Urbanização da Favela Manuel de Teffé

CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC ARQUITETURA E URBANISMO

URBANIZAÇÃO DA FAVELA MANUEL DE TEFFÉ GUILHERME RODRIGUES OLIVEIRA

Prólogo

Eu, Guilherme Rodrigues, nascido na comunidade do Morrão, no bairro de Interlagos, e onde resido até hoje, tive como inspiração para este trabalho o cotidiano, as dificuldades, as lutas sociais, as inspirações pessoais e a possiblidade de mudar a vida das pessoas que habitam esta área.

ACERVO DO AUTOR

Reurbanização da Favela Manuel de Teffé Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac, como exigência para obtenção do Título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Orientação: Profª. Drª. Beatriz Kara José Centro Universitário Senac São Paulo, 2020 1

AGRADECIMENTOS

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Agradeço primeiramente à Deus, que iluminou e abençoou este ciclo de minha vida, me dando força, saúde e sabedoria para enfrentar todas as dificuldades.

A minha Mãe e ao meu Pai que me apoiaram, acreditaram e lutaram junto a mim, foram minha fortaleza nos dias difíceis e de muito estresse. Agradeço o amor paciência e dedicação incondicional, por sempre me derem coragem para seguir os meus sonhos. A minha irmã e cunhado que sempre estiveram presentes. Obrigado família por realizarem este sonho comigo.

Dedico este trabalho a minha Vó que partiu antes de ver seu primeiro neto se formando, imagino que estaria orgulhosa neste momento. Obrigado por cuidar de mim onde quer que esteja.

Agradeço todos que de alguma forma contribuíram para que eu chegasse até aqui, as minhas amigas de faculdade, por compartilharem os momentos de alegria e tristeza, aos meus amigos que contribuirão para o desenvolvimento deste trabalho. Ao meu psicólogo e a minha Miguxa Guru.

Ao corpo docente do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac, a minha orientadora Beatriz Kara, pela significativa importância que teve em meu processo de formação.

Por fim, com muita dedicação e persistência, este trabalho é fruto das minhas experiencias adquiridas ao longo do curso de graduação, que alteraram radicalmente minha forma de ver minhas origens e a cidade que vivo, desenvolvendo em mim o desejo de buscar mudanças e lutar pela igualdade social.

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4 ACERVO DO AUTOR

Prologo

Eu, Guilherme Rodrigues nascido e morador nas comunidades de interlagos especificamente no Morrão, tive como inspiração para este trabalho o cotidiano, as dificuldades, as lutas sociais, as inspirações pessoais e a possiblidade de mudar a vida das pessoas.

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Resumo l Abstract

O presente trabalho propõe intervenção em um núcleo de habitação irregular, busca realizar uma breve análise histórica das favelas do entorno do Autódromo de Interlagos, apresenta ameaças de remoção e a luta por melhorias habitacionais e de vida. Apesar de toda evolução urbana algumas dessas comunidades ficaram esquecidas e não acompanharam o desenvolvimento.

Sendo assim, o trabalho concentra na provisão de habitação social, para que todas as famílias sejam realocadas no mesmo perímetro; espaços públicos, praças e áreas de convivência; implantação de um centro cultural multidisciplinar, numa edificação que contemple diversidade humana, segurança, acessibilidade e bem estar, oferecendo assim suporte para desenvolvimento de atividades de cultura e laser.

The present work proposes intervention in an irregular housing nucleus, seeks to carry out a brief historical analysis of the slums surrounding the Autódromo de Interlagos, presents threats of eviction and the struggle for housing and life improvements.

Despite all urban developments, some of these communities were forgotten and did not keep up with development.

Therefore, the work is concentrated on the provision of social housing, so that all families are relocated within the same perimeter; public spaces, squares and living areas; implementation of a multidisciplinary cultural center where it reconciles function and use, in a building that contemplates human diversity, security, accessibility and well-being, thus offering support for the development of cultural and laser activities.

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Sumário

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 10 OBJETIVOS ..................................................................................................... 11 METODOLOGIA............................................................................................... 11 1 - O TERRITÓRIO .......................................................................................... 13 ORIGEM DA REGIÃO DE INTERLAGOS .................................................... 16 O BAIRRO DE INTERLAGOS ...................................................................... 16 FAVELAS: Jardim Autódromo e Jardim Cristal............................................. 18 A PRESENÇA DA IRMÃ AGOSTINA NA HISTÓRIA DAS COMUNIDADES JARDIM AUTODROMO E JD CRISTAL ....................................................... 20 MUTIRÕES AUTOGERIDOS – LUIZA ERUNDINA ...................................... 25 CINGAPURA NA FAVELA JD. AUTÓDROMO ............................................. 27 PIU- JURUBATUBA ......................................................................................... 31 Favela Manuel de teffé ..................................................................................... 32 2. ANÁLISE TERRITORIAL.............................................................................. 35 3- DIRETRIZES DE PROJETO – URBANIZAÇÃO FAVELA MANUEL DE TEFFÉ ......................................................................................................................... 39 LEVANTAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS FISICAS ............................... 39 DENSIDADE ................................................................................................. 42 4. REFÊRENCIAS PROJETUAIS .................................................................... 49 PERÍMETROS DE AÇÃO INTERGRADA CABUÇÚ DE BAIXA 05 E CABUÇÚ DE CIMA 08 .................................................................................................. 49 5. PROJETO .................................................................................................... 57 MAPA DE REMOÇÃO .................................................................................. 58 PROPOSTAS* .............................................................................................. 62 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 81

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9 Foto: Acervo do Autor

INTRODUÇÃO É sabido que a construção de determinada região da cidade através de projeto urbanístico abarca determinadas categorias essenciais numa perspectiva de melhora de vida das pessoas ocupantes daquele espaço. Desse modo, é fundante que se tenha políticas públicas habitacionais pautadas nessa perspectiva de melhoria de vida a partir dos espaços de vivências. Assim, esse modelo de cidade traz elementos como, por

exemplo,

quadras poliesportivas;

áreas de

convivência;

lazer;

acessibilidade e etc.

Infelizmente, esse modo de pensar os espaços a partir de uma melhor qualidade de vida, não está para todos os lugares. Como, por exemplo, a comunidade Manoel de Teffé, também conhecido como Morrão, bairro de Interlagos que fica situado na Zona Sul da cidade de São Paulo. Nessa comunidade, residem aproximadamente 350 famílias, formadas em sua maioria por pessoas de baixa renda.

Nessa perspectiva de melhoria de qualidade de vida a partir do lugar onde mora-se, esse trabalho advém de uma inspiração subjetiva, no caso, eu. Sou morador dessa comunidade e estudante arquitetura compreendo o quanto é importante pensar a comunidade Manoel Teffé tendo por base um projeto urbanístico.

