Revista PI Outubro | Novembro 2023

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Aranda Editora - Ano 26 - No-- 287 - Out/Nov 2023

www.arandanet.com.br/revista/pi

Pesquisadores desenvolvem sistema de desmoldagem de peças baseado em inteligência artificial

Como o óxido de grafeno atua na vulcanização de compostos de EPDM

Circulação: Grafenoplast

Guias: Guias

Resinas Limpeza de moldes Equipamentos para reciclagem



DESTAQUES

OUTUBRO-NOVEMBRO 2023

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ÍNDICE

Fornecedores de resinas termoplásticas

Pág. Editorial

4

Notícias e curtas

6

Impressão 3D

14

Reciclagem

40

O plástico na embalagem

44

Ensaios reológicos e modelos matemáticos foram usados por pesquisador da Universidade de São Paulo para avaliar a influência da adição de grafeno sobre a cinética de vulcanização de compostos de EPDM.

Aplicações

46

Produtos

48

COMPOSTOS

Eventos

49

Equipamentos para reciclagem

Literatura

50

Uma relação dos fornecedores de equipamentos e periféricos utilizados na reciclagem de materiais plásticos.

Anunciantes

50

Guia atualizado reúne informações detalhadas sobre a oferta de resinas termoplásticas no mercado brasileiro.

GUIA I

PÁG. 16

Uma análise do mecanismo de vulcanização de compostos de EPDM com adição de óxido de grafeno

GUIA II

PÁG. 20

PÁG. 28

Automatização do projeto de sistemas de desmoldagem de peças plásticas Projeto de pesquisa trata do desenvolvimento de um sistema baseado em inteligência artificial para efetuar o posicionamento automático de ejetores em operações de desmoldagem.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

PÁG. 30

A influência da erva-mate e do ácido málico nas propriedades de filmes de fécula de batata Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul testaram a adição de extrato de erva-mate em filmes de fécula de batata, usando o ácido málico como agente reticulante, o qual promoveu também menor absorção de água pelos filmes.

BIOPLÁSTICOS

PÁG. 34

Produtos e equipamentos para limpeza de moldes O s fornecedores de produtos para jateamento, assim como os equipamentos usados na limpeza de moldes são destacados em guia para o setor.

GUIA III

PÁG. 39

Capa - Imagem que reproduz uma rede hexagonal de átomos de carbono em modelo molecular do grafeno (Evannovostro/Shutterstock). Layout de Alvaro Luiz Alves Piola e Pedro Franco de Moraes. As opiniões expressas nos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por Plástico Industrial, podendo mesmo ser contrárias a estas.


EDITORIAL

A queda da produtividade da indústria pode estar associada ao investimento insuficiente em maquinário, mas o diálogo com instituições de pesquisa também é um caminho para recuperá-la.

ARANDA EDITORA TÉCNICA CULTURAL LTDA. Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam)

REDAÇÃO: Diretora de redação: Hellen Corina de Oliveira e Souza Editor técnico: Antonio Augusto Gorni Redator: Adalberto Rezende (MTb 78.879) Jornalista responsável: Hellen Corina de Oliveira e Souza (MTb 21.799)

SECRETÁRIA DE REDAÇÃO E PESQUISA: Milena Venceslau

PUBLICIDADE Gerente comercial: José Roberto Gonçalves

Indústria e pesquisa aplicada: um caminho para recuperar a produtividade Um estudo recente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo constatou que são necessários investimentos anuais equivalentes a 4,6 % do Produto Interno Bruto (PIB), por um período entre sete e dez anos, para que a indústria de transformação brasileira recupere a produtividade que tinha na década de 1970, o que representa cerca de R$ 456 bilhões por ano. Boa parte desse investimento precisa passar pela aquisição de máquinas, mas a aproximação com o setor de pesquisa e desenvolvimento das universidades é igualmente importante, pois é ali que está sendo gestada a tecnologia que capacitará a indústria a ser mais eficiente e produtiva. As formas de cooperação vão desde o apoio formal até o simples diálogo, para que a pesquisa aplicada se aproxime das necessidades da indústria e para que esta de fato absorva o conhecimento gerado. Um retrato da nossa falha em estabelecer esta conexão é o fato de que muitos mestres e doutores de diferentes áreas da ciência simplesmente não têm emprego, enquanto as atividades produtivas carecem de qualificação. No entanto, um bom exemplo de vitória sobre essa dicotomia tem sido a rede de pesquisa em grafeno e a sua recente interação com a indústria, que gradativamente está adotando o material como promotor de muitas melhorias para seus produtos finais. Os estudos teóricos sobre o grafeno no Brasil tiveram início no final dos anos 90, acompanhando muito de perto tudo o que acontecia em nível mundial neste sentido. Formou-se a partir daí uma estrutura de pesquisa e desenvolvimento que se conectou com as necessidades da indústria por meio de instituições como o UCS Graphene, da Universidade de Caxias do Sul (RS), ou o Mackgraphe, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. O trabalho dessas instituições e sua estreita ligação com as aplicações fabris tem sido um exemplo de boa relação entre universidade e indústria, e ele será mostrado em um evento presencial que acontece este mês em São Paulo, o Grafenoplast, cuja programação pode ser conferida na página 25 desta edição. A Plástico Industrial tem publicado artigos e matérias a respeito do grafeno desde o primeiro anúncio da possibilidade de utilização na indústria de plásticos, e por isso apoia o evento com esta edição especial que traz um artigo sobre o uso de grafeno na vulcanização de EPDM (página 20), além de matérias sobre o seu uso na impressão 3D (página 14) e na funcionalização de filmes e outros produtos plásticos (na seção de notícias, a partir da página 6). E em nosso site é possível acompanhar o noticiário sobre o assunto na seção Grafeno, no seguinte link: https://www.arandanet.com.br/revista/pi/noticias/52. Reconhecer o esforço de nossos pesquisadores e informar potenciais usuários sobre a tecnologia que eles desenvolvem é uma tarefa que nos orgulha e nos inspira a afirmar, sem ufanismo, que o Brasil tem a solução para boa parte dos seus dilemas. Basta unir as pontas e conectar o problema à sua solução. Recuperaremos, assim, a produtividade perdida pelos descaminhos das últimas décadas. Nos vemos no Grafenoplast.

Hellen Corina de Oliveira e Souza – Editora hellen.souza@arandaeditora.com.br

São Paulo e Rio de Janeiro Caroline Castro – Cel. n (11) 94000-3597, caroline.castro@arandaeditora.com.br Luci Sidaui – Cel. n (11) 98486-6198, luci@arandaeditora.com.br Dora Bandelli - Cel. n (11) 95327-6608, dora.bandelli@arandaeditora.com.br Ariane Ribeiro - Cel. n (11) 99101-5045, ariane.ribeiro@arandaeditora.com.br Minas Gerais Oswaldo Alipio Dias Christo Rua Wander Rodrigues de Lima, 82, cj. 503 – 30750-160 – Belo Horizonte (MG) Tel. (31) 3412-7031, Cel. n (31) 9975-7031, oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina Romildo Batista Rua Carlos Dietzsch, 541, cj 204E – 80330-000 – Curitiba (PR) Tel. (41) 3501-2489/3209-7500, Cel. n (41) 9728-3060, romildoparana@gmail.com Rio Grande do Sul Maria José da Silva Tel. (11) 2157-0291, Cel. n (11) 98179-9661 e-mail: maria.jose@arandaeditora.com.br

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ADMINISTRAÇÃO: Diretor administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr.

CIRCULAÇÃO: São Paulo: Clayton Santos Delfino - Tel.: (11) 3824-5300 ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva

PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Estúdio AP SERVIÇOS: Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S/A Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima

PLÁSTICO INDUSTRIAL, revista brasileira sobre o processamento de materiais plásticos, é uma publicação mensal de Aranda Editora Técnica Cultural Ltda.

ISSN 1808-3528 Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315, 01155-900, São Paulo (SP), Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 info@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br

É enviada mensalmente a 12.000 pessoas-chave de empresas de transformação e processamento de materiais plásticos, fabricantes e importadores de máquinas, equipamentos e matéria-prima para a indústria do plástico e também para usuários de peças e produtos plásticos em todo o Brasil e demais países do Mercosul.


