RTI Dezembro 2023

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DESTAQUES Ano 24 - Nº- 283 Dezembro de 2023

Marcas de Destaque nos Provedores de Internet – 7ª edição

Pesquisa anual realizada pela RTI traz as marcas mais usadas pelos provedores de Internet. O levantamento compreende 26 categorias de produtos, como equipamentos GPON, cabos ópticos, gabinetes, antenas e roteadores, além de software de gestão comercial.

PESQUISA

22

Ar-condicionado de precisão para data centers

O artigo mostra as vantagens no uso de um ar-condicionado de precisão para ambientes de missão crítica, bem como suas principais características e cuidados na instalação.

CLIMATIZAÇÃO

32

Evolução dos transponders em redes DWDM

O artigo traz o histórico do desenvolvimento dos transponders ópticos desde a chegada do 1G na década de 1980 até a vanguarda da inovação, com taxas que ultrapassam as barreiras dos 400G, alcançando 800G e perspectivas de transmissões multi-terabit.

REDES ÓPTICAS

40

Otimização de parâmetros operacionais utilizando CFD e processo iterativo

O processo iterativo, aliado a ferramentas de CFD - simulação computacional de dinâmica dos fluidos, é uma importante metodologia para avaliação progressiva de melhorias nas operações de data centers, permitindo obter de maneira assertiva a melhor performance de cada solução.

DATA CENTERS

Capa: Helio Bettega Foto: Shutterstock

44

Confiabilidade mecânica e desempenho de cabos ópticos ao longo dos anos

As novas gerações de tecnologia de fibra óptica são pioneiras na expansão da conectividade de banda larga, e seu desempenho é vital para o sistema como um todo. O artigo analisa o desempenho mecânico de um cabo instalado em ambiente externo por 34 anos.

SEÇÕES Editorial

6

Informações

8

Interface

70

Segurança

74

Em Rede

76

Produtos

78

O artigo mostra como evoluir e adaptar as soluções de interconexão de data centers (DCI) para suportar as demandas crescentes de capacidade de expansão com uso de plataformas ópticas modulares mais compactas e mecanismos ópticos coerentes embutidos conectáveis.

Publicações

80

Índice de anunciantes

80

TENDÊNCIAS

ISP em Foco

82

REDES EXTERNAS

50

Estratégias de proteção física e virtual para data centers

É importante planejar o crescimento futuro, abordar a segurança física e cibernética num único plano e investir em um sistema de segurança que possa escalar, adaptar-se e evoluir de acordo com as necessidades imediatas e futuras dos data centers.

SEGURANÇA

54

Desafios econômicos e de capacidade nos data centers

60

PoE: superando o desequilíbrio de resistência

O PoE – Power over Ethernet está se tornando cada vez mais difundido no mercado. Mas é preciso garantir o reduzido desequilíbrio de resistência de corrente entre condutores de um mesmo par, evitando problemas de transmissão de dados ou aquecimento.

CABEAMENTO ESTRUTURADO

64

As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por RTI, podendo mesmo ser contrárias a estas.


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EDITORIAL

ARANDA

EDITORA

TÉCNICA

CULTURAL

LTDA.

Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves, e José Rubens Alves de Souza (in memoriam)

Pesquisa RTI mostra as marcas de destaque junto aos provedores Os fornecedores de equipamentos e serviços para a infraestrutura de redes e telecomunicações têm boas perspectivas para o próximo ano, com ampliação de produção, contratação de equipes e desenvolvimento de novas tecnologias. Um bom exemplo desse otimismo pode ser conferido na matéria publicada na página 15, que detalha os planos de nacionalização de soluções ópticas da chinesa FiberHome, em parceria com a brasileira Intelbras. Com foco principal no segmento de provedores de Internet, a produção local deverá trazer vantagens tributárias, facilidade logística, custo livre das oscilações do dólar e ganho de competitividade. A união permitirá às companhias a ampliação do potencial de mercado (ativos + passivos ópticos) no Brasil de R$ 1 bilhão para R$ 4 bilhões. O investimento comprova que o setor de fibra óptica não está saturado. Pelo contrário, ainda há muitas oportunidades a serem exploradas. Conforme dados de agosto de 2023 da Anatel, o país tem 46,9 milhões de acessos de banda larga fixa, o que representa 70% dos domicílios. Desse total, somente 32,8 milhões utilizam fibra. Ou seja, quase 15 milhões ainda adotam tecnologias antigas, como cabo coaxial e ADSL, que precisarão ser atualizadas. E a própria rede GPON já instalada começa a ser substituída por padrões de maior velocidade, como XG-PON e XGS-PON. A mesma situação acontece no backbone, com o avanço das tecnologias DWDM. Esta edição da RTI traz conteúdos técnicos que detalham esses assuntos, como a evolução dos transponders DWDM (pág. 40) e de plataformas ópticas conectáveis de alta densidade para interligação de data centers (pág. 60). Para completar, também abordamos os desafios em infraestrutura para garantir o desempenho adequado das instalações e servidores, como é o caso da climatização dos ambientes de missão crítica. Os avanços no mercado de tecnologia continuarão a demandar conectividade de qualidade para suportar os novos serviços e aplicações, como IA – Inteligência Artificial generativa e IoT – Internet das Coisas. Para as empresas que atuam (ou pretendem entrar) no mercado de Internet, é fundamental conhecer o posicionamento de sua marca e dos concorrentes para direcionar seus investimentos. A pesquisa Marcas de Destaque nos Provedores é o melhor termômetro nesse sentido. O levantamento, realizado pela Revista RTI desde 2017, apresenta as marcas mais usadas em 26 categorias de produtos para a construção e operação de redes, como equipamentos GPON, cabos e roteadores. Em um país em que dados de mercado são raros, o trabalho traz uma boa referência para fabricantes e usuários. Os resultados desta sétima edição podem ser conferidos a partir da página 22. Sandra Mogami – Editora sm@arandaeditora.com.br

REDAÇÃO: Diretor Diretor: José Rubens Alves de Souza (in memoriam) Jornalista responsável: Sandra Mogami (MTB 21.780) Repórter: Fábio Laudonio (MTB 59.526) SECRETÁRIAS DE REDAÇÃO E PESQUISAS: Milena Venceslau e Sabrina Emilly dos Anjos Costa PUBLICIDADE NACIONAL: Gerente comercial comercial: Élcio S. Cavalcanti Contatos: Rodrigo Lima (rodrigo.lima@arandaeditora.com.br) Cibele Tommasini (cibele.tommasini@arandaeditora.com.br) REPRESENTANTES: Minas Gerais: Oswaldo Alipio Dias Christo Rua Vila Rica, 1919, cj. 403 – 30720-380 – Belo Horizonte Tel.: (31) 3412-7031 – Cel.: (31) 9975-7031 – oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista Rua Carlos Dietzsch, 541, cj. 204 – Bloco E – 80330-000 – Curitiba Tel.: (41) 3501-2489 – Cel.: (41) 99728-3060 – romildoparana@gmail.com Rio de Janeiro e Interior de São Paulo: Guilherme Carvalho Tel. (11) 98149-8896 – guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Rio Grande do Sul: Maria José da Silva Tel.: (11) 2157-0291 – Cel.: (11) 98179-9661 – maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES China: Mr. Weng Jie – Zhejiang International Adv. Group – 2-601 Huandong Gongyu, Hangzhou Zhejiang 310004, China Tel.: +86 571 8515-0937 – jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPro e K. – Mr. Sven Anacker – Starenstrasse 94 46D – 42389 Wuppertal Tel.: +49 202 373294 11, sa@intermediapro.de Italy: QUAINI Pubblicità – Ms. Graziella Quaini Via Meloria 7 – 20148 Milan Tel: +39 2 39216180 – grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina Grande Maison Room 303, 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073, Japan Tel: +81-(0)3-3263-5065 – e-mail: aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn 2nd Fl., ANA Building, 257-1 Myeongil-Dong, Gangdong-gu Seoul 134-070 Tel: +82 2 481-3411 – jesmedia@unitel.co.kr Spain: GENERAL DE EDICIONES – Mr. Eugenio A. Feijoo C/Juan de Olia, 11-13, 2a. Planta 28020 Madri Tel: +34 91 572-0750 – gee@gee.es Switzerland: Mr. Rico Dormann, Media Consultant Marketing Switzerland Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon Tel: + 41 1 720-8550 – beatrice.bernhard@rdormann.ch Taiwan: WORLDWIDE S Services Co. Ltd. – Mr. Robert Yu 11F-B, No 540, Sec. 1, Wen Hsin Road, Taichung Tel: +886 4 2325-1784 – global@acw.com.tw UK: Robert G Horsfield International Publishers – Mr. Edward J. Kania Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA Tel.: (+44 1663) 750-242, Cel.: (+44 7974) 168188 – ekania@btinternet.com USA USA: Ms. Fabiana Rezak - 2911 Joyce Lane, Merryck, NY 11566 USA Tel.: +(1) 516 476-5568 – arandausa@optonline.net ADMINISTRAÇÃO: Diretor administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. CIRCULAÇÃO: São Paulo: Clayton Santos Delfino - tel. (11) 3824-5300 e 3824-5250 ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Estúdio AP SERVIÇOS: Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima/Intercourier

ISSN 1808-3544 RTI - Redes, Telecom e Instalações, revista brasileira de infraestrutura e tecnologias de comunicação, comunicação, éé uma publicação da Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP - Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 e 3824-5250 inforti@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br A revista RTI - Redes, Telecom e Instalações é enviada a 12.000 profissionais das áreas de telecomunicações; redes locais, informática e comunicação de dados; instalações; TV por assinatura; áudio e vídeo; segurança (CFTV e alarmes); automação predial e residencial; e sistemas de energia, aterramento e proteção elétrica.



INFORMAÇÕES

8 – RTI – DEZ 2023

Vertiv aposta na refrigeração a líquido para aplicações de IA Com o crescimento de aplicações como IA–inteligênciaartificialgenerativa,realidade aumentada e análise de dados, as densidades dos racks de servidores nos data centers podem exceder em 10 vezes ou mais as capacidades de processamento atuais, trazendo novos desafios para o gerenciamentotérmicoeeficiênciaenergética das instalações. AVertiv, fornecedora global de soluções para infraestrutura digital crítica e continuidade, está apostando nas tecnologias de refrigeração a líquido ( ) para garantir a performance e evitar problemas relacionados ao calor gerado pelos equipamentos. “O é a resposta da infraestrutura para o cenário que surge no horizonte com a inteligência artificial. Para as cargas atuais de trabalho, os sistemas de ar-condicionado tradicionais são suficientes. Porém, os novos processamentos de alto desempenho demandam uma arquitetura de hardware que exige muito mais potência e, por consequência, produz muito mais calor”, diz Francisco Degelo, gerente de Desenvolvimento de Negócios de Data Centers Vertiv Latam. Para comparação, os racks de 15-20 kW hoje observados nos datacentersdecolocationpoderãoultrapassar a casa dos 150 kW em alguns anos. Embora o desenvolvimento da IA ainda esteja nos estágios iniciais, os provedores de colocation, empresas de hyperscale e fabricantes de equipamentos já estão estudando o assunto para acomodar o aumento esperado de capacidade e preparar a infraestrutura existente para receberessascargas. Segundo Degelo, o não representa uma quebra de paradigma, mas uma complementação de tecnologias. Ou seja, os data centers continuarão operando com a sua estrutura legada e climatização baseada em CRAC perimetral, piso elevado e corredores frios e quentes. “Os trabalhos tradicionais continuarão a ser processados em ambientes tradicionais”, afirma o gerente. O que muda é a chegada de pequenas instalações dedicadas para as aplicações de IA, com climatização também exclusiva. Assim, o hardware especializado para inteligência artificial, com

tecnologias de refrigeração líquida direta ao chip (placas frias diretas ao chip ficam localizadas em cima dos componentes geradores de calor dos equipamentos de TI para extrair calor); por imersão, que Unidade de distribuição de fluido refrigerante da consiste em Vertiv com piso elevado submergir os servidores de processamento intensivo e servidores e outros componentes em um aceleradorescomoplacasgráficas,memórias tanque de líquido dielétrico ou fluido e barramentos, conviverá no mesmo dielétrico condutor térmico; e trocadores espaço atualmente ocupado pela de calor ativos ou passivos colocados no infraestrutura legada, mas em clusters lugar da porta traseira do rack de próprios. “Se hoje a arquitetura de data equipamentos de TI. center conta com um sistema de O sistema é composto por uma climatização únicopara estrutura de tubulações e todo o ambiente, com a manifolds conectados ao IA uma mesma rack e CDUs - unidades instalação pode ter dois, de distribuição de três e até quatro sistemas refrigeraçãoque diferentes operando em bombeiam o líquido paralelo”, diz. através dos chips, com Os especialistas do controles integrados para setor esperam uma variar a velocidade da transição nos data bomba, otimizar a centers pelos próximos temperatura do líquido e trêsanosatéchegaraos fornecer monitoramento A CDU funciona como um trocador de calor níveis mais exigentes de inteligente de vazão e líquido-ar para o processamento em alarmes. A solução resfriamento de chips 2030, 2032. Para auxiliar compacta, com tamanho os clientes nessa jornada, a Vertiv oferece de um a três racks, pode ser colocada perto soluções modulares e compactas que da fileira de racks, sem incorrer em custos permitem escalar a capacidade ao longo do de grandes mudanças na infraestrutura. O tempo. A empresa definiu um roteiro calor captado pode ser mandado para o ar estratégico para aprimorar as tecnologias externo ou para o sistema de água gelada de gerenciamento térmico como parte de existente no data center. A Vertiv também seus maiores investimentos em pesquisa fornece chillers de de uso e desenvolvimento. indoor. Os líquidos podem ser à base de De acordo com o Grupo Dell'Oro, refrigerantes, água gelada e glicol. Cada um as receitas do mercado de refrigeração desses meios tem uma performance líquida se aproximarão de US$ 2 bilhões própria comdiferenças em relação aos em 2027, com uma taxa de crescimento outros. anual composta (CAGR) de 60% no Segundo o executivo, uma outra período de 2020 a 2027, conforme as vantagem é a eficiência da troca térmica da organizações passem a adotar mais refrigeração líquida, de até 3000 vezes serviços de nuvem e usar IA para maior que os métodos tradicionais de potencializar análises avançadas e tomada refrigeração a ar. A temperatura nos de decisões automatizadas. processadores, da ordem de 90°C, 100°C, “A Vertiv se posiciona como um é reduzida para 40°C, 60°C. Enquanto os parceiro de negócio com a oferta de todos data centers tradicionais chegam a os elementos em uma solução ”, níveis de no máximo até 1,3 ou 1,4 de diz Degelo. As soluções incluem as PUE – , o sistema


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de liquid cooling garante índices de 1,04 ou 1,05. “Isso significa realizar muito mais trabalho com menor consumo de energia”, diz. Dessa forma, embora os processadores de IA demandem maior capacidade de processamento em comparação com os racks de servidores atuais, que trabalham com perdas de até 40%, com o uso de resfriamento a líquido a demanda de energia não aumentará na mesma proporção do aumento de densidade, graças ao aproveitamento integral da carga. “Essa sim é a maior quebra de paradigma do mundo de missão crítica para cumprir os compromissos de sustentabilidade”, finaliza. – Tel. (11) 3618-6600 Site: www.vertiv.com/pt-latam/

Trane apresenta novas tecnologias de chillers para data centers A crescente preocupação com o consumo de energia e responsabilidade ambiental está motivando as empresas a buscarem soluções de melhor desempenho operacional para seus data centers. A Trane, companhia global especializada em sistemas, controles e serviços de aquecimento, ventilação e ar-condicionado para ambientes comerciais e residenciais, com sede nos EUA e presença no Brasil desde 1972, oferece tecnologias avançadas de climatização e automação capazes de aumentar a eficiência e a confiabilidade das instalações de missão crítica. A Trane conta com um extenso portfólio de chillers, condensados a água e ar, com compressor centrífugo, helicoidal e scroll, e variadas capacidades (20 a maisde 4000 TR). Entre as novidades está a linha RTAG, com condensação a ar, compressor rotativo de parafuso com inversor de frequência, ventiladores EC e free cooling. Com modelos de 225 a 500 TR, o chiller RTAG ofereceeficiênciaenergéticamelhorada (certificado AHRI – Air Conditioning, Heating and Refrigeration Institute) e desempenho acústico aprimorado, com baixa vibração e mínima propagação do som, devido ao seu compressor de acionamento direto de baixa velocidade e uso de somente três partes móveis. A nova

colaboradores no mundo e com faturamento anual de US$ 16 bilhões em 2022. No Brasil, a empresa conta com escritório central em São Paulo e seis escritórios regionais, um centro de distribuição em Curitiba, PR, e uma central de locação em Sorocaba, SP. A Trane está presente globalmente em diversos dos principais players do mercado de data centers, desde enterprise, colocation Chiller RTAG: maior eficiência energética ou hyperscale. Também e desempenho acústico aprimorado atende verticais como varejo, indústria, telecomunicações, aeroportos, linha disponibiliza ainda controles edifícios comerciais, hotelaria, inteligentes com interface touch screen e entretenimento, setor público, saúde, conectividade por meio de software alimentos e bebidas, óleo & gás, especializado, o controlador Tracer UC800, o siderúrgico, elétrico e financeiro. que proporciona uma visualização clara das Além da comercialização de informações,tendências,geraçãoderelatórios equipamentos de climatização, a Trane atua e monitoramento do espaço interno. com serviços, incluindo os de aluguel de arTambém novidades da Trane são a linha condicionado, geradores, chillers e torres de ACRC, que possui um compressor mais resfriamento, seja para manutenções avançado, com motor de indução planejadas e eventos emergenciais. permanente, o que aumenta o desempenho Em um movimento para acelerar os do equipamento, e a linha TCAA, com esforços rumo à transformação na indústria compressor Turbocor de mancal magnético de climatização, a Trane Brasil lançou em de elevadíssima eficiência energética. julho a campanha //THE TIME IS Ao lado dos chillers, os controladores NOW//. Com isso, passa a disponibilizar Trane estão se tornando cada vez mais para o Brasil um portfólio global com flexíveis para atender às necessidades dos tecnologia de ponta tanto em seus data centers. Entre os destaques está o produtos, quanto nos serviços, com alta Symbio, com programação adicional que eficiência energética. “Este momento é pode ser incorporada nos controladores dos marcado pelo impacto positivo que equipamentos de fábrica, capacidade de queremos gerar no mundo, através da suportar vários protocolos entrega de soluções tecnológicas e simultaneamente, incluindo Modbus TCP, e sustentáveis”, destaca Diogo Prado, o suporte nativo a comunicações IP. diretor geral da Trane Brasil. Com mais de 900 patentes nos EUA, a Trane reúne mais de 100 anos de conhecimento de equipamentos HVAC e, T – Tel. (11) 94566-6659 n por isso, capacidade de obter mais dados e Site: www.trane.com.br poder modificar a programação do controlador de equipamentos para atender às aplicações específicas. “Isso se tornará GF Piping Systems quer mais uma vantagem à medida que expandir participação no controlamos as plantas de chiller em vez de apenas os controladores. Como exemplo, mercado de data centers os data centers estão usando grandes Especialista em sistemas de tubulação plantas de chillers resfriados a ar e querem termoplástica, a GF Piping Systems incorporar algoritmos avançados de oferece soluções completas projetadas para microclima para tornar as plantas mais combinar eficiência energética, longevidade eficientes”, informa a empresa. e uma melhor emissão de carbono. O Fundada em 1865, a Trane faz parte do portfólio inclui tubos e conexões grupo Trane Technologies, presente em resistentes à corrosão, sistemas de dupla mais de 60 países, com mais de 37 mil


INFORMAÇÕES contenção e pré-isolados de fábrica para refrigeração. De acordo com a fabricante, em comparação com o metal, os sistemas de tubulação termoplástica são mais sustentáveis, pois têm um impacto climático menor durante a produção e são até 25% mais eficientes em termos de energia durante a operação. Equipamentos adicionais para automação de processos também permitem que os operadores monitorem, controlem e aprimorem suas instalações. Mark Bulmer, diretorde desenvolvimento de mercado global de data centers da GF Piping Systems, considera o setor de data centers um mercado importante para a empresa. “Os data centers preparados para o futuro exigem soluções completas e com visão de futuro, e acreditamos que podemos agregar valor à infraestrutura de missão crítica. Além de oferecer sistemas plásticos inovadores e eficientes para resfriamento líquido direto de racks de computadores, podemos acelerar o tempo de entrada no mercado graças à nossa rede global de préfabricação, bem como ao suporte especializado em planejamento e engenharia. Em conjunto com os nossos clientes, estamos nos esforçando para alcançar os data centers com zero de emissões do futuro”. Os produtos da GF Piping Systems já foram instalados em várias aplicações de data center. Recentemente, a empresa

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Tubos e conexões resistentes à corrosão, incluindo dupla contenção e sistemas pré-isolados de fábrica para refrigeração

pré-fabricou sistemas de tubulação de polietileno de alta densidade (PE100) e válvulas para um novo data center de hiperescala em Dublin, Irlanda. Os sistemas de tubulação, que atingiram um comprimento de oito quilômetros por edifício, agora são usados para componentes de refrigeração de processos de missão crítica implantados na cobertura do data center. A GF Piping Systems forneceu suporte de engenharia, incluindo análises de tensão, cálculos de carga estática, bem como testes ultrassônicos não destrutivos após a instalação.