Para tanto, iremos estudar as políticas públicas habitacionais a fim de identificar como os projetos de lei voltados à habitação foram aplicados nas comunidades Jd. Autódromo, Jd. Cristal e Manuel de Teffé, situadas no entorno do Autódromo José Carlos Pace – popularmente conhecido por Autódromo de Interlagos.

AS ÁREAS

FAVELAS NÃO DEVEM SER VISTAS COMO

ESPECIFICAS

MARCADAS

POR

UMA

SINGULARIDADE QUE AS SEGREGA DO RESTO DA CIDADE

(PRETECEILLE

E

VALLADARES,2000; PASTERNAK, S.D.)

FAVELAS: OLHARES INTERNOS E EXTERNOS

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OBJETIVOS Tendo como norte o atual cenário de descaso com a população, onde direitos previstos por lei como habitação, saneamento básico, acessibilidade, lazer e cultura não são efetivamente garantidos, se faz necessário entender os processos de políticas públicas habitacionais, especificamente sobre as iniciativas já ocorridas nas comunidades no entorno do Autódromo de Interlagos. O objetivo deste trabalho é refletir, através de um conjunto de intervenções arquitetônicas e urbanísticas, a possibilidade de prover aos habitantes dessas áreas, onde a qualidade de vida é mínima ou praticamente inexistente, melhores condições de sobrevivência, com o acesso digno à moradia e a cidade.

METODOLOGIA Para entender o processo urbano e histórico que levaram a esta forma de ocupação precária, serão realizadas pesquisas bibliográficas e de campo.

Na pesquisa bibliográfica, buscar-se-á registros existentes tais como: mapas, dados demográficos, estudos de casos de reurbanizações relacionadas ao objeto deste trabalho.

Na pesquisa de campo, serão realizadas entrevistas com os moradores e também a vivência do pesquisador na área de estudos, com uma série de levantamentos in loco, de modo a desenvolver uma proposta que considere as necessidades específicas retratadas. Durante a pesquisa de campo serão realizados registros fotográficos da área em questão.

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12 Foto: Origem desconhecida

1 - O TERRITÓRIO A área escolhida para este trabalho é a Favela Manuel de Teffé, localizada a 18 km do centro localizado na região sul da cidade de São Paulo, no distrito Cidade Dutra, na subprefeitura da Capela do Socorro.

Território próximo as áreas de preservação dos mananciais, próximo as represas de Guarapiranga e Billings.

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1954

2000

14

2004

2017

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ORIGEM DA REGIÃO DE INTERLAGOS “Em meados dos anos 1920, o engenheiro britânico Louis Romero Sanson, dono da empresa de construção Auto-Estradas, planejou a construção de um resort entre as represas Guarapiranga e Billings, nomeando assim o Bairro de Interlagos inspirado no bairro Interlaken - localizado na Suíça também entre dois lagos, viram a semelhança da localização devido aos dois lagos e apostaram nesta transformação urbanística para o bairro” – Ponciano, Levino.

São Paulo. 450 Bairros. Ed. 2 São Paulo: Editora Senac

A partir do mencionado acima, entende-se que assim origina-se o denominado Balneário Satélite da Capital – assim chamado o atual bairro Interlagos, visando as classes mais altas de São Paulo. Tendo o Autódromo José Carlos Pace (Autódromo de Interlagos) neste perímetro, o bairro em

planejamento teria grandes chances de se desenvolver conforme definido em projeto de implementação do bairro; além de casas, estava previsto no plano do bairro: áreas de lazer, ginásio esportivo, garagem de barcos e o hotel.

O BAIRRO DE INTERLAGOS Em 12 de maio de 1940, era inaugurado parcialmente, o Autódromo de Interlagos, com 7.960 metros de extensão. Rodeado por

mata e sem infraestrutura sanitária, recebia sua primeira prova oficial.

Após a inauguração do autódromo iniciou-se um processo de desenvolvimento e ocupações regulares e irregulares da região. Atrativo imobiliário para a região, o entorno foi ocupado originando pequenos bairros de classe média, construído para ser habitado por funcionários da antiga Empresa Light1 e da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC). As Terras eram pertencentes anteriormente à

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São Paulo Tramway, Light and Power Company, conhecida como Light São Paulo foi empresa canadense que atuou em São Paulo, em atividades de geração e distribuição de energia elétrica e transporte de bondes.

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Companhia Auto-estradas S.A (empresa que implantou o Autódromo de Interlagos).

Os bairros então implantados na década 40, eram pouco urbanizados e com a presença massiva de áreas verdes. A partir das décadas de 1950 e 1960 pequenas vilas se formaram sem qualquer projeto urbanístico de ocupação. Atualmente o distrito da Cidade Dutra se tornou um dos maiores da zona sul paulistana.

Na década de 1960, o projeto do Engenheiro Billings foi o grande impulso para urbanizar a várzeas dos rios Jurubatuba e Guarapiranga, com intensivo desenvolvimento industrial na região, ligados as áreas químicas, metalúrgicas e farmacêuticas. Nos anos 70 e 80 a região sofreu uma explosão populacional.

Segundo pesquisas de arquivos e entrevistas com moradores, as comunidades em estudo originaram-se entre estes anos, 1960 e 1970.

Sendo que, Jardim Autódromo e Jardim Cristal a partir de 1960, e, Mato Verde I, Mato Verde II e Manuel de Teffé a partir do ano de 1975, de acordo com os dados do Habitasampa2. É importante falar sobre a origem dos moradores da área das comunidades de Interlagos: quase em sua maioria é descendente ou migratório dos estados de Minas Gerais, Pernambuco e Bahia.

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O Habitasampa é um sistema da Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB) desenvolvido para promover melhorias nos processos de trabalho, no atendimento, na disseminação de informação de forma transparente e interativa, assim disponibilizando site, mapas e operação.

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FAVELAS: Jardim Autódromo e Jardim Cristal Os primeiros barracos3 das comunidades eram construídos de madeira e cobertos de telhas de amianto, com poucas vielas4 e o esgoto a céu aberto que cortava a Favela do Jardim Cristal em seus primeiros anos, semelhança que acontecia nas demais favelas do Estado de São Paulo. A Favela do Jardim Autódromo composta por duas favelas: Jardim Autódromo e Jardim Cristal, localizadas na Avenida Interlagos. Tendo como confrontantes perimetrais o muro do Autódromo de Interlagos e muro da empresa Dormer. No início da ocupação havia no total 40 casas, em região não atendida por infraestrutura de saneamento básico, sendo local inclusive de despejo de lixo – ver figura 3.

Figura 3: Foto da Comunidade em 1987

Fonte – Morador do local Denilson. Junho de 1987.

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Pequena casa de tijolo, madeira ou outros materiais nos bairros pobres, em morros, ribanceiras ou à beira dos rios, coberta com palha, ramos, telha ou zinco; barracão. – Fonte: Dicionário Michaelis.

