Revista do Centenário

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Primeiro retiro da Federação Mariana em 1938

Dom Justino com os padres da diocese em 1941

Assembleia Arquidiocesana com presença de Dom Clóvis na década de 1990

ÚltimaMissadoImpossívelde2019(Pe.Pierre Cantarino)

Missa na Igreja “dos Arautos do Evangelho” em 2021. O local é administrado pela associação, que a construiu no estilo gótico medieval

Retiro do clero da Arquidiocese de JF em 1977, presente Dom Geraldo Penido

Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

Eis a nossa revista, eis a nossa Gratidão

Vendo estas fotos que você vai ver agora e lendo estes textos que você vai ler, sinto no coração a força da expressão de São Paulo ao escrever aos Colossenses:  “Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo” (Cl 3,17).  Também o Salmo 117 tem expressões belas sobre as obras que Deus nos dá a honra e a graça de realizar para o crescimento de seu Reino: “Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: Que maravilhas ele fez a nossos olhos! “  (Sl 117, 23)  ou ainda “Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom” (Sl 117,29).  Maria, nossa Mãe e Rainha, ao rezar o seu Magnificat, cantou:  “O Poderoso fez por mim grandes coisas; santo é o seu nome! “ (Lc 1, 49).  Também o próprio Jesus nos ensinou a servir a Deus com bom e generoso coração, ao afirmar “Quando fizerdes tudo o que vos ordenaram, dizei: Somos simples servos, só fizemos o que devíamos fazer” (Lc 17, 10).

De fato, oferecer nosso trabalho com desprendimento, sem nada esperar em troca, em vista das obras realizadas para Deus e para o próximo, constitui uma alegria muito maior do que quando somos remunerados. No Atos dos Apóstolos está escrito: “Em tudo vos mostrei que, trabalhando nesse modo, se deve ajudar aos fracos, recordando as palavras de Jesus: Há mais felicidade em dar que em receber” (At 20,35).

Santo Agostinho escreveu: “Que coisa melhor podemos trazer no coração, pronunciar com a boca, escrever com a pena, do que estas palavras “graças a Deus”?”  Bela também é a oração de São Leão Magno, Papa do Século V: “Não desista nunca: nem quando o cansaço se fizer sentir, nem quando os teus pés tropeçarem, nem quando os teus olhos arderem, nem quando os teus esforços forem ignorados, nem quando a ilusão te abater, nem quando o erro te desencorajar, nem quando a traição te ferir ...”

Ao publicar esta revista comemorativa dos cem anos percorridos pela Diocese de Juiz de Fora, hoje Arquidiocese, queremos elevar a Deus nosso louvor e nossa gratidão. Queremos recordar quanto trabalho e quantos esforços custaram aos nossos irmãos do passado, pastores e fiéis em geral, este belo itinerário na construção desta Igreja Particular à qual nos honra pertencer. Certamente, muitas coisas mais foram feitas e não foram fotografadas, ou o foram e não entraram aqui; quantas foram feitas e ninguém sobre elas escreveu; quantas caíram no esquecimento, ou propositalmente foram realizadas de forma oculta, por opção dos seus autores! Sem dúvidas, estas terão maior valor diante de Deus. Merecem também de nós a mais elevada gratidão.

Tudo isso pode ser dito também em favor daqueles que continuam, em nosso tempo, se oferecendo de coração generoso e bom, realizando obras para Deus e sua Igreja, pelos pobres e os pequeninos, pela transformação dos costumes, do comportamento e do agir humano, seja no âmbito individual, social e político. O que importa é que o Reino do Senhor cresça entre nós e se estabeleça na terra, assim como no céu, para que o nome de Deus seja santificado, sua vontade seja feita, seu pão seja cotidianamente repartido, seu amor seja exaltado e seus louvores sejam erguidos por todo canto, do nascer ao pôr do sol, numa liturgia perene até que cheguemos ao paraíso para o qual fomos criados e para o qual toda organização eclesial existe enquanto peregrina na história.

Sumário

Nossa história

5 6 8 10 14 17 20 24 32

Nosso Padroeiro

Nossa

Igreja-Mãe

Nossos pais espirituais

Nosso celeiro de vocações

Nossa missão: caridade em primeiro lugar

Testemunhos sobre a nossa Igreja

Nosso patrimônio

Nossa Igreja em números

Apoio Cultural 34 38 40 41 42

Nossa Festa do Centenário

Nosso novo brasão, o logo do Centenário e nosso hino

Congressos Eucarísticos

Livro do Centenário

Diretor Responsável:

Dom Gil Antônio Moreira

Supervisão:

Pe. Antônio Camilo de Paiva

Vigário Episcopal para Comunicação

Jornalistas Responsáveis:

Danielle Tarcitano Quinelato MTB: 18031/MG

Monalisa Soares de Lima MTB: 0021508/MG

Projeto e Diagramação: Acaia Comunicação

Foto da capa: Sidinei Maurilio Cimino Junior

Redação:

Cúria Metropolitana de Juiz de Fora Av. Barão do Rio Branco, 4516 Passos, Juiz de Fora - MG, 36026-500

Fone: (32) 3229-5450

E-mail: contato@arquidiocesejuizdefora.org.br

Site: www.arquidiocesejuizdefora.org.br

Gráfica: CNPJ: 02.282.594/0001-04

Tiragem: 2.500 exemplares

Confira as referências no QRCode acima

Comocomeçoutudo

Acriação da Diocese de Juiz de Fora inserese num momento especial da Igreja Católica do Brasil, no quadro da reorganização de suas circunscrições eclesiásticas frente a um novo regime, fruto da Proclamação da República. A escolha da cidade de Juiz de Fora para a nova sede episcopal, por sua vez, justifica-se tanto pelo nível do seu desenvolvimento político, econômico, social e cultural à época, como no campo religioso. Isso porque naquele mo mento, a Igreja juiz-forana, herdeira do Catolicismo Popular, caminhava de for ma ajustada às diretrizes da Sé Romana com a afirmação da reforma católica empreendida no século XIX.

Foi Dom Silvério Gomes Pimenta, 9º Bispo e 1º Arcebispo de Mariana, quem idealizou a criação de nossa Diocese. Durante seu governo, aquela Igreja Particular realiza va, quase que anualmente, por aqui, o retiro de uma parte do clero. Dom Silvério, no en tanto, faleceu em 1922, an tes de conseguir concretizar o projeto, consumado por seu sucessor, Dom Helvécio Gomes de Oliveira.

Papa Pio XI, em 1º de fevereiro de 1924, com a qual foi criada a nova Igreja Particular:

“Embora a Arquidiocese de Mariana já tenha sido dividida em várias Dioceses, após sábia deliberação, mesmo assim, ainda é muito espaçosa, de maneira que seu Prelado dificultosamente possa visitá-la toda, no prazo determinado pelas disposições canônicas. Por isso, o venerável Irmão Helvécio Gomes de Oliveira, atual Arcebispo de Mariana, reverentemente pediunos que nos dignássemos dividir sua Diocese e criar outra na cidade de Juiz de Fora, corroborando suas súplicas, o atual Núncio Apostólico junto ao Governo Brasileiro. Resolvemos, porém, acolher com benignidade os desejos dos suplicantes para com maior facilidade conseguirmos a salvação espiritual dos Nossos filhos, tanto mais porque, na cidade de Juiz de Fora existem muitos institutos religiosos, hospitais, orfanatos e aí florescem também a indústria e o comércio.”

No início da década de 1920, a criação da Diocese de Juiz de Fora fazia-se cada vez mais necessária e urgente, visto que a população crescera imensamente nesta região e a Arquidiocese de Mariana constituía uma enorme exten são geográfica, dificultando a sua assistência. Este fato foi, inclusive, apontado na Bula Pontifícia “Ad Sacrosancti Apostolatus Officium”, do

Exatamente um ano após a assinatura da bula, em 1º de fevereiro de 1925, tomou posse nosso primeiro bispo, Dom Justino José de Sant’Ana, que governou a Igreja juiz-forana durante 33 anos.

Foto ao lado: Dom Silvério Gomes Pimenta

Colaboração:

Helaine Gomes e Mabel Salgado

Santo Antônio, presente no início de tudo

Bastante popular no Brasil e em Portugal, Santo Antônio é, oficialmente, padroeiro de Juiz de Fora desde 1850, quando foi criada a Vila de Santo Antônio do Paraibuna. Mas você sabia que a devoção ao santo teve início muito antes em nossa região, há mais de 280 anos?

Tudo começou em 1741, quando o espanhol Antônio Vidal, proprietário da Fazenda do Juiz de Fora, pediu autorização para construir uma capela em honra ao seu santo onomástico. A casa em que ele residia com a esposa e os sete filhos ficava na margem esquerda do Rio Paraibuna, nos arredores do atual Colégio dos Santos Anjos e bem próxima a ela foi construída a primeira Capela de Santo Antônio.

No princípio do século XIX, os filhos de Antônio Vidal venderam a fazenda e outras terras ao Tenente Antônio Dias Tostes. Mas a pequena igreja erguida por Vidal tinha quase cem anos e não estava em boas condições. Por isso, em 1821, Tostes obteve autorização do bispo de Mariana para reconstruir a capela em um novo lugar. Também dedicada a Santo Antônio, a segunda capelinha foi edificada no local conhecido como Boiada (atual Bairro Santo Antônio).

Nesta mesma localidade funciona hoje a Igreja Matriz da Paróquia Santo Antônio do Paraibuna, erigida por Dom Gil Antônio Moreira em 2011.

Reformado e ampliado em 2017, o templo recebeu, em sua fachada, a inscrição “Aqui nasceu Juiz de Fora”, porque ali se desenvolveu o povoado inicial da futura cidade.

Pouco tempo depois, em 1838, o engenheiro Henrique Halfeld abriu a Estrada Nova, para ligar a então capital mineira Ouro Preto a Simão Pereira, na divisa com a Província do Rio de Janeiro. Halfeld projetou a estrada à direita do Rio Paraibuna e na planície pantanosa traçou uma grande reta (atual Av. Rio Branco), na qual surgiu um outro núcleo urbano.

Em 1842, com a construção de casas e o aumento do número de moradores na nova povoação à beira da estrada de Halfeld, surgiu a necessidade de se ter uma capela, já que a da Boiada localizava-se do outro lado do Rio Paraibuna. Mais uma vez, o orago seria Santo Antônio. Com autorização do Bispo e do Presidente da Província, em 1844, já estava em construção a terceira Capela de Santo Antônio, exatamente no local em que hoje se encontra a Catedral Metropolitana.

Segundo a tradição popular, com o desenvolvimento do novo povoado de Juiz de Fora, a imagem do padroeiro Santo Antônio que ficava na capela da Boiada teria sido transferida para a igreja construída na reta da Estrada Nova. No entanto, a imagem “misteriosamente” teimava em reaparecer na velha ermida, como narrou em breve crônica o jornalista Lindolfo Gomes.

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A lenda do Morro da Boiada, em Juiz de Fora.

Lá no Morro da Boiada, onde era antigamente o arraial de Santo Antônio, que existia antes de se fundar Juiz de Fora, havia uma capelinha do santo e um cemitério.

Quando a população do Morro desprezou o local e veio cá para a vargem, onde está agora a cidade, trouxeram em procissão a imagem para o oratório do vigário, mas, qual! A imagem, voltou para a sua capelinha. Tornaram a trazer o santo, mas ele tornou a voltar. Era mesmo uma teima sem remédio. Santo Antônio da Boiada era milagroso deveras e o povo tinha com ele muita devoção! Valha-me, Santo Antônio da Boiada! — e estava logo tudo arranjado, desde que fosse para bem, que para mal não há santo que ajude (Gomes, 1948, p. 205).

A imagem é, no Catolicismo Popular, elemento central da devoção e, certamente, os fiéis que continuaram na margem esquerda do Rio Paraibuna não desejavam abrir mão do símbolo. Santo Antônio ficou, assim, imortalizado na memória da cultura religiosa juiz-forana, até fixar, de forma definitiva, morada no novo oratório.