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NOTÍCIAS

6 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – OUT-NOV. 2023

Empresa gaúcha desenvolve dispersões de grafeno para plásticos A Degrad(Portão,RS),fornecedora

de especialidades químicas para materiais plásticos, desenvolveu dispersõesdegrafenoparaaplicação em polímeros, com a finalidade de melhorar tanto aspectos de processamentodessesmateriais quanto o desempenho dos produtos moldados com eles. Tulio Sérgio Fulginiti, diretor da empresa, explicou que iniciou por conta própria os testes com o grafeno fornecido pelo UCS Graphene (Caxias do Sul, RS), usando como base um óleo vegetal. Apósobterboahomogeneizaçãoda mistura, ele passou a realizar testes também com água tratada, o que levou ao desenvolvimento dos dois produtosjádisponíveisnomercado: o Graphtek Soy, solução de grafeno em óleo vegetal aplicável em plásticos e borrachas, e Graphtek Hydra,emulsãodegrafenoemágua, indicada para tintas, papel, materiais cerâmicos, rejuntes e demais produtos baseados com compostos que contenham água. ContandocomapoiodaConsultoria Passatore ( Guarulhos, SP) e de Jordão Gheller, do Instituto SenaideInovaçãodeSãoLeopoldo (RS), Tulio obteve uma solução aplicável a materiais plásticos como PE, PP, PU, TPU, borracha termoplástica (TR) e TPEs. Melhores propriedades, inclusive para reciclados AssoluçõesdegrafenodaDegrad podem ser adicionadas a polímeros na proporção de 1 grama por quilo dematerial,oqueresultaem0,01% de grafeno na formulação. Nos testes realizados tanto com elastômeros quanto com termoplásticos, foi observado aumento de 25 a 30% em parâmetros como resistência à abrasão, alongamento até a ruptura, resistência ao rasgo e tensão na ruptura. Os índices de modificação das diferentes propriedadesconstamde laudos que a empresa fornece, incluindo o de PEAD recuperado,

Corpos de prova do teste de dispersão do Graphtek Soy em TPU caso em que a adiçãodoGraphtek Soy elevou a resistência ao rasgamento de 103,1 para 127,7 N/m. Observou-se também que a adição dassoluçõesdegrafenomelhora características de processamento dos materiais reciclados, tais como polietileno (PE) e polipropileno (PP), recuperando a sua fluidez. Materiais rotomoldados também foram ensaiados, observandosemaisfacilidadenadesmoldagem das peças. O Graphtek Soy se dispersa na resina, podendo ser aplicado antes que ela seja submetida ao misturador ou homogeneizador, podendoserusadotantoporempresas de transformação quanto por formuladores de compostos que tenham interesse em produzir masterbatches contendo grafeno. Tulio comentou que os fatores mais críticos do trabalho com o grafeno são a sua dispersão e a proporção a ser utilizada: “Usa-se uma fração mínima, pois a partir de uma determinada quantidade ele passa a ter efeitos contrários aos desejados”. Segundo ele, o grau de melhoria das propriedades varia conforme a estrutura molecular de cada material.

equacionar. A empresa está lançando a SIM ( Sethi Inject Machine), uma injetora vertical automática de bancada, elétrica e pneumática, concebida para atender a projetos de manufatura de até dezenas de milhares de peças/mês, podendo já ser fornecida com moldes validados e a um custo acessível. Jean Andrade, diretor comercial da empresa, comentou que há uma determinada escala de produção quepodeserconsideradaazonaem que muitos projetos fracassam pela indisponibilidade ou inadequação do maquinário: “De 1.000 a 10 mil peças/mês, por exemplo, é uma quantidade pequena para se processar em uma injetora convencional, mas muito grande para a impressão 3D. É onde muitos projetosmorrem”. Atendendo a pedidos Este nicho de mercado não atendido levou a Sethi3D a desenvolver e fabricar a SIM, uma injetora de baixo consumo de energia que trabalha com moldes de alumínio ou de resina feitos em impressora 3D, fornecidos por ferramentarias parceiras da empresa. Os de resina ficam prontos e validados em poucos dias, porém, devido a características térmicas, possuem um tempo de ciclo mais elevado, reduzindo a produtividade e sendo assim

Degrad – www.degrad.com.br

Injetora automática de bancada, uma solução econômica para produção em série Produzir pequenas séries de peças

ou um simples try out atualmente é um problema para muitas empresas de injeção de plásticos que a Sethi3D (Campinas, SP) procurou

A Sethi 3D está lançando uma injetora vertical de bancada com capacidade para dezenas de milhares de peças/mês. Imagem: Sethi3D


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Exemplos de peças fabricadas pela Sethi 3D usando a injetora SIM. Imagens: Sethi3D recomendados para try out , validação deprojetos,produçõesmenoresoutestes deprodutonomercado.Jáoferramental de alumínio ou aço fica pronto e validadoemaproximadamente40dias, resistindo à injeção por longos períodos de tempo. Os tempos de ciclo da máquina variam em função do tipo de peça e do número de cavidades, mas um valor de referência é o intervalo de 50segundosparaamoldagemdepeças de até cinco gramas. Aalimentaçãoderesina/polímerose dá a partir de um silo com capacidade inicial para quatro quilos e dosador automático. A injeção é feita por um cilindro pneumático, enquanto o fechamentodomolde,comforçadeaté duas toneladasecontroladovia software, ocorre por meio de rosca sem fim com acionamento totalmente eletrônico. Com esses recursos, a máquina pode operaremturnoscontínuosde24horas, apenassobasupervisãodooperador,que insere os dados no painel com tela sensível ao toque (touch screen). O equipamento dispõe de sensor de obstrução que interrompe a operação ao menor sinal de anormalidade e o seu preço inicial está em R$ 49.987,00. JáforamtestadosnaInjetoraSIMos materiais polietileno (PE), polipropileno (PP), poliestireno (PS), poliestireno de alto impacto (PSAI), poliuretano termoplástico (TPU), acrilonitrila-butadieno-estireno(ABS)e poli(ácido láctico) (PLA). “Um pouco de história JeanAndradeexplicouqueavocação daempresatemsidoainovaçãodesdeo seusurgimento,noiníciodosanos2000. Originalmente a Sethi sempre desenvolveu soluções em tecnologia para diversossegmentoscomorastreadores, equipamentos para laboratório animal,

automaçõesemgeraleimpressoras3D. As impressoras 3D profissionais, fabricadas pela Sethi3D estão em todo território nacional, América do Sul, América Central, Europa e África. A empresa dispõe de uma rede de assistência técnica em diversas cidades do Brasil e suporte on-line sempre prontos para atender às necessidades dos clientes. Hoje com 22 anos de mercado resolveu inovar mais uma vez, fabricando uma injetora automática nacional e de baixo custo e com produtividade, com a meta de tornar a injeçãodeplásticosacessívelparatodos. Sethi3D – www.sethi3d.com.br

Universidade estuda biodegradação de filmes compostáveis no solo durante 180 dias A Eco Brasil Biopolímeros (Floria-

nópolis, SC) anunciou os resultados de um estudo feito em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) sobre degradação dos seus compostos termoplásticos biodegradáveis baseados nos polímeros do tipopolibutilenoadipatoco-tereftalato (PBAT)epolibutilenosuccinato(PBS), os quais tiveram sua decomposição comprovada no período de 180 dias em contato com o solo. Fábio H. Fajardo, diretor comercial da empresa, explicou que já atuava na comercialização de matéria-prima hácercade20anos,passandoaimportar o poli(tereftalato de butileno) (PBT) em 2019. Seu fornecedor na ocasião aprimorou a tecnologia para a obtenção do PBAT, um poliéster alifático que se torna biodegradável por ter ligações de

carbono suficientemente fracas para serem rompidas em ambiente de compostagem doméstica, caracterizada pela temperatura de 28 graus Celsius. Este material, importado pela Eco Brasil para a elaboração dos compostos,possuioselo“OKCompost Home”, da certificadora internacional TÜV Áustria. Durante a pandemia, Fábio se associouapesquisadoresdaUFPR,sob coordenação da professora Michele Rigon Spier, para validar os compostos de PBAT, bastante suscetíveis à hidrólise, e por isso mais facilmente biodegradáveis, ao contrário do que ocorrecomospolímerosconvencionais. Emquatromeses,duasamostrasforam 100%degradadaspormicro-organismos dosolo,enquantoasoutrastrêstiveram percentualdedegradaçãode30%,60% e 50% em seis meses. No caso do PBAT, a hidrólise que ocorre sob condições de umidade e temperatura ideais dá origem a monômeros que são “digeríveis” pelos micro-organismos e metabolizados em biomassa, dentro de parâmetros estabelecidospornormasinternacionaisde biodegradaçãoemsolo,noprazode180 dias. Ao consumir o material, os microorganismos eliminam dióxido de carbono, água e biomassa ao final do processo que pode também receber o nome de “reciclagem orgânica”. Fábio ressalta que na ausência de condições específicas de umidade e temperatura a degradação também ocorre, mas de forma menos acelerada. Ele pondera, no entanto, que o fato de um polímero serbiodegradávelnãoénecessariamente algo bom, pois não é em todos os casos que se obtém matéria 100% orgânica, água e dióxido de carbono ao final do processo. Por isso há tanta controvérsia em relação aos materiais denominados “bioplásticos”. O PBAT, por exemplo, temorigemfóssil,maséconvertidoem matéria orgânica em sua totalidade, como foi comprovado no estudo em parceria com a UFPR. AtualmenteaEcoBrasilprocessaseus compostos em parceria com uma formuladora de Diadema (SP), com capacidade de fornecer 100 toneladas/mês. Porém, planeja ter sua própria fábrica entre setembro e outubro de 2024, no município de Florianópolis (SC), com capacidade de 500 toneladas/mês.


