Avaliação das Facilidades Urbanas dos Bairros Santo Antônio e Maternidade da Cidade de Patos-PB

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AVALIAÇÃO DAS FACILIDADES URBANAS DOS BAIRROS SANTO ANTÔNIO E MATERNIDADE DA CIDADE DE PATOS-PB Anneliese Heyden Cabral de Lira Alexandre Augusto Bezerra da Cunha Rafaela da Silva Carvalho RESUMO A cidade de Patos tem apresentado um intenso processo de crescimento urbano, já que é uma cidade-polo com importante influência na mesorregião do Sertão paraibano, dando suporte educacional, comercial e de prestação de serviço aos municípios circunvizinhos. Entende-se, portanto, que para que a cidade cresça dentro de uma perspectiva sustentável e voltada para a sua população, é de extrema necessidade o levantamento dos indicadores da qualidade de vida dos setores urbanos. Assim, este artigo tem como tema a qualidade de vida urbana, com ênfase nas interfaces e indicadores das facilidades urbanas, mais especificamente dos bairros Maternidade e Santo Antônio, localizados na área central de Patos-PB. Para tanto, foi utilizado o Indicador de Facilidades Urbanas pertencente ao método científico IQVU-JP, elaborado por Ribeiro (2001), adaptado à realidade e às particularidades da cidade. Os resultados apontaram que os bairros investigados apresentam algumas deficiências nas facilidades urbanas relacionadas à pavimentação de vias carroçáveis, mas principalmente decorrentes de calçadas inadequadas e falta de coleta de esgoto através da concessionária local. Por outro lado, os bairros estudados apresentaram considerável presença de equipamentos públicos dentro dos seus perímetros. A pesquisa se apoiou em estudos teóricos e empíricos sobre a qualidade de vida urbana e seus indicadores e em métodos distintos, como pesquisa documental e de campo, utilização de ferramentas de softwares e análise satélite (Quantum GIS e Google Earth) para posterior tratamento estatístico do material coletado e formulação do Indicador de Facilidades Urbanas dos segmentos urbanos estudados. Palavras-chave: qualidade de vida; IQVU; facilidades urbanas.

1. INTRODUÇÃO Ultimamente, a qualidade de vida tem sido um dos temas centrais de debates sobre as políticas urbanas, de estratégias dos agentes particulares responsáveis pelo espaço urbano, bem como do cotidiano da população que busca distanciar-se de problemas frequentes nas cidades, como a insegurança e a ineficiência da gestão pública. Segundo Nahas (2005), essa situação tem sido evidenciada em função da atual incapacidade do modelo de desenvolvimento de gerir mais e melhor qualidade de vida e acentuada, principalmente, pelo crescimento acelerado e caótico das grandes cidades e suas consequências, como o agravamento das desigualdades sociais, da distribuição de bens e serviços, da poluição, do congestionamento e da degradação do meio ambiente (SANTOS; MARTINS, 2002). Muitas vezes, o conceito de qualidade de vida, divulgado na mídia e o que comumente corrobora para o senso comum da população, é associado a condições privilegiadas, ligadas a um alto padrão de vida ou à possibilidade de resolução individual de condições de acessibilidade à oferta de bens e serviços, de

3º SAU – Simpósio de Arquitetura e Urbanismo das FIP – ISSN 2526-3927 1


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