Dossier Sete Lágrimas - Early Music Consort - 2023

Page 1

Sete Lágrimas Consort de Música Antiga

Early Music Consort

1
EN PT 02 2023

Sete Lágrimas ECMC

www.setelagrimas.com

Booking

Arte das Musas

Centro Empresarial de Idanha-a-Nova

6060-182 Idanha-a-Nova – Portugal

Mail. mail@artedasmusas.com

SIte. www.artedasmusas.com

Estrutura financiada por Project financed by Ministério da Cultura

Ministry of Culture

Direcção-Geral das Artes

Directorate General for the Arts

Parceria Partnership

Município de Idanha-a-Nova

Municipality of Idanha-a-Nova

UNESCO Creative City of Music

Network

REMA - Réseau Européen de Musique Ancienne

European Early Music Network

setelagrimas.com

3 ADN PAÍSES E SALAS EDIÇÕES ENCOMENDAS & ESTREIAS MUNDIAIS PROGRAMAS DISPONÍVEIS 2023/24 MEDIA BIOGRAFIA DISCOGRAFIA VOZES MÚSICOS 5 9 13 15 23 32 35 44 61 70 DNA COUNTRIES AND VENUES EDITIONS COMMISSIONS & WORLD PREMIERES AVAILABLE PROGRAMMES 2023/24 MEDIA BIOGRAPHY DISCOGRAPHY VOICES MUSICIANS 4 8 3 15 16 32 35 44 54 70

DNA

...though the title doth promise tears, unfit guests in these joyful times, yet no doubt pleasant are the teares which musick weeps, neither are tears shed always in sorrow, but sometimes in joy and gladness. Vouchsafe then your gracious protection to these showers of harmony (…) they be metamorphosed into true tears.

Founded in Lisbon, in 1999, by Filipe Faria and Sérgio Peixoto, Sete Lágrimas ECMC – Early and Contemporary Music Consort – takes its name from the innovative collection of dances by the renaissance composer John Dowland (1563-1626) that were published by John Windet in 1604, when the composer was employed as lutenist to Christian IV of Denmark (1577-1648).

Focused on dialogues between Early and Contemporary Music – and erudite music with centuries-old traditions –, Sete Lágrimas brings together musicians from different musical backgrounds around conceptual projects fuelled both by original musicological research and innovative, irreverent and creative processes centred on sounds, instrumentation and memories of Early Music.

In these projects, it is possible to identify dialogues between erudite and popular music, between Early and Contemporary Music, and between the age-old Portuguese Diaspora of the Discoveries and the Mediterranean Latin axis. These dialogues are converted into sound through a faithful reading of the performative principles of Early Music and a distinctive approach to the defining elements of folk music and jazz.

+ info below bio. section — John Dowland (?1563-1626) in Lachrimæ or seaven teares..., London, 1604
4

ADN

+ info abaixo secção bio.

...embora o nome prometa lágrimas, convidadas pouco aprazíveis nestes tempos de alegria, são sem dúvida agradáveis as lágrimas que a música chora, nem sempre vertidas em tristeza mas também em alegria. Permita a vossa graciosa protecção a estes aguaceiros de harmonia que sejam metamorfoseados em verdadeiras lágrimas.

— John Dowland (?1563-1626) in Lachrimæ or seaven teares..., London, 1604

Fundado em Lisboa, em 1999, por Filipe Faria e Sérgio Peixoto, Sete Lágrimas ECMC – Consort de Música Antiga e Contemporêna – assume o nome da inovadora colecção de danças do compositor renascentista John Dowland (1563-1626) publicadas por John Windet em 1604 quando o compositor era alaudista de Cristiano IV da Dinamarca (1577-1648).

Dedicado aos diálogos da Música Antiga com a contemporaneidade – bem como da música erudita com as tradições seculares –, Sete Lágrimas junta músicos de diferentes horizontes musicais em torno de projectos conceptuais animados tanto por originais investigações musicológicas como por processos de inovação, irreverência e criatividade em torno dos sons, instrumentário e memórias da Música Antiga.

Nestes projectos são identificáveis os diálogos entre a música erudita e a popular, entre a Música Antiga e a contemporânea e entre a secular diáspora portuguesa dos Descobrimentos e o eixo latino mediterrânico convertidos em som através da fiel interpretação dos cânones performativos da Música Antiga como de uma aproximação a elementos definidores da música tradicional ou do jazz.

5
6
7

COUNTRIES AND VENUES

+ info below bio. section

Portugal

Centro Cultural de Belém – Main Auditorium

Fundação Calouste Gulbenkian – Grand Auditorium

Casa da Música – Sala Suggia

(...)

Bulgaria

Varna International Music Festival

Zora Dramatic Theatre (Sliven)

Italy

Festival Internazionale W. A. Mozart a Rovereto

Malta

BirguFest

Spain

Festival de Música Antigua de Gijón

Festival de Música Antigua de Úbeda y Baeza

Fundación Juan March (...)

China

Macao Internacional Music Festival

Sweden

Stockholm Early Music Festival

France

Festival Baroque de Sablé

Opéra de Lille (...)

Belgium

Gent Festival van Vlaanderen

Flemish Opera (Gent)

Bozar (Bruxelles)

Music Center DeBijloke (Gent)

Norway

Stavanger Konzerthus

Czech Republic

Prague Early Music Festival

Luxembourg

Philharmonie Luxembourg

– Grand Auditorium + Salle de Musique de Chambre

Germany

Elbphilharmonie Laeiszhalle Hamburg – Grosse Saal

(...)

8

PAÍSES E SALAS

+ info abaixo secção bio.

Portugal

Centro Cultural de Belém – Grande Auditório

Fundação Calouste Gulbenkian – Grande Auditório

Casa da Música – Sala Suggia (...)

Bulgária

Varna International Music Festival

Zora Dramatic Theatre (Sliven)

Itália

Festival Internazionale W. A. Mozart a Rovereto

Malta

BirguFest

Espanha

Festival de Música Antigua de Gijón

Festival de Música Antigua de Úbeda y Baeza

Fundación Juan March (...)

China

Macao Internacional Music Festival

Suécia

Stockholm Early Music Festival

França

Festival Baroque de Sablé

Opéra de Lille (...)

Bélgica

Gent Festival van Vlaanderen

Flemish Opera (Gent)

Bozar (Bruxelles)

Music Center DeBijloke (Gent)

Noruega

Stavanger Konzerthus

República Checa

Prague Early Music Festival

Luxemburgo

Philharmonie Luxembourg

– Grand Auditorium + Salle de Musique de Chambre

Alemanha

Elbphilharmonie Laeiszhalle Hamburg – Grosse Saal

(...)

9
10
11
12

EDIÇÕES EDITIONS

+ info abaixo secção disco.

+ info below disco. section

CD BOOK + CD

Lachrimæ #1

Kleine Musik

Diaspora.pt: Diáspora, vol.1

Silêncio

Pedra Irregular

Vento

Terra: Diáspora, vol.2

En tus brazos una noche

Península: Diáspora, vol.3

Cantiga

Missa Mínima

Um dia normal Graphic Poem

Twentie Yeares in Seaven Teares

Loa André Dias de Escobar 14th/15th C.

2007

2008 New Early Music Series

2009 New Early Music Series

2010

2010 New Early Music Series

2011 Diaspora Series

2012

2013 Diaspora Series

2014 Medieval Series

2016 New Early Music Series

2015 Diaspora Series

2020

2023 Medieval Series

MU0102 MU0103 MU0106 MU0107 MU0108 MU0110 MU0109 MU0111 MU0113 MU0116 MU0116 MU0120
MU0101
MU0126
2008 Diaspora Series
13
14

ENCOMENDAS & ESTREIAS MUNDIAIS COMMISSIONS & WORLD PREMIERES

+ info abaixo secção bio.

+ info below bio. section

João Madureira (n. 1971)

“Missa de Pentecostes” [Pentecost Mass] in CD Vento 2010

“Passio I-III”

“Porque ben Santa Maria sabe os seus dões dar” in CD Silêncio 2009

Ivan Moody (n. 1964)

“Genesis I-III”

“По небу гулял месяц ясный” in CD Silêncio 2009

“Kleine geistliche Konzerte” in CD Kleine Musik 2008

Andrew Smith (n. 1970)

“Lamentations I-III”

“Edi beo thu, hevene quene” in CD Silêncio 2009

Filipe Faria (n. 1976)

Sérgio Peixoto (n. 1974)

“Missa Mínima” [Minimal Mass] in CD Missa Mínima 2016

“Novos Vilancicos” New Early Music Series in CD Diaspora 2008 in CD Terra 2011 in CD Peninsula 2012 in CD Cantiga 2014 in BOOK Twentie Yeares in Seaven Teares 2020

Christopher Bochmann (n. 1950)

“Lamentations I-III” (por estrear/not premiered)

José Luís Peixoto (n. 1974), poema

João Madureira (n. 1971), música

“Lamento”

Estreado\Premiered Festival das Artes (Coimbra)

15

AVAILABLE PROGRAMMES 2023/24

CONCERT PROGRAMMES

SPECIAL PROJECTS

• Special programmes THE CONSORT IS OPEN TO WORK CLOSELY WITH THE VENUES DESIGNING SPECIAL PROGRAMMES FOR DIFFERENT CONTEXTS, OCCASIONS, VENUES, COMMISIONS OR CHALLENGES

DIASPORA SERIES

• Diaspora

• Diaspora I: Diaspora

• Diaspora II: Terra

• Diaspora III: Península

• Booke of the Island of Mactan [CHRISTMAS PROGRAMME]

• The last ship MAGELLAN AND ELCANO. THE FIRST CIRCUMNAVIGATION AFTER ANTONIO PIGAFETTA (C.1491-C.1531)

• Tin-Nam-Men or the Grotto of Patane LOVE AND TRAGEDY IN THE PORTUGUESE DIASPORA

EARLY MUSIC SERIES

• Elvas THE ELVAS SONGBOOK (16TH. C.) — PART I, II AND III

• The world’s mine oyster THE STAGE CITIES OF WILLIAM SHAKESPEARE (1564-1616)

• Loa MEDIEVAL LAUDE AND SPIRITUAL SONGS

• En tus brazos una noche INTEGRAL OF THE ROMANCES AND SONGS BY MANUEL MACHADO (C.1590-1646)

• Iberia Mayor INTERCULTURAL CROSSING, ESSENCE OF IBERIAN CULTURES BETWEEN THE 16TH AND 19TH CENTURIES

NEW EARLY MUSIC SERIES

• Vento (Wind) MEDIEVAL SONGS BY MARTIM CODAX (13TH CENTURY) AND THE PENTECOST MASS BY JOÃO MADUREIRA (B. 1971)

16

DIASPORA SERIES

CONCERT PROGRAMMES

Diaspora

Diaspora I: Diaspora

Diaspora II: Terra Diaspora III: Peninsula

Concert programmes between 4 and 6 musicians around the best-selling project by Sete Lágrimas – Diaspora –, and the collective, linguistic and historical memories of countries on the 5 continents that have been in contact with Portugal for 500 years.

Musicians: 4 to 6 Note: possibility of having special guests and/or professional or academic choirs

“What Sete Lágrimas presents in their Diaspora project, is a voyage through written and oral repertories, both recent and remote and both high and lowbrow which reflect this historical experience of six centuries of intense artistic sharing in a world connected for the first time by the Portuguese ships and characterized throughout this long period by light and shade, pain and joy, violence and passion, all of which can be found in this Music.”

Besides caravels and the Cape of Good Hope, Portugal’s relationship with the world was born from a thirst for change. The Portuguese expansion of the fifteenth-century marked the start of a period of acculturation and miscegenation that mutually influenced the musical practices of the countries of the Discoveries and Portugal and changed the configuration of their collective DNA forever. Comprising three titles – ‘Diaspora.pt’ (2008), ‘Terra’ (2011) and ‘Península’ (2012) – the Diáspora project dips into the past and present of genres and musical forms associated with five continents, exploring new interpretive formulas employed in popular and classical music from the sixteenth to the twenty centuries, from the Iberian villancico to fado, the ‘black’ villancicos of the sixteenth and seventeenth centuries, the Brazilian chorinho, African mornas and the traditional songs of Timor, Macau, India and Brazil, among other countries. An experimental frenzy inspired by journeys, paths, pilgrimages, land, water, homesickness and what remains today of all the days gone by.

CONCERT PROGRAMME

Booke of the Island of Mactan

CHRISTMAS PROGRAMME

Christmas concert programme, between 4 and 6 musicians, which explores, in music, the great journey of Magalhães and Elcano around the world. The first circumnavigation. A journey imagined “always in the days of the birth of Our Lord”. “This would be the other journey, as if Magellan had followed other paths inspired by another science or instinct... as if he had not died...”

Musicians: 4 to 6 17

Which deals with the life & great virtues & bonanzas & the magnanimous effort of my Lord of Magalhães on his imaginary journey from the island of Mactan in the Philippines, always on the days of the birth of Our Lord, where he arrived after leaving 500 years ago, in the year of the Lord’s grace 1519, and surrendered his soul after a very hard battle. Intended for general instruction with news of new discoveries in all sciences and arts.

The 500th anniversary of the departure of Fernão de Magalhães (1480-1521) for the first circumnavigation of the globe (1519-1522) is celebrated. The fleet made a stopover in the Canary Islands, reaching the coast of South America and arriving in Rio de Janeiro at the end of the year. After many misfortunes, he crossed the end of the current coast of Argentina - later named the Strait of Magellan. He entered the waters of the South Sea, baptizing this ocean as Pacific in contrast to the difficulties encountered in the Strait. The journey proceeded always with great difficulty. He looked at the sky and was the first European to identify two irregular dwarf satellite galaxies of our Milky Way, visible to the naked eye only in the southern hemisphere and later called “Magellan Clouds”. In 1521, they reached the Island of Thieves (from 1668 called the Mariana Islands) and later the Island of Cebu. Magalhães died in battle on Mactan Island, in the Philippines, in 1521, at the hands of Lapu-Lapu (1491-1542), governor of the Island... But this would be another journey, as if Magellan had followed other paths inspired by another science or instinct... as if I hadn’t died...

Magellan, Elcano and the first voyage of circumnavigation told by gentleman Antonio Pigafetta (c.1491-c.1531)

The account of the voyage of the squadron commanded by Fernão de Magalhães on the way to the first circumnavigation of the planet, by the gentleman Antonio Pigafetta, an Italian scholar and explorer who boarded the ship Victoria and who lived to tell about it. Excerpts from “Relazione del primo viaggio intorno al mondo” (The first voyage around the world) (1524/1525) by Antonio Pigafetta (Vicenza, c.1491-c.1531)

Musicians: 4 to 6

Note: possibility of having special guests and/or professional or academic choirs

The programme of ‘The Last Ship’ by the Portuguese ensemble Sete Lágrimas follows navigator Ferdinand Magellan on his first circumnavigation of the globe by sea. | World history is closely intertwined with the history of the Discoveries. Since time immemorial, people have set off into the unknown for all sorts of reasons: Sometimes they were driven out, seeking new routes for their wares, or looking to spread their religion and extend their power. Sometimes, they were searching for coveted raw materials and exotic treasures in distant lands. The encounters between alien peoples and cultures, sometimes voluntary and other times not, that came about as the result of such journeys had far-reaching consequences; such new experiences had a profound impact on both parties, the discoverer and the discovered. This extended not only to what they ate and their social customs, but also to expression of culture and ritual, like dance, music, literature, drama and visual arts. (...) ”In the beginning were the spices” by REGINE MÜLLER in Magazine Elbphilharmonie Hamburg 2021

PROGRAMME
CONCERT
The last ship
18

Tin-Nam-Men or the Grotto of Patane

Love and tragedy in the Portuguese Diaspora

Romances, Lunduns, Modinhas, Vilancicos and Songs by Gaspar Fernandes (c.1570-1629), Filipe da Madre de Deus (c.1630-1688), João Madureira (b.1971)/José Luís Peixoto (b.1974), Filipe Faria (b.1976)/Sérgio Peixoto (b.1974), Manuel Machado (c.1590-1646), Joaquim António da Silva Calado (1848-1880) and music from the oral tradition of the Portuguese Diaspora.

Musicians: 4 to 6

Legend has it that when Camões was exiled in Macau, he retreated to the Patane Cave, listening to the echo of his dreams and his despair, to write the great epic of Os Lusíadas that told the story of his people. On leaving he met a native of Patane, Tin-Nam-Men (Dinamene), with whom he fell in love. Setting off with the poet in the Silver Nau, they broke into the southern seas when they were overtaken by a great storm. The Nau de Prata was condemned to sink, the women boarded a boat and the men saved themselves by swimming. Camões, arm in the air, holding Os Lusíadas, swam to land, but the boat where the beautiful Tin-Nam-Men was was swallowed by the waves.

EARLY MUSIC SERIES

CONCERT PROGRAMMES

Elvas

The Elvas Songbook (16th. c.) — Part I, II and III

The complete Cancioneiro de Elvas (Elvas, Biblioteca Municipal Públia Hortênsia, Ms 11793 — P-In 11793), a 16th-century Portuguese manuscript with music and poems and one of the most important sources of profane music in the Iberian Peninsula, with works in Portuguese and Spanish.

Musicians: 3 to 4

Note: possibility of having special guests and/or professional or academic choirs

CONCERT PROGRAMME

The world’s mine oyster*

The Stage Cities of William Shakespeare (1564-1616)

*The Merry Wives of Windsor (Act 2, Scene 2)

A journey through Europe in the 16th/17th centuries looking for the sounds that could guide them, a kind of sound map of what the great journey could be… The city or region as the 19

CONCERT PROGRAMME

birthplace of a composer, as a place of work, as the origin of a popular song or part of a relevant historical event.

Musicians: 5 to 6

Note: possibility of having special guests and/or professional or academic choirs

William Shakespeare died n April 23, 1616. Born in 1564, in Stratford-upon-Avon, he is considered the greatest writer in the English language and one of the greatest (if not the greatest) playwright ever. Poet, playwright and actor, Shakespeare would have written about 37 plays in addition to sonnets, poems, etc... Between 1585 and 1592 he began a brilliant career in London (England) integrating and directing the Lord Chamberlain’s Men Company (later called King’s Men ). The title of this program - The world’s mine oyster - is a quote from The Merry Wives of Windsor (Act 2, Scene 2) however absorbed by common language as noting that the world is ours if we want to discover it. In the original context of the play, Pistol responds to Falstaff with a kind of threat to the fact that the latter refuses to lend money (“I will not lend thee a penny”). Pistol’s response – «Why, then the world’s mine oyster. Which I with sword will open» – can be read as a metaphor for the delivery, dedication and effort needed to discover what is hidden and which is nothing more than a promise. Based on this promise, we propose a voyage to Shakespeare’s stage cities, to the geographies and adventures of his characters. A journey through Europe in the 16th/17th centuries looking for the sounds that could guide them, a kind of sound map of what the great journey could be… The city or region as the birthplace of a composer, as a place of work, as the origin of a popular song or part of a relevant historical event.