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NOTÍCIAS

Aplicação dos bioplásticos da EcoBrasil em filmes transparentes compostáveis. Imagem: Eco Brasil Benefícios fiscais e logísticos levaram à opção pelo Estado, que oferece também incentivos à atividade industrial. Os materiais podem ser utilizados na produção de filmes tubulares (balão), em versões opaca(968)etransparente(161L), esteaprovadopeloInstitutoFalcão Bauer para o contato com alimentos. Um dos compostos desenvolvidos pela empresa se destina à laminação com papel, para a produção de embalagens multicamadas aseremusadasporredesdelanchonetesefabricantesdeembalagens de papel revestido, as quais foram objetodeumrelatóriotécnicoemitido pelo laboratório do Senai de Telêmaco Borba (PR), quanto à barreiraàáguaeaoóleo,assimcomo repolpabilidade, que assegura a possibilidade de reprocessamento junto com o papel. O intuito do estudo era entendercomoessescompostossecomportariam se descartados em solo, sem necessariamente destiná-los à compostagem como ocorre em outros países, visto que no Brasil ainda não contamos com esse tipo de coleta seletiva e destinação. Os resultados são promissores e indicam a possibilidade de aplicação em segmentos onde a reciclagem convencional não é viável. Eco Brasil – www.ecobiopolimeros.com.br

Sepro adquire participação majoritária em grupo de automação A francesa Sepro, desenvolvedora e fabricante de robôs para máquinasdeinjeçãodeplásticos,comunidade brasileira em Itupeva (SP), anunciouaaquisiçãodeumaparticipação majoritária da Garbe Automatisme,empresadosetorde

Aquisição de participação majoritária na Garbe Automatisme vai resultar em expansão e inclusão de tarefas complementares às linhas de automação da francesa Sepro, que comemorou 50 anos em setembro. Imagens: Sepro do Brasil robóticaindustrial,tambémdaFrança.Atransaçãofoiconcluídanomês dejulho,masanunciadaapenasno finaldesetembro.Ambasasempresas são de capital fechado e os termosfinanceirosnãoforamdivulgados. ASeproéumdosmaioresfornecedoresdesoluçõesdeautomação paramáquinasinjetorasdomundo e mantém núcleos para desenvolvimentodesistemasdeautomação na França, Alemanha, Estados UnidoseChina.Estáestabelecida também no Brasil há 20 anos e mudou-serecentementeparauma novaplantaemItupeva(SP),deonde saem os autômatos a serem fornecidos para o mercado brasileiro e paraoutrospaísesdaAméricadoSul. A aquisição da Garbe duplicará acapacidadedeproduçãodesistemas de automação na França e aumentaráacapacidadeglobaldaSepro em20%.EricRadat,presidentedo GrupoSepro,comentouqueaaquisição reafirma o compromisso de apoiar os clientes da empresa com soluções de automação inteligentesealtamenteeficientes,capazes desuprirasdeficiênciasemtermos de obtenção de mão de obra qualificada, um problema comum às indústrias de diversos países, inclusive do Brasil. Oscar da Silva, diretor de vendas e de serviços do GrupoSeproparaaAméricadoSul, avaliouqueaaquisiçãoreforçauma


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tendênciadomercadodeplásticos,que éacrescenteautomaçãodassuaslinhas produtivas. “O robô é o item central na célula entre a máquina injetora e os periféricos”, comentou, acrescentando que o impacto da compra da Garbe no Brasil não será imediato, mas é o sinal de uma opção por soluções eficientes e experientes para aumentar a produtividade dos clientes. Em recente open house para comemoração dos 50 anos da empresa e dos 20 anos de Brasil (fotos na página anterior),aSeproapresentouemsuaunidade de Itupeva um conceito de automação linear que visa à melhor ocupação do espaço fabril, em parceria com a fornecedora de injetoras Sumitomo Demag. Em parceria com a Chen Hsong,foimostradaumacélulaoperando o processo de rotulagem no interior do molde (in mold labelling, IML). A francesa já equipou mais de 40 mil máquinasinjetorasnosdiferentespaíses em que atua, e tem hoje 1.900 robôs instalados no Brasil.

Sobre a Garbe Automatisme Localizada em Izernore, o chamado “Vale dosPlásticos”,nolestedaFrança, a Garbe Automatisme projeta sistemas de automação complexos voltados para transformadores por injeção que atendem aos setores automotivo, médico, de embalagens e de eletrodomésticos, entre outros. Já integrou com sucesso robôs de 3, 5 e 6 eixos em células que exigemaremoçãodepeçaseoperações de pré e pós-moldagem, tais como carregamentodeinsertos,montagemde componentes, marcação, inspeção, transporte e paletização, entre outras. “Diante do crescimento contínuo da Garbe Automatisme e da necessidade de expandir a nossa capacidade de produção, era essencial aproveitarmos esta oportunidade”, comentou Dominique Garbe, fundador da empresa, acrescentando que a parceria com a Sepro une experiências e habilidades. Já Bertrand Humel van der Lee, diretorgeraldoGrupoSeproparaaEuropa, enfatizou que as tecnologias de ponta

daGarbeAutomatismenaáreadegarras técnicaseferramentasdepontadebraço sãoexcelentescomplementosàslinhas de automação da Sepro. Sepro – www.sepro-group.com

Braskem e USP serão parceiras em projeto de reaproveitamento de CO2 UmconsórcioformadoentreaBraskem e a Universidade de São Paulo (USP) – doqualtambémparticipamoResearch CentreforGreenhouseGasInnovation (ou Centro de pesquisa para inovação em gases de efeito estufa) (RCGI) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)–vaipromoverpesquisaspara o desenvolvimento de tecnologias que poderão contribuir para o reaproveitamentodedióxidodecarbono(CO2)gerado em operações realizadas na indústria petroquímica. Conformefoiinformadoàimprensa, esteprojetotemodesenvolvimentoea


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NOTÍCIAS atuação junto com a área acadêmica e colabora com o fomento de novas pesquisas nacionais vinculadas a grandes instituições de ensino do Brasil. Esperamos que isso proporcione benefícios para a indústria”. Braskem Brask em – www.braskem.com.br RCGI – https://sites.usp.br/rcgi UFSCar – www.ufscar.br

Pesquisas sobre tecnologias capazes de reaproveitar CO2 proveniente do setor petroquímico serão o carro-chefe do projeto, do qual também participarão o RCGI e a UFSCar. Imagem: Freepik produção de soluções químicas como um de seus pilares. Trata-se de um programa que vai reunir equipes de diferentes áreas ligadas ao setor de plásticos, as quais participarão de trabalhos em que serão aplicados conhecimentos multidisciplinares. Um dos objetivos, no que tange à obtençãodenovassoluçõesquímicas,é reutilizar o CO2 na produção de, por exemplo,olefinaseálcoois,entreoutros. Além disso, os estudos serão direcionados para a criação e/ou aperfeiçoamentodeprocessosprodutivosvisando àreduçãodeemissõesdegases,eficiênciaenergética,diminuiçãoeeliminação dedesperdíciodematérias-primas.Isso incluiodesenvolvimentodetecnologias para a conversão do CO2 por meio de catálise e eletrocatálise. A contribuição das partes envolvidas Deacordocominformaçõesfornecidas à imprensa, a reunião da expertise de cada uma das partes envolvidas no projeto será fundamental para que os trabalhos avancem tanto em escala laboratorial quanto industrial. Assim, a Braskem atuará compartilhando, por exemplo, o seu conhecimento sobre processos produtivos na indústria de transformação de resinas termoplásticas,aopassoqueasequipes da USP e da UFSCar participarão da coordenaçãoedodesenvolvimentodos estudos.GusHutras,queéresponsável pela área global de tecnologia de processos da Braskem, comentou mais sobreoconsórcio:“Pormeiodessenovo projeto, a companhia expande a sua

Fábrica da Livoltek em Manaus atenderá setor fotovoltaico e de mobilidade elétrica AtenderàdemandadosetordemobilidadeelétricanoBrasil,alémdomercado fotovoltaico, é uma das premissas da Livoltek, que está preparando a sua nova fábrica de inversores de energia fotovoltaicaecarregadoresparaveículos elétricos, entre outros produtos, em Manaus (AM). A empresa, com matriz na China, e que já tem uma filial brasileiranacidadedeEusébio(Ceará), está investindo em máquinas industriais como, por exemplo, injetoras e robôs colaborativos que vão operar na futura unidade. O início das operações na capital amazonense está previsto para novembro de 2023, conforme comentou Cristiano Santos, head de vendas da Livoltek, que concedeu entrevista à Plástico Industrial. A companhia foi uma das participantes da última edição

