Catálogo 2013

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A editora Desde 2006, a Arquipélago Editorial publica o que há de melhor no jornalismo brasileiro. E também na literatura. Por isso, está entre as mais premiadas editoras independentes do país. Ao longo dos últimos sete anos, nossos títulos foram vencedores ou finalistas dos prêmios Jabuti, Portugal Telecom, Açorianos e Esso. Tamanho reconhecimento demonstra a vitalidade de uma linha editorial ancorada em obras de repórteres, intelectuais e cronistas de grande talento. Em conjunto, formam o maior patrimônio da editora: um catálogo ao mesmo tempo coeso e diversificado, sólido e criativo. E que representa a melhor combinação entre o jornalismo e a literatura.

ARQUIPÉLAGO EDITORIAL LTDA. Av. Getúlio Vargas, 901/1604 Porto Alegre - RS CEP: 90150-003 F: (51) 3012-6975

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JORNALISMO

A MENINA QUEBRADA E outras colunas de Eliane Brum

432 páginas 16x23cm ISBN 978-85-60171-45-3 R$ 39,90

A segunda-feira pode ser uma provação ou um desafio. Para os leitores de Eliane Brum, jamais será um tédio. Logo pela manhã, eles encontram um olhar surpreendente sobre o Brasil, sobre o mundo, sobre a vida — a de dentro e a de fora. Eliane pode escrever sobre a Amazônia profunda, como alguém que cobre a floresta desde os anos 90; ou pode provocar pais e filhos, com uma observação aguda das relações familiares marcadas pelo consumo; ou pode refletir sobre a ditadura da felicidade, que tanta infelicidade nos causa. Ela pode contar de Aaron Swartz, o gênio da internet que não queria ser milionário; de Eike Batista, um “superpai” muito diferente do pai do Thor da ficção; de como Lula esqueceu-se de que é perigoso gostar tanto assim de adulação. Ou pode alinhavar delicadezas ao testemunhar o momento exato em que uma criança descobre que até as meninas quebram.

LILO CLARETO

Parece até que não é uma Eliane só, mas muitas. O que não muda são a profundidade e a seriedade com que ela trata cada tema. O que não é surpresa é seu enorme talento para enxergar muito além do óbvio. Nas segundasfeiras de Eliane Brum, a vida pode ser tudo, menos rasa. Essa combinação transformou sua coluna de opinião no site da revista Época em um fenômeno de audiência. Este livro reúne seus melhores textos e dá ao leitor uma fotografia do nosso tempo pelo olhar de uma repórter que observa as ruas do mundo disposta a ver. E que escreve para desacomodar o olhar de quem a lê. Eliane Brum nasceu em Ijuí (RS) em 1966. Como repórter, ganhou mais de 40 prêmios no Brasil e no exterior, entre eles Rei de Espanha, Esso e Vladimir Herzog. É autora dos livros de reportagem Coluna Prestes – O avesso da lenda, A vida que ninguém vê e O olho da rua e do romance Uma Duas. Trabalhou no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, e na revista Época, em São Paulo, como repórter especial. Desde 2010, atua como jornalista freelance, dedicando-se a livros de reportagem e de ficção, documentários e sua coluna de opinião.


A VIDA QUE NINGUÉM VÊ Eliane Brum

208 páginas 14x21cm ISBN 978-85-60171-00-2 R$ 35,00  Prêmio Jabuti 2007 Melhor Livro de Reportagem

Uma repórter em busca dos acontecimentos que não viram notícia e das pessoas que não são celebridades. Uma cronista à procura do extraordinário contido em cada vida anônima. Uma escritora que mergulha no cotidiano para provar que não existem vidas comuns. O mendigo que jamais pediu coisa alguma. O carregador de malas do aeroporto que nunca voou. O macaco que ao fugir da jaula foi ao bar beber uma cerveja. O álbum de fotografias atirado no lixo que começa com uma moça de família e termina com uma corista. O homem que comia vidro, mas só se machucava com a invisibilidade. Essas fascinantes histórias da vida real fizeram sucesso no final dos anos 90, quando as reportagens eram publicadas na edição de sábado do jornal Zero Hora. Reunidas em livro, formam uma obra que emociona pela sensibilidade da prosa de Eliane Brum e pela agudeza do olhar que a repórter imprime aos seus personagens — todos eles tão extraordinariamente reais que parecem saídos de um livro de ficção. A obra reúne as 21 melhores colunas de “A vida que ninguém vê” acrescidas de textos que revelam o “dia seguinte” de dois personagens emblemáticos da série de reportagens: Adail realizou seu grande sonho, enquanto Antonio sofreu de uma segunda tristeza. Ao final do volume, um texto inédito de Eliane avalia, com o distanciamento que o tempo oferece, o que há por trás dessa vida que (quase) ninguém viu. É mais uma prova da força do trabalho da autora. E uma demonstração de que a reportagem é uma arte.


JORNALISMO

DIAS DE LUTA O rock e o Brasil dos anos 80 Ricardo Alexandre

440 páginas 16x23cm ISBN 978-85-60171-39-2 R$ 39,90

Dias de luta é o registro de um período único da música brasileira. Na década de 1980, entraram em perfeita sincronia uma geração de artistas talentosos e uma indústria fonográfica ávida por novidades. Essa combinação, somada a um momento histórico propício a rupturas e recomeços, transformou o rock brasileiro em um fenômeno de massa inédito no país. Os jovens roqueiros tornaram-se popstars. A música cosmopolita tomou conta das rádios e das TVs. O rock virou um grande negócio. Surgiram bandas que estão até hoje na ativa — e outras que ficaram apenas no imaginário de quem foi jovem naquela década.

DANIEL LENÇO

A história do rock brasileiro dos anos 80, da ascensão à queda, é reconstituída com precisão pelo jornalista Ricardo Alexandre. Resultado de seis anos de um impecável trabalho de pesquisa e reportagem, Dias de luta foi publicado originalmente em 2002 e logo se tornou uma referência indispensável para quem pretende conhecer aquela década extraordinária e seus incríveis personagens. O livro passou vários anos fora de catálogo — e, portanto, fora do alcance de muitos leitores. É o que procuramos corrigir com esta nova edição, totalmente revista e atualizada.