Além dos data centers de grande escala, a GF Piping Systems também apoiou projetos voltados para o mercado local. A empresa alemã Leitwerk AG oferece IaaS (infraestrutura como serviço) modular e se concentra em pequenas e médias empresas que buscam uma solução de TI regional e sustentável. Como parte dos esforços da empresa para se tornar neutra em CO2, a Leitwerk selecionou uma solução de tubulação plástica totalmente pré-isolada da GF Piping Systems, projetada para aumentar a confiabilidade e melhorar a eficiência energética em até 25% em comparação com as alternativas de metal. Com 36 locais de produção e 18 instalações de pré-fabricação em um total de 31 países, a GF Piping Systems tem presença global, incluindo o Brasil, com escritório em São Paulo há vários anos. Em fevereiro de 2021, a GF Piping Systems adquiriu a FGS Brasil Indústria e Comércio, fabricante brasileira de tubos de polietileno de alta densidade, conexões e equipamentos complementares, de Cajamar, SP, que passou a se chamar GF FGS. Com a força combinada de ambas as empresas, a GF FGS oferece uma gama completa e integrada de produtos e serviços para vários segmentos de mercado. – Tel. (11) 4617-8000 Site: www.gfps.com/br



INFORMAÇÕES

2 – RTI

com tecnologia nacional e focada no usuário brasileiro, é um passo importante para a Watch Brasil continuar a crescer no país, democratizando o acesso das pessoas ao conteúdo de qualidade e de forma legal. Já A Watch Brasil, hub de conteúdo para somos referência no mercado nacional e em provedores de Internet, iniciou a breve devemos ampliar nossa atuação fora implementação de novas funcionalidades, do Brasil”, diz Carlos Mendes, CEO da com a utilização da tecnologia React em sua Watch Brasil, que passará a contar com uma plataforma, KTP e AWS, unidade de negócios, a Watch para elevar a experiência nos Lab, dedicada à aplicativos e a qualidade de internacionalização.A empresa, entrega do conteúdo. que atende 900 provedores, As funcionalidades quer ampliar a base de clientes simplificam processos e no Brasil e no exterior. utilizam metodologias Lançada em outubro de diretas para melhorar a 2018 e sediada em Curitiba, usabilidade da plataforma. PR, a Watch Brasil é um hub “Tecnologia está no coração de conteúdo que oferece aos de tudo que fazemos. O provedores de Internet a Maurício Almeida, da Watch Brasil: mercado de streaming no possibilidade de trabalhar com melhor qualidade Brasil está em constante multimídia e fornecer de experiência crescimento, e a Watch Brasil assinaturas de séries e filmes está comprometida em oferecer a de diversos estúdios, além de aluguel por melhor experiência aos assinantes”, diz 48 h dos últimos lançamentos em filmes. A Maurício Almeida, presidente e empresa oferece mais de 30 mil horas de fundador da Watch Brasil. conteúdo e títulos. No marketplace, a Segundo ele, todos os aplicativos da empresa tem pacotes como Globo (canais Watch Brasil foram reescritos na tecnologia fechados, abertos e pay per-view), HBO React, a mesma usada em plataformas dos Max, DGO, UOL Leia + Banca e um pacote maiores streamings do mundo, com mais de 50 canais lineares. proporcionando alto desempenho, leveza e velocidade incomparáveis em relaçãoàs – Tel. (11) 3797-7000 versões anteriores. “As vantagens incluem Site: https://play.watch.tv.br/try modularidade, eficiência, performance e flexibilidade, oferecendo uma experiência fluida e responsiva para o usuário”, diz. O KTP fornecerá à Watch Brasil uma plataforma de inteligência artificial que será usada para melhorar a qualidade de seus serviços. A plataforma deve A Amazon anunciou seu primeiro parque recomendar conteúdo aos assinantes e eólico em escala no Brasil, com capacidade personalizar a experiência de usuário, instalada de 49,5 MW e que deverá gerar aumentando a eficácia na oferta de 255 GWh/ano de energia limpa por ano conteúdo para cada usuário. quando estiver em operação. O parque Outra implementação tecnológica que eólico é o segundo projeto de energia garante qualidade ao usuário da Watch Brasil renovável da Amazon no país, depois de é a utilização da AWS, da Amazon. Ela anunciar um parque solar de 122 MW no permite que o servidor execute as aplicações ano passado. Ambos os projetos de forma rápida e escalável por meio dos ajudarão a fornecer energia limpa para os seus serviços de hospedagem, com alta data centers e operações da Amazon e disponibilidade, segurança e flexibilidade, para as comunidades próximas, além de fazendo com que o assinante nunca fique contribuir para o compromisso Climate sem sinal da aplicação. Pledge da Amazon de atingir emissões “O investimento da companhia em líquidas zero em todas as suas operações desenvolver um projeto baseado nas até 2040. grandes empresas internacionais, mas feito

Watch Brasil investe em tecnologia para impulsionar crescimento do streaming

Amazon anuncia seu primeiro parque eólico no Brasil



INFORMAÇÕES “A Amazon está no caminho para abastecer 100% das operações com energia renovável até 2025, como parte de nosso compromisso Climate Pledge de alcançar carbono líquido zero até 2040, e nossos projetos de energia renovável no Brasil são uma parte importante desse esforço”, disse Cleber Morais, diretor regional da AWS Amazon Web Services para a América Latina e Caribe. “Estamos comprometidos em tornar nossas operações no Brasil mais sustentáveis, e esses projetos fornecerão energia limpa para ajudar a alimentar os data centers da AWS e centros de atendimento, além de criar empregos e estimular o crescimento econômico nas comunidades onde nossos clientes vivem e trabalham”. A construção do novo parque eólico, localizado no Complexo Eólico do Seridó, já gerou cerca de 1000 empregos no Brasil, e quase 50% deles foram preenchidos por trabalhadores de comunidades locais no interior do Rio Grande do Norte, de acordo com a desenvolvedora Elera Renováveis. A região é considerada uma

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Projeto no Brasil fornecerá energia limpa às comunidades locais e às operações da Amazon

das melhores do mundo para a geração de energia eólica em terra. O Complexo Eólico do Seridó é um projeto desenvolvido pela Elera Renováveis, com um portfólio de energia 100% renovável, composto por usinas hidrelétricas, parques eólicos, parques solares e instalações de biomassa. A Elera está focada na descarbonização por meio da geração de energia limpa, segura e sustentável. Fernando Mano, CEO da Elera Renováveis, enfatizou a importância da parceria com a Amazon, afirmando que “a colaboração da Elera com a Amazon ressalta

nosso compromisso inabalável com as causas ambientais e com o fornecimento de soluções de descarbonização para nossos clientes. Juntos, contribuímos ativamente para a transição global para fontes de energia mais limpas”. A Amazon está em um caminho para alimentar suas operações com 100% de energia renovável até 2025, cinco anos antes de seu compromisso original para 2030. A empresa tem agora um total de 479 projetos eólicos e solares em todo o mundo e, uma vez em operação, espera-se que eles gerem mais de 71 mil GWh de energia limpa por ano, ou o suficiente para abastecer 6,7 milhões de residências nos EUA. Os parques solares e eólicos da Amazon também estimularam mais de US$ 12 bilhões em investimentos econômicos estimados globalmente entre 2014 e 2022, e apoiaram um total estimado de 39 mil empregos equivalentes a tempo integral somente em 2022. AWS - https://aws.amazon.com/pt/


– RTI – DEZ 2023

Intelbras e FiberHome detalham os planos de produção local A Intelbras e a chinesa FiberHome realizaram no dia 29 de novembro, em São Paulo, o evento oficial de lançamento do acordo de cooperação no país. A partir de 1° de janeiro de 2024, a marca brasileira passará a produzir e comercializar os equipamentos da empresa estrangeira. O foco principal é o mercado de provedores de Internet, com a oferta de soluções ópticas, mas o segmento corporativo também está entre os objetivos das fabricantes. Inicialmente, as linhas alvo do negócio são os cabos ópticos, GPON e roteadores WiFi. “A FiberHome é uma referência global em tecnologia de comunicação, com produção anual de mais de 60 milhões de km de cabos e mais de 100 mil OLTs. Estamos unindo forças e experiências para oferecer um portfólio completo de alta tecnologia, além do compromisso com a

Os cabos drop serão os primeiros a serem nacionalizados

qualidade no atendimento”, disse Altair Silvestri, CEO da Intelbras. O primeiro produto a ser nacionalizado é o cabo drop, que será produzido na fábrica da Intelbras em Tubarão, SC. Inaugurada em 2022, a planta conta com capacidade instalada de 18 mil km/mês. Com a parceria, as empresas já consideram uma ampliação futura para fabricação de cabos de maior complexidade/multifibra. A FiberHome está no Brasil desde 2011, com escritório em São Paulo, sempre atuando com produtos importados. “Fomos pioneiros em trazer a tecnologia

GPON e nos tornamos líderes nesse mercado. Mas, para crescer ainda mais, era preciso investir em produção local”, disse Wilson Barbosa Netto, gerente de contas da FiberHome do Brasil. Segundo ele, a nacionalização deverá trazer benefícios como vantagens tributárias, facilidade logística, custo livre das oscilações do dólar e maior ganho de competitividade para os clientes. Diversas opções de produção foram avaliadas pelos diretores chineses nos últimos anos, “mas a sinergia, o tamanho e a excelência da Intelbras foram decisivos para a escolha”, disse o gerente da FiberHome. O suporte técnico e a ampla rede de canais da empresa brasileira, com 126 distribuidores e mais de 80 mil revendas que atendem 98% do território nacional, também pesaram a seu favor. A Intelbras, que conta com uma linha própria de ativos GPON, como OLTs e ONUs, vai incorporar o catálogo completo da FiberHome, que chegará ao mercado com as duas marcas estampadas. “Há muitos produtos que não temos em nosso


INFORMAÇÕES portfólio e a parceria permitirá a ampliação da linha como um todo”, disse Henrique Fernandes, diretor superintendente da área de negóciosdecomunicaçãodaIntelbras.Aunião das companhias possibilitará a ampliação do potencial de mercado (ativos + passivos ópticos) de R$ 1 bilhão para R$ 4 bilhões. “O potencial de mercado de redes ópticas no Brasil é enorme”, disse Fernandes. Conforme dados de agosto de 2023 da Anatel, o país tem hoje 46,9 milhões de acessos de banda larga fixa, o que representa 70% dos domicílios brasileiros. Desse total, somente 32,8 milhões utilizam fibra óptica. Ou seja, quase 15 milhões ainda adotam tecnologias antigas, como cabo coaxial e ADSL, que precisarão ser atualizadas. “Existe um gap para ativar mais de 20 milhões de domicílios, que traz muitas oportunidades de negócios”, afirmou. De janeiro a agosto foram registradas 1,5 milhão de adições líquidas de assinantes na Internet, ou 187.500 ativações por mês. “Se considerarmos que para cada cliente são utilizados, em média, 100 metros de cabo drop, isso significa que só em ativações líquidas há necessidade de 19 mil km de cabo por mês”, disse Fernandes. Além dessas ativações, há ainda a taxa de churn: todos os meses, 2% dos clientes trocam de operadora, o que resulta em 900 mil assinantes do total de 46,9 milhões no Brasil. A operadora, por sua vez, também troca o cabo drop ao fazer a instalação. Somando com as novas ativações, o mercado resulta em um potencial de 109 mil km por mês. A linha de cabos ópticos da FiberHome se destinam a aplicações de ponta a ponta: desde as redes aéreas (ASU até 12 fibras, AS 144 fibras e drop circular 5 mm), internas (drop convencional ou de baixo atrito), subterrâneas (para uso em dutos, diretamente enterrados e microcabos soprados), submarinas até as redes OPGW. Ao longo de 2024, o roadmap inclui o lançamento de roteadores (WiFi 6 e7) e produtos de conectividade, como conectores de campo, cordões ópticos, splitters, distribuidores, caixas e redes preconectorizadas. Posteriormente, soluções para interligação de data centers (DCI) e DWDM, soluções para data centers, data centers modulares e sistema de monitoramento inteligente integrado. I

– Site: www.intelbras.com – Site: https://fiberhomebrasil.com.br

– RTI – DEZ 2023

Modular amplia capacidade de produção com dois novos parques fabris A Modular, desenvolvedora de data centers

modulares, inaugurou duas novas unidades em Santana do Parnaíba, SP. O empreendimento resultou na desativação da fábrica em Cotia, SP. Juntos, os dois parques fabris apresentam área de mais de 40 mil m2 e 10 linhas de produção independentesparaprojetoscom capacidade anual de produção acima de 100 MW. “OinvestimentofoisuperioraR$60milhões e teve como principal objetivo atender à crescentedemandadeprojetosnãosódoBrasil, mas também de países como Chile, Colômbia e México”,afirmaMarcosParaíso, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Modular. Fundada em 2022, a empresa reúne profissionais com experiência em mercados como tecnologia, engenharia, manufatura

Marcos Paraíso, da Modular: data centers modulares como alternativa para sites tradicionais

aeroespacialefinanceiro.Oportfólioapresenta produtos indoor e outdoor compostos por estruturas modulares inteligentesquesaemde fábrica prontos, testados, comissionados com cargaecertificaçãoTIA942-Telecommunications Infrastructure Standard for Data Centers. Fazem parte do escopo de soluções as linhas (edge data center), cuja capacidade vai de 5 a 20 kW e apresenta suporte para até três racks; , que oferece suporte para até 20 racks e potências de 10 a 200 kW; e a família , composta pelos modelos (600 kW a 7,2 MW), (1,2 a 12 MW) e (3 a 36 MW). Segundo dados divulgados pela Modular, a produção de módulos padrão pode ser feita em um prazo de dois meses, o que representa uma redução de 50% no tempo de projeto. “Aconcepçãodeumdatacentertradicional envolve um processo mais longo e sequencial,

com etapas como licenciamento, projeto, contrataçãodeempreiteiraseaquisiçãode equipamentos. O desafio passa por coordenar diversas equipes, muitas vezes em locais onde não há disponibilidade de mão de obra especializada. A construção modular, além de mais flexível, também é preparada para expansões futuras, sendo uma opção mais vantajosa tanto no curto como no longo prazo”, salienta Paraíso. Quanto à questão da refrigeração, os data centers modulares são adaptados de acordo com a necessidade do cliente. Atualmente, a Modular está desenvolvendo um projeto de 36 MW de capacidade e refrigeração líquida para atender a demandas de machine learning de um cliente. “Este tipo de capacidade em um site modular é algo singular hoje no mundo”, afirma o vice-presidente de desenvolvimento de negócios. Com 1200 funcionários, a empresa atende os mercados de micro node (computação de borda para empresas de torre, plantas industriais, IoT – Internet das Coisas), edge (pequenas implantações em localidades remotas para computação com baixa latência), local/enterprise (voltado para usuários corporativos regionais), colocation provider (provedores de data center pequenos e médios focados em colocation) e hyperscale (capacidade para atender provedores de grande escala). – Tel. (11) 5198-7374 Site: www.modulardtc.com

Fabricante italiana de geradores de névoa inaugura unidade no Brasil A Density, fabricante italiana de geradores de névoa, inaugurou uma filial brasileira em São Paulo. Presente em países como México e Estados Unidos, a iniciativa marca a chegada da empresa no mercado nacional. “O Brasil é uma escolha natural para quem deseja investir em proteção, tanto pelo seu território com características peculiares, quanto pela necessidade que o país tem de contar com dispositivos de segurança cada vez mais modernos”, explica Luiz Cobra, sócio e diretor comercial da Density Brasil. Para conseguir iniciar as atividades brasileiras em 2023, a marca passou por um planejamento que começou em 2021.


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DM4920 Impulsione sua rede com o DM4920: um Muxponder DWDM de 1,6Tbps, com interfaces de 400Gbps. Eficiência e confiabilidade para sua infraestrutura. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS Alta Capacidade: Dois slots para placas de serviço, suportando até 4 interfaces de linha de 400 Gbps e 16 interfaces de cliente de 100 GbE – totalizando 1,6 Tbps.

Gerenciamento Eficiente: Interfaces dedicadas para canal OSC (Optical Supervisory Channel), garantindo um gerenciamento inband eficaz de elementos remotos.

Flexibilidade: Integração com Boosters e Pré-Amps EDFA, além de multiplexador de até 8 canais, através de dois slots auxiliares.

Alta Disponibilidade: Sistema de alimentação e ventilação redundantes e hot-swap. Suporte a fontes AC ou DC.

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INFORMAÇÕES

8 – RTI

O processo envolveu etapas como constituição da empresa e homologações nas principais instituições financeiras e em grandes clientes. A atuação da Density engloba mercados como varejo, setor financeiro, galpões logísticos, agronegócio e telecomunicações, mais precisamente em POPs – Pontos de Presença de provedores regionais de Internet. Luiz Cobra, da Segundo Cobra, os produtos se Density Brasil: mostram versáteis e adequados para geradores de névoa para impedir qualquer espaço, independentemente da roubos e invasões metragem. “Nossos geradores têm como diferenciais a rapidez e a eficiência na proteção do ambiente. Não se trata apenas de um alarme que registra ou informa sobre uma possível ameaça, mas sim de uma solução que age em tempo real, prevenindo roubos e invasões”, afirma. A névoa é composta por uma mistura atóxica de água e glicol, o que permite a sua utilização de forma irrestrita e uma capacidade de ativar de 4 a 6 disparos completos. Quando ativada em um ambiente fechado, a névoa permanece no local por até 30 minutos. Os produtos ainda contam com um selo internacional , que atesta que a névoa não causa alterações em alimentos. Um exemplo de equipamento do portfólio é o , gerador de névoa com tempo máximo de disparo de 44 segundos, produção de névoa de 350 m3 em 10 segundos e voltado para ambientes com até 1500 m3. Como opções de aprimoramento, a Density oferece acessórios como sirenes de alta potência, luzes estroboscópicas que potencializam o efeito da névoa, bem como sprays neutralizadores laranja cujo efeito inibidor é similar ao do spray de pimenta e que conta com todas as homologações nacionais. Recentemente, a companhia desenvolveu uma nova tecnologia aplicada em algunsgeradores voltados para locais com problemas na redeelétrica.Adependerdaconfiguração, os produtos podem ficar até seis meses sem receber energia que ainda assim serão capazes de realizar um disparo de névoa. “A instalação demanda uma tomada para alimentação via rede elétrica e comunicação com a central de alarme. Temos um programa de treinamento e Density 1500 certificação que habilita os profissionais a trabalharem com os geradores. Em alguns casos, a instalação pode ser feita até via Wi-Fi”, salienta o diretor comercial. Em casos de incêndio, os equipamentos podem receber um sinal que impede o disparo de névoa em emergências que demandem a evacuação de pessoas do local. Os geradores também podem emitir um sinal para bloquear o acionamento do corpo de bombeiros em centrais de alarme de incêndio inteligentes. Por fim, o acionamento é feito automaticamente uma vez que o sistema de alarme for acionado ou um sensor de presença detectar a presença de invasores, ou manualmente via Internet. – Site: https://www.densityglobal.com/ E-mail: contato@densitybrasil.com.br


– RTI – DEZ 2023

Arqia passa a oferecer SIM cards inteligentes com IoT A Arqia, companhia brasileira com sede em São Paulo, lançou

duas novas soluções voltadas para usuários que demandam Internet de alta velocidade aliada à mobilidade. Uma delas é o , um SIM card que combina a melhor qualidade e cobertura das redes 2G e 4G intercambiáveis via IoT – Internet das Coisas. Sua principal característica é funcionar como uma rede primária que procura se conectar às melhores redes 2G e 4G disponíveis. Segundo dados divulgados pela Arqia, a cobertura do sinal 2G chega a 95,4% e a do 4G fica em 99,3%. “O Brasil apresenta um grande volume de redes distintas. A depender da região, a rede A pode não funcionar tão bem quanto a B. Nossa solução busca a melhor rede em uma determinada área, evitando problemas com conectividade”, explica Eduardo Resende, diretor de business support da Arqia. Além de atuar no intercâmbio de operadoras, o também auxilia numa melhor compatibilidade entre software-hardware-conectividade. Outras características do produto são a franquia fixa, com tráfego de dados bloqueado de forma automática quando o limite contratado é alcançado, core de rede próprio com redundância geográfica e serviços adicionais de LBS – Location Based Services e SMS. “É possível escolher o modelo de SIM card, a velocidade do plano, estabelecer serviços de VPN privada e pacotes compartilhados. Eduardo Resende, São muitas as possibilidades”, da Arqia: foco em tecnologias M2M afirma Resende. e IoT No momento, os planos de dados IoT M2M da Arqia vão de 1 Mbit/s a 10 Gbit/s. Já a banda larga móvel é ofertada em pacotes de até 20 Gbit/s. A companhia também está fechando contratos para disponibilizar a rede 5G para clientes IoT e M2M. A rede utilizada será a da TIM, já que o Grupo Datora, composto pelas companhias Arqia e Datora, está conectado a ela. Já a outra solução é o . O produto conta com as mesmas características do , porém com capacidade para até três operadoras em um único SIM Card. Com quase 3 milhões de conexões M2M e mais de 20 MVNOs conectadas, a Arqia também fornecerá em 2024 a solução de eSIM para clientes IoT e MVNO. No caso do chip virtual, o recurso permitirá que as MVNOs angariem novos clientes via QRCode em pontos de vendas e peças publicitárias, sejam elas físicas ou digitais. Arqia – Tel. 0800 887 0887 Site: www.arqia.com.br




PESQUISA

22 – RTI – DEZ 2023

Marcas de Destaque nos Provedores de Internet – 7ª edição Publicamos a seguir os resultados da pesquisa anual realizada pela RTI para conhecer as marcas mais usadas pelos provedores de Internet. O levantamento compreende 26 categorias de produtos essenciais para suas operações, como equipamentos GPON, cabos ópticos, gabinetes, antenas e roteadores, além de software de gestão comercial.