CONCERT PROGRAMME

Loa Medieval laude and spiritual songs

André Dias de Escobar and his “Laudas e cantigas spirituaaes, e orações contemplativas, do muyto sancto e boom deus Jhesu, Rey dos çeeos e da terra; e da muyto alta e gloriosa sua madre, sempre virgem sancta Maria” (Laude and spiritual songs, and contemplative prayers, of the very holy and good God Jesus, Lord of the heavens and the earth; and His elevated and glorious mother, the ever-virgin holy Mary),

Musicians: 4

Project dedicated to the medieval Portuguese bishop André Dias de Escobar (Lisbon, c.1348-1450/1451), a multifaceted and passionate personality, a man of letters who translated from Italian into medieval Portuguese a set of Laude included in the book “Laudas e cantigas spirituaaes, e orações contemplativas, do muyto sancto e boom deus Jhesu, Rey dos çeeos e da terra; e da muyto alta e gloriosa sua madre, sempre virgem sancta Maria” (Laude and spiritual songs, and contemplative prayers, of the very holy and good God Jesus, Lord of the heavens and the earth; and His elevated and glorious mother, the ever-virgin holy Mary). Escobar lived in the Vatican most of his life. “Loa” is a proposal to contrafacta these translations with the melodies of the Italian Laude. The project has the scientific support of Professor Manuel Pedro Ferreira (FCSH/NOVA) and the American Professor Blake Wilson.

20

Integral of the Romances and Songs of Manuel Machado (c.1590-1646)

Program dedicated to the integral collection of surviving 17th-century Romances and Songs* by the Portuguese composer Manuel Machado (Lisbon, c.1590 - Madrid, 1646) this program is inspired by a work of great rhetorical beauty of enormous value and in part unknown.

Musicians: 4 to 6

Manuel Machado (Lisbon, c.1590 - Madrid, 1646)

Portuguese composer, he spent most of his life in Spain. He studied with Duarte Lobo and in 1610, after excelling on several instruments, he joined his father, a harpist, at the Royal Chapel in Madrid. In 1689 he was appointed musician to the Royal Chamber and in 1642 he was rewarded “for his long years of service and that of his father”. All surviving works are secular songs with texts in Castilian that match, in expressiveness, those of their Spanish contemporaries. Its extremely rich harmonies and its choices of meter and tempo reflect the sentiments of the love poetry he set to music. * After the edition by Miguel Querol Gavalda in “Manuel Machado: Romances and Songs with 3 and 4 mixed voices”, Portugaliæ Musica, PM28, Calouste Gulbenkian Foundation, Lisbon, 1998.

PROGRAMA DE CONCERTO

Iberia Mayor The intercultural crossing, essence of Iberian Cultures between the 16th and 19th centuries

Musicians: 6

The “Tratado de glosas sobre cláusulas y otros géneros de puntos en la música de violones nuevamente puestos en luz”, also known simply as “Treaty of Glosses”, is a music book for viola da gamba (Ortiz calls it vihuela de arco or violin) and harpsichord, published in Rome on December 10, 1553, by the Spanish composer and violist Diego Ortiz, in two versions. The printing was in charge of the brothers Valério and Luigi Dorico. The book has 61 pages in landscape format and is divided into two parts. The “Tratado de glosas” is considered a masterpiece of literature for the viola da gamba. Diego Ortiz (c.1510-c.1576) was a Spanish composer and theorist in the service of the Viceroy of Naples, ruled by Spanish monarchs Charles V and Philip II. He published the first manual on ornamentation for bowed string instruments and a large collection of sacred vocal compositions (Stevenson 2001). Little is known about his life. He is believed to have been born in Toledo and probably died in Rome. It is known that in 1553 Ortiz resided in the Viceroyalty of Naples. Five years later, the third Duke of Alba, Fernando Álvarez de Toledo, appointed Ortiz maestro di cappella of the Royal Chapel in Naples. In 1565, Ortiz still held office under Viceroy Pedro Afán de Ribera, Duke of Alcalá.

CONCERT PROGRAMME
En tus brazos una noche
21

NEW EARLY MUSIC SERIES

CONCERT PROGRAMME

Vento (Wind)

Medieval songs by Martim Codax (13th century) and the Pentecost Mass by João Madureira (b. 1971)

Musicians: 6

“...but you do not know where it comes from or where it is going” (Jn 3:8)

“What do medieval cantigas d’amigo and a Pentecost Mass have in common? Apparently nothing. This was not, however, the vision of Sete Lágrimas when [they made a dialogue] between João Madureira’s score for Pentecost Sunday (2010) [written for Sete Lágrimas, commissioned by Arte das Musas] and Martin Codax’s Cantigas d’Amigo (13th century). The substantial reason [for this convergence] would be the affinity between João Madureira’s musical approach and certain tendencies attested in medieval composition. The circumstantial reason for the re-interpretation of Martin Codax’s songs has to do [with the] rhythmic neutralization of the Spirit carried out by João Madureira, a more carnal Spirit, more liable to be rhythmed: that of profane Love. (…) The result is pure beauty, made of knowledge and simplicity. (…) The novelty of the approach consisted, on the one hand, in the contemporaneity of the instruments or their uses (…) and on the other, in the transposition to the vocal sphere of the heterophonic, imitative and improvisational processes that early music groups normally restrict to the instrumental accompaniment. (…) The surprising freshness of the result conquered the public.”

Pentecost Mass

Revisiting the religious musical heritage, confronting it with other cultural and experiential places... In this moment of celebration of language that is the mass of Pentecost, diverse and plural musics coexist: the Gregorian tradition of the ordinary of the mass is integrated in a wider space, where testimonies from different writers embrace each other. Testimonies of various men and times, visiting this time that is ours, in a new encounter with the wonderful Sete Lágrimas. I dedicate this work of mine to José Tolentino de Mendonça and to his enormous fearlessness.

Songs by Martim Codax and Filipe Faria/Sérgio Peixoto

Dedicated to the complete collection of medieval Cantigas d’Amigo by Martim Codax (13th century). Cantiga is a musical work unfolded in words (verses) and sound (music). The subject of your lyrics can be profane or religious. In the latter case are the Cantigas de Santa Maria compiled at the court of Alfonso X, king of León and Castile (1252-84); in the first, there are about 1680 texts, composed between the end of the 12th century and the middle of the 14th century, known through the Cancioneiro da Ajuda, the Cancioneiro da Biblioteca Nacional or Colocci-Brancuti, and the Cancioneiro da Vaticana. In these songbooks, more than five hundred cantigas d’amigo are represented.

22

PROGRAMAS DISPONÍVEIS 2023/24

PROGRAMAS DE CONCERTO

PROJECTOS ESPECIAIS

• Programas especiais O CONSORT ESTÁ ABERTO A TRABALHAR, DE PERTO, COM OS PROGRAMADORES, NO DESENHO DE PROGRAMAS ESPECIAIS PARA DIFERENTES CONTEXTOS, EFEMÉRIDES, SALAS, ENCOMENDAS OU DESAFIOS

DIASPORA SERIES

• Diaspora

• Diaspora I: Diaspora

• Diaspora II: Terra

• Diaspora III: Península

• Lyvro da Ilha de Mactan [PROGRAMA DE NATAL

• A última nau MAGALHÃES E ELCANO. A PRIMEIRA CIRCUMNAVEGAÇÃO CONTADA POR ANTONIO PIGAFETTA (C.1491-C.1531

• Tin-Nam-Men ou a Gruta de Patane AMOR E TRAGÉDIA NA DIÁSPORA PORTUGUESA

EARLY MUSIC SERIES

• Elvas O CANCIONEIRO DE ELVAS (S. XVI) — PARTE I, II E III

• The world’s mine oyster AS CIDADES-PALCO DE WILLIAM SHAKESPEARE (1564-1616)

• Loa “LAUDAS E CANTIGAS SPIRITUAAES” MEDIEVAIS

• En tus brazos una noche INTEGRAL DOS ROMANCES E CANÇÕES DE MANUEL MACHADO (C.1590-1646)

• Iberia Mayor O CRUZAMENTO INTERCULTURAL, ESSÊNCIA DAS CULTURAS IBÉRICAS ENTRE OS SÉCULOS XVI E XIX

NEW EARLY MUSIC SERIES

• Vento (Wind) AS CANTIGAS MEDIEVAIS DE MARTIM CODAX (S. XIII)

E A MISSA DE PENTECOSTES DE JOÃO MADUREIRA (N. 1971)

23

DIASPORA SERIES

PROGRAMAS DE CONCERTO

Diaspora

Diaspora I: Diaspora

Diaspora II: Terra

Diaspora III: Península

Programas de concerto entre 4 e 6 músicos à volta do projecto best-seller de Sete Lágrimas –Diaspora –, e das memórias colectivas, linguísticas, históricas dos países dos 5 continentes que têm contacto com Portugal desde há 500 anos.

Músicos: 4 a 6

Nota: possibilidade de ter convidados especiais e/ou coros profissionais ou académicos

“O que o Sete Lágrimas nos propõe no seu PROJECTO Diaspora é uma viagem por repertórios escritos e orais, mais próximos ou mais remotos, de teor ora mais erudito ora mais popular, que reflectem esta vivência de seis séculos de partilhas artísticas intensas num mundo interligado pela primeira vez pelas caravelas portuguesas e marcado no decurso desse tempo longo por luzes e sombras, dores e alegrias, violência e paixão de que a Música dá testemunho.”

RUI VIEIRA NERY Musicólogo, Universidade Nova de Lisboa/INET-MD/Instituto de Etnomusicologia

Para lá de caravelas e de Boa-Esperança a relação de Portugal com o mundo nasce de uma vontade de mudança... Com a expansão portuguesa do século XV inicia-se um período de aculturação e miscigenação que influencia mutuamente as práticas musicais dos países dos Descobrimentos e de Portugal e muda a configuração do nosso “ADN” colectivo para sempre... O projecto Diáspora conta já com três títulos: “Diaspora.pt” (2008), “Terra” (2011) e “Península” (2012) e mergulha nos géneros e formas musicais dos cinco continentes de ontem e de hoje, arriscando novas fórmulas interpretativas de repertórios populares e eruditos do século XVI ao século XX, do vilancico ibérico ao fado, dos vilancicos “negros” do século XVI/XVII ao “chorinho” brasileiro, passando pelas “mornas” africanas e pelas canções tradicionais de Timor, Macau, Índia, Brasil, etc... Uma vertigem experimental pela viagem, caminho, peregrinação, terra, água, saudade e pelo que ficou hoje depois de todos os ontem...

PROGRAMA DE CONCERTO

Lyvro da Ilha de Mactan

PROGRAMA DE NATAL

Programa de concerto de Natal, entre 4 e 6 músicos, que explora, em música, a grande viagem de Magalhães e Elcano à volta do mundo. A primeira circum-navegação. Uma viagem imaginada “sempre nos dias de nascimento de Nosso Senhor”. “Esta seria a outra viagem, como se Magalhães tivesse seguido outros caminhos inspirado noutra ciência ou instinto... como se não tivesse morrido...”

Músicos: 4 a 6

24

Que trata da vida & grãdissimas virtudes & bõdades & do magnanimo esforço de muy Senhor de Magalhães na sua imaginária viagem a partir da ilha de Mactan nas Filipinas, sempre nos dias de nascimento de Nosso Senhor, onde chegou depois de partir faz 500 anos, no ano da graça do Senhor de 1519, e entregou a alma depois de muy dura batalha. Destinado para instrucção geral com notícia dos novos descobrimentos em todas as siencias, e artes.

Comemoram-se os 500 anos da partida de Fernão de Magalhães (1480-1521) para a primeira viagem de circum-navegação ao globo (1519-1522). A armada fez escala nas ilhas Canárias, tendo alcançado a costa da América do Sul e chegado ao Rio de Janeiro no final do ano. Após muitas desventuras, atravessou a extremidade da actual costa da Argentina - mais tarde baptizada de Estreito de Magalhães. Entrou nas águas do Mar do Sul, baptizando este oceano como Pacífico por contraste às dificuldades encontradas no Estreito. A viagem prosseguiu sempre com grande dificuldade. Olhou para o céu e foi o primeiro europeu a identificar duas galáxias satélite anãs irregulares da nossa Via Láctea, visíveis a olho nu apenas no hemisfério Sul e mais tarde chamadas de “Nuvens de Magalhães”. Em 1521, alcançaram a Ilha dos Ladrões (a partir de 1668 chamadas de Ilhas Marianas) e mais tarde a Ilha de Cebu. Magalhães morreu em batalha na Ilha de Mactan, nas Filipinas, em 1521, às mãos de Lapu-Lapu (1491-1542), governador da Ilha... Mas esta seria a outra viagem, como se Magalhães tivesse seguido outros caminhos inspirado noutra ciência ou instinto... como se não tivesse morrido...

PROGRAMA DE CONCERTO

A última nau

Magalhães, Elcano e a primeira viagem de circumnavegação contada pelo cavalheiro Antonio Pigafetta (c.1491-c.1531)

O relato da viagem da esquadra comandada por Fernão de Magalhães a caminho da primeira circum-navegação ao planeta, pelo cavalheiro Antonio Pigafetta, erudito e explorador italiano que embarcou na nau Victoria e que sobreviveu para contar. Excertos de “Relazione del primo viaggio intorno al mondo” (A primeira viagem ao redor do mundo) (1524/1525) de Antonio Pigafetta (Vicenza, c.1491-c.1531)

Músicos: 4 a 6

Nota: possibilidade de ter convidados especiais e/ou coros profissionais ou académicos

Com o programa «A Última Nau», o grupo português Sete Lágrimas segue o navegador Fernão de Magalhães na primeira circum-navegação do globo. | A história universal está intimamente ligada à história dos descobrimentos. Em todas as épocas, homens das mais diversas origens partiram rumo a regiões desconhecidas. Alguns foram mal recebidos, outros encontraram novas rot§as para as suas mercadorias, e outros ainda quiseram difundir a sua religião e expandir o seu poder. Ou buscar em terras longín- quas matérias-primas cobiçadas e preciosidades exóticas. Os encontros mais ou menos voluntários proporcionados por estas excursões, entre povos e culturas que não se conheci- am, tiveram consequências importantes, pois estas novas experiências influenciaram e transformaram ambas as partes: descobridores e descobertos – e não apenas as suas ementas e os seus hábitos sociais, mas também expressões culturais e rituais como a dança, a música, a literatura, o teatro e as artes visuais. (...) “No princípio eram as especiarias” por REGINE MÜLLER in Magazine Elbphilharmonie Hamburg 2021

25

PROGRAMA DE CONCERTO

Tin-Nam-Men ou a Gruta de Patane

Amor e tragédia na Diáspora portuguesa

Romances, Lunduns, Modinhas, Vilancicos e Canções de Gaspar Fernandes (c.1570-1629), Filipe da Madre de Deus (c.1630-1688), João Madureira (n.1971)/José Luís Peixoto (n.1974), Filipe Faria (n.1976)/Sérgio Peixoto (n.1974), Manuel Machado (c.1590-1646), Joaquim António da Silva Calado (1848-1880) e música da tradição oral da Diáspora portuguesa.

Músicos: 4 a 6

Conta a lenda que estando Camões desterrado em Macau se recolheu na Gruta de Patane, escutando o eco dos seus sonhos e do seu desespero, para escrever a grande epopeia d’Os Lusíadas que contava a história do seu povo. Ao partir conheceu uma nativa de Patane, Tin-Nam-Men (Dinamene), por quem se apaixonou. Partindo com o poeta na Nau de Prata irromperam pelos mares do sul quando foram assolados por uma grande tempestade. A Nau de Prata estava condenada a afundar-se, embarcaram as mulheres num batel e os homens salvaram-se a nado. Camões, de braço no ar, segurando Os Lusíadas, nadou até terra, mas o barco onde seguia a linda Tin-Nam-Men foi engolido pelas ondas.

EARLY MUSIC SERIES

PROGRAMAS DE CONCERTO

Elvas

O Cancioneiro de Elvas (s. XVI) — Parte I, II e III

Integral do Cancioneiro de Elvas (Elvas, Biblioteca Municipal Públia Hortênsia, Ms 11793 — P-Em 11793), um manuscrito português do século XVI com música e poemas e uma das fontes mais importantes de música profana na Península Ibérica, com obras em português e castelhano.

Músicos: 3 a 4

Nota: possibilidade de ter convidados especiais e/ou coros profissionais ou académicos

PROGRAMA DE CONCERTO

The world’s mine oyster*

As cidades-palco de William Shakespeare (1564-1616)

*The Merry Wives of Windsor (Acto 2, Cena 2)

Uma viagem pela Europa dos séculos XVI/XVII procurando os sons que as podiam guiar, uma espécie de mapa sonoro do que poderia ser a grande viagem… A cidade ou região como

26

local de nascimento de um compositor, como local de trabalho, como origem de uma canção popular ou parte de um acontecimento histórico relevante.

Músicos: 5 a 6

Nota: possibilidade de ter convidados especiais e/ou coros profissionais ou académicos

William Shakespeare morreu a 23 de Abril de 1616. Nascido em 1564, em Stratford-upon-Avon, é considerado o maior escritor de língua inglesa e um dos maiores (senão o maior) dramaturgo de sempre. Poeta, dramaturgo e actor, Shakespeare terá escrito cerca de 37 peças para além de sonetos, poemas, etc… Entre 1585 e 1592 iniciou uma carreira brilhante em Londres (Inglaterra) integrando e dirigindo a Companhia Lord Chamberlain’s Men (mais tarde designada de King’s Men).

O título deste programa - The world’s mine oyster - é uma citação de The Merry Wives of Windsor (Acto 2, Cena 2) entretanto absorvida pela linguagem comum como notando que o mundo é nosso se o quisermos descobrir. No contexto original da peça, Pistol responde a Falstaff com uma espécie de ameaça ao facto deste último se recusar a emprestar dinheiro («I will not lend thee a penny»). A resposta de Pistol – «Why, then the world’s mine oyster. Which I with sword will open» – pode ser lida como uma metáfora da entrega, dedicação e esforço necessários para descobrirmos o que está escondido e que não é senão uma promessa. A partir dessa promessa propomos uma viagem às cidades-palco de Shakespeare, às geografias e aventuras das suas personagens. Uma viagem pela Europa dos séculos XVI/XVII procurando os sons que as podiam guiar, uma espécie de mapa sonoro do que poderia ser a grande viagem… A cidade ou região como local de nascimento de um compositor, como local de trabalho, como origem de uma canção popular ou parte de um acontecimento histórico relevante.