4 Rua ou travessa estreita; beco, quelha. – Fonte: Dicionário Michaelis.

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19 Foto morador do local– Denilson Melo

A PRESENÇA DA IRMÃ AGOSTINA NA HISTÓRIA DAS COMUNIDADES JARDIM AUTODROMO E JD CRISTAL Irmã Agostina5 é uma das principais lideranças da história da

Comunidade. Vinda da Itália em 1978, com a missão de formar novas noviças, logo descobriu um novo propósito: o de ajudar as pessoas. Um ano após sua chegada, ela decidiu viver dentro da favela e ajudar os moradores com a doação de comida e medicamentos, além de oferecer cursos de datilografia, corte e costura, entre outros.

Figura 4: Irmã Agostina

Fonte – Morador do local – Denilson Melo.

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Anna Maria Del Balzo, nome religioso irmã Agostina, em homenagem a Santo Agostinho, nascida em Nápoles, na Itália, em 1938. Veio da Itália para o Brasil em 1978 e no ano seguinte mudou-se para a comunidade Jardim Autódromo, se tornou uma grande liderança do bairro em 1986. Fundou oficialmente o centro comunitário Jardim Autódromo, expandiu sua atuação, ajudando a criar 16 núcleos na zona sul, atendendo mais de 4.000 pessoas. Irmã Agostina morreu aos 71 anos, no dia 1 de agosto de 2010. O trabalho da Irmã Agostina, não atende deu somente a comunidade Jardim Cristal, mas também outras regiões da Zona Sul, deixando um legado de muito trabalho, dedicação, amor e doação. "Ela foi uma evangelizadora, uma pessoa de oração e de luta. Ela não resmungava ou ficava parada. Ela juntava a evangelização com a ação" – Disse Tatto, deputado estatual em missa de oficialização da Escola Técnica Estutual Interlagos (Etec)

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A favela era composta por vários tipos de grupos, indo de famílias de trabalhadores a desempregados que viviam precariamente. Os índices de criminalidade eram alarmantes. Com o intuito de proporcionar melhorias a Comunidade, Agostina liderou uma série de ações importantes, como queimar o lixo que existia no local e organizar a ocupação dos terrenos. Na parte superior da favela, próximo à Avenida Interlagos isso, não foi possível devido a sua declividade. Já na parte baixa, tal organização não só foi viável como possibilitou acomodar novas famílias que ali chegavam. Os maiores lotes, entregues aos primeiros moradores, e que possuíam grandes demarcações de terra, também foram divididos, por vezes com familiares dos próprios posseiros e em outras a pedidos da Irmã.

No início dos anos de 1980 as primeiras reuniões aconteciam em uma sala comprada pela Irmã, onde discutiam-se pautas sobre melhorias para a favela, de modo que eles pudessem entender os problemas que lá existiam e como eles iriam resolvê-los, como saneamento e condições básicas de um bairro. Os moradores não possuíam endereço, algo que prejudicava a procura por um emprego. Foi então que decidiram nomear a comunidade de Jardim Autódromo. Agostina organizou junto a população algumas melhorias, como a canalização do esgoto que corria a céu aberto em direção ao córrego no final da favela. Um trecho foi canalizado pelos próprios moradores, os quais, mesmo com pouco dinheiro, colaboraram não só com a compra do material, mas também com a instalação dos tubos, fazendo assim o trabalho que deveria ser da própria prefeitura. A instalação foi muito bem executada, pois permanece em pleno funcionamento até os dias de hoje.

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Figura 5

Fonte – Morador do local – Denilson Melo. Junho de 1987.

Figura 6

Fonte – Morador do local – Denilson Melo. Junho de 1987.

Em 1982, foi construída a primeira creche da comunidade, que funcionava com doações de alimentos e outros recursos arrecadados por moradores nas casas e mansões dos bairros vizinhos. Algumas mulheres iam para rua pedir e outras ficavam na creche cozinhando e cuidando dos filhos daquelas que trabalhavam. Esta foi uma forma que 22

a irmã encontrou de tirar as mulheres de casa, trabalhando nelas sua independência. Em sua maioria, eram desconsideradas pelos homens, viviam acuadas com problemas familiares, sofriam com a violência doméstica e o desemprego. Através deste trabalho hoje muitas delas são formadas em áreas como pedagogia ou assistência social. Em 1987 a creche obteve convenio com a prefeitura. Nesta época havia cerca de 200 famílias morando no local.

No início dos anos 80, irmã Agostina passou a frequentar reuniões de movimentos urbanos. Seu trabalho teve maior ênfase junto a população, pois tinham a oportunidade de participar com ela destes encontros e ajudavar a trazer melhorias para as favelas. Inúmeras tentativas de reuniões foram feitas junto a prefeitura, até que, em 1990, com a administração da então prefeita Luiza Erundina, abriu-se espaço para a participação popular. Iniciou-se então um novo processo de desenvolvimento, com o levantamento da área executado pela prefeitura junto aos moradores. Esse levantamento foi feito lote a lote e de cada em casa. Obras emergenciais foram realizadas. Todo trabalho foi executado através de uma Assessoria Técnica formada por arquitetas contratadas pela prefeitura.

Através das reuniões com a participação dos moradores, as arquitetas elaboraram um plano que foi votado e aprovado em assembleia. O plano buscava igualar as condições e as possibilidades de todos, privilegiando, assim, a coletividade. Os moradores desejavam permanecer no mesmo local onde estavam suas casas. A partir da quantidade de moradores, foi gerado um lote mínimo de 42m², também aprovado em assembleia. Para abertura de ruas algumas casas foram removidas ou parte delas, o que gerou muita discussão e conflito entre os moradores e as lideranças, pois a luta sempre foi para que se mantivesse os moradores no mesmo lugar. Após um trabalho arduo a população entendeu que seria necessário realocar algumas famílias.

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Figura 7 – Irmã Agostina e moradores da favela.

Fonte – Denilson Melo - Morador do local. Junho de 1987

Neste momento a comunidade estava unida e em busca de melhores condições de vida, desejando que a então favela melhorasse para todos. Entendiam que era necessário a união para que o projeto saísse do papel, as pessoas necessitavam de um teto para morar e um bairro com mínimas condições de estrutura.

O projeto foi realizado por meio de mutirões, através do Programa FUNAPS Comunitário, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Habitação durante o governo de Luiza Erundina. A prefeitura licitou uma empreiteira, que foi responsável pelo projeto de urbanização, que incluía toda infraestrutura e material para a execução, que ficou à cargo dos próprios moradores. A participação e o trabalho dos técnicos enfatizaram a organização do mutirão, estabelecendo assim, regras e critérios para a escolha das famílias que teriam o direito as casas. A partir disso estipulou-se que as famílias que tiveram suas casas demolidas, para viabilizar o projeto, as que estavam a mais tempo nos alojamentos, e as que compareciam nas reuniões de mutirão teriam prioridade de escolha.

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Através dessa iniciativa pela administração da Luiza Erundina, foram entregues ruas planejadas, muros de arrimo e toda infraestrutura para distribuição de água e organização do sistema de esgoto.