*Colaboração: Rita Couto

Por ocasião da festa dos 90 anos da Diocese de Juiz de Fora, em 2014, esta imagem - a primeira de Santo Antônio venerada em terras juiz-foranas - foi restaurada e reentronizada na Catedral Metropolitana no dia 31 de janeiro daquele ano. Atualmente, ela ocupa o lugar central do altar-mor.

De Matriz para Catedral: três projetos e uma grande reforma

Em 31 de maio de 1850, em virtude dos artigos 7º e 8º da Lei nº 472, a sede da Freguesia Nossa Senhora da Glória foi transferida de Simão Pereira para a Capela de Santo Antônio do Juiz de Fora, que se tornava a matriz. A povoação, que crescia expressivamente, foi elevada à categoria de vila, com o nome de Santo Antônio do Paraibuna. Em 1856, o povoado foi elevado à cidade e sua denominação foi alterada para Cidade do Paraibuna. Somente em 1865 a localidade receberia oficialmente o nome de Juiz de Fora.

Por que “Juiz de Fora”?

Durante 200 anos, desde a descoberta do Brasil, a região que hoje conhecemos como Minas Gerais foi habitada quase exclusivamente por nativos e as diversas incursões feitas pelos portugueses e seus descendentes visavam não o povoamento local, mas sim a busca de riquezas minerais e a escravização dos indígenas. Somente em maio de 1698 foi proposto um novo caminho para as minas, com acesso direto a partir do Rio de Janeiro. Garcia Rodrigues Paes foi o responsável pela abertura da nova via, que recebeu o nome de Caminho Novo.

Apesar de ter encurtado o tempo de viagem do Rio de Janeiro até as minas, levava-se em média de 20 a 30 dias no trajeto e por isso era necessário pernoitar e obter alimentos para a subsistência ao longo do percurso. Assim, a coroa portuguesa concedeu sesmarias ao longo de todo o caminho. Desse modo, as terras seriam povoadas e cultivadas.

Em 1713, Luís Fortes Bustamante e Sá tornou-se proprietário da sesmaria onde, anos depois, surgiria a cidade de Juiz de Fora. Ele era português e exercia o cargo de juiz de fora na Cidade do Rio de Janeiro; por esse motivo, suas terras no Caminho Novo passaram a ser conhecidas como Fazenda (ou Roça) do Juiz de Fora, em clara referência à profissão do proprietário e à provável forma como os viajantes e os moradores locais o chamavam.

Com a criação da Diocese de Juiz de Fora, em 1924, além dos recursos para a manutenção da nova diocese e da residência episcopal, outro ponto importante para a instalação era providenciar a catedral. Segundo Francisco Maximiano de Oliveira, em seu livro “Sinais da Igreja no Juiz de Fora” (1978), as reformas, iniciadas já em abril daquele ano, incluíram a instalação de um novo piso, a ampliação do presbitério, nova pintura e púlpitos com as imagens em relevo dos Evangelistas, além de renovadas instalações elétricas, com lustres de cristal.

A partir de 1940, houve um esforço diocesano a favor de uma nova Catedral e o grupo se dividiu em duas vertentes: uma parcela dos fiéis defendia a construção de uma nova igreja no mesmo local (depois de demolida a existente) e o outro grupo era a favor de se fazer um outro templo, inteiramente novo e em lugar diferente - a ideia é que fosse no atual Largo do Riachuelo, preservando a antiga Matriz, como um marco histórico.

No princípio de 1941 o arquiteto italiano Luiz Fossati apresentou uma ilustração da nova Catedral com traços neogóticos, mas a população juiz-forana não acolheu muito bem a ideia. O mesmo aconteceu com a segunda proposta, feita pouco depois pelo francês Henri Sajous, que delineou uma igreja no estilo Art Déco com o uso de concreto armado. Somente em novembro de 1946 foi decidido que o templo seria remodelado, isto é, que ganharia nova forma, mantendo alguns elementos originais da antiga matriz. Para isso, Dom Justino José de Sant’Ana, bispo de Juiz de Fora, contratou os serviços do arquiteto alemão Carlos Freckmann, especializado em arquitetura religiosa. Em 1947, foi apresentado o projeto completo da nova Catedral, no qual estavam previstas, além da grande cúpula, duas naves laterais e uma transversal. Da antiga matriz, foi preservada a fachada principal, com a rosácea de vidros coloridos e as duas torres, construídas em 1851.

Mais tarde, com a elevação da Igreja de Juiz de Fora para a condição de Arquidiocese, através da Bula Pontifícia “Qui Tanquam Petrus” do Papa João XXIII, em 14 de abril de 1962, a antiga Matriz de Santo Antônio foi alçada à dignidade de Catedral Metropolitana.

Em 12 de junho de 1988, véspera da festa do padroeiro Santo Antônio, foi celebrada a dedicação do templo, feita por Dom Juvenal Roriz, 3º Bispo e 2º Arcebispo de Juiz de Fora.

Reformas recentes

Por iniciativa de Dom Gil Antônio Moreira, foram executadas diversas obras de melhoria na Catedral de Santo Antônio. Inauguradas em 2014, por ocasião dos 90 anos de criação da Diocese de Juiz de Fora, as benfeitorias incluíram novo piso, as capelas do Santíssimo Sacramento e da Ressurreição, as novas sacristias e a modernização do sistema de sonorização. Além disso, foram feitas adaptações no presbitério, atendendo às orientações do Concílio Vaticano II e respeitando os elementos históricos e artísticos.

As pinturas da cúpula foram inauguradas na Páscoa de 2015, obra do artista pouso-alegrense, Roberto José Pereira. Elas retratam a Assunção de Nossa Senhora e três momentos da vida de Santo Antônio: na sua ida para o céu, sendo acolhido por Jesus; na pregação aos peixes; e na passagem em que o asno se curva diante do Santíssimo Sacramento. Ao quadro referente à Sagrada Eucaristia foram somadas as figuras dos Pastores Arquidiocesanos, simbolizando a atualidade da contemplação do Mistério Eucarístico.

Por fim, entre agosto de 2016 e março de 2020, foram executados os serviços de recuperação das pinturas parietais artísticas. Após prospecção e análise, nas paredes laterais e nas colunas da Catedral foram localizados elementos ornamentais artísticos que estavam encobertos por camadas de tinta na cor cinza claro. Sendo assim, o interior da igreja foi pintado com cores e tons correspondentes aos originais.

*Colaboração: Rita Couto

*Informações retiradas do Livro “100 anos da Diocese de Juiz de Fora”

Bispos

Dom Justino José de Sant’Ana

“O Senhor é a minha fortaleza”

- Baiano de Aramary

- Nasceu em 12/12/1878

- Ordenado sacerdote em 01/11/1904

- Eleito Bispo de Juiz de Fora em 04/07/1924

- Sagrado bispo em 20/01/1925

- Empossado em Juiz de Fora em 01/02/1925

- Faleceu em 09/06/1958, e seus restos mortais encontram-se na Capela da Ressurreição da Catedral

Principais realizações

- Fundou o Seminário Diocesano e o jornal O Lampadário em 01/03/1926;

- Durante seu episcopado, a Catedral foi reformada e ampliada;

- Fundou o Patronato São José;

- Convocou dois Congressos Eucarísticos Diocesanos, em 1939 e 1950;

- Ordenou 48 sacerdotes em Juiz de Fora, entre eles: Altivo Pacheco Ribeiro, que viria a ser Bispo da Diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda (RJ), Bispo de Araçuaí (MG) e Vigário Geral e Administrador Arquidiocesano em Juiz de Fora; José Eugênio Corrêa, que foi Bispo de Caratinga (MG); Vicente de Paulo Penido Burnier, o primeiro padre surdo da América Latina e do Brasil.

Dom Geraldo Maria de Morais Penido

“Na Tua luz”

- Mineiro de Rio Manso

- Nasceu em 06/09/1918

- Ordenado sacerdote em 04/04/1942

- Sagrado bispo em 11/05/1956

- Eleito Bispo Coadjutor de Juiz de Fora em 30/11/1957

- Assumiu a Diocese após a morte de Dom Justino, em 09/06/1958

- Com a elevação da Diocese à categoria de arqui diocese, foi o primeiro Arcebispo Metropolitano

- Empossado como Arcebispo em 06/09/1962, quando aconteceu a instalação canônica da nova Província Eclesiástica

- Foi transferido para a Arquidiocese de Aparecida (SP), onde foi empossado em 01/09/1977

- Faleceu em 15/11/2002, em Aparecida (SP)

Principais realizações

- Instituiu o Secretariado Arquidiocesano de Pastoral;

- Promoveu a restauração do prédio do Seminário Arquidiocesano Santo Antônio;

- Realizou o primeiro Congresso Catequético Diocesano;

- Inaugurou a Gruta Nossa Senhora Aparecida, construída na Praça Dom Justino, em frente à Catedral;

- Presidiu a primeira missa televisionada dentro da Arquidiocese de Juiz de Fora, em 1964;

- Instalou a Ação Social Diocesana (ASD), que se tornaria a Ação Social Arquidiocesana (ASA);

- Ordenou 24 sacerdotes em Juiz de Fora, entre eles: Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, atual Arcebispo Emérito de Sorocaba; Dom Eurico dos Santos Veloso, que foi Bispo Auxiliar e Arcebispo de Juiz de Fora, além de Bispo da Diocese de Luz; Dom Walmor Oliveira de Azevedo, atual Arcebispo de Belo Horizonte.

Dom Juvenal Roriz

“Graça

e Paz”

- Goiano de Goiás

(como era chamada a antiga capital do estado)

- Nasceu em 12/10/1920

- Ordenado sacerdote em 28/06/1946

na Congregação do Santíssimo Redentor

- Sagrado bispo em 11/10/1967

- Empossado em Juiz de Fora em 20/08/1978

- Renunciou à Arquidiocese de Juiz de Fora em 07/02/1990, em razão de problemas de saúde

- Faleceu em 13/12/1994, em Goiás

Principais realizações

- Deu maior espaço e organização à Cúria Metropolitana;

- Criou o Fraterno Auxílio Sacerdotal (FAS);

- Incentivou a construção e inaugurou o Lar Sacerdotal, que passou a sediar também o palácio episcopal;

- Ordenou Antônio Pereira Gaio, primeiro diácono permanente da Arquidiocese de Juiz de Fora;

- Ordenou 14 padres na Arquidiocese de Juiz de Fora.

Dom Clóvis Frainer

“Enviou-me para Evangelizar”

- Gaúcho de Veranópolis

- Nasceu em 23/03/1931

- Ordenado sacerdote em 27/03/1955

na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos

- Eleito bispo em janeiro de 1978

- Empossado em Juiz de Fora em 15/08/1991

- Renunciou à Arquidiocese de Juiz de Fora em 28/11/2001, por motivos de idade

- Faleceu em 04/04/2017, em Caxias do Sul (RS)

Principais realizações

- Realizou grandes concentrações celebrativas e evangelizadoras, como o Mutirão Evangelizador, em preparação para o Ano Jubilar de 2000;

- Criou o periódico “Evangelização e Vida”;

- Promoveu a construção da atual capela do Seminário Santo Antônio;

- Ordenou 25 padres na Arquidiocese de Juiz de Fora, entre eles:

Dom João Justino de Medeiros Silva, atual Arcebispo de Goiânia (GO) e primeiro vice-presidente da CNBB;

Dom Roberto José da Silva, atual Bispo de Janaúba (MG).

Dom Eurico dos Santos Veloso

“Evangelizar os Povos”

- Mineiro de Sarandira, distrito de Juiz de Fora

- Nasceu em 13/04/1933

- Ordenado sacerdote em 22/09/1962

- Sagrado bispo em 04/06/1987

- Nomeado Arcebispo de Juiz de Fora em 28/11/2001, assumindo em fevereiro de 2002

- Renunciou à Arquidiocese de Juiz de Fora em 28/01/2009, por motivos de idade

- Faleceu em 30/09/2023, em Juiz de Fora

Principais realizações

- Criou o Tribunal Eclesiástico da Arquidiocese de Juiz de Fora;

- Participou da instalação da Rádio Catedral FM 102,3;

- Foi o grande responsável pelo início da Escola Diaconal, ordenando a primeira turma de diáconos permanentes da Arquidiocese de Juiz de Fora;

- Ordenou 37 padres na Arquidiocese de Juiz de Fora.