PROGRAMA DE CONCERTO

Loa “Laudas e cantigas spirituaaes” medievais

André Dias de Escobar e as suas “Laudas e cantigas spirituaaes, e orações contemplativas, do muyto sancto e boom deus Jhesu, Rey dos çeeos e da terra; e da muyto alta e gloriosa sua madre” de 1435. Um diálogo com o Laudario di Firenze e o Laudario di Cortona.

Músicos: 4

Projecto dedicado ao bispo português medieval André Dias de Escobar (Lisboa, c.1348-1450/1451), uma personalidade multifacetada e apaixonante, homem de letras que traduziu do italiano para o português medieval um conjunto de Laudas incluídas no livro “Laudas e cantigas spirituaaes, e orações contemplativas, do muyto sancto e boom deus Jhesu, Rey dos çeeos e da terra; e da muyto alta e gloriosa sua madre”. Escobar viveu no Vaticano boa parte da vida. “Loa” é uma proposta de contrafacta destas traduções com as melodias das laudas italianas. O projecto conta com o apoio científico do Professor Manuel Pedro Ferreira (FCSH/NOVA) e com o Professor americano Blake Wilson.

PROGRAMA DE CONCERTO

En tus brazos una noche

Integral dos Romances e Canções de Manuel Machado (c.1590-1646)

Programa dedicado à colecção integral dos Romances e Canções seiscentistas sobreviventes* do compositor português Manuel Machado (Lisboa, c.1590 - Madrid, 1646) este programa inspira-se numa obra de grande beleza retórica de enorme valor e em parte desconhecida. 27

Músicos: 4 a 6

Manuel Machado (Lisboa, c.1590 - Madrid, 1646)

Compositor português, residiu a maior da sua vida em Espanha. Estudou com Duarte Lobo e em 1610, depois de se destacar em vários instrumentos, juntou-se ao seu pai, harpista, na Capela Real de Madrid.

Em 1689 foi nomeado músico da Câmara Real e em 1642 foi recompensado “pelos seus longos anos de serviço e pelos de seu pai”. Todas as obras sobreviventes são canções seculares com textos em castelhano que igualam, em expressividade, as dos seus contemporâneos espanhóis. As suas harmonias, extremamente ricas, e as suas opções de métrica e tempo refletem os sentimentos da poesia amorosa que musicou. * Segundo edição crítica de Miguel Querol Gavalda in “Manuel Machado: Romances e Canções a 3 e 4 vozes mistas”, Portugaliæ Musica, PM28, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1998.

PROGRAMA DE CONCERTO

Iberia Mayor O cruzamento intercultural, essência das Culturas ibéricas entre os séculos XVI e XIX

Músicos: 6

O “Tratado de glosas sobre cláusulas y otros géneros de puntos en la música de violones nuevamente puestos en luz”, também conhecido simplesmente como “Tratado de glosas”, é um livro de música para viola da gamba (Ortiz chama-a de vihuela de arco ou violino) e cravo, publicado, em Roma, a 10 de Dezembro de 1553, pelo compositor e violista espanhol Diego Ortiz, em duas versões. A impressão ficou a cargo dos irmãos Valério e Luigi Dorico. O livro tem 61 folhas no formato paisagem e é dividido em duas partes. O “Tratado de glosas” é considerado uma obra-prima da literatura para a viola da gamba. Diego Ortiz (c.1510-c.1576) foi um compositor e teórico espanhol ao serviço do vice-rei de Nápoles, governado pelos monarcas espanhóis Carlos V e Filipe II. Publicou o primeiro manual sobre ornamentação para instrumentos de corda friccionada e uma grande colecção de composições vocais sacras (Stevenson 2001). Pouco se sabe sobre a sua vida. Acredita-se que tenha nascido em Toledo e provavelmente morrido em Roma. Sabe-se que, em 1553 Ortiz residia no vice- reinado de Nápoles. Cinco anos depois, o terceiro duque de Alba, Fernando Álvarez de Toledo, nomeou Ortiz maestro di cappella da Capela Real de Nápoles. Em 1565, Ortiz ainda ocupava o cargo sob o vice-rei Pedro Afán de Ribera, duque de Alcalá.

28

NEW EARLY MUSIC SERIES

PROGRAMA DE CONCERTO Vento

As cantigas medievais de Martim Codax (s. XIII) e a Missa de Pentecostes de João Madureira (n. 1971)

Músicos: 6

“... mas não sabes de onde vem nem para onde vai” (Jo 3,8)

“O que têm de comum as cantigas d’amigo medievais e uma Missa de Pentecostes? Aparentemente, nada. Essa não foi, porém, a visão de Sete Lágrimas quando [fez dialogar] a partitura de João Madureira para o Domingo de Pentecostes (2010) [escrita para Sete Lágrimas, encomenda da Arte das Musas] e as Cantigas d’Amigo de Martin Codax (século XIII). A razão substancial [para esta convergência] seria a afinidade entre a abordagem musical de João Madureira e certas tendências atestadas na composição medieval. Já a razão circunstancial para a re-interpretação das cantigas de Martin Codax tem a ver [com a] neutralização rítmica do Espírito efectuada por João Madureira, um Espírito mais carnal, mais passível de ser ritmado: o do Amor profano. (…) O resultado é pura beleza, feita de saber e simplicidade. (…) A novidade da abordagem consistiu, por um lado, na contemporaneidade do instrumentário ou dos seus usos (…) e por outro, na transposição para a esfera vocal dos processos heterofónicos, imitativos e improvisatórios que os grupos de música antiga normalmente restringem ao acompanhamento instrumental. (…) A surpreendente frescura do resultado conquistou o público.”

Manuel Pedro Ferreira, Crítica, Jornal Público

Missa de Pentecostes

Revisitar o património musical religioso, confrontando-o com outros lugares culturais e vivenciais...

Nesse momento de festa da linguagem que é a missa de Pentecostes, convivem, várias e plurais, músicas diversas: integra-se a tradição gregoriana do ordinário da missa num espaço mais vasto, em que testemunhos de diferentes escritores se abraçam. Testemunhos de vários homens e épocas, visitando este tempo que é o nosso, num novo encontro com os maravilhosos Sete Lágrimas. Dedico este meu trabalho a José Tolentino de Mendonça e ao seu enorme desassombro.

Cantigas de Martim Codax e Filipe Faria/Sérgio Peixoto

Dedicado à colecção integral das Cantigas d’Amigo medievais de Martim Codax (s. XIII). Cantiga é uma obra musical desdobrada em palavras (versos) e som (música). O assunto da sua letra pode ser profano ou religioso. Neste último caso estão as Cantigas de Santa Maria compiladas na corte de Afonso X, rei de Leão e Castela (1252-84); no primeiro, estão cerca de 1680 textos, compostos entre nais do século XII e meados do século XIV, conhecidos através do Cancioneiro da Ajuda, do Cancioneiro da Biblioteca Nacional ou Colocci-Brancuti, e do Cancioneiro da Vaticana. Nestes cancioneiros, estão representadas mais de quinhentas cantigas d’amigo.

29
30
31

VIDEO

VIDEO

VIDEO

VIDEO

Concert (Teaser)

30ª Temporada

Música em São

Roque 2018 (Lisbon)

Portugal

Link

Concert (Teaser)

31ª Temporada Música em São

Roque 2019 (Lisbon)

Portugal Link

VIDEO

VIDEO

Rehearsing 2018 Link

Concert Prague Early Music International Festival (Czech Republic)

Link

VIDEO

VIDEO

Concert 33º Temporada

Música em São

Roque 2021 (Lisbon)

Portugal

Link

Concert (Teaser)

Online

Dedicated to Katina Lillios (Iowa, USA) Link

Rehearsing Stockholm Early Music Festival 2012

Link

Concert (Teaser)

28ª Temporada

Música em São

Roque 2016 (Lisbon)

Portugal Link

VIDEO

VIDEO

Concert Laeiszhalle Hamburg

Grosse Saal 2021

Germany

Link

Concert (Teaser)

Online Dedicated to Katina Lillios (Iowa, USA) Link

VIDEO

VIDEO

Concert (Teaser)

Festival Sintra 2015

Palácio Nacional

Portugal Link

Concert (Teaser)

1º Festival Fora do Lugar 2012 (Monsanto) Portugal Link

32

1 of 14 Luz I \Light I

Directed by Winnie Dias

Performer: Rafaela Bosi

Filmed in Berlin \Germany

Music by Sete Lágrimas ECMC

“Dorme, dorme meu menino”

Link

2 of 14 Ar \Air

Directed by Winnie Dias

Dancers: Hayley Page, Borja Bermudez

Filmed in Hamburg \Germany

Music by Sete Lágrimas ECMC

“Porque lhoras moro”

Link

3 of 14 Ego \Ego

Directed by Winnie Dias

Dancer: Fuyumi Hamashima

Filmed in: Berlin \Germany

Music by Sete Lágrimas ECMC

“Pues que veros”

Link

4 of 14 Escuridão \Darkness

Directed by Winnie Dias

Dancer: Rafaelle Queiroz

Filmed in Zürich \Switzerland

Music by Sete Lágrimas ECMC

“Ay que biviendo no byvo”

Link

5 of 14 Êxodo \Exodus

Directed by Winnie Dias

Dancer: Isabella Heylmann

Filmed in Berlin \Germany

Music by Sete Lágrimas ECMC

“Mis arreios son las armas”

Link

6 of 14 Lágrima \Tear

Directed by Winnie Dias

Dancer: Futaba Ishizaki

Filmed in Düsseldorf \Germany

Music by Sete Lágrimas ECMC

“Takeda no komoriuta”

Link

7 of 14 Solidão \Solitude

Directed by Winnie Dias

Dancer: Naomi Brito

Filmed in Wuppertal \Germany

Music by Sete Lágrimas ECMC

“Cruel saudade”

Link

VIDEO VIDEO VIDEO VIDEO VIDEO
VIDEO VIDEO Flatlands Dance Film Festival
33
Quarter-Finalist 2023

BIO.

...though the title doth promise tears, unfit guests in these joyful times, yet no doubt pleasant are the teares which musick weeps, neither are tears shed always in sorrow, but sometimes in joy and gladness. Vouchsafe then your gracious protection to these showers of harmony (…) they be metamorphosed into true tears.

— John Dowland (?1563-1626) in Lachrimæ or seaven teares..., London, 1604

Founded in Lisbon, in 1999, by Filipe Faria and Sérgio Peixoto, Sete Lágrimas ECMC – Early and Contemporary Music

Consort – takes its name from the innovative collection of dances by the renaissance composer John Dowland (1563-1626) that were published by John Windet in 1604, when the composer was employed as lutenist to Christian IV of Denmark (1577-1648).

Focused on the dialogues between Early Music and contemporaneity – and also erudite music with centuries-old traditions –, Sete Lágrimas brings together musicians from different musical backgrounds around conceptual projects fuelled both by original musicological research and innovative and creative processes centred on sounds, instrumentation and memories of Early Music.

In these projects, it is possible to identify dialogues between erudite and popular music, between Early and Contemporary Music, and between the age-old Portuguese Diaspora of the Discoveries and the Mediterranean Latin axis. These dialogues are converted into sound through a faithful reading of the performative principles of Early Music and a distinctive approach to the defining elements of folk music and jazz.

Since its first days, the consort has maintained an intense performance schedule, playing hundreds of concerts around Europe and Asia, including the following: Portugal: Centro Cultural de Belém (Main Auditorium, Small Auditorium), Fundação Calouste Gulbenkian (Grand Auditorium), Casa da Música (Sala Suggia), Festival Cistermúsica, Festival de São Roque, Festival das Artes de Coimbra, Festival dos Capuchos, Festival Internacional de Música da Madeira, Festival Internacional de Música dos Açores, Festival Fora do Lugar, Festival de Leiria, Festival de Almada, Festival Terras sem Sombra, Encontros de Música Antiga de Loulé, Memórias Musicais de um Palácio (Sintra), Festival Todos, Festival Internacional de Música de Espinho, Fundação Oriente, Festival Artes à Vila, Quartel das Artes, Teatro Viriato, Festival de Música de Sintra, Theatro Circo (Main Room) (...); Bulgaria: Zora Dramatic Theatre (Sliven); Italy: Ravenna, Festival Internazionale W. A. Mozart a Rovereto); Malta: BirguFest; Spain: Festival de Música Antigua de Gijón, Festival de Música Antigua de Úbeda y Baeza, Museo Nacional de Valladolid, Fundación Juan March (Madrid), Abvlensis Festival Internacional de Musica, Teatro

34

BIO.

...embora o nome prometa lágrimas, convidadas pouco aprazíveis nestes tempos de alegria, são sem dúvida agradáveis as lágrimas que a música chora, nem sempre vertidas em tristeza mas também em alegria. Permita a vossa graciosa protecção a estes aguaceiros de harmonia que sejam metamorfoseados em verdadeiras lágrimas.

— John Dowland (?1563-1626)

in Lachrimæ or seaven teares..., London, 1604

Fundado em Lisboa, em 1999, por Filipe Faria e Sérgio Peixoto, Sete Lágrimas ECMC – Consort de Música Antiga e Contemporânea – assume o nome da inovadora colecção de danças do compositor renascentista John Dowland (1563-1626) publicadas por John Windet em 1604 quando o compositor era alaudista de Cristiano IV da Dinamarca (1577-1648).

Dedicado aos diálogos da Música Antiga com a contemporaneidade – bem como da música erudita com as tradições seculares –, Sete Lágrimas junta músicos de diferentes horizontes musicais em torno de projectos conceptuais animados tanto por originais investigações musicológicas como por processos de inovação e criatividade em torno dos sons, instrumentário e memórias da Música Antiga.

Nestes projectos são identificáveis os diálogos entre a música erudita e a popular, entre a Música Antiga e a contemporânea e entre a secular diáspora portuguesa dos Descobrimentos e o eixo latino mediterrânico convertidos em som através da fiel interpretação dos cânones performativos da Música Antiga como de uma aproximação a elementos definidores da música tradicional ou do jazz.

Desde a sua fundação, o grupo desenvolve uma intensa actividade concertística de centenas de concertos na Europa e Ásia, de onde se destacam: Portugal: Centro Cultural de Belém (Grande Auditório, Pequeno Auditório), Fundação Calouste Gulbenkian (Grande Auditório), Casa da Música (Sala Suggia), Festival Cistermúsica, Festival de São Roque, Festival das Artes de Coimbra, Festival dos Capuchos, Festival Internacional de Música da Madeira, Festival Internacional de Música dos Açores, Festival Fora do Lugar, Festival de Leiria, Festival de Almada, Festival Terras sem Sombra, Encontros de Música Antiga de Loulé, Memórias Musicais de um Palácio (Sintra), Festival Todos, Festival Internacional de Música de Espinho, Fundação Oriente, Festival Artes à Vila, Quartel das Artes, Festival de Música de Sintra, Teatro Viriato (...); Bulgária: Zora Dramatic Theatre (Sliven); Itália: Ravenna, Festival Internazionale W. A. Mozart a Rovereto); Malta: BirguFest; Espanha: Festival de Música Antigua de Gijón, Festival de Música Antigua de Úbeda y Baeza, Museo Nacional de Valladolid, Fundación Juan March (Madrid), Abvlensis Festival Internacional de Musica, Teatro Zorilla (Valladolid) (…); China:

35

Zorilla (Valladolid) (…); China: Macao Internacional Music Festival; Sweden: Stockholm Early Music Festival; France: Festival Baroque de Sablé, Opéra de Lille (...); Belgium: Gent Festival van Vlaanderen, Flemish Opera (Gent), Bozar (Bruxelles), Music Center DeBijloke (Gent) (...); Norway: Stavanger Konzerthus; Czech Republic: Prague Early Music Festival; Luxembourg: Philharmonie Luxembourg (Salle de Musique de Chambre, Grand Auditorium), Festival Atlântico; Germany: Elbphilharmonie Laeiszhalle Hamburg (Grosse Saal).

Sete Lágrimas regularly invites guest musicians working in different areas of Early Music folk, jazz and world-music. To date, these musicians have included the Gulbenkian Choir (Portugal), María Cristina Kiehr (Argentina), Zsuzsi Tóth (Hungary), Ana Quintans (Portugal), Mayra Andrade (Cape Verde), António Zambujo (Portugal), Adufeiras de Monsanto (Portugal), CRAMOL (Portugal), Tainá (Brasil), Carolina Deslandes (Portugal) ou Ana Moura (Portugal).

In projects involving dialogues between Early and Contemporary Music – New Early Music Series – Sete Lágrimas premiered works written specially for the consort by the composers Ivan Moody (England), João Madureira (Portugal), Andrew Smith (England/Norway), Christopher Bochmann (England) and Filipe Faria and Sérgio Peixoto (Portugal). At the Coimbra Arts Festival in 2011, Sete Lágrimas performed the world première of the work Lamento, which was commissioned from the writer José Luís Peixoto, winner of the José Saramago Literary Prize, and the composer João Madureira.

With a discography of fourteen titles – Lachrimæ #1 (2007), Kleine Musik (2008), Diaspora.pt: Diáspora, vol.1 (2008), Silêncio (2009), Pedra Irregular (2010), Vento (2010), Terra: Diáspora, vol.2 (2011), En tus brazos una noche (2012), Península: Diáspora. vol.3 (2013), Cantiga (2014), Missa Mínima (2016), Um dia normal - graphic poem with text and illustrations by Filipe Faria and music by Sete Lágrimas - (2015), Twentie Yeares in Seaven Teares (2020) e Loa (2023) – the consort is considered by critics as one of the most relevant and innovative European projects in the field of Early Music. Internationally, mention must be made of the reviews of the recordings and concerts published in the International Record Review, Doce Notas, Aftonbladet, Novinky, Opera PLUS, Svenska Dagbladet, Lute News, Goldberg etc and the inclusion on the playlists of classical radio stations in several European countries.

In 2008, 2011 and 2012, the first three releases comprising the Diáspora project were the bestselling titles in FNAC shops. In 2010, Diaspora.pt was named an “Essential Recording” in the Classical Music Guide and Sete Lágrimas’ trajectory to date was profiled in the publication “Alma Lusitana” (FNAC).

In 2011/2012, Sete Lágrimas were invited to be the Associated Ensemble of the Season by the Centro Cultural de Belém (CCB/Lisbon), performing “Tríptico da Terra” (Triptych of the Earth) at three sold-out concerts.

In 2014, at the invitation of the classical radio station RDP Antena 2, Sete Lágrimas represented Portugal in the EURORADIO Christmas Folk Music Project organised by the European Broadcasting Union. The project was broadcast on 30 radio stations in 28 countries, including BBC Radio 3 and France Musique.