Figura 8

Fonte – Denilson Melo - Morador do local. Junho de 1987

Na gestão de Paulo Maluf o mutirão foi interrompido. O Jd. Autódromo foi selecionado para receber o projeto Cingapura, mesmo contra a vontade dos moradores, que ainda executavam a construção de suas casas nos moldes propostos pela administração municipal anterior.

MUTIRÕES AUTOGERIDOS – LUIZA ERUNDINA O programa de construção por mutirão e Autogestão, FUNASP Comunitário, promovido pela Prefeita Luiza Erundina (Partidos dos Trabalhadores/ 1989-1992), foi o projeto de mutirões enviado para a segunda Conferência da ONU sobre HABITAT, em Istambul, como uma das 18 práticas bem sucedidas em políticas habitacionais desenvolvidas no Brasil. (BONDUKI 1996) Este programa foi realizado com os recursos do Fundo de Atendimento à População em Habitação Subnormal – FUNAPS, criado através da lei N. 8.906, de 27 de abril de 1979, pelo 25

prefeito Olavo Egydio Setubal, que tinha por objetivo destinar habitação para a população de baixa renda no município de São Paulo.

Os mutirões autogeridos propõe a construção de prédios e ou casas por meio da participação de seus futuros moradores.

Os projetos são desenvolvidos junto a uma acessória técnica, que é constituída por arquitetos e representantes da comunidade que opinam sobre os desenhos. O trabalho manual é feito pelos “mutirantes” assim como a compra e gestão de materiais.

“Ao

contrário

da

promoção

privada

capitalista, onde esses expedientes acabam apropriados autogeridos

como eles

lucro,

nos

garantem

mutirões

qualidade

na

moradia e economia para a prefeitura construir mais unidades.” (BONDUKI 1996) Neste

programa

habitacional,

as

associações

comunitárias e as cooperativas formadas por futuros moradores, assinam convenio com o FUNAPS, para receber, o financiamento e construir suas casas, se responsabilizando integralmente pela gestão do empreendimento.

Na administração de Luiza Erundina foram iniciados 100 mutirões para a construção de cerca de 11 mil unidades habitacionais, porém apenas 2 mil foram finalizadas, pois a administração seguinte, sob a gestão de Paulo Maluf (PPB), suspendeu todas as obras.

Em um artigo de 1991, para o IV Encontro Nacional da ANPUR, Nabil Bonduki, que estava à frente da HABI, apresentou um balanço sobre os primeiros anos do programa:

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“Os céticos vão se surpreender; os apaixonados vão se emocionar. Trata-se do Programa FUNAPS Comunitário, que viabilizou, na prática, uma reivindicação de quase dez anos do movimento de moradia de São Paulo: acesso à terra e financiamento de material de construção diretamente para cooperativas e mutirão, com assessoria técnica autônoma do poder político.

Neste programa habitacional pioneiro no Brasil, associações comunitárias, verdadeiras cooperativas habitacionais, assinam um convênio com o FUNAPS para receber financiamento e promover a edificação das moradias, administrando todos o processo produtivo: contratam entidade de assessoria técnica, montam o canteiro de obras e obtêm os instrumentos de trabalho, compram o material de construção, organizam o mutirão, envolvendo todos os futuros moradores, e contratam, até o limite de 10% do total do financiamento, parte da mão-de-obra necessária.” (ÍCARO VILLAÇA)

CINGAPURA NA FAVELA JD. AUTÓDROMO O projeto Cingapura iniciou-se no ano de 1994, na cidade de São Paulo, na gestão do então Prefeito Paulo Maluf, com o objetivo de abrigar quase 100 mil famílias. Tornou-se uma das principais marcas da gestão Maluf (1993-1996) e teve continuidade no governo de seu sucessor, Celso Pitta (1997-2000).

De

acordo

com

Peixoto

(2017),

a

ideia

era

substituir

autoconstruções precárias — tachadas de “habitações subnormais”, que em 1993 representavam cerca de 20% da população paulistana — por 27

meio de edifícios de altura maior que o comum na habitação brasileira.

Isso maximizaria o uso da terra e permitiria o adensamento em áreas mais centrais. Foi denominado de “Cingapura”, tendo como referência o nome advindo da habitação da cidade-nação de Singapura, alegadamente o modelo para o projeto do ex-prefeito.

Segundo Oliveira (2019), os edifícios não passariam dos cinco andares de apartamentos. Os arredores do projeto Cingapura eram áridos, com ausência de comércio formal. O foco era o de criar moradias para que pessoas pobres em áreas mais distantes das regiões mais prósperas de São Paulo.

Os prédios seriam edificados na área onde se encontrava a favela, o que proporcionaria ao morador permanecer no lugar, fixando sua residência na região, além da posse definitiva do imóvel.

Foi desenvolvido no âmbito da Secretaria Municipal de Habitação e Desenvolvimento Humano, SEHAB, e financiado por meio de um Fundo Municipal de Habitação, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID. Segundo o discurso apresentado pela Prefeitura, o objetivo do programa era a urbanização definitiva de favelas e de áreas degradadas, com a construção de prédios de apartamentos, a urbanização dos lotes a serem preservados e a relocação das habitações e lotes remanescentes para o atendimento das diretrizes do projeto global. Dessa forma, seria possível eliminar as áreas de risco e transformar as favelas em verdadeiros bairros. As principais ações envolviam a implantação e melhoria do sistema de saneamento básico, a instalação de redes de energia elétrica e de iluminação pública, além do tratamento das vias públicas e da implantação da coleta de lixo (Prodam).

França (2009, p. 131) avalia que, como um programa da política habitacional, a verticalização das favelas, face à necessidade de 28

adensamento da área, poderia ter sido considerado como uma das metodologias de intervenção em áreas de baixa renda muito adensadas, entretanto, em virtude da condução do debate sobre o projeto, foi interrompido o processo de conceito de urbanização de favelas até então construído por diversos profissionais. Segundo a autora, o projeto não alcançou as metas estabelecidas no que se refere ao número de empreendimentos e unidade, mas ao mesmo tempo tornouse referência na cidade de São Paulo, como um programa de sucesso para resolver o problema de favelas. O Cingapura, com suas singularidades, despertava o interesse da mídia e da Sociedade em geral.

NOVO PROJETO - CINGAPURA

O novo projeto proposto pela gestão Paulo Maluf, não respeitava as obras já realizadas na comunidade. Este previa a remoção total das construções, incluindo a creche, a escola, a igreja e todas as moradias construídas com dinheiro público. Mais uma vez, Agostina e as lideranças comunitárias batalharam pela permanência das famílias em suas casas.

Após muita luta, apoiada nos direitos que a constituição garantia, a população conseguiu manter as construções. Muitas famílias que viviam no alojamento, foram contempladas com o projeto Cingapura.