Antônio Moreira O Bispo do Centenário

“Senhor, sabes que Te amo”

- Mineiro de Itapecerica

- Nasceu em 09/10/1950

- Ordenado sacerdote em 18/12/1976

- Sagrado bispo em 16/10/1999

- Empossado em Juiz de Fora em 28/03/2009

Principais realizações

- Realizou dois Sínodos Arquidiocesanos, a partir dos quais foram criados vicariatos e diaconias;

- Fundou o Jornal Folha Missionária;

- Criou a WebTV A Voz Católica;

- Promoveu a construção e inaugurou o Edifício ‘Christus Lumen Gentium’ (Colina da Fé) - Centro Arquidiocesano Administrativo‐Pastoral;

- Criou, juntamente com Letícia Pereira, o projeto Jovens Missionários Continentais;

- Implementou e ampliou a parceria do Projeto Igrejas-Irmãs com a Diocese de Óbidos (PA);

- Convocou o III Congresso Eucarístico Arquidiocesano;

- Reformou e restaurou a Catedral de Juiz de Fora;

- Reformou e ampliou o Ceflã;

- Ordenou 37 padres e 39 diáconos permanentes, até o momento.

Bispos Auxiliares

Dom Othon Motta

“Nos vínculos da Caridade”

- Carioca

- Nasceu em 12/05/1913

- Ordenado sacerdote em 12/01/1936

- Nomeado Bispo Auxiliar de Juiz de Fora em 10/03/1953

- Sagrado bispo em 24/05/1953

- Foi Bispo Auxiliar de Dom Justino José de Sant’Ana até janeiro de 1956, quando foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro

- Faleceu em 04/01/1985

- Encontra-se, desde 2016, em processo de beatificação, tendo recebido o título de “Servo de Deus” pela Congregação para a Causa dos Santos. O processo é de responsabilidade da Diocese da Campanha (MG)

Dom Paulo Francisco Machado

“Para Cristo e para a Igreja”

- É fluminense de Magé

- Nasceu em 13/10/1952

- Ordenado sacerdote em 11/12/1977

- Nomeado Bispo Auxiliar de Juiz de Fora em 12/05/2004

- Sagrado bispo em 25/07/2004

- Foi Bispo Auxiliar de Dom Eurico dos Santos Veloso até janeiro de 2008, quando foi nomeado Bispo da Diocese de Uberlândia (MG), onde ainda exerce o ministério episcopal.

*Colaboração: Helaine Gomes e Padre Luis Antônio Baldi Fávero

Seminário Santo Antônio

Prestes a completar cem anos, o Seminário Santo Antônio é, sem dúvidas, um importante marco na história centenária de nossa Igreja Particular. Enquanto sementeira no coração da Igreja, ele representa, desde a sua fundação, o espaço para a educação na fé mais significativo da Arquidiocese de Juiz de Fora, sendo responsável pela formação de ministros ordenados e leigos segundo o coração de Jesus Cristo, o Bom Pastor.

Instalado no dia 1º de março de 1926 por iniciativa de nosso primeiro Bispo, Dom Justino José de Sant’Ana, a casa de formação inicialmente funcionou em um edifício na parte alta da Rua Halfeld, próximo à Academia de Comércio. Alguns meses depois, tendo a diocese adquirido a antiga chácara do Barão de Aquino, no final da Av. Rio Branco, o Seminário Menor foi para lá transferido. No ano seguinte, foi a vez de os seminaristas mais velhos chegarem ao local, onde funciona, até os dias atuais, o Seminário Santo Antônio.

Por quase quatro décadas, entre 1930 e 1969, os alunos que cursavam Teologia e Filosofia foram enviados para o Seminário São José, na Arquidiocese de Mariana. Em 1969, o Seminário Santo Antônio retomou a caminhada formativa enquanto Seminário Maior, voltando a acolher os seus seminaristas de Filosofia, enquanto em 1971 é recriado o curso de Teologia. A partir daí, o local passa a receber aspirantes ao sacerdócio oriundos de outras dioceses e de congregações religiosas em ambos os cursos.

O espaço acadêmico do Seminário

Santo Antônio acolhe, hoje, um número expressivo de alunos: além dos seminaristas da Arquidiocese de Juiz de Fora e das dioceses de São João del-Rei, Leopoldina e Valença, quatro congregações religiosas e uma nova comunidade frequentam a casa de formação juiz-forana em prol do fortalecimento formativo nos campos filosófico e teológico de seus vocacionados. A esses aspirantes ao sacerdócio, somam-se os leigos católicos e de outras denominações cristãs.

Além de funcionar como Seminário Maior, o Seminário Arquidiocesano Santo Antônio acolhia seminaristas para cursar o Ensino Médio, o chamado Colegial. No final de 1982, encerrou-se esse serviço, enquanto o acolhimento de vocações que não tinham concluído o ensino fundamental permaneceu até 1989. Outro marco na formação foi a instalação da Escola de Teologia e Pastoral para leigos no ano de 1982, com expressiva adesão e participação do laicato arquidiocesano durante seus 20 anos de funcionamento.

Também cabe lembrar que, entre os anos 2001 e 2003, funcionou, na Paróquia São Sebastião, no Bairro Barreira do Triunfo, em Juiz de Fora, o Seminário São Pedro, voltado para as vocações adultas. Embora funcionasse em outro espaço, os vocacionados estudavam no Seminário Santo Antônio, criando, assim, uma unidade entre as casas formativas.

Em 3 de fevereiro de 2012, foi reaberto o Seminário Menor, que acolhia vocacionados jovens que ainda não haviam concluído os estudos no Ensino Médio. Intitulado Bento XVI, ele inicialmente funcionou na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, no Bairro Benfica, sendo transferido em 2016 para o Instituto Padre João Emílio. Suas atividades foram pausadas no final de 2017.

Caminho formativo e seu itinerário pedagógico no Seminário Santo Antônio:

DIVES (Discernimento Vocacional Específico):

modalidade de encontros vocacionais que tem o objetivo de proporcionar ao candidato uma reflexão verdadeira e profunda sobre o seu chamado. Os encontros acontecem ao longo de um ano e são caracterizados por diálogos, momentos de oração e acompanhamento psicológico, que servem de parâmetros para a admissão do candidato.

Propedêutico:

ao ingressar no Seminário, o vocacionado é acolhido no Propedêutico, etapa inicial que visa à inserção na dinâmica formativa, através da complementação e do aprofundamento do processo mistagógico de Iniciação à Vida Cristã. É caracterizado por um maior acompanhamento na parte espiritual e intelectual, bem como no campo humano-afetivo.

Filosofia (Discipulado):

momento em que o próprio seminarista é chamado a aprofundar e amadurecer a sua decisão vocacional, através dos estudos filosóficos. É uma etapa que tem duração de quatro anos; o vocacionado será preparado através da convivência com seu formador e demais seminaristas para o ingresso na Teologia.

Teologia (Configuração):

última etapa do processo formativo, tendo em vista a ordenação, na qual os estudos sinalizam todos os esforços para a configuração do presbítero como pastor. Nesta etapa, o seminarista é chamado a investir toda a sua formação na área espiritual, amadurecendo sua inteligência na fé e exercendo seu trabalho pastoral de maneira mais ativa em função do futuro ministério.

Celeiro de vocações

O Seminário Santo Antônio é conhecido por ter formado muitos padres que foram chamados a exercer, na Igreja do Brasil, o múnus episcopal. Até hoje, foram dez:

Formação para Diáconos

Permanentes

A Arquidiocese de Juiz de Fora, em sua missão evangelizadora, servidora e incentivadora da renovação humana, cristã e social, criou a Escola de Formação para Diáconos Permanentes Santo Estevão. Nesse contexto, foi confiada ao Seminário Santo Antônio a preparação dos leigos para o ministério diaconal.

Ano de nomeação Bispo

1957

1963

1978

1987

1998

1998

2008

2011

2019

2021

Dom José Eugênio Corrêa

Dom Altivo Pacheco Ribeiro

Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo

Dom Eurico dos Santos Veloso

Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues

Dom José Moreira da Silva

Dom João Justino de Medeiros Silva

Dom Roberto José da Silva

Dom Dirceu de Oliveira Medeiros

A primeira turma foi instruída entre os anos de 2000 e 2005, com a ordenação de 13 diáconos em 29 de maio de 2005; a segunda turma aconteceu de 2007 a 2011, com a ordenação de 12 diáconos em 29 de maio de 2011; na terceira turma, cuja formação foi realizada de 2015 a 2019, foram ordenados 25 diáconos permanentes no dia 8 de dezembro de 2019. Em setembro de 2024, teve início a quarta turma de candidatos ao Diaconato Permanente de nossa Igreja Particular.

*Informações retiradas do Livro “100 anos da Diocese de Juiz de Fora”

Caridade, essência da Igreja

Ocuidado para com os mais pobres e necessitados sempre foi uma preocupação fundamental da Igreja Católica, que até hoje é reconhecida como a maior instituição caritativa do mundo. Não diferente desta realidade, a Diocese de Juiz de Fora, desde a sua fundação, busca amenizar o sofrimento dos mais desvalidos por intermédio de ações que podem ser percebidas nos diversos setores da sociedade.

Nas décadas anteriores à criação da diocese, Juiz de Fora já contava com uma gama de movimentos e associações católicas formadas por leigos que atuavam direta ou indiretamente no viés social. Um exemplo é a primeira irmandade religiosa da cidade: a Irmandade Nosso Senhor dos Passos, atual mantenedora da Santa Casa de Misericórdia, cujo estatuto foi aprovado por autoridades civis e eclesiásticas em 1855. Seu objetivo, além da propagação da fé católica, era o socorro aos mais pobres e doentes da vila; para tanto, foi construída a Casa da Caridade.

Patronato Agrícola de São José

Após a criação da Diocese de Juiz de Fora, uma das grandes obras sociais erigidas por Dom Justino José de Sant’Ana durante o seu bispado foi o Patronato de São José. A instituição, construída na chácara anexa ao Seminário Diocesano Santo Antônio e inaugurada no dia 19 de março de 1933, era voltada para a acolhida, educação e formação de crianças do sexo masculino abandonadas.

A obra chegou a atender 120 meninos, sendo liderada pelas Irmãs de São Vicente de Paulo por muitos anos. Em meados de 1959, a obra foi transferida para o Abrigo Profissional Dom Bosco, atual Casa da Congregação dos Padres da Divina Providência (Orionitas). Em 1960, no local onde o Patronato estava instalado, começou a funcionar a Ação Social Diocesana.

Foto: Arquivo Público Mineiro

Sociedade de São

Vicente de Paulo (SSVP)

Também merece destaque a Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP), que desempenha um papel fundamental no trabalho caritativo no território arquidiocesano até os dias atuais. Em Juiz de Fora, a primeira conferência vicentina, dedicada a Santo Antônio, foi fundada em 15 de março de 1894. A partir daí o movimento disseminou-se na cidade e região rapidamente: em 1925, já eram 16 conferências vinculadas ao Conselho Particular de Juiz de Fora.

O grupo mantinha casas que abrigavam famílias, uma escola noturna, rouparia para os pobres e dormitório para quem não tinha teto, e também fazia visitas e dava assistência aos encarcerados. Outra obra de valor significativo idealizada pelos vicentinos foi a associação “Pão de Santo Antônio”, que objetivava a doação de alimentos e agasalhos aos necessitados.

Instituto Padre

João Emílio

Fundada em 1896, em Juiz de Fora, pelo Padre João Emílio Ferreira da Silva, a instituição iniciou as atividades como um asilo para atender idosos, mendigos e desamparados, a fim de proporcionar-lhes abrigo e sustento. Afetado por grave enfermidade, em 1901 o sacerdote doou o estabelecimento a Dom Silvério Gomes Pimenta, então bispo de Mariana, diocese à qual pertencia Juiz de Fora.

Este, por sua vez, transferiu a obra para a responsabilidade das irmãs da Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, que já realizavam trabalhos sociais em cidades do Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo. De asilo, o local passou a ser chamado de Instituto Padre João Emílio, passando a atender mulheres e crianças em situação de risco social e abandono, oferecendo moradia, alimentação, educação e reinserção social. A partir de 1990, as crianças atendidas passaram a receber também reforço escolar e a participar de atividades lúdicas, dando início ao projeto “Comunidade esperança”.