O parque fabril da Livoltek vai operar no Amazonas e a empresa tem interesse em estabelecer parcerias com fornecedores de resinas recicladas. O foco é atender à demanda por inversores fotovoltaicos e carregadores de veículos elétricos. Imagem: Livoltek/Divulgação

da Intersolar South America, realizada recentemente em São Paulo (SP). No que tange às máquinas e aos equipamentosdanovaplanta,oexecutivodisse que, por enquanto, “eles serão trazidos da nossa matriz situada em Hangzhou, que conta com tecnologia de ponta. Mas,temosplanosdeinvestiremnovos equipamentos futuramente”. Ele também comentou que as linhas de produção da planta já estão com sua configuraçãobemavançadaequetestes estão em andamento no local. Nas palavras dele, também no que diz respeito ao planejamento da companhia para os próximos anos, “nosso objetivo é atender desde empresas de diferentes portes, que tenham interesse em implantar sistemas de geração de energia fotovoltaica em suas unidades fabris, por exemplo, até estacionamentos, shoppings e pequenos comércios que demandem inversores fotovoltaicos e carregadores de veículos elétricos”. Parcerias com fornecedores de resinas recicladas O interesse em estabelecer consórcios com empresas fornecedoras de resinas recicladas, visando usá-las na produção de componentes feitos de plástico presentes em inversores fotovoltaicos e/ou em carregadores elétricos,foiumdosassuntosabordados porCristiano.Eleexplicouque,emum primeiro momento, serão mantidas as relações comerciais com a cadeia de fornecedoresderesinasqueatualmente atende à Livoltek. A partir daí, estudos sobre a aplicação de polímeros na produção de peças, além de outros temas alinhados aos conceitos de sustentabilidade, tendem a ganhar espaçonoplanejamentodacompanhia. O entrevistado também disse que foram abertas vagas para postos de trabalho na nova fábrica, para áreas como “engenharia, produção, planejamento, controle da qualidade, gestão de operações industriais, assim como outras”.Aunidadefabrilocupaumaárea de18milmetrosquadrados,aqualestá inserida em uma área total de 30 mil metros quadrados. “Esse espaço será usado em futuros projetos de expansão da planta”, concluiu Cristiano. Livoltek – tel. (11) 93338-1338


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BENS DE CONSUMO E INDUSTRIAL


12 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – OUT-NOV. 2023

NOTÍCIAS IA e machine learning para o chão de fábrica Prover soluções de inteligência artificial para a indústria

de transformação de resinas plásticas é o objetivo da Dimensional, empresa integrante do Grupo Sonepar e com sede na cidade de Limeira (SP). A companhia desenvolveu a ferramenta D+Brain, que conta com recursos de IA e aprendizagem de máquina (machine learning),entreoutros,recomendadosparaempresasque pretendem monitorar seus processos produtivos. A ferramenta consiste em um sistema que faz parte de pacotes de serviços, o que inclui, por exemplo, conectividade de máquinas e equipamentos de injeção ou extrusão, supervisão remota de operações realizadas em parques fabris, emissão de alertas em caso de ocorrência de anomalias nas operações – que podem ser enviados para celulares e tablets, assim como para computadores e/ou monitores instalados no chão de fábrica – e correção feita de forma autônoma. Em entrevista concedida à Plástico Industrial, Anderson Boschetti, e Renato de Lucena Angioleto, gerente corporativo service, e gerente de projetos de inovação e service da Dimensional, respectivamente, comentarammaissobrea soluçãoD+Brain. De acordo com os executivos, os Ferramenta desenvolvida pela recursos da ferDimensional está disponível para ramenta podem empresas do setor do plástico que ser usados para o pretendem monitorar processos acompanhamenprodutivos e analisar dados. to on-line de vaExecutivos da companhia riáveis de procespretendem estabelecer parcerias. sos produtivos, Imagem: Dimensional/Divulgação coletaeanálisede dados provenientes de linhas de produção e para o planejamento da manutenção de máquinas. “Nosso objetivo é proporcionar soluções para as reais necessidades dos clientes, e, a partir disso, elaboramos projetos que envolvem a conectividade de máquinas e equipamentos, assim como é feito um estudo sobre a planta industrial, a configuração de suas linhas de produção, além de diversos fatores”, explicou Renato. Os trabalhos também podem ser voltados para a implantação de sensores em equipamentos, como exemplificou Anderson. Nas palavras dele, no que tange à implementação da solução D+Brain, “pode ser feita a conexão da ferramenta com um sistema ERP já em operação, por exemplo. Lembrando que isso vai depender das demandas do cliente e dos estudos realizados previamente”.


13 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – OUT-NOV. 2023

Testes e parcerias em andamento Formar parcerias com instituições de pesquisa e ensino para o desenvolvimento de sistemas digitais para parques fabris, bem como a criação de cursos sobre temas relacionados à Indústria 4.0, é um tema alinhado ao planejamento estratégico da Dimensional. Anderson disse que a ferramenta D+Brain foi um dos destaques da empresa em um evento realizado em uma unidade Senai no município de Americana (SP). Além disso, ele comentou que “há empresas que já estão conduzindo testes com a ferramenta, as quais estão colaborando com análises e estudos visando ao aperfeiçoamento da nossa solução”. Além disso, os clientes poderão contar com treinamento in loco e on-line , e também com consultoria, para a implementação da ferramenta. Dimensional – tel. (19) 3446-7400

Encontro vai discutir uso do grafeno em materiais plásticos Acontece no dia 22 de novembro, em São Paulo (SP), a primeira edição do Grafenoplast, evento que vai reunir especialistas dedicados ao desenvolvimento de aplicações para o grafenonaindústria de plásticos e na manufaturaaditiva (impressão 3D). Extremamente funcional, o grafeno tem potencial para modificar muitos tipos Evento sobre grafeno terá primeira de produto, toredição em São Paulo, em novembro. nando possível o Imagem: Shutterstock desenvolvimento de, por exemplo, embalagens avançadas de alta resistência e condutividade térmica, além de peças reforçadas para resistir a grandes esforços mecânicos e também materiais plásticos com significativa melhora da condutividade térmica. Dentre os temas a serem tratados no evento estão as possibilidades de melhoria dos materiais plásticos com a adição de grafeno, os desafios do uso do material em pesquisas com polímeros e aplicações em filamentos para impressão 3D. O evento será realizado pela Markeplan, com apoio da Revista Plástico Industrial. Informações e inscrições estão disponíveis no endereço eletrônico a seguir. Grafenoplast – www.grafenoplast.com


IMPRESSÃO 3D

14 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – OUT-NOV. 2023

Grafeno torna filamentos de PLA mais resistentes e condutivos

Incorporar grafeno a filamentos para impressão 3D tem sido o objetivo dos projetos mais recentes da Voolt 3D (Santo André, SP), em parceria com a Passatore Consultoria (Guarulhos, SP). O uso deste insumo como carga em compósitos poliméricos pode ter funções muito específicas, tendo em vista o seu grande potencial como melhorador das propriedades dos materiais aos quais é adicionado, promovendo, por exemplo, o aumento da resistência mecânica e da condutividade elétrica. E foram estas as melhorias atribuídas aos novos filamentos da empresa do Grande ABC. A Voolt e a Passatore desenvolveram em 2021 um filamento de poli(ácido láctico) (PLA) para impressão 3D contendo grafeno em sua formulação, o que resultou em um material com propriedades mecânicas melhoradas em até 40%, em comparação à sua versão sem aditivos. “A modificação praticamente transformou o PLA em um material de engenharia”, comentou Cláudio Passatore, engenheiro químico e mestre em Nanociências e Materiais Avançados pela Universidade Federal do ABC (UFABC). Sua consultoria presta o apoio técnico a projetos envolvendo materiais poliméricos, além de representar comercialmente empresas que fornecem materiais como PLA, PET-G, aditivos, masterbatches, partículas de grafeno e dispersões contendo grafeno para uso em diferentes produtos como, por exemplo, uma raquete de beach tênis desenvolvida com a empresa de materiais esportivos LCM, de Presidente Venceslau (SP). Dando continuidade aos projetos, foram desenvolvidos filamentos condutivos baseados em PLA dopado com grafeno, objeto

Filamento contendo grafeno: mais resistência mecânica. Imagem: Voolt do trabalho de conclusão de curso do engenheiro William Paes, na Faculdade de Ciências e Tecnologias da UFABC, que os empregou na fabricação de sensores especiais capacitivos, sensores especiais piezoelétricos e em circuitos integrados de baixa potência, também desenvolvidos pela Voolt. Os itens foram impressos em equipamento do tipo FDM ( fused deposition modeling). Neste tipo de aplicação, o grafeno substitui os pós metálicos adicionados ao composto com a finalidade de conferir propriedades dielétricas, obtendo resistência superficial de 3,0 e 2 Ohm e resistividade superficial de 7,0 e3 Ohm. “Filamentos de impressão 3D de alta performance, como os que incorporam a nanotecnologia do grafeno, contribuem para o avanço da tecnologia de impressão 3D e abrem possibilidades para a utilização desses materiais em diversas áreas, tais como protótipos, peças técnicas, engrenagens, dispositivos de instrumentação, sensores capacitivos, resistivos, indutivos e circuitos flexíveis impressos personalizados. O baixo custo de produção e o curto tempo de fabricação típicos da

Filamentos de duas cores da Voolt. Imagem: Voolt

manufatura aditiva por FDM, por sua vez, torna possível a criação de dispositivos e tecnologias personalizadas, com um investimento reduzido e de forma eficiente, com pouco ou nenhum pós-processamento após a impressão”, comentou William Paes. Cláudio Passatore e William Paes serão palestrantes do evento Grafenoplast, que acontece no final de novembro, em São Paulo (SP), reunindo especialistas para discutir as aplicações do material na indústria de plásticos (veja programação na página 25).