Em 1994 ano da concepção de licitação das primeiras obras iniciou o processo de urbanização da favela Jd. Autódromo, com o formato das construções dos prédios hoje já concluídas e denominadas Conjunto Habitacional Cingapura Autódromo, o qual fez parte da primeira parte do edital de obras do projeto Cingapura. A construção dos prédios foi feita à margem da Av. Interlagos e Beirando o muro do Autódromo de Interlagos, cercando então a favela que há em seu miolo.

Por fim o projeto não atendeu a demanda da favela como um todo, aqueles que não entraram neste projeto, ganharam um pedacinho 29

de terra concedido pela irmã na comunidade e construíram suas casas.

Outros moradores, por não se adaptarem a morar em prédios, trocaram seus apartamentos por casas na própria comunidade. Assim a comunidade foi crescendo, familiares e novos moradores foram se aglomerando por entre os becos, construimos casa sobre casa, despertando o olhar para novas intervenções na região.

Figura 10

Fonte – Morador do local – Denilson Melo. Junho de 1987.

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PIU- JURUBATUBA Figura 11

Fonte – Gestão Urbana

No ano de 2018 a comunidade tomou conhecimento – por partes dos próprios moradores - de um novo projeto de urbanização, o PIU ARCO DO JURUBATUBA, que mais uma vez visa urbanizar parte da favela com construções de habitações populares verticalizadas, sem grandes debates sobre o projeto e de como isso será realizado. Este contempla novas construções para o bairro, como um novo centro de negócios e de moradias de alto padrão dentro do próprio autódromo de Interlagos, novos viários e áreas verdes. De acordo com Douglas Tadashi 2019, o projeto de lei encaminhado para a Câmara dos Deputados, que apresenta um novo aspecto ao bairro, tem como intuído promover a valorização imobiliário da região. Também apresenta diversas exceções à lei de zoneamento, como forma de abrir uma nova frente de expansão ao capital imobiliário.

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Com isso, a prefeitura realizou conversas com as comunidades junto a defensoria públicas e os movimentos de moradia, sem amplo debate ou espaço para alterações, e o PL foi enviado para câmara.

Sendo assim, a implementação do projeto terá grande impacto e atingirá diretamente toda a comunidade Manuel de Teffé, uma vez que sua população apresenta maior vulnerabilidade social. Tais intervenções, propostas para o bairro, favorecem ainda a especulação imobiliária e o aumento nos preços dos aluguéis.

Favela Manuel de teffé Popularmente conhecida por seus moradores como “Morro ou Morrão” (devido a sua declividade em relação a parte baixa da várzea do rio Jurubatuba), entende-se ser Manuel de Teffé uma única favela, porém, pelos dados e registros oficiais da Prefeitura de São Paulo, está é constituída por três Comunidades; Manuel de Teffé, Mato Verde I e Mato Verde II. Com área de aproximada de 20 hectares e 350 domicílios, a origem da favela Manuel de Teffé, deu-se em 1975 através de uma ocupação espontânea e desorganizada. Tal demanda foi reflexo da instalação de inúmeras indústrias em Santo Amaro, o que atraiu moradores para a região por possuir um baixo valor da terra, além da imigração de famílias de outras regiões do país.

Diferente das favelas adjacentes o morro não passou por nenhum programa habitacional ou urbanização. Foi uma ocupação irregular que configura-se por um assentamento característico de favela.

De maneira autônoma e liderados por Sr. Geraldinho e Sr. Leci, os moradores se organizaram para buscar melhorias para a favela. Nesse mesmo período, os moradores Raquel Sampaio e Tuto Wehrle, promoviam encontros para apresentar aos moradores as condições em 32

que a favela se encontrava a fim de organizar movimentos pela qualificação do território. Mesmo com a precariedade e pouca infraestrutura, as reuniões eram realizadas com muita dedicação e embasamento para a compreensão dos fatos e da importância de se lutar por avanços na comunidade.

As reuniões tinham uma adesão considerável pelo fato de compartilharem o mesmo objetivo, já que na comunidade não tinha água, luz, e saneamento básico.

Nessa época, funcionou bem, depois das melhorias conseguidas com muita luta, passeatas realizadas até a prefeitura, pneus queimados na avenida, o povo foi se dispersando, isso aconteceu por volta dos anos 1993 - Diz Raquel Sampaio, moradora e organizadora das reuniões.

Após adquirir água encanada, energia elétrica e pavimentação da via, nenhuma nova transformação ocorreu e novas lutas, por parte dos moradores, surgiram.

Além do fato de estar próximo a margem do Rio Jurubatuba, a delimitação da favela na cidade é bem simples, está situada entre o muro do Autódromo de interlagos e o início do terreno da empresa EMAE - Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A, na parte baixa da favela, próxima a várzea do rio.

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2. ANÁLISE TERRITORIAL A seguir, uma série de análises, realizadas a partir de visitas de campo, serão apresentadas para que a compreensão social, espacial e urbana do perímetro delimitado seja alcançada, possibilitando esboços de possíveis frentes de atuação sobre o espaço.

No início do ano de 2020, para esta pesquisa, foi criado um questionário online6, através do qual os moradores responderiam a questões como: Em que comunidade mora, gênero, profissão, renda mensal, idade, quantas pessoas compõem o grupo familiar entre adultos e crianças, e outras questões levantadas para mapear o perfil da população das comunidades. Foram colados cartazes em pontos estratégicos, como becos e vielas, postes e comércios das comunidades, foram coletadas informações de porta em porta com questionários similares realizado para captação de dados para uso da associação Comunidades de Interlagos, (Associação que originou-se junto a este trabalho de pesquisa pelo autor), criando assim uma campanha de compartilhamento nas redes sociais, grupos e aplicativos de conversa, para maximizar o número de acessos.

Figura 12

Fonte: acervo do autor

6

Formulário online < https://forms.gle/PRXYKbCHKoSY1XBf8 > acessado em 20/05/2020.

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Deste formulário foi possível obter informações que serão consideradas na elaboração do projeto habitacional e no plano urbanístico proposto durante este trabalho de conclusão de curso.

A pesquisa foi iniciada em 02 de Março de 2020, e alcançou os seguintes números de respostas: 328 famílias da comunidade Morro e 368 famílias nas comunidades Jardim Autódromo e Jardim Cristal.

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O questionário teve maior adesão junto as mulheres, que moram na comunidade desde os anos 1990. Entre as três comunidades a comunidade do Morro foi a que mais respondeu ao formulário.

Algo que foi observado durantes as pesquisas e a vivência na comunidade, foi a faixa etária dos moradores da comunidade do Morrão, que está entre 20 e 50. Em relação a Comunidades do Jardim Autódromo e Jardim Cristal, apresenta outra realidade, com uma população mais velha, conforme mostram os gráficos abaixo.

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38

3- DIRETRIZES DE PROJETO – URBANIZAÇÃO FAVELA MANUEL DE TEFFÉ O objetivo da proposta parte da análise das visitas, entrevistas e vivencias dentro da comunidade do Morrão. A principal intenção do projeto é proporcionar melhor qualidade de vida, através da qualificação da área, no desenvolvimento de projetos de acessibilidades aos acessos, com escadarias e passagens adequadas e interativas, criando assim, áreas de lazer, praças e áreas de estar.

