Barthô-Naïf

Portfolio

B a r t h ô - N a ï f

LUCAS CALIXTO ARQUITETURA E URBANISMO

AUTORES Jurema Regina de Oliveira Architecte d’intérieurs SMPW Qd 5 conj 9 lote 1 Brasília-DF desenharembrasilia@gmail.com Lucas Bandeira Calixto Arquiteto e Urbanista SMAS Trecho 1 Lt. C Bl. J 102 Brasília-DF br.lucascalixto@outlook.com Nemée Kiti Estagiária de Arquitetura, Universidade de Brasília SQS 306 Bl. E Apt. 603 Brasília-DF miruskiti@gmail.com CLIENTES Odécio Visintin Rossafa Garcia Engenheiro Agrônomo Q.56 Lt. 05 Apt. 411 Gama-DF Brasília-DF odeciorossafa@gmail.com Shirlene Aparecida Miranda Professora Q.56 Lt. 05 Apt. 411 Gama-DF Brasília-DF shirlenelaureano@hotmail.com ENTES ENVOLVIDOS Desenhar em Brasília Projetos Lucas Calixto Arquitetura DATA DE PRODUÇÃO 09/04/2019 CONTEÚDO Conjunto das três etapas do material pertinente à 1a fase do projeto do complexo Barthô-Naïf

I N F O

Agradecimentos Não é sempre que se tem a oportunidade de projetar/construir um museu, para qual tipo de arte que seja. Quando a proposta de um projeto de um museu a céu aberto foi-nos oferecida, sabíamos desde o princípio que o desafio seria grande. O terreno, de grandes proporções (quase 30 hectares!) era distante de áreas acessíveis do DF, contava com um acentuado e constante declive até alcançar o rio São Bartolomeu.

O projeto precisaria lidar muito bem com a multifunção exigida pelo proprietário, e ainda ao mesmo tempo possuir uma linguagem artístico-arquitetônica que o fizesse não só constituir uma unidade visível; mas também que o tornasse um oásis digno de atrair multidões.

Nunca duvidou-se, entretanto, do enorme potencial turistico que poderia ter um museu a céu aberto na capital do país, ela em si também um museu a céu aberto. O Barthô-Naïf é um conjunto de muitas expressões, que dão vida e fala a uma área negligenciada do Distrito Federal. A riqueza artística e intelectual do museu servirá de abrigo cultural a numerosos artistas - mas também ao povo que ali perto reside, de facto carente de opções culturais.

A arte Naïf, de origens francesas e consagrada no Brasil, é conhecida por sua recusa ao academicismo (naïf em francês significa “ingênuo”), à perspectiva impecável, ao racionalismo. Um complexo de arte Naïf no local e circunstâncias deste projeto não poderia ser outra coisa além de Naïf ele mesmo - e este foi o principal fio arquitetônico tecedor do projeto. Suas linhas-guia prezam pelo orgânico, espontâneo, popular, confeccionado. A arquitetura é local, produto de produtos locais, e ao maximo possível embebida de contribuições de outros artistas, criando um elo entre o museu e seus criadores tal qual o de criador e criatura.

Agradecemos imensamente aos senhores proprietários pela oportunidade, pelo empenho em tornar este sonho realidade e por ter-nos acolhido tão bem, com a mesma ternura de uma casa de campo, pronta a receber todos de braços abertos - e, diga-se de passagem, seremos eternamente gratos pelos agradáveis almoços de domingo.

- Os autores.

LUCAS CALIXTO ARQUITETURA E URBANISMO

Plano Diretor

Í N

Introdução

5

Estado de fato Arquitetura

5

Bioclimática

9

Sustentabilidade

11

Orgânica Permacultura

Ensaios e possibilidades

Arte Naïf

História e características Ensaios de

Arquitetura Naïf O cerrado e o

D I C E

Barthô-Naïf Síntese

3

11 13 13

13

Formação do Programa de Necessidades

15

Programa de Necessidades - Barthô Naïf 16 Organograma de Atividades Planta de Implantação 16 Atividades e Necessidades 17

15

Anexo 1: Mapa de reflorestamento 18 Anexo 2: Certificado de plantio de árvores 18

Estudo Preliminar 19 Cozinha do Cerrado 21 Bistrô/Administração 23 25 Usina Maodé 27 Cabanas/Ateliers W.C. Coletivo 29 Pórtico de Entrada 31

Identidade Visual

33

Placas, identificação de lugares 35 Placas, identificação de árvores e plantas 36 Placas, identificação de obras de arte 37 Rótulos de produtos 38

Mobiliários

41

Mesas mobiliário residencial e urbano 43 Bancos Cadeiras residencial e urbano 45 Outros Mobiliários Barthô 47 Anexo 1: Mapa de reflorestamento 49 Anexo 2: Certificado de plantio de árvores 49

Plano Diretor .

Introdução Há, na arquitetura, uma forte conotação técnico-artística embutida em suas formas físicas. Nenhum edifício ou conjunto de edifícios é planejado a esmo - e, se o for, resulta normalmente em aberrações arquitetônico-urbanísticas.

Todo projeto prescinde de análise de dados de naturezas variadas, e que precisam ser levadas em conta para que a arquitetura seja uma solução positiva e não meramente um acréscimo físico. Este conteúdo teórico, “invisível” que define a arquitetura, é a sua alma; Não se vê, apenas se experiencia.

O Plano Diretor de Arquitetura (Inglês: Architecture Masterplan) é o documento que rege a construção de determinado edifício ou complexo de edifícios. Ele deve conter dados suficientes sobre o terreno, clima, contexto locais, análise sociológica e histórica, programa de necessidades e planejamento do objeto e sua subsequente setorização de atividades. Sob todos os efeitos, o Plano Diretor é o coro da razão e existência da arquitetura.