In 2018, Philharmonie Luxembourg and Pascal Sticklies invite Sete Lágrimas to develop – between 2018 and 2022 – a trilogy of original creation projects under the designation “Les Explorateurs”

– “Les Explorateurs” (2018), “La Princesse Mystérieuse” (2019/ 20) and “Le Vieux Roi et la Lune” (2020/22) –, inspired by the musical universe of Sete Lágrimas, with 54 performances sold out in 4 years. The international and multidisciplinary team of the three projects, led by director and playwright Benjamin Prins (France), included assistant director and playwright

36

Macao Internacional Music Festival; Suécia: Stockholm Early Music Festival; França: Festival Baroque de Sablé, Opéra de Lille (...); Bélgica: Gent Festival van Vlaanderen, Flemish Opera (Gent), Bozar (Bruxelles), Music Center DeBijloke (Gent) (...); Noruega: Stavanger Konzerthus; República Checa: Prague Early Music Festival; Luxemburgo: Philharmonie Luxembourg (Salle de Musique de Chambre, Grand Auditorium), Festival Atlântico; Alemanha: Elbphilharmonie Laeiszhalle Hamburg (Grosse Saal).

Sete Lágrimas chama frequentemente, aos seus projectos, músicos convidados das áreas da Música Antiga e da música tradicional, jazz e do mundo. Destes, destacam-se o Coro Gulbenkian (Portugal), María Cristina Kiehr (Argentina), Zsuzsi Tóth (Hungria), Ana Quintans (Portugal), Mayra Andrade (Cabo Verde), António Zambujo (Portugal), Adufeiras de Monsanto (Portugal), CRAMOL (Portugal), Tainá (Brasil), Carolina Deslandes (Portugal) ou Ana Moura (Portugal).

No contexto dos projectos de diálogo entre a Música Antiga e a contemporânea – New Early Music Series –, Sete Lágrimas estreia obras, especialmente dedicadas ao consort, dos compositores Ivan Moody (Inglaterra), João Madureira (Portugal), Andrew Smith (Inglaterra/Noruega), Christopher Bochmann (Inglaterra) e Filipe Faria e Sérgio Peixoto (Portugal). Em 2011 Sete Lágrimas apresentou, em estreia mundial, no Festival das Artes de Coimbra, a encomenda da obra Lamento ao escritor José Luís Peixoto, vencedor do Prémio Literário José Saramago, e ao compositor João Madureira.

Com uma discografia de catorze títulos – Lachrimæ #1 (2007), Kleine Musik (2008), Diaspora.pt: Diáspora, vol.1 (2008), Silêncio (2009), Pedra Irregular (2010), Vento (2010), Terra: Diáspora, vol.2 (2011), En tus brazos una noche (2012), Península: Diáspora. vol.3 (2013), Cantiga (2014), Missa Mínima (2016), Um dia normal - poema gráfico com texto e ilustrações de Filipe Faria e música de Sete Lágrimas - (2015), Twentie Yeares in Seaven Teares (2020) e Loa (2023) – o consort é considerado pela crítica como um dos mais relevantes e inovadores projectos europeus na área da Música Antiga. Internacionalmente destacam-se as críticas discográficas e de concerto na International Record Review, Doce Notas, Aftonbladet, Novinky, Opera PLUS, Svenska Dagbladet, Lute News, Goldberg, etc. e a permanência regular nas playlists das rádios clássicas de vários países europeus.

Em 2008, 2011 e 2012 os três primeiros títulos do projecto Diáspora atingem o primeiro lugar do TOP de vendas das lojas FNAC. Em 2010, “Diaspora.pt” foi escolhido, no “Guia da Música Clássica” como “Discografia Essencial”, e a carreira do Sete Lágrimas destacada na publicação “Alma Lusitana” (FNAC).

Em 2011/2012 Sete Lágrimas é convidado para assumir o estatuto de Ensemble Associado da Temporada do Centro Cultural de Belém (CCB/Lisboa) tendo apresentado o “Tríptico da Terra” em três concertos esgotados.

A convite da rádio clássica RDP Antena 2, Sete Lágrimas foi, em 2014, o representante português no projecto europeu da UER/EBU Union Européenne de Radio-Télévision – EURORADIO – Christmas Folk Music Project – emitido em 30 rádios de 28 países como a BBC Radio 3 ou a France Musique.

Em 2018 a Philharmonie Luxembourg e Pascal Sticklies convidam Sete Lágrimas a desenvolver – entre 2018 e 2022 – uma trilogia de projectos de criação original sob a designação “Les Explorateurs” – “Les Explorateurs” (2018), “La Princesse Mystérieuse” (2019/20) e “Le Vieux Roi et la Lune” (2020/22) –, inspirada no universo musical de Sete Lágrimas, com 54 récitas esgotadas em 4 anos. A equipa internacional e multdisciplinar dos três projectos, liderada

37

Pénélope Driant (France), scenographer and costume designer Nina Ball (Austria), costume and scenography assistant Nathalie Villarmé (France), choreographer Sabine Novel (France) and, on stage, with consort Sete Lágrimas and the actors and dancers Jan Bastel (Germany), Nestor Kouame Dit Solvis (Ivory Coast), Winnie Dias (Brazil), Alexandre Martin-Varoy (France), Fábio Krayze (Angola) and Alexander Fend (Germany).

In 2021 Sete Lágrimas joins the project “If I rained an ocean” (Se chovesse um oceano) by Filipe Faria and Winnie Dias (Brazil), a video-dance, music, photography and performance project filmed by these directors in Berlin, Hamburg, Düsseldorf, Wuppertal (Germany), Zürich (Switzerland) and Idanha-a-Velha (Portugal), with dancers Futaba Ishizaki (Japan), Naomi Brito (Brazil), Rafaela Bosi (Brazil), Rafaelle Queiroz (Brazil) , Fuyumi Hamashima (Japan), Isabella Heylmann (Australia), Hayley Page (Australia) and Borja Bermudez (Spain). In 2022, the film “Ego”, directed by Winnie Dias on “Pues que veros” – a “new villancico” composed by Filipe Faria and Sérgio Peixoto on a poem from the 16th century – was the winner of the “Best Music Video” award at the 5th MiMo - Milano Mobile Film Festival (Italy). In 2023, the same film was a quarter-finalist in the International Short Film Competition! from the Flatlands Dance Film Festival (Nevada, United States of America). “Ego” and “Solitude” – based on “Cruel saudade” (anonymous, Brazil) – are also part of the Official Selection of the Super 9 Mobile Film Fest.

At the invitation of the Centro Cultural de Belém - Fábrica das Artes - Filipe Faria and Sérgio Peixoto develop, between September 2021 and May 2022, the project SETE – Novos Criadores das Infâncias – with a group of nine young musicians. This tutoring project unfolds in a set of masterclasses, artistic residencies, talks, training courses and new creations around the creative, conceptual and formal universe of Sete Lágrimas.

To commemorate the group’s 20th anniversary, Arte das Musas published the book Twentie Yeares in Seaven Teares – Twenty Years in Seven Tears: The first twenty years of being Sete Lágrimas ECMC, which includes a best-of CD of the consort’s complete discography along with two unpublished “new villancicos” and a set of 30 testimonials from artistic directors of European venues and festivals.

In 2023 Sete Lágrimas publishes its 14th title, entitled Loa, a counterfacta proposal dedicated to the dialogue between the melodies of the Italian Laudarios of Cortona and Firenze and the 15th century translations of the Portuguese bishop André Dias de Escobar (Lisbon, ?1348-1450/51). The project was developed in partnership with Professors Manuel Pedro Ferreira (CESEM/ Faculty of Social and Human Sciences/Universidade Nova de Lisboa, Portugal) and Blake Wilson (Professor Emeritus of Music, Department of Music/Dickinson College, USA).

Also in 2023, Filipe Faria and Sérgio Peixoto develop a new project for their New Early Music Series (vol. 5), a set of 12 “new villancicos” composed on sixteenth-century Iberian poetry, to be released at the end of the same year.

In 2024, 2025 and 2026, Sete Lágrimas will release, in a trilogy, the complete Cancioneiro de Elvas (Elvas, Biblioteca Municipal Públia Hortênsia, Ms 11793), a Portuguese manuscript from the 16th century and one of the most important sources profane music in the Iberian Peninsula.

Since 2003, Sete Lágrimas have been sponsored by the Ministry of Culture (Portuguese Government) and the Directorate General for the Arts, and, since 2012, by the Municipality of Idanha-a-Nova – UNESCO Creative City of Music. The consort is represented and published by Arte das Musas.

38

pelo encenador e dramaturgo Benjamin Prins (França), contou com a assistente de direcção e dramaturga Pénélope Driant (França), a cenógrafa e figurinista Nina Ball (Áustria), a assistente de figurinos e cenografia Nathalie Villarmé (França), a coreógrafa Sabine Novel (França) e, em palco, com o consort Sete Lágrimas e os actores e bailarinos Jan Bastel (Alemanha), Nestor Kouame Dit Solvis (Costa do Marfim), Winnie Dias (Brasil), Alexandre Martin-Varoy (França), Fábio Krayze (Angola) e Alexander Fend (Alemanha).

Em 2021 Sete Lágrimas junta-se ao projecto “If I rained an ocean” (Se chovesse um oceano) de Filipe Faria e Winnie Dias (Brasil), um projecto de video-dança, música, fotografia e performance filmado por estes realizadores em Berlim, Hamburgo, Düsseldorf, Wuppertal (Alemanha), Zürich (Suiça) e Idanha-a-Velha (Portugal), com os bailarinos Futaba Ishizaki (Japão), Naomi Brito (Brasil), Rafaela Bosi (Brasil), Rafaelle Queiroz (Brasil), Fuyumi Hamashima (Japão), Isabella Heylmann (Austrália), Hayley Page (Austrália) e Borja Bermudez (Espanha). Em 2022, o filme “Ego”, realizado por Winnie Dias sobre “Pues que veros” – um “novo vilancico” composto por Filipe Faria e Sérgio Peixoto sobre um poema do século XVI – foi vencedor do prémio “Best Music Video “ no 5th MiMo - Milano Mobile Film Festival (Itália). Em 2023, o mesmo filme foi quarter-finalist na International Short Film Competition! do Flatlands Dance Film Festival (Nevada, Estados Unidos da América). “Ego” e “Solitude” – realizado sobre “Cruel saudade” (anón., Brasil) –, fazem, ainda, parte da Selecção Oficial do Super 9 Mobile Film Fest.

A convite do Centro Cultural de Belém - Fábrica das Artes - Filipe Faria e Sérgio Peixoto desenvolvem, entre Setembro de 2021 e Maio de 2022, o projecto SETE – Novos Criadores das Infâncias – com um grupo de nove jovens músicos. Este projecto de tutoria desdobrou-se num conjunto de masterclasses, residências artísticas, talks, formações e novas criações em torno do universo criativo, conceptual e formal das Sete Lágrimas.

No contexto das comemorações dos 20 anos de carreira, a Arte das Musas edita o livro Twentie Yeares in Seaven Teares – Vinte Anos em Sete Lágrimas: Os primeiros vinte anos de Sete Lágrimas ECMC, que inclui um CD best-of da discografia completa do consort a par de dois “novos vilancicos” inéditos e um conjunto de 30 depoimentos de directores artísticos de salas e festivais europeus.

Em 2023 Sete Lágrimas edita o seu 14º título, intitulado Loa, uma proposta de contrafacta dedicada ao diálogo entre as melodias dos Laudários italianos de Cortona e Firenze e as traduções quatrocentistas do bispo português André Dias de Escobar (Lisboa, ?1348-1450/51).O projecto foi desenvolvido em parceria com os Professores Doutores Manuel Pedro Ferreira (CESEM/ Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/Universidade Nova de Lisboa, Portugal) e Blake Wilson (Professor Emeritus of Music, Department of Music/Dickinson College, EUA).

Ainda em 2023, Filipe Faria e Sérgio Peixoto desenvolvem um novo projecto da sua série New Early Music Series (vol. 5), um conjunto de 12 “novos vilancicos” compostos sobre poesia ibérica do século XVI, a editar no final do mesmo ano.

Em 2024, 2025 e 2026, Sete Lágrimas edita, numa trilogia, a integral do Cancioneiro de Elvas (Elvas, Biblioteca Municipal Públia Hortênsia, Ms 11793), um manuscrito português do século XVI e uma das fontes mais importantes de música profana na Península Ibérica.

Sete Lágrimas conta com o apoio do Ministério da Cultura (Governo de Portugal) e da Direcção-Geral das Artes, desde 2003, e do Município de Idanha-a-Nova - UNESCO Creative City of Music, desde 2012. É representado e editado pela Arte das Musas.

39
40
VIDEO
Project
(Teaser) “Les Explorateurs” Philharmonie Luxembourg Link
41
42
43

DISCO.

Spotify Link Apple Music Link Online Store ARTE DAS MUSAS Link 44

Filipe Faria tenor

Sérgio Peixoto tenor

Inês Moz Caldas recorders

Marco Magalhães recorders

Kenneth Frazer viola da gamba

André Barroso theorbo

LACHRIMAE #1

2007 MU0101

PT O programa percorre um período que se estende dos finais do século XVI ao século XVIII. O tema das lágrimas como expressão da dor, do sofrimento íntimo ou colectivo, da melancolia, da fé ou da intolerância religiosa está implícito em quase todas as épocas no contexto de criação de várias obras musicais ou no seu próprio conteúdo. Por outro lado, a voz que canta (mas também chora) é um elemento primordial intrínseco à própria natureza da música.

Cristina Fernandes

EN The programme spans a period from the late 16th century to the 18th century. The theme of tears as an expression of pain, of intimate or collective suffering, of melancholy, or of faith or religious intolerance is implicit in almost every period in which the various musical works were created or forms part of their very content. The primordial element of the voice that sings (yet also cries) is intrinsic to the very nature of music.

Cristina Fernandes

LACHRIMAE [LÁGRIMAS/TEARS] 1.

STRASBOURG (1539) 2. In monte Oliveti G.B. MARTINI (1706-1784) [GBM] 3-6. Sonata da Chiesa n.7, op.3 A. CORELLI (1653-1713) [AC] 7. Adoramus Te Christe [GBM] 8. Erhöre mich, wenn ich rufe H. SCHÜTZ (1585-1672) [HS] 9. Sur ta montagne il a

KLEINE MUSIK

NEW EARLY MUSIC SERIES 1 2008 MU0102

Filipe Faria tenor

Sérgio Peixoto tenor, charpsichord

Inês Moz Caldas recorder

Pedro Castro recorder, baroque oboe

Kenneth Frazer viola da gamba

Duncan Fox violone

Hugo Sanches theorbo

PT Heinrich Schütz (1585-1672) compôs, entre 1636 e 1639, duas séries de “pequenos concertos espirituais” (Kleine geistliche Konzerte) num período de dor e sofrimento como foi a Guerra dos Trinta Anos. As pequenas composições foram escritas sobre variadas fontes textuais, na tradução alemã ou em latim, do Antigo Testamento às palavras de Santo Agostinho. Em 2007 decidimos mergulhar num projecto que há muito construíamos e que, com a cumplicidade de Ivan Moody tornámos realidade: um olhar contemporâneo sobre a obra do maior compositor alemão do século XVII partindo da mesma selecção de textos que quatro séculos antes inspiraram a sua composição. Um reflexo de processos criativos mas não de linguagens. Um encontro entre o novo e o antigo, um espelho de hoje, desta nova e “pequena” grande música de ontem. Convidada: Ana Quintans (soprano)

EN Between 1636 and 1639, Heirich Schütz (1585-1672) wrote two series of “small spiritual concerts” (Kleine geistliche Konzerte) during the time of pain and suffering that was the

45
Seigneur, écoute ma priére C. MAROT (1496-1544)/ fondé son règne T. DE BÈZE (1519-1605)/GENÈVE (1562) [TB/G] 10. Tristis est anima mea [GBM] 11. Oh! que c’est chose belle [TB/G] 12. O hilf, Christe Gottes Sohn [HS] 13-16. Sonata da Chiesa n.6, op.3 [AC] 17. Eins bitte ich vom Herren [HS] 18. O lieber Herre Gott [HS] Ana Quintans 2.4.6.8.10.12.14.16.18. soprano

Filipe Faria voice

Sérgio Peixoto voice

Rosa Caldeira 14. voice

António Zambujo 8. voice, guitar

Pedro Castro recorders, baroque oboe

Inês Moz Caldas recorders

Denys Stetsenko baroque violin

Eurico Machado Portuguese guitar

Hugo Sanches vihuela, lute, theorbo

Tiago Matias baroque guitar, romantic guitar

Duncan Fox violone

Fernando Marques Gomes percussion

Thirty Years’ War. These short compositions set words from various text sources, in Latin or in German translation, from the Old Testament to St. Augustine. In 2007, we decided to plunge into a project we had been planning for a long time and which, in collaboration with Ivan Moody, we brought to fruition: a contemporary look at the greatest German composer of the 17th century, based on the same selection of texts that four centuries before had inspired Schütz’s music. A reflexion of creative processes but not of languages. A meeting between the new and the old, a mirror of today, of this “small” great music of yesterday. Guest : Ana Quintans (soprano)

KLEINE MUSIK [PEQUENA MÚSICA/SMALL MUSIC]: HEINRICH SCHÜTZ (1585-1672) [HS], IVAN MOODY (1964) [IM] 1. Eile mich, Gott, zu erretten [HS] 2. Meister, wir haben die ganze Nacht gearbeitet [IM] 3. Die Furcht des Herren [HS] 4. Herr, ich hoffe darauf [IM] 5. O misericordissime Jesu [HS] 6. Anima mea liquefacta est (Symphonia Sacra I) [IM] 7. Meister, wir haben die ganze Nacht gearbeitet [HS] 8. Verbum caro factum est [IM] 9. Herr, ich hoffe darauf [HS] 10. Eile mich, Gott, zu erretten [IM] 11. Ihr Heiligen, lobsinget dem Herren [HS] 12. O misericordissime Jesu [IM] 13. Habe deine Lust an dem Herren [HS] 14. Die Furcht des Herren [IM] 15. Verbum caro factum est [HS] 16. Ihr Heiligen, lobsinget dem Herren

DIASPORA.PT

DIASPORA SERIES 1

2008 MU0103 [2ª/2ND ED. 2012]

PT Para lá de caravelas e de Boa-Esperança a relação de Portugal com o mundo nasce de uma vontade de mudança... Com a expansão portuguesa do século XV inicia-se um período de aculturação e miscigenação que influencia mutuamente as práticas musicais dos países dos Descobrimentos e de Portugal e muda a configuração do seu ADN colectivo para sempre... O Projecto Diáspora conta com três títulos – Diaspora.pt (2008), Terra (2011) e Península (2012) – e mergulha nos géneros e formas musicais dos cinco continentes de ontem e de hoje, arriscando novas fórmulas interpretativas de repertórios populares e eruditos do século XVI ao século XX - do vilancico ibérico ao fado, dos vilancicos “negros” ao chorinho brasileiro, das “mornas” africanas às canções tradicionais de Timor, Macau, Índia, Brasil, Japão... Uma vertigem experimental pela viagem, caminho, peregrinação, terra, água, saudade e pelo que ficou hoje depois de todos os ontem... Convidados: António Zambujo (fadista), Rosa Caldeira (soprano)