Faz parte da proposta: habitações sociais, áreas de lazer e estar, centro cultural multidisciplinar, praças e locais de convivência, proporcionando maior qualidade de vida e melhor vivência dentro da comunidade, por meio da implementação dessas áreas e espaços propostos.

Para melhor adequação do projeto será necessária a remoção de parte da comunidade, onde estão as áreas de risco e maior adensamento (área vermelha do mapa).

Neste primeiro mapa é possível constatar tal fato, consolidando as informações obtidas através do caminhar entre os becos, vielas, mas também a partir dos comentários e conversas realizadas in loco com os moradores, que relataram as condições de cada parte da favela.

Para melhor conhecimento técnico deste perímetro foi realizado ainda um estudo preliminar e a produção de mapas e desenhos esquemáticos para a compreensão do perímetro.

LEVANTAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS FISICAS Para melhor conhecimento técnico deste perímetro foi realizado um levantamento representado aqui através de mapas e desenhos esquemáticos para a compreensão do perímetro.

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TOPOGRAFIA O perfil natural do terreno em seu ponto mais alto, apresenta uma declividade de 20 metros no ponto alto próximo ao nível da rua e que vai descendo em paralelo as curvas do nível da rua até o terreno da EMAE. O desnível oscila a cada 1 metro em toda extensão da favela, vendo desse perfil topográfico um espigão, como mostram os cortes e o mapa ao lado.

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41

DENSIDADE Existem divergências sobre o número exato de pessoas que habitam a comunidade, a população cadastrada na UBS- Unidade Básica de Saúde atualmente do bairro está em aproximadamente 4.000 famílias, totalizando 14.000 pessoas. Dados do Habitasampa informam que o perímetro da favela Manuel de Teffé possui 350 domicílios, Mato Verde I apresenta 43 domicílios e Mato verde II 7 domicílios, o que, somados, resultam em 400 domicílios pertencentes a comunidade do Morrão.

Como podemos observar no mapa abaixo, com base nos dados do Geosampa e do IBGE, o bairro apresenta baixo adensamento, ao contrário das áreas apresentadas em tons médio e escuros. Já as áreas em laranja apresentam um grande adensamento, mais precisamente nos perímetros correspondentes as comunidades do bairro apesentando.

De acordo com análise, os valores elencados abaixo referem-se ao total de domicílios por hectares.

MAPA DENSIDADE

Mapa elaborado pelo Autor

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ÁREAS LIVRES Através do levantamento e elaboração do mapa das áreas livres e de lazer, pode-se notar que dentro do perímetro das casas não há muitos espaços livres, quando existentes são transitórios, como becos, vielas e escadas.

Uma área de lazer fica dentro do autódromo de Interlagos, que pode ser acessado pelo portão Z na Rua Manuel de Teffé, situado em frente a comunidade e que tem entrada liberada nos dias que não acontece eventos ou preparação para o grande prémio de Fórmula 1.

Neste período a entrada pode chegar a ficar por dois meses fechados, inviabilizando a passagem dos moradores.

Outras opções utilizadas como espaço livre e de lazer são as dos terrenos da EMAE, utilizados pelas crianças para brincar. No mapa acima a área está representada por círculos amarelos.

A EMAE realiza revitalização das margens, aprofunda e retira o lixo do rio. Entre os dias 6 de agosto de 2019 – data de início dos trabalhos – e 5 de junho de 2020, foi constatado o recorde de desassoreamento dos últimos cinco anos com a retirada de 240.595 m³ e 351.238 m³ de sedimentos, respectivamente. Somados, os materiais correspondem a mais de 34,6 mil caminhões basculantes.7

As ações de desaterro visam aumentar o espaço das áreas chamadas “bota-fora” por meio de escavação mecânica dos materiais depositados. Este processo terá o investimento de pouco mais de R$ 37 milhões e deve desaterrar 700 mil metros cúbicos de materiais em 12 meses.

Nessa mesma área, anteriormente, havia baixa vegetação com campos de várzea, áreas de lazer, longe da avenida e próximas as casas, áreas seguras onde as mães poderiam acompanhar os filhos, mesmo de longe, porém de dentro de suas casas.

7 Disponível em http://novoriopinheiros.sp.gov.br/ (acessado em 10/06/20)

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Como podemos observar nas imagens a seguir, diferente da realidade, após as transformações devido as obras, agravando ainda mais a qualidade de vida dos moradores e expondo essas áreas contaminadas.

Figuras 13 e 14

Fonte: acervo do autor

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Acessos e conexões A comunidade enfrenta grande desnível entre a parte alta onde passa a Rua Manuel de Teffé, a qual se estende linearmente por toda favela, sendo assim o único acesso de veículos na comunidade, a parte mais baixa da favela faz limite com a área do terreno da EMAE. A circulação é exclusivamente feita através de escadas, becos e vielas, os quais organizam a circulação da favela e fazem a ligação da rua com “atrás do muro”, como é conhecida a passagem, e a área da EMAE, em verde claro no mapa.

MAPA DE ACESSOS EXISTENTES

Mapa elaborado pelo autor

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Serão previstas circulações verticais em diversos níveis do terreno, criando o tipo de rua compartilhada essencial para o pedestre e a área de recreação e lazer, e promovendo assim, áreas de interação e convivência, na mesma área. Por fim, será possível estudar a viabilidade da criação de um parque natural.

Será proposto o alargamento das vielas para a implantação de grandes escadarias com maior fluxo de pessoas, estabelecendo áreas de recreação e de estar, e criando assim, espaços culturais ao ar livre mais arborizados, o que favorecerá a circulação do ar e uma melhor iluminação as casas.

MAPA DE ACESSOS FUTUROS-

Mapa Elaborado pelo Autor

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ILUSTRAÇÃO: CABUÇÚ DE BAIXA 05 E CABUÇÚ DE CIMA 08

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4. REFÊRENCIAS PROJETUAIS PERÍMETROS DE AÇÃO INTERGRADA CABUÇÚ DE BAIXA 05 E CABUÇÚ DE CIMA 08 O projeto se destaca por diferentes qualidades, como a preocupação

de

adequação

topográfica,

resultando

em

um

movimento interessante entre as áreas de uso coletivo e as áreas privadas permeadas por uma grande diversidade tipológica. Baseia-se em uma estrutura geral definida por aberturas de uma via interna, tratamento de águas correntes, sistemas de contenções e um parque que articula os espaços livres existentes e novos. Configurando, assim, intervenções pontuais e estratégicas que catalisam a transformação e a melhoria da área.

Nas áreas mais íngremes, o próprio edifício atuaria como estrutura de contenção e reforço do solo, criando também circulações verticais nestas encostas e permitindo acessos em diferentes níveis. O piso térreo dessas edificações concentraria os usos comunitários e serviços pra uso comum dos moradores.