Aposta em tecnologia

“A Voolt foi criada há cerca de oito anos”, comenta seu sócio Eduardo Banzoli, entusiasta da impressão 3D. A empresa atuou na fabricação de impressoras até 2020, quando iniciou a produção de filamentos com o uso de uma extrusora laboratorial. Em 2022 já possuía duas extrusoras de alta performance com L/D de 45 mm e uma co-extrusora de 35 mm, na qual são fabricados os filamentos de duas cores (dual color). Os diversos tipos de filamentos incluem ainda os do tipo wood, que recebem adição de fibra de madeira, HT e translúcidos, entre outros, totalizando uma produção de 20 toneladas/mês de filamentos. Para janeiro de 2024 está prevista a entrada em operação de mais dois equipamentos. Um deles será usado na produção de filamentos de seis cores, do tipo rainbow , tornando a empresa a única no Brasil a produzir filamentos do tipo dual color e rainbow. A capacidade produtiva da empresa subirá então para 50 toneladas/mês. Entre os materiais com os quais a Voolt trabalha estão PLA, ABS, PET-G, PA, TPU e PLA- HT, em diferentes cores e tipos, tais como silk, velvet e translúcidos, cuja produção a torna uma das maiores fabricantes de filamentos para impressão 3D do Brasil.



GUIAI

16 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – OUT-NOV. 2023

Fornecedores de resinas termoplásticas As empresas listadas aqui são fornecedoras de resinas termoplásticas classificadas como commodities - normalmente destinadas à fabricação de bens de consumo não duráveis - e especialidades, destinadas a aplicações técnicas, na fabricação de bens duráveis. A empresa é Resinas commodities Distribuidora

Importadora

Fabricante

Fabricante/país

Fabricante

Empresa, telefone e e-mail

(11) 2941-6792 n •

Adiplast

Plásticos de engenharia (especialidades)

Grau

Fornecedora de compostos PE PP PS PVC PET Injeção Extrusão Sopro Rotomoldagem Termoformação

Tipo

Injeção Extrusão Sopro Rotomoldagem Termoformação Impressão 3D PHA PHB PLA PBAT Outros Injeção Extrusão Sopro Rotomoldagem Termoformação Compostos formulados sob demanda

A empresa fornece: Bioplásticos

Grau

Tipo

PC, Blendas

• ••

ABS, PBT, PC, POM, PPO,

Tipo

Grau

contato@adiplast.ind.br ADN Jomasi

(11) 98305-7016 n •

••••

roberto@adnplasticos.com.br Advanced Polymers

PA, PPS, PSAI, Blendas

•••

(11) 94308-7522 n

•• •

marketing@advancedpolymers.com.br API Polímeros

ABS, ASA, PA, PC, POM, PSAI, PBT,

••

SAN, TPE, TPU, Compostos de PP

(35) 98808-1379 n

Diversos

API, PA, PBT, PC, POM, PSAI

PA

atendimento.api@hotmail.com Betaplas

(11) 97570-5020 n

vendas@betaplas.com.br BGA Comércio

(11) 99166-6559 n •

(51) 99108-8728 n •

••••

paulo@engeflex.com.br Coman

•• •

comercial@comanpolimeros.com.br Compostos do Brasil

ABS, PA, PBT, PC, POM, PPA, PSAI,

• ••

Blendas, Compostos de PP

(11) 5594-0678 n

atendimento@compostos.com.br

Celanese, Eastman,

PA, PBT, POM, PPA, PP, TPE, TPI,

Denka, Miraclll, Arkema,

TPV, Blendas, Compostos de PP

• ••• • •

•••• ••

BluePlast e Dyna Purge (11) 2526-3110 •

Covestro

TPU

• ••

ABS, ASA, Blendas,

••

giovanna.marsura@covestro.com (11) 2142-2300 n •

CPE

Diversos/EUA, Europa

contato@cpe.ind.br Eco Brasil

Compostos de PP, outros (11) 99612-0364 n •

• •• •

contato@ecobiopolimeros.com.br Eco Ventures

(11) 91737-2411 n •

••• ••• • •

PA, EVA, PSAI

• •• • •

ABS, EVA, Compostos de PP

•• • •

• •• •••

ABS, EVA

• ••• • •

••

EVA

• ••• •

comercial.evb@ecoventuresbrasil.com Fortymil

(11) 99348-2118 n

••

Braskem

•• •••

contato@fortymil.com.br Gotalube

(11) 99636-1238 n •

gotalube@gotalube.com.br HP Chem

(11) 3933-2607 n

Dow Química

hpchem@hpchem.com.br Kaneka South

(11) 93769-3653 n •

• ••

•••

leticia.peres@kaneka.com.br Krisoll krisool@krisoll.com.br

(11) 4934-2760

Basf

••



GUIA I

18 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – OUT-NOV. 2023

A empresa é

Importadora

Fabricante

Fabricante/país

Fabricante

Distribuidora

(11) 4636-8256 n •

(11) 91555-1166 n

••••

Liton Chemicals

Plásticos de engenharia (especialidades)

Grau

Fornecedora de compostos PE PP PS PVC PET Injeção Extrusão Sopro Rotomoldagem Termoformação

Tipo

Empresa, telefone e e-mail

Injeção Extrusão Sopro Rotomoldagem Termoformação Impressão 3D PHA PHB PLA PBAT Outros Injeção Extrusão Sopro Rotomoldagem Termoformação Compostos formulados sob demanda

A empresa fornece: Resinas commodities

Grau

Tipo

Bioplásticos

Tipo

Grau

••

vendas@liton.com.br Macroplast

•• • • ABS, ASA, PA, PBT, PC, PMMA, SAN, • •• •

macroplast@macroplast.com.br Mais Polímeros

(11) 98383-0649 n

vendas@maispolimeros.com.br

POM, PSAI, Blendas, Compostos de PP

•••

Braskem, Unigel,

•• ••• ABS, PC, EVA, PSAI, Compostos de PP • ••• • •

Valgroup, Lotte Chemical, Kolor Flake,

Netplas

Importados/Mundial

(11) 98292-4938 n

•••• ••• •••

• ••• • •

•••• •••

•••• ••• ••• ABS, PA, PBT, PC, PMMA, POM, SAN, • ••• • •

emerson@netplas.com.br

ABS, PA, PBT, PC, EVA, PMMA, POM, PSAI, SAN, TPE, Blendas, Compostos de PP, outros

Novatrigo

(11) 94032-3794 n

Basf

Basf/Alemanha

contato@novatrigo.com.br Parabor

Blendas, Compostos de PP

(11) 98967-1133 n

Polyram

••

Polyram/Israel

•• •

ABS, PA, Blendas, Compostos de PP

••

ABS, PA, EVA, POM, PSAI, Blendas,

• •• •

vendas@parabor.com.br PetroPolymer

(14) 98154-5386 n

petropolymer@petropolymer.com.br

••

Formosa Plastics,

•• •

Exxon Mobil, LG, Lotte/Asia Chemical

Petroresinas

(11) 97110-4160 n •

Hudson Chemicals

Hudson Chemicals/EUA

••••• •• • •

vendas@petroresinas.com.br Piramidal

PC, Compostos de PP, outros

(11) 97796-4616 n

marketing@piramidal.com.br

••• ••• •••

Adeka, AdvanSix, Alpek,

ABS, ASA, PA, PBT, PC, EVA,

BIO-FED, Braskem,

PEUAPM, PMMA, POM, PPA, PPO,

Envalior, Juheshun,

PPS, PSAI, SAN, TPE, Blendas,

Kepital, LyondellBasell,

Compostos de PP, outros

• ••• • •

• • ••• • •

SABIC, Toray, Unigel e Wise Place Resinas

•••• ••• •••

LyondellBasell, Sabic,

(11) 99808-8578 n

placeresinas@placeresinas.com.br

ABS, PA, PC, EVA, PSAI, SAN,

• •• •

ABS, PA, PBT, PC, POM, SAN,

• ••

••

Carmel, Formosa, Montachem, Snetor, Lotte, Petrocuyo/Emirados Árabes, Arábia Saudita, Taiwan, China, Coréia do Sul, EUA, Israel, Tailândia, Argentina, Colômbia