Há 130 anos, a presença dos vicentinos na Arquidiocese de Juiz de Fora é ininterrupta. Atualmente, a Sociedade de São Vicente de Paulo está organizada em nove Conselhos Centrais vinculados ao Conselho Metropolitano de Juiz de Fora, 68 Conselhos Particulares e 378 Conferências, abrangendo mais cinco cidades da região. São, ao todo, 3.102 vicentinos trabalhando em prol de 1.832 famílias, totalizando 5.188 pessoas em situação de vulnerabilidade social, além de nove lares para idosos.

Em 30 de setembro de 2015, a Congregação das Irmãs do Bom Pastor devolveu o patrimônio e a administração do Instituto Padre João Emílio à Arquidiocese de Juiz de Fora, que, desde então, dá continuidade ao projeto herdado das religiosas. Atualmente, são beneficiadas pelo projeto quase 200 crianças, de 6 a 11 anos de idade, oriundas de diversos bairros de Juiz de Fora com três projetos: Projeto Esperança, projeto de formação musical e também de alfabetização de adultos.

Santa Casa de Misericórdia

Uma das mais antigas instituições da cidade de Juiz de Fora foi fundada em 1854 pelo Sr. José Antônio da Silva Pinto e sua esposa, Maria José Miquelina da Silva, casal de bons fiéis católicos que mereceram, mais tarde, os títulos de Barão e Baronesa de Bertioga, por nomeação do Imperador Dom Pedro II. A instituição com sua Irmandade de Nosso Senhor dos Passos foi ereta canonicamente por Dom Antônio Ferreira Viçoso, Bispo de Mariana, à qual pertencia nossa região. Em 1897, sob a autoridade diocesana de Dom Silvério Gomes Pimenta, passou por uma reorganização conduzida pela Mesa Administrativa.

Ação Social Arquidiocesana (ASA)

A criação da Ação Social Diocesana foi motivada por Dom Geraldo Maria de Moraes Penido, segundo bispo diocesano e primeiro arcebispo, inspirado por uma iniciativa semelhante da Arquidiocese de Belo Horizonte. Fundada em 13 de maio de 1960, sua finalidade era o amparo moral, técnico, religioso e financeiro no território da Diocese de Juiz de Fora.

Dentre os trabalhos realizados, destacam-se a arrecadação de alimentos em prol de pessoas em situação de desnutrição, a fundação e a manutenção de maternidades na zona rural, de unidades volantes de assistência médica e den-

‘ ‘
Todas as vezes que fizestes isso a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes”

(Mt 25, 40)

Como mencionado anteriormente, a primeira Irmandade da cidade tinha como objetivo prestar assistência aos doentes pobres, oferecendo socorro gratuito. Nos arquivos da instituição médica encontram-se documentos que comprovam esse compromisso, descrito como: “promover o culto religioso e socorrer os irmãos pobres”. O fundador e primeiro Provedor foi o próprio Barão de Bertioga. Desde então, a Santa Casa manteve esse propósito e, em 2024, lançou o projeto “Fé, Fraternidade e Saúde” com o mesmo objetivo. Atualmente, a Santa Casa é o maior hospital da região, sendo uma referência em atendimento. A Irmandade Nosso Senhor dos Passos continua se reunindo periodicamente sob a direção de seu Provedor, com o Arcebispo de Juiz de Fora atuando como Diretor Ex-Officio e membro do Conselho Administrativo, participando das reuniões por meio de seu legítimo representante.

tária e de orientação profissional, além do estímulo à fundação e ao amparo de obras assistenciais em geral. A ASD também foi a responsável pela criação do Dormitório São Vicente de Paulo, para atendimento aos desabrigados, e pela agência de empregos para domésticas que funcionava em parceria com a faculdade de Serviço Social de Juiz de Fora. Depois de 14 de abril de 1962, com a elevação da diocese à condição de arquidiocese, a obra passou a ser denominada ASA (Ação Social Arquidiocesana). Naquele ano, foi criada uma Obra Social de Recuperação que tinha o objetivo de dar auxílio caritativo às prostitutas de Juiz de Fora e seus filhos. A chamada “Obra de Assistência Nossa Senhora Aparecida” funcionava em uma casa na Rua Henrique Vaz e oferecia leite para as crianças, assistência médica, orientação, alfabetização de adultos e curso de capacitação profissional de corte e de costura. Em outro local, a obra fundou uma creche, que recebeu o nome de Lar Santa Cruz, destinada ao recolhimento das crianças.

O encerramento das atividades da Ação Social Arquidiocesana ocorreu em meados de 1978, a pedido da própria diretoria, devido à falta de recursos para a manutenção das atividades. No local onde estava instalada, iniciou-se em 1980 a construção do Lar Sacerdotal Mater Christi, obra social que, até hoje, tem o objetivo de acolher os padres eméritos, doentes ou necessitados da arquidiocese. Tendo a ASA encerrado as atividades, os trabalhos sociais passaram a ser liderados pelas paróquias e congregações religiosas.

*Informações retiradas do Livro “100 anos da Diocese de Juiz de Fora”

Depoimentos

AIgreja de Juiz de Fora está edificada sobre muitas pedras. A principal delas, claro, é Jesus Cristo, além de seus apóstolos, os profetas e aqueles que foram escolhidos, até aqui, para conduzir esta parcela do rebanho do Senhor.

Sem dúvidas, essa história centenária vem

Pe. Augusto Antônio da Silva,

89 anos de idade e 59 de sacerdócio

Eu sou orionita, da Congregação da Pequena Obra da Divina Providência, e fui muito bem acolhido na Arquidiocese de Juiz de Fora. Para mim, a união do nosso Clero é a principal marca da história da Diocese. Isso é muito importante, porque o clero estando unido, os projetos se realizam com mais tranquilidade, o bispo se sente mais livre também. Essa certeza de que o bispo é aceito, ouvido, traduzido em ações concretas é uma realidade muito grande. Minha mensagem para este centenário é manter essa unidade entre nós, em um clima tranquilo e sereno, de muito apaziguamento.

sendo escrita a muitas mãos, por homens e mulheres que deram o seu ‘sim’ ao chamado do Bom Pastor. E também por instituições que atravessam décadas neste redil, ajudando a formar o passado, o presente e o futuro desta Igreja Particular.

Pe. Luiz Alberto Duque Lima,

89 anos de idade e 64 de sacerdócio

Eu entrei para o Seminário, em Juiz de Fora, em 1952. Sou um dos padres mais idosos. Estou muito satisfeito porque o padre tem um poder que não foi dado aos anjos. A melhor vocação para alguém é a vocação ao sacerdócio, porque servir a Deus é reinar. E o maior presente que Deus pode dar a uma família é um filho sacerdote. É bom comemorar esse centenário porque é uma data festiva importante, sobretudo agradecendo a Deus as vitórias que obtivemos nesse tempo e os bispos que por aqui passaram. Servir a Deus é muito importante. A Diocese está de parabéns!

Pe. Tarcísio

Mariano Lopes,

85 anos de idade e 59 de sacerdócio

O marco mais expressivo da história de nossa Igreja é o compromisso com o Sínodo Arquidiocesano, estabelecido por Dom Gil Antônio Moreira. Nessa trajetória diocesana, a lembrança mais marcante que trago na memória foi quando me nomearam Vigário Cooperador na Paróquia São Mateus, quando me deu posse o Monsenhor Falabella. A minha mensagem para este jubileu é sempre de otimismo. Não se pode parar no meio do caminho! É preciso fazer da Igreja de Juiz de Fora, como foi no passado e agora presente, mais atuante do que nunca.

Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues,

Arcebispo Emérito de Sorocaba (SP), 83 anos de idade e 59 de sacerdócio

Para mim, celebrar esse centenário é um motivo de grande alegria e ação de graças a Deus por poder viver esse momento com Dom Gil e todo o Clero Diocesano. Nós damos graças a Deus por essa história tão bonita, pedimos perdão pelas nossas faltas, rezamos por aqueles que nos precederam (bispos, padres e leigos) e pedimos a Deus que os próximos cem anos sejam ainda mais gloriosos e frutuosos que os cem que vieram antes.

A mensagem que deixo a todos os padres e leigos, que têm consciência de serem filhos nesta Igreja de Juiz de Fora, é de louvor. Que todos nós agradeçamos a Deus e demos glória a Ele por termos essa Igreja viva, na qual fomos batizados e vivemos. Que todos nós possamos assumir o compromisso de ser Igreja nesta Igreja de Juiz de Fora, sabendo que somos responsáveis pela comunicação e transmissão da fé a todos que vivem nesse território.

Em comunhão com o Arcebispo Dom Gil, que todo o clero e os leigos possam trazer essa convicção no coração: nós somos os missionários que devemos passar para as novas gerações o Evangelho, a fé cristã e, ao mesmo tempo, dar um testemunho de vida que possa cativar e despertar nas pessoas o desejo de viver e ser a Igreja de Juiz de Fora, uma Igreja em comunhão, uma Igreja Missionária, sempre atenta aos sinais dos tempos, procurando responder aos desafios da história, semeando a Palavra e sendo instrumento da construção do Reino de Deus no nosso mundo.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte

A família arquidiocesana de Juiz de Fora, com a sua rede de comunidades e instituições, estrutura administrativa e pastoral, sintetiza o que a nossa Igreja Católica tem de belo e nobre: é uma escola do Evangelho, onde se aprende a amar e a servir, avançando sempre mais na compreensão dos mistérios da fé, com o indissociável cultivo do respeito à sacralidade da vida do semelhante.

Inscrita em uma região que condensa muitas expressões da mineiridade, a Arquidiocese de Juiz de Fora reúne o jeito simples e, ao mesmo tempo, marcantemente profundo, denso e tocante de viver a fé em Minas Gerais. Sou particularmente grato à Família Arquidiocesana de Juiz de Fora por sedimentar bases essenciais de meu ministério, desde os tempos em que fui seminarista do Seminário Arquidiocesano Santo Antônio, contemplando as minhas primeiras vivências como jovem sacerdote, há mais de 40 anos, nas primeiras comunidades que me acolheram, nas primeiras instâncias eclesiais que tive a oportunidade de servir.

Deus abençoe sempre a nossa amada Diocese de Juiz de Fora, vivendo seu centenário - Jubileu Jequitibá. Santo Antônio, Padroeiro da Arquidiocese, permaneça a inspirar e a iluminar o caminho daqueles que formam esta bonita família arquidiocesana: nosso irmão arcebispo dom Gil Antônio Moreira, padres, diáconos, religiosos e religiosas, consagrados e consagradas, leigos e leigas.

Dom João Justino de Medeiros Silva,

Arcebispo Metropolitano de Goiânia (GO) e primeiro vice-presidente da CNBB

Na celebração do Centenário da Diocese de Juiz de Fora, tenho a alegria de recordar as experiências mais fortes que vivi na Igreja que me gerou para a vida cristã. As lembranças mais fortes, eu as organizo, em três grupos: as lembranças da Paróquia Nossa Senhora do Líbano, comunidade onde residia minha família, quando eu nasci e onde eu fui batizado. Lembranças ligadas ao Seminário Arquidiocesano Santo Antônio, onde fui acolhido para a formação presbiteral, e lembranças do ministério pastoral exercido nas paróquias da arquidiocese. Por tudo, louvo e agradeço a Deus, na esperança de que o Senhor continue fazendo da Igreja de Juiz de Fora um lugar onde brotam muitas vocações, dos leigos e leigas, dos consagrados e consagradas, das famílias e do ministério ordenado.

Pe. Denzil Crasta, SVD

Província Brasil Norte da Congregação do Verbo Divino

Com imensa alegria, em nome da Congregação do Verbo Divino, quero parabenizar a Arquidiocese de Juiz de Fora por seu centenário. Nós nos unimos ao Senhor Arcebispo, Dom Gil Antônio Moreira, ao clero arquidiocesano e ao povo para bendizer a Deus por estes cem anos de evangelização.