Figuras 15

Fonte: Site Vitruvius

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Tipologias integradas como o território adaptando-se a morfologia do entorno, adotando uma volumetria similar às existentes, como podemos perceber na imagem (a seguir) as lâminas das edificações são divididas por blocos, favorecendo a fluidez entres os edifícios de modo a melhorar a acessibilidade do perímetro.

O edifico habitacional foi tratado como elemento vertical para suprir a densidade existente e assim deixar o solo livre para criação de áreas livres para uso público.

Em relação as edificações propostas para relocação, aponta-se a magnífica inserção, a diversidade de programa de necessidades, a flexibilidade e a diferenciação tipológica. Para as áreas de provisão, destaca-se a cuidadosa implantação dos projetos nas três áreas, a articulação volumétrica com os bairros vizinhos e a rica interpretação dos gabaritos, gerando a variação tipológica.

Figuras 16 e17

Fonte: Site Vitruvius

50

Foi proposto também uma ciclovia, ao longo do Córrego do Bananal, por ser a locação mais plana, que ligará a Avenida Cantido e a Avenida Inajar de Souza, percorrendo assim toda extensão do perímetro, sendo ela a principal ligação ao acesso a transportes intermodais.

PROJETO

DE

REQUALIFICAÇÃO

URBANA

EM

PARAISÓPOLIS – JARDIM COLOMBO Elaborado a partir do Programa de Urbanização de Favelas da Secretaria Municipal de Habitação, o projeto do escritório Levisky Arquitetos | Estratégia Urbana prevê a requalificação urbana do bairro.

Intervenções urbanísticas para a implantação do Parque Linear, com mobiliário urbano, iluminação pública, playground, equipamentos esportivos e de lazer, serviços públicos e novas unidades de uso misto, com comércio no pavimento térreo e unidades residenciais em edifícios de até 4 andares. Integrado às margens do córrego, a área contemplará novo mobiliário urbano com bicicletário, mesas, bancos e equipamentos de ginástica, áreas de estar e atividades de convivência, playground com brinquedos em madeira sobre base de piso emborrachado, áreas ajardinadas e vegetação de pequeno e de médio porte.

Figura 18

Fonte: Levisky Arquitetos Estratégia Urbana

51

Além de edifício Institucional de atividades desportivas e sociais com quadra e salas multidisciplinares, áreas de lazer descobertas, quadra de basquete, mais um lote de unidades habitacionais e comerciais, e a previsão de instalação de uma escola e um posto para reciclagem de resíduos complementam o Parque Linear a extremidade oposta do bairro.

•

Implantação de saneamento básico, canalização e coleta de

esgoto •

Eliminar lançamento de efluentes e águas pluviais no Córrego Figura 19

Fonte: Levisky Arquitetos Estratégia Urbana

•

Implantação de Parque Linear ao longo do Córrego Colombo

como elemento integrador e estruturador do bairro através das áreas verdes e novos equipamentos de lazer, saúde, esporte e cultura, bem como novas unidades de uso misto com térreo comercial e institucional e habitações nos pavimentos superiores; 52

Figura 20

 

Fonte: Levisky Arquitetos Estratégia Urbana

Diretrizes de Uso e Ocupação do Solo:

A ocupação dos novos lotes prevê; •

Condomínios de pequeno porte, para facilitar a administração

condominial; •

Adequação à topografia;

•

Adequação à densidade populacional e construtiva das tipologias

existentes; •

Uso misto com comércio e serviços, possibilitando a oferta de

empregos junto ao espaço de moradia; •

Uso misto institucional, possibilitando a oferta de equipamentos de

educação, saúde, lazer e esportes junto ao local de moradia.

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URBANIZAÇÃO DA FAVELA GUILHERME BUDE

O Perímetro de Ação Integrada Guilherme Bude faz parte do Concurso Renova SP, promovido através da Prefeitura de São Paulo.

A Favela Guilherme Bude apresenta uma situação relativamente consolidada tanto em termos físicos quanto sociais. O Projeto desenvolvido pelo escritório HF arquitetos, organizou-se a partir das infraestruturas necessárias da área, como acessos, implantação de espaços públicos como escadarias, vielas, praças infantis. Outras ações mais complexas relacionada a solução de drenagem, permitindo assim a criação de espaços de lazer infantil.

Figura 21

Fonte: Site HF ARQ

Localizada em São Paulo, no bairro de Tremembé, área de intervenção de aproximadamente de 8.300 m², possui 300 domicílios, no projeto foi proposto a intervenção 14 reassentamentos (4,6%) – H+F Arquitetura Podemos observar nas imagens acima a favela apresenta um alto desnível, seus principais acesso é feito através de escadas e muitas delas sem planejamento e nenhuma segurança para os moradores.

Os becos e vielas que cortam a favela de uma ponta a outra, da cota mais alta a cota mais baixa são as ruas de pedestre, dividem e 54

organizam a circulação desta comunidade dificultando assim os acessos e acessibilidades dos moradores.

Semelhanças essas também enfrentadas na comunidade Manuel de Teffé, em respeito aos desníveis enfrentados. As intervenções propostas na Favela Guilherme Bude, onde as escadarias tornam-se local de permanência, articulam formas onde propõem áreas de lazer, verde, áreas que eram apenas de passagem revolvem a qualidade do caminhar do pedestre como promovem áreas de convivo melhoram assim a vivência dos moradores.

Figura 22

Fonte: Site HF ARQ

55

Foto: Acupuntura urbana busca requalificar o bairro La Morรกn em Caracas, Venezuela

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5. PROJETO O objetivo da proposta parte da análise das visitas, entrevistas e vivencias dentro da comunidade do Morrão. A principal intenção do projeto é proporcionar melhor qualidade de vida, através da qualificação da área, no desenvolvimento de projetos de acessibilidades aos acessos, com escadarias e passagens adequadas e interativas, criando assim, áreas de lazer, praças e áreas de estar.

Faz parte da proposta: habitações sociais, áreas de lazer e estar, centro cultural multidisciplinar, praças e locais de convivência, proporcionando maior qualidade de vida e melhor vivência dentro da comunidade, por meio da implementação dessas áreas e espaços propostos.

Para melhor adequação do projeto será necessária a remoção de parte da comunidade, onde estão as áreas de risco e maior adensamento (área vermelha do mapa).

Neste primeiro mapa é possível constatar tal fato, consolidando as informações obtidas através do caminhar entre os becos, vielas, mas também a partir dos comentários e conversas realizadas in loco com os moradores, que relataram as condições de cada parte da favela.

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MAPA DE REMOÇÃO Os estudos e diagnostico da favela Manuel de Teffé gerou inicialmente o diagrama a abaixo: CASAS EM AMARELO: CONSOLIDAR. Área Passível de consolidação: Presença de Infraestrutura urbana, instalações as redes existentes e de fácil acesso ao viário oficial, sendo assim possível regularização fundiária.