Plaschem

(41) 99975-9975 n •

•••

•• •

junior@plaschem.com.br Plastial Polímeros

Blendas, Compostos de PP e outros (47) 3333-8043 n •

PSAI, Blendas, Compostos de PP

vendas@plastial.com.br Polipolymer

•••• ••• ••• ABS, PC, EVA, PMMA, POM, PPA, PA, • ••

(11) 99995-4192 n

fritz.johansen@polipolymer.com.br

PBT, PPS, PSAI, SAN, TPE, TPU, TPV, XLPE, Blendas, Compostos de PP, outros

Princeton-Lemitar

(11) 3232-4555

Diversos

cap@princeton-lemitar.com.br Prisma

(51) 3038-9400

Diversos/Europa,

PA, PBT, PTFE, PVDF, TPE, TPU,

Ásia e EUA

TPV, XLPE, composto PP

Dacarto, Wanhua, Celanese

ABS, PA, PBT, PC, EVA, PMMA,

contato@prismatermoplasticos.com.br Raw Material

(11) 98384-9774 n

pu@raw.com.br Replas

•• • ••

POM, PPS, TPU, Compostos de PP Covestro, Alcoa, 3M,

TPU

••

Sinabuddy e Xinyu (11) 94731-8649 n

contato@replas.com.br

Innova, Sabic, Carmel,

•••• ••• •••

ABS, PC, SAN, EVA, PSAI

• ••• • •

Chevron, CGPC, LG, entre outros

SM Resinas brasil@smresinas.com

(11) 3170-1499 n

Dow, Petrocuyo, Granic e Cardia

••

•• ••

• •• •


19 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – OUT-NOV. 2023

A empresa é Resinas commodities Importadora

Fabricante

Fabricante/país

Tecnomatiz

Fornecedora de compostos PE PP PS PVC PET Injeção Extrusão Sopro Rotomoldagem Termoformação

Distribuidora

Fabricante

Empresa, telefone e e-mail

Plásticos de engenharia (especialidades)

Grau

Tipo

(11) 97639-7172 n

Bioplásticos

Grau

Tipo

PA, PBT, PC, POM, PPA, TPE, TPU,

sergio@tecnomatiz.com.br Termocolor

Injeção Extrusão Sopro Rotomoldagem Termoformação Impressão 3D PHA PHB PLA PBAT Outros Injeção Extrusão Sopro Rotomoldagem Termoformação Compostos formulados sob demanda

A empresa fornece:

Tipo

Grau

••

TPV, Blendas, outros

(11) 4053-4054 n

vendas1@termocolor.com.br ThaThi

(11) 99971-8159 n •

ThaThi Polímeros

ThaThi Polímeros/Brasil

PA, PBT, POM, PPA, TPE

••

PA, PBT, Blendas

PMMA, PPS, PSAI

••

PA, outros

••

Compostos de PP, outros

• ••

qualidade@thathipolimeros.com.br Toyobo

(11) 94115-3960 n •

Toyobo/Global

enpla@toyobo.com.br (11) 2504-6100 •

Unigel

••

poliestireno@unigel.com.br Verde Veelore

(11) 99894-5262 n

Cathay Biotech

•••

josimar.fazolare@gmail.com Wise

(11) 3183-2530 •

••

•• •

comercial@wise.eco.br

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 313 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Plástico Industrial, outubro/novembro de 2023. Este e muitos outros Guias de PI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.


COMPOSTOS

20 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – OUT-NOV. 2023

Uma análise do mecanismo de vulcanização de compostos de EPDM com adição de óxido de grafeno A síntese de óxido de grafeno (GO) a partir de grafita e seu uso como reforço em compósitos de dieno (EPDM) é o tema deste artigo. Usando ensaios reológicos e modelos matemáticos com base em mecanismos mencionados na literatura, este estudo analisa a influência da adição de grafeno na cinética de vulcanização desses compósitos, visando à compreensão de como o grafeno atua em diferentes estágios do processo.

A. C. G. Neto

N

as últimas décadas houve aumento significativo do uso de materiais poliméricos em substituição a materiais cerâmicos e metálicos em diversas aplicações, inclusive na indústria automobilística, onde a adoção de polímeros como o elastômero de etileno, propileno e dieno (EPDM) resulta em economia de combustível. Entretanto, os elastômeros frequentemente apresentam desempenho inferior no que tange a algumas propriedades em comparação com metais e cerâmicas, tais como resistência mecânica e térmica, resistência aos raios UV, condutividade elétrica e permeabilidade a gases. Para melhorar essas

Abel Cardoso Gonzaga Neto é mestre e doutorando em Engenharia Metalúrgica e de Materiais no Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Reprodução autorizada.

negro de fumo. Nos últimos anos, propriedades, é crucial entender nanocompósitos, especialmente como os componentes adicionaos que contém grafeno, têm dos à formulação dos elastômeros ganhado destaque devido à granafetam sua vulcanização, um de área de interface entre a carga processo fundamental para suas e a matriz, proporcionando mepropriedades finais (1,8). lhorias significativas em proA adição de óxido de zinco (ZnO) é comum na vulcanização de elastômeros, mas sua liberação no meio ambiente traz preocupações, tornando a redução de seu teor em produtos de borracha um tema importante. Além disso, melhorar as propriedades dos elastômeros de forma eficaz e econômica envolve a adição de cargas como Fig. 1 – Microscopia eletrônica de varredura da amostra de GO


21 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – OUT-NOV. 2023

durante 24 horas para priedades como conducompleta evaporação tividade térmica, resisdo solvente. As massas tência mecânica e efide EPDM e GO resulciência de vulcanização tantes foram mistuquando adicionados ao radas no misturador EPDM (7,9,12) . interno acoplado ao Este artigo resume a reômetro de torque pesquisa realizada no (Haake/PolyLab900) Departamento de EnRheomix 600p, por genharia Metalúrgica e oito minutos e a 140 °C. de Materiais (PMT) As formulações esda Escola Politécnica da tudadas para analisar a USP, sob orientação da cinética de vulcaniProfessora Dra. Ticiane zação e propriedades Sanches Valera. O tramecânicas dos composbalho na íntegra pode tos de EPDM e nanoser encontrado na Bicompósitos GO/EPDM blioteca Digital de são mostradas na tabela Teses e Dissertações 1 e 2 respectivamente. da USP (6) , cuja proNessa etapa variou-se a posta é a síntese de concentração de aceóxido de grafeno (GO) a partir de grafita e lerador (0,5/1,0/1,5) e de seu uso como reforço óxido de zinco (0,0/5,0). Fig. 2 – Microscopia de força atômica da amostra de GO: a) em compósitos de EPDM. Os compostos de EPDM topografia de área com 5x5 µm da dispersão de GO sobre substrato Usando ensaios reoe nanocompósitos de de mica; b) perfil topográfico das linhas 1, 2 e 3 apresentadas em a) lógicos e modelos maGO/EPDM foram produas horas. O EPDM dissolvido temáticos com base em mecacessados em misturador aberto e a dispersão de GO em THF nismos propostos na literatura (4), de cilindros, Mecanoplast, moforam misturados. A mistura foi delo C400, pré-aquecido a 60 °C. o estudo analisa a influência da aquecida em estufa a 60 °C O elastômero foi previamente adição de grafeno na cinética de vulcanização desses compósitos, visando compreender como o grafeno atua em diferentes estágios do processo de vulcanização.

Métodos

A dispersão de GO foi sintetizada e obtida pelo método de Hummers modificado, e foi congelada e liofilizada. Um grama de GO liofilizado foi misturado a 150 mL de tetraidrofurano (THF) e sonicado por ultrassom de ponteira (Sonics Vibracell VCX 750), com ponteira inteiriça de 19 mm, por uma hora e a uma potência média de 55 W (amplitude de 70%). Concomitantemente, 10 gramas de EPDM foram misturados a 200 mL de tolueno e aquecidos a 60 °C por

Fig. 3 – Densidade de ligação cruzada dos compostos de EPDM e dos nanocompósitos GO/EPDM: a) com ZnO; b) sem ZnO


COMPOSTOS

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Tab. 1 – Formulações dos compostos de EPDM. Componentes F-5ZnO-0,5CBS EPDM VistalonTM 6602 100 GO 0 Óxido de zinco 5 Ácido esteárico 2 Óleo antioxidante 2 Enxofre 2 CBS 0,5 A - Fenol estirenado (Protetox NS®)

misturado durante três minutos. Cada componente da formulação foi adicionado e misturado individualmente durante cinco minutos. As análises de microscopia topográfica e de perfil topográfico do GO foram realizadas em microscópio de força atômica MultiMode VIII (Bruker) do LNnano, situado no CNPEM/MCTI. A microscopia eletrônica de varredura (MEV) foi feita c o m e q u i p a m e n t o m o d e l o Inspect F50 da marca FEI, do Laboratório de Microscopia Eletrônica de Força Atômica (LabMicro) do PMT/EPUSP. Usou-se tensão de aceleração de 5 kV e 10 kV na análise de elétrons secundários.