Ricardo Alexandre nasceu em 1974 em Jundiaí (SP). É jornalista e escritor, autor de Nem vem que não tem: a vida e o veneno de Wilson Simonal — vencedor do Prêmio Jabuti de melhor biografia de 2010. Produziu e dirigiu os documentários Napalm: o som da cidade industrial e Júlio Barroso: marginal conservador. Na mídia impressa, dirigiu as revistas Bizz, Época São Paulo e Trip. Também foi repórter e crítico musical do jornal O Estado de S.Paulo e teve seus textos publicados em veículos como Carta Capital, Época, Vida Simples, Superinteressante e Folha de S.Paulo, entre outros. Dias de luta, lançado originalmente em 2002, foi seu livro de estreia.


A POEIRA DOS OUTROS Um repórter na Casa da Morte e mais 19 histórias Ivan Marsiglia

168 páginas 14x21cm ISBN 978-85-60171-40-8 R$ 32,00

“Lugares, cenas, personagens, histórias — tudo isso captado não por um impessoal aspirador de realidade, mas pela curiosidade e pelo poder de observação, pelos cinco sentidos de um repórter genuíno, e em seguida filtrado em texto por detrás do qual é possível distinguir um autor”, escreve Humberto Werneck a respeito das reportagens reunidas neste livro. Não poderia ser mais preciso. Herdeiro de uma estirpe de grandes jornalistas, Ivan Marsiglia tem o raro talento de acrescentar a uma apuração sempre rigorosa a sua prosa elegante e criativa. Marsiglia demonstra interesse pelos mais diversos assuntos, mas é possível identificar uma preocupação recorrente: contar histórias que revelem ao leitor episódios obscuros do passado — e também do presente — do país. Isso pode ser visto no perfil do juiz que, ainda em plena ditadura, condenou o Estado pela morte do jornalista Vladimir Herzog, ocorrida em 1975. Ou no relato da movimentada — e violenta — madrugada de sábado em um pronto-socorro na periferia de São Paulo.

KIKO FERRITE

Em um texto característico do seu estilo, Marsiglia conta a história da onça que deu as caras na beira de uma rodovia. O fato, ao contrário do que seria de se esperar, é reconstituído do ponto de vista, e com o “linguajar”, da onça. Há quem defina a utilização de tais recursos como jornalismo literário. O nome pouco importa. O que faz diferença é ler um texto que, mais do que simplesmente informar, oferece ao leitor uma grande história. Ivan Marsiglia nasceu em 1970 em São Paulo. Foi repórter e editor da revista Playboy, redator-chefe da Trip e assessor da Secretaria de Imprensa e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Atualmente, é editor-assistente do caderno Aliás, do jornal O Estado de S.Paulo.


JORNALISMO

A MULHER QUE ERA O GENERAL DA CASA Histórias da resistência civil à ditadura Paulo Moreira Leite

224 páginas 14x21cm ISBN 978-85-60171-24-8 R$ 36,00

Este livro apresenta um dos aspectos mais relevantes e menos conhecidos da resistência à ditadura: a luta do cidadão comum, daqueles que foram capazes de enfrentar as dores de seu tempo e mobilizar a sociedade civil para defender os direitos dos que eram sequestrados, presos e torturados. Na reportagem inédita que dá título à obra, o autor conta a admirável história de Therezinha Zerbini, funcionária dos Correios e, simultaneamente, pioneira da luta pela anistia. Mulher de um general cassado pelo golpe de 64, mãe de dois filhos, Therezinha acolheu estudantes feridos pela polícia, organizou atos de protesto, consolou mães em busca de filhos desaparecidos e chegou a cumprir oito meses de prisão.

MARCELO MIN

Em outra reportagem do livro emerge a personalidade firme do reverendo Jaime Wright (1927-1999). Após a morte de um irmão, vítima do regime, Wright deixou a rotina de pastor no interior do Brasil para denunciar a ditadura. Ajudou na organização das primeiras manifestações públicas e, mais tarde, tornou-se um dos principais responsáveis pelo projeto “Brasil: Nunca Mais”, ainda hoje o mais abrangente retrato dos horrores cometidos nos quartéis. Numa apuração realizada em Washington, Paulo Moreira Leite ainda revela a atuação de um dos principais aliados do regime militar, o embaixador americano Lincoln Gordon. Quase 40 anos depois, Gordon ainda tentava, desastradamente, apagar a responsabilidade do governo dos Estados Unidos — e dele mesmo — no golpe que derrubou João Goulart. Paulo Moreira Leite nasceu em São Paulo em 1952. Jornalista desde os 17 anos, foi correspondente em Paris e Washington. Ocupou cargos de direção na Veja e na Época. Atualmente, é diretor da sucursal de Brasília da revista IstoÉ, onde também publica a coluna eletrônica Vamos Combinar.


ENTRETANTO, FOI ASSIM QUE ACONTECEU Quando a notícia é só o começo de uma boa história Christian Carvalho Cruz

184 páginas 14x21cm ISBN 978-85-60171-18-7 R$ 34,00

PAULINHO SILVA

 Prêmio Jabuti 2012 Finalista

Este é o livro de um repórter puro-sangue. Para contar as histórias aqui reunidas, Christian Carvalho Cruz faz muito mais do que sujar os sapatos, mandamento fundamental da profissão que escolheu. Quando vai para a rua ele é paciente, sabe observar e ouvir. Os personagens que passam pelo seu caminho — sejam eles anônimos ou famosos, nobres ou plebeus — merecem dele toda a atenção, toda a devoção. O jeito de falar, os gestos, os cacoetes, nada passa despercebido. As reportagens de Entretanto, foi assim que aconteceu foram publicadas no caderno Aliás, suplemento dominical do jornal O Estado de S. Paulo. São 23 reportagens que têm em comum, além da apuração meticulosa, a força e a originalidade da narrativa. Para cada história, há uma forma de contar. Se o tema é a violência anônima no Rio, apenas números identificam os personagens da trama macabra. Para entender o publicitário Washington Olivetto, nada melhor do que pensar como se fosse ele. As 48 horas que o repórter passou ao lado da cantora Elza Soares são narradas no ritmo apoteótico dos sambas-enredo. Christian escreve com a graça e a leveza dos grandes cronistas, dribla os lugares-comuns do jornalismo e constrói, palavra por palavra, o melhor encontro da reportagem com a literatura. Christian Carvalho Cruz nasceu em São Paulo, em 1974. Trabalhou em algumas das principais redações do país, como as do jornal Folha de S. Paulo e das revistas Placar, Quatro Rodas, Playboy, IstoÉ Dinheiro e Revista da Semana. Atualmente, é repórter do caderno Aliás, do jornal O Estado de S. Paulo.