O

empresas que atuam no setor traçar mercado de provedores de suas estratégias de vendas, expansão e Internet continua em campanhas de marketing. destaque no Brasil. Segundo um Para mapear as marcas mais levantamento recente realizado pela usadas pelos provedores para a Anatel – Agência Nacional de construção, operação e manutenção Telecomunicações, até setembro de de suas redes e garantir o bom 2023, havia 47,9 milhões de atendimento a assinantes, a revista assinaturas de Internet fixa no Brasil, uma alta de 8,4% em relação RTI realiza anualmente um ao mesmo período de 2022. Em levantamento inédito no mercado: a números absolutos, houve adição , de cerca de 3,9 milhões de clientes agora em sua sétima edição. – em setembro de 2022, eram 44,1 milhões de acessos. Com 25,6 milhões de conexões, os provedores são responsáveis por 53,5% da base nacional de banda larga fixa. As grandes operadoras, por sua vez, contam com 22,25 milhões de acessos (46,5%). Importante mercado comprador de equipamentos, sistemas e outros insumos, o Origem geográfica das respostas provedor regional está cada vez mais na mira da maioria dos Levantamento exclusivo para fornecedores. Por isso, conhecer as provedores de Internet, o objetivo marcas líderes no mercado e as que não é saber a opinião, mas realmente vêm crescendo é fundamental para as o que é usado pelas empresas.

Para colher a informação, foram selecionados, do cadastro de RTI, 4395 provedores de Internet. Eles receberam um e-mail que explicava os objetivos da pesquisa com um convite a preencher o questionário. Basicamente, o questionário trazia a pergunta: “Da relação dos produtos abaixo, quais marcas você utiliza?” A lista trazia 26 produtos e equipamentos, os mais usados na operação de um provedor. Para cada item, reservou-se no questionário um espaço para que o consultado escrevesse o nome da marca usada. 164 provedores participaram da pesquisa neste ano.

Resultados Os resultados do

m

são apresentados a partir da página 24. Cada item traz o seu universo, isto é, o número de empresas, dentre


RTI – DEZ 2023

23

as que informaram a marca usada sobre aquele item os consultados foram orientados a só se manifestarem sobre os produtos realmente usados em suas instalações. Os volumes de indicações recebidas por cada marca são dados em porcentagens dos respectivos universos. á tabelas em que a soma dos percentuais atribu dos a cada marca é maior que 100 . Isso acontece porque, como a pesquisa não dirige nem limita a resposta dos consultados, alguns deles usam mais de uma marca para um mesmo produto. Nessas situações, todas as marcas são consideradas. Por outro lado, nem todas as marcas indicadas estão presentes

nas tabelas. Por razões de espaço, adotou-se o critério de excluir da apresentação as que não obtiveram no m nimo 2 das indicações do universo respectivo. Portanto, em algumas tabelas a soma dos percentuais de todas as marcas listadas é menor do que 100 . ale ressaltar que, em todos os casos, os percentuais de indicações são somados e todas as diferentes denominações são relacionadas inclusive com o cuidado de fazer constar, em primeiro lugar, o nome que recebeu mais indicações, seguido do segundo mais indicado e assim por diante. considerado empate quando a diferença entre as primeiras colocadas é igual ou inferior a 3 .

Nesses casos, as marcas ganhadoras são identificadas nas tabelas com bold e logotipo da Pesquisa. O levantamento traz ainda os resultados do ano anterior das marcas citadas, permitindo que o leitor avalie a evolução e se ela ganhou ou cedeu terreno unto aos provedores. Por fim, na página 30 há uma lista dos números de telefone dos fornecedores (fabricantes e/ou importadores) das marcas listadas em todas as tabelas de produtos. A relação com os nomes dos provedores participantes da pesquisa está disponível no site: https://www.arandanet.com.br/assets/ pdfs/md23/consultados.pdf


PESQUISA

2 – RTI – DEZ 2023



PESQUISA

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PESQUISA

30 – RTI – DEZ 2023

Onde estão as Marcas de Destaque

Publicamos aqui os números de telefones para atendimento ao cliente de todas as marcas citadas nas tabelas da pesquisa. 2Flex ---------------------------------------- (21) 3527-0052 ALGcom ----------------------------------- (54) 3201-1903 Alpha ---------------------------------------- (11) 3661-2808 Anritsu ----------------------------------- (11) 3283-2511 ARJ Company --------------------------- (11) 2193-9288 ATN Telecom ----------------------------- (51) 3470-0000 Ative Link --------------------------------- (35) 3582-1506 Autocad ------------------------------------ (11) 5501-2500 Betel ----------------------------------------- (11) 4901-2133 Branco -------------------------------------- (41) 3211-4040 Buffalo -------------------------------------- (41) 3091-5600 Cablena ------------------------------------- (11) 2175-9223 Cambium ----------------------------------- (21) 4042-1290 Ceragon ------------------------------------- (11) 4689-4800 Ceitel ---------------------------------------- (31) 2524-0777 CG3 Telecom ------------------------------ (11) 5555-4051 Ciena ---------------------------------------- (11) 4765-2333 Cisco ---------------------------------------- 0800 891 4972 Clamper ------------------------------------- (31) 3689-9500 Comba -------------------------------------- (11) 3509-4813 Condutti ------------------------------------ (11) 2066-9090 Coyote -------------------------------------- 0800 645 4444 Cobra ---------------------------------------- (21) 3171-8000 Cruzeiro ------------------------------------- (62) 3246-5621 Cummins ----------------------------------- 0800 286 6467 CWB ---------------------------------------- (41) 3016-1716 Changfa ------------------------------------- (47) 3515-0880 Datacom ----------------------------------- (51) 3933-3000 Dell ------------------------------------------ 0800 970 3355

Delta Cable -------------------------------- 0800 604 3021 Dematec ------------------------------------ (15) 3363-9292 Digistar ------------------------------------- (51) 3579-2200 DPR ----------------------------------------- (11) 3934-2000 Duracell ------------------------------------- 0800 013 5530 DKL ---------------------------------------- (19) 3289-3801 Elgin ----------------------------------------- 0800 703 5446 Elite Soft ----------------------------------- (43) 3322-9593 Eltek ---------------------------------------- (11) 4525-1570 Eletrometal -------------------------------- (45) 3522-3562 Embrastec --------------------------------- (16) 3103-2021 Ericsson ------------------------------------ (11) 2224-2000 Exfo ----------------------------------------- (11) 5103-3260 Expertise Metal ------------------------- (41) 99513-5947 Fiberhome --------------------------------- (11) 3938-9133 Fibersul ------------------------------------- (41) 3275-4301 Fibracem ----------------------------------- (41) 3661-2550 Fitel Furukawa ---------------------------- (19) 3246-3327 Fiberfix ------------------------------------- (11) 3791-3748 Finder --------------------------------------- (11) 5519-8844 FonNet ------------------------------------- (85) 3494-2077 Freedom ------------------------------------ (15) 2102-2700 Furukawa ---------------------------------- 0800 041 2100 Gamma ------------------------------------- (11) 5035-6060 Gassen ------------------------------------- (49) 3646-0109 GeoGrid Maps ---------------------------- (48) 3622-0702 Geosite ------------------------------------- (31) 3263-1100 Gigaclima ----------------------------------- (19) 3478-0734 Google Earth ------------------------------ 0800 047 4795

GP Racks ---------------------------------- (11) 2061-7859 Greatek ------------------------------------- (12) 3932-2501 Hepso --------------------------------------- (11) 4173-3950 HFO -------------------------------------- (11) 94920-8700 HT Cabos ---------------------------------- (35) 3422-6342 HP ------------------------------------------- 0800 709 7751 Huawei ------------------------------------- (11) 5105-5105 Hubsoft ------------------------------------- (37) 3415-1100 Ideal Antenas ------------------------------ (35) 3449-9688 Ilsintech ------------------------------- (+1) 972 556 0916 Infortel ------------------------------------- (51) 3076-3800 Intelbras ------------------------------------ 0800 724 5115 IXCSoft ------------------------------------ (49) 3199-2580 JFA ------------------------------------------ (31) 2533-6100 Kawashima -------------------------------- (44) 3026-4100 Kayama ------------------------------------- (21) 3639-3366 Lacerda ------------------------------------- (11) 2147-9777 Lanexpert ------------------------------- (11) 99142-8186 Legrand ------------------------------------- (11) 5644-2512 Logmaster ---------------------------------- (51) 2104-9005 Lucar ---------------------------------------- 0800 602 8262 Matsuyama --------------------------------- (41) 2109-8266 Megatron ----------------------------------- (11) 4636-1920 Metaplas ------------------------------------ (11) 4202-4096 Mercusys ----------------------------------- (11) 4007-2276 Mepp -------------------------------------- (11) 97720-4716 Microtelefonia ------------------------------ (51) 3066-1011 Mikrotik ---------------------------------- (44) 3838-1030 Miljet ----------------------------------- +1 (407) 930 7141


RTI – DEZ 2023

3

MK-Auth --------------------------------- (43) 98807-6866 MK Solutions ------------------------------ (51) 3740-2900 Motomil ------------------------------------ (47) 2103-4150 Moura --------------------------------------- (11) 3336-2400 MPT ----------------------------------------- (19) 3936-9383 Mux Demux ----------------------- +86 755 8148 3343 MWM -------------------------------------- 0800 0 110 229 Nagano ------------------------------------- (11) 5089-2590 Nazda --------------------------------------- (44) 4009-2826 NEC ---------------------------------------- (11) 3897-4122 Nexans ------------------------------------- (11) 3084-1600 Next ----------------------------------------- (43) 3029-1000 NHS ----------------------------------------- (41) 2141-9200 Nilko ---------------------------------------- (41) 3661-1800 Nokia --------------------------------------- (11) 2947-8133 Oetel ---------------------------------------- (35) 3621-3618 Optlaser ---------------------------------- (71) 3402-0400 OIW ---------------------------------------- (11) 2711-5550 Orientek ---------------------------------- (19) 97172-5333 Otech --------------------------------------- (11) 3384-3371 Onix ----------------------------------------- (17) 3500-7777 Overtek ------------------------------------- (44) 3838-1022 Ozmap/Devoz ---------------------------- (48) 3364-4120 Padtec -------------------------------------- 0800 771 9009 Parks ---------------------------------------- (51) 3205-2100

PHB Eletrônica --------------------------- (11) 3648-7830 Pioneiro ------------------------------------- (13) 3034-3500 Planet --------------------------------------- (41) 3040-6100 Presley -------------------------------------- (11) 2542-5548 Proeletronic -------------------------------- (11) 4693-9300 Prysmian ----------------------------------- (15) 3235-9000 Proteco ------------------------------------- (11) 5564-9633 RackTelecom ------------------------------ (11) 4384-1061 Radiusnet ----------------------------------- (19) 3396-6800 Redex --------------------------------------- (11) 2175-2333 RFS ------------------------------------------ (11) 4785-6057 RP Network ---------------------------- (11) 98971-7346 RPW ---------------------------------------- (11) 5643-1919 R&M ---------------------------------------- (11) 4118-2960 Schneider Electric ------------------------ 0800 728 9110 SEI Brasil ---------------------------------- (15) 3416-7100 SIAE ---------------------------------------- (11) 4873-9001 Siemens -------------------------------------- 0800 11 94 84 Skylane ----------------------------------- (19) 3514-6000 SGP --------------------------------------- (48) 98409-3606 Stemac ------------------------------------- 0800 723 3800 Sumec ---------------------------------- +86 25 8441-5642 Sumitomo ---------------------------------- (19) 3273-1034 Tenda ---------------------------------------- (11) 3262-3361 Think Technology ------------------------ (35) 3473-0762

Tivea -------------------------------------- (11) 2401-5151 Tomodat ---------------------------------- (42) 98806-8865 TopSapp ------------------------------------ (66) 3211-0010 Toyama ------------------------------------- (41) 3595-9800 TP-Link ------------------------------------ (11) 4007-2172 Triunfo ------------------------------------- (41) 3347-1850 Tryin ----------------------------------- +86-0773-3362165 TS Shara ------------------------------------ (11) 2018-6000 Tudor --------------------------------------- 0800 013 5530 Ubiquiti ----------------------------------- (48) 99149-2304 União Eletrometais ---------------------- (35) 3471-7772 Valtra ---------------------------------------- 0800 729 2211 Vertiv --------------------------------------- (11) 3618-6600 Viavi Solutions ---------------------------- (11) 5503-3800 Voalle --------------------------------------- (55) 3220-1350 Volt ------------------------------------------ (35) 3471-3042 WEC -------------------------------------- (15) 3228-1254 WEG --------------------------------------- (47) 3276-4000 WI2BE ----------------------------------- (41) 3512-6500 Womer ----------------------------------- (11) 5522-2699 Yanmar ------------------------------------- (19) 3801-9200 Yokogawa ---------------------------------- (11) 5681-2400 ZTE ----------------------------------------- (11) 4208-1888 ZTT ----------------------------------------- (12) 2138-8282


CLIMATIZAÇÃO

32 – RTI – DEZ 2023

Ar-condicionado de precisão para data centers Zeittec Data Center Solutions

O

Um data center demanda um controle rigoroso da temperatura e da qualidade do ar, pois é um ambiente que funciona de forma ininterrupta, 24 horas por dia, 7 dias por semana. O artigo mostra as vantagens no uso de um ar-condicionado de precisão para ambientes de missão crítica, bem como suas principais características e cuidados na instalação.

ar-condicionado de precisão para data centers é um sistema de climatização pro etado especialmente para refrigerar ambientes cr ticos que necessitam de um controle extremamente rigoroso da temperatura e da qualidade do ar. Sua função não é apenas proporcionar conforto térmico, como ocorre com os equipamentos comuns, tipo split, e sim manter as condições ambientais nos parâmetros ideais para elevar a eficiência, a produtividade e a longevidade dos equipamentos. O ar-condicionado de precisão possui tecnologia embarcada com componentes eletr nicos e sensores digitais que permitem monitorar e gerenciar o ambiente cr tico em tempo real. Com isso, anormalidades como a formação de pontos quentes podem ser solucionadas imediatamente. Quando isso não acontece, a elevação de temperatura no ambiente é capaz de superaquecer servidores e paralisar automaticamente o processamento de dados, gerando downtimes que afetam a produtividade da empresa. Outro diferencial do ar-condicionado de precisão para data centers é que sua tecnologia é pro etada para funcionar de forma ininterrupta, uma vez que ambientes cr ticos trabalham 24 horas, sete dias por semana, e não podem parar.

Por oferecer esse alto grau de confiabilidade, o ar-condicionado de precisão é indicado para elevar a disponibilidade e a resiliência de pequenos e grandes data centers, assim como de indústrias e corporações com equipamentos ou atividades que dependem de r gido controle térmico e ambiental. São exemplos laboratórios, indústrias com alto n vel de automação ou operações cr ticas, museus, centrais de telefonia e empresas com aplicações tecnológicas.

Por que é necessário instalar um arcondicionado de qualidade em data centers e ambientes críticos? m sistema comum de conforto em um data center pode causar problemas sérios, como downtimes, paralisações não programadas que podem interromper o processamento de dados, afetando toda a companhia. Isso acontece porque o ar-condicionado de conforto comum é pro etado para funcionar em regime temporário, em geral por 8 a 12 horas diárias. O ar-condicionado de precisão para data centers é pro etado com uma tecnologia robusta o suficiente para suportar tamanha carga com confiabilidade.


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Controle certo para data centers Em comparação ao sistema de Outro fator importante é que o arconforto com split, o ar-condicionado condicionado comum é feito para de precisão para data centers entrega proporcionar conforto térmico em economia de espaço, energia e locais com alta circulação de pessoas. manutenção, aumentando a O problema é que os seres humanos longevidade, a eficiência, a segurança e a produzem calor latente, um tipo de confiabilidade dos equipamentos e das calor úmido gerado pela respiração e operações em espaços críticos. transpiração. O ar-condicionado de conforto remove esse calor úmido Vantagens do sistema de do ambiente. precisão para data centers Em um site, o ar é seco porque a e ambientes críticos circulação de pessoas é mínima. Além disso, os equipamentos Alta precisão eletrônicos causam o chamado calor Com sistema de controle baseado em sensível, de baixa umidade. Se um ar sensores, além de umidificador e de conforto for instalado em um mecanismo de reaquecimento, o ardata center, ele irá retirar ainda mais condicionado de precisão para data centers a umidade do ambiente. Isso proporciona alta precisão no controle ocasionará o ressecamento do ar e a ambiental. Possui quadro elétrico próprio presença de carga eletrostática, fatores que prejudicam o desempenho dos equipamentos e podem até queimá-los. Além disso, o site terá baixa eficiência energética, já que o ar de conforto gasta muita energia elétrica para remover a umidade do ar. O ar-condicionado de precisão para data centers Fig. 1 – Funcionamento de evaporadora do CRAC é projetado justamente para controlar o ambiente, e acuidade de +1°C e -1°C no controle de mantendo na medida certa a temperatura e umidade. Os splits não umidade e a qualidade do ar por ele possuem esses dispositivos. resfriado. Para isso, o equipamento utiliza filtros de alta precisão, Controle de calor sensível evitando a circulação de poeira e Sistemas de climatização que utilizam microrganismos que reduzem a ar-condicionado de precisão são eficiência dos componentes do site. projetados para controlar a carga térmica gerada por equipamentos Grande capacidade eletrônicos, ou seja, calor sensível. Por Equipamentos de refrigeração de isso, entregam maior FCS - Fator de precisão são desenvolvidos com Calor Sensível, em comparação aos tecnologia para suportar grandes sistemas de conforto. cargas de calor com baixa Enquanto um sistema com manutenção. Eles nunca sofrerão o ar-condicionado splits possui FCS mesmo desgaste de peças que o ar de de 0,65%, o ar-condicionado de conforto comum trabalhando acima precisão para data centers entrega um da capacidade. FCS de 0,95%.