EN Besides caravels and [the Cape of] Good Hope, Portugal’s relationship with the world was born from a thirst for change. The Portuguese expansion of the fifteenth century marked the start of a period of acculturation and miscegenation that mutually influenced the musical practices of the countries of the Discoveries and Portugal and changed the configuration of their collective DNA forever. Comprising three titles –

[IM] 17. Anima mea liquefacta est/Adjuro vos, filiae Hierusalem (Symphonia Sacra I) [HS] 18. Habe deine Lust an dem Herren [IM]
46

Zsuzsi Tóth soprano

Filipe Faria tenor

Sérgio Peixoto tenor

Pedro Castro baroque oboe, recorder

Inês Moz Caldas recorder

Hugo Sanches theorbo

Tiago Matias theorbo

Diana Vinagre baroque cello

Diaspora.pt (2008), Terra (2011) and Península (2012) – the Diáspora Project dips into the past and present of genres and musical forms associated with five continents, exploring new interpretive formulas employed in popular and classical music from the sixteenth to the twentieth centuries - from the Iberian villancico to fado, the “black” villancicos, the Brazilian chorinho, African mornas and the traditional songs of Timor, Macau, India and Brazil, Japan, among other countries.. An experimental frenzy inspired by journeys, paths, pilgrimages, land, water, homesickness and what remains today of all the days gone by. Guests: António Zambujo (fado singer), Rosa Caldeira (soprano)

DIASPORA.PT 1. Triste vida vivyre F. FARIA (1976), S. PEI-XOTO (1974) + CONTRAFACTUM “LA TERRE AU SEIGNEUR APPARTIENT”, C. GOUDIMEL (?1514-1572) + VILANCICO ANON. S.XVI/16THC. 2. Bastiana ANON. MACAU/MACAO 3. Flor amorosa J.A. DA SILVA CALADO (1848-1880) 4. Senhora del mundo VILANCICO ANON. S.XVI/16TH.C [VA16] 5. Olá zente que aqui samo VIL. ANON. S.XVII/17THC. [VA17] 6. Mai fali é ANON. TIMOR 7. Na fomte está Lianor [VA16] 8. Menina você que tem LUNDUN ANON. S.XVIII/ XIX 18TH/19THC. 9. Xicochi conetzintle GASPAR FERNANDES (?1565-1629) 10. Farar far ANON. INDIA 11. In die tribulationis

SILÊNCIO

NEW EARLY MUSIC SERIES 2

2009 MU0106

PT Segundo projecto de nova música sacra para a estética e instrumentário da música antiga – New Early Music Series – que contemplou a encomenda de obras a Ivan Moody (n.1964): “Γένεσις” (Genesis), em grego; Andrew Smith (n.1970): “Lamentations”, em inglês; e João Madureira (n.1971): “Passio”, em latim. Convidada: Zsuzsi Tóth (soprano, Hungria)

EN Second project of the New Early Music Series. Sacred music incorporating the aesthetics and instrumentation of early music. New works were commissioned from Ivan Moody (b.1964): “Γένεσις” (Genesis), in Greek; Andrew Smith (b.1970): “Lamentations”, in English; and João Madureira (b.1971): “Passio”, in Latin. Guest: Zsuzsi Tóth (soprano, Hungary)

SILÊNCIO [SILENCE] IVAN MOODY (1964) - Γένεσις I-III: 1. Γένεσις I: ἐν ἀρχῇ ἐποίησεν ὁ θεὸς (Gen. 1-2) 2. Γένεσις II: καὶ εἶπεν ὁ θεός (Gen. 3-5) 3. Γένεσις III: καὶ εἶπεν ὁ θεός (Gen. 26-27) ANDREW SMITH (1970) Lamentation I-III: 4. Lamentation I: After affliction and harsh labor (Lam. 1:3) 5. Lamentation II: How deserted lies the city (Lam. 1:1-2) 6. Lamentation III: The roads to Zion mourn (Lam. 1:4-5) JOÃO MADUREIRA (1971) Passio I-III: 7. Passio I: Pater (Lucas 11:2-4) 8. Passio II: Et egressus (Lucas 22:39, 42-46) 9. Passio III: Erat (Lucas 23:44-46) 10. По небу гулял месяц ясный [IM] 11. Edi beo thu, hevene quene [AS] 12. Porque ben Santa Maria sabe os seus dões dar [JM]

DAMIÃO DE GÓIS (1502-1574) 12. Soledad tenguo de ti [VA16] 13. Con amores la mi madre JUAN DE ANCHIETA (1462-1523) 14. A força de cretcheu E. TAVARES (1867-1930) 15. Olá plimo Bacião [VA17]
47

Filipe Faria tenor

Sérgio Peixoto tenor

Pedro Castro baroque oboe, recorders

Denys Stetsenko baroque violin

Hugo Sanches theorbo

Tiago Matias theorbo, baroque guitar

Diana Vinagre baroque cello

Marta Vicente baroque double bass

Sérgio Silva positive organ

PT Barroco, “pérola tosca, e desigual, que nem he comprida, nem redonda...” (Rafael Bluteau (1638-1734), Vocabulario, 1712). Uma pedra irregular... barroca... diferente, original, primária.... nascida da terra, na terra, ligada à terra... uma pedra. “Huns barrocos mal afeiçoados e não redondos...” (Garcia de Orta (1501?-1568), Colóquios dos Simples, 1563)... irregulares. Possivelmente de origem portuguesa ainda hoje a palavra barroco refere-se a pedras e sitíos pedregosos, grandes ou irregulares, altos ou profundos... ou pessoais e íntimos? Aqui está. Dedicado ao nascimento do Barroco em Portugal e à obra de Francisco António de Almeida (c.1702-1755?), Diogo Dias Melgaz (1638-1700), António Teixeira (1707-1774) e Carlos Seixas (1704-1742).

Convidada: Mónica Monteiro (soprano)

EN Barroco, “an unhewn and uneven pearl, neither long nor round...” (Rafael Bluteau (1638-1734), Vocabulario, 1712). An irregulary-shaped stone... baroque... different, original, radical... born of the earth, in the earth, connected to the earth... a stone. “Some badly shaped barrocos [stones/ pearls], not round...” (Garcia de Orta (1501?-1568), Colóquios dos Simples, 1563)... irregular. Possibly derived from a Portuguese word, “barroco” [baroque], even today, refers to stones and stony places, large or irregular, high or deep... personal and intimate? Here it is. Dedicated to the birth of the Baroque in Portugal and the work of Francisco António de Almeida (c.1702-1755?), Diogo Dias Melgaz (1638-1700), António Teixeira (1707-1774) and Carlos Seixas (1704-1742). Guest: Mónica Monteiro (soprano)

Filipe Faria tenor

Sérgio Peixoto tenor

Sofia Diniz viola da gamba

Hugo Sanches theorbo

VENTO

NEW EARLY MUSIC SERIES 3 2010 MU0108

PT Revisitar o património musical religioso, confrontando-o com outros lugares culturais e vivenciais... Nesse momento de festa da linguagem que é a missa de Pentecostes, convivem, várias e plurais, músicas diversas: integra-se a tradição gregoriana do ordinário da missa num espaço mais vasto, em que testemunhos de diferentes escritores se abraçam (...) num novo encontro com os maravilhosos Sete Lágrimas.

João Madureira

PEDRA IRREGULAR 2010 MU0107
PEDRA IRREGULAR [IRREGULAR STONE] 1. Salve Regina DIOGO DIAS MELGAZ (1638-1700) [DDM] 2. In monte oliveti [DDM] 3. Adjuva nos [DDM] 4. In jejunio et fletu [DDM] 5. O quam suavis FRANCISCO ANTÓNIO DE ALMEIDA (C.1702-1755?) [FAA] 6. Sonata 20.2 CARLOS SEIXAS (1704-1742) [CS] 7. Si quaeris miracula [FAA] 8. Sonata 20.3 [CS] 9. Sonata 20.3 [CS] 10. Hodie nobis caelorum Rex [CS] 11. Tanta grassabatur ANTÓNIO TEIXEIRA (1707-1774) 12. Sonata 15.1 [CS] 13. Sicut cedrus exaltata sum [CS] Mónica Monteiro 1.7.10.13. soprano
48

Filipe Faria voice

Sérgio Peixoto voice

Pedro Castro recorders

Inês Moz Caldas recorders

Sofia Diniz viola da gamba

Tiago Matias vihuela, theorbo, baroque guitar

EN To revisit the religious musical heritage, and to confront it with other cultural and experiential places… At that linguistically festive moment, the mass on Pentecost Sunday, many and different types of music come together: the Gregorian tradition of the mass ordinary is gathered in a vaster space where testimonies of different writers embrace (...) in a renovated encounter with the wonder of Sete Lágrimas. João Madureira

Filipe Faria voice

Sérgio Peixoto voice

Pedro Castro recorder, b. oboe, da caccia

Inês Moz Caldas recorders

Sofia Diniz viola da gamba

Hugo Sanches vihuela, b. guitar, lute, theorbo

Mário Franco double bass

Rui Silva historical percussion

Coro Magis choir

EN TUS BRAZOS UNA NOCHE

2011 MU0109

PT Dedicado à colecção integral dos Romances e Canções seiscentistas sobreviventes do compositor português Manuel Machado (Lisboa, c.1590-Madrid, 1646), “En tus brazos una noche” inspira-se numa obra de grande beleza retórica de enorme valor e em parte desconhecida.

EN Featuring the entire collection of extant seventeenthcentury Romances and Songs written by the Portuguese composer Manuel Machado (Lisbon, c.1590 - Madrid, 1646), “En tus brazos una noche” is inspired by a partly unknown work of great rhetorical beauty and enormous merit.

EN TUS BRAZOS UNA NOCHE [IN YOUR ARMS ONE NIGHT] MANUEL MACHADO (LISBOA, C.1590 - MADRID, 1646): $ 1. Dos estrellas le siguen 2. A la sombra de un peñasco 3. Salió al prado de su aldea 4. Bien podéis, corazón mío 5. Qué bien siente Galatea 6. A ti digo, ampo de fuego 7. Salió a la fuente Jacinta 8. En tus brazos una noche 9. Oscurece las montañas 10. Avejuela que al jazmín 11. De la hermozura de Filis 12. Mi cansado sufrimiento 13. Qué entonadilla que estaba 14. Fuése Lisardo del valle 15. Paso a paso, empeños míos 16. De los ojos de mi morena 17. Afuera, afuera

TERRA

DIASPORA SERIES 2

2011 MU0110

PT/EN vide DIASPORA.PT acima/above

TERRA [LAND/EARTH/SOIL] 1. Tururu farara con son GASPAR FERNANDES (?1565-1629) [GF] 2. É tarde, ela dorme ANON. BRASIL/BRAZIL (B] 3. Mosé salió de Misraim ROMANCE SEFARAD 4. O Divan de Mogará ANON. INDIA 5. Dic nobis Maria/Dalha den cima del cielo ANON. S.XVII/16THC. [A16] 6. El pesebre FILIPE FARIA (1976), SÉRGIO PEIXOTO (1974), LOPE DE VEGA (1562-1635) 7. Cruel saudade MANUEL JOSÉ VIDIGAL (FL.1795-1824) 8. Ko le le mai ANON.

DA MADRE DE DEUS

[FMD] 10. Yamukela ANON. MOÇAMBIQUE/MOZAMBIQUE 11. Al mirar elevado [FMD] 12. A Rosinha dos limões ARTUR RIBEIRO (1924-1982) 13. Dorme, dorme, meu menino/Nana, nana, meu menino/Ó, ó, menino, ó ANON. PORTUGAL 14. Yemanjá ôtô/Uiê ôri rûmba [B] 15. Dayénu CANTO JUDAICO/JEWISH CHANT

VENTO [WIND] Missa de Pentecostes (Pentecost Mass), JOÃO MADUREIRA (1971): 1. Antiphona ad Introitum: O vento do espírito TEIXEIRA DE PASCOAES (1877-1952) 2. Actus Paenitentialis 3. Gloria 4. Sequentia: veni Sancte Spiritus JOSÉ AUGUSTO MOURÃO (1947) 5. Alleluia 6. Antiphona ad Offertorium: ____pega nos fios MARIA GABRIELA LLANSOL (1931-2008) 7. Sanctus 8. Agnus Dei 9. Postcommunio: As fontes SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN (1919-2004) 10. Dimissio: Ama como a estrada começa MÁRIO CESARINY (1923-2006) TIMOR 9. Oiga el que ignora FILIPE (1626-?)
49

Filipe Faria voice

Sérgio Peixoto voice

Pedro Castro recorders, baroque oboe, shawm

Sofia Diniz viola da gamba

Duncan Fox violone

Rui Silva historical percussion

PENÍNSULA

DIASPORA SERIES 3

2012 MU0111

PT/EN vide DIASPORA.PT acima/above

PENÍNSULA [PENINSULA] 1. Parto triste saludoso FILIPE FARIA (1976), SÉRGIO PEIXOTO (1974) [FF/ SP] 2. Mis arreios son las armas [FF/SP] 3. Minina dos olhos verdes ANON. S.XVII/XVIII 16TH/17THC. [A16/17] 4. No soy yo quien veis vivir [A16/17] 5. Biem podera my desvemtura [FF/SP] 6. Un cuydado que mia vida ten LUÍS DE MILÁN (C.1500-C.1561) [LM] 7. Desposástesos, señora [A16/17] 8. Díme robadora [A16/17] 9. Porque lloras moro [FF/SP] 10. Ay que biviendo no byvo [FF/SP] 11. Ay luna que reluzes [A16/17] 12. Foi-se gastando a esperança [A16/17] 13. Si la noche haze escura [A16/17] 14. Si te vas a bañar, Juanilla [A16/17]

Filipe Faria voice

Sérgio Peixoto voice

Pedro Castro recorders, baroque oboe, bagpipe

Tiago Matias lute, vihuela, saz

Mário Franco doublebass

Rui Silva historical percussion

CANTIGA

MEDIEVAL MUSIC SERIES 1

2014 MU0113

PT Cantiga é uma obra musical desdobrada em palavras (versos) e som (música). O assunto da sua letra pode ser profano ou religioso. Neste último caso estão as Cantigas de Santa Maria compiladas na corte de Afonso X, rei de Leão e Castela (1252-84); no primeiro, estão cerca de 1680 textos, compostos entre finais do século XII e meados do século XIV, conhecidos através do Cancioneiro da Ajuda, do Cancioneiro da Biblioteca Nacional ou Colocci-Brancuti, e do Cancioneiro da Vaticana. Nestes cancioneiros, estão representadas mais de quinhentas cantigas d’amigo. Amigo é aquele por quem “ũa moça” confessadamente se enamora. Este amor, de que são cúmplices a “madre” e as amigas íntimas da donzela (irmanas), constitui o horizonte temático do poema. Manuel Pedro Ferreira “Cantiga” é dedicado à colecção integral das Cantigas d’Amigo medievais de Martim Codax (s. XIII).

EN The cantiga is a vocal work made up of words (lines) and sound”(music). Its theme can either be profane or religious. The Cantigas de Santa Maria, compiled in the Court of Alfonso X, King of León and Castile (1252-84), fall into the latter category; of the former, there are about 1680 texts composed between the end of the 12th century and the middle of the 14th, known through the Cancioneiro da Ajuda, the Cancioneiro da Biblioteca Nacional or Colocci-Brancuti and the Cancioneiro da Vaticana. In these cancioneiros there are about five hundred cantigas d’amigo texts. The amigo is the one with whom the maiden (moça) falls passionately in love.

50
15. Falai, meus ollos [A16/17] 16. Em mi gram sufrimento [A16/17]

Filipe Faria voice

Sérgio Peixoto voice

Pedro Castro recorders, baroque oboe

Tiago Matias theorbo, romantic guitar

Mário Franco double bass

Rui Silva historical percussion

This love, in which the mother (madre) and the young damsel’s intimate friends (irmanas) are accomplices, constitutes the main theme of the poem. Manuel Pedro Ferreira “Cantiga” features the entire collection of medieval Cantigas d’Amigo composed by Martim Codax (13th century).

CANTIGA [SONG] MARTIM CODAX (S.XIII/13THC.): 1. Ai Deus, se sab’ora meu amigo 2. Quantas sabedes amar amigo 3. Ai ondas que eu vim veer 4. Eno sagrado em Vigo [música/music Filipe Faria, Sérgio Peixoto] 5. Mandad’hei comigo 6. Mia irmana fremosa, treides comigo 7. Ondas do mar de Vigo

UM DIA NORMAL LIVRO/BOOK

2015 MU0115

PT “Num dia normal ouço, ao longe, os sons do meu sonho. Às vezes acordo a cantar.” Poema Gráfico de Filipe Faria (texto e ilustrações). Música de Sete Lágrimas.

EN “On a normal day, I hear the sounds of my dream in the distance. Some days I wake up singing..” Graphic Poem by Filipe Faria (text and illustrations). Music by Sete Lágrimas.

UM DIA NORMAL [A NORMAL DAY] 1. Takeda no komoriuta TRAD. JAPÃO/JAPAN 2. Farar far ANON. INDIA 3.

MISSA MÍNIMA

NEW EARLY MUSIC SERIES 4 2016 MU0116

PT As terras de Idanha-a-Nova, as suas paisagens e gentes são, desde sempre, inspiração para a criação musical. A “Missa Mínima” é uma obra composta por Filipe Faria e Sérgio Peixoto em dois períodos a dezasseis anos de distância um do outro (1999-2015). Antes e depois de muita coisa... mas por que ordem?

Filipe Faria voice, percussion

Sérgio Peixoto voice

Pedro Castro recorders

EN The lands of Idanha-a-Nova, its landscapes and people have always been inspiration for musical creation. “Minimal Mass” is a work composed by Filipe Faria and Sérgio Peixoto in two periods sixteen years away from each other (19992015). Before and after many things... but in what order?