F-5ZnO-1CBS 100 0 5 2 2 2 1,0

Formulações (phr) F-5ZnO-1,5CBS F-0ZnO-0,5CBS F-0ZnO-1CBS 100 100 100 0 0 0 5 0 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1,5 0,5 1,0 B - N-ciclohexil,2-benzotiazol sulfenamida

Todas as formulações do composto de EPDM e do nanocompósito GO/EPDM foram submetidas ao ensaio de reometria de disco oscilatório (ODR) em um equipamento da marca Team, conforme a norma ASTM D2084, nas temperaturas de 160, 170 e 180 °C, durante 60 minutos. Os ensaios foram feitos no Polymer Lab (PolLab) – Escola Politécnica da USP. O ensaio de inchamento foi feito em todas as formulações, vulcanizadas em prensa. O tempo de vulcanização usado foi o t90 das formulações com ZnO. Os resultados obtidos foram submetidos à equação de Flory – Rehner, com correção para o volume de GO presente nas

F-0ZnO-1,5CBS 100 0 0 2 2 2 1,5

amostras dos nanocompósitos. Para a análise da cinética de vulcanização foi usado o modelo de Coran (4) , que propôs um mecanismo que leva em consideração distintas etapas, para as concentrações iniciais da reação, de acordo com o que é mostrado nas equações a seguir:

Nas quais A é o agente sulfurante ativo, B é o precursor de reticulação, B* é uma forma ativada de B, Vu é a ligação cruzada e a e β são parâmetros estequiométricos ajustáveis, ao passo que k1, k2, k3 e k4 são constantes cinéticas de cada


23 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – OUT-NOV. 2023

Tab. 2 – Formulações dos nanocompósitos de GO/EPDM. Formulações (phr) Componentes EPDM VistalonTM 6602 GO Óxido de zinco Ácido esteárico Óleo antioxidante A

FGO-5ZnO-0,5CBS FGO-5ZnO-1CBS FGO-5ZnO-1,5CBS FGO-0ZnO-0,5CBS FGO-0ZnO-1CBS FGO-0ZnO-1,5CBS 100 100 100 100 100 100 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 5 5 5 0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

Enxofre 2 CBSB 0,5 A - Fenol estirenado (Protetox NS®)

etapa da reação. Para determinar as constantes de cinética do modelo mencionado anteriormente, foram propostas as seguintes equações:

2 1,0

2 2 1,5 0,5 B - N-ciclohexil,2-benzotiazol sulfenamida

Em que CA é a concentração de aceleradores, U é o número de mols de ligações duplas por 100 gramas de elastômero e MA é a massa molar do acelerador, enquanto O tdis é o tempo requerido para a reação de reticulação tornar-se uma reação de primeira ordem. Para usar o modelo, Coran assume que: k1/ k2 = Z.

2 1,0

2 1,5

Resultados A figura 1 mostra a imagem de MEV das partículas de GO com aumento de 1.500 vezes. Notase a presença de algumas folhas de GO com espessura em escala nanométrica e largura de dezenas de micrômetros. A figura 2 a) e b) mostram a microscopia de força atômica (AFM) da topografia


COMPOSTOS

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apresentaram maiores da amostra de GO e o valores de densidade de gráfico de perfil de altuligação do que as formura, respectivamente. A lações do composto de análise do perfil topoEPDM. Nas formulagráfico das linhas 1, 2 e ções sem ZnO o resul3 indica que essa estrutado foi o inverso, ou tura tem cerca de 2 nm seja, maiores valores de de espessura. O espaçamento entre as camadensidade de ligação das da grafita é de aprocruzada para os comximadamente 0,34 nm, postos de EPDM do que e quando as folhas de para os nanocompósitos. grafeno possuem gruPara analisar qual etapos oxigenados entre pa da reação é influenas camadas (11), o espaciada pelo GO, as formulações com ZnO e çamento pode ser diferentes concentrade aproximadamente ções de CBS foram ana0,76 nm (10) . Assim, a lisadas usando o modelo estrutura mostrada na de Coran. Observou-se figura 2 a) deve ter entre que as constantes k1 e duas (com grupos oxik2 e a razão k4/k3 dos genados) e seis (sem nanocompósitos apregrupos oxigenados) casentaram resultados simadas, podendo, pormilares aos apresentados tanto, ser considerada pelos compostos de uma estrutura de grafeno EPDM. Ou seja, maiores multicamadas (2). Fig. 4 – Mecanismo proposto para a participação do GO na valores de k1 para menor As tabelas 3 e 4 mosreação de vulcanização do EPDM acelerado com CBS. Adaptado (4) concentração de aceletram os valores do torao modelo de Coran que mínimo (Ml), torrador, maior valor de k2 que máximo (Mh), da diferença canização, assim como as conspara maior concentração de aceentre Mh e Ml (ΔM), de tempo tantes cinéticas calculadas a lerador e maior razão k4/k3 para necessário para que 90% da cura partir do modelo de Coran. A fimenor concentração de acelerador. ocorra (T90) e de tempo requegura 3 mostra a comparação dos Já foi reportado na literatura (3,5) rido para a reação de reticulação resultados da análise de inchaque a introdução de grupos tornar-se uma reação de primeira mento para os compostos de carboxila (-COOH) e hidroxila ordem (tdis) obtidos por ensaio EPDM e os nanocompósitos (-OH) nas paredes de nanotubos de reometria de disco oscilatório EPDM/GO, vulcanizados a 170 °C. de carbono permitem a formação (ODR), para as formulações em As formulações dos nanocomde tiol (–SH), tioester (–CSOR) diferentes temperaturas de vulpósitos EPDM/GO com ZnO e ditioester (–CSSR), quando Tab. 3 – Valores e constantes obtidos no ensaio de ODR e dos modelos de vulcanização, para os compostos de EPDM com ZnO. Formulação Temperatura (°C) Mh (lb.in) Ml (lb.in) M90 (lb.in) t90 (min) ti (min) tdis (min) k1 (min-1) k2 (min-1) k4/k3 (min-1)

160 42,0 10,3 38,83 31,82 7,15 9,83 8,80.10-2 1,17.10-1 118

F-5ZnO-0,5CBS 170 180 44,1 44,8 10,4 10,5 40,73 41,37 19,05 11,45 3,33 2,42 4,7 3,31 1,87.10-1 2,02.10-1 2,41.10-1 4,30.10-1 119 110

160 42,9 10,3 39,64 25,96 12,53 13,75 1,40.10-2 2,12.10-1 105

F-5ZnO-1CBS 170 180 44,0 45,0 9,8 9,7 40,58 41,47 12,67 8,37 6,12 2,91 7,13 3,84 3,66.10-2 9,82.10-2 3,55.10-1 5,44.10-1 61 44

160 45,1 10 41,59 25,58 12,12 13,25 5,21.10-3 3,20.10-1 62

F-5ZnO-1,5CBS 170 180 45,7 46,0 9,7 9,7 42,1 42,37 14,45 8,37 6,47 3,68 7,29 4,28 1,64.10-2 3,88.10-2 4,81.10-1 7,23.10-1 47 36



COMPOSTOS

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Tab. 4 – Valores e constantes obtidos no ensaio de ODR e dos modelos de vulcanização para os nanocompósitos GO/EPDM com ZnO. Formulação Temperatura (ºC) Mh (lb.in) Ml (lb.in) M90 (lb.in) t90 (min) ti (min) tdis (min) k1 (min-1) k2 (min-1) k4/k3 (min-1)

FGO-5ZnO-0,5CBS 160 170 180 43,4 44,7 44,5 10,1 9,8 9,7 40,07 41,21 41,02 39,85 21,54 13,12 6,63 3,48 2,44 8,7 4,53 3,31 1,02.10-1 2,03.10-1 2,58.10-1 -1 -1 1,29.10 2,40.10 3,51.10-1 165 141 102

em contato com enxofre. O mesmo deve acontecer nos grupos presentes no GO. Logo, o GO participaria da reação de vulcanização, conforme já foi proposto pela literatura (13). Para justificar o aumento da densidade de ligação cruzada com a adição de GO em formulações com ZnO, este trabalho propõe um mecanismo de vulcanização conforme mostrado na figura 4. Algumas etapas serão abordadas neste capítulo separadamente. Nesse mecanismo as partículas de GO reagem com o enxofre formando GOS, assim como o acelerador (A’) e o íon de zinco (Zn++) formam um intermediário de agente sulfurante ativo (A’Zn++), que é uma forma mais reativa do que o acelerador (A’). Há também a interação entre o intermediário de agente sulfurante ativo (A’Zn++) e um agente sulfurante sem zinco (A’’), resultando em um produto com agente sulfurante ativo (A’’Zn++). Vale lembrar que tanto A’’ como A’’Zn++ são agentes sulfurantes e podem interagir com a molécula de EPDM para a formação do precursor de ligação cruzada com rotas independentes (B1 e B2). Entretanto, esse trabalho propõe que a interação com GOS é feita apenas pela forma mais ativa do agente sulfurante, ou seja, A’’Zn++. Assim, A’’Zn++ dará origem tanto ao B2 sem GO como