Gostaria de recordar a acolhida que nós, verbitas, recebemos nessa Arquidiocese e a oportunidade que aí temos de anunciar Cristo, principalmente nas áreas de educação, pastoral, música e comunicação. Com sentimento de gratidão, peço ao Deus Uno e Trino que continue abençoando essa querida Arquidiocese em sua missão.

Ir. Terezinha

Alves Cardoso

Congregação das Irmãs de Santa Catarina

Padre João Emílio e Dom Silvério Gomes Pimenta, segundo Arcebispo de Mariana, pediram a presença das Irmãs de Santa Catarina no Asilo e Santa Casa de Juiz de Fora, e com as graças de Deus foram atendidos. Em 4 de janeiro de 1898 vieram as duas primeiras Irmãs para a fundação do Asilo - Irmãs Rosa Woywod e Crescência Bleise - e, assim, foi constituída a segunda Comunidade das Irmãs no Brasil.

A partir de 10 de janeiro de 1900, a congregação assumiu a instrução das crianças alemãs, fundando a escola, e mais tarde construiu o prédio onde atualmente funciona o Colégio Santa Catarina, cuja primeira parte foi inaugurada em 5 de fevereiro de 1909. Celebramos, em 2024, seus 115 anos de fundação e os 126 anos da presença e missão de nossas Irmãs em terras mineiras.

Com alegria e júbilo, celebramos esta aliança de amor esponsal com Jesus e seu Reino nesta Igreja - Diocese e depois Arquidiocese de Juiz de Fora - na celebração dos seus 100 anos. Somos muito gratas pela parceria e caminhada pastoral nesta Igreja particular, fonte de Fé e Comunhão, fundamentada em Jesus Cristo, nosso Mestre e Senhor, da qual muito bebemos. Louvamos a Deus pela existência e dinamicidade de nossa Arquidiocese, hoje dirigida pelo querido Pastor Dom Gil Antônio Moreira. Na pessoa de Dom Gil, fazemos memória dos outros bispos e arcebispos que passaram nesta querida arquidiocese, que também nos acolheram muito bem e possibilitaram a expansão do nosso Carisma e espiritualidade nesta cidade. Muitas foram as lutas e as alegrias vividas, e juntos continuaremos a escrever as histórias que sucedem. Que Santo Antônio, Santa Catarina de Alexandria e a Bem-aventurada Regina Protmann, nossa fundadora, continuem intercedendo por todos nós.

Pe. Vanderlei Santos de Sousa, C.Ss.R.,

Secretário-Executivo do 2º

Sínodo Arquidiocesano

Consócia Venina

Aparecida de Souza

Com muita alegria celebro, sob as bênçãos da Mãe Aparecida, o Centenário da Diocese de Juiz de Fora, que na pessoa do Arcebispo, Dom Gil Antônio Moreira, me acolheu muito bem em 2014, e onde fiquei por 9 anos como Pároco na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Vale da Floresta. Aí assumi algumas funções e, nelas, pude desenvolver um diálogo muito expressivo com diversos setores, aprofundando-me na vida desta Igreja e na experiência de evangelização que nela é desenvolvida.

Fizemos um caminho da Igreja que faz o propósito de ser constantemente promotora, incentivadora e formadora da unidade, da comunhão nos diversos setores e aspectos. Uma Igreja Sinodal. Considero um grande presente de Deus ter contribuído com a minha pequena parte nesse processo de escuta, de vivência em comunidade e de olhar atento para a realidade.

Luciana Marzullo Araujo

Coordenadora da Dimensão

Presidente do Conselho Metropolitano de Juiz de Fora (CMJF) da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP)

Iniciamos os passos neste solo Eucarístico, sendo Igreja missionária, há 130 anos. Nosso legado foi iniciado pela Conferência Santo Antônio, fundada em 15 de março de 1894 e que funciona até hoje, realizando sua missão de cuidar dos pequenos e cansados, dos sem voz e sem pão. Desde o início, caminhamos com a diocese como uma associação católica, sempre procurando estar ao lado dos nossos bispos pastores. Seguindo as orientações de uma Igreja peregrina, estivemos nas comunidades, favelas, vilas e becos, junto aos padres, cuidando dos pobres, vestindo-os de afeto e de pão material. Como Conselho Metropolitano, continuamos a evangelizar, cuidando dos migrantes de outros estados e países; investindo na promoção humana dos pobres, através de nossos projetos e visitas; acolhendo os encarcerados e os visitando; e também cuidando da população em situação de rua com o Projeto Banho Solidário Vicentino, modelo de missão para diversas (arqui)dioceses de nosso Brasil. Por fim, somos uma Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) orante, buscando força para evangelizamos os pobres na Eucaristia. Que venham mais cem anos de amor a Jesus sendo missionários vicentinos!

Missionária Colégio Stella Matutina

Com grande alegria, a Congregação Missionárias Servas do Espírito Santo parabeniza a Diocese de Juiz de Fora por 100 anos de caminhada pastoral, marcada pelo comprometimento com a evangelização e o cuidado com o povo de Deus. Ao longo dos anos, a Congregação tem tido a honra de colaborar de maneira estreita com a Diocese, participando de eventos pastorais e sociais, sempre unidas pelo propósito comum de difundir o Evangelho e de promover a dignidade humana. Essa relação, construída sobre os pilares da fé e da missão, tem fortalecido tanto a vida diocesana quanto o trabalho da Congregação. As reuniões e eventos conjuntos com a Diocese proporcionam ricas oportunidades de troca de experiências e planejamento de ações que favorecem a educação Católica em nossa cidade. A Diocese tem sido um importante apoio em nossa missão educativa, ajudando-nos a formar não apenas cidadãos conscientes, mas também cristãos comprometidos com os valores do Reino. Olhando para o futuro, esperamos continuar fortalecendo essa parceria, com a expectativa de novos projetos e iniciativas que unam ainda mais a Congregação das Irmãs Missionárias Servas do Espírito e a Diocese em torno do objetivo comum de promover a evangelização, a justiça social e a educação cristã em Juiz de Fora.

Nossas Igrejas

• S. Antonio de Juiz de Fora: atual Catedral Metropolitana

• N. S. da Glória: atual Paróquia Nossa Senhora da Glória, de Juiz de Fora

• S. Anna da Vargem Grande: atual Paróquia Sant’Ana, de Belmiro Braga

• S. Anna do Deserto: atual Paróquia Sant’Ana, de Santana do Deserto

• S. Anna do Pirapetinga: atualmente pertence à Diocese de Leopoldina

• N. S. da Assumpção de Chapéu d’Uvas: atual Paróquia Nossa Senhora da Assunção, de Paula Lima

• S. Antonio da Olaria: atual Paróquia Santo Antônio, de Olaria

• S. Antonio do Chiador: atual Paróquia Santo Antônio, de Chiador

• S. Antonio do Aventureiro: atualmente pertence à Diocese de Leopoldina

ABula Pontifícia “Ad Sacrosancti Apostolatus Officium”, do Papa Pio XI, que criou a Diocese de Juiz de Fora em 1º de fevereiro de 1924, lista as paróquias que passariam a fazer parte da nova Igreja Particular, após o desmembramento da Arquidiocese de Mariana. Eram 45, no total: algumas delas permanecem em nosso território, enquanto outras foram integradas a dioceses da região.

• S. Antonio da Providencia: atualmente pertence à Diocese de Leopoldina

• Bom Jesus do Bom Jardim: atual Paróquia Bom Jesus do Matozinhos, em Bom Jardim de Minas

• Bom Jesus do Rio Pardo: atualmente pertence à Diocese de Leopoldina

• S. Bárbara do Monte Verde: atual Paróquia Santa Bárbara, em Santa Bárbara do Monte Verde

• S. Barbara do Rio Novo: atual Paróquia Santa Bárbara, de Carlos Alves

• N. S. Conceiçao de Ibitipoca: atual Paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Conceição de Ibitipoca

• N. S. Conceiçao do Formoso: atual Paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Conceição do Formoso

• N. S. Conceiçao do Rio Novo: atual Paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Rio Novo

• N. S. das Dores de Taru-Assu: atual Paróquia Nossa Senhora das Dores, de Taruaçu

• N. S. das Dores do Parahybuna: atual Paróquia Nossa Senhora das Dores, de Dores do Paraibuna

• N. S. das Dores da União: atual Paróquia Nossa Senhora das Dores, de Bias Fortes

• N. S. das Dores de Lima Duarte: atual Paróquia Nossa Senhora das Dores, de Lima Duarte

• Espírito Santo de Guarará: atual Paróquia Divino Espírito Santo, de Guarará

• Espírito Santo de Piau: atual Paróquia Divino Espírito Santo, de Piau

• S. Francisco de Paula: atual Paróquia São Francisco de Paula, de Torreões

• S. José de Bicas: atual Paróquia São José, de Bicas

• S. João Nepomuceno: atual Paróquia São João Nepomuceno, de São João Nepomuceno

• S. José de Além Parahyba: atualmente pertence à Diocese de Leopoldina

• S. José de Rio Preto: atual Paróquia São José, de São José das Três Ilhas

• S. João da Serra: atual Paróquia São João Batista, de São João da Serra

• N. S. do Livramento da Ayriuoca: atual Paróquia Santuário Basílica Bom Jesus do Livramento, de Liberdade

• N. S. do Livramento de Sarandy: atual Paróquia Nossa Senhora do Livramento, de Sarandira

• S. Miguel de Palmyra: atual Paróquia Santuário São Miguel e Almas, de Santos Dumont

• Madre de Deus de Angustura: atualmente pertence à Diocese de Leopoldina

• N. S. das Mercês de Mar de Hespanha: atual Paróquia Santuário Nossa Senhora das Mercês, de Mar de Espanha

• N. S. do Porto do Turvo: atualmente pertence à Diocese de São João del-Rei

• Bom Jesus dos Passos do Rio Preto: atual Paróquia Nosso Senhor dos Passos, de Rio Preto

• S. Pedro de Alcantara: atual Paróquia Nossa Senhora da Glória, de Simão Pereira

• N. S. do Rosário da Bocaina: atual Paróquia Nossa Senhora do Rosário, de Bocaina de Minas

• S. Rita de Ibitipoca: atual Paróquia Santa Rita de Cássia, de Santa Rita de Ibitipoca

• S. Rita de Jacutinga: atual Paróquia Santa Rita de Cássia, de Santa Rita de Jacutinga

• N. S. do Rosário de Juiz de Fora: atual Paróquia Nossa Senhora do Rosário, Rosário de Minas, distrito de Juiz de Fora

• S. Sebastião do Barreado: atual Paróquia São Sebastião, de São Sebastião do Barreado

• S. Sebastião da Estrella: atualmente pertence à Diocese de Leopoldina

Uma paróquia foi esquecida e não foi citada na Bula de Criação da Diocese de Juiz de Fora: foi a Paróquia São Pedro Apóstolo, de Pequeri! A situação foi comunicada à Santa Sé pela Arquidiocese de Mariana em 18 de novembro de 1942. Na oportunidade, ainda foram transferidas para a Diocese de Juiz de Fora mais três paróquias: Bonfim de Palmira: atual Paróquia Nosso Senhor do Bonfim, de Aracitaba; Madre de Deus do Turvo: atualmente pertence à Diocese de São João del-Rei Piedade: atualmente pertence à Diocese de São João del-Rei

• São Sebastião da Chacara: atual Paróquia São Sebastião, de Chácara

• SS. Trindade do Descoberto: atual Paróquia Santíssima Trindade, de Descoberto

Daremos destaque a algumas igrejas de nossa Igreja Particular que possuem importância histórica para a nossa região. Sem a intenção de esgotar as possibilidades, nosso intuito é trazer curiosidades e aspectos interessantes dos templos:

São José das Três

Ilhas, Distrito de Belmiro Braga

Igreja São José

• A Igreja São José, feita em pedra em estilo neorromânico, é um marco referencial do distrito e representa o poder que exerciam os barões do café da região.

• O templo, cuja construção teve início em 1878, foi colocado em uso em 1890 e caracteriza-se pelo elegante e imponente neoclassicismo da composição e pela sensível relação do monumento com a paisagem do entorno.