Em termos práticos, o alto FCS do sistema de precisão representa maior eficiência na refrigeração. E, portanto, menor consumo energético, reduzindo custos operacionais. Proteção contra downtime Por ser projetado para remover do ambiente o calor sensível produzido por equipamentos eletrônicos, o ar-condicionado de precisão protege os componentes do site melhorando seu funcionamento e evitando superaquecimentos que podem gerar o desligamento automático de servidores por elevação da temperatura. Segundo Fabrício Costa, engenheiro e diretor técnico da Zeittec Data Center Solutions, sem um arcondicionado, cinco minutos seriam suficientes para a temperatura dos racks de uma empresa chegar a 70ºC, fator que ocasionaria uma parada não programada. Eficiência energética Em data centers e outros ambientes críticos, o arcondicionado de precisão também é recomendado porque consome menos energia que um aparelho de conforto do tipo split. Como o split é preparado para o calor latente, aproximadamente 35% de sua capacidade é utilizada só para remover a umidade do ar. Portanto, muita energia elétrica é gasta para uma função que não é útil aos data centers. Em contrapartida, o ar-condicionado de precisão elimina essa perda e traz maior eficiência energética aos centros de dados. Funcionamento ininterrupto O sistema de precisão tem uma estrutura robusta, preparada para suprir as demandas de sites e ambientes críticos que não podem ter falhas em seu sistema de climatização.


CLIMATIZAÇÃO Maior vazão e qualidade do ar Além de propiciar alta vazão, o ar-condicionado de precisão para data centers e ambientes críticos permite direcionar o fluxo de ar para locais específicos por meio de dutos que ficam sob o piso elevado. Assim, pontos quentes podem ser evitados, garantindo maior desempenho e economia de energia elétrica no sistema de climatização. A circulação de partículas sólidas e contaminantes, como bactérias, fungos e poeira, pode prejudicar o funcionamento dos equipamentos do data center. Sem controle, há risco de acúmulo de partículas em componentes eletrônicos como processadores, placas, HDs e coolers de resfriamento. Isso costuma provocar superaquecimento que, como vimos, pode paralisar um site. O ar-condicionado de precisão para data centers possui um sistema de filtragem que limpa o ar, garantindo sua pureza. Tanto que a utilização de filtros de ar com alta eficiência nesse tipo de equipamento é obrigatória por força das normas de qualidade Ashrae.

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Controle da umidade Em data centers, a umidade relativa do ar deve permanecer em torno de 50%. • Umidade muito alta pode condensar água dentro dos servidores, causando, por exemplo, a oxidação de componentes metálicos. • Umidade baixa demais gera carga eletrostática que pode queimar componentes eletrônicos das máquinas. • Ambos os excessos favorecem a proliferação de bactérias, que também prejudicam sites. Sistemas de climatização com ar-condicionado de precisão são monitorados por sensores de controle ambiental que permitem gerenciar o nível de umidade de data centers e outros ambientes críticos. Alta tecnologia embarcada O sistema de precisão contém sensores e mecanismos digitais que permitem monitorar constantemente as condições ambientais do data center. Com isso, o controle ambiental se torna rigoroso, e qualquer alteração na temperatura ou qualidade do ar pode ser corrigida imediatamente, mesmo a distância, por controles on-line que permitem o gerenciamento remoto.

Como funciona um sistema com ar-condicionado de precisão para data center? O ar-condicionado para data centers mais usual realiza a refrigeração de ar direta e é conhecido como CRAC – Computer Room Air Conditioner ou, simplesmente, ar-condicionado para racks de servidores. Esse equipamento realiza um ciclo de refrigeração do ar composto de compressão, evaporação, condensação e expansão do ar resfriado. Para realizar esse ciclo, o CRAC utiliza componentes como: Compressor É o “motor” do ar-condicionado, um aparelho interno que movimenta o fluido refrigerante utilizado para resfriar o ar. No início do ciclo, o fluido remove e assimila o calor do ar do data center, tornando-se aquecido. Evaporadora É o componente interno do ar-condicionado de precisão, que pode ser visualizado dentro dos data centers ou ambientes críticos. Ela absorve o calor, que é enviado à unidade condensadora


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pelo compressor. Além disso, libera para o ambiente o ar frio na temperatura programada para o site. Para isso, possui uma fonte de calor que ocasiona a evaporação do fluido refrigerante, gerando um gás de baixa temperatura que entra no compressor para, enfim, resfriar o ar ambiente.

e a temperatura do fluido refrigerante para que o ciclo de refrigeração do ar possa ocorrer e o ambiente seja resfriado.

Condensadora Instalada externamente ao corpo do ar-condicionado, normalmente do lado de fora do data center, a condensadora é o equipamento responsável pela troca de ar. Por meio de dutos, ela recebe o fluido aquecido que vem do compressor em estado gasoso, condensando-o para o líquido e, nesse processo, rejeitando o calor para o ambiente externo.

Filtro de ar É o componente do ar-condicionado de precisão que mantém o data center livre de poeira e microrganismos, impedindo-os de contaminar servidores e demais equipamentos. Portanto, é vital para controlar a qualidade do ar em ambientes de missão crítica que precisam de alta precisão na gestão ambiental.

Dispositivo de expansão Fica entre a saída do condensador e a entrada do evaporador. Ele reduz a pressão

Serpentina Responsável por conduzir o fluido refrigerante por todo o ciclo de refrigeração do ar-condicionado de precisão.

Ventiladores e hélices São os responsáveis por criar o fluxo do ar dentro de todo o percurso de refrigeração do ar-condicionado para os data centers.

Como é feita a instalação de ar-condicionado de precisão em sites e ambientes críticos? A evaporadora do CRAC é interna e a condensadora é externa, ligada por dutos e instalada no lado de fora do data center (figura 1). Os componentes internos do ar-condicionado de precisão são instalados dentro de um gabinete metálico muito resistente e revestido para suportar as variações de temperatura e ruídos. As unidades de CRAC normalmente são acomodadas nas salas de racks do data center, muitas vezes perto dos servidores para economizar energia. Ou, nos projetos mais robustos, vários CRACs são acomodados em salas próprias de climatização. Alémdoscomponentes mecânicos comuns atodoclimatizador,oar-condicionadode


CLIMATIZAÇÃO precisãoparadatacenterspossuicomponentes eletrônicos,comoplacasesensorescomalta tecnologiaembarcada.Porisso,ainstalaçãode ares-condicionadosdeprecisãodemanda muitoconhecimento,experiênciaemãode obraespecializada. Ao optar por um sistema de precisão, é preciso estar atento a seis pontos principais na hora da instalação. Características físicas do ar-condicionado de precisão para data centers O ar-condicionado de precisão para data centers é um equipamento maior e mais pesado, cuja instalação deve ser planejada. Além de ser mais robusto, ele normalmente possui linhas de conexão mais distantes entre a evaporadora, a máquina interna do CRAC, e a condensadora que fica do lado de foradaedificação. Complexidade dos procedimentos de instalação Não é só instalar a condensadora, fazer a tubulação, colocar a tomada e realizar uma recarga de gás. A instalação inclui ainda um longo processo de vácuo, que é a retirada do ar dentro das tubulações. Enquanto a retirada do vácuo de um ar-condicionado de conforto demora 15 minutos, no ar de precisão esse procedimento demora cinco ou seis dias, dependendo da bomba de sucção utilizada. Tecnologia embarcada em ar-condicionado de precisão Em um data center ou outro ambiente crítico, o ar-condicionado de precisão possui componentes eletrônicos que demandam conhecimento técnico. Entre os componentes mais sensíveis na instalação de um sistema de refrigeração de precisão para sites estão: • Placa eletrônica - Realiza a comunicação, sendo responsável por enviar os comandos das funções selecionadas pelo controle remoto ou no aplicativo de gestão do site para o equipamento. • Sensores de temperatura - Realizam a medição da temperatura do ambiente, sinalizando se ela está em acordo com o trabalho programado. Os sensores permitem monitorar e reprogramar o

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ar-condicionado de precisão, ajudando a detectar falhas na climatização. Com isso, medidas de correção podem ser tomadas imediatamente, até mesmo a distância, por controle remoto, elevando a eficiência e a segurança do site. Procedimentos específicos de cada fabricante Refrigeradores de precisão para data centers e demais ambientes críticos possuem procedimentos de instalação específicos dos fabricantes. Cada marca possui seu próprio protocolo, uma espécie de que as equipes de instalação precisam conhecer. Por isso, a empresa contratada para realizar a instalação do ar-condicionado de precisão precisa conhecer os equipamentos e as especificações dos fabricantes, a fim de realizar toda a instalação de forma correta, garantindo a eficiência da climatização. Instalação de ar-condicionado para data center necessita de mão de obra especializada A empresa escolhida deve possuir expertise na construção de data centers e oferecer um corpo técnico com experiência e treinamento nesse tipo de procedimento. Issoevitarádoresdecabeçaepreocupações no futuro com manutenções para corrigir problemas gerados por falhas na instalação. É preciso lembrar que, dentro de um ambiente crítico, como um data center, obras e manutenções devem ser limpas e cuidadosas, pois um simples esbarrão em um botão pode tirar todo um sistema do ar. Projeto bem-elaborado Uma instalação bem-sucedida começa por um bom projeto de climatização do data center, contendo desde o dimensionamento dos equipamentos e da carga necessária para abastecer as operações à infraestrutura de redundância e instalação elétrica do ar-condicionado de precisão. Isso irá garantir uma climatização eficiente, com redundâncias na medida certa e com os menores custos possíveis de aquisição, instalação e, posteriormente, de manutenção do site.



CLIMATIZAÇÃO

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Dimensionamento do ar-condicionado de precisão Em sites modernos, o dimensionamento do ar-condicionado de precisão é feito buscando-se o equilíbrio entre o custo, o espaço físico disponível e a confiabilidade da climatização. A escolha do ar-condicionado de precisão para o seu data center ou ambiente crítico deve considerar alguns pontos: • Ser projetado para refrigerar o ambiente de TI com o melhor aproveitamento possível do espaço. • Prever densidades cada vez maiores de racks de TI concentrando alta capacidade de processamento. • Conciliar a alta densidade, que gera pontos de calor, com a menor infraestrutura possível de refrigeração. • Portanto, utilizar CRACs de alta capacidade de resfriamento com a menor dimensão do mercado. Além da densidade, o projeto de climatização do data center precisará levar em conta outro aspecto fundamental em todo ambiente de alta segurança: o nível de redundância da infraestrutura de ar-condicionado.

Redundâncias de ar-condicionado para data center Quanto mais seguro for o data center, mais redundâncias ele terá. Isso significa que ele será projetado com equipamentos duplicados, para que o backup assuma a função caso o principal venha a falhar. Nesse sentido, quanto maior for o nível necessário de disponibilidade e segurança no acesso aos dados da sua empresa, mais camadas de redundância ou “tiers” o data center terá. Os data centers mais básicos são os tier I, que não possuem redundâncias. Já os tier II, III e IV devem possuir CRACs redundantes. Por isso, é comum que data centers padrão tier III, bastante utilizados pelas empresas, tenham pelo menos dois aparelhos de ar-condicionado de precisão. Além do nível de redundância, o dimensionamento da potência, número de CRACs e tamanho do ar-condicionado de precisão dependerá da estratégia de climatização que será utilizada.

Estratégias de climatização de precisão do data center Vimos que os equipamentos eletrônicos de um data center produzem calor sensível, que é seco e, por isso, precisa ser dissipado com um sistema de remoção do ar quente e insuflamento de ar frio. É assim que pontos quentes detectados pelo sistema de monitoramento do site são rapidamente eliminados, evitando o superaquecimento que desliga servidores automaticamente. Para isso, várias estratégias podem ser utilizadas visando facilitar o trabalho dos CRACs, levando em conta desde o posicionamento


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dos equipamentos de climatização e dos racks de servidores até o melhor tipo de insuflamento do ar para cada data center. Entre as estratégias de refrigeração mais comuns estão a climatização in row, in rack e down flow. n ro É constituído de condicionadores de ar instalados entre as fileiras de racks. Nesse modelo, uma fileira de racks fica de costas para as costas de outra fileira. Um espaço entre elas é mantido para confinamento do ar quente liberado pelos servidores, que é empurrado para a parte traseira das estantes. Esse ar quente é, então, captado pelos condicionadores no espaço de confinamento. Já filtrado e resfriado, é liberado na parte dianteira dos racks para equilibrar a temperatura do ambiente. n rac Nesse sistema, os racks de servidores já possuem espaço próprio para a instalação de ar-condicionado. Portanto, um condicionador de ar atende apenas um único rack de servidor, enquanto no in row os condicionadores de ar atendem mais de um rack ao mesmo tempo. o n lo Aqui, o ar quente gerado pelos aparelhos eletrônicos do data center é captado pelas entradas do CRAC. Já tratado e resfriado, o ar é insuflado para um espaço de confinamento que fica abaixo do piso elevado. Esse ambiente é pressurizado e empurra o ar frio para cima através de grelhas instaladas no piso. De volta ao ambiente do data center, o ar frio é puxado por ventoinhas para dentro dos racks que guardam os servidores. Após resfriar esses equipamentos, é expulso pelas ventoinhas dos racks, de onde sobe novamente quente, voltando às entradas do CRAC para recomeçar o ciclo. Esse sistema é bastante eficiente e amplamente utilizado. Sua única desvantagem é que exige um pé-direito alto.

Concl são Seja qual for o tipo de refrigeração escolhido, uma regra é universal: uma climatização eficiente terá o menor custo possível de implantação, manutenção e consumo de energia elétrica. Isso porque ajudará a reduzir ao máximo o número de CRACs necessários. Para isso, a estratégia certa levará em conta o nível de redundância e a densidade do data center. Tudo precisa ser bem planejado por uma equipe de engenharia experiente em projeto e construção de sites corporativos, bem como na instalação de ar-condicionado de precisão para ambientes críticos.

Esta é uma edição adaptada do artigo Ar-condicionado de precisão para data centers: tudo o que você precisa saber sobre a climatização ideal para ambientes críticos, produzido pela Zeittec Data Center Solutions. A versão original pode ser acessada pelo link: https://zeittec.com.br/blog/.


REDES ÓPTICAS

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Evolução dos transponders em redes DWDM Camilo Damião, Consultor Especialista em Redes Ópticas

A

A tecnologia DWDM Dense Wavelength Division Multiplexing revolucionou a capacidade das redes de fibra óptica ao multiplicar a quantidade de dados que podem ser enviados simultaneamente. O artigo traz o histórico do desenvolvimento dos transponders ópticos desde a chegada do 1G na década de 1980 até a vanguarda da inovação, com taxas que ultrapassam as barreiras dos 400G, alcançando 800G e perspectivas de transmissões multiterabit.

s redes de comunicação ópticas desempenham um papel crítico na infraestrutura global de telecomunicações. A tecnologia DWDM - Dense Wavelength Division Multiplexing revolucionou a capacidade das redes de fibra óptica ao multiplicar a quantidade de dados que podem ser enviados simultaneamente. Essa viagem pelo desenvolvimento dos transponders ópticos é marcada por inovações significativas que moldaram não apenas a capacidade de transmissão de dados, mas também as próprias fundações da sociedade da informação.

A gênese da era óptica: a chegada dos 1G e OOK (década de 1980) No advento das redes ópticas, os transponders DWDM operavam sinais de 1G. Nessa época, a técnica OOK - On-Off Keying foi a pioneira, uma forma de modulação de amplitude em que o laser é simplesmente ligado e desligado para representar bits 1 e 0,respectivamente. O advento do GBIC - Gigabit Interface Converterfoi um marco, porém, esses primeiros transceptores eram robustos e suas capacidades limitadas.

O salto para 10G e a consolidação do DWDM (final dos anos 1990) O fim dos anos 1990 testemunhou a transição para transponders de 10G, uma resposta direta ao boom da Internet e à demanda exponencial por largura de banda. Continuando com a modulação OOK, aprimoramentos significativos foram introduzidos, como a amplificação óptica e a compensação de dispersão, essenciais para a manutenção da integridade do sinal. Formatos como XENPAK ganharam espaço, marcando o início de um caminho em direção à miniaturização e eficiência energética. O surgimento dos formatos XFP e SFP+ permitiu melhordesempenhoeintegração.

A era dos 40G e a modulação de fase complexa (meados dos anos 2000) Os transponders de 40G abriram caminho para modulações de fase



REDES ÓPTICAS complexas, como DPSK e DQPSK, que transportavam mais informação sem a necessidade de uma largura de banda maior. Introduzidos no meio dos anos 2000, esses avanços trouxeram desafios significativos relacionados à gestão da dispersão e do PMD. O formato CFP surgiu como uma resposta, oferecendo maior eficiência em um pacote mais compacto.

A disrupção dos 100G e a modulação coerente (início dos anos 2010) A chegada dos transponders de 100G significou uma mudança de paradigma com a adoção da modulação coerente, com o PM-QPSK destacando-se. Com DSPs, foi possível correção em tempo real das distorções do sinal, melhorando significativamente a qualidade da transmissão. Isso marcou a transição para form factores menores, como CFP2 e CFP4.

Ultrapassando as fronteiras: de 200G a 400G e a modulação QAM (meio dos anos 2010 até o presente) A progressão para 200G e 400G veio com a introdução de modulações por amplitude em quadratura (QAM) de ordem superior. O

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CFP4, CFP8 e o QSFP56 e QSFP-DD ganharam espaço, suportando as demandas crescentes por largura de banda.

A vanguarda da inovação: taxas de transmissão multiTerabit (presente e futuro) Atualmente, estamos na vanguarda da inovação, com transponders que ultrapassam as barreiras dos 400G, alcançando taxas de 800G e perspectivas de transmissões multi-Terabit. Técnicas avançadas como PCS e evoluções da QAM estão empurrando os limites da eficiência espectral. Transceptores de ponta como o OSFP e QSFP-DD800 representam o pináculo da atual capacidade tecnológica. A relação dessa evolução com o limite de Shannon, que é o máximo teórico de informação que pode ser transmitida por um canal de comunicação para uma determinada largura de banda e nível de ruído, se torna cada vez mais tangível. O limite de Shannon nos ensina que para aumentar a capacidade de transmissão sem aumentar a largura de banda, devemos encontrar formas de transmissão mais eficientes, algo que as técnicas de modulações avançadas como QAM e PCS permitem. À medida que avançamos para além dos 400G, já são vislumbradas taxas de

1,2T e 1,6T, preparando o terreno para uma nova era na comunicação óptica. Estes desenvolvimentos sugerem que as tecnologias atuais continuam a desafiar os limites impostos pela teoria de Shannon, abrindo novos horizontes para a capacidade de transmissão de dados.

Entendendo o limite de Shannon: a matemática fundamental da capacidade de canal O limite de Shannon, formalmente conhecido como a capacidade de Shannon, é um princípio fundamental em teoria da informação que define a capacidade máxima de dados que podem ser transmitidos com uma determinada largura de banda em um canal de comunicação sujeito a ruído. Claude Shannon, em seu trabalho seminal de 1948, “A Mathematical Theory of Communication”, estabeleceu esta fronteira teórica, que é calculada pela seguinteequação: = log2 (1 + S/N) em que: • : capacidade do canal em bits por segundo (bit/s) • : largura de banda do canal em hertz (Hz) • : potência do sinal útil • : potência do ruído no canal


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Essa equação nos diz que a capacidade do canal aumenta com a largura de banda e com a SNR - relação sinal/ruído. Em outras palavras, para aumentar a capacidade sem aumentar a largura de banda, devemos melhorar a SNR, que pode ser alcançada por meio de amplificação do sinal ou redução do ruído. No entanto, à medida que nos aproximamos do limite de Shannon, torna-se cada vez mais desafiador realizar ganhos significativos sem técnicas avançadas de processamento de sinal.

A técnica PCS e sua importância para taxas de transmissão elevadas O PCS - Probabilistic Constellation Shaping é uma técnica sofisticada que permite que as taxas de transmissão se aproximem do limite de Shannon. O PCS modifica a modulação por amplitude em quadratura (QAM) tradicional, que usa pontos igualmente espaçados na constelação

QAM, ajustando a probabilidade de cada ponto ser transmitido com base na sua distância do centro da constelação. Isso significa que os pontos mais próximos do centro, que são menos afetados pelo ruído, são usados com mais frequência do que os pontos mais distantes. A principal vantagem do PCS é que ele pode adaptar dinamicamente a forma da constelação de modulação para otimizar a taxa de bits em condições variáveis do canal, efetivamenteaumentandoaeficiênciaespectral e aproximando-se do limite de Shannon. Essa abordagem é crucial para atingir taxas de transmissão mais elevadas, como 1,2T e 1,6T, em canais ópticos que já estão operando perto de suas capacidades máximas teóricas. O PCS é necessário porque ele permite uma transmissão de dados mais eficiente sem exigir mais largura de banda ou melhor a SNR, que pode não ser viável devido às limitações físicas ou custos. A tecnologia é especialmente importante em redes DWDM, onde a maximização da capacidade por comprimento de onda

é crítica. A habilidade de adaptar as taxas de transmissão às condições instantâneas do canal sem alterar a infraestrutura física torna o PCS uma inovação valiosa para o futuro das comunicações ópticas.