O ponto culminante deste Plano Diretor é a planta de implantação do museu Barthô-Naïf, onde ter-se-á todas as atividades a serem desenvolvidas no complexo artístico bem setorizadas e relacionadas, seja entre si, seja com o terreno. A etapa posterior ao Plano Diretor é o Estudo Preliminar, onde conceber-se-á edificações mais materializadas interna e externamente, sempre obedecendo às diretrizes aqui estabelecidas.

O Plano Diretor é válido para todas as etapas do projeto e das obras. Em quaisquer momentos de dúvida ou de incerteza sobre o propósito e/ou construção de partes do conjunto, pode-se voltar a este documento e buscar diretrizes a seguir. O Plano Diretor é, ainda, flexível para com as etapas posteriores de projeto: Ele não define formas arquitetônicas, mas sim princípios, organizações e inter-relações entre as partes do projeto, que independentemente da forma física que possam assumir, deverão sempre ser norteadas por este documento.

Estado de fato O terreno de projeto localiza-se no endereço Córrego Capão Comprido, Rod. Ella Tony, Km 6,5. De proporções enormes (aprox. 310.000 m²), o ambiente é rural, com densidade populacional baixíssima (fig. 1) mas contando com assentamentos e acampamentos próximos. A topografia do terreno é relativamente acentuada, como demonstra a fig.

3, com um caimento contínuo em direção ao Rio São Bartolomeu. Este, em seu período de cheia, aumenta de várias magnitudes seu nível, alcançando grandes porções internas da área - como representado pelas fig. 4 e 5. A residência dos proprietários situa-se não muito distante deste rio.

A área é, ainda, palco de um reflorestamento praticado pelo proprietário, de modo a tornar o ambiente mais agradável e ambientalmente sustentável. Várias espécies de flores e vegetação arbustiva típicas do cerrado podem ser encontradas na área, seja nativamente como por plantio.

Outra importante característica regional é a importância da agricultura familiar, atualmente fonte de renda para várias comunidades locais, o qual poderia fomentar-se em projeto.

Cinco fuscas e uma kombi fazem parte do cenário próximo à residência dos proprietários, e também próximos a importantes estruturas erguidas, como os futuros “Usina Maodé” e “Cozinha do cerrado” (figs. 6 e 7). De grande notoriedade é a quantidade de materiais recuperados de descartes de obras ou de ferro-velhos (fig. 8). Estes, além de possuírem o potencial de configurar áreas temáticas específicas no projeto, são materiais com potencial emprego na construção de mobiliário, esculturas, ambientes arquitetônicos e outros.

Há diversas infraestruturas já presentes no local, tais como rede de distribuição de energia elétrica, tanques de armazenamento de águas pluviais (reprepresentados pela letra “T” na fig. 3) e caixa d’água. Diversas barreiras físicas ao escorrimento das águas pluviais também estão presentes, majoritariamente na primeira metade do terreno. Estas contém e redirecionam a água ao lençol freático.

Fig 1: Densidade habitacional no DF, com localização do terreno. (créditos: CODEPLAN)

Fig 2: Situação do terreno em São Sebastião. Extraído do Google Maps. (créditos: Lucas Calixto)

5

Sã

R io

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a)

b)

Poligonal terreno Área alcançada pela enchente Residência Corpo d´água

Fig 3: Mapa topográfico. (créditos: Odécio Rossafa)

Fig 4: Mapa de áreas alcançadas pela enchente do Rio São Bartolomeu. (créditos: Lucas Calixto, Jurema Oliveira)

Fig 5: A enchente do rio São Bartolomeu é destrutiva e pode causar danos ao patrimônio material. De cima para baixo: a) deck construído. b) Situação depois da enchente. (créditos: Lucas Calixto, Odécio Rossafa)

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Fig 6: Futura Usina Maodé. (créditos: Lucas Calixto)

Fig 7: Estrutura em madeira erigida, futura “Cozinha do Cerrrado” (créditos: Lucas Calixto)

Fig 8: Alguns materiais disponíveis. Da esquerda para a direita, iniciando do topo: Vidros de tamanhos padronizados, “cabeças” de postes, capacetes (dos operários que construíram o aeroporto de Brasília), painéis de aço e madeiras. (créditos: Lucas Calixto)

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Fig 9: Percurso por dentro de uma das áreas de reflorestamento. (créditos: Lucas Calixto)

Fig 11: Rio São Bartolomeu (créditos: Lucas Calixto)

Fig 10: Casa dos proprietários, futuro bistrô. (créditos: Lucas Calixto)

8

Arquitetura

Bioclimática De modo a conceber-se uma arquitetura que esteja em harmonia com o seu meio-ambiente - e especialmente com seu clima - faz-se necessária a consulta à normativa brasileira sobre o assunto, tratada na NBR 15220:2005 e na NBR 15575:2013. Delas, extrai-se que, dentre todas as Zonas Climáticas brasileiras, Brasília está situada na Zona 4 (fig. 12). Tem-se, como recomendações projetuais:

A extrema flutuação de umidade relativa do ar, especialmente na estação seca, requer reumidificação dos ambientes para evitar o desconforto por secura.

Criar corpos d’água (a saber: lagoas, córregos, fontes etc) pode criar o efeito resfriamento por evaporação, melhorando o conforto térmico nos espaços externos;

Verão: Resfriamento evaporativo e massa térmica para resfriamento; Ventilação seletiva (nos períodos quentes em que a temperatura interna seja superior à externa).