51
Senhora del mundo VILANCICO ANON. S.XVI/16TH.C [VA16] 4. Na fomte está Lianor [VA16] 5. Dos estrellas le siguen M. MACHADO (?1590/1646) 6. Bastiana ANON. MACAU/MACAO 7. Yamukela ANON. MOÇAMBIQUE/MOZAMBIQUE 8. Xicochi conetzintle G. FERNANDES (?1565-1629) 9. Parto triste saludoso F. FARIA (1976), S. PEIXOTO (1974) MISSA MÍNIMA [MINIMAL MASS] Para duas vozes iguais e flauta solo/For two equal voices and solo recorder FILIPE FARIA (1976) SÉRGIO PEIXOTO (1974): 1. Kyrie 2. Stabat Sancta Maria 3. Gloria 4. Popule meus 5. Credo 6. O magnum mysterium 7. Sanctus 8. Venite exultemus Domino 9. Agnus Dei 10-14. Lamentatio I-V

A LANÇAR UNRELEASED 2023-2026

PT André Dias de Escobar (c.1348-1450/51) e as suas Laudas e cantigas spirituaaes, e orações contemplativas, do muyto sancto e boom deus Jhesu, Rey dos çeeos e da terra; e da muyto alta e gloriosa sua madre de 1435. Um diálogo com o Laudario di Firenze e o Laudario di Cortona. Parceria Científica: Prof. Manuel Pedro Ferreira (CESEM/FCSH/ NOVA Lisboa) and Prof. Blake Wilson (Department of Music/Dickinson College, Los Angeles (CA))

Filipe Faria voice, percussion

Sérgio Peixoto voice

Silke Gwendolyn Schulze recorders, shawm, douçaine

Emilio Villalba symphonia, oud,

EN André Dias de Escobar (c.1348-1450/51) and his Laudas e cantigas spirituaaes, e orações contemplativas, do muyto sancto e boom deus Jhesu, Rey dos çeeos e da terra; e da muyto alta e gloriosa sua madre (Laude and spiritual songs, and contemplative prayers, of the very holy and good God Jesus, Lord of the heavens and the earth; and His elevated and glorious mother, the ever-virgin holy Mary) of 1435. A dialogue with Laudario di Firenze and Laudario di Cortona. Scientific Partnership: Prof. Manuel Pedro Ferreira (CESEM/FCSH/NOVA Lisboa) and Prof. Blake Wilson (Department of Music/Dickinson College, Los Angeles (CA))

LOA 1. “Adorote oo sancta vera cruz” (André de Escobar), contrafactum s/ “Oimè lasso” (Laudario di Cortona) 2. “Die ti salvi, Regina” (Laudario di Cortona) 3. “Benedicta sejas tu madre de Deus vyvente” (André de Escobar), contrafactum s/ “Regina Sovrana de grande pietade” (Laudario di Firenze) 4. “Louvada seja sempre toda vya” (André de Escobar), contrafactum s/ “Laude novella” (Laudario di Cortona) 5. “Laudamo la resurrectione” (Laudario di Cortona) 6. “Salve Virgo Preciosa” (André de Escobar), contrafactum s/ “Co la madre del beato” (Laudario di Firenze) 7. “Regina Sovrana de grande pietade” (Laudario di Firenze)

[UNTITLED]

NEW EARLY MUSIC SERIES 5 2023

PT Em 2006, os compositores Filipe Faria e Sérgio Peixoto – directores artísticos de Sete Lágrimas –, inauguram um novo caminho que intitularam de “Nova Música Antiga” (New Early Music) editado nos discos “Diaspora.pt” (2008), “Terra” (2011), “Península” (2012), “Missa Mínima” (2016) e “Twentie Yeares in Seaven Teares” (2020). Em 2023, compõem 12 Novos Vilancicos para o consort a estrear em Dezembro do mesmo ano.

52
LOA MEDIEVAL MUSIC SERIES 2 2023 MU0126
2023 2023

EN In 2006, composers Filipe Faria and Sérgio Peixoto –artistic directors of Sete Lágrimas – inaugurated a new path that they called “Nova Música Antiga” (New Early Music) published on the albums “Diaspora.pt” (2008), “Terra” (2011), “Peninsula” (2012), “Missa Mínima” (2016) and “Twentie Yeares in Seaven Teares” (2020). In 2023, they compose 12 Novos Vilancicos (New Vilancicos) for the consort to debut in December of the same year.

ELVAS [TRILOGY]

VOL.1 2024 + VOL.2 2025 + VOL.3 2026

PT Em 2023, 2024 e 2025 Sete Lágrimas edita, numa trilogia, a integral do Cancioneiro de Elvas (Elvas, Biblioteca Municipal Públia Hortênsia, Ms 11793) (P-Em 11793), um manuscrito português do século XVI com música e poemas e uma das fontes mais importantes de música profana na Península Ibérica, com obras em português e castelhano.

EN In 2023, 2024 and 2025 Sete Lágrimas publishes, in a trilogy, the complete Cancioneiro de Elvas (Elvas, Biblioteca Municipal Públia Hortênsia, Ms 11793) (P-In 11793), a 16thcentury Portuguese manuscript with music and poems and one of the most important sources of profane music in the Iberian Peninsula, with works in Portuguese and Spanish.

ELVAS [TRILOGY] Cancioneiro de Elvas (Elvas, Biblioteca Municipal Públia Hortênsia, Ms 11793) (P-In 11793). Integral

Filipe Faria voice, percussion, fiddle, guiterre Sérgio Peixoto voice Tiago Matias vihuela

53
2024 2025 2026

VOICES.

(…) a great opportunity for the French public (…)

Alice Orange · Director, Festival de Sablé (2012) · France

The Diaspora concert held at the Sablé Festival in August 2012 was a great opportunity for the French public to discover a repertoire dedicated to an essential aspect of Portuguese musical culture rarely performed in France. While respecting its sources, Sete Lágrimas performs these pieces (vilancicos) with imagination and creativity in an approach which guarantees the relevance of early music today and for the future.

(…) regardless of the music and when it was written, convey our identity through music like few others are able to do.

André Cunha Leal · Artistic Director, Festival Dias da Música em Belém/Belém Cultural Center (CCB) · Author, Antena 2 - Rádio Clássica [National Classical Radio] · Artistic Director, Alcobaça Festival · Portugal

I remember the first time I heard Sete Lágrimas perfectly. It was on Antena 2, with their album Diaspora.pt. It was like love at first sight. For me, the question of musical identity was always essential. As the son of a Cape Verdean mother, I grew up listening to morna and coladeira, as well as samba, bossa nova and our very own fado, but I was always a great lover of erudite music and opera too. Perhaps that’s why I felt the need to find music with that lusophone identity that is so dear to me and deeply rooted within me. When I heard the album Diaspora.pt for the first time, it was as if I’d found the perfect solution to my need to express a musical identity based on the canons of the great history of music but with decidedly lusophone roots. From that moment on, I became a huge fan of Sete Lágrimas – not only of their work with a diasporic musical identity, but also of projects such as Kleine Musik, which perfectly bridges the ages and eras with music by Heinrich Schütz and Ivan Moody, and Missa Mínima with music by Filipe Faria and Sérgio Peixoto, the brains behind this project, who, regardless of the music and when it was written, convey our identity through music like few others are able to do.

Andrew Smith · Composer · England

I first encountered Sete Lágrimas 10 years ago when I was asked to contribute a work to their Silêncio disc in 2009. I was immediately impressed by the quality of their work – from the smooth, beautiful voices of Filipe and Sérgio to the gorgeous design and packaging of their CDs and promotional materials. Their project is a labour of love, uncompromising in its high standards. And it is no surprise that, 10 years further on, Sete Lágrimas has firmly established itself internationally as one of the foremost ensembles of its kind. I am very proud to have an association with Sete Lágrimas, and I congratulate them on 20 years of wonderful musicmaking, wishing them all the very best for the future.

(…) it is no surprise that, 10 years further on, Sete Lágrimas has firmly established itself internationally as one of the foremost ensembles of its kind.
What started out as an artistic project based on a rigorous interpretation of music scores and quality performances expanded over the years to become an ambitious, profoundly original programme of intervention.
54

I began to discover the work of the Sete Lágrimas consort in 2007, shortly after I took up my position as director of the Centro Cultural de Belém. (...) [The] studied simplicity and admirable rigour [on the Lachrimae #1 album] of the reworkings of music that is usually far-removed from us impressed me with the strength of a revelation. The performances by the singers and musicians in the ensemble revealed such great familiarity with the chosen repertoire that it was as if they were restoring the composers and music that had been archived in our memories for good in all their original freshness. The opening act (in album form) was followed in 2008 by the magnificent Kleine Musik, dedicated entirely to the music of Heinrich Schütz. Impelled by the initiative and voices of Filipe Faria and Sérgio Peixoto, Sete Lágrimas regularly featured on the CCB’s concert programme in the following years and was appointed Associate Ensemble for the 2011/12 season. They continue to work closely with the performing arts centre. What started out as an artistic project based on a rigorous interpretation of music scores and quality performances expanded over the years to become an ambitious, profoundly original programme of intervention. Sete Lágrimas developed its initial idea with performances of early and contemporary music, commissioning works from living composers (Ivan Moody, João Madureira, Andrew Smith) that lent themselves to the programme and instrumentation of early music, and eventually extended its sphere of activity to traditional forms of popular music from Lisbon to Macau, Brazil to East Timor, with a kaleidoscopic repository of genres and songs embodied by the three albums in the Diáspora project, released between 2008 and 2012. From Sete Lágrimas’ extensive discography, I’d like to highlight En tus brazos una noche from 2012, which is a comprehensive collection of the surviving romances and songs by the 17th century Portuguese composer Manuel Machado, and Vento from 2010, which features the remarkable Pentecost Mass by João Madureira. The two albums document the two main vectors present in the prolific musical activity engaged in by Sete Lágrimas, who are now celebrating their 20th anniversary and continue to branch out into new discographic projects, sound installations and musical events, making the consort quite unique on the Portuguese art and music scene.

Benjamin Prins · Stage Director and Playwriter · France

I wanted to write this account in an attempt to understand how our artistic venture with Sete Lágrimas rounded off the artistic career that I embarked upon in 2005, first as an assistant, then as a stage director, and later as a playwright. This thought came to me during one of the performances by Les Explorateurs [The Explorers] at the Philharmonie Luxembourg in October 2018: as the artists bowed, I was surprised to see the audience enthusiastically applaud the role of the fish, the hero’s best friend. The role was played by a vulgar chunk of orange plastic. How did the musicians from the Sete Lágrimas ensemble become true men and women of the theatre during this period of intensive creation, to the extent that they were able to convince the audience of such an unlikely fable? Music dramaturgy: otherness or the power of catharsis. The architecture of the show is above all acoustic and musical. The repertoire drawn from the albums Diaspora, Península and Terra provides a skeleton upon which to hang an original story. (...) The carte blanche that Sérgio and Filipe gave me turned out to be a treasure map. The power of a show lies in the troupe’s scenic involvement: the five musicians in Sete Lágrimas have proven to be outstanding men of the theatre. Actors, sound designers, musicians, dancers, ventriloquists, stagehands and lighting operators, they also did their own make-up, took care of their costumes as if they were a second skin and prepared their accessories just as carefully as they did their period instruments. The extent of their commitment is apparent in the quality of the show. That “extra degree” sent the temperature up from 99 to 100 degrees, making the difference between a good show and an excellent one. Just as water transforms into steam at a very specific temperature, we can say that catharsis takes place in theatre when there is complete emotional investment. Like a tragic choir.

This memorable concert perfectly reflected the paths of communication and cultural exchange between Europe and the rest of the world (…)

In March 2018, Fundação Oriente celebrated its 30th anniversary and we could think of no better way to mark the occasion than a presentation at the Museu do Oriente of the excellent research into popular and erudite music from the five continents carried out by the Sete Lágrimas consort. This memorable concert perfectly reflected the paths of communication and cultural exchange between Europe and the rest of the world and echoed the foundation’s work over the last 30 years. We would like to congratulate the Sete Lágrimas consort on its 20th anniversary and its valuable repertoire, which highlights key milestones in Portuguese music. We hope to continue working to promote the group’s work in future.

(…) an open-minded dialogue between diverse aesthetic universes (…)

Nova

The group Sete Lágrimas has built a remarkable career on the Portuguese music scene over the last 20 years by creatively 55

(…) the five musicians in Sete Lágrimas have proven to be outstanding men of the theatre.

appropriating repertoires from early music, contemporary music and the oral tradition. Intervention by the group’s musicians in the form of arrangements, improvisations and unexpected interpretations of music from different historical, geographical and cultural contexts has given rise to an open-minded dialogue between diverse aesthetic universes and attracted a healthy mix of audiences.

Their performance (…) swept the audience off its feet. The reviews were full of praise for the musicians’ wonderful energy and spontaneous musicality.

Daniela Theinová · Festival Manager, Letní Slavnosti Staré Hudby [Summer Festivities of Early Music, Prague] (2014) · Czech Republic

The first appearance of Sete Lágrimas in the Czech Republic in 2014 was one of the highlights of the 15th Summer Festivities of Early Music in Prague. Their performance of a programme entitled Tururu farara, featuring a wide-ranging repertoire from the 15th to the 18th century, swept the audience off its feet. The reviews were full of praise for the musicians’ wonderful energy and spontaneous musicality. One example: “The Portuguese ensemble Sete Lágrimas astounded the enthusiastic audience, who gathered in great numbers at the Troja Chateau. They amazed us with fiery dance tunes originating from Portuguese spheres of influence in South America and Africa.” (Vladimir Riha, Novinky.cz). On behalf of the organiser, I can confirm that four years later, the public still cherishes the memory of this remarkable musical event. We shall be delighted to invite Sete Lágrimas back to Prague.

Eduardo Ferro Rodrigues · President of the Assembly of the Republic · Portugal

I like Sete Lágrimas, their sound, their performances, the truth that their music radiates. I like listening to Sete Lágrimas as I relax on the sofa, but I mostly like to see and hear them live, as I did recently as part of their Diáspora project. I’m pleased that they invited me to say these brief introductory words, not only as President of the Assembly of the Republic but also as a lover of good music and long-standing friend of Filipe Faria. I would like to congratulate Sete Lágrimas and wish them all the best for the continuation of their long, stellar career, both at home and abroad.

To start with, their joy at sharing music; the subtlety of their performances; their repertoire, which I am always fascinated to discover for the first time; their unparalleled professionalism; their unerring good taste.

Francisco Sassetti · Senior Manager Artistic Planning, Philharmonie Luxembourg · Luxembourg

I first heard of Sete Lágrimas when I was working at the Centro Cultural de Belém (or was it before that?). First of all, through the superb discographic editions that I discovered, before experiencing them live shortly after. I was lucky enough to be able to contribute to the ensemble’s residency at the CCB during the 2011/12 season and to attend three wonderful concerts. That great pleasure was repeated every time I saw and heard the group live, most recently at the Philharmonie Luxembourg. I could mention so many things I like about Sete Lágrimas, because there are a lot! To start with, their joy at sharing music; the subtlety of their performances; their repertoire, which I am always fascinated to discover for the first time; their unparalleled professionalism; their unerring good taste. And, because it’s important to celebrate the big little things too, the terrific friendliness, humbleness and generosity of Filipe, Sérgio and all the other members of the group. Congratulations on your 20th anniversary and long may your work continue!

The ovation at the end was more than deserved.

· Head Artistic Planning, Muziekcentrum De Bijloke Gent (2017) · Belgium

The Diaspora programme provided us with a magnificent overview of a varied repertoire of traditional local music from different countries and their fusion (exchanges) with the Portuguese motherland. A full house witnessed a very balanced ensemble, with two male voices in sparkling harmony with the instruments. Each in their own way, the individual musicians and singers displayed the highest level of skill and creative artistic talent. The ovation at the end was more than deserved. It was a moving adventure for the audience and the organiser alike.

I like Sete Lágrimas, their sound, their performances, the truth that their music radiates.
56
The world needs these intense, vivid, delicate vibrations: they reverberate.

·

Beyond music lies the heart. If they can be counted and tuned, they open up to others. The world needs these intense, vivid, delicate vibrations: they reverberate. Thank you for being a vector and transporting us to them.

It has been a singular pleasure to work with Sete Lágrimas over the years. For a composer to enjoy such a closeness and intensity of collaboration with performers, a reciprocal process that shaped both music and performances, as was the case with the Kleine Musik and Silêncio projects, is a rare privilege. I look forward with keen expectation to the next twenty years.

Sete Lágrimas performed at the Úbeda and Baeza Early Music Festival in 2010, when we devoted the whole edition to music from Portugal and processes of globalisation. There is no doubt that the concert by Sete Lágrimas is one of the most vivid in my memory from that edition; since then, several of the songs from the concert, compiled on the album Diaspora.pt, have become a regular part of my life. Congratulations on your anniversary.

What

· Portugal

Congratulations, Sete Lágrimas! In many circumstances, time may be viewed as evidence of a project’s validity. How could it survive so persistently and consistently if it were not of high quality? In the case of the ensemble Sete Lágrimas, however, their longevity over the last 20 years is insufficient in justifying their significance. Nor are their excellent performances sufficient alone, with numerous concerts performed not only in Portugal but around the world, invariably lauded by critics, always receiving standing ovations. Nor even is the unique repertoire that they have unveiled to us, containing musical gems both big and small that almost make us feel guilty for failing to notice them sooner. What fascinates me most, besides what I have already mentioned, is Sete Lágrimas’ ability to bring music from other ages into the present day, as if they had been composed today, live, in real time; it is the ability to play early music as if it were from the present day and contemporary music as if it were ancient; the ability to delight us with popular music as if it were erudite and vice versa. And it is the fact that all of this is seasoned with cheeriness, enthusiasm and “good vibes” that makes it almost seem easy; the days, months and years of research, study and meticulous rehearsal of each song, each concert, each album are barely apparent. They never repeat previous work, there’s always added value to be found! As these last 20 years draw to an end, we, listeners and admirers, continue to ponder: what surprises do Sete Lágrimas have up their sleeve for us in their next album or concert? I’d like to conclude with a thank you as big as the greatest dreams and I hope that the magic continues eternally and that Sete Lágrimas rightfully endures over time as what I consider to be one of the most stimulating, creative and unique musical experiments that Portugal has seen in recent decades.

The work of Sete Lágrimas is a consistently relevant dialogue (…)

João

Madureira · Compositor · Portugal

Salve Sete Lágrimas! As a composer, I experienced the significance of working with a group like Sete Lágrimas first-hand. The ensemble is constantly reinventing its repertoire around the two core vocalists and an absolutely exceptional group of musicians and instrumentalists, traversing the centuries and long distances. The work of Sete Lágrimas is a consistently relevant dialogue with a vast repertoire from the standpoint of a place that, far from being at the corner of Europe, opens up the continent to the world. Salve Sete Lágrimas!

For a composer to enjoy such a closeness and intensity of collaboration with performers,(…) is a rare privilege.
(…) since then, several of the songs from the concert (…) have become a regular part of my life.
fascinates me most (…) is Sete Lágrimas’ ability to bring music from other ages into the present day, as if they had been composed today, live, in real time.
57

Sete Lágrimas is no ordinary group of singers and instrumentalists. Sete Lágrimas makes music that flows forth from itself, filled with originality and good taste. Their shows offer new visions of a carefully selected repertoire, merging different eras coherently and intelligently without prejudice. Technical quality and sensitivity are their way of life, their personality, the air that they breathe. Congratulations, Sete Lágrimas.