Uma trajetória definida pela inovação A trajetória dos transponders DWDM reflete o incessante esforço humano por comunicação rápida e eficiente. Desde a adoção da modulação de amplitude até as técnicas de modulação coerente e a complexidade crescente da QAM, a jornada é uma história de marcos tecnológicos significativos. Olhando para o passado e o futuro, percebemos que a evolução dos transponders DWDM é uma história que ainda está sendo escrita, com cada novo capítulo trazendo desafios e avanços que continuam a remodelar o mundo das telecomunicações.


DATA CENTERS

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Otimização de parâmetros operacionais utilizando CFD e processo iterativo Guilherme Barcellos, da Zienz

É

O processo iterativo, aliado a ferramentas de CFD - simulação computacional de dinâmica dos fluidos, é uma importante metodologia para avaliação progressiva de melhorias nas operações de data centers, permitindo obter de maneira assertiva a melhor performance de cada solução. Diversos elementos podem ser testados, como grelhas de retorno, rede de dutos, parâmetros operacionais dos climatizadores, layout de equipamentos e interferências.

raro encontrar um data center, especialmente se estiver em operação há mais de cinco anos, que tenha sua ocupação conforme previso no momento da concepção. É natural, portanto, que tanto o layout de ocupação quanto a densidade de carga localizada sejam alterados conforme novas tecnologias e soluções são implementadas. A principal consequência desse fenômeno é a queda na eficiência do sistema de climatização. Isso significa o aumento do consumo de energia associado e, na maioria das situações, o surgimento de hotspots, o que, em casos mais críticos, colocam em risco a segurança operacional do data center, podendo até ocasionar eventos de downtime ou instabilidade na prestação de serviços. O espaço do entrepiso para o insuflamento de ar ainda é amplamente utilizado em ambientes de TI. Esse tipo de conceito permite que certas estratégias, como substituição e reposicionamento de placas de piso perfuradas, sejam aplicadas para evitar ou mitigar temperaturas elevadas na face de admissão de ar de racks e reduzir os custos e riscos operacionais. Dessa forma, data halls com piso elevado

permitem ajustes mais precisos no que diz respeito à distribuição de ar gelado para os equipamentos de TI. Não existem dois data halls iguais; cada um possui suas peculiaridades, seja do ponto de vista físico ou operacional, e apesar de não existir nenhuma solução ou estratégia única que resolva todos os problemas que possam surgir em um data center, é possível obter dados valiosos seguindo uma metodologia bem definida com base em um processo iterativo, a partir de simulações computacionais, que se bem analisadas resultam em soluções eficientes para a operação do ambiente. O processo iterativo consiste em avaliar a implementação progressiva de estratégias, avaliando a cada nova simulação os pontos positivos e negativos, a fim de corrigir os pontos negativos nas próximas simulações até que sejam atingidos parâmetros operacionais de maior eficiência. Nesse ponto é feita a implementação das soluções avaliadas conforme ilustrado no fluxograma da figura 1. Seguir um processo bem definido, com auxílio de situações computacionais, aumenta a assertividade na implementação

Fig. 1 – Fluxograma do processo iterativo


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DATA CENTERS

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Fig. 2 – Comparativo de layouts

de soluções e reduz o risco e o custo de adotar soluções que não são eficazes. Para exemplificar o passo a passo da aplicação desse processo iterativo, é apresentado a seguir um estudo de caso utilizando a CFD - Simulação de Dinâmica dos Fluidos para avaliar as estratégias implementadas no ambiente.

O data hall simulado conta com aproximadamente 700 kW de carga de TI, distribuídos em aproximadamente 480 m². É atendido por 10 fan coils de precisão de aproximadamente 85 kW de capacidade térmica. O insuflamento de ar é realizado pelo entrepiso de 0,4 metro e o retorno de ar é feito pelo entreforro. O layout do data hall

em sua condição inicial pode ser observado na figura 2. Nesse caso foi realizada a simulação contemplando a instalação de seis novas filas de racks, totalizando 64 novos racks com 7 kW cada. Esses novos equipamentos estão identificados pela cor laranja na figura 2. Associado aos novos equipamentos de TI, foram instaladas novas placas de piso perfuradas, com 25% de abertura, seguindo o mesmo padrão já utilizado nas demais regiões do data hall. Este estudo de caso contou com quatro iterações para exemplificar a aplicação do processo iterativo. Dessa forma, foram desenvolvidos os seguintes cenários de simulação: •Condiçãoatual:avaliaçãoinicial,considerando características definidas anteriormente. • 1ª iteração: adoção da estratégia mais simples possível, com a substituição de placas de piso de 25% de abertura por placas de piso de 56% de abertura em regiões em que foram observadas temperaturas mais elevadas. • 2ª iteração: refinamento da estratégia adotada na 1ª iteração, ampliando o número de placas de piso com 56% de abertura associadas ao uso de placas de piso com ventilação forçada. • 3ª iteração: utilização de nova estratégia para mitigar os hotspots observados nas simulaçõesanteriores.Nestecasofoiavaliadaa utilizaçãodeconfinamentodecorredoresfrios.


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• 4ª iteração: refinamento/otimização da 3ª iteração com novo ajuste de placas de piso para otimizar a distribuição de ar para as regiões mais demandadas. A aplicação das estratégias de cada uma das iterações é apresentada na figura 3, em que as placas de piso de 25% de abertura são representadas na cor rosa, as de 56% de abertura na cor verde e as placas contendo ventilação forçada na cor roxa. Os confinamentos de corredor são representados pelos retângulos verdes. A análise foi realizada a partir de dois resultados principais: o mapa de temperaturas na face de admissão dos racks e o mapa de vazão nas placas de piso. Esses resultados indicaram onde e que tipos de medidas serão mais eficazes a serem testadas na próxima iteração. Outros resultados, como mapa de temperaturas, pressão, velocidade e caminho percorrido pelo ar, são complementares e auxiliam na tomada de decisões. A figura 3 apresenta de maneira comparativa a temperatura de admissão dos racks para cada uma das condições simuladas. A partir dos resultados obtidos foi observado na simulação da condição inicial que a região onde estão instalados os novos servidores registrou temperaturas de até 46°C, 14°C acima da temperatura máxima permitida pelo envelope A1 da ASHRAE, sendo que mais de 25% dos equipamentos de TI operam com temperaturas acima da máxima permitida. Conforme foram aplicados os ajustes de cada iteração é verificada a redução progressiva na temperatura máxima de admissão dos racks, bem como a redução das regiões com temperaturas acima dos 30°C. É possível verificar que os resultados das primeiras iterações não apresentam resultados expressivos no que diz respeito à mitigação expressiva ou eliminação dos hotspots identificados. No entanto, essas duas primeiras iterações servem como base para a aplicação de medidas mais avançadas, como o confinamento de corredor, considerado na terceira iteração. Neste ponto a redução de hotspots é mais expressiva, com poucas regiões ainda necessitando de ajustes. A quarta iteração promoveu as melhorias finais necessárias, resultando em todos os equipamentos de TI operando dentrodafaixapermitidaparaoenvelopeA1. Os resultados de temperatura na face de entrada dos racks, apesar de serem os mais


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Fig. 3 – Comparativo de temperatura de admissão de ar dos racks

importantes para as análises do processo iterativo são, geralmente, consequência do comportamento do ar no ambiente. É importante, portanto,identificaroselementos quecausamtalcomportamentoparaquesejam feitas a correção e otimização do sistema e assim obter os resultados desejados. Nesse

estudo de caso, os principais elementos avaliados foram as placas de piso perfuradas, cuja distribuição e modelo têm impacto direto na disponibilização de ar para os equipamentos de TI em cada região da sala. Para avaliar como é feita a disponibilização de ar pelas placas de piso, é utilizado o mapa

de vazões nas placas de piso (figura 4), onde é possível visualizar de maneira comparativa o mapa de vazões para cada uma das iterações. A partir da análise da figura 4 é possível verificar que a distribuição de vazão se manteve praticamente a mesma entre a condição inicial e a primeira iteração. A principal diferença entre as imagens é que a vazão máxima registrada nas placas perfuradas da primeira iteração foi quase o dobro quando comparada à condição inicial, ocorrendo na região próxima à parede do data hall, local identificado como mais crítico do ponto de vista da temperatura de admissão dos equipamentos de TI na figura 4 (condição inicial). Nas iterações seguintes os ajustes de placas de piso, sejam no layout, no percentual de abertura ou no uso de placas com ventilação forçada, e o uso do confinamento de corredor foram realizados sempre com o objetivo de diminuir os hotspots remanescentes identificados nas imagens da figura 4. Por fim, na quarta iteração, simulação final em que todos os hotspots foram mitigados, é possível observar que a região à direita do ambiente, onde há maior concentração de carga e, portanto, mais demanda de ar frio, apresenta placas de piso com maior vazão, proporcionando maior disponibilidade de ar e garantindo os parâmetros operacionais desejados para os equipamentos de TI.


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O processo iterativo, principalmente aliado simulação computacional de

dinâmica dos fluidos (CFD) se mostra como uma importante metodologia a ser

Fig. 4 – Comparativo de vazão nas placas de piso

aplicada s operações de data centers por permitir a avaliação progressiva de melhorias, obtendo de maneira assertiva a melhor performance de cada solução. Devido complexidade e peculiaridade de cada ambiente, diversos elementos podem ser testados, como grelhas de retorno, rede de dutos, parâmetros operacionais dos climatizadores (vazão, temperatura de insuflamento, equipamentos operantes e desligados), la out de equipamentos e interferências, entre outros elementos. Dessa forma, é poss vel extrair previamente o máximo de performance de cada solução e com isso são evitados gastos de recursos com a implementações de soluções pouco eficazes, além de minimizar o risco operação do ambiente, uma vez que todas as poss veis soluções podem ser validadas antes de serem implementadas, garantindo assim maior confiabilidade e segurança para a operação de um data center.


REDES EXTERNAS

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Confiabilidade mecânica e desempenho de cabos ópticos ao longo dos anos Nick Karagiannis, engenheiro de aplicações na Corning Cables

A

As novas gerações de tecnologia de fibra óptica são pioneiras na expansão da conectividade de banda larga, e seu desempenho é vital para o sistema como um todo. Mas o que tende a passar despercebido é a confiabilidade a longo prazo para garantir alto desempenho durante uma vida útil de décadas exposta a ambientes muitas vezes insalubres. O artigo analisa o desempenho mecânico de um cabo instalado em ambiente externo por 34 anos.

tecnologia para compartilhar instantaneamente voz, vídeo e dados em todo o mundo continua a impulsionar a expansão e a evolução das redes de comunicação. Para garantir a qualidade dos cabos ópticos responsáveis pelo transporte das informações, testes de laboratório são utilizados para simular e prever o desempenho de campo a longo prazo. Contudo, a correlação entre um ambiente de teste e a exposição real pode não ser perfeita. Apoiando as descobertas das análises, os dados de campo genuínos de um cabo de fibra óptica fornecem evidências sólidas de sua integridade e capacidade de sobreviver às influências ambientais. Neste estudo de caso, um cabo instalado em um ambiente externo

Fig. 1 – Fadiga dinâmica

por 34 anos foi retirado de operação e testado para determinar a mudança no desempenho mecânico ao longo da vida útil instalada. O cabo é do tipo loose tube armado híbrido com fibra monomodo e multimodo e foi instalado em 1986 na cidade de Hickory na Carolina do Norte, EUA, para fazer a ponte de comunicação entre o edifício sede da Corning Cables e sua fábrica de cabos. Uma pequena seção do cabo foi removida e passou por diversos testes de acordo com os padrões da indústria, no cabo e nas fibras extraídas de seu interior. As análises incluem fadiga dinâmica da fibra óptica, força de decapagem, clareza de cor e geometria de revestimento do material de revestimento das fibras.



REDES EXTERNAS Clima do local da instalação

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amostras. Todas as cores estavam dentro da tolerância de cor Munsell e Fibra Diâmetro da casca Diâmetro do revestimento A Carolina do Norte eram claramente apresenta um clima distinguíveis e contínuas, Preto 250 Sem medida obtida subtropical úmido. Nos tanto ao redor da Branco 249 126,6 meses de verão as circunferência da fibra Cinza 246 126,1 temperaturas apresentam quanto ao longo do Marrom 252 126,7 média de 26°C-32°C e no comprimento. Isso indica Azul 251 126,9 inverno caem para -1°C que o cabo e o material de Vermelho 246 126,7 -4°C. A precipitação média revestimento conseguiram Verde 251 125,8 é de cerca de 76 a 101 mm proteger as fibras internas. Laranja 248 125,3 ao mês. Hickory sofreu Os técnicos de campo Média 249 126,3 diversos furacões de ainda seriam capazes de categoria 3, com ventos de distinguir as fibras de 125 ± 2 mícrons, com uma média 178 a 207 km/h, durante a durante a manutenção e reparo do de 126 mícrons, e o diâmetro do implantação do cabo, fator que não cabo, se ainda estiver em serviço. revestimento dentro da meta permitida gerou qualquer impacto em sua conectividade ou confiabilidade. de 250 ± 15 mícrons, com uma média Força de decapagem de 249 mícrons. O diâmetro do Testes das fibras e A força de decapagem máxima e revestimento das fibras extraídas é resultados média foi analisada para determinar a consistente com as especificações de Tab. I – Diâmetro do revestimento e casca (cladding), em mícrons

As amostras de fibra foram cuidadosamente removidas do cabo e submetidas a diversas avaliações. As opções de teste foram limitadas devido ao curto comprimento do cabo disponibilizado na extração, mas incluíram exame visual, permanência da cor, força de decapagem e fadiga da fibra. Das amostras recebidas, cada fibra foi examinada em busca de sinais visuais de deterioração. Técnicos experientes que analisaram as amostras indicaram que as fibras pareciam normais e nenhum problema foi observado durante o manuseio ou testes. Esta observação apoia a expectativa de que a manutenção e reparação de cabos podem ser realizadas sem precauções especiais, mesmo em instalações com várias décadas de existência.

Diâmetros dos revestimentos interno e externo Os diâmetros dos revestimentos das amostras foram medidos e comparados com as especificações de fibra ativas durante a década de 1980 para determinar se ocorreu algum inchaço ao longo dos anos de implantação. Todos os diâmetros de revestimento estavam dentro da meta

Tab. II – Força de decapagem em fibra óptica monomodo envelhecida em campo ID da fibra

Força média

Desvio

Força média

de pico (N)

padrão

de decapagem (N)

Desvio padrão

Amostra 1

3,17

0,26

2,37

0,22

Amostra 2

3,29

0,43

2,53

0,31

Amostra 3

3,83

1,81

2,43

0,50

Fibra de laboratório

3,47

0,48

2,09

0,08

(não implantado) Mínimo da amostra

3,17

2,37

Máximo da amostra

3,83

2,53

Média da amostra

3,43

2,44

geometria do revestimento vigentes em 1986 (tabela I).

Permanência de cor A clareza e a permanência da cor foram testadas em cada uma das

capacidade de remoção e integridade do revestimento de fibra após seu envelhecimento em campo. O teste de força de remoção foi concluído de acordo com a IEC 60793-1-32 Métodos de Medição e Procedimentos de Teste – Capacidade de Remoção do

Tab. III – Força de decapagem em fibra óptica multimodo envelhecida em campo ID da fibra Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra 4 Mínimo da amostra Máximo da amostra Média da amostra

Força média de

Desvio

Força média

Desvio

pico (N)

padrão

de decapagem (N)

padrão

3,70 3,78 3,96 3,54 3,54 3,96 3,75

0,52 0,36 0,42 0,22

2,69 2,67 2,84 2,63 2,63 2,84 2,71

0,32 0,18 0,18 0,21


3 – RTI – DEZ 2023

Revestimento. A força de decapagem indica a capacidade de remover o revestimento do vidro sem induzir tensão ou quebra da fibra. Nesse teste, as amostras de fibra foram testadas quanto ao pico e à força média de decapagem registradas em Newtons (N). Um resumo das conclusões está listado nas tabelas II e III. Os resultados mostram que a força de decapagem da fibra para o cabo envelhecido em campo é comparável à fibra de geração semelhante não implantada em um cabo e testada nas mesmas condições. Todas as fibras atenderam aos padrões e requisitos da indústria. Este teste indica que o desempenho do revestimento é mantido de modo que a preparação para o reparo em campo seria permitida mesmo após uma implantação prolongada em campo.

Medições de fadiga foram realizadas em amostras de fibras do cabo envelhecido em campo. Os testes foram realizados nas amostras usuais de comprimento padrão de 0,5 m. Devido às limitações no comprimento da fibra disponível dentro do cabo, apenas cinco amostras por tensão de tração puderam ser extraídas, em vez do mínimo de 15 definido na IEC 60693-1-33 - Métodos de Medição e Procedimentos de Teste – Suscetibilidade à Corrosão sob Tensão. Todas as amostras foram pré-condicionadas nos ambientes de teste a 50% de umidade relativa, 23°C antes do teste. As fibras foram testadas usando quatro classificações de deformação variando de 30% para 0,09% por minuto. Os resultados podem ser visualizados na figura 1 em comparação com a fibra monomodo de geração semelhante, nunca implantada em um cabo e armazenada desde a fabricação em um depósito de laboratório. O parâmetro de corrosão sob tensão (nd) calculado a partir dos dados disponíveis permanece dentro das especificações e não indica degradação durante o período de instalação em comparação com a fibra de laboratório. Não há diferença na tensão média de ruptura na segunda taxa de tensão mais alta (ou seja, a taxa de tensão usada para determinar a resistência característica da fibra pela IEC 60793-1-31 - Métodos de Medição e Procedimentos de Teste - Resistência à Tração) entre a fibra monomodo removida da instalação e a fibra monomodo retirada do armazém do laboratório.

Conclusão Testes realizados em amostras de fibra óptica envelhecidas em campo fornecem provas da confiabilidade das fibras durante um longo período. O cabo forneceu comunicação consistente durante 34 anos até ser desativado. À medida que os designs continuam a melhorar em qualidade e eficácia, estes cabos de fibra óptica continuarão a manter uma transmissão de alta qualidade durante décadas.


SEGURANÇA

– RTI – DEZ 2023

Estratégias de proteção física e virtual para data centers Genetec e techUK

O

A indústria de data centers permanece na vanguarda da inovação técnica, com uma forte procura global por armazenamento e processamento de dados à medida que as indústrias se digitalizam. Nesse contexto, é importante planejar o crescimento futuro, abordar a segurança física e cibernética num único plano e investir em um sistema de segurança que possa escalar, adaptar-se e evoluir de acordo com as necessidades atuais e futuras.

s data centers do Reino Unido contribuem em mais de 16% da produção interna, 10% do emprego e 24% das exportações. Tais números representam uma manifestação física da economia digital e são fundamentais para a prosperidade econômica. No entanto, diversos fatores estão aumentando a complexidade para as operadoras quando se trata de permanecer na vanguarda da segurança e, ao mesmo tempo, em conformidade com as principais normas vigentes. A demanda consistente dos usuários por maior largura de banda significa que as operadoras devem antecipar futuras fusões, aquisições e expansões para novos locais, levando os departamentos de segurança existentes à convergência. Muitas vezes, isto também significa herdar diversas tecnologias e processos que devem ser integrados para manter uma imagem consistente das operações. Some-se a isso a necessidade de manter o controle sobre um volume crescente de marcos regulatórios relacionados à privacidade de dados e segurança da informação. Atender e demonstrar conformidade com os critérios rigorosos do GDPR Regulamento Geral de Proteção de Dados, SOC2 e padrão de segurança da informação ISO 27001 requerem consideração específica de como os sistemas de segurança física são configurados e gerenciados. O artigo 15º do GDPR afirma que qualquer membro público pode registrar uma solicitação do titular dos dados para obter imagens de CFTV e que “o direito de obter uma cópia não afetará

negativamente os direitos e liberdades de terceiros”. Essa curta cláusula apresenta um desafio logístico para qualquer operador de data center que não dependa de software para a redação automatizada de rostos em imagens de vídeo, já que cada quadro do vídeo solicitado pode conter muitos outros terceiros. Da mesma forma, o SOC2 contém requisitos não negociáveis relacionados com o cumprimento de períodos de retenção adequados para dados gerados por sistemas de videovigilância e controle de acesso. Como as operadoras podem centralizar a segurança, estar em conformidade nas operações para proteger os dados e satisfazer os requisitos regulatórios e, ao mesmo tempo, funcionar de maneira eficaz em diversos locais?