JORNALISMO

BELEZA INTERIOR Uma viagem poética pelo Rio Grande do Sul Fabrício Carpinejar

240 páginas Inclui caderno de fotos 14x21cm ISBN 978-85-60171-28-6 R$ 34,90

Ao longo de um ano, o cronista e poeta Fabrício Carpinejar percorreu o Rio Grande do Sul à procura de histórias inusitadas, personagens inesquecíveis e pontos de vista especiais. Foram 52 cidades — de Caxias do Sul, sua terra natal, a Santana do Livramento. Sem deixar o território gaudério, Carpinejar atravessou as culturas italiana, polonesa, alemã, suíça, africana, indígena, açoriana e japonesa para escrever a série de reportagens Beleza Interior, publicada originalmente pelo jornal Zero Hora. Foram 14.590 quilômetros de estrada. Carpinejar descobriu o alemão mais feio do mundo em Alpestre, o empalhador de cachorros de Carazinho e o macaquinho sapeca de Iraí. Conheceu uma coleção de fuscas em Joia, a aeromoça do cinema em Rio Grande e o ambulante de Victor Graeff que pagou a universidade de seis filhos vendendo rapaduras. Viajou pelo mundo de nossas raízes e lançou sobre esse universo aquele olhar único reservado aos poetas. O resultado está neste livro: um mapa lírico e engraçado da gente gaúcha.

MAURO VIEIRA

“Não posso dizer que conheço o Rio Grande, posso dizer agora que não conheço o Rio Grande. A humildade é ambiciosa. Vi o suficiente para lamentar que ainda falta muito para ver. Quanto mais vejo, mais quero enxergar. O pampa é a gula do olhar. Coxilha chama coxilha que chama coxinha e já estamos na fronteira. Eu me reinventei, me esclareci em cada pórtico. Acordei minha infância, hábitos interioranos que nem me lembrava, mas que estavam intactos em mim.” Fabrício Carpinejar nasceu em 1972 em Caxias do Sul. É poeta, cronista, jornalista e professor. Escreveu mais de vinte livros e foi agraciado com os prêmios Açorianos e Jabuti, entre outros. É apresentador da TV Gazeta e da TVCOM, colunista do jornal Zero Hora e comentarista da Rádio Gaúcha.


CONVERSAS DE CAFETINAS Sérgio Maggio Neste livro instigante, o jornalista e dramaturgo Sérgio Maggio reúne oito perfis que retratam o cotidiano, os momentos de glória e a decadência das cafetinas, personagens envolvidas em uma aura de mistério e preconceito. As histórias emocionam ao traçar um panorama nada romântico dessas mulheres.

160 páginas 14x21cm ISBN 978-85-60171-07-1 R$ 31,00  Prêmio Jabuti 2010 3º lugar (Reportagem)

Quem explica melhor é a repórter Eliane Brum, na apresentação do livro: “Maggio andou por ladeiras de Salvador e curvas de cidadezinhas do interior baiano para escutar não prostitutas, mas cafetinas, as mulheres no comando do prazer e da dor, administradoras de não ditos na vida das cidades. Na esquina dessas conversas, às vezes tensas, encontram-se duas mitologias, a do repórter, que veio buscar segredos, e a das cafetinas, que, no vício da profissão, tentam adivinhar que mercadoria agradaria mais ao freguês. Nesse jogo de esconde-esconde, as verdades assomam nos vãos da prosa, na existência substantiva dessas mulheres, no absurdo do cotidiano que escapa a todo controle, na vida que elas gostariam de acreditar que comandam, mas que escorrega por entre os dedos. Aqui também a vida se ilumina nos cantos escuros da narrativa.” O volume inclui ainda o texto da peça teatral Cabaré das donzelas inocentes, que teve sua primeira montagem em 2009, em Brasília, e está sendo adaptada para o cinema. Sérgio Maggio, nascido em 1967, em Salvador, é jornalista formado pela Universidade Federal da Bahia. Desde 1993, atua no jornalismo cultural. Atualmente, é subeditor de Cultura e crítico teatral do jornal Correio Braziliense, no Distrito Federal.


JORNALISMO

OS NOVOS ESCRIBAS O fenômeno do jornalismo sobre investigações no Brasil Solano Nascimento

112 páginas 14x21cm ISBN 978-85-60171-11-8 R$ 18,00  Prêmio Esso 2010 Melhor Contribuição à Imprensa

“Há uma grande diferença entre descobrir uma irregularidade e descobrir que alguém descobriu uma irregularidade”, avisa Solano Nascimento na frase de abertura deste livro provocador. Ele está se referindo a uma transformação silenciosa — e maléfica — que ocorre no jornalismo dito investigativo no Brasil: não é mais o próprio repórter que desvenda as maracutaias e falcatruas, mas autoridades que têm a obrigação de fazer isso, como policiais, promotores, procuradores e outros agentes de órgãos de fiscalização. Ao jornalista cabe apenas ter acesso àquela fita, ao tal dossiê, ao vídeo comprometedor. Para detectar essa tendência, o autor observou a cobertura jornalística dos escândalos políticos nas três principais revistas semanais do país — Veja, IstoÉ e Época — em todos os anos em que houve disputa presidencial desde a redemocratização. Com apuro científico e analítico, Solano Nascimento demonstra que a transformação do “jornalismo investigativo” no que ele chama de “jornalismo sobre investigações” é uma realidade incômoda. Ao abrir mão de investigar por si mesmo, o jornalista fica mais vulnerável ao risco de ser usado pela fonte que passa a informação e pode perder o controle sobre o próprio trabalho. Em outras palavras, o repórter deixa de ser um autor para se tornar um escriba, aquele que se resigna a reproduzir a obra dos outros — o que é ruim para a imprensa, e terrível para a sociedade. Solano Nascimento, nascido em 1964, é pesquisador e professor da Universidade de Brasília (UnB). É mestre em História Ibero-americana e doutor em Comunicação. Foi colaborador da Veja e repórter da Época e dos jornais Folha de S.Paulo, Zero Hora e Correio Braziliense. Ganhou 15 prêmios jornalísticos, entre eles o Ayrton Senna, o Esso e o Vladimir Herzog.