(…)

Time passes, even flies by sometimes, and I’m rather taken aback to find that it’s already been two decades since the duo formed by Filipe Faria and Sérgio Peixoto landed on the scene with a new, innovative musical proposition with a unique scope. Fortunately, the Sete Lágrimas project continues to flow steadily, looking long and attentively over music from past to present, from East to West, with an unwavering sense of adventure and inspiring multidisciplinarity. Working regularly with excellent musicians from a diverse range of origins, from popular music from the oral tradition to music from the written tradition, this is a project that is constantly being renewed and reinvented. I’m sure it will continue to enrich our lives and surprise us for many more years to come!

Madalena Wallenstein · Programmer and Coordinator, Fábrica das Artes/Belém Cultural Center (CCB) · Portugal

This sweeping musical venture takes us on a journey of inventiveness and research; a creative adventure in which old meets new. Such openness, freedom and musical beauty permeate the long-standing encounter between the work of Sete Lágrimas, their musicians and their projects with the Fábrica das Artes programme at the CCB.

Early Music that speaks to our times; traditional contemporary music; dialogue between all forms of music, all communities; the joy of the musicians as they make and share their art; aesthetic refinement as an ongoing challenge. (…) I have to confess, I’ve been a fan of these Tears [Lágrimas] since they started out...

Manuel Pedro Ferreira · Musicologist, Universidade Nova de Lisboa · Classical Music Critic · Portugal

Sete Lágrimas: seven ideas that converge, awakening emotions: the delicate beauty of merging sounds; voices conveying feelings; Early Music that speaks to our times; traditional contemporary music; dialogue between all forms of music, all communities; the joy of the musicians as they make and share their art; aesthetic refinement as an ongoing challenge. Sete Lágrimas is synonymous not with music but with musical gems; not with repertoires but with experiences; not with vain excitement but with kaleidoscopic contemplation. I have to confess, I’ve been a fan of these Tears [Lágrimas] since they started out...

María Bolaños · Director, Museo Nacional de Escultura -

SAN GREGORIO · Spain

Sete Lágrimas has worked with the Museo Nacional de Escultura on several important events. The group has always been enthusiastically received by the public. The beauty of their concerts, their sensitivity in handling musical heritage, the modernity present in their understanding of tradition, free from archaeological misrepresentation, and their mix of evocation, irony and good taste remain in the minds of all those who have experienced their exciting, unforgettable performances.

Technical quality and sensitivity are their way of life, their personality, the air that they breathe.
a project that is constantly being renewed and reinvented.
This sweeping musical venture takes us on a journey of inventiveness and research; a creative adventure in which old meets new.
The beauty of their concerts, their sensitivity in handling musical heritage, the modernity present in their understanding of tradition, free from archaeological misrepresentation, and their mix of evocation, irony and good taste (…)
58

Miguel Ángel Marín · Music Programme Director, Fundación Juan March (Madrid) · Spain

I still remember the Sete Lágrimas concert at the Fundación Juan March in Madrid very clearly: the sheer innovation of merging European with non-European repertories presented the audience with a highly refreshing approach to early music and opened up some very stimulating interpretations.

(…) an indelible mark (…) a reasoned yet creative dialogue between different times, places, cultures and people (…)

Director, Music Department, Calouste Gulbenkian Foundation · Portugal

The long journey that Filipe Faria and Sérgio Peixoto embarked upon when they created Sete Lágrimas has left an indelible mark on the Portuguese music scene. On the one hand, as a music group, their performances are characterised by a reasoned yet creative dialogue between different times, places, cultures and people; on the other, they have acted as a source of inspiration for new ways of making and listening to music, thinking beyond common convention.

Óscar Arroyo Terrón · Director, Abvlensis International Music Festival (Ávila) · Spain

We had the opportunity to invite Sete Lágrimas to participate in the first edition of our festival, in a concert entitled The Survival of an Era that sought to combine the music of Tomás Luis de Victoria [1548-1611] – to whom it was dedicated – and his peers with modern vocal and instrumental styles. It was a great success and even after all these years many of our audience members continue to recall the concert, in which two musicians were able to masterfully transform the ancient into the modern, the historical into the contemporary, using only their voices and a handful of instruments. That is the goal of all true artists, as Sete Lágrimas have proven themselves to be: to share their timeless passion with the world. Their passion merits at least twenty more years. Congratulations.

Witnessing the majestic performance of the Diáspora album was a privilege for all those who attended.

· Portugal

It is an honour for Teatro Viriato to stage a concert by Sete Lágrimas as part of their 20th anniversary. Witnessing the majestic performance of the Diáspora album was a privilege for all those who attended. This excellent concert brought early music into dialogue with contemporary music. Long live Sete Lágrimas!

That poetic intensity has always gone straight to my heart.

I always feel like we started out at the same time. Of course, that’s not true. Filipe Faria and Sérgio Peixoto created Sete Lágrimas in 1999 and I only began to pay close attention to the project from 2006, when I launched Câmara Clara. Câmara Clara was a TV programme that discussed and reported on cultural activity, so it was inevitable that I would come into contact with Sete Lágrimas’ music. The feeling that we all started out at the same time came from the fact that, at that time, we were all... growing. In 2006, Sete Lágrimas was about to “explode” onto the charts (!) and become enshrined among its peers and critics once and for all. It’s always hugely satisfying when life is fair. But my desire to participate in celebrating Sete Lágrimas’ 20th anniversary is not due to their exceptional technical quality, their historic and scientific rigour, the incredible risks they take with the unlikely combinations they create, nor even their impressive resilience in a country that is still so very – how can I put it? – unmusical. What I really want to thank Filipe Faria and Sérgio Peixoto for is the poetic intensity of Sete Lágrimas. That poetic intensity has always gone straight

(…) the sheer innovation of merging European with non-European repertories presented the audience with a highly refreshing approach to early music (…)
(…) two musicians were able to masterfully transform the ancient into the modern, the historical into the contemporary, using only their voices and a handful of instruments.
59

to my heart. And that’s the debt that I owe these musicians, these creators, and all those who they have called upon to plunge into their spirit.

(…) one of the most delightful musical experiences in our festival’s history.

Peter Pontvik · Artistic Director, Stockholm Early Music Festival · Sweden

I consider the Diaspora programme performed by Sete Lágrimas in Stockholm to have been one of the most delightful musical experiences in our festival’s history. The perfect flow of voices and their organic encounter with the instruments invited listeners to experience an amazing journey through the broad and surprising world of early music. It was greatly appreciated. Congratulations!

(…) hugely talented musicians with a sense of warmth and the ability to share their talent.

Wouter Van Looy · Director, ZONZO Compagnie · Belgium

In the Diaspora project by Filipe Faria and Sérgio Peixoto I discovered a project that incorporates the qualities the BIG BANG festival is looking for: hugely talented musicians with a sense of warmth and the ability to share their talent. The project presented a wide-ranging repertoire of traditional local music from a number of countries, including fusions (exchanges) with the music of Portugal. The quality of the project was such that we were able to present this musical heritage in Belgium, France and Norway, amongst others.

(…) creating special projects and guiding them with kindness and taste.

Zsuzsi Tóth · Soprano · Hungary

The first time I met Sete Lágrimas was when they invited me to perform for their recording Silêncio. During our collaboration I got to know some wonderful musicians and two multitalented guys who were doing a superb job not only at singing but also in creating special projects and guiding them with kindness and taste. Thanks to them I got to know Portugal and the more we worked together the more I fell in love with the country and its people.

60

VOZES.

Uma excelente oportunidade para o público francês (…)

Alice Orange · Directora, Festival de Sablé (2012) · França

O concerto Diáspora que teve lugar em Agosto de 2012, no Festival de Sablé, constituiu-se como uma excelente oportunidade para o público francês descobrir um repertório dedicado a um aspecto essencial da cultura musical portuguesa, o qual é muito raramente apresentado em França. Ainda que respeitando as suas fontes, os Sete Lágrimas interpretam estas peças (vilancicos) com imaginação e criatividade, numa abordagem que garante a relevância da música antiga, para hoje e para o futuro.

(…) independentemente da música e da sua época, tratam a nossa identidade através da música como poucos.

André Cunha Leal · Director Artístico, Festival Dias da Música em Belém/Centro Cultural de BeléM (CCB) · Autor, Antena 2 - Rádio Clássica · Director Artístico, Festival de Alcobaça · Portugal

Lembro-me perfeitamente da primeira vez que ouvi os Sete Lágrimas. Foi na Antena 2 e foi com o CD Diaspora.pt. Foi como que paixão à primeira vista. Para mim, a questão de identidade musical foi sempre uma necessidade. Filho de cabo-verdiana, cresci a ouvir as mornas e as coladeiras, mas também o samba e a bossa-nova, bem como o nosso fado e, no entanto, sempre com a grande paixão pela música erudita e pela ópera. Talvez por esse motivo alimentasse a necessidade de encontrar na música essa identidade lusófona que me é tão cara e que faz parte do meu ADN. Quando ouvi o CD Diaspora.pt pela primeira vez, foi como se tivessem encontrado uma resposta perfeita para essa minha necessidade de expressão de uma identidade musical baseada nos cânones da grande história da música, mas de raiz claramente lusófona. A partir daí fiquei um absoluto fã dos Sete Lágrimas – não só no que diz respeito a esse trabalho com uma identidade musical da diáspora, mas igualmente em projetos como Kleine Musik numa ponte perfeita entre tempos e épocas com a música de Heirich Schütz e de Ivan Moody, ou a Missa Mínima com música do Filipe Faria e do Sérgio Peixoto, os grandes responsáveis por este projecto que, independentemente da música e da sua época, tratam a nossa identidade através da música como poucos.

Encontrei-me pela primeira vez com os Sete Lágrimas há 10 anos, quando estes me pediram para contribuir com uma obra para o seu disco Silêncio, de 2009. Fiquei imediatamente impressionado com a qualidade do seu trabalho – das vozes suaves e harmoniosas de Filipe e Sérgio ao deslumbrante design e tratamento dos seus CD e materiais promocionais. O seu projecto é um acto de amor que não faz qualquer cedência em termos de qualidade. Não surpreende que, dez anos passados, os Sete Lágrimas se tenham estabelecido a nível internacional como um dos mais importantes ensembles do seu género. Tenho muito orgulho de me ter associado aos Sete Lágrimas e felicito-os pelos 20 anos de maravilhosa produção musical, desejando-lhes tudo de bom para o futuro.

61
Não surpreende que, dez anos passados, os Sete Lágrimas se tenham estabelecido a nível internacional como um dos mais importantes ensembles do seu género.
O que começara por ser um projecto artístico baseado numa leitura rigorosa de partituras e na qualidade interpretativa expandiu-se nesses anos até se tornar um programa de intervenção ambicioso e profundamente original.

Comecei a conhecer o trabalho do consort Sete Lágrimas em 2007, pouco tempo depois de assumir funções de direcção no Centro Cultural de Belém. (...) [A] estudada simplicidade e admirável rigor [no álbum Lachrimae #1] das recriações de música que nos é habitualmente distante impressionaram-me com a força de uma revelação. As prestações dos cantores e músicos do conjunto denotavam uma tal intimidade com o repertório escolhido que era como se nos fosse devolvido em toda a sua frescura original o percurso de compositores e músicas que para sempre tínhamos arquivado na memória. O acto inaugural (em disco) seria continuado em 2008 com o magnífico Kleine Musik, inteiramente dedicado à música de Heinrich Schütz. Sete Lágrimas, animado pela iniciativa e pelas vozes de Filipe Faria e Sérgio Peixoto, apresentou -se regularmente, nos anos seguintes, no quadro da programação de música do CCB, vindo a ser Ensemble Associado na temporada 2011/12 e mantendo uma colaboração continuada com aquele centro de artes performativas. O que começara por ser um projecto artístico baseado numa leitura rigorosa de partituras e na qualidade interpretativa expandiu-se nesses anos até se tornar um programa de intervenção ambicioso e profundamente original. Sete Lágrimas foi declinando a sua ideia em interpretações de música antiga e de música contemporânea, encomendando obras a compositores vivos (Ivan Moody, João Madureira, Andrew Smith) sensíveis ao programa e à instrumentação da música antiga, e acabando por alargar o seu espectro de actuação a formas tradicionais de música popular, de Lisboa a Macau, do Brasil a Timor, em caleidoscópico repositório de formas e cantos materializado nos três discos do projecto Diáspora, editados entre 2008 e 2012. Da já importante discografia de Sete Lágrimas, apraz-me destacar En tus brazos una noche, de 2012, dedicado à colecção integral dos romances e canções sobreviventes do compositor seiscentista português Manuel Machado, e Vento, de 2010, preenchido com a notável Missa de Pentecostes de João Madureira. Um e outro documentam bem os dois vectores fundamentais da profícua actividade musical de Sete Lágrimas, que comemora neste momento 20 anos de existência, e continua a desdobrar-se em projectos discográficos, instalações sonoras e eventos de programação musical, que tornam o consort único no panorama artístico e musical português.

(…) os cinco músicos dos Sete Lágrimas revelaram-se ímpares nas artes do teatro.

Benjamin Prins · Encenador e Dramaturgo · França

Fiz questão de escrever este testemunho para tentar compreender em que medida a aventura artística com os Sete Lágrimas completa, à sua maneira, o percurso artístico que iniciei em 2005, primeiro como assistente e depois como encenador, e alguns anos mais tarde como dramaturgo.

Esta reflexão surgiu no âmbito de uma das representações de Les Explorateurs [Os Exploradores], em Outubro de 2018, na Philharmonie Luxembourg, quando, no momento em que os artistas agradecem, fico espantado com o facto de o público aplaudir calorosamente o papel do peixe, o melhor amigo do herói. Um papel desempenhado por um vulgar pedaço de plástico cor-delaranja.

Como foi que, durante o intenso período de criação, os músicos do ensemble Sete Lágrimas se tornaram verdadeiros homens e mulheres do teatro ao ponto de conseguirem fazer o público acreditar numa fábula inverosímil?

Dramaturgia musical, a alteridade ou o poder da catarse: A arquitectura do espectáculo é, acima de tudo, sonora e musical. O repertório originado dos álbuns Diáspora, Península e Terra serve, efectivamente, de esqueleto à escrita da história original. (...). A carta branca que o Sérgio e o Filipe me confiaram revelou-se, verdadeiramente, um mapa do tesouro. A força de um espectáculo reside no envolvimento cénico da companhia: os cinco músicos dos Sete Lágrimas revelaram-se ímpares nas artes do teatro. Actores, cenógrafos sonoros, músicos, dançarinos, ventríloquos, maquinistas, atentos às luzes, realizando eles próprios a sua maquilhagem, cuidando dos seus figurinos como de uma segunda pele, organizando os seus acessórios com a mesma importância que dão aos seus instrumentos de época. Este empenho total fez-se sentir na qualidade do espectáculo. Foi graças a este “grau adicional” que se pode dizer que a temperatura passou de 99 a 100 graus, e essa é a diferença entre um bom espectáculo e um espectáculo que ferve. Como a água que se transforma em vapor a uma temperatura precisa, podemos dizer que a catarse opera no teatro quando o investimento emocional é total. Qual coro trágico.

Um concerto memorável que espelha na perfeição os caminhos de comunicação e de intercâmbio cultural entre a Europa e o Mundo (…)

Carlos Monjardino · Presidente do Conselho de Administração, Fundação Oriente · Portugal

A Fundação Oriente celebrou em Março de 2018 o seu 30º aniversário e nada melhor para assinalar esta data do que a apresentação no Museu do Oriente do excelente trabalho de pesquisa musical desenvolvido pelo consort Sete Lágrimas em torno da memória da música erudito-popular nos cinco continentes. Um concerto memorável que espelha na perfeição os caminhos de comunicação e de intercâmbio cultural entre a Europa e o Mundo e reflecte também o trabalho prosseguido por esta Fundação ao longo destes 30 anos. Felicitamos o consort Sete Lágrimas pelos seus 20 anos de actividade e de reunião de um importante repertório que mostra as referências da música portuguesa. Desejamos poder continuar associados à promoção dos seus novos trabalhos.

62

(…) um diálogo descomplexado entre universos estéticos diversos (…)

Cristina Fernandes · Musicóloga, Universidade Nova de Lisboa · Crítica Musical, Público · Portugal

O agrupamento Sete Lágrimas foi construindo ao longo dos últimos 20 anos um percurso marcante no panorama português através de uma apropriação criativa de repertórios da música antiga, da música contemporânea e da tradição oral. O papel interventivo dos seus músicos através de arranjos, improvisações e olhares inesperados sobre a música de vários contextos históricos, geográficos e culturais contribuiu para um diálogo descomplexado entre universos estéticos diversos e para convocar um salutar cruzamento de públicos.

(…)

Daniela Theinová · Festival Manager, Letní Slavnosti Staré Hudby [Festival de Verão de Música Antiga, Praga] (2014) · República Checa

A estreia dos Sete Lágrimas na República Checa, em 2014, foi um dos momentos altos do 15.º Festival de Verão de Música Antiga, em Praga. A sua apresentação do programa intitulado Tururu farara, composto por um repertório bastante alargado de peças do século XV ao século XVIII, conquistou por completo a audiência e também a crítica, que elogiou a maravilhosa energia e musicalidade espontânea dos intérpretes. Um exemplo: “O conjunto português Sete Lágrimas impressionou o público entusiasta que se juntou em grandes números no Palácio Troja, deixando-se encantar com as ardentes músicas de dança originárias das esferas de influência portuguesa em África e na América do Sul.” (Vladimir Riha, Novinky.cz). Em nome do organizador, posso confirmar que, quatro anos passados, o público ainda guarda na sua memória este extraordinário evento musical. Teremos imenso prazer em convidar os Sete Lágrimas para regressarem a Praga.

Eduardo Ferro Rodrigues · Presidente da Assembleia da República · Portugal

Gosto do Sete Lágrimas, do som, das interpretações, da verdade que daqui irradia. Gosto do Sete Lágrimas para ouvir calmamente no sofá, mas sobretudo de ver e ouvir ao vivo como aconteceu recentemente com o seu Projecto Diáspora. Gosto que me tenham desafiado para estas curtas palavras introdutórias, não apenas como Presidente da Assembleia da República, mas como amante da boa música e amigo de há muitos anos do Filipe Faria. Força e felicidades para a continuação da já longa e brilhante carreira nacional e internacional do Sete Lágrimas.

Conheci os Sete Lágrimas quando trabalhava no Centro Cultural de Belém (ou terá sido ainda antes?). Primeiro, através das magníficas edições discográficas que fui descobrindo ao longo do tempo e, pouco depois, ao vivo. Tive a sorte e o enorme prazer de poder contribuir para a residência do ensemble na Temporada 2011/12 do CCB e de ter assistido a três magníficos concertos. E o prazer repetiu-se cada vez que os pude ver e ouvir ao vivo, as últimas vezes já na Philharmonie Luxembourg. Muito poderia dizer sobre o que gosto nos Sete Lágrimas, porque, de facto, é muita coisa! A começar pela alegria que têm em partilhar a música; a subtileza das interpretações; o repertório que, fascinado, quase sempre descubro pela primeira vez; o profissionalismo exemplar; o bom gosto, sempre. E, porque se deve celebrar as pequenas-grandes coisas, a enorme simpatia, simplicidade e generosidade do Filipe, do Sérgio e de todos os outros membros do grupo. Parabéns pelos 20 anos e que contem muito mais!