Segurança como responsabilidade compartilhada As violações de dados são uma realidade global, afetando pessoas em todos os lugares. Algumas são causadas por deficiências no perímetro virtual de uma organização. Por exemplo, quando hackers podem explorar vulnerabilidades de softwares para obter acesso externo a um sistema conectado. Outros dependem da violação de um perímetro físico, como quando um visitante consegue entrar na instalação para conectar um dispositivo não autorizado. No caso de ataques mais sofisticados e direcionados, é comum que os criminosos investiguem pontos fracos em ambos os domínios até descobrirem


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SEGURANÇA o elo fraco que lhes permite obter acesso, permanecer sem serem detectados e exfiltrar dados confidenciais durante um período significativo. É por isso que a manutenção de uma boa higiene cibernética depende de uma combinação de pessoas, processos e tecnologia. A proteção de uma organização contra ataques cibernéticos não pode simplesmente ser delegada à TI ou abordada de forma adequada em departamentos que não colaboram. Funcionários, prestadores de serviços e visitantes do data center necessitam periodicamente de acesso a áreas restritas. Ainda assim, uma falha em restringir, monitorar e auditar adequadamente o acesso a servidores físicos compromete instantaneamente quaisquer precauções de

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riscos. Eles existem numa relação simbiótica, pois ninguém pode ter sucesso sem um trabalho de equipe eficaz com colegas de outros departamentos.

Conclusões estratégicas

Centralizar conformidade, segurança e operações A capacidade de acompanhar facilmente quem teve acesso ao quê e quando, quem o concedeu e por que, tem benefícios que vão muito além da função de segurança. Ele é fundamental para satisfazer os requisitos regulatórios e garantir o fluxo tranquilo de pessoas em todas as instalações. Normalmente, há um número significativo de pessoas e etapas envolvidas na concessão de acesso a uma sala ou rack e, se a autorização depender de intervenção manual no sistema de controle de acesso, há muito espaço para erros. A engenharia social é, portanto, frequentemente utilizada por criminosos como meio de entrar nas instalações de um site. Fazer uso de uma solução de gerenciamento de acesso e identidade que une a segurança física e de TI para automatizar o fluxo de trabalho elimina o Fig. 1 – Uma abordagem em camadas para potencial de erro humano, segurança física ao mesmo tempo que segurança cibernética que tenham sido proporciona eficiência de custos. implementadas. Por exemplo, os É por isso que os operadores devem profissionais de TI podem contar com investir e confiar numa plataforma de ferramentas de monitoramento para segurança escalável e unificada que tenha detectar a ocorrência de um dispositivo USB em conta os requisitos dos utilizadores conectado a um servidor. No entanto, é dentro e fora da função de segurança física. apenas através da integração de tal alerta com Existem muitas outras maneiras pelas o sistema de gestão de vídeo do operador quais a centralização pode melhorar a que as equipes de segurança podem ser segurança e agilizar as operações de colocadas em condições de responder conformidade. Por exemplo, definindo rapidamente. Ter acesso instantâneo às prazos de validade para passes de imagens de vídeo associadas àquela parte da empreiteiros ou automatizando a geração e instalação torna muito mais fácil determinar partilha de relatórios de auditoria para que rapidamente o responsável antes que seja qualquer atividade irregular seja tarde demais (figura 1). rapidamente revelada. A automação é Os profissionais de RH, segurança física fundamental, pois essas atividades são e da informação em um ambiente de data fáceis de especificar, mas difíceis de executar center compartilham um objetivo de forma consistente se for necessária comum de apoiar os negócios e mitigar intervenção manual.



SEGURANÇA Reunir recursos e conhecimentos de toda a empresa permite a especificação e implementação de uma plataforma comum com maiores capacidades do que qualquer função poderia esperar desenvolver isoladamente. Simplifica as operações diárias e evita futuras dores de cabeça em torno de sistemas sobrepostos que criam pontos cegos operacionais devido a uma falha na integração (figura 2). Adotar uma abordagem em camadas É fácil pensar em termos de uma Fig. 2 - Exemplos de como uma plataforma instalação com um único perímetro pode ajudar a centralizar segurança, que precisa ser protegido. No operações e compliance entanto, é importante reconhecer que as instalações compreendem múltiplos entrada a data halls, salas e até mesmo aos perímetros sobrepostos, cada um com os racks individuais. seus próprios direitos de acesso, perfil de Não confie em nenhum sensor ou risco e requisitos operacionais. analítico para detectar invasões. Em vez Para os data centers, a situação é disso, crie uma abordagem em camadas particularmente sutil. Há todas as questões para a segurança do perímetro que garanta usuais sobre áreas públicas e privadas e que nem tudo esteja perdido caso um onde as pessoas podem passar entre elas a método falhe. Além disso, não acredite serem consideradas. Da mesma forma, demais na necessidade de os operadores de existem partições específicas que devem ser segurança monitorarem ativamente a mantidas em relação ao hardware ou dados entrada desses sensores para identificar de clientes individuais. Não se trata uma ameaça específica à segurança, pois a simplesmente de controlar o acesso às quantidade de informações recebidas pode instalações, mas de gerir dinamicamente a rapidamente se tornar esmagadora.

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Otimizar o tempo de resolução é a principal métrica segundo um relatório conduzido pelo Ponemon Institute, que calcula que um único minuto de inatividade em um data center custa em média US$ 9000 para a empresa como um todo. Alertas automatizados, juntamente com um processo estruturado que oriente os operadores passo a passo sobre como responder, ajudam a garantir que possíveis ameaças sejam identificadas, investigadas e resolvidas de maneira oportuna e consistente em diferentes padrões de turnos e indivíduos. Muitos eventos podem representarumaameaçaàsegurança que pode ser difícil de ser detectada por uma pessoa, mas que a tecnologia pode sinalizar rapidamente para uma investigação mais aprofundada. Por exemplo, se um empreiteiro entrar numa área e isso coincide inesperadamente com um dispositivo ficar off-line. Ou se uma placa de matrículaespecíficafordetectadanas proximidades de um data center muitas vezes em um curto espaço de tempo. Garantir que os sistemas de segurança física não sejam um risco de proteção cibernética Uma última razão para abordar a segurança física e cibernética num único


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plano é a possibilidade de os atacantes utilizarem os próprios sistemas de segurança física como potenciais pontos de entrada na rede. Mais de 90% de todos os ataques de IoT – Internet das Coisas passam por roteadores e câmeras conectadas. Câmeras de segurança, leitores de controle de acesso e painéis de alarme são dispositivos IoT que executam o software e podem conter vulnerabilidades que podem ser exploradas por invasores. No entanto, muitos dos riscos poderiam ser eliminados simplesmente tomando medidas básicas como garantir que estejam executando a versão mais recente do firmware e não usar senhas padrão. Eles compartilham uma responsabilidade física e de segurança cibernética que pode facilmente evitar tempos de inatividade não planejados. Embora a atualização automatizada dos principais sistemas e dispositivos de negócios seja uma preocupação fundamental da função de TI, ela nem

sempre está na mente dos profissionais de segurança física. Dados da Genetec revelam que 68% das câmeras que tentam se conectar aos seus sistemas normalmente executam firmware desatualizado, sendo que mais da metade envolve vulnerabilidades conhecidas para as quais está disponível uma atualização de segurança. É uma situação que precisa mudar rapidamente e que só pode ser resolvida eliminando a carga dos funcionários e aproveitando a automação para gerenciar o firmware e as senhas. Só então as organizações poderão esperar construir uma estrutura de segurança ciberfísica resiliente a partir da qual possam operar.

Conclusão A indústria dos data centers permanece na vanguarda da inovação técnica, com uma forte procura global de armazenamento e processamento de dados à medida que as indústrias se digitalizam, garantindo que o

mercado continuará a expandir-se ano após ano. Neste contexto, é importante planejar o crescimento futuro, abordar a segurança física e cibernética num único plano e investir em um sistema de segurança que possa escalar, adaptar-se e evoluir de acordo com as necessidades imediatas e futuras. Os data centers devem acompanhar a evolução das regulamentações e ameaças à segurança, ao mesmo tempo em que garantem que as necessidades dos clientes sejam sempre atendidas. Com a sua capacidade de unificar e centralizar todas essas considerações, a plataforma de segurança física deve ser considerada essencial para alcançar esses objetivos. Deve ser projetado para reduzir o risco de segurança, melhorar a tomada de decisões e a conformidade. Não importa como a organização cresça ou como o cenário de ameaças evolua, o site deve ser flexível o suficiente para evoluir de acordo com as necessidades futuras.


TENDÊNCIAS

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Desafios econômicos e de capacidade nos data centers Andres Madero, CTO CALA da Infinera

O artigo mostra como evoluir e adaptar as soluções de interconexão de data centers (DCI) para suportar as demandas crescentes de capacidade de expansão hiperescala ao mesmo tempo em que também atende à diversidade das instalações menores, modulares e distribuídas. A resposta está no uso de plataformas ópticas modulares mais compactas, de inovações em mecanismos ópticos coerentes embutidos conectáveis e no maior espectro de transmissão por par de fibras.

O

s data centers no Caribe e América Latina (CALA) estão aumentando sua modularidade e natureza distribuída. Essas instalações não existem isoladamente. Como em outras partes do mundo, exigem conectividade local, regional e às vezes submarina (conectividade óptica de alta velocidade) para vinculação com outros data centers, pessoas e aplicações que utilizam seus recursos de computação e armazenamento. Enquanto indústria, como podemos evoluir e adaptar as soluções de interconexão de data centers (DCI) para suportar as demandas crescentes de capacidade de expansão de sites hiperescala, enquanto também suportamos a diversidade dos menores, modulares e distribuídos? A resposta tem três partes: escolhas de plataformas ópticas modulares mais compactas; inovações em mecanismos ópticos coerentes embutidos conectáveis; e maior espectro de transmissão por par de fibras. Resumidamente, precisamos dimensionar corretamente a capacidade e investimento do DCI para atender às demandas de transmissão desde o início, enquanto permitimos a expansão econômica e com eficiência energética com o passar do tempo.

Um chassi para atender a todo ambiente Embora a categoria DCI tenha começado com transponders pequenos, tipo servidor, equipados com mecanismos ópticos coerentes, a indústria evoluiu rapidamente para plataformas mais flexíveis, modulares compactas, com placas que podem ser misturadas e combinadas para suportar de modo prático qualquer funcionalidade desejada (figura 1). Os chassis estão disponíveis em uma faixa ampla de profundidades, para suportar a implantação em diversos ambientes. Essas plataformas permitem misturar sistema de linha óptica e funcionalidade de transponder e ser estendidas com conectividade entre múltiplos chassis, possibilitando o fácil gerenciamento de elementos de rede simples com capacidade de expansão. Esse modelo “pagueconforme-cresce” permite que os operadores expandam apenas quando necessário, correspondendo custo e consumo de alimentação à capacidade.

Movimentação na velocidade da luz Com maior integração vertical, mecanismos ópticos coerentes estão



TENDÊNCIAS

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Fig. 1 - Plataforma DCI modular compacta com trenós misture-e-corresponda

evoluindo simultaneamente em duas direções: conectáveis menores, e de potência menor, que podem atingir 1000 km ou mais; e 2) mecanismos ópticos embutidos, baseados em placas e com tecnologia sofisticada de transmissão e recepção que maximiza o alcance de capacidade e eficiência espectral. Com capacidades crescentes em pequenos conectáveis 400G QSFP-DD, IP sobre DWDM (IPoDWDM) está começando a ser realizado com implantações diretamente em roteadores e switches. Conectáveis básicos 400ZR suportam aplicativos DCI até 120 km, com configurações

fixas e transmitindo apenas tráfego de Ethernet. Conectáveis 400G ZR+ mais avançados oferecem programabilidade aumentada, suporte para tráfego OTN e Ethernet e melhor desempenho óptico, para suportar conectividade metropolitana/regional e alguma de longa distância. Conectáveis 400G XR suportam aplicações de alto desempenho ponta a ponta, como ZR+ e implantações pontomultiponto, onde um óptico conectável 400G simples pode se comunicar simultaneamente com múltiplos ópticos conectáveis 100G, em incrementos de 25 Gbit/s.

Os mecanismos embutidos atuais, como ICE6 da Infinera, atingem 800 Gbit/s por comprimento de onda em distâncias que se aproximam de 1000 km e os mesmos mecanismos 800G podem entregar 600 Gbit/s até 3000 km e 400 Gbit/s cobrindo quase todas as partes do mundo, incluindo trechos submarinos, que podem medir 10.000 km. Porém, mecanismos de 1,2 Tbit/s por comprimento de onda e acima estão surgindo nos laboratórios de desenvolvimento e são ideais para soluções de conectividade DCI de longa distância. Mecanismos embutidos também são ideais onde a fibra é escassa e alta eficiência espectral é necessária. Por exemplo, em situações em que um operador de data center está locando fibra, mecanismos ópticos embutidos podem reduzir custos operacionais ao maximizar a quantidade de transmissão de dados sobre um par simples de fibra, para evitar a locação de um segundo par


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de fibras ou enterrar novas fibras. O consumo de alimentação de mecanismos ópticos coerentes 800G atuais também melhora drasticamente, utilizando 89% menos alimentação por bit do que mecanismos similares 10 anos antes.

Colocando mais pistas e automóveis na estrada Na maior parte do mundo, as redes DWDM utilizaram apenas a banda C do espectro de fibra, porém os operadores de escala web com data centers de hiperescala foram os primeiros a adotar transmissão de banda C+L na mesma fibra. Assim como ao acrescentar pistas em uma estrada, expandir o espectro utilizável em uma fibra permite entregar mais capacidade. Porém, em anos recentes, os operadores focaram em obter ganhos de capacidade ao usar mecanismos ópticos espectralmente mais eficientes, com esquemas de modulação avançada. Uma vez que esses ganhos de eficiência diminuem com cada geração sucessiva, os avanços nos componentes de sistema de linha óptica, como amplificadores e switches seletivos de comprimento de onda (WSS), podem aumentar

Fig. 2 - Expansão do espectro Super C e Super L

com ótima relação custo/benefício o espectro de transmissão de 4,8 para 6,1 THz, em bandas Super C e Super L, conseguindo com um pequeno custo incremental de infraestrutura de sistema de linha realizar um ganho de 27% no espectro incremental e na capacidade de transmissão por par de fibra. Embora ainda seja precoce, recomenda-se buscar implantações de Super C e Super L em redes DCI futuras. A estrutura de data center não exibe sinais de abrandamento e as instalações de hiperescala massiva, embora ainda críticas e em crescimento, estão dando lugar a um número crescente de data centers menores, modulares e diversos. Essa mudança vai acelerar as implantações modulares compactas, com uma variedade de placas e chassis que atendem a diversos tipos de necessidades, diversos mecanismos ópticos embutidos e conectáveis e um aumento do espectro de transmissão por fibra. Quando combinada, a arquitetura dessa solução permite ter um preço de entrada baixo, consumo de alimentação reduzido e uma pegada pequena, bem como permite escalabilidade flexível, para atender a demandas de capacidade futura.


CABEAMENTO ESTRUTURADO

– RTI – DEZ 2023

PoE: superando o desequilíbrio de resistência R&M

O

O PoE – Power over Ethernet está se tornando cada vez mais difundido no mercado. Mas, ao usar fonte de alimentação remota, é preciso garantir o reduzido desequilíbrio de resistência de corrente entre condutores de um mesmo par, evitando problemas de transmissão de dados ou aquecimento. A realização de testes de canal e o uso de patch cords com terminação IDC podem ajudar nesse sentido.

PoE - Power over Ethernet está passando por um boom. As vendas de dispositivos compatíveis com PoE estão aumentando em 20% ao ano. Com o PoE, os equipamentos terminais também podem ser alimentados com energia através da LAN. A corrente e os dados fluem por meio de um único cabo de rede Ethernet. Isso economiza cabeamento elétrico adicional para equipamentos como pontos de conexão WLAN, sensores, câmeras de vigilância e outros sistemas de edifícios inteligentes. A potência possível que pode ser fornecida pelo PoE aumentou constantemente ao longo do tempo. O padrão PoE original (IEEE 802.3af) suportava até 13 W (Tipo 1). O sucessor, PoE+ (IEEE 802.3at), suportava até 25 W (Tipo 2). O 4PPoE (IEEE 802.3bt), ratificado em 2018, disponível em Tipo 3 e Tipo 4, oferece potência ainda maior, de até 90 W em cada porta PoE. Isto permite suporte a dispositivos como laptops ou TVs. Os dados são transmitidos através de um par de cabos que envia sinais diferenciais para os condutores duplos desse par. Essa abordagem ajuda a reduzir distúrbios elétricos e melhora a EMC – compatibilidade eletromagnética. A energia, entretanto, é enviada como tensão de modo comum entre 2 ou 4 pares do cabo. A mesma tensão CC é aplicada para ambos os condutores do par. Os sinais de dados e a potência são misturados ou separados em um balun (transformador balanceado para desbalanceado), um dispositivo elétrico no equipamento ativo que permite que sinais balanceados e tensão de modo comum

sejam interligados sem perturbar um ao outro. A energia é desligada, deixando os dados passarem pelo transformador magnético. Experiências recentes mostraram que as diferenças de resistência entre fios em pares são comuns em cabeamento LAN. Isto resulta em consideráveis efeitos negativos na operação de dispositivos alimentados por PoE. As empresas costumam usar o cabeamento de LAN existente para novas aplicações PoE sem antes realizarem testes de funcionamento. Elas também usam patch cords existentes, ou de baixo custo para conectar os dispositivos PoE. No entanto, as demandas sobre o cabeamento da LAN aumentam quando a transmissão de dados em alta velocidade e o PoE precisam trabalhar simultaneamente com altas correntes. É por isso que a R&M recomenda verificar a LAN separadamente antes de usar as categorias mais altas de PoE (4PPoE). Os usuários precisam ter certeza de que seu cabeamento estruturado está pronto para PoE. É pré-requisito ter controle absoluto sobre o desequilíbrio de resistência em toda a LAN – canais de transmissão, incluindo os patch cords. Os riscos mais comuns estão associados a patch cords com contato do tipo IPC (IPC = contato de perfuração do isolamento), conforme mostram os resultados dos testes realizados no laboratório da R&M em Wetzikon, na Suíça. Os contatos perfurantes podem envelhecer rapidamente e de diferentes maneiras. Isso pode levar a um desequilíbrio de resistência ao longo do tempo. A transmissão de dados Ethernet



CABEAMENTO ESTRUTURADO

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Em essência, isso significa que, embora o DCRU - desequilíbrio de resistência de corrente contínua seja especificado nos padrões, ainda não há necessidade de testar esse parâmetro. Considerando a magnitude do problema no suporte ao PoE, isso pode mudar nas futuras revisões das normas, mas no momento cabe ao usuário final especificar se o DCRU deve ser testado para garantir a compatibilidade PoE.

Principais causas O desequilíbrio de resistência em um par de cabos pode ser causado por cabos e conectores de baixa qualidade e práticas inadequadas de instalação ou tecnologia de terminação não confiável que se degrada com o tempo.

Fig. 1 - Efeitos de saturação magnética nos baluns

é muito robusta contra esses tipos de degradação, portanto, o problema existente muitas vezes não é detectado. Por outro lado, o uso de PoE pode levar rapidamente a efeitos de saturação nos transmissores dos dispositivos ativos e a uma falha total na transmissão de dados. Essa degradação é intensificada pelo fato de que esse desequilíbrio se desenvolve ao longo do tempo e os problemas geralmente são diagnosticados apenas durante a operação. Patch cords com contato perfurante não são adequados para a transmissão de PoE por longos períodos e em níveis mais elevados de potência.