AS MELHORES ENTREVISTAS DO RASCUNHO - Vols. 1 e 2 Luís Henrique Pellanda (org.) Qual o seu método de trabalho? As oficinas literárias são capazes de formar escritores? O que você espera alcançar com a sua escrita? Que autores lhe fazem companhia permanente? A literatura transforma a vida das pessoas? No decorrer dos últimos doze anos, essas e muitas outras perguntas ganharam as mais diferentes e instigantes respostas nas longas e rigorosas entrevistas publicadas mensalmente pelo jornal literário Rascunho. Em 2010, o primeiro volume de As melhores entrevistas do Rascunho reuniu um timaço de escritores para falar sobre aquilo de que mais gostam e entendem: literatura. Nomes como Cristovão Tezza, João Ubaldo Ribeiro, Luiz Ruffato e Milton Hatoum, entre outros, deram seu depoimento sobre seus livros, suas influências, suas obsessões. Em 2012, o segundo volume apresentou uma nova seleção de craques — e dá continuidade a um registro singular da cena literária contemporânea. ESCRITORES ENTREVISTADOS: Volume 1 Volume 2 288 páginas 14x21cm ISBN 978-85-60171-16-3 ISBN 978-85-60171-25-5 R$ 39,00 (cada volume)

Altair Martins Bernardo Carvalho Cristovão Tezza Elvira Vigna Fausto Wolff Fernando Monteiro João Gilberto Noll João Ubaldo Ribeiro José Castello Luiz Ruffato Mario Sabino Milton Hatoum Nelson de Oliveira Sérgio Sant’Anna Wilson Martins

Adriana Lunardi Affonso Romano de Sant’Anna Ariano Suassuna Carlos Heitor Cony Joca Reiners Terron Marçal Aquino Marcelo Backes Miguel Sanches Neto Raimundo Carrero Rodrigo Lacerda Ronaldo Correia de Brito Ruy Castro Sérgio Rodrigues Silviano Santiago Vilma Arêas


LITERATURA • COLEÇÃO

MARCELO MIN

Dedicada a um dos gêneros mais populares do Brasil, a coleção Arte da Crônica é um espaço privilegiado para a publicação de grandes cronistas contemporâneos. Saiba mais sobre os primeiros títulos da série:

PAULO LEITE

MATHEUS DIAS

Ivan Angelo

Humberto Werneck

Luís Henrique Pellanda


ESSE INFERNO VAI ACABAR Humberto Werneck

192 páginas 14x21cm ISBN 978-85-60171-20-0 R$ 34,00  Prêmio Portugal Telecom 2012 Finalista

“Em Minas Gerais não acontece nada, mas o pessoal se lembra de tudo”, avisa o autor numa das crônicas deste livro. Não é brincadeira, e talvez por isso mesmo existam tantos escritores mineiros entre os grandes cronistas do país. Naquela frase, que não é só de efeito, está escondida uma das mais delicadas definições do gênero em que Fernando Sabino e Paulo Mendes Campos foram mestres. O não acontecimento — o fato comezinho, a miudeza, a situação cotidiana — é a matéria-prima da crônica. Mas é a memória que, ao retirar do passado e reinventar essas pequenas histórias, dá a graça e a beleza que as transformam em arte. Como bom mineiro, e ainda melhor cronista, Humberto Werneck lembra de tudo. Da tristeza pelo cancelamento (justificado) de uma aguardada festa de aniversário na infância à alegria de presenciar a histórica inauguração de Brasília. Nesta coletânea, Werneck ainda reúne uma galeria de tipos difíceis de esquecer: Solange, a prima que adora falar difícil; Dona Alzira, que bolou um escudo de eucatex para se defender de um tarado munido de raio laser; e Samuel, que está de novo com a conversa de que o mundo vai acabar. Humberto Werneck é um contador de histórias como poucos. Ele narra com o ritmo preciso e o humor refinado que o tornaram conhecido como um dos melhores textos do jornalismo brasileiro. Como cronista, alia a capacidade de observação ao talento com as palavras. O resultado é uma conversa que revela a humanidade dos personagens e do próprio autor. Humberto Werneck nasceu em Belo Horizonte, em 1945, e vive em São Paulo desde 1970. Foi correspondente em Paris do Jornal da Tarde e passou ainda pelas redações de Veja, Jornal da República, IstoÉ, Jornal do Brasil, Elle e Playboy. É autor, entre outros, de O desatino da rapaziada, O santo sujo: a vida de Jayme Ovalle e O pai dos burros: dicionário de lugares-comuns e frases feitas.


LITERATURA • COLEÇÃO

NÓS PASSAREMOS EM BRANCO Luís Henrique Pellanda O cronista esquadrinha a sua cidade tal qual um flâneur. Sobe a Ébano Pereira, atravessa a Pracinha do Amor e pega a Saldanha Marinho. Desce a Ermelino até a Boca Maldita, percorre o calçadão rumo à Praça Osório. Nas crônicas de Luís Henrique Pellanda, o centro de Curitiba é o cenário de histórias quase invisíveis, flagrantes do cotidiano que revelam o que há de perverso — e também de encantador — nas ruas anônimas de uma metrópole. 192 páginas 14x21cm ISBN 978-85-60171-19-4 R$ 34,00  Prêmio Jabuti 2012 Finalista

O que pode escapar à percepção da maioria de nós é retido na memória do cronista. Assim nasce uma galeria de situações e personagens bastante particular: a prostituta que joga pétalas de rosas sobre a menina que dorme na praça; a alucinada estreia do filme The Doors no antigo Cine Plaza; um assassinato — cinco tiros na cara — bem debaixo da janela do autor; a macaca dançarina que hipnotiza o músico; a mocinha com o canivete, lembrança de um verão distante. Ao final deste volume, Pellanda apresenta um inventário de tipos fantásticos, como o Diabo da Cruz Machado, o Encosto Bilheteiro e a Desamparada do Pré-Pago, reunidos numa “Antologia dos Demônios de Curitiba”. Ali, o sobrenatural serve para iluminar o que há de humano nos seres que, como o autor, vagam pela cidade. Assombroso, na verdade, é o indiscutível talento de Pellanda para extrair lirismo do que acontece naquelas ruas. Luís Henrique Pellanda nasceu em Curitiba, em 1973. Escritor, jornalista e músico, é coeditor e cronista dos sites Vida Breve e Eletroficção. É autor do livro O macaco ornamental (contos) e organizador dos dois volumes de As melhores entrevistas do Rascunho. Trabalhou nos jornais Gazeta do Povo e Primeira Hora e foi subeditor e colunista do Rascunho.