Ventiladores de teto podem contribuir enormemente para “armazenar frio” nas paredes durante a noite, consequentemente liberando-o durante o dia. Em dias quentes, tais ventiladores podem melhorar a sensação térmica em até 5 graus a menos;

Inverno: Aquecimento solar da edificação; Paredes internas pesadas para maior inércia térmica.

Aberturas para ventilação: médias Cobertura: leve isolada Sombreamento das aberturas: sombrear aberturas.

Subsequentemente, faz-se uso do software Climate Consultant 6.0, desenvolvido pela UCLA especificamente para o projeto arquitetônico em concordância com variantes climáticas. Verifica-se que Brasília, apesar de não apresentar as elevadas temperaturas do Norte e Nordeste brasileiros, possui uma incidência extrema de radiação solar, e uma grande variação diária de umidade do ar. Dos dados inseridos para Brasília, extrai-se (figs. 13 a 16): A criação de ambientes intermediários (sacadas, varandas), aliadas à criação de aberturas para a ventilação cruzada, alivia enormemente o desconforto causado pelo calor; A parede deve ser pesada (de forma a representar massa térmica contra a forte radiação solar) e a cobertura, termicamente isolada; Orientar maiores aberturas prevalentemente para o Leste e para o Sul; Evitar exposição Oeste;

Edifícios longos e estreitos maximizam o efeito da ventilação cruzada. Para facilitá-la, localizar janelas e portas em lados opostos dos ambientes. A direção do vento pode ser alterada em até 45 graus; A síntese destas propostas são representadas na fig.

17. Dentre todas as horas do ano (100%), apenas 20,8% apresentam conforto térmico natural - ou seja, sem o auxílio de quaisquer soluções arquitetônicas. Nas demais, para que se atinja níveis de conforto, é preciso em 33,6% das horas ganhos térmicos internos (durante a noite e os meses invernais), 29,3% Desumidificação, 26,6% Ventilação cruzada, 22,3% de sombreamento nas aberturas, 9,6% de massa térmica nas paredes, 3,9% resfriamento, e 1,2% aquecimento.

Para atender à estas diretrizes, faz-se uso extensivo de materiais com altíssima performance higrotérmica, tais como a terra, a madeira/bambu, a água etc. A forma dos edificios ainda contará enormemente no desempenho térmico, acústico e aéreo de seus espaços interiores, que deverão ser pensados para responder eficientemente a estas diretrizes aqui elencadas, apaziguando custos de funcionamento de equipamentos de climatização, e reduzindo o peso nas contas de energia/água do complexo.

Vegetação na fachada Oeste pode minimizar enormemente ganhos de temperatura;

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Fig 12: Carta climática de Brasília (créditos: Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Fig 13: Amplitude térmica de Brasília. Em amarelo: valores reais. Em verde: valores de projeto. Dados extraídos do software Climate Consultant 6.0.

Fig 14: Radiação solar em Brasília. Em amarelo: Normal direta. Em verde: Global horizontal. Em laranja: Total na superfície. Dados extraídos do software Climate Consultant 6.0.

Fig 16: Carta de ventos de Brasília. A direção prevalente de ventos é Leste, e os de maior intensidade vêm do Norte. Dados extraídos do software Climate Consultant 6.0.

Fig 15: Carta solar de Brasília. A cor vermelha indica desconforto por calor, a cor azul indica desconforto por frio. Em amarelo, conforto térmico natural. Dados extraídos do software Climate Consultant 6.0.

Fig 17: Estratégias de conforto térmico sintetizadas pelo programa Climate Consultant 6.0.

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Sustentabilidade

Orgânica

Para fins de maximizar não só a eficiência energética e gestão de recursos, mas também dar ênfase ao aspecto ambiental do projeto, faz-se útil que se adote práticas de uso e reuso de água sustentáveis (como coleta de águas pluviais, reuso de águas cinzas entre outros), Uso de energias alternativas tais como a energia solar, e a criação de fossas biológicas para conter a produção de esgoto.

O sistema de coleta e armazenamento de águas pluviais é relativamente simples e fácil de ser instalado.

Especialmente se instalado juntamente à caixa d’água em um ponto mais elevado do terreno de projeto, não só a água pode ser transportada até as demais edificações, mas também pode significar um alívio na conta de água da propriedade - uma vez que o custo de coleta da água é próximo a zero - em um sistema que depende unicamente da gravidade para o transporte de água, os custos marginais de funcionamento tendem a desaparecer. A infraestrutura de redes de água, entretanto, é a parte mais cara da instalação.

Há alternativas mais econômicas e relativamente modernas para o uso da energia solar. Uma delas é através dos OPV (Organic Photovoltaic), desenvolvidos pela startup brasileira SUNEW. Estes podem ser instalados em janelas, tetos, ou mesmo em mobiliários urbanos. Utilizo desta tecnologia também alivia as despesas com energia.

A fossa séptica com biodigestor é uma alternativa poderosa contra o altíssimo custo de se instalar uma rede de coleta de esgoto - que mais dependeria da prefeitura da cidade do que mesmo dos projetistas/construtores. A fossa funciona com bactérias já presentes em seu interior que consomem totalmente o resíduo sólido produzido nas residências.

Em se tratando de agroecologia, elemento chave para a sustentabilidade econômica da região, prevê-se hortas e pomares com cultivo orgânico, ervas medicinais, criação de animais etc. Esta esfera produtiva do projeto relaciona-se bem com o contexto local e oferece, além dos produtos alimentícios, um olhar para a produção do campo de forma mais direta e ecologicamente responsável, por parte dos visitantes do museu.