CASAS EM VIABILIDADE.

LARANJA:

VERIFICAR

Remoção parcial / consolidação com alto grau de complexidade: Executar melhorias habitacionais (impermeabilização/ humidade/ ventilação/ iluminação e iluminação), casas sem acesso ao viário oficial, alto nível de adensamento.

CASAS TOTAL.

EM

VERMELHO:

REMOÇÃO

Remoção total: Topografia acidentada, ausência de infraestrutura urbana, precariedade construtiva, acessos precários e riscos geográficos R1 e R2. Escorregamentos, execução de contenções e estabilidade e necessidade de recuperação da área ocupada.

Após uma análise feita sobre cada área pré classificada, resultou no seguinte mapa de remoção (pág. 53), sendo viável a liberação da área para o desenvolvimento de novos edifícios de habitacionais, edifício cultural, além de áreas livres de convivência, quadras poliesportivas e escadarias.

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REMOVER - EM Á REA DE RISCO 2 (ESCORREGA MEN TO) - 30 UN IDADES

REMOVER - INSALUBRES - 177 UNIDADES REMOVER - ABERTURA DE VIA - 2 UNIDADE CONSOLIDA R - 72 UN IDADES

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O conjunto de intervenções desenhadas têm como objetivo atender as diretrizes apresentadas anteriormente, e podem ser sintetizadas em cinco categorias diferentes, sendo elas respectivamente: Intervenção tipo I: Praça de contemplação e estar.

Intervenção tipo II: Instalação das HIS para as famílias realocadas Intervenção tipo III: Implantação do centro cultural multidisciplinar.

Intervenção tipo IV: Áreas de lazer e prática de esporte.

Intervenção tipo V: Tratamento das vielas e escadarias remanescentes

60

61

PROPOSTAS A intenção do projeto parte do estudo do tecido topografico, no intuito de maximar o número de apartamento (246 unidades, de três tipos) com acesso em diferentes níveis, possibilitando assim a construção de apartamentos com 9 andares sem a necessidade de elevadores.

A partir das refleções e estudos da favela, foram intituidas premissas importantes para o conceito do projeto, como manter o fluxo atual e acrescentar mais acessos dando dinamica e melhor circulação e incentivando a permanencia as novas areas projetadas.

62

Com base nas premissas do levantamneto dos assentamentos précarios, isalubres e com alto indice de adensamento, motivos para a remoção, o projeto tem como proposta a reposição das habitações retiradas. Desta forma os espaços liberados possibilitou inserir das novas unidades habitacionais destas familias.

A disposiçãos dos edificios parte da proposta de circulação e ventilação cruzada beneficiando as áres secas voltadas para fachada norte e leste e as áres de circulção horizontal e ares molhadas para fachadas Sul e oeste. Desta forma, as unidades são pormovidas de iluminação e conforto termico.

Para que o projeto proposto por este trabalho tenha vida e animação foi necessario criar pontos de atração por toda favela criando assim areas de lazer e pratica de espotes como as quadras e escadarias com patamares, degraus e bancos que acomodam no terreno reafirmando, de maneira lúdica, o grande desnível topográfico existente.

Ao longo da parte baixa do terreno, estruturando longitudinalmente a área, está prevista uma via destinada aos veículos de manutenção e que servirá como segunda via de acesso como para favela.

63

O projeto propõe 9 edifícios com unidades de 55m² e 51m² com dois dormitorios e studios de 39m². As unidades habitacionais deste trabalho se inspirou nas plantas tipo do projeto SEHAB Heliópolis de Biselli Katchborian Arquitetos 8 Figuras 23 – Plantas tipo do projeto SEHAB Heliópolis de Biselli Katchborian Arquitetos

Fonte: Site Vitruvius

Plantas tipo desenvolvidas 55m²

51m²

39m?

8

Projeto: https://www.archdaily.com.br/br/625377/sehab-heliopolis-bisellikatchborian-arquitetos 64

746.69

46.55

745.58

746.77

732.09

732.37

731.65

N

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N

0

1

3

5

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Visão do pedestre na cota mais alta.

Vista aérea dos prédios de cinco andares, quadras e praça infantil.

78

Vista da aérea da quadra com barracas para comercialização de alimentos.

Vista da praça de estar e alimentação.

79

Vista do pedestre – Espaço projetado para acontecer feiras livres.

Vista escadaria próximo à rua de feira livre.

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BIBLIOGRAFIA BRANDALISE, Vitor Hugo. Cingapura estão rodeados por favelas. Folha de S.Paulo, São Paulo, 30 de agosto de 2011. Disponível em: < https://saopaulo.estadao.com.br/noticias/geral,cingapuras-estao-rodeados-por-favelasimp-,765918 >. Acesso em: 07 de março de 2020.

FUNDAÇÃO TIDE SETUBAL . Territórios de Direito: um guia para construir um plano de bairro com base na experiência do jardim Lapena. São Paulo: Fundação Tide Setubal, 2019 ORGANIZAÇÃO, Lara Ferreira, Paula Oliveira, Victor Laconi. Dimensões do Intervir em Favelas: desafios e perspectivas 1 ed. – São Paulo: Peabiru TCA/ Coletivo LabLaje, 2019 São Paulo, Prefeitura do Município. Plano Municipal de Habitação de São Paulo, Projeto de Lei nº 619/16. São Paulo, Secretaria municipal de habitação/ Companhia Metropolitana de habitação de São Paulo, 2016 Barrios populares Medellín: favelas São Paulo. Organização de Maria de Lourdes Zuquim, Liliana María Sánchez Mazo e colaboração Yvonne Mautner.

São Paulo: FAUUSP, 2017.

KOWARICK, Lúcio. Viver em Risco. Sobre a Vulnerabilidade Socioeconômica e Civil. Capitulo 5. Favelas: olhas internos e externos. São Paulo: Ed. 34, 2009 Urbanização de favelas no Brasil: um balanço preliminar do PAC / organização Adauto Lucio Cardoso, Rosana Denaldi. 1. Ed. – Rio de Janeiro. Letra Capital, 2018 OLIVEIRA, Abrahão. O Principal projeto de habitação popular de São Paulo: O Cingapura. São Paulo in foco: Disponível em http://www.saopauloinfoco.com.br/projeto-cingapura/. Acesso em 13 mai. 2020.

PEIXOTO, Luiz Eduardo. De Singapura a Cingapura: um conto de dois modelos habitacionais. Caos Planejado. Disponível em https://caosplanejado.com/de-singapura-a-cingapura-um-conto-de-doismodelos-habitacionais-conjunto-habitacional-hdb/. Acesso em 13 mai. 2020 Os primeiros mutirões autogeridos e a constituição das assessorias técnicas: http://www.ct-escoladacidade.org/contracondutas/editorias/trabalho-earquitetura/os-primeiros-mutiroes-autogeridos-e-a-constituicao-dasassessorias-tecnicas/

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