CERTOS HOMENS Ivan Angelo Um mal-entendido telefônico que nunca será desfeito, as desconcertantes conversas de um avô com seu neto, uma inusitada colheita de pitangas nas ruas de um bairro paulistano, o encanto perene das antigas namoradas. Casos bem-humorados e outros nem tanto, retratos de tipos humanos, relações amorosas, cenas urbanas, crítica social e de costumes, alguma poesia. Quase tudo o que cabe numa crônica está neste livro. 208 páginas 14x21cm ISBN 978-85-60171-21-7 R$ 35,00  Prêmio Portugal Telecom 2012 Finalista

Ficcionista premiado e jornalista não menos reconhecido, Ivan Angelo estabelece em suas crônicas a cumplicidade com o leitor que é um dos trunfos do gênero. Histórias aparentemente prosaicas ganham sabor — um tempero mineiro, quem sabe — ao ser narradas com o talento de um exímio cronista. Nas 50 crônicas deste volume, um assunto puxa o outro, e o que emerge desse conjunto é um panorama muito pessoal da vida brasileira, de hoje e de antes. Sem evitar nem mesmo temas à primeira vista áridos — como a violência ou a política —, Ivan Angelo propõe ao leitor, seu eterno cúmplice, aqueles dois dedos de prosa que, com as palavras precisas, transformam uma boa conversa em grande literatura. Ivan Angelo nasceu em Barbacena (MG), em 1936, e foi criado em Belo Horizonte. Em 1965 transferiu-se para São Paulo, onde fez parte da primeira equipe do Jornal da Tarde. É autor dos romances A festa (1976) e Amor? (1995), ambos vencedores do Prêmio Jabuti. Foi duas vezes premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte, pelo livro de contos A face horrível (1986) e pelo romance juvenil Pode me beijar se quiser (1997). Também é autor de obras infantis e de crônicas. Teve livros publicados em inglês, francês, alemão e espanhol. Desde 1999 é cronista da revista Veja São Paulo.


LITERATURA

ANTES DO PASSADO O silêncio que vem do Araguaia Liniane Haag Brum

272 páginas 14x21cm ISBN 978-85-60171-22-4 R$ 39,00  Bolsa Funarte de Criação Literária

Cilon Cunha Brum foi visto pela última vez em 9 de junho de 1971. Militante comunista, deixou para trás a faculdade e um bom emprego para combater a ditadura na chamada Guerrilha do Araguaia, um dos mais controversos episódios do período do regime militar. Cilon nunca voltou da selva. Seu sumiço foi encoberto pela mesma névoa de segredo e temor que a de outros desaparecidos políticos. Mas ele nunca foi — nem poderia ser — esquecido. Antes do passado é um livro único porque ilumina um momento crucial da história brasileira pelo ponto de vista do núcleo familiar, sem cair nas armadilhas do interminável embate ideológico entre esquerda e direita, civis e militares, vítimas e algozes. Durante vinte anos, Liniane, a afilhada que Cilon não viu crescer, refez o percurso do padrinho, revirando arquivos e entrevistando todos que o conheceram.

MARCELO MIN

Entre viagens à região do Araguaia e mergulhos na intimidade familiar, Liniane traça um perfil emocionante do homem que sempre lhe pareceu um mistério. Os acontecimentos são narrados em crônicas — escritas a partir de depoimentos, recortes de jornal, fotos e documentos — e cartas endereçadas à avó Lóia, mãe de Cilon. O resultado é uma prosa ao mesmo tempo cortante e poética, revelando uma história de família que é também a história de um país inteiro. Liniane Haag Brum, nascida em 1971, é gaúcha de Porto Alegre. Formada pela PUC do Rio Grande do Sul, atuou como publicitária e professora universitária. Foi produtora, editora e roteirista em dezenas de produções audiovisuais para o cinema e a televisão. Vive em São Paulo desde 1995.


SOBRESCRITOS 40 histórias de escritores, excretores e outros insensatos Sérgio Rodrigues

152 páginas 12x17,5cm ISBN 978-85-60171-12-5 R$ 25,00

“As pessoas coçaram atrás da orelha. Depois, porém, as pessoas coçaram atrás da orelha de novo. Por fim, as pessoas ficaram com o lado de trás da orelha inteiramente escalavrado. Quando os primeiros Sobrescritos apareceram, enigmáticos, na coluna Todoprosa, de Sérgio Rodrigues, no bom e velho site NoMínimo, as pessoas suspeitaram que eram minicontos à clef, dispostos a esculhambar de vez o mundo das letras. Quem seria o “escritor de barba espessa e fama rala?”, alarmaram-se alguns. E o inesquecível Lúcio Nareba, “lenda da blogosfera literária nacional”, quem haveria de ser?, sussurraram outros. Felizmente, houve também quem percebesse de cara que todas essas figuraças, incluindo Demóstenes Bastião, o que escrevia em preto e branco, ou o latinista Cecilio Giovenazzi, “o maior memorialista do onanismo no Ocidente”, habitavam era a interseção entre a capacidade de observação e o talento para fabular de Sérgio, crítico-romancista. Daí elas tanto incomodarem quanto permanecerem na memória bem após o log off, caso do primeiro texto da coletânea, no qual a blogueira reencena Love story com o estruturalista. Hoje, mais pessoas já leem os Sobrescritos como as delicadas peças de ironia, bibliofilia e alguma tristeza que eles de fato são. Embora algumas das pessoas, por via das dúvidas, carreguem sempre um band-aid para o lado de trás da orelha no bolso da frente das calças.”

MARIA MENDES

Arthur Dapieve Sérgio Rodrigues, nascido em Muriaé (MG), em 1962, é jornalista e crítico literário. Estreou na literatura com a reunião de contos O homem que matou o escritor (2000). Também é autor de As sementes de Flowerville e Elza, a garota.


