com sua mesa de trabalho, luminária, materiais de desenho, publicações, banqueta, painel com fotos, desenhos seus e de sua filha, lembranças, marcas de sua trajetória profissional, enfim, diversas fontes de inspiração. Os alunos pareciam estar “em casa” no espaço da exposição, à vontade, envolvidos em descobrir traços, expressões, personagens, temáticas, materiais e modos como o artista representa o que vê, percebe, pensa ou sente. Explorar de perto alguns materiais utilizados pelo artista em suas produções, descobrindo tipos de lápis, canetas e pontas para uso do nanquim foi algo muito instigante e contribuiu para que os alunos pudessem estabelecer relações entre o que estudaram na escola e o que viram na exposição, comparar os materiais que já conheciam e que costumavam usar em seus desenhos e aprender com o Antônio, sobre tipos de lápis mais adequados para cada traçado, tendo em vista que este artista tem também uma forte relação com o desenho.
Turma 43 no Jabutipê
ções sobre o artista e sua obra, especialmente através de sites da internet, e percebeu-se a riqueza do seu trabalho, que retrata o cotidiano de maneira quase surrealista, juntamente com situações absurdas, que envolvem sentimentos variados, como a solidão e o medo. Sua produção é marcada pela narração de histórias, vividas ou inventadas, com a presença do movimento, uso abundante de detalhes e contraste marcante do preto com o branco. Realiza desenhos em tiras de situações corriqueiras, como o atravessar a rua, subir escadas, andar de ônibus, próprias de quem vive na cena urbana, e também representa o contraste entre o cheio e o vazio, através de cenas como o vazio de brinquedos em uma praça pública e um shopping lotado de pessoas. Essas “marcas” do artista chamaram a atenção das docentes, que aceitaram o desafio de olhar mais de perto para esse trabalho, juntamente com seus alunos. Foi agendada, então, uma visita com os alunos ao Jabutipê, local da exposição, com um horário para cada uma das três turmas de 4º ano. A chegada ao espaço, após uma breve aproximação à obra do artista na es-
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Turma 41 no Jabutipê com Antônio Augusto Bueno
cola e planejamento da atividade, deu-se de forma muito interessante. Cada uma das turmas, ao entrar, rapidamente era absorvida pela forte presença das imagens nas paredes, através de desenhos (tiras) e, especialmente, de parte do atelier do artista Rafael Sica, que foi levado para dentro do espaço expositivo,
Turma 42 no Jabutipê