FGO-5ZnO-1CBS 160 170 180 44,8 45,6 45,3 10,2 9,6 9,7 41,34 42 41,74 29,63 20,18 9,86 8,78 4,889 2,872 9,99 6,03 3,515 5,35.10-2 1,25.10-1 2,22.10-1 1,68.10-1 2,15.10-1 3,57.10-1 103 63 55

B2GO. Isso vai induzir ao aumento de k1, uma vez que essas etapas são mais rápidas do que a reação que forma B1 (reação que não envolve GO). O inverso acontece com a dissociação do fragmento de acelerador para gerar precursor de ligação cruzada ativo (B2GO* ou B2*), que é dificultada pela presença do Zn++. A dificuldade da dissociação vai induzir à diminuição de k2 em formulações com GO, uma vez que essas etapas são mais lentas do que a formação de B1* (reação que não envolve GO). O aumento da razão k4/k3, em formulações com GO, ocorre porque o elétron desemparelhado em B2* ou B2GO* está mais próximo da estrutura do polímero ou do GO, respectivamente, e seu ataque à outra cadeia polimérica será mais difícil de acontecer do que o ataque ao agente sulfurante ativo (A).

Conclusão As formulações dos nanocompósitos sem ZnO apresentaram menor densidade de ligação quando comparadas às dos compostos de EPDM sem ZnO. Entretanto, as formulações dos nanocompósitos na presença de ZnO apresentaram maior densidade de ligações cruzadas quando comparadas às dos compostos de EPDM com ZnO. Por análise das constantes calculadas, notou-se uma relação entre a proporção

FGO-5ZnO-1,5CBS 160 170 180 45,1 45,8 45,6 9,5 9 8,9 41,54 42,12 41,93 23,84 14,38 8,1 9,492 5,759 3,7988 10,372 6,446 4,3139 2,91.10-2 6,72.10-2 1,12.10-1 2,27.10-1 2,99.10-1 4,17.10-1 77 56 43

ZnO/acelerador e a velocidade das reações envolvidas. O aumento desta razão, em geral, favorece a formação de precursores de ligação cruzada, caracterizada pela constante de velocidade k1. Esse aumento também desfavorece a dissociação de fragmentos de acelerador para formação de precursor de ligação cruzada ativo, observado com a diminuição da constante k2. Notou-se também que o aumento da proporção de ZnO na formulação levou ao aumento do valor da razão k4/k3, o que indica maior dificuldade da formação de ligação cruzada por parte do precursor de ligação cruzada ativo em relação a uma possível interação com fragmentos de acelerador ou até mesmo com o agente sulfurante, quando comparado com formulações com maior concentração de acelerador. Essa análise permitiu propor uma adequação do mecanismo de vulcanização para as reações na presença de GO, no qual o agente sulfurante ativo polissulfídico (A’’Zn++) reage com o GO formando precursores de ligação cruzada. O estudo detalhado com controle adequado da participação do GO no processo de vulcanização pode trazer melhora significativa para as propriedades mecânicas da borracha, como a resistência à tração, a elasticidade e a durabilidade, tornando o material adequado para uma variedade de aplicações.


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REFERÊNCIAS 1) Ashby, M. F. (2005). Materials Selection in Mechanical Design. In Design. https://doi.org/10.1016/B978-1-85617663-7.00011-4 2) Bianco, A., Cheng, H. M., Enoki, T., Gogotsi, Y., Hurt, R. H., Koratkar, N., Kyotani, T., Monthioux, M., Park, C. R., Tascon, J. M. D., & Zhang, J. (2013). All in the graphene family – A recommended nomenclature for two-dimensional carbon materials. Carbon, 65 , 1–6. https://doi.org/10.1016/j.carbon.2013.08.038 3) Cech, J., Curran, S. A., Zhang, D., Dewald, J. L., Avadhanula, A., Kandadai, M., & Roth, S. (2006). Functionalization of multi-walled carbon nanotubes: Direct proof of sidewall thiolation. 3225(13), 3221–3225. https://doi.org/10.1002/pssb.200669102 4) Coran, A. Y. (2011). Vulcanization. Part VII. Kinetics of Sulfur Vulcanization of Natural Rubber in Presence of Delayed-Action Accelerators. Rubber Chemistry and Technology, 38(1), 1–14. https://doi.org/10.5254/1.3535628 5) Curran, S. A., Cech, J., Zhang, D., Dewald, J. L., Avadhanula, A., Kandadai, M., & Roth, S. (2006). Thiolation of carbon nanotubes and sidewall functionalization. Journal of Materials Research, 21(4), 1012–1018. https://doi.org/10.1557/jmr.2006.0125 6) Gonzaga Neto, A. C. (2021). Avaliação do mecanismo de vulcanização de compostos de EPDM com e sem adição de nanopartículas de óxido de grafeno. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. 7) Heideman, G., Datta, R. N., Noordermeer, J. W. M., & Van Baarle, B. (2005). Influence of zinc oxide during different stages of sulfur vulcanization. elucidated by model compound studies. Journal of Applied Polymer Science, 95(6), 1388–1404. https://doi.org/10.1002/app.21364 8) Hemais, C. A. (2003). Polímeros e a Indústria Automobilística. 13, 107–114. 9) Kim, H., Abdala, A. A., & MacOsko, C. W. (2010). Graphene/polymer nanocomposites. Macromolecules, 43(16), 6515–6530. https://doi.org/10.1021/ma100572e 10) Lin, Z., Ye, X., Han, J., Chen, Q., Fan, P., Zhang, H., Xie, D., Zhu, H., & Zhong, M. (2015). Precise Control of the Number of Layers of Graphene by Picosecond Laser Thinning. Scientific Reports, 5, 11662. https://doi.org/10.1038/srep11662 11) Pan, S., & Aksay, I. A. (2011). Factors controlling the size of graphene oxide sheets produced via the graphite oxide route. ACS Nano, 5(5), 4073–4083. https://doi.org/10.1021/ nn200666r 12) Papageorgiou, D. G., Kinloch, I. A., & Young, R. J. (2015). Graphene/elastomer nanocomposites. Carbon, 95, 460–484. https://doi.org/10.1016/j.carbon.2015.08.055 13) Wu, J., Xing, W., Huang, G., Li, H., Tang, M., Wu, S., & Liu, Y. (2013). Vulcanization kinetics of graphene/natural rubber nanocomposites. Polymer, 54(13), 3314–3323. https://doi.org/10.1016/j.polymer.2013.04.044


GUIAII

28 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – OUT-NOV. 2023

Equipamentos para reciclagem Este guia traz informações sobre os equipamentos utilizados nas instalações de reciclagem de materiais plásticos, incluindo desde os moinhos e lavadoras, necessários a todas as empresas do setor, até sofisticados sistemas de triagem automática.

Sansun/China

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Outros

Trituradores(schredders)

Tanques para lavagem/separação por densidade

Sistemas para remoção de finos/exaustores

Secadores

Moinhos

Misturadores/incorporadores

Linhas completas para reciclagem

Lavadores

Detectores de metais

Fabricante

Aglutinadores

Fabricante/País

Homogeneizadores

E-mail

Granuladores

Telefone

Filtros/trocadores de tela

Importadora exclusiva Empresa

Extrusoras

Equipamentos e periféricos Equipamentos para separação/seleção automática

A empresa é

Brásia

(11) 97411-1919 n

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Dasp Pack

(11) 97320-4612 n

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Detectores Brasil

(11) 96453-8737 n

detectores@detectoresbrasil.com.br

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(11) 94550-7156 n

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(11) 98224-3852 n

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Áustria, Alemanha Ital

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+1 470 658 0505

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(11) 3693-9500

piovan@piovan.com.br

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Brasil/Alemanha


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Plast-Equip

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(11) 99025-4774 n

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(19) 99248-0357 n

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(19) 99913-3738 n

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Primotécnica/Brasil

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Outros

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Trituradores (schredders)

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Stadler Anlagenbau/Alemanha

Sistemas para remoção de finos/exaustores

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Tanques para lavagem/separação por densidade

Secadores

Moinhos

Misturadores/incorporadores

Linhas completas para reciclagem

Lavadores

Detectores de metais

Fabricante

Aglutinadores

Fabricante/País

Granuladores

E-mail

Homogeneizadores

Telefone

Filtros/trocadores de tela

Importadora exclusiva Empresa

Extrusoras

Equipamentos e periféricos Equipamentos para separação/seleção automática

A empresa é

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Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 231 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Plástico Industrial, outubro/novembro de 2023. Este e muitos outros Guias PI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

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30 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – OUT-NOV. 2023

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Automatização do projeto de sistemas de desmoldagem de peças plásticas W. Boos, J. Wiese, B. Härtel