EDUCAÇÃO

FILOSOFIA MÍNIMA Ler, escrever, ensinar, aprender Luís Augusto Fischer

336 páginas 14x21cm ISBN 978-85-60171-17-0 R$ 42,00  Prêmio Jabuti 2012 Finalista

Ler, escrever, ensinar e aprender são as quatro operações básicas da vida de professor. É a partir delas que Luís Augusto Fischer, com a experiência de 30 anos de sala de aula, monta uma equação bastante particular. Neste livro, relatos de pequenas histórias exemplares se somam à reflexão sobre o ensino de literatura. Ao compartilhar suas impressões de leitura e relacioná-las a episódios aparentemente prosaicos, mas significativos, Fischer convida o leitor a um passeio intelectual sem chateação. Assim, presta tributo a um de seus mestres, Antonio Candido, para quem a principal missão do professor “é viver a aventura do pensamento junto com os alunos.” Os textos têm origens e formatos variados. São artigos e ensaios em que situações e personagens inusitados servem de ponto de partida para uma análise sobre o alcance e o poder da literatura. Há espaço, também, para o depoimento pessoal, quando o relato de experiências revela mecanismos ocultos do processo do ensino.

FERNANDA DAVOGLIO

Em um livro que é todo ele matéria de memória, não poderia faltar a reconstituição do itinerário intelectual do autor no qual são apresentados seus heróis, conquistas, fracassos e marcos afetivos. Da herança católica ao marxismo, das primeiras aulas no Colégio Anchieta ao estudo de Machado de Assis e Nelson Rodrigues, Fischer repassa sua formação e oferece, com generosidade, um caminho possível para cumprir com gosto a missão do magistério. Lição que não serve apenas para professores. Afinal, ler, escrever, ensinar e aprender são as quatro operações básicas da vida de qualquer um de nós. Luís Augusto Fischer, nascido em 1958, é doutor em Letras e professor de Literatura Brasileira na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É autor de Quatro negros (novela) e Dicionário de porto-alegrês, entre outros livros.


CRÍTICA LITERÁRIA

INTELIGÊNCIA COM DOR Nelson Rodrigues ensaísta Luís Augusto Fischer

336 páginas 14x21cm ISBN 978-85-60171-10-1 R$ 39,00

“Nelson Rodrigues é um daqueles autores que não deixam ninguém indiferente. Também é difícil ficar indiferente diante deste livro de Luís Augusto Fischer, que enfoca o lado menos estudado da obra de Nelson: suas crônicas. Crônicas? Nada disso, argumenta Fischer. Ensaios! Ensaios!, proclama o crítico, com ‘olho rútilo’ e ‘vozeirão de barítono de Puccini’. Mas essa é apenas uma das discussões que este livro, tão cortante e luminoso, está pronto a suscitar. Nelson Rodrigues, autor de ensaios? Não sei se é. Sei que Luís Augusto Fischer é. E dos bons.” Marcelo Coelho

 Prêmio Açorianos 2010 Melhor Ensaio

MACHADO E BORGES E outros ensaios sobre Machado de Assis Luís Augusto Fischer Machado de Assis e Jorge Luis Borges, os dois grandes escritores sul-americanos, sempre foram alvo de comparações, mas nunca antes com tamanho detalhamento e perspicácia crítica como o faz Luís Augusto Fischer no ensaio que abre este volume. Isto para, logo em seguida e de forma inovadora, alinhar Machado e Borges a outro clássico, o norte-americano Edgar Allan Poe. 264 páginas 14x21cm ISBN 978-85-60171-06-4 R$ 37,00  Prêmio Açorianos 2008 Livro do Ano

Nos seis estudos que formam este livro, Fischer apresenta o resultado de décadas de estudo minucioso da obra e da vida de Machado de Assis, sempre com a visão arejada e o texto preciso que já são uma marca pessoal.


ESPORTE

OPERAÇÃO PORTUGA Cinco homens e um recorde a ser batido Sérgio Xavier Filho

176 páginas Inclui caderno de fotos 14x21cm ISBN 978-85-60171-13-2 R$ 34,90

Este não é um livro sobre corrida, embora se passe entre treinos e competições. É sobre gente. Na verdade, um tipo muito especial de gente. O esporte é o pano de fundo, mas o que está em jogo é muito mais do que isso. São histórias de competição, superação e camaradagem. Em outubro de 2006, o empresário Amílcar Lopes Jr., o Portuga, realizou um feito memorável ao completar a Maratona de Chicago em 2 horas 43 minutos e 50 segundos. A marca, extraordinária para um amador, fez dele uma espécie de lenda no circuito dos corredores de rua de São Paulo. Desde aquele momento, Portuga se tornou o homem a ser batido. Marcelo Apovian (o Lelo), José Augusto Urquiza (o Guto) e Tomás Awad são os mais fortes candidatos a derrotar Amílcar no que ficou conhecido como o “Desafio do Portuga”.

ALEXANDRE BATTIBUGLI

Os três desafiantes treinam forte. Para alcançar o objetivo, eles, que são executivos ocupados, driblam suas agendas apertadas, desviam de compromissos sociais e deixam de lado muitas horas de descanso ou de convívio familiar. Também deixam para trás, como no caso do Lelo, as sequelas de um acidente que quase lhe custou a perna. A marca mítica não sai da cabeça deles, o Portuga precisa ser derrubado. O circuito das maiores maratonas do mundo — Berlim, Boston, Chicago, Nova York e Paris — é o cenário ideal para a busca pelo recorde. Lelo, Guto e Tomás correm o mundo, literalmente, para derrubar o Portuga. A esse grupo junta-se mais tarde Felipe Wright e sua obsessão em terminar uma maratona abaixo de 3 horas. E ele chegou lá, com a ajuda de um amigo capaz de um gesto de pura e comovedora nobreza. Sérgio Xavier Filho, nascido em 1966, em Porto Alegre, é jornalista com passagens pelo jornal Diário do Sul, pela revista IstoÉ e pela TV Bandeirantes. É diretor de redação das revistas Placar e Runner’s World, além de colunista da Bandnews FM.