O que é desequilíbrio de resistência O desequilíbrio de resistência CC expressa quanto as resistências CC de dois condutores de um par diferem uns dos outros. Isto não é o mesmo que “resistência” ou “resistência do loop CC” comumente visto em medições de campo usuais. A figura 2 explica a diferença entre as duas medições. AISO/IEC11801-1(6.3.3.7-Desequilíbrio de resistência de corrente contínua) define os limites máximos de desequilíbrio de resistência: “O desequilíbrio de resistência CC entre dois condutores dentro de um par

de um canal não deve exceder 3% ou 0,2 Ω, o que for maior.” O valor % é calculado dividindo a diferença dos dois fios pela soma deles (ou seja, dividindo o valor de desequilíbrio da resistência pelo valor da resistência do loop). Portanto, dependendo do comprimento do canal, o desequilíbrio de resistência CC máximo permitido para Classe D – EA estaria entre 200 - 750 mΩ. No entanto, no Anexo A da ISO/IEC 11801-1 (Tabela A.1.) o desequilíbrio de resistência CC dentro de um par é definido como um parâmetro opcional a ser testado durante o teste de conformidade da instalação.

Fig. 2 - Resistência diferentes medições em um par de fios

Erros de fabricação Erros de fabricação de cabos e conectores que resultariam em desequilíbrio de resistência normalmente resultam em falhas também em outros parâmetros. Eles são provavelmente reconhecidos em medições normais de garantia de qualidade e, portanto, não deveriam, em primeiro lugar, chegar aomercado. Práticas de instalação Infelizmente, práticas inadequadas de instalação podem ocorrer a qualquer momento. Instaladores bem treinados, porém, sabem como manusear os produtos de forma apropriada. As inspeções visuais permitem avaliar se uma instalação foi feita corretamente. Geralmente, se o aumento do DCRU for reconhecido, é uma boa prática refazer a terminação para eliminar a possibilidade de erros. Terminação não confiável Se uma terminação não confiável envelhecer, é muito provável que a descoordenação na resistência causará DCRU. Muitas vezes, o desequilíbrio da resistência se desenvolve ao longo do tempo e é a primeira indicação de algo errado. Parâmetros de transmissão muitas vezes permanecem dentro de limites aceitáveis, enquanto o desequilíbrio de resistência já atinge níveis proibitivos. Com a terminação não confiável, o desequilíbrio de resistência pode ocorrer de forma imprevisível e repentina no link que anteriormente funcionava corretamente.



CABEAMENTO ESTRUTURADO

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Tecnologia de terminação confiável para patch cords

Para evitar a busca demorada da causa de falhas de transmissão, o uso de componentes de cabeamento com qualidade a longo prazo é a melhor forma de prevenir esse tipo de problema.

Efeitos do desequilíbrio Saturação magnética Se a resistência entre os dois condutores de um par for diferente, a divisão da corrente CC nesses condutores não será a mesma. Isto, por sua vez, pode levar a efeitos de saturação magnética nos baluns e a diferenças de aquecimento nos dois condutores. No caso mais comum, o desequilíbrio da corrente causará falhas na transmissão do sinal devido à perda de inserção induzida em transceptores saturados.

Fig. 3 - Os patch cords IDC são os mais adequados para aplicações PoE de longo prazo em redes locais. Eles podem ser usados para controlar o desequilíbrio da resistência

Testando todo o canal e o papel dos patch cords

Portanto, recomendamos testar o canal completo, com patch cords instalados ou, no caso de teste de link permanente, o uso de patch cords com IDC, como veremos a seguir. Quanto mais dispositivos de alto desempenho (tanto em transmissão de dados quanto em PoE) estão conectados à rede, mais importantes se tornam os patch cords, que são o componente crítico para garantir a funcionalidade de todo o canal. Critérios de confiabilidade, bem como desempenho, devem ser considerados para a seleção ideal de um patch cord, evitando retrabalho e busca complicada e dispendiosa de falhas e reparos. Em muitos casos de uso, os patch cords são expostos a condições ambientais adversas como calor, poeira, luz solar ou umidade. Quando o PoE é adicionado, os cabos e os conectores são adicionalmente tensionados termicamente pelo fluxo de corrente. Os patch cords envelhecem rapidamente, mas ainda assim devem garantir ausência de interferências na transmissão. Ao mesmo tempo, devem ser tão finos e flexíveis quanto possível a fim de alcançar alta densidade e fácil manuseio.

O reduzido desequilíbrio de resistência é uma pré-condição essencial para o uso de PoE. Isto exige que cada canal completo atenda aos requisitos de DCRU especificados, incluindo quaisquer patch cords. A orientação atual sempre foi testar o link permanente e, em seguida, conectar patch cords compatíveis com os padrões. No entanto, isto pode apresentar problemas para aplicações PoE se os patch cords e seus conectores introduzirem desequilíbrio indevido de resistência.

Fig. 4 - Antes da aplicação permanente do PoE com níveis de potência mais altos, todo o cabeamento de uma LAN deve ser verificado. Imagens: R&M

Aquecimento adicional Outro problema (embora menos grave) é o aquecimento adicional do cabeamento. O aquecimento nos condutores é proporcional ao quadrado da corrente CC. Com base no teorema binomial, o desequilíbrio da corrente está produzindo mais calor do que a corrente equilibrada. Nesse caso, o aquecimento do cabo será maior do que o esperado e a atenuação do cabeamento um pouco maior. Eficiência geral Temperaturas operacionais mais altas podem reduzir a vida útil do equipamento e a eficiência global da instalação. Para dispositivos 4PPoE, operando em todos os quatro pares, a situação poderia ser ainda pior, se a resistência entre um par e outro não for idêntica, resultando em uma divisão de corrente ainda mais desigual.

Para usar links permanentes testados sem surpresas, os patch cords precisam ser projetados e especificados para evitar desequilíbrio de resistência. Patch cords com terminação IDC (contato de deslocamento de isolamento), por exemplo, garantem uma terminação confiável e de baixa resistência em toda a sua vida útil operacional. Os IDCs fornecem a base ideal para um monitoramento contínuo de alto nível de operação PoE. A tecnologia de terminação IPC, amplamente utilizada, por outro lado, oferece apenas uma boa resistência de contato inicial, mas a confiabilidade do contato se deteriora rapidamente ao longo do tempo.

Conclusão O PoE está se tornando cada vez mais difundido, apoiado por desenvolvimentos de sistemas convergentes ‘Tudo sobre IP’. Ao usar fonte de alimentação remota (PoE), é fundamental garantir um reduzido desequilíbrio de resistência. Atender aos padrões de componentes não é suficiente, pois esses padrões não estão acompanhando totalmente a realidade atual instalações de energia remotas. A única maneira de ter certeza de que o cabeamento estruturado suporta energia remota de forma segura e confiável é testar exaustivamente e usar apenas patch cords pré-qualificados. O teste de desequilíbrio de resistência garante que uma instalação suporta PoE sem introduzir problemas de transmissão de dados ou aquecimento. Os testes de campo são importantes para garantir baixo desequilíbrio de resistência de corrente. Os patch cords devem ser incluídos no esquema de testes, com a realização de testes de canal. A R&M, empresa suíça especialista em cabeamento, recomenda o uso de patch cords com IDC - contato de deslocamento de isolamento, que garante um contato permanentemente estável e de baixa resistência dos condutores de cobre. Como regra geral, não ocorre desequilíbrio de resistência durante a vida útil do patch cord com contatos IDC.



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Paulo Marin

Quais são os padrões

para redes PON do IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers?

Nas últimas edições de , mais especificamente, na RTI de setembro, outubro e novembro de 2023, eu apresentei um histórico e o desenvolvimento da tecnologia PON e alguns padrões ITU-T em maiores detalhes. Nesta edição, vamos conhecer os padrões do IEEEparatecnologiasPON.

Padrão IEEE 802.3ah: EPON ou GPON (Ethernet PON)

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Comprimentos de onda operacionais Os comprimentos de onda operacionais do padrão IEEE 802.3ah são os seguintes: • Para upstream: 1310 nm ±50 (1260 a 1360 nm), conhecido como G.984.2 de banda larga. • Para downstream: 1490 nm ±10 (1480 a 1500 nm). • Para upstream: 1310 nm ±20 (1290 a 1330 nm), conhecido como banda estreita, conforme denominação do ITU-T G.984.5. A denominação banda estreita não é definida nos padrões IEEE para PON. Taxasdetransmissão(velocidade) As taxas nominais desse padrão são as seguintes: • Downstream: 1,25 Gbit/s; • Upstream: 1,25 Gbit/s.

aproximação neste artigo, conforme adotado pelo mercado e por alguns documentos de padrões PON, inclusive. Razão de divisão do splitter Trata-se de quanto uma única fibra na ODN pode ser “derivada” em vários enlaces ópticos adicionais a partir de um e/ou mais splitters nessa estrutura. A razão de divisão especificada pelo padrão IEEE 802.3ah é de 1:64.

Padrão IEEE 802.3av: 10G-EPON Em 2009, o IEEE ratificou uma emenda ao padrão PON, que especificou o 10G-EPON, que opera Ethernet a 10 Gbit/s. O padrão 10G-EPON suporta 10/1 Gbit/s e permite operação simultânea a

Em 2004, o IEEE ratificou o padrão 802.3ah para Ethernet PON (EPON) ou GPON. O padrão EPON é uma rede de “curta distância” que usa pacotes Ethernet, cabos de fibra óptica e uma única camada de protocolo. Essa tecnologia emprega frames Ethernet (padrão 802.3) com taxas de transmissão de 1 Gbit/s, simétrico, nos sentidos upstream e downstream. O padrão EPON é aplicável a redes baseadas em dados, assim como a redes de serviços completos de voz, dados e imagem (vídeo, TV). A característica fundamental do EPON é atender ao que o IEEE identifica Fig. 1 – Exemplo de uma distribuição “super-PON”. Fonte: IEEE como a “primeira milha”; O uso do código de linha 8B/ 10 Gbit/s em um comprimento de daí a característica de curta distância 10B resulta em uma taxa de onda e a 1 Gbit/s, em outro, no desse padrão. transmissão de 1 Gbit/s. Vale sentido downstream. Isso permite a observar que a taxa de transmissão, coexistência dos padrões IEEE Esta seção se propõe a analisar conforme determinada por cálculos 802.3av e IEEE 802.3ah na mesma tópicos de cabeamento estruturado, que envolvem código de linha, infraestrutura de rede PON. O canal incluindo normas, produtos, aspectos de projeto e execução. Os leitores frequência de Nyquist, etc. daria upstream permite operação podem enviar suas dúvidas para como resultado uma taxa nominal simultânea desses padrões em um Redação de RTI, e-mail: de 1,244 Gbit/s (e não 1,250 Gbit/ único comprimento de onda inforti@arandanet.com.br. s). Estou utilizando uma compartilhado, de 1310 nm.



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Tab. I – Comparativo entre os padrões IEEE para redes PON Padrão Ano Velocidade de transmissão nominal (Gbit/s) Comprimento de onda (nm) Downstream Upstream Distância de transmissão (km)

1

EPON/GPON IEEE 802.3ah 2004 1/1 1480 - 1500 1310 ±50 ou 1310 ±20 10 e 20 (RD1 1:16)

Razão de divisão máxima 1:64 Razão de divisão associada à distância máxima de transmissão.

Comprimentos de onda operacionais Os comprimentos de onda operacionais do padrão IEEE 802.3av são os seguintes: • Para upstream: 1270 nm ±10 (1260 a 1280 nm); • Para downstream: 1577,5 nm ±2,5 (1575 a 1580 nm). Taxas de transmissão (velocidade) As taxas nominais desse padrão são as seguintes: • Downstream: 1 Gbit/s, upstream: 1 Gbit/s; • Downstream: 10 Gbit/s, upstream: 1 Gbit/s;

10G-EPON IEEE 802.3av 2009 10/1 1575 - 1580 1270 ±10 10 (RD 1 1:16) 20 (RD1 1:16 e 1:32) 1:64

• Downstream: 10 Gbit/s, upstream: 10 Gbit/s. Razão de divisão do splitter Trata-se de quanto uma única fibra na ODN pode ser “derivada” em vários enlaces ópticos adicionais a partir de um e/ou mais splitters nessa estrutura. A razão de divisão especificada pelo padrão IEEE 802.3av é de 1:64.

Padrão IEEE 802.3cs-2022: super-PON Em 2022, o IEEE publicou o padrão IEEE 802.3cs-2022 para

Super-PON IEEE 802.3cs 2022 10/10 1575 - 1580 1270 ±10 10 (RD 1 1:16) 20 (RD1 1:16, 1:32 e 1:64) 1:64

PON, conhecido como “super-PON”, que indica um conjunto de especificações para camadas físicas, controle de MAC multiponto e gerenciamento de parâmetros ópticos para redes de acesso de assinantes com operação ponto-multiponto usando WDM - Wavelength Division Multiplexing com alcance aumentado, de até 50 km, em redes PON. O elemento que define a “super-PON” na ODN é a presença de roteamento por comprimento de onda que determina os canais suportados pela ODN. A figura 1 mostra um exemplo de estrutura de uma “super-PON”.


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No sentido downstream, os comprimentos de onda relacionados aos m canais utilizados pelos OLT presentes na rede (identificados como λ1 a λm na figura 1) são multiplexados, amplificados e finalmente combinados com os comprimentos de onda no sentido upstream antes de serem transmitidos pela ODN. O roteador remoto de comprimento de onda e os splitters compõem o canal até as unidades de rede óptica (ONU). No sentido upstream, uma ONU transmite usando o comprimento de onda upstream pertencente ao canal selecionado (λm) pelo OLT ao qual está conectada. Os comprimentos de onda são então multiplexados e transmitidos ao OLT no CO (escritório central) onde se encontra o provedor de serviços. No CO, os comprimentos de onda upstream são separados dos comprimentos de onda downstream, processados e demultiplexados para entrega às portas correspondentes dos OLT. Comprimentos de onda operacionais Os comprimentos de onda operacionais do padrão IEEE 802.3cs-2022 são os seguintes: • Para upstream: 1270 nm ±10 (1260 a 1280 nm); • Para downstream: entre 1575 e 1580 nm. Taxas de transmissão (velocidade) As taxas de transmissão do padrão são: • Downstream: 10 Gbit/s; • Upstream: 2,5 e 10 Gbit/s. Razão de divisão do splitter Trata-se de quanto uma única fibra na ODN pode ser “derivada” em vários enlaces ópticos adicionais a partir de um e/ou mais splitters nessa estrutura. A razão de divisão especificada pelo padrão IEEE 802.3cs-2022 é de 1:64. A tabela I traz um comparativo entre as características de desempenho de cada padrão IEEE para redes PON discutido aqui. Para finalizar, houve uma proposta (draft) de padrão IEEE para redes PON, o IEEE 802.3ca-2020 com velocidades de transmissão de 25/50 Gbit/s, porém que não chegou a ser publicada como padrão da indústria, ou seja, a proposta foi cancelada.

Paulo Marin é engenheiro eletricista, mestre em propagação de sinais e doutor em interferência eletromagnética aplicada à infraestrutura de TI. Marin trabalha como consultor independente, é palestrante internacional e ministra treinamentos técnicos e acadêmicos. Autor de vários livros técnicos e coordenador de grupos de normalização no Brasil e EUA. Site: www.paulomarin.com.


SEGURANÇA

Marcelo Bezerra

A nova legislação europeia de proteção de dados é um exemplo para o Brasil? O processo irreversível de digitalização da nossa economia traz a tiracolo a discussão sobre até onde vai o papel do Estado em garantir que as empresas, sejam elas públicas ou privadas, concessionárias ou não de serviços públicos ou essenciais, adotem as melhores práticas e evitem ataques que afetem os serviços que prestam aos cidadãos, ou até mesmo a segurança do país. Essa discussão ganhou força com a publicação das leis gerais de proteção de dados, criadas para proteger a privacidade do cidadão e evitar o uso indevido de seus dados, que podem ocorrer também em virtude da negligência das organizações ou seus executivos. Até então tínhamos as políticas setoriais, privadas, como o PCI DSS para o mercado de meios de pagamento por cartão, e o Estado se concentrava em leis para punir os crimes de informática.

A Europa sempre esteve em uma posição de liderança nesse assunto, tendo a lei de proteção de dados considerada como modelo: a GPDR – General Data Protection Regulation, inclusive usada como referência para a nossa LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil. Os europeus também foram pioneiros em criar normativas para que as organizações tratem a segurança cibernética com a prioridade que ela merece. Em 2016, a Comissão Europeia lançou o NIS - Network and Information Security Directive (Diretivas de Segurança de Rede e Informação). Apesar do status de legislação na UE - União Europeia, acabou tendo efeito de recomendação. Se por um lado obrigou os Estados-membros a adotarem legislações específicas, o peso delas ficou a critério de cada país, faltando também maior clareza em relação às responsabilidades. Com o objetivo de resolver algumas das lacunas e em face do crescimento dos ataques, a Comissão Europeia publicou em 2022 a versão atualizada, chamada de NIS2. O prazo para adoção pelos governos e organizações vai até o último trimestre de 2024.

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Para quem estiver interessado em se aprofundar no tema, o melhor site é o https://nis2directive.eu/. O primeiro ponto é a classificação de entidades essenciais e importantes. Entidades essenciais são as empresas públicas e privadas dos setores de transporte, finanças, energia, água, espaço, saúde, administração pública e infraestrutura digital. Vale ressaltar que o Brasil já possui uma classificação elaborada pelo GSI Gabinete de Segurança Institucional e os gestores da segurança cibernética nacional, aqui chamada de infraestrutura crítica, e composto por finanças, comunicações, transporte, nuclear, energia, água e militar. O segundo grupo de companhias europeias é chamado de entidades importantes, e engloba empresas de alimentos, provedores de serviços digitais, correios, indústria química, gestão de resíduos, indústria em geral e pesquisa. O NIS2 traz quatro grandes áreas obrigatórias: gestão de risco, responsabilidade corporativa, obrigatoriedade de reporte de incidentes e continuidade de negócios. Além dessas quatro grandes áreas, ela lista dez requisitos mínimos:


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• Avaliação de risco e políticas de segurança. • Políticas e procedimentos para o uso de criptografia. • Segurança dos sistemas, principalmente no tocante a vulnerabilidades de código. • Segurança de acesso a dados sensíveis ou críticos. • O uso de múltiplo fator de autenticação. • Políticas e procedimentos para medir a eficiência da segurança. • Gestão de incidentes. • Treinamento em segurança cibernética. • Plano de operação de negócios durante e depois de um incidente cibernético (essa parte inclui, por exemplo, backup de dados e um plano de manutenção dos sistemas). • Segurança das cadeias de suprimento. A legislação é extremamente abrangente e foge dos chamados “check-list”, ou seja, simples a ponto de verificar somente com um questionário em papel. A própria comissão informa que o prazo de implementação e auditoria das medidas dura aproximadamente 12 meses, mais que o prazo dado para todos se adequarem, que é 17 de outubro de 2024. Essa, na verdade, é a data em que os Estadosmembros da União Europeia irão tornar as diretivas como uma lei nacional, significando que iniciarão a fiscalização e aplicação das penalidades previstas.

A NIS2 não economizou nas previsões das penalidades, que são altas. Tal qual as exigências regulatórias, elas variam de acordo com o grupo onde se encontra a empresa. Para as entidades essenciais, chegam a 10 milhões de euros ou 2% da receita anual global. Já para as entidades importantes, os valores são de 7 milhões de euros ou 1,4% da receita anual global. Além das multas, o NIS2 também prevê responsabilização criminal, medidas cautelares e advertência. Gestores de organizações públicas também podem ser suspensos e impedidos de exercer cargos públicos. Além das empresas, o NIS2 traz responsabilidades para os Estados-membros, que terão que nomear autoridades nacionais responsáveis pela gestão de crises cibernéticas, por exemplo. Ele também estabelece planos de resposta a incidentes para toda a região, com o plano de trocas de informações entre os países, além de outras medidas. O importante a considerar que, diferente de uma norma, o NIS2 terá força de lei, assim como a GPDR. Essa era inclusive uma das lacunas na NIS original, que deixava muitas decisões nas mãos dos governos locais.

Como ocorreu em outras ocasiões, o NIS2 poderá servir de modelo para legislações semelhantes no Brasil, que farão parte de fases futuras do plano de Estratégia Nacional de Segurança Cibernética (E-ciber) estabelecida pelo decreto 10.222, de 5 de fevereiro de 2020. A ideia é que o E-Ciber se transforme, ou seja, funcione como a base de um conjunto que inclua também a contraparte legislativa. O estabelecimento de leis gerais de segurança de redes e sistemas fará aumentar o nível de segurança nas empresas e organizações como um todo, mesmo que a data final seja prorrogada mais de uma vez e muitos desconfiem se a lei será para valer ou não, como aconteceu com a LGPD.