• Seu interior é cheio de arte e simbolismo, com doze colunas, representando os doze apóstolos. Elas são feitas de pedra bem trabalhada no espaço inferior, sendo seis de cada lado, separando a nave principal das naves laterais, o que se repete no piso superior para formar duas extensas galerias em arcos românicos.

• Suas paredes são revestidas de pinturas artísticas, esculturas sacras e telas ornamentadas por cenas dos evangelhos ou contemplação celestial.

• Por seu valor histórico, artístico e arquitetônico, o Centro Histórico de São José das Três Ilhas e a Igreja Matriz São José foram tombados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG), com tombamento aprovado em 18 de setembro de 1997, homologado pela Secretaria de Cultura em 29 de setembro do mesmo ano.

Igreja

Nossa Senhora da Glória

• A pedido do então Bispo de Mariana, Dom Silvério Gomes Pimenta, vieram para o Brasil, em julho de 1893, os Padres Redentoristas da Província holandesa. Os pioneiros foram os padres Matias Tulkens e Francisco Lohmeyer.

• Em 17 de janeiro de 1894, desmembrado da Paróquia Santo Antônio (atual Catedral Metropolitana), foi criado o Curato de Nossa Senhora da Glória por decreto episcopal, do qual o Padre Matias Tulkens foi nomeado o primeiro cura.

• Sendo a velha igreja pequena, resolveu-se construir uma nova igreja matriz, com o apoio do Pe. Francisco Zitwing.

• A primeira pedra da nova igreja foi lançada em 20 de junho de 1920.

• Em abril de 1923, um incêndio destruiu a velha igreja e as celebrações começaram a acontecer na igreja nova, ainda inacabada.

• Em 25 de agosto de 1924, a nova Igreja Nossa Senhora da Glória foi solenemente inaugurada e benta por Dom Helvécio Gomes de Oliveira Arcebispo de Mariana.

Morro da Glória, Juiz de Fora

Igreja Nossa Senhora da Piedade

• A capela primitiva de Rochedo de Minas foi erigida por provisão de agosto de 1893.

• O curato foi instituído em março de 1901.

• Foi a primeira paróquia instituída após a criação da Diocese de Juiz de Fora, em 19 de junho de 1926, através do Decreto Episcopal nº 01.

Rochedo de Minas

Igreja Santa Rita de Cássia

• A antiga capela de Santa Rita de Cássia foi fundada em 1832 e constituída paróquia através da lei provincial 976 de 02 de junho de 1859.

• O local onde hoje está a igreja matriz, foi ofertado por Antônio Francisco de Mendonça e sua esposa Maria Vitória Ribeiro no período aproximado de 1832.

• Entre os anos de 1887 e 1946 esteve à frente da paróquia o Monsenhor Marciano Bernandes da Fonseca, o Padrinho Vigário, onde edificou diversas capelas, a Santa Casa de Misericórdia, além de liderar a Comissão de Emancipação do Município.

• Monsenhor Marciano faleceu em 23 de junho de 1946 deixando um legado de amor e santidade na cidade. Em 2014, foi aceito pela Santa Sé, o processo de beatificação e canonização do presbítero mineiro, que já é chamado com o título de “Servo de Deus”.

• Com o crescimento da localidade e da população, foi necessário a cons trução de um novo templo e em 1951, durante o paroquiato do Pe. Francis co José Machado, começou a demolição da antiga igreja e a construção do templo atual que foi finalizado em 1956.

• O templo de grande beleza, possui linhas arquitetônicas grandiosas e afres cos feitas pelo pintor italiano Victorio Goretti.

• Sempre atuante nas causas da Igreja e da sociedade, Monsenhor Marciano teve sua memória perpetuada em uma escultura de bronze no adro da Matriz simbolizando toda a ternura, dedicação e amor que dedicou a comunidade.

• No município ainda é possível vislumbrar a igreja de Nossa Senhora Apare cida no Monte Calvário. Com linhas admiráveis, foi construída por Monsenhor Marciano e possui um caminho em ziguezague que leva ao alto.

• Também há na cidade um memorial dedicado ao Monsenhor Marciano Ber nandes da Fonseca, no acervo há objetos pessoais, fotografias e documentos que contam a história do religioso e da cidade de Santa Rita de Jacutinga. A curadoria do memorial pertence a Paulo Alvarez.

Piau

Igreja Divino Espírito Santo

• A primitiva capela dedicada ao Divino Espírito Santo e que já existia em 1813 foi filial do Engenho do Mato (atual Paula Lima).

• Tornou-se paróquia independente em 22 de julho de 1868.

• O magnífico templo representa o tempo áureo da história do município, demostrado em sua imponente torre de 39 metros de altura. A construção da igreja foi iniciada em 1882 e finalizada em 1889.

Igreja Nossa Senhora da Assunção

• Paula Lima é uma região antiguíssima, de grandes tradições. Antiga Chapéu d’Uvas, foi também chamada de Engenho do Mato, Nossa Senhora da Assumpção do Engenho do Matto, Engenho do Matto do Chapéo de Uvas, Chapéo d’ Uvas do Engenho do Matto, Chapéo d’Uvas e Engenho do Chapéo de Uvas.

• A Freguesia de Nossa Senhora da Assunção do Engenho do Mato foi instituída canonicamente em 1764.

• Em 1810 foi-lhe conferido o direito de colativa por Alvará Régio de 13 de agosto, e seu primeiro vigário colado foi o Pe. Miguel Antonio de Paiva. Seu sucessor foi Manoel da Silveira Gato, nomeado por Carta Régia de 27 de novembro de 1815.

• Em 1838, a Freguesia de Nossa Senhora da Assumpção do Engenho do Mato possuía três capelas filiais: Divino Espírito Santo (Piau), São Miguel e Almas (João Gomes, atual Santos Dumont) e Nossa Senhora das Dores do Paraibuna.

• Segundo Esteves (Álbum do Muni cípio de Juiz de Fora), em 1840 já se fa lava no arraial novo e as obras da nova igreja já haviam sido iniciadas.

• Mais tarde, esta igreja não com portou o grande número de fiéis, fazendo com que fosse promovida a reforma e aumento da pequena igreja que viria a ser o templo definitivo.

Paula Lima

Dores do Paraibuna,

de Santos Dumont

Igreja São Mateus

• A paróquia de São Mateus, foi a segunda instalada após a criação da Diocese de Juiz de Fora e a primeira na sede do bispado.

• O decreto de sua criação data de 19 de dezembro de 1926 e sua instalação aconteceu em 01 de janeiro de 1927.

• Seu primeiro pároco foi o Monsenhor Gustavo Freire, natural de São José das Três Ilhas.

• Durante o paroquiato do Monsenhor Gustavo Freire o antigo templo, que já não comportava todos os fiéis, foi demolido e as obras da nova Matriz foram iniciadas.

• Em 29 de junho de 1933 foi lançada a pedra fundamental da construção do novo templo que foi sagrado em 29 de junho de 1948.

• Durante a construção da igreja, a fachada em estilo greco-romano, projetada por Ulysses Mascarenhas, já impressionava pelo conjunto, destacando-se como um templo moderno, confortável e belo.

Juiz de Fora

Igreja Nossa Senhora das Dores

• O distrito foi criado em 1880, pela lei nº 2586.

• Foi elevado a freguesia pela lei nº 3387, de 10 de julho de 1886, e a paróquia, instituída canonicamente em 9 de maio de 1890.

• Padre João Rodrigues de Melo foi o primeiro pároco de Dores do Paraibuna.

• Dores do Paraibuna foi o primeiro vilarejo criado nas proximidades do arraial de João Gomes (antiga Palmira e hoje Santos Dumont).

• A primitiva igreja ficava no centro da comunidade e, assim como todo o vilarejo, foi inundada para a construção da represa de Chapéu D’ Uvas. Frei Justino Burgers foi um dos defensores das famílias cujas propriedades foram atingidas pela inundação.

• As ruínas da antiga igreja ainda resistem e as histórias continuam na memória dos moradores que migraram para um outro local, a 2 km da antiga comunidade.

Distrito

Igreja Nossa Senhora da Glória

• A freguesia de Nossa Senhora da Glória, localizada em Simão Pereira (antiga Rancharia e São Pedro de Alcântara), é uma das mais antigas de nossa Arquidiocese.

• Foi erigido em Curato pelo prelado do Rio de Janeiro em 1718 e elevada a colativa por alvará régio de 16 de janeiro de 1752.

• A primeira freguesia a se desmembrar de Simão Pereira foi a de Engenho do Mato (atual Paula Lima).

• Em 31 de maio de 1850, a capela de Santo Antônio do Paraibuna (atual Juiz de Fora) foi desmembrada de Simão Pereira, sendo transformada em matriz paroquial.

• Durante o paroquiato do Padre João Teodorico Veloso, foi construída a nova matriz de Nossa Senhora da Glória.

Igreja Nossa Senhora do Livramento

• Sarandy foi elevado à categoria de freguesia em 7 de janeiro de 1880.

• Em 1881, houve a provisão do vigário João Ferreira de Castro, que permaneceu no cargo até o ano de seu falecimento, em 1903.

• A Igreja Nossa Senhora do Livramento ocupa a parte mais elevada de Sarandira e sua visão impressiona a todos os visitantes.

• A edificação, cuja construção foi realizada en tre 1840-1850, foi tombada pela Prefeitura Mu nicipal de Juiz de Fora em 2004.

• Durante o governo de Dom Gil Antônio Moreira, o templo, que estava fechado por apresentar problemas estruturais, após apro vação do projeto, passou por um pro cesso de restauro e reforma, voltan do a receber celebrações em 2023.

Sarandira, Distrito de Juiz de Fora

Conceição de Ibitipoca, distrito de Lima Duarte

Igreja Nossa Senhora da Conceição

• O Curato de Nossa Senhora da Conceição foi criado em agosto de 1750.

• A atual Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição foi construída em 1768.

• A Igreja Matriz em estilo colonial é circundada por um muro de pedra seca (construção de pedras sobrepostas uma as outras sem qualquer outro material para sua união).

• A casa do sino está localizada à direita do adro. A construção separada do corpo principal da igreja não era muito comum nas antigas igrejas mineiras.

• Segundo a historiadora Danielle Arruda, em entrevista ao Jornal Tribuna de Minas, uma particularidade da Igreja Matriz é a projeção do prédio: no dia 8 de dezembro, quando é celebrado o Dogma da Imaculada Conceição de Maria, por volta das 18h, a luz do sol atinge a imagem de Nossa Senhora que está no altar da igreja.

• No distrito de Conceição de Ibitipoca também há uma outra igreja, construída no século XIX e dedicada à Nossa Senhora do Rosário. Entretanto, entre 1917 e 1918 foi reconstruída durante o paroquiato do Cônego Carlos Otaviano Dias. Posteriormente, sofreu nova reforma na década de 50. Nela está sepultado o Cônego Otaviano, que foi pároco de Conceição do Ibitipoca de 1907 a 1964.

Simão Pereira

Nossos Santuários

Liberdade

Santuário Basílica

Bom Jesus do Livramento

• Primeira Basílica Menor da Arquidiocese de Juiz de Fora. O título, concedido pelo Papa Francisco em 2018, destaca o templo sobretudo em três aspectos: o litúrgico, o eclesial e o artístico.

• A concessão do título foi também fundamentada na antiquíssima veneração à sagrada imagem do Bom Jesus do Livramento, cujo surgimento está baseado em uma lenda secular que exalta sua aparição e considera um ato milagroso. Com 1,95 cm de altura (com a base) e 63,8 kg, a escultura de madeira policromada impressiona muitos estudiosos pela perfeição e admirável, inigualável e singular expressão de dor.

• Durante todo o ano, a imagem é visitada por milhares de devotos que seguem em peregrinação até o Santuário Basílica. As festividades acontecem em setembro, sendo o dia 14 dedicado ao Senhor Bom Jesus do Livramento. Nesta data, a cidade de Liberdade recebe entre 15 e 25 mil visitantes.

Paróquia Santuário Nossa Senhora das Mercês

• A primitiva capelinha dedicada a Nossa Senhora das Mercês existe desde 1820. A construção de paredes de barro batido foi substituída por outra, construída entre 1834 e 1840, com acabamento incompleto, ambas marcando a existência do antigo Arraial do Rio Cágado.