A ovação final foi mais que merecida.

Frank Pauwels · Head Artistic Planning, Muziekcentrum De Bijloke Gent (2017) · Bélgica

O programa Diáspora proporcionou-nos uma magnífica panorâmica do repertório variado da música tradicional local de

63
conquistou por completo a audiência e também a crítica, que elogiou a maravilhosa energia e musicalidade espontânea dos intérpretes.
Gosto do Sete Lágrimas, do som, das interpretações, da verdade que daqui irradia.
A começar pela alegria que têm em partilhar a música; a subtileza das interpretações; o repertório que, fascinado, quase sempre descubro pela primeira vez; o profissionalismo exemplar; o bom gosto, sempre.

diversos países e da sua fusão (intercâmbios) com a pátria portuguesa. Uma casa cheia testemunhou a interpretação de um ensemble extremamente equilibrado no qual duas vozes masculinas resplandeceram em harmonia com os instrumentos. Os músicos e cantores evidenciaram, cada um à sua maneira, o mais elevado nível de competência e talento criativo artístico. A ovação final foi mais que merecida. Uma aventura emocionante, tanto para a audiência como para o organizador.

O mundo precisa destas vibrações intensas, vivas e sensíveis; Elas propagam-se.

Isaline Claeys · Directora Artística, Gent Festival van Vlaanderen/OdeGand Programme (2012) · Bélgica

Para além da música, existe o coração. Quando são abundantes e se sintonizam, abrem-se aos outros. O mundo precisa destas vibrações intensas, vivas e sensíveis; Elas propagam-se. Muito obrigada por as trazerem até nós. E por nos transportarem até elas.

Para um compositor, é um prazer raro poder desfrutar de uma tal proximidade e intensidade de colaboração com os intérpretes,

Trabalhar com os Sete Lágrimas tem sido um prazer único ao longo dos anos. Para um compositor, é um prazer raro poder desfrutar de uma tal proximidade e intensidade de colaboração com os intérpretes, como foi o caso dos projectos Kleine Musik e Silêncio, num processo recíproco que moldou tanto a música como os concertos. Aguardo com grande expectativa os próximos vinte anos.

Javier Marín-López · Musicólogo, Universidade de Jaén · Director, Festival de Música Antigua de Úbeda y Baeza · Espanha

Os Sete Lágrimas passaram pelo Festival de Música Antiga de Úbeda y Baeza em 2010, ano em que dedicámos monograficamente a edição às músicas de Portugal e aos processos de globalização. O seu concerto é, sem dúvida, um dos que deixaram uma memória mais grata daquela edição; desde então, alguns dos temas interpretados – e recolhidos no seu CD intitulado Diaspora.pt – fazem parte da minha vida. Os meus parabéns pelo aniversário.

João Almeida · Director, Antena 2 - Rádio Clássica · Portugal

Parabéns, Sete Lágrimas! O tempo pode ser considerado, em muitas circunstâncias, uma prova da validade de um projecto. Como poderia perdurar, com persistência e consistência, se não tivesse qualidade? No caso do agrupamento Sete Lágrimas, porém, a longevidade dos seus 20 anos não chega para fazer justiça à sua importância. Não se trata apenas da excelência na interpretação, caucionada em incontáveis concertos, invariavelmente elogiados pela crítica, sempre aplaudidos de pé, não só no país como no mundo. Não se trata sequer do repertório inédito que nos têm revelado, pequenas e grandes jóias da música que nos provocam até um certo sentimento de culpa por não nos termos apercebido delas antes. O que mais me fascina, para além do descrito, é a capacidade do Sete Lágrimas trazer para o nosso tempo obras de outros tempos, como se fossem concebidas hoje, ao vivo, em tempo real; é a capacidade de nos pôr a ouvir música antiga como se fosse de agora e música contemporânea como se fosse antiga; a capacidade de nos provocar deleite com música popular como se fosse erudita e vice-versa. E é a circunstância de tudo isso ser de tal forma temperado com alegria, entusiasmo e “boa onda” que até parece fácil, até parece que não levaram dias, meses, anos a investigar, a estudar e a ensaiar com rigor cada peça, cada concerto, cada disco. E sem se repetirem, sempre com valor acrescentado! Ao fim destes 20 anos, continuamos, nós, ouvintes e admiradores, a cogitar: que surpresa nos reservará o Sete Lágrimas no próximo disco ou concerto? Segue por isso um obrigado do tamanho dos grandes sonhos e os votos de que a magia prossiga sem fim, galgando merecidamente o tempo como uma das experiências musicais a meu ver mais estimulantes, criativas e singulares que Portugal conheceu nas últimas décadas.

64
(…) desde então, alguns dos temas interpretados fazem parte da minha vida.
O que mais me fascina (…) é a capacidade do Sete Lágrimas trazer para o nosso tempo obras de outros tempos, como se fossem concebidas hoje, ao vivo, em tempo real.
A obra dos Sete Lágrimas é um diálogo sempre pertinente

João Madureira · Compositor · Portugal

Salve Sete Lágrimas! Como compositor, pude testemunhar como é importante poder trabalhar com um grupo como os Sete Lágrimas. Tendo duas vozes matriciais e um conjunto de músicos e instrumentistas absolutamente excepcional, este grupo não se cansa de reinventar o reportório à sua volta – uma volta de séculos e de longas distâncias. A obra dos Sete Lágrimas é um diálogo sempre pertinente com um vastíssimo reportório, a partir de um espaço que, longe de ser o canto da Europa, representa a abertura desta para o mundo. Salve Sete Lágrimas!

A qualidade técnica e a sensibilidade são o seu modo de ser, a sua personalidade, a sua respiração.

Jorge Matta · Músico · Musicólogo · Maestro, Coro Gulbenkian/Fundação Calouste Gulbenkian · Portugal

Sete Lágrimas não é um vulgar grupo de cantores e instrumentistas. Sete Lágrimas é a música que brota de si mesma, com originalidade e bom gosto. Os programas dão novas visões de um criterioso repertório, por vezes fundindo sem preconceitos diferentes épocas, mas sempre com coerência e inteligência. A qualidade técnica e a sensibilidade são o seu modo de ser, a sua personalidade, a sua respiração. Parabéns, Sete Lágrimas.

(…) um projecto em contínua renovação e reinvenção (…)

Luís Tinoco · Compositor · Portugal

O tempo corre, por vezes acelerado, e observo agora com algum espanto que se cumprem duas décadas desde que a dupla Filipe Faria e Sérgio Peixoto surgiu com uma nova proposta musical, inovadora e de contornos únicos. Felizmente, o projecto Sete Lágrimas flui sem correr, lançando um olhar calmo e atento sobre as músicas do passado ao presente, do Oriente ao Ocidente, sempre com um espírito de aventura e inspiradora transversalidade. Colaborando regularmente com excelentes músicos das mais variadas origens, das músicas populares de tradição oral às músicas de tradição escrita, este é um projecto em contínua renovação e reinvenção que, seguramente, nos continuará a enriquecer e surpreender por muitos anos!

Esta

arrebatadora aventura musical leva-nos numa viagem de criatividade e investigação; uma aventura criativa na qual o antigo se encontra com o novo.

Madalena Wallenstein · Programadora e Coordenadora, Fábrica das Artes/Centro Cultural de Belém (CCB) · Portugal

Esta arrebatadora aventura musical leva-nos numa viagem de criatividade e investigação; uma aventura criativa na qual o antigo se encontra com o novo. É esta abertura, liberdade e beleza musical que permeiam o encontro de longa data entre o trabalho dos Sete Lágrimas, dos seus músicos e dos seus projectos com o programa da Fábrica das Artes no CCB.

A actualidade da música antiga; a tradicionalidade da contem-porânea; o diálogo de todas as músicas, de todas as comunidades; a alegria de todos os músicos fazendo e partilhando a sua arte; o depuramento estético como desafio permanente. (…) Destas Lágrimas eu me confesso fã desde a primeira hora...

Manuel Pedro Ferreira · Musicólogo, Universidade Nova de Lisboa · Crítico Musical · Portugal

Sete Lágrimas: sete ideias que convergem, despertando a emoção: a beleza sensível dos sons que fundem; as vozes conduzindo o sentimento; a actualidade da música antiga; a tradicionalidade da contem-porânea; o diálogo de todas as músicas, de todas as comunidades; a alegria de todos os músicos fazendo e partilhando a sua arte; o depuramento estético como desafio permanente. Daí que Sete Lágrimas sejam sinónimo não de músicas, mas de pérolas musicais; não de repertórios, mas de vivências; não de vãs agitações, mas de caleidoscópicas contemplações. Destas Lágrimas eu me confesso fã desde a primeira hora...

65

María Bolaños · Directora, Museo Nacional de Escultura - San Gregorio · Espanha

Os Sete Lágrimas colaboraram em várias ocasiões importantes com o Museu Nacional de Escultura. A recepção por parte do público foi sempre entusiasta. A beleza das suas interpretações, a sua sensibilidade no tratamento do acervo musical, a modernidade do seu modo de entender a tradição, sem falsificações arqueológicas, e a mistura de evocação, ironia e bom gosto ficaram na memória de todos os que tiveram o prazer de assistir às suas interpretações, verdadeiras experiências emocionantes e inesquecíveis.

Miguel Ángel Marín · Director do Programa de Música, Fundación Juan March (Madrid) · Espanha

Ainda me recordo muito bem do concerto dos Sete Lágrimas na Fundación Juan March, em Madrid: a sua imensa capacidade de inovação na combinação de repertórios europeus e não europeus ofereceu à audiência uma abordagem muito refrescante à música antiga, abrindo caminho a interpretações verdadeiramente estimulantes.

(…) uma marca indelével (…), um diálogo tão fundamentado como criativo entre diversos tempos, geografias, culturas e gentes (…)

Miguel Sobral Cid · Director Adjunto, Serviço de Música, Fundação Calouste Gulbenkian · Portugal

O já longo percurso iniciado por Filipe Faria e Sérgio Peixoto quando da criação do Sete Lágrimas deixa uma marca indelével no meio musical português. Por um lado, enquanto agrupamento musical, sustenta nas suas apresentações um diálogo tão fundamentado como criativo entre diversos tempos, geografias, culturas e gentes; por outro, constituiu inspiração para novas possibilidades no fazer e escutar a música, pensando-as fora das mais comuns convenções.

(…) dois músicos apenas souberam transformar magistralmente, com as suas vozes e uma mão-cheia de instrumentos, o antigo em moderno e o histórico em contemporâneo.

Óscar Arroyo Terrón · Director, Abvlensis International Music Festival (Ávila) · Espanha

Tivemos a oportunidade de convidar os Sete Lágrimas para participarem na nossa primeira edição do Festival com um concerto intitulado La supervivencia de una era [A sobrevivência de uma era] cujo objectivo consistia em ligar a música de Tomás Luis de Victoria [1548-1611] – a quem está dedicado – à dos seus contemporâneos, usando estilos vocais e instrumentais modernos. Foi um enorme êxito. Anos depois, grande parte do nosso público recorda ainda esse grande concerto, no qual dois músicos apenas souberam transformar magistralmente, com as suas vozes e uma mão-cheia de instrumentos, o antigo em moderno e o histórico em contemporâneo. É este o objectivo dos verdadeiros artistas, como os Sete Lágrimas: partilhar com todos a sua paixão intemporal. Uma paixão que merece, pelo menos, mais vinte anos. Felicidades.

Um momento de privilégio para todos os que assistiram, uma interpretação majestosa do trabalho intitulado Diáspora.

Paula Mota Garcia · Directora Geral e de Programação, Teatro Viriato (2019) · Portugal

Uma honra para o Teatro Viriato apresentar nos seus 20 anos de actividade o concerto dos Sete Lágrimas. Um momento de privilégio para todos os que assistiram, uma interpretação majestosa do trabalho intitulado Diáspora. Um concerto de excelência no diálogo da música antiga com a contemporaneidade. Longa vida aos Sete Lágrimas!

66
A beleza das suas interpretações, a sua sensibilidade no tratamento do acervo musical, a modernidade do seu modo de entender a tradição, sem falsificações arqueológicas, e a mistura de evocação, ironia e bom gosto (…)
(…) a sua imensa capacidade de inovação na combinação de repertórios europeus e não europeus ofereceu à audiência uma abordagem muito refrescante à música antiga (…)

Essa intensidade poética foi-me sempre directa ao coração.

Tenho sempre a sensação de que começámos ao mesmo tempo. Claro que não é verdade. O Filipe Faria e o Sérgio Peixoto criaram o Sete Lágrimas em 1999 e eu só me detive concentradamente neste projecto a partir de 2006, quando estava a arrancar com o Câmara Clara. Como se tratava de um programa de televisão que cobria e debatia a actividade cultural, era inevitável vir a cruzar-me com a música do Sete Lágrimas. A sensação de que começámos todos ao mesmo tempo tem a ver com o facto de, na altura, estarmos todos em... expansão. Em 2006, o Sete Lágrimas estava a caminho de “explodir” nos top de vendas (!) e na definitiva consagração junto dos pares e da crítica. É uma enorme alegria quando a vida é justa. Mas a verdade é que se quero aqui juntar-me à celebração dos vinte anos de vida do Sete Lágrimas não é pela sua excepcional qualidade técnica, pelo rigor histórico e científico do que nos servem, pelos riscos maravilhosos que correm nas misturas improváveis que promovem, não é, sequer, pela incrível resiliência, num país ainda tão pouco – digamos assim... – musical. O que aqui venho fazer é agradecer a Filipe Faria e a Sérgio Peixoto a intensidade poética do Sete Lágrimas. Essa intensidade poética foi-me sempre directa ao coração. E essa é uma dívida que tenho para com estes músicos, para com estes criadores e para com todos os que eles têm convocado a imergir no seu Espírito.

(…)

mais encantadoras da história do nosso festival.

Peter Pontvik · Director Artístico, Stockholm Early Music Festival · Suécia

Considero que o programa Diáspora, apresentado pelos Sete Lágrimas em Estocolmo, foi uma das experiências musicais mais encantadoras da história do nosso festival. O perfeito fluir das vozes e o seu encontro orgânico com os instrumentos convidaram a audiência a deixar-se levar numa fantástica viagem pelo amplo e surpreendente mundo da música antiga. Foi vivamente apreciado. Os meus parabéns!

(…) músicos imensamente talentosos com calor humano e a capacidade de partilharem o seu talento.

Wouter Van Looy · Director, ZONZO Compagnie · Bélgica

Em Diáspora, de Filipe Faria e Sérgio Peixoto, descobri um projecto com as qualidades que o festival BIG BANG procurava: músicos imensamente talentosos com calor humano e a capacidade de partilharem o seu talento. O projecto apresentou um repertório alargado da música tradicional local de diversos países, incluindo fusõs (intercâmbios) com música de Portugal. A qualidade do projecto foi tal que pudemos apresentar este património musical na Bélgica, na França e na Noruega, entre outros países.

(…) criam projectos especiais, orientando-os com delicadeza e bom gosto.

Zsuzsi Tóth · Soprano · Hungria

Contactei pela primeira vez com os Sete Lágrimas quando o conjunto me convidou para participar na gravação do seu CD Silêncio. Nessa colaboração, tive o prazer de conhecer alguns músicos maravilhosos e dois indivíduos com múltiplos talentos que não só cantam como criam projectos especiais, orientando-os com delicadeza e bom gosto. Graças a eles conheci Portugal e, quanto mais com eles colaboro, mais amor sinto pelo país e pelas suas gentes.

67
uma das experiências musicais
68
69

MÚSICOS DESDE MUSICIANS SINCE

1999 DIRECÇÃO ARTÍSTICA E VOZ ARTISTIC DIRECTION AND VOICE

Filipe Faria

Sérgio Peixoto

VOZ/VOICE

Alexandra Moura

Ana Moura

Ana Quintans

António Zambujo

Carolina Deslandes

María Cristina Kiehr (Argentina)

Mayra Andrade (Cabo Verde/Cape Verde)

Mónica Monteiro

Orlanda Velez Isidro

Rosa Caldeira

Tainá (Brasil/Brazil)

Zsuzsi Tóth (Hungria/Hungary)

FLAUTA/RECORDER

Inês Moz Caldas

Marco Magalhães

Paulo Gonzalez (Espanha/Spain)

Pedro Castro

Silke Gwendolyn Schulze (Alemanha/Germany)

Sofia Norton

Tiago Simas Freire

OBOÉ BARROCO/BAROQUE OBOE1, OBOE DA CACCIA2, CHARAMELA/SHAWM3, GAITA DE FOLES/BAGPIPE4 , CORNETTO5

Andreia Carvalho 1

Pedro Castro 1234

Tiago Simas Freire 5

VIOLA DA GAMBA

Carmina Repas Gonçalves

Kenneth Frazer (1948-2011) (Inglaterra/England)

Mafalda Larisch Frazer

Sofia Diniz

Susana Moody

VIOLINO BARROCO/BAROQUE VIOLIN

Denys Stetsenko (Ucrânia/Ukraine)

VIOLONCELO BARROCO/BAROQUE CELLO

Ana Raquel Pinheiro

Diana Vinagre

Isabel Figueroa (Espanha/Spain)

Kenneth Frazer (1948-2011) (Inglaterra/England)

VIOLONE

Christine Sticher (Alemanha/Germany)

Duncan Fox (Inglaterra/England)

CONTRABAIXO/DOUBLE BASS

Luísa Marcelino

Mário Franco

CONTRABAIXO BARROCO/ BAROQUE DOUBLE BASS

Marta Vicente

TIORBA/THEORBO, ALAÚDE/LUTE, VIHUELA, GUITARRA BARROCA/BAROQUE GUITAR, GUITARRA ROMÂNTICA/ROMANTIC GUITAR, OUD, CITOLE

André Barroso

Emilio Villalba

Hugo Sanches

Tiago Matias

GUITARRA/GUITAR

Gonçalo Gouveia

PORTUGUESE GUITAR

Eurico Machado

Miguel Amaral

HARPA/HARP

Maria Bayley

PERCUSSÃO HISTÓRICA/HISTORICAL PERCUSSION

Baltazar Molina

Fernando Marques Gomes

Juan de la Fuente Alcón (Espanha/Spain)

Rui Silva

Sofia Borges

Órgão/Organ, Cravo/Harpsichord

Flávia Almeida Castro

Sérgio Silva

Coros /Choirs

Coro Gulbenkian

Cramol Magis

Ricercare

Voces Caelestes

Outros convidados/Other guests

Adufeiras de Monsanto

70
71
72
setelagrimas.com

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.