JOGOS MONUMENTAIS Memórias do Estádio Olímpico Marcelo Ferla

208 páginas Capa dura 14x21cm ISBN 978-85-60171-27-9 R$ 39,90

Para contar essa história emocional do Estádio Olímpico, o autor escolheu onze partidas emblemáticas — a começar pelo match de inauguração do estádio da Azenha, quando o Grêmio venceu o Nacional do Uruguai por 2x0. O livro também registra partidas que levaram a títulos memoráveis, como o Campeonato Brasileiro de 1981, a Libertadores de 1983 e as Copas do Brasil de 1989 e 1994. Para completar o clima revivalista, todos os capítulos têm ilustrações assinadas por Hélio Devinar, remetendo aos tempos românticos das coberturas jornalísticas — Devinar desenhava os gols da rodada para jornais e revistas gaúchas desde a década de 1950. Marcelo Ferla nasceu em Montenegro (RS) em 1965. É jornalista. Foi editor de música do jornal Zero Hora, editor de Repertório da revista Única, editor-chefe das revistas Frente e DJ World, além de gerente artístico das rádios Ipanema FM e Oi FM. É autor dos livros Imortal tricolor, Os dez mais do Grêmio e Lembra do Transasom?, entre outros.

Na ilustração de Hélio Devinar, o Estádio Olímpico em sua inauguração, em 1954


FILOSOFIA

AFORISMOS Karl Kraus

208 páginas Capa dura 14x21cm ISBN 978-85-60171-14-9 Tradução de Renato Zwick R$ 39,00

Karl Kraus e a sua revista, a Die Fackel (A Tocha), na qual publicava os aforismos

“O aforismo jamais coincide com a verdade; ou é uma meia verdade ou uma verdade e meia”, escreveu Karl Kraus (1874-1936) a respeito do gênero em que se tornou um mestre. Personagem singular do debate intelectual europeu do começo do século 20, Kraus encontrou na brevidade e na condensação extrema dos aforismos a forma ideal de espetar seus adversários — notadamente jornalistas, políticos e figuras prestigiadas do meio cultural vienense. Exprimindo o que à primeira vista pode parecer uma generalização abusiva, o aforismo desestabiliza as certezas cotidianas cristalizadas em frases feitas e, à luz de seu brilho repentino, desvenda aspectos da realidade até então ignorados. Neste volume, apresenta-se uma poderosa mostra de como podem ser cortantes esses pequenos textos — e de como Kraus, manejando a sátira, feriu seus inimigos com grande concisão. Como ele mesmo dizia: “Há escritores que já conseguem dizer em vinte páginas aquilo para o que às vezes preciso de até duas linhas.”


PENSAR A CULTURA Série Fronteiras do Pensamento Cassiano Elek Machado (org.)

224 páginas 16x23cm ISBN 978-85-60171-38-5 R$ 35,00 Próximos volumes da série: PENSAR A FILOSOFIA PENSAR O CONTEMPORÂNEO

Pensar a cultura é o primeiro livro de uma série que se propõe a colocar em discussão os temas mais instigantes do mundo contemporâneo. Resultado de uma parceria entre o Fronteiras do Pensamento e a Arquipélago Editorial, a coleção tem como lastro o sólido repertório acumulado pelo ciclo de conferências ao longo dos últimos anos. Para aumentar a diversidade de ideias, cada obra terá o acréscimo de material inédito, como entrevistas, artigos e ensaios visuais. Este volume de estreia, organizado pelo jornalista Cassiano Elek Machado, reúne o pensamento de grandes artistas e intelectuais — entre eles, dois ganhadores do Prêmio Nobel de Literatura, os romancistas Mario Vargas Llosa e Orhan Pamuk — em torno das questões culturais. O debate é ampliado com a publicação das conferências do cineasta Wim Wenders, do escritor Michel Houellebecq, do jornalista Tom Wolfe e do escultor Richard Serra. Para completar, uma entrevista com o crítico Tzvetan Todorov, um artigo do romancista Mia Couto e um ensaio visual da artista plástica Mayana Redin. Cassiano Elek Machado, nascido em São Paulo, em 1975, trabalhou por dez anos como repórter, redator e editor do caderno Ilustrada, da Folha de S. Paulo, depois foi redatorchefe da revista Trip e editor da revista piauí. Foi diretor de programação da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), em 2007, e diretor editorial da Cosac Naify (2008-2012). Voltou à Folha de S.Paulo em 2012, como repórter especial.


LÍNGUA PORTUGUESA

O PAI DOS BURROS Dicionário de lugares-comuns e frases feitas Humberto Werneck

208 páginas 12,5x17,5cm ISBN 978-85-60171-08-8 R$ 29,00

Humberto Werneck é um colecionador. Não de borboletas, como explica na apresentação deste livro, mas de lugares-comuns e frases feitas. Há quase quatro décadas ele mantém o hábito de anotar, no cantinho de papel que estiver à mão, aquelas expressões que, de tanto uso, tornaram-se gastas. É o caso de “a escola da vida”, “abraçar uma causa” e “acreditar piamente”, apenas três exemplos entre as mais de 4.500 expressões espalhadas pelos 2.000 verbetes da obra. Tamanha obsessão tem uma razão: Werneck sempre se preocupou com a funcionalidade da linguagem. A necessidade de que cada palavra ou sentença seja usada precisamente. “Se escrever vale a pena, deve ser para enunciar algo que se pretende novo — e me parece um contrassenso, sobretudo no jornalismo, tentar passar o novo com linguagem velha”, escreve Werneck. O que não significa que os lugares-comuns devam, necessariamente, ser banidos. “O que se quer com este livro é apenas recomendar desconfiança diante de tudo aquilo que, no ato de escrever, saia pelos dedos com demasiada facilidade. Porque nada de verdadeiramente bom costuma vir nesse automatismo.” Humberto Werneck nasceu em Belo Horizonte, em 1945, e vive em São Paulo desde 1970. Foi correspondente em Paris do Jornal da Tarde e passou ainda pelas redações de Veja, Jornal da República, IstoÉ, Jornal do Brasil, Elle e Playboy. É autor, entre outros, de O desatino da rapaziada, O santo sujo: a vida de Jayme Ovalle e Esse inferno vai acabar.