• A instituição do curato de Nossa Senhora das Mercês do Rio Cágado data de 14 de julho de 1832. Com o nome de Mar de Espanha desde 10 de setembro de 1851, o curato foi elevado à categoria de Paróquia em 5 de outubro de 1851.

• A construção do famoso e monumental templo de pedras lavradas dedicado à Nossa Senhora das Mercês foi de iniciativa e promoção da antiga irmandade das Mercês. A obra durou 12 anos (1872-1884), sendo o templo inaugurado, com altares e imagens encomendados da Alemanha, em festividades que marcaram o mês de setembro de 1886.

• Em 16 de julho de 1897, foi transferida do Arcebispado do Rio de Janeiro para Mariana por Decreto Pontifício.

• No dia 24 de setembro de 1986, por decreto de Dom Juvenal Roriz, então Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, foi elevado a condição de Santuário Arquidiocesano.

Mar de Espanha

Cenáculo São João

Evangelista Santuário Eucarístico Arquidiocesano

• O Cenáculo São João Evangelista está sob a responsabilidade da Congregação das Servas do Santíssimo Sacramento, presentes em Juiz de Fora desde 27 de dezembro de 1949.

• No local, há adoração ao Santíssimo Sacramento todos os dias.

• Após a chegada dos Padres Sacramentinos, em 22 de janeiro de 2022, o local passou a receber também os seminaristas da Congregação do Santíssimo Sacramento, que cursam Filosofia no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio.

• O Cenáculo foi elevado à categoria de Santuário Arquidiocesano em 30 de maio de 2024, Solenidade de Corpus Christi.

Paróquia Santuário São Miguel e Almas

• Está situada aos pés da Serra Mantiqueira, onde se encontra a Fazenda de Cabangu, local onde nasceu Alberto Santos Dumont.

• A Paróquia São Miguel e Almas foi instituída em 31 de dezembro de 1866, sendo desmembrada do Engenho do Mato (Paula Lima).

• No dia 29 de setembro de 2023, o atual Arcebispo de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, elevou a Matriz São Miguel e Almas à condição de Santuário Arquidiocesano com uma festiva e solene celebração.

Juiz de Fora

Paróquia Santuário Sagrado Coração de Jesus: Juiz de Fora

• A Igreja Sagrado Coração de Jesus, ao ser desmembrada da Paróquia Santa Rita de Cássia, do Bairro Bonfim, foi elevada à paróquia no dia 30 de maio de 2008.

• O templo é muito procurado pelos membros do Apostolado da Oração, de modo especial na Festa do Sagrado Coração de Jesus, e também pelos devotos de Santa Edwiges.

• O atual Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, no dia 16 de junho de 2023, elevou a paróquia a santuário com a presença de grupos do Apostolado de toda a Igreja de Juiz de Fora.

*Colaboração: Helaine Gomes

*Informações retiradas do Livro “100 anos da Diocese de Juiz de Fora”

Arquidiocese de Juiz de Fora em números:

(de acordo com o último censo do IBGE, em 2022): Cidades, territórios e população

Igrejas:

Comunidades: Paróquias:

1 - Juiz de Fora

540.756 pessoas

1.435,749 km²

2 - Aracitaba

2.049 pessoas

106,608 km²

3 - Arantina

2.915 pessoas

89,420 km²

4 - Belmiro Braga

3.244 pessoas

393,086 km²

5 - Bias Fortes

3.361 pessoas

283,535 km²

6 - Bicas

13.978 pessoas

140,082 km²

7 - Bocaina de Minas

5.348 pessoas

503,770 km²

8 - Bom Jardim de Minas

6.783 pessoas

412,021 km²

9 - Chácara

3.075 pessoas

152,807 km²

10 - Chiador

2.800 pessoas

252,852 km²

11 - Coronel Pacheco

2.762 pessoas

131,511 km²

12 - Descoberto

4.928 pessoas

213,168 km²

13 - Ewbank da Câmara

3.875 pessoas

103,834 km²

14 - Goianá

4.053 pessoas

152,039 km²

15 - Guarará

3.149 pessoas

88,655 km²

16 - Liberdade

21 - Olaria

1.945 pessoas

178,242 km²

22 - Passa Vinte

2.233 pessoas

246,565 km²

23 - Pedro Teixeira

1.810 pessoas

112,959 km²

24 - Pequeri

3.351 pessoas

90,833 km²

25 - Piau

2.796 pessoas

192,196 km²

26 - Rio Novo

8.518 pessoas

209,310 km²

27 - Rio Preto

5.141 pessoas

348,046 km²

28 - Rochedo de Minas 2.291 pessoas

79,402 km²

29 - Santa Bárbara do Monte Verde 3.095 pessoas

417,925 km²

30 - Santa Rita de Ibitipoca

3.301 pessoas

324,234 km²

31 - Santa Rita de Jacutinga

4.755 pessoas

420,940 km²

32 - Santana do Deserto 3.747 pessoas

182,655 km²

33 - Santana do Garambéu 2.137 pessoas

203,074 km²

34 - Santos Dumont

42.406 pessoas

637,373 km²

Juiz de Fora

Quase-Paróquias

4.737 pessoas

401,337 km²

17 - Lima Duarte

17.221 pessoas

848,564 km²

18 - Mar de Espanha

12.721 pessoas

371,600 km²

19 - Maripá de Minas

3.387 pessoas

77,338 km²

20 - Matias Barbosa

14.121 pessoas

157,066 km²

35 - São João Nepomuceno

25.565 pessoas

407,427 km²

36 - Senador Cortes 2.240 pessoas

98,336 km²

37 - Simão Pereira

2.947 pessoas

135,689 km²

A Festa do Centenário Diocesano

Odia 1º de fevereiro de 2024 foi histórico para a Arquidiocese de Juiz de Fora. Na ocasião, recordou-se um século de fundação da Diocese, criada através da Bula Pontifícia “Ad Sacrosancti Apostolatus Officium”, do Papa Pio XI. Como não poderia deixar de ser, a data foi celebrada com diversos eventos comemorativos, que se estenderam por todas as paróquias do território arquidiocesano.

A proposta foi que aquele fosse o primeiro dia de um tríduo preparatório para a grande festa do Centenário Diocesano, marcada para 4 de fevereiro, domingo mais próximo da efeméride. Por se tratar de uma quinta-feira, em todas as igrejas aconteceu, entre 7h e 19h, a adoração ao Santíssimo Sacramento. Além disso, foi aberto, em toda a Igreja Particular juiz-forana, o Ano Eucarístico.

À noite, em todas as paróquias foi celebrada a Missa Votiva da Eucaristia presente na terceira edição típica do Missal Romano. Na Catedral Metropolitana, a Celebração Eucarística foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira. “Jesus está na hóstia consagrada para ser nosso alimento. Seu amor é tão grande, que ele não se contenta em morrer da cruz, mas quer ficar conosco dia por dia e se dá no pão para ser nosso alimento na nossa caminhada para a eternidade”, apontou Dom Gil, na homilia.

Após a Missa, os fiéis presentes participaram de uma procissão com o Santíssimo Sacramento pelo adro da Catedral. Em seguida, houve um breve momento de Adoração Eucarística e a bênção.

Marco da presença da Igreja em terras juiz-foranas

No início da tarde daquele dia, Dom Gil abençoou a pedra fundamental do monumento erguido em comemoração aos 100 anos da Diocese de Juiz de Fora. A estrutura fica na Avenida Deusdedith Salgado, próximo à entrada da cidade. Para a pedra fundamental, foi feita uma espécie de “cápsula do tempo”, contendo documentos, materiais e objetos que marcam o tempo atual e, também, a história recente de nossa Igreja Particular.

O arquiteto responsável pelo projeto, Paulo Sevaroli, explicou os elementos que compõem o monumento comemorativo. “A pedra é o maior deles, que simboliza a Igreja; o intermediário, totalmente de concreto, simboliza a força do povo; e, entre eles, que faz toda a ligação, é o bloco de pedra-sabão, que simboliza a Diocese.” Este último é estampado com a imagem do Cordeiro e o tema escolhido para o ano do Centenário, que é “Fazei de nós um só corpo e um só espírito” (cf. Ef 4,4).

4 de fevereiro, dia da grande festa

Um dia que ficará marcado na história! Assim foi a celebração dos cem anos da Diocese de Juiz de Fora, realizada no dia 4 de fevereiro de 2024 e testemunhada por uma multidão fervorosa de fiéis. Cerca de dez mil pessoas estiveram presentes na Catedral Metropolitana, com centenas de caravanas vindas de diferentes cidades, com representantes de todas as paróquias da Arquidiocese, para a grande festa do centenário.

Preparando corações e espíritos, o evento teve início com uma tarde de louvor, com cânticos, adoração e bênção do Santíssimo Sacramento. Após o momento de espiritualidade e louvor, foi celebrada a Solene Celebração em Ação de Graças pelo Centenário Diocesano, presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, e concelebrada por nove bispos e todo o clero arquidiocesano.

Diante do altar, o Pastor de nossa Igreja Particular recordou o legado centenário e fez memória agradecida a tantas pessoas – religiosos e leigos – que ajudaram a escrever a história diocesana. “A gente celebra um aniversário, sobretudo de cem anos, olhando em duas direções. Para trás, para agradecer tantas bênçãos e graças acontecidas nesses anos, tantas pessoas que viveram aqui e falaram de Jesus Cristo nesta terra. Mas a festa nos alimenta espiritualmente para olhar para frente, a fim de fazer ainda melhor para que todos possam conhecer e amar Jesus; este é o grande impulso que esta festa quer dar a todo o povo e ao clero. Queremos construir um mundo novo, bem parecido com aquele do futuro que Deus fez para nós e eu espero que nós estejamos lá um dia”, declarou Dom Gil.

Triênio Preparatório

Enquanto aguardava, com grande expectativa, o dia do marco histórico de um século de criação diocesana, a Arquidiocese de Juiz de Fora realizou um triênio preparatório em 2021, 2022 e 2023. Cada ano teve um patrono especial: São José, Santo Antônio e Nossa Senhora, respectivamente.

A preparação para o ano jubilar também foi marcada pela presença do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro, que percorreu parte do território arquidiocesano nos dias 4 e 5 de fevereiro de 2023. O representante do Papa Francisco visitou a Fazenda da Esperança Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, localizada no município de Guarará (MG), e passou por instituições importantes para a vida pastoral e administrativa da nossa Igreja Particular: o Lar Sacerdotal Mater Christi, o Seminário Arquidiocesano Santo Antônio e o Edifício Christus Lumen Gentium. O embaixador da Santa Sé no Brasil ainda participou do lançamento do Documento Sinodal, fruto do II Segundo Arquidiocesano.

Por fim, Dom Giambattista Diquattro presidiu, na Catedral Metropolitana, a Missa Solene que marcou a abertura oficial do Ano Jubilar Mariano. A Eucaristia foi concelebrada pelo Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, pelo Arcebispo Emérito, Dom Eurico dos Santos Veloso, pelos Bispos da Província Eclesiástica - Dom Edson Oriolo dos Santos, da Diocese de Leopoldina, e Dom José Eudes

Campos do Nascimento, da Diocese de São João del-Rei -, pelo Bispo da Eparquia Greco-Melquita Católica do Brasil, Dom George Khoury, e por dezenas de padres do clero juiz-forano.

Durante a Missa, Nossa Senhora, Mãe da Igreja, foi oficializada como Padroeira da Província Eclesiástica de Juiz de Fora, com a entronização do Ícone de Maria Santíssima e a leitura do decreto enviado pela Santa Sé. Outro momento marcante foi a entronização da relíquia da Beata Isabel Cristina, que desde então está na Catedral para veneração.