Permacultura

Ensaios e possibilidades

Permacultura é uma expressão originada do inglês “Permanent Agriculture”. Gradativamente foi-se compreendida como “Cultura Permanente”, passando a abranger uma ampla gama de conhecimentos oriundos de diversas áreas científicas, indo muito além da agricultura. Nos dias atuais, a permacultura transpassa desde da compreensão da ecologia, da leitura da paisagem, do reconhecimento de padrões naturais, do uso de energias e do bem manejar os recursos naturais, com o intuito de planejar e criar ambientes humanos sustentáveis e produtivos em equilíbrio e harmonia com a natureza. É considerada uma ciência holística e de cunho socioambiental, que congrega o saber científico com o tradicional popular.

A proposta de sustentabilidade que a permacultura propõe é de grande utilidade para a esfera produtiva do projeto Barthô-Naïf. Primeiro, pensa-se em uma cadeia de produção holística, “from cradle to grave” (do berço à cova), conceitos muito presentes em LCA, LCC e LCCA (respectivamente, Life Cycle Assessment, Life Cycle Cost e Life Cycle Cost Assessment), pilares da sustentabilidade dos materiais. De seus 12 princípios base (fig. 18), as ideias de cuidar da terra, cuidar das pessoas, não produzir dejetos desnecessários e captar e armazenar energia relacionam-se bem com a prática da agricultura orgânica (já presente na área), agricultura familiar e participação comunitária dos assentamentos próximos, reciclagem e redução de produtos descartáveis e geração de energia através da luz solar, respectivamente.

Concernente á temática da permacultura está o programa São Bartolomeu VIVO, iniciativa do Banco do Brasil e do BNDES iniciada em 2009 que visa o replantio e recuperação da vegetação lindeira ao mesmo, beneficiando centenas de agricultores locais. O envolvimento de populações locais é um ponto forte do projeto, que organiza seminários, atividades e eventos voltados à conscientização ambiental e à ações coletivas. Também envolvida na regeneração do rio São Bartolomeu é a Universidade de Brasília, através do Centro Referência em Conservação da Natureza e Recuperação de Áreas Degradadas (CRAD), com ativa produção de pesquisas na área.

Fig 18: Os 12 pilares da permacultura. (créditos: http://permacultura.ufsc.br/o-que-e-permacultura/)

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Fig 19: Esquema de coleta de águas pluviais. (autor desconhecido).

Fig 21: Fossas biológicas. (créditos: Embrapa).

Fig 23: Agricultura de cultivo orgânico presente na área de projeto, tal como praticado por Odécio Rossafa. (créditos: Jurema Oliveira)

Fig 20: OPV produtor de energia através do sol. (créditos: Sunew).

Fig 22: Tanque de psicultura, presente na área de projeto. (créditos: Jurema Oliveira)

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Arte Naïf

História e características Na França do final do século XIX, vários artistas já começavam a contestar a corrente Romântica de arte, que perdurava já há mais de 100 anos na Europa. Dentre as vanguardas artísticas que começaram a surgir na época, o Arte Naïf (do francês, “ingênuo”) tinha a particular característica de ser representado por pintores sem formação acadêmica. Henri Rousseau (1844-1910) é, talvez, o primeiro e mais célebre pintor Naïf.

Embora inicialmente tenha sido denotado como “Naïf” toda forma de arte que indispunha de treinamento acadêmico, existem hoje várias escolas de arte Naïf. Há no Brasil um museu inteiramente dedicado à esta arte, o MIAN (Museu Internacional de Arte Naïf) em Cosme Velho-RJ. O museu encerrou suas atividades por tempo indeterminado em 2016 por falta de recursos.

As características mais marcantes da arte Naïf são a sua obscena relação de proporção entre as partes do desenho e a recusa das leis da perspectiva, tais como a diminuição do tamanho dos elementos em função da distância, bem como o esvaziamento de cores e a diminuição de detalhes subsequentes. O resultado obtido é uma pintura com nível de detalhe uniformemente espalhado pelas partes, uma aparência “achatada” da imagem e semelhanças parciais com a pintura medieval.

Outro ponto marcante da arte Naïf é a vivacidade de suas cores. Em quase todas as obras deste gênero, é fácil perceber o jogo de cores fortes, em alternância entre si, criando uma multiplicidade de cores e formas que doam à arte Naïf um toque “infantil” e “puro”, de acordo com autores como John Albert Walker.

Ensaios de

Arquitetura Naïf Extraídas as principais características da arte Naïf enquanto pintura, é preciso agora transpor essa linguagem na sintaxe única da Arquitetura - que mais tem a ver com a música que com a pintura ou a escultura, por exemplo.

Lidar com a perspectiva na arte Naïf será, talvez, o maior dos desafios. Será preciso criar jogos de luz, sombra, cores, diferenças de altura para se atenuar o efeito da perspectiva no observador. Felizmente, grandes mestres da arquitetura italiana (como Michelangelo ou Guarino Guarini) já solucionaram o caso através de técnicas capazes de anular a perspectiva em geometria descritiva. Talvez o mais célebre destas obras seja o Vaticano, de Michelangelo (fig.

26).

A fig. 22 trata dos primeiros esboços e croquis sobre como uma arquitetura Naïf no contexto local poderia tomar forma. Vale-se de materiais, técnicas de construção e da grande vantagem de ter-se um terreno de declividade constante e acentuada.