ADMINISTRAÇÃO

FELICIDADE S.A. Por que a satisfação com o trabalho é a utopia possível para o século 21 Alexandre Teixeira

288 páginas 16x23cm ISBN 978-85-60171-26-2 R$ 45,00

O mundo do trabalho vive uma revolução silenciosa. Depois de décadas tendo o dinheiro como estímulo quase único aos seus funcionários, organizações inovadoras começam a perceber que esse modelo está ruindo. A remuneração ainda é decisiva, claro. Mas, num mundo traumatizado pela crise que veio de Wall Street, salários e bônus já não exercem o mesmo fascínio. A busca por um propósito, a chegada de uma nova geração ao mercado e a reinvenção dos escritórios convergem para um ideal há muito negligenciado: a felicidade no trabalho.

LILO CLARETO

Para entender o significado de tamanha transformação, Alexandre Teixeira confrontou as mais recentes pesquisas científicas sobre a felicidade com as práticas de gestão das organizações. Conversou com especialistas em recursos humanos, altos executivos, empresários e outsiders. O resultado é uma grande reportagem, um panorama inédito e acurado de como a busca pela satisfação com o trabalho está transformando pessoas e empresas — para melhor. Entre a teoria dos estudos acadêmicos e a vida real do cotidiano corporativo, o autor apresenta uma série de reflexões essenciais sobre o propósito e os valores envolvidos no trabalho. Ao final deste livro, o leitor descobrirá por que a felicidade no trabalho é, sim, uma utopia possível. E como essa descoberta pode revolucionar a sua empresa — e a sua vida. Alexandre Teixeira nasceu em São Paulo em 1971. Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, trabalhou em algumas das principais redações do país, sempre na área econômica e de negócios. Foi repórter do Jornal da Tarde e do Valor Econômico, além de editor das revistas IstoÉ Dinheiro e Época Negócios. Felicidade S.A. é seu livro de estreia.­­­­


MITOLOGIA

O CALCANHAR DO AQUILES E outras histórias curiosas da Grécia Antiga Duda Teixeira

224 páginas 14x21cm ISBN 978-85-60171-02-6 R$ 34,00

Eu, você, seus pais, o seu vizinho da frente, o dono da livraria e o autor deste livro temos algo em comum: somos todos um pouco gregos. Qualquer pessoa deste lado do mundo, da chamada civilização ocidental, tem um pé (ou até mesmo os dois) na Grécia Antiga. Isso porque foi lá, naquele pequeno território há milhares de anos, que surgiram as bases de um conhecimento coletivo que ainda partilhamos em áreas como a filosofia, a medicina, a astronomia, a matemática e as artes. Mas a sociedade grega não era formada apenas por pensadores e suas elucubrações filosóficas. Nem só de intrincados debates viviam aqueles homens. No correr dos dias comuns, eles dedicavam-se a assuntos bem mais mundanos. Tomavam porres homéricos de vinho com pimenta, recorriam a videntes em transe para conhecer o futuro, inventavam palavrões cabeludos, faziam macumba, faltavam às assembleias políticas e competiam nus nas disputas esportivas. Um cotidiano repleto de manias, defeitos, preocupações triviais e um bocado de situações inusitadas. Essa mistura, da qual ainda faz parte uma mitologia de significados inesgotáveis, é a marca do povo grego. É isso tudo que o jornalista Duda Teixeira nos conta neste livro, deixando de lado a sisudez das teses acadêmicas, mas com um profundo trabalho de pesquisa. E muito bom humor. O resultado é uma obra divertida, de leitura saborosa, uma coleção das histórias mais curiosas que tiveram como protagonistas os gregos. Essa gente tão parecida comigo, com você, com todos nós. Duda Teixeira, nascido em 1975, em Campinas (SP), é jornalista formado pela Universidade de São Paulo. Trabalhou em publicações como Almanaque Abril, IstoÉ Dinheiro, Saúde! e Superinteressante. Atualmente, é repórter da revista Veja.


HISTÓRIA

A LONGA MARCHA A história do mito fundador da China comunista Sun Shuyun

336 páginas 14x21cm ISBN 978-85-60171-03-3 Tradução de Caroline Chang R$ 29,00

“A Longa Marcha é o mito fundador da China de Mao Tse-tung. Em 1934, o exército comunista, que pode ter chegado a 200 mil pessoas — os números são controversos — foi expulso de suas bases pelas tropas nacionalistas de Chiang Kaishek. Empreendeu então uma travessia que superou os dez mil quilômetros. Estima-se que apenas um quinto chegou até o fim. Os sobreviventes fundaram a nova China não sobre a história da Longa Marcha, mas sobre a lenda. Ela se tornou a peça de propaganda da revolução. “Sun Shuyun, como todos os chineses, cresceu embalada por canções e filmes heroicos. O mito é parte do que ela é. Mas havia demasiadas perguntas sem respostas. Setenta anos depois, em 2004, Sun refez a marcha do exército comunista. Encontrou mais do que foi buscar. Seu livro dá voz aos homens e mulheres que atravessaram a China com os pés enrolados em trapos. Restaram poucos não apenas porque os expurgos, as doenças, o frio e a fome mataram mais do que o inimigo — mas porque as deserções foram maiores do que as mortes em batalhas. “Este livro mostra como Mao transformou fuga em epopeia. Ecoa em cada um de nós porque nos debatemos todos com lendas travestidas de História. Como Sun Shuyun, nós também conhecemos o significado de despertar no meio de uma longa noite com o eco de verdades abafadas.” Eliane Brum Sun Shuyun nasceu na China, na década de 60. Graduou-se na Universidade de Beijing e recebeu uma bolsa para estudar em Oxford. É produtora de tevê e cinema, tendo realizado vários documentários para a BBC, para o Channel 4 e outras redes internacionais.


DIGITAL

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FELICIDADE S.A. Alexandre Teixeira

OPERAÇÃO PORTUGA Sérgio Xavier Filho

A MULHER QUE ERA O GENERAL DA CASA Paulo Moreira Leite

ESSE INFERNO VAI ACABAR Humberto Werneck

NÓS PASSAREMOS EM BRANCO Luís Henrique Pellanda

CERTOS HOMENS Ivan Angelo


A MENINA QUEBRADA Eliane Brum

A VIDA QUE NINGUÉM VÊ Eliane Brum

DIAS DE LUTA Ricardo Alexandre

FILOSOFIA MÍNIMA Luís Augusto Fischer

OS NOVOS ESCRIBAS Solano Nascimento

A POEIRA DOS OUTROS Ivan Marsiglia



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