Ao término de seus compromissos oficiais na Arquidiocese, o representante do Santo Padre refletiu sobre a experiência vivenciada na cidade. “A evangelização na Igreja de Juiz de Fora é na mesma linha da evangelização da Igreja universal, no caminho da sinodalidade, da comunhão ativa e participativa, no contexto e na experiência do mundo de hoje. Rezamos para que tudo possa desenvolver-se segundo a providência de Deus, a graça de Deus e a força do povo de Deus em Juiz de Fora. Isso foi visto no diálogo com Dom Gil, com os bispos da Província, com o Seminário e os seminaristas, toda essa realidade que é ser Igreja em consonância com o caminho do Concílio Vaticano II”, declarou Dom Giambattista. O Núncio Apostólico deixou uma mensagem especial para o povo de Deus e toda a Igreja de Juiz de Fora: “A mensagem é que vivam sempre em comunhão. Esse é um desafio da Igreja desde o começo de sua história. Viver a comunhão significa viver com o Espírito Santo. Viver na discórdia não é viver com o Espírito Santo.”

O Clero reunido em “um só corpo e um só espírito”

Mais de cem padres se reuniram ente os dias 5 e 9 de fevereiro de 2024 no Hotel Fazenda Retiro das Rosas, localizado em Cachoeira do Campo, Ouro Preto (MG), para o Retiro Espiritual Anual

do Clero. Devido ao Centenário Diocesano, todos os padres da Arquidiocese de Juiz de Fora participaram em uma única turma.

Durante os cinco dias de recolhimento, eles estiveram na presença de Deus, meditando e em profunda oração, guiados pelas pregações de Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, Arcebispo Emérito de Sorocaba (SP). O tema central foi a Eucaristia, abordada com base nas Sagradas Escrituras, no magistério da Igreja e no que têm escrito e falado os últimos papas.

Jornada Eucarística da Juventude

Oano dedicado à Eucaristia também foi celebrado com fervor pelos jovens da Arquidiocese de Juiz de Fora: no dia 25 de agosto, o Centro de Evangelização da Comunidade Resgate, em Chácara (MG), foi o cenário da Jornada Eucarística da Juventude (JEJ). O momento celebrativo, organizado pelo Setor Juventude, reuniu milhares de pessoas para um dia repleto de louvor, pregação, partilha e momentos de profunda espiritualidade, sob a intercessão dos beatos Carlo Acutis e Isabel Cristina.

O Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, fez questão de marcar presença. Segundo o Pastor Arquidiocesano, o evento foi uma oportunidade de aprofundar a vivência eucarística dos jovens. “É fundamental que os jovens compreendam a centralidade da Eucaristia na vida da Igreja e despertem essa consciência eucarística. Eles se enriquecem com a informação e também no sentido espiritual, prestando o seu louvor e tendo a consciência de que não existe Igreja sem Eucaristia, sem a celebração dos mistérios de Cristo”, afirmou Dom Gil.

Encerrando a Jornada, o Santíssimo Sacramento foi exposto em meio aos jovens para um emocionante momento de adoração. O ostensório utilizado na ocasião foi produzido especialmente para as celebrações do ano temático arquidiocesano. “O que a gente tentou mostrar para o jovem é que o Ano Eucarístico nos mostra a necessidade de vivermos em comunhão. Ali não tinha nome de grupo jovem, mas era toda a juventude unida num único propósito: servir a Deus e ser sinal de Deus para tantos outros jovens que precisam ser alcançados”, pontuou o Assessor da Juventude, Padre Robert Teixeira.

A fim de despertar diferentes vocações nos jovens presentes, durante a JEJ a Pastoral Vocacional e o Setor Juventude da Arquidiocese de Juiz de Fora realizaram uma Feira Vocacional. No espaço, foi possível conhecer de perto as congregações, movimentos, comunidades de vida e pastorais da Igreja juiz-forana. Outra proposta da organização do evento foi oferecer à juventude a possibilidade de reconciliação com Deus: na chamada “Tenda da Misericórdia”, houve atendimento de confissões e aconselhamento espiritual.

Novo brasão e logomarca do ano festivo

AArquidiocese de Juiz de Fora aproveitou o ano do Centenário para atualizar o seu brasão, cuja primeira versão foi lançada em 2007. Além disso, para identificar visualmente a festa arquidiocesana, foi criada uma logo comemorativa, em referência ao Ano Eucarístico e composto um hino para a Arquidiocese.

Novo brasão e seus elementos

1 - A Cruz em destaque no centro é a peça mais honrosa no escudo. Representa o lugar do sacrifício de Jesus Cristo. O parágrafo 617 do Catecismo da Igreja Católica assim a apresenta: “Sua Sanctissima passione in ligno crucis nobis justificationem meruit” (Pela sua santíssima Paixão no madeiro da cruz, Ele mereceu-nos a justificação). Também ensina o Concílio de Trento, sublinhando o carácter único do sacrifício de Cristo como fonte de salvação eterna. E a Igreja venera a Cruz cantando: “O crux, ave, spes unica!” (Ave, ó cruz, esperança única!).

2 - A cruz em destaque possuiu uma originalidade: a cruz vermelha bolotada é aquela que se encontra no brasão da família Bulhões, conforme os registros do Armorial Lusitano. É a família do Santo padroeiro de Juiz de Fora, sendo, assim, a lembrança de Santo Antônio presente no Brasão.

3 - No centro da cruz, a perpétua memória do Santíssimo Redentor, Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e que por nós foi imolado e cujo mistério pascal, celebrado em cada Eucaristia, salva o mundo.

4 - Abraçando o escudo, temos o báculo pastoral e a cruz de duas hastes, distintivo próprio das Arquidioceses, também chamada de cruz patriarcal, muito presente na iconográfica greco-bizantina. Tornou-se símbolo da fé e da comunhão apostólica. Assim vive a Igreja Arquidiocesana: unida a seu pastor e em comunhão com a Sé Apostólica. A cor dourada no escudo faz referência à realeza de Deus e ao centenário da criação da Diocese.

5 - Abaixo, temos as montanhas que simbolizam Minas Gerais e as três dioceses com as quais a Província Eclesiástica foi criada: Juiz de Fora, Leopoldina e São João del-Rei.

6 - Por fim, temos a flor-de-lis, símbolo universal de Nossa Senhora, a Mãe da Igreja, padroeira da Província Eclesiástica de Juiz de Fora. Ela, que é a Rainha dos Apóstolos e a Mãe da Igreja, é também modelo de discípula atenta à Palavra de Deus. Como recorda a Pastores Gregis: “o Bispo encontrará na santa Mãe de Deus uma mestra na escuta e cumprimento solícito da Palavra de Deus, no discipulado fiel ao único Mestre, na firmeza da fé, na esperança jubilosa e na ardente caridade” (Cf in Pastores Gregis N 14).

7 - Na Mitra, brilha o símbolo do Centenário Diocesano. Concluindo a arte, temos a faixa que destaca as datas da criação da Diocese (1924) e da elevação à Arquidiocese (1962). No Centro, o nome desta Igreja particular: Juiz de Fora. 1 5 2 6 3 4 7

Logo comemorativa

1 - A cor amarela significa a nobreza da festa do centenário, assim como as riquezas de nossa Arquidiocese de Juiz de Fora.

2 - Jesus Sacramento é simbolizado pelo ostensório com o cordeiro. O Cordeiro Pascal é o centro da vida eclesial. A espiritualidade eucarística conduz à comunhão: um só corpo e um só espírito (cf. Ef 4,4); a fazer memória com o coração agradecido; a partilhar e cuidar dos mais necessitados; e a abrir o coração para o novo tempo de missão.

3 - Os raios do ostensório são as mãos dadas de todo o povo de Deus no caminho sinodal e missionário da Igreja de Juiz de Fora, há 100 anos caminhando na estrada de Jesus. A circularidade diz da ação do Espírito Santo, que gera na Igreja comunhão e participação.

Hino da Arquidiocese de Juiz de Fora

Pe. João Francisco Batista da Silva

1. Não haja entre nós divisão. Formamos o Corpo de Cristo Jesus. A Igreja é fiel sacramento da comunidade que é há na Trindade.

Nos rincões destas matas e vales, nas montanhas de Minas Gerais!

Onde estão dois ou mais reunidos, em nome de Cristo, proclamam também:

Nós somos uma Igreja missionária! Seguimos o caminho de Jesus! Por isso, tão sublime compromisso: proclamar o Evangelho às nações.

Assim como os cristãos de outrora, recebemos igual vocação: seremos em Juiz de Fora uma Igreja sempre em missão (2x)

2. O amor seja o nosso pendão. Que o mundo nos veja em fraternidade. O Espírito Santo promova em nós a sincera e leal caridade.

Os carismas e os dons são diversos, variados os modos de ser. Se seguimos unidos em Cristo, Seremos sinal do reinado de Deus.

3. Maria, vós sois Mãe de Deus. Por dom de Jesus, sois também Mãe da Igreja. Ensinai-nos, a nós vossos filhos, a sempre fazer a vontade Deus.

Santo Antônio caminha conosco e ajuda-nos a completar a missão de pregar o Evangelho e ser neste mundo sementes da Paz.

Congressos Eucarísticos

Desde 1º de fevereiro de 2024, data exata do Centenário Diocesano, a Arquidiocese de Juiz de Fora vive o Ano Eucarístico. Naquele dia, providencialmente uma quinta-feira, dentro do itinerário de espiritualidade vivenciado pelas paróquias no tríduo que precedeu a festa dos cem anos, a nossa Igreja Particular esteve genuflexa diante da Santíssima Eucaristia. Para marcar de forma ainda mais intensa este ano temático, a Arquidiocese de Juiz de Fora promoveu, de 17 a 24 de novembro de 2024, um Congresso Eucarístico. O congresso ofereceu aos arquidiocesanos uma programação diversificada, que incluiu palestras sobre temas relacionados à Eucaristia, momentos de oração, adoração e missas. As atividades foram regidas pelo lema: “Fazei de nós um só corpo e um só espírito” (Ef 4, 4).

Terceiro congresso da história de nossa Igreja Particular

O Congresso Eucarístico de novembro não foi o primeiro realizado por nossa Igreja Particular. Antes de ser elevada à Arquidiocese, ainda durante o pastoreio de Dom Justino José de Sant’Ana, a então Diocese de Juiz de Fora realizou dois Congressos Eucarísticos.

O primeiro foi realizado de 14 a 18 de junho de 1939, e o segundo, entre os dias 27 e 31 de maio de 1950. A segunda edição do evento aconteceu em comemoração ao centenário da cidade de Juiz de Fora, aos 25 anos de criação da Diocese e aos 25 anos de Sagração Episcopal de Dom Justino.

A obra comemorativa será lançada em breve.

Livro do Centenário Diocesano

Além dos diversos eventos que mar caram o ano do Centenário Diocesa no, a Arquidiocese de Juiz de Fora preparou uma publicação comemorativa. O livro, fei to a várias mãos, conta com artigos escri tos por padres, seminaristas, professores e leigos, além do Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira. A Professora Mabel Salgado Pereira foi convidada para liderar a organização do projeto.

O livro “100 anos da Diocese de Juiz de Fora” pode ser considerado a obra mais com pleta no que diz respeito à história desta Igreja Particular, visto que traz aspectos do passado, da época da criação da diocese, e percorre as décadas seguintes até os tempos atuais. Entre os temas abordados, estão o clero, as institui ções (arqui)diocesanas, o patrimônio, a pre sença da vida consagrada, o trabalho missio nário, a comunicação, a liturgia e a catequese.

1ºCongressoEucarístico
2ºCongressoEucarístico

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Oração do ano Eucarístico Arquidiocesano 2024

Centenário da criação da Diocese de Juiz de Fora

Bendito sejais, Senhor, que nos saciais com o dom da Eucaristia, memorial e testamento do vosso amor, com o qual também nos ensinais a partilhar o pão com os irmãos.

Peregrinos pela vossa estrada, ó Jesus, queremos elevar nossa ação de graças pelo centenário de nossa Diocese. Lembramos, com gratidão, do passado, por tudo o que nos tendes concedido.

Dai-nos a graça de viver, com amor, o presente, movidos pela força do Espírito Santo.

Concedei-nos a alegria de encher nosso coração de esperança na construção do futuro, enquanto caminhamos, felizes, rumo à casa do Pai.

Nós vos pedimos que façais de nós um só corpo e um só espírito, para que, do altar eucarístico, brote o compromisso de sermos uma Igreja sempre em missão.

Ó Maria, Sacrário vivo da Eucaristia, Mãe da Igreja, rogai a Deus por nós!

Amém!

arquidiocesejf arquidiocesejuizdefora.org.br

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