O discurso sobre o que poderia ser arquitetura Naïf, entretanto, mostra-se notoriamente mais complexo do que a dualidade olhar x perspectiva. Uma arquitetura Naïf é também o produto de uma relação especial entre arte e técnica, onde a arte e seus elementos se sobrepujam à técnica: tem-se uma arquitetura ornamentada, exuberantemente decorada e colorida, rica de expressão e identidade. Neste ponto, a arquitetura Naïf assemelha-se ao impressionismo das artes visuais.

O paisagismo aliado com a arquitetura pode enriquecer a expressão de todo o conjunto arquitetônico, ainda mais se vêm utilizados diversas cores e materiais diferentes. Expressões populares de jardinagem e decoração, neste sentido, reforça o caráter “Naïf” do conjunto.

O cerrado e o

Barthô-Naïf Brasília é uma cidade de arquitetura e urbanismo modernistas, pensamento em vigor principalmente durante a primeira metade do século XX. A cidade é a materialização da linguagem modernista em urbanismo e urbanidade. Brasília está localizada relativamente distante de cidades históricas como Goiás Velho e Pirenópolis.

O rio São Bartolomeu faz parte de um fenômeno singular, sendo um elo entre as Bacias Amazônica e Platina. Um de seus tributários formadores (ribeirão mestre D’armas) nasce na Lagoa Bonita na Estação Ecológica de Águas Emendadas, onde as águas que brotam da Vereda Grande vertem em sentidos opostos e dão origem a duas das principais bacias hidrográficas do país: ao norte a bacia do Tocantins-Maranhão, desaguando no rio Amazonas e, ao sul a bacia do Paraná que deságua no oceano atlântico. Mas antes a água que nasce na Vereda corre em direção ao rio São Bartolomeu, que em Goiás deságua no rio Corumbá que se une ao Paranaíba, cujas águas desembocam no Paraná e na Bacia do Rio Prata.

A fauna e a flora do cerrado compões extensivamente a paisagem local (tanto naturalmente como artificialmente postos) e tem o potencial de ser um notório marco atrativo de visitantes.

Em aspectos culturais, observa-se que a produção de produtos típicos locais é forte. Doces (geléias, pães, bolos etc), bebidas alcoólicas (cervejas e cachaças artessanais), queijos, polpas e diversos pratos típicos tem uma presença forte na cultura regional. A compra, venda e produção destes produtos será um grande atrativo do complexo Barthô-Naïf, e dará voz e representação à esta cultura.

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Fig 24: Exexmplares do acervo de arte Naïf de Odécio Rossafa. (créditos: Lucas Calixto e Jurema Oliveira)

Fig 27: Croquis de arquitetura Naïf. (créditos: Lucas Calixto e Jurema Oliveira)

Fig 26: As laterais do pórtico da Basílica de São Pedro, no Vaticano, modificam a perspectiva do observador quando rejeitam o paralelo e organizam-se em “cone”, criando uma perspectiva “achatada” para o observador. (Recorte feito no Google Maps)

Fig 25: De cima para baixo: Bicho papão manso, criançada sobe em cima; Lagoa que tem piranha, jacaré nada de costas.

Por Orlando Fuzinelli. Acervo pessoal de Odécio Rossafa. (créditos: Lucas Calixto e Jurema Oliveira) Fig 28: Cabanas em arquitetura Naïf. (créditos: Lucas Calixto e Jurema Oliveira)

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Síntese

Programa de Necessidades - Barthô Naïf

Formação do Programa de Necessidades

Com os dados apresentados anteriormente e com o apoio dos documentos “Plano de Utilização da Unidade de Produção, Termo de Referência - Arquitetura, e Plano de Trabalho Caminhos do rio São Bartolomeu – Produção agroecológica e turismo de base comunitária, pode-se prosseguir à elaboração do programa de necessidades do complexo e, consequentemente, de sua primeira planta de implantação, com definição de fluxos de circulação de pessoas e setorização/agrupamento de atividades. É de se considerar que certas atividades têm mais urgência de serem desenvolvidas e construídas do que outras. Pensando nisto e, tendo em vista de que atualmente a maior parte delas localizam-se próximas à residência existente, decidiu-se por localizar a maior parte das atividades a partir da metade do terreno em diante. Isto permite a economia de infraestrutura, proximidade das opções de lazer/cultura e também dos dois reservatórios d’água existentes, que contribuem para o alívio do desconforto por calor.

Vale-se do Rio São Bartolomeu e seu grande potencial turístico, e cria-se o complexo de lazer São Bartolomeu, onde diversas atividades lindeiras localizam-se e usufruem da favorável localização para oferecer uma experiência diferenciada de vivência do rio. Redeiros, pesqueiros, um mirante, deck, entre outros, aproxima o visitante deste patrimônio natural.

Análise de Dados Programa de Necessidades Setorização e Organograma Planta de Implantação Fases subsequentes: Estudo Preliminar, Anteprojeto...

