INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: DESENVOLVIMENTO URBANO E REGIONAL Patrícia Costa e Silva Cruz Alexandre Augusto Bezerra da Cunha Castro Eitonilda de Assis Bezerra Neta Mariana da Nóbrega Cesarino Gomes RESUMO As Instituições de Ensino Superior (IES), juntamente com o governo e os órgãos de iniciativa privada, são os principais atores responsáveis pelo desenvolvimento socioeconômico local e regional em longo prazo. Com o objetivo de investigar, por meio de revisão de literatura, o papel das IES no desenvolvimento regional onde estão inseridas, este artigo apresenta-se dividido em introdução e investigação teórica, a qual encontra-se por sua vez subdividida em quatro temas principais. Essa revisão bibliográfica é composta pela retomada da discussão sobre a evolução e o quadro atual da educação de ensino superior no Brasil, a sua relação com o desenvolvimento local e regional e os desafios enfrentados para atingir esse desenvolvimento. Por fim, após revisão de literatura, o presente trabalho procura evidenciar as várias dificuldades enfrentadas pelas IES na participação, junto ao governo e indústria, para o desenvolvimento em longo prazo nas escalas local e regional, e também elenca a necessidade de construção de uma ideologia comum entre esses três atores responsáveis pelo desenvolvimento. Palavras-chave: Desenvolvimento Urbano e Regional; Instituições de Ensino Superior; Planejamento Urbano e Regional; Polos de Desenvolvimento; Educação no Brasil.
INTRODUÇÃO O desenvolvimento econômico e social das regiões e cidades pode ser analisado a partir de várias vertentes, das quais é destaque neste artigo a implantação das Instituições de Ensino Superior, a partir de agora referidas por IES, responsáveis não apenas pela formação de mão de obra qualificada, tanto quanto pela geração de uma série de multiplicadores de produtos, técnicas, tecnologias e ainda novos conhecimentos e inovações, traçando uma espiral do ciclo da produção científica (DE OLIVEIRA, 2014). As universidades influem em diversas escalas, à medida em que possibilitam aos lugares se conectarem com o mundo concomitantemente ao enraizamento local, regional e por vezes global, com efeitos consideráveis nos circuitos de produção e consumo da economia. Estas produções e consumos, por sua vez, repercutem de forma multiplicadora nas estruturas espaciais, principalmente das cidades onde as instituições estão situadas (idem). A curto e médio prazo, tal conjuntura expressa nitidamente o aporte de recursos do Governo Federal, contribuinte no surgimento de diversas atividades; por outro lado, a médio e longo prazo, as IES contribuem ainda com a qualificação de mão de obra, promovendo desenvolvimento e a oferta de serviços mais qualificados, antes difíceis de serem ofertados devido à ausência de instituições de nível superior. Assim, as IES, enquanto instituições de ensino, pesquisa, extensão e promoção 3º SAU – Simpósio de Arquitetura e Urbanismo das FIP – ISSN 2526-3927 1