Marcelo Bezerra é especialista em segurança da informação, escritor e palestrante internacional. Atua há mais de 30 anos na área, com experiência em diferentes áreas de segurança cibernética. No momento, ocupa o cargo de Gerente Sênior de Engenharia de Segurança na Proofpoint. Email: marcelo.alonso.bezerra@gmail.com.


EM REDE

Dyogo Junqueira, especialista em gestão de TI e vice-presidente da ACSoftware, parceira ManageEngine no Brasil

Resolvendo a largura de banda e os investimentos na rede de computadores Os negócios modernos dependem cada vez mais de máquinas e sistemas para operar de maneira eficiente a estrutura empresarial, desde estações de trabalho até os servidores de aplicações que funcionam localmente ou na nuvem, e não importa o tamanho da empresa: sempre será necessário ter controle sobre o consumo dos recursos de TI. Para isso, a largura de banda da rede é um dos aspectoschave desse cenário e precisa ser ajustada de forma adequada para garantir o fluxo adequado de aplicações e sistemas de dados. Caso contrário, surgirão gargalos que podem paralisar as atividades das equipes em todas as áreas da empresa, impactando a operação e colocando em risco a capacidade de entregar produtos e serviços no tempo previsto e contratado pelos clientes. O correto funcionamento dos fluxos de rede deve estar no topo das prioridades do administrador, mas essa competência não deve se resumir a apenas esse profissional. Quando os diretores financeiros desejam entender os motivos pelos quais é necessário investir na contratação de novos recursos tecnológicos, é vital para o gestor de rede ter a visão completa de tudo que se passa em sua estrutura de TI. Por isso, o conhecimento sobre os

Esta seção aborda aspectos tecnológicos das comunicações corporativas, em especial redes locais, mas incluindo também redes de acesso e WANs. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.

fluxos da rede passa a ser uma das prioridades do negócio, e não apenas da turma de TI. São três os principais motivos para picos de largura de banda de rede e que podem afetar o desempenho das aplicações e computadores, dois deles relacionados a tarefas que são executadas em segundo plano, enquanto o usuário tem de realizar suas tarefas e enfrenta lentidão de sua estação de trabalho: • As atualizações automatizadas do sistema ou aplicativos podem causar gargalos e congestionamento da rede devido à quantidade de largura de banda que utilizam. • Os backups agendados durante o horário comercial, afetando os usuários em suas atividades. Neste caso, é importante que as empresas mantenham backups de seus dados, mas agendar esses backups durante o horário comercial pode causar picos de largura de banda desnecessários. • O terceiro motivo tem a ver com as tentativas de invasões de rede e ataques de malware. Até mesmo a execução de antivírus pode emperrar os computadores. Para executar corretamente suas funções, os gestores de TI necessitam ter à sua disposição informações sobre o que acontece com as aplicações, servidores e estações de trabalho. Isso só é possível se os profissionais têm em mãos ferramentas com capacidade de realizar essa mediação em toda a infraestrutura de TI e de coletar, armazenar e analisar os dados da rede e obter informações sobre o tráfego e o desempenho de dispositivos e aplicações. Existem diversas soluções que permitem a análise de fluxo na rede, como NetFlow, sFlow, IPFIX, Netstream, J-Flow e AppFlow, e possibilitam que os dispositivos de rede, como roteadores e

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switches, exportem os dados dos fluxos para um coletor ou analisador, e pode ser um software ou um hardware dedicado. A análise do fluxo de rede oferece inúmeros benefícios para as companhias: • Identificação de gargalos - Permite identificar as origens dos gargalos, apontando quais aplicações e equipamentos estão com problemas e precisam ser ajustados • Resolução de problemas - Ajuda a detectar e resolver problemas como congestionamentos, perdas de pacotes, latências, jitter, entre outros. Ela permite localizar as causas dos contratempos, possibilitando a aplicação das soluções adequadas. • Segurança de rede - Auxilia na prevenção de ameaças à segurança da rede, como ataques DDoS – Distributed Denial of Service, intrusões, anomalias e malware. Por meio da análise preditiva e detecção de anomalias, é possível identificar e mitigar tais riscos. • Planejamento de capacidade – Auxilia no planejamento da capacidade e crescimento da rede. Utilizando relatórios históricos e tendências, é possível estimar as necessidades futuras de largura de banda e recursos, garantindo que a rede esteja preparada para suportar a expansão da empresa. • Monitoramento em tempo real e histórico - Permite monitorar o tráfego da rede em tempo real e analisar o histórico de fluxo. Isso possibilita identificar as origens, destinos, aplicativos, protocolos e padrões de demanda de tráfego. • Segurança avançada - Contribui para a detecção e prevenção de ameaças à segurança, como ataques DDoS, intrusões e malware. Aplicando técnicas de análise preditiva e detecção de anomalias, é possível antecipar e mitigar essas ameaças de forma proativa.


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• Otimização da qualidade de serviço (QoS) - Permite otimizar a qualidade de serviço, garantindo alto desempenho para aplicações e serviços críticos. Utilizando técnicas de modelagem de tráfego e monitoramento de SLA IP, é possível assegurar que os requisitos de desempenho sejam atendidos. Portanto, a análise de fluxo de rede é essencial para garantir o bom desempenho das atividades dos administradores, fornecendo uma visão detalhada do ambiente tecnológico. O estudo também permite justificar, quando necessário, os investimentos necessários para manter a infraestrutura de TI em pleno funcionamento. Os gestores financeiros, por sua vez, apreciam essa abordagem, pois os investimentos sempre precisam ser justificados e informações tangíveis e dados concretos sobre a necessidade de investimentos na infraestrutura de TI facilitam a tomada de decisões e a alocação de recursos de forma mais eficiente. Do lado financeiro, assegurar uma gestão inteligente de TI poderá garantir que os investimentos sejam alinhados com os benefícios que as ferramentas que serão adquiridas a pedido do gestor da rede irão proporcionar à rede de computadores. Elas devem aumentar a eficiência, resultando em produtividade e maior capacidade da sua competitividade em um mundo de negócios altamente volátil. Uma infraestrutura de TI emperrada não irá permitir que isso aconteça.


PRODUTOS

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Impressora portátil

ONT

DR como serviço

A M211 é uma impressora portátil que permite ao usuário criar, pré-visualizar e imprimir via dispositivos móveis. Resistente a quedas e impactos, oferece corte automático de etiquetas, compatibilidade com mais de 70 opções de cartuchos, bem como uma biblioteca com

A ONT TERAPRO, da ProEletronic, conta com tecnologia AC 12000 que proporciona mais velocidade e performancepararedessemfio.

A Pure Storage lançou o

1400 símbolos, 85 fontes e 22 códigos de barra incluindo QR Code. Fabricada e comercializada pela Brady. Site: www.bradyid.com.br.

Kit de ferramentas FTTH A Pematel fornece um kit de

ferramentas FTTH. O pacote inclui power meter SC, clivador óptico, decapador de drop, alicate duas posições, caneta

externo), um projeto desenvolvido pela empresa localmente com o objetivo de resolver um desafio persistente no mercado: a instabilidade, vulnerabilidade e limitações das conexões com cabos físicos. Segundo a companhia, a solução proporciona Internet de alta velocidade, com desempenho comparável ao da fibra, mas sem a necessidade de fios. E isso é válido mesmo em regiões onde a rede 5G ainda não está disponível devido à capacidade do Amplimax Ultra de operar em 4,5G via agregação de portadoras da rede 4G já presentes em boa parte do território nacional. O dispositivo pode alcançar velocidades de até 2,5 Gbit/s. Site: https://elsys.com.

Armazenamento A linha Eternus, da Fujitsu,

VFL, recipiente para álcool, gabarito universal para fast conector, bolsa organizadora, além de três chaves para ajustes de lâmina. Site: www.pematel.com.br.

FWA outdoor 5G A Elsys comercializa o

Amplimax Ultra, solução de Internet 5G FWA outdoor (acesso fixo sem fio de uso

compreende os modelos DX8900S4 (foto) de classe enterprise high end de alta capacidade e performance para a consolidação de ambientes e aplicações em larga escala, com máximo de 24 controladoras, 6912 drives e 141.558 Tb de capacidade. Já o DX900S5 é um storage declasse midrange que oferece escalabilidade modular e performance, com máximo de quatro controladoras, 2304 drives e 70.778 Tb de capacidade. Site: www.fujitsu.com.

Com 4 portas Gigabit Ethernet, oferece suporte aos modos EPON e GPON e apresenta banda dupla de 2,4 e 5 GHz. Site:http://proeletronic.com.br/.

Roteadores Os roteadores modelos

EX511 (foto) e EX141, da TP-Link, trazem recursos como eliminação de inteferências, principalmente para quem mora em apartamentos, fácil instalação via aplicativo e a possibilidade de ampiação na cobertura via tecnologia Easy Mesh. O EX511 atua com a tecnologia Wi-Fi 6 AX3000, que pode ser aplicada em streaming em 8K e jogos online a uma taxa de transferência máxima

combinada de até 3000Mbit/s. Já o EX141 trabalha com o Wi-Fi 6 AX1500, uma taxa de transferência máxima combinada de 1500 Mbit/s, e é voltado para tarefas cotidianas e streaming em HD. Site: https://www.tp-link.com/br/.

Pure Protect, uma solução de DRaaS – Recuperação de Desastres como Serviço. O produto simplifica a resiliência de dados e traz recursos de gerenciamento escalonáveis com tecnologia de IA – Inteligência Artificial que oferecem suporte a operações sustentáveis, seguras e inteligentes. Site: www.purestorage.com.

Interconexões de data centers A linha EDGE Rapid

Connect é projetada para facilitar implantações DCI e conexões entre data halls. Desenvolvido pelas empresas Corning e US Conec, o perfil pequeno do conector Fast-Track MTP permitetroncospré-terminados com uma alça de tração de diâmetro reduzido que pode ser puxado através de dutos lotados. Em ambientes externos, a alça de tração menor, de 2”, possibilita que

as soluções EDGE Rapid Connect sejam facilmente puxadas através dos dutos existentes, simplificando a instalação e fornecendo aos operadores um novo caminho para a extrema densidade. A alça é à prova d’água e suporta até 270 kg de tensão de tração. Site: www.corning.com.



PUBLICAÇÕES

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Zero Trust Access A Fortinet lançou o livro ZTA Para Leigos como solução para os profissionais de tecnologia que querem implantar uma abordagem Zero Trust Access e precisam de um guia prático. Disponível gratuitamente e em português na versão e-book, a obra é dividida em sete capítulos, destacando benefícios, desafios e como alavancar a detecção e resposta, dicas de melhores práticas e os princípios para manter em segurança o acesso privilegiado. O download da publicação pode ser feito pelo link: https://tinyurl.com/yk8evanb. Internet O CGI – Comitê Gestor da Internet no Brasil divulgou a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2023. A análise apresenta as tendências quanto ao acesso e o uso de TICs – Tecnologias de Informação e Comunicação pela população brasileira com idades entre 9 e 17 anos. Um dos dados apresentados mostrou que 24% dos

entrevistados relataram ter começado a se conectar à rede na primeira infância, ou seja, até os seis anos de vida. A título de comparação, na edição de 2015, essa proporção era de 11%. Atualmente, 95% da população de 9 a 17 anos é usuária de Internet no país, o que representa 25 milhões de pessoas. O celular foi apontado como um dispositivo de acesso para 97% dos usuários, sendo o único meio de conexão à rede para 20% dos entrevistados. Considerando-se somente as classes D e E, essa proporção chega a 38%. Mais informações podem ser obtidas no link: https://tinyurl.com/3v2suv6u.

Bots A F5, provedora de soluções de segurança cibernética, anunciou as descobertas do estudo Bots Statistics Report H1 2023. Construído ao longo do primeiro semestre do ano, o relatório mapeia o quanto o tráfego de empresas de todas as verticais da economia é formado por bots e acessos humanos. Trata-se de um documento baseado em dados de organizações norte-americanas, usuárias da plataforma de segurança e bloqueio de bots maliciosos F5 Distributed Cloud. Somente em abril, 76,6% de todo o tráfego automatizado

analisado pertencia às cinco grandes operadoras de telecom, que são o foco deste estudo e responsáveis por processar entre 2,8 milhões e 188 milhões de transações por mês. Uma das descobertas é a de que 44,6% dos acessos via aplicativos móveis às operadoras são formados por bots. A íntegra da pesquisa pode ser acessada em: https://tinyurl.com/yc6jzkfb.

Open source A Red Hat Brasil disponibilizou o

e-book Red Hat: 30 Anos de Inovação Aberta. A obra reúne entrevistas com 12 especialistas e entusiastas da tecnologia, que compartilham histórias desde o primeiro contato com o open source, suas trajetórias profissionais e analisam os rumos atuais para os negócios com a chegada da IA - Inteligência Artificial, machine learning, entre outras ferramentas cujos impactos já podem ser sentidos no mercado. Com 110 páginas, o e-book pode ser acessado pelo link: https://tinyurl.com/5bax9cvr.

Índice de anunciantes ALT Telecom ......................... 59

DZS ....................................... 74

Huawei ............................. 4 e 5

Panduit ........................ 53 e 63

Toyama ................................. 31

Americanet ........................... 51

EiTV ....................................... 46

ATN Telecom ........................ 15

EKTech Equipamentos ......... 34

IXCSoft .................................. 27

PE Tubos ............................... 12

TP-Link ........................ 2ª- capa

K2 Telecom ........................... 61

Pematel ................................ 75

AVS Brasil ............................. 18

Trane ..................................... 37

Elsys ..................................... 49

Klint ....................................... 39

Polierg .................................. 36

Viavi Solutions ..................... 30

Brady .................................... 48

Fase ...................................... 38

L8 Group .............................. 13

Proeletronic ......................... 72

Vigo ....................................... 38

C3 Consulting ....................... 56

FiberX ................................... 35

Megatron .............................. 14

Rosenberger Domex ........... 47

Watch TV .............................. 65

Cabletech .................... 3ª- capa

Fibracem .............................. 25

Next Cable ............................ 29

Slim Pack ............................. 42

WZTECH Networks .............. 11

CDNTV ................................... 45

Forte Telecom ...................... 41

Nexusguard ......................... 10

SMH Sistemas .... 69 e 4ª- capa

Connectoway ........................ 57

FW Distribuição .................. 67

NIC.br ................................... 81

Sumec Navigator ................... 7

Datacom ............................... 17

HFO Brasil ............................ 71

Optictimes ............................ 55

TecFiber ............................... 62

Delta Electronics ................. 19

HT Cabos .............................. 43

Padtec .................................. 73

TGL Telecom ........................ 58



ISP EM FOCO

Basílio Rodriguez Perez, conselheiro de administração da Abrint

A batalha dos 6 GHz Muitos provedores de acesso à Internet e profissionais do ramo de TICs – Tecnologias da Informação e Comunicação provavelmente não estão atentos à verdadeira batalha que está sendo travada pela utilização da faixa de frequência de 6 GHz. De um lado encontram-se principalmente os provedores de acesso à Internet regionais com o apoio de algumas grandes empresas de conteúdo e do outro estão renomados fabricantes de equipamentos de telecomunicações, empresas de telefonia móvel e, principalmente, governos fortes que desejam incentivar suas indústrias locais em detrimento dos milhares de pequenos operadores de telecomunicações que existem, especialmente nos países em desenvolvimento, como é o caso de quase todas as nações da América Latina. O foco da questão está na destinação da faixa de frequência de 5925 a 7125 MHz, atribuída por diversos países ao Wi-Fi para uso livre e sem necessidade de licença, inclusive no Brasil. Com isso, o Wi-Fi que não recebia nenhuma faixa de frequência adicional há mais de 23 anos, passa a contar com uma frequência nova e de alta capacidade. Com a banda adicional de 1200 MHz, a capacidade de tráfego do WiFi atinge patamares compatíveis com as velocidades nominais do 5G, e graças a outras mudanças no padrão 802.11ax passa a ter latência e performances melhores que o 5G em certas circunstâncias. Seu nome comercial passou a ser Wi-Fi 6E e ele pode operar tanto em 2,4 e 5,8 GHz como na nova faixa de 6 GHz. Essas mesmas faixas de frequência serão utilizadas no Wi-Fi 7 (802.11be), que já está sendo comercializado em diversos países tanto nas Américas como na Europa. Esta seção aborda aspectos técnicos, regulatórios e comerciais do mercado de provedores de Internet. Os artigos são escritos por profissionais do setor e não necessariamente refletem a opinião da RTI.

Entretanto, fabricantes de equipamentos de telecomunicações, grandes operadoras de telefonia móvel e alguns governos poderosos não ficaram satisfeitos com a possibilidade de um serviço de licença livre ser capaz de competir em características técnicas com suas tecnologias de 5G e futuro 6G, mesmo não tendo a necessidade imediata do uso dessas faixas. Afinal, as frequências que foram obtidas nos leilões de 5G pelo mundo ainda estão sendo paulatinamente ocupadas. O Brasil fez o maior leilão de faixas de frequências para uso do 5G do mundo, e vai demorar muitos anos até ser necessário trabalhar com frequências adicionais. Independente disso, preferem fazer uma reserva de faixa de frequência para ser usada eventualmente após 2030. Na realidade, isso é feito principalmente para evitar que os provedores regionais, com sua conhecida capacidade de inovação e ousadia, ocupem efetivamente essa faixa, criando uma real concorrência aos seus serviços de FWA com o 5G. O Wi-Fi 7, com seus canais de 320 MHz, ficará subutilizado se os 700 MHz que a GSMA – Global System for Mobile Communications defende para a tecnologia forem retirados. A proposta da entidade é que sejam destinados apenas 500 MHz de 5925 a 6425 MHz. Assim, somente será possível usar um dos canais de 320 MHz dentro do Wi-Fi 7, inviabilizando uma de suas características mais importantes. Um dos locais onde o tema está sendo discutido é a Conferência Mundial de Radiocomunicações (WRC-2023), realizada no período de 20 de novembro a 15 de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes. Mas se o Brasil, assim como Argentina, Peru, Estados Unidos, Canadá e muitos outros países já definiram pelo uso completo dessa faixa de frequência para o Wi-Fi, qual a preocupação com o que está sendo discutido em Dubai? Apesar de cada país ter sempre a sua soberania respeitada, as telecomunicações mundiais somente funcionam devido aos acordos entre os países através da ITU - União Internacional de Telecomunicações. Dependendo da destinação que ficar acordada para essa faixa de frequência

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durante a conferência, será necessário adequar o uso em diversos países. Devido à importância do tema, a Abrint enviou cinco representantes para a WRC-2023 integrando a comitiva brasileira sob comando da Anatel. Quais são os resultados que podemos esperar dessa batalha? O mais otimista é que algumas regiões/países adotem um Wi-Fi com menos banda disponível e outras nações possam adotar a banda completa, o que chamamos de Full 6 GHz. É muito difícil que todos os países sejam liberados para o uso dessa faixa completa, pois em alguns já existem ocupações incompatíveis com essa destinação. Por outro lado, também considero difícil que todos os países sejam simplesmente “proibidos” de utilizar a frequência com capacidade total. Entretanto, o problema que fica é a economia de escala na produção desses equipamentos. Com poucos países utilizando a faixa completa, não será possível atingir uma escala industrial suficiente para abaixar os preços, dificultando a sua utilização principalmente em países em desenvolvimento. Considerando o que ocorreu no Brasil com a universalização da banda larga fixa graças ao empreendedorismo dos provedores regionais e pela Anatel ter adotado políticas de assimetria regulatória que criaram condições para o florescimento dessas empresas, esperamos que a entidade se posicione na defesa da banda completa de 6 GHz, para garantir que o Brasil continue na liderança da inclusão digital e com isso disponibilize condições técnicas para incluir os brasileiros que ainda precisam de uma conexão com qualidade do Wi-Fi 6E/7 em uso outdoor em sua plenitude. A Abrint está atenta nos desdobramentos do assunto, que pode representar muitas oportunidades para provedores e consumidores.

Basílio Rodriguez Perez é conselheiro de administração da Abrint, presidente do LAC-ISP, membro do Comitê de Prestadoras de Pequeno Porte, Conselheiro Deliberativo do Atacado e Diretor de Operações em Provedor de Acesso à Internet.




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