Fig 28: Esquema de desenvolvimento projetual. (créditos: Lucas Calixto e Jurema Oliveira)

Materiais disponíveis Terra Taipa de pilão Tijolos adobe Madeira - eucalipto X Troncos de 6m X Troncos de 9m Pedra Vidros Sucata metálica Capacetes plásticos decorativos Tintas naturais

Pórtico de entrada (Guarita/recepção) Recepção Acesso/passagem veículos Administração/arquivo Banheiro Adega do cerrado Armazenamento bebidas Espaço de circulação/exposição de produtos à venda Carga/descarga Biblioteca e Museu de Arte Naïf - Pintura Recepção Área para exposição Administração Salas de leitura/estudo Arquivo livros/quadros Sala multimídia Depósito de Material de limpeza Copa Banheiros Museu a céu aberto de escultura/land art/artesanato brasileiro Cabanas/Atelier Espaços convívio/íntimo Banheiro Bistrot/Administração Cozinha (ver programa de necessidades “cozinha do cerrado” Área de estar, com mesas Magazzino Sala Biblioteca Cozinha Bistrô (produtos)

Cozinha do Cerrado Área de preparo de alimentos quente/frio Lava-louças Cozimento Estoque de alimentos/refrigeração Depósito de materiais de limpeza Carga/Descarga Área externa de estar, com mesas Banheiro Usina Maodé Complexo de lazer São Bartolomeu Deck de observação Mirante Pesque-e-solte Redeiros Pesqueiros Restaurante Divina Comédia (mesmo programa de necessidades da cozinha do cerrado) Áreas de estar, com mesas/cadeiras/mobiliários Anfiteatros Jardins terapêuticos “Parque das kombis” Áreas de comércio/souvenir Loja comercial Banheiro

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Organograma de Atividades

Planta de Implantação

Complexo de lazer São Bartolomeu

Mirante

Deck de observação

N

Mirante São Bartolomeu

Área estar

Restaurante Divina Comédia

Magazzino

Cozinha

Quarto

Sala

Bistrot Área residencial

Pesqueiros Lava-louças

Usina Maodé

D.M.L. Arquivo livros/ quadros

Museu

Área estar

Banheiros Biblioteca

Reflorestamento

Estacionamento agricultura, pecuária

Carga/Descarga

Museu a céu aberto de escultura/land art/artesanato brasileiro

Sala/quarto Cabanas/Atelier

Cozinha do cerrado Comércio local

Parque das Kombis

Parque das Kombis

Biblioteca e Museu de Arte Naïf - Pintura

Jardins terapêuticos

Usina Maodé Adega do cerrado

Estoque/refrigeração

Cozinha do Cerrado

Recepção

Administração

Prep. alim.quente/frio

D.M.L.

Salas de leitura/ estudo Área para exposição

Sala multimídia

Banheiro

Redeiros

Área estar

Bistrot/Administração

Área serviço

Banheiros

Pesque-e-solte

Banheiros

Banheiros

Museu a céu aberto de escultura

Comércio/souvenir

Biblioteca/Museu de arte Naïf

Loja comercial

Anfiteatro

Banheiro

Anfiteatros

Percursos principais acessíveis por pedestres e veículos

Jardins terapêuticos

Estacionamento

Mirante

Acesso/passagem veículos

Administração/arquivo Recepção

Banheiro Banheiro

Pórtico de entrada ACESSO

LEGENDA Conjuntos/Edifícios Ambientes

Mirante Exposições Residências Comércio/venda produtos Tanques/reservatórios Área de produção Alcance da enchente Verde/reflorestamento Riconzitos

Complexo lazer São Bartolomeu Percursos principais Percursos calmos/secundários Curvas de nível

Acesso restrito

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Atividades e Necessidades Cozinha do cerrado: Uso de materiais/revestimentos resistentes à umidade e ao fogo. Ventilação suficiente para a renovação do ar interno, que tenderá a se sobreaquecer. O espaço deve conter farinheira, defumador, desidratador, forno, fogão industrial, freezer, geladeira e armários para estoque. Incluir carga/descarga e espaço para armazenamento de produtos alimentícios. Inclusão de banheiro para P.N.E.

Adega: bebidas precisam de um temperatura relativamente baixa para sua melhor conservação. Para tanto, propõe-se um edifício semi-enterrado, onde a temperatura da terra, naturalmente menor que a ambiente, auxilia na refrigeração das bebidas. A ventilação e a iluminação devem ser moderados. O espaço deverá abrigar as mais diversas bebidas localmente produzidas, tais como cachaças, cervejas, licores etc.

Jardins Terapêuticos: A proximidade de corpos d’água facilita na irrigação e na melhora da sensação térmica do jardim, bem como permite que o jardim componha o corpo d’água de modo a ser uma parte dele. A variedade da flora do cerrado é imensa, então recomenda-se o uso de várias espécies diferentes de forma a dar a cada um dos jardins um caráter único e próprio.

Anfiteatros: A priori, recomenda-se que sejam instalados onde o caimento do terreno é proeminente, minimizando o esforço necessário à sua escavação.

Biblioteca e museu de arte Naïf: Proximidade de circulação de grande porte, tanto para atrair público como para facilitar o transporte de obras de arte/literatura. A biblioteca e o museu não podem receber luz solar direta, mas sim luz difusa indireta. A ventilação mecânica faz-se necessária, para a renovação do ar, uma vez que a ventilação natural prejudica as obras de arte.

Museu a céu aberto de escultura: Será instalado entre a Biblioteca/Museu e a Praça das Kombis, quando tal localização dá a este museu um fluxo de pessoas, que passam por suas instalações e dedicam parte de seu tempo a apreciar as obras de arte.

Praça das Kombis: Sua localização estratégica no coro da área permite que ele seja um importante ponto focal de agrupamento de pessoas. Várias instalações de Land Art compõem o espaço. Uma pequena área de comércio oferece suporte à praça.

Pórtico de Entrada: A entrada e saída do complexo deve ser regulado e deve haver a divisão entre acesso de pedestres e de veículos. O edifício deve ser semi-transparente, de forma a não constituir um muro visual a quem está de fora. Deve, ainda, contar com área restrita, onde uma pequena administração lhe ofereça suporte organizacional.

Bistrot/administração: Na residência existente, construir-se-á uma área coberta, para o uso de cozinha.

