes Visuais puderam passar como incentivar e complementar a educação. A ideia surgiu como treinamento para futura docência, a qual foi concluída com êxito

Implementar a arte educação desde o infantil permite que a criança cresça com uma visão e experimentação ampla e mais empática, mais humana

No fundamental colabora para o estudante construir sua criatividade, opinião e olhar crítico Por fim, no ensino médio, a arte da o suporte emocional, contribuindo para o jovem enriquecer sua cultura e complementar sua vida, abrindo portas para novos conhecimentos e novas vivências, preparando para se tornarem adultos melhor preparados para enfrentar o mundo afora e suas próprias questões internas

A arte não deve ser tida como eletiva no ambiente educacional, deve ser implementada no currículo escolar e caminhar lado a lado na vida do ser humano.

ARTVIS 6UNA 38

BIBLIOGRAFIA

Uma análise literária sobre o conceito de culturaEvandro de Oliveira e Adilson Francelino Alves

Culturas locais e identidade nacional em espaços transfronteiriços: questões e problemas - Flávia Bertoni Mazzaro

A cultura do Vale do Paraíba - Daniela Amália Ochoa, Gabriella Mamede de Oliveira, Ana Enedi Prince

A cultura e as diferentes concepções apreendidas nas determinações históricas - Suely Lima de Assis Pinto

A noção de cultura - Maria Helena Villas Boas Concone

Manifestação Artística Presente ao Longo dos Séculos, 2019 Cíntia Pina

Mundo Educação - Desenho, Thiago Ribeiro

O que é fotografia? Quem inventou a fotografia?, 2021, Pedro Augusto Ronzani Bernades

FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

O que é ópera? Descubra mais sobre esse gênero musical, 2019 Juliana Vasques

Para você, o que é dança?, 2020. Primeiro Ato

História do Circo, Laura Aidar

Cultura Musical: qual a sua importância nos tempos atuais? - SABRA (sociedade artística brasileira)

Música - FNDE (fundo nacional de desenvolvimento da educação)

Os gêneros musicais presentes na música brasileira - Ramon Tessmann

ARTVIS6UNA 39

ARTES VISUAIS UNIVAP

Didática e Pesquisa de Produção de Material Didático no Ensino de Artes Visuais II profa Maria Angélica Gomes Maia

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.