Cabanas/Atelier: de caráter residencial, a iluminação e ventilação natural são de suma importância para proporcionar conforto térmico dentro dos ambientes. A localização próxima a corpos d’água compõe a paisagem, e contribui à sensação de refrescância devido ao resfriamento termoevaporativo. Aberturas devem ser sombreadas.

Complexo de lazer São Bartolomeu: Por estar em direto contato com a zona de alcance da enchente do rio São Bartolomeu, absolutamente nada nesta área deve ser fixo: recomenda-se a utilização de seixos rolados para a forração da terra, mobiliário móvel (mesas e cadeiras não-fixas) e caminhos em pedra. O programa de necessidades do restaurante obedece àquele do Bistrot. Recomenda-se que haja uma praça de encontros com fire place.

Usina Maodé: Espaço flexível de planta livre. Abrigará diversas funções ao longo de sua vida útil. Propõe-se, em um primeiro momento, as funções de museu, comércio e atelier. Divisórias internas devem ser biombos móveis.

Prever espaço para armazenamento de tais divisórias.

Notas adicionais: Toda a área verde de mata ciliar do rio São Bartolomeu, alvo de reflorestamento, pode ser palco de trilhas florestais, inclusive com mensagens de conscientização ecológica.

Os croquis e ideias presentes nesta seção são apenas indicativos. A forma final dos edifícios pode não se assemelhar com o que aqui foi ilustrado.

17

18

Estudo Preliminar .

Cozinha do Cerrado

21

Esquema axial - conceito Escala: 1:50

Planta-baixa Escala: 1:50

22

Bistrot/Administração

23

proj. telhado

proj. telhado

COZINHA

COZINHA

COZINHA

SALA

SALA SALA

SALA

BANHO

XSIZE YSIZE

XSIZE YSIZE

SALA

BIBLIOTECA

SALA

BANHO

BIBLIOTECA

Construir Demolir

Planta-baixa anรกlise Escala: 1:100

Planta-baixa Escala: 1:100

24

Usina MaodĂŠ

25

projeção telhado

projeção telhado

Planta-baixa Mezzanino Escala: indicada 0

1

2

5

Planta-baixa Térreo Escala: indicada 0

1

2

5

26

Cabanas/Ateliers

27

28

W.C. Coletivo

29

Fachada Banheiro coletivo Escala: 1:50

P.N.E.

Planta Banheiro coletivo Escala: 1:50

30

Pรณrtico de Entrada

31

32

Identidade Visual .

Placas, identificação de lugares

Placa de madeira, nome “esculpido”; Feita de madeiras diferentes de acordo com a técnica de marchetaria, dando-lhe cor e riqueza de expressão, típicas da arte Naïf; Logo do Barthô-Naïf também esculpida, e desenhada por cima da madeira; Acompanha Mapa de Localização.

Exemplos

*Nota: todas as placas acompanharão mapa de toda a fazenda com indicação de localização.

35

Placas, identificação de árvores e plantas Modelo

Frente

Ipê Amarelo

Handroanthus chrysotrichus TRONCO

FLOR

Texto acerca da árvore/planta em questão. Dados geográficos, biológicos, curiosidades etc. Árvore nativa ou parte do projeto de reflorestamento São Bartolomeu VIVO?

ISO

Inclinada, para facilitar a leitura Feita de madeira reaproveitada (com cascas das árvores já existentes na fazenda) Escrita cor preta, por cima da madeira Dados científicos suficientes Imagens de seu tronco, folha, flor, fruto... O que convier para sua ilustração Em linha com o concebido para o mobiliário do projeto Barthô-Naïf

FRUTO

36

Placas, identificação de obras de arte

Ciranda de São João Autor: Bárbara Rochlitz Óleo sobre tela, X x Xcm, 2010

FOTO

“citação de Bárbara Rochlitz”.

- Bárbara Rochlitz

A obra de Bárbara Rochlitz invoca o ambiente e zeitgeist do interior brasileiro, marcado pela festividade, simplicidade e tradição. Bárbara retrata em suas obras as cores e alegrias do povo comum, valendo-se da arte Naïf para sintetizar sua mensagem.

No quadro, percebemos a multiplicidade de cores e geometrização de formas, criando uma imagem frontal, cuja atenção principal é a ciranda ao centro.

Primeira

Segunda

A placa é dividida em duas; Uma com as principais informações sobre a obra e outra sobre o/a artista. A segunda placa, apenas presa à primeira por cordas, possa ser manuseada pelo observador. A placa com os dados da obra fica presa ao biombo.

37

Rótulos de produtos Barthô-Naïf

Doce de Goiaba Produto artesanal

400ml

Os produtos da Fazenda Barthô são feitos artesanalmente por produtores locais, 100% orgânicos e com insumos regionais. Têm o sabor autêntico do cerrado, feito por mãos que acompanharam desde o plantio até o produto final.

Barthô-Naïf

Os produtos da Fazenda Barthô são feitos artesanalmente por produtores locais, 100% orgânicos e com insumos regionais. Têm o sabor autêntico do cerrado, feito por mãos que acompanharam desde o plantio até o produto final.

Ingredientes: produto, produto, produto, produto, produto. Não contém glúten. FABRICADO EM: XX/XX/XXXX. Após aberto, consumir em até X dias.

Ingredientes: produto, produto, produto, produto, produto. Não contém glúten. FABRICADO EM: XX/XX/XXXX. Após aberto, consumir em até X dias.

Fabricado por: nome. Endereço.

Telefone.

Nome do Produto Produto artesanal

000ml

Fabricado por: nome.

Endereço. Telefone.

O traçado do rio é valorizado, e “cortado” no rótulo de acordo com o tamanho do mesmo; Cores fortes, típicas da arte Naïf Informações suficientes sobre o produto, o produtor e sobre a missão do Barthô-Naïf

38

39

Produto artesanal

Cachaça

Barthô-Naïf

Produto artesanal

Cerveja

Barthô-Naïf

300ml

300ml

Fabricado por: nome.

Endereço. Telefone.

Ingredientes: produto, produto, produto, produto, produto. Não contém glúten. FABRICADO EM: XX/XX/XXXX. Após aberto, consumir em até X dias.

Os produtos da Fazenda Barthô são feitos artesanalmente por produtores locais, 100% orgânicos e com insumos regionais. Têm o sabor autêntico do cerrado, feito por mãos que acompanharam desde o plantio até o produto final.

Fabricado por: nome.

Endereço. Telefone.

Ingredientes: produto, produto, produto, produto, produto. Não contém glúten. FABRICADO EM: XX/XX/XXXX. Após aberto, consumir em até X dias.

Os produtos da Fazenda Barthô são feitos artesanalmente por produtores locais, 100% orgânicos e com insumos regionais. Têm o sabor autêntico do cerrado, feito por mãos que acompanharam desde o plantio até o produto final.

40

Mobiliรกrios .

Mesas

mobiliário residencial

e urbano

Mesa 1: croqui. Aquarela sobre papel

Mesa 1: maquete física. Papel supremo e acetato.

Mesa 2: croqui. Aquarela sobre papel

Mesa 2: maquete física. Papelão e acetato.

43

Mesa 3: maquete física. Papelão. Alternativamente, pode ser pensada como elemento de esquadria.

Mesa 3: maquete física. Papelão. Perspectiva.

Mesa 3: Croqui. Pintura à lápis de cor sobre papel.

44

Bancos

Cadeiras residencial

e urbano

Cadeira 1: croqui. Aquarela sobre papel. Mobiliário residencial.

Cadeira 1: maquete física. Papelão. Perspectiva.

Banco 1: croqui. Aquarela sobre papel . Mobiliário urbano/paisagístico

Banco 2: croqui. Aquarela sobre papel. Mobiliário urbano/paisagístico

45

Cadeira 2: croqui. Aquarela sobre papel. Mobiliário residencial

Cadeira 3: croqui. Aquarela sobre papel. Mobiliário residencial

Banco 3: croqui. Aquarela sobre papel. Mobiliário urbano/paisagístico

Banco 4: Maquete física. Papelão. Mobiliário residencial.

46

Outros

Mobiliários

Barthô

Banco 3: croqui. Aquarela sobre papel. Mobiliário urbano/paisagístico

Cadeira 2: croqui. Aquarela sobre papel. Mobiliário residencial

Biombo: croqui. Pintura à lápis de cor sobre papel. Mobiliário da Usina Maodé.

Biombo: croqui. Pintura à lápis de cor sobre papel. Mobiliário da Usina Maodé.

47

Lustre: croqui. Lápis sobre papel. Mobiliário residencial.

Luminária 2: croqui. Aquarela sobre papel.

Mobiliário residencial.

Lustre: croqui. Aquarela sobre papel. Mobiliário residencial

Luminária 1: croqui. Aquarela sobre papel. Mobiliário residencial.

48

Anexo 1: Mapa de reflorestamento

210000

220000

230000

240000

Formosa

Planaltina de Goiás BR

01

Goiás

829 0000

829 0000

200000

0

Área para Recuperação - Fazenda Barthô

Goiás 190000

Anexo 2: Certificado de plantio de árvores

Sobradinho

Planaltina

Lagoa

Bonita Mestre d' A r a m s

20

BR-0

5

DF

Ri

o

pi Pi

00

C ó rr. Qu in z

1

Distrito Federal

230

e DF

So br

250

a di nho

826 0000

826 0000

Ri b.

827 0000

34

rip au

DF

Có

827 0000

r r. Fu m a l

.

b Ri

DF

828 0000

828 0000

DF-205

Rio São

0

25

á

Paranoá

R

825 0000

825 0000

r a no

Rio S

Ri o Pa

Lago Paranoá

ão Bartol

o m eu

meu

tolo

Bar

DF

DF 260

b.

Ri

oA St

ni o d

a Pa

p ud

a

70

DF 2

São Sebastião

0

Santa Maria

a

0

2,5

5

10 km

824 0000

me u Ri

0 10 20

48°0'W

820 0000

MG

816 0000

GO

o Sã B o a rt o l

824 0000 820 0000

o

160000

200000

240000

40 Km

280000

230000

240000

Legenda

280000

828 0000

240000

DF

816 0000

MS

18°0'S

18°0'S

DF

MG

52°0'W

14°0'S

BA

MT

200000

220000

828 0000

160000

TO 14°0'S

eirin h

210000

48°0'W

GO

400 m

51

200000

52°0'W

200

1:275.000

190000

BRASIL

100

BR 2

Ri

b.

Ca ch o

ô nt

oc a

824 0000

824 0000

i

b.

Ta b

Fazenda Barthô Área para recuperação 1 (5,5 ha) Área para recuperação 2 (21 ha) Alto São Bartolomeu Bacia do Rio São Bartolomeu Hidrografia Massa d'água Limite dos Municípios e Regiões Administrativas Sistema Viário Rodovia Pavimentada Rodovia não Pavimentada

Escala Numérica em Impressão A4 Projeção Universal Transversa de Mercator Datum Horizontal WGS84 / Zona 23 Sul Imagem Google Earth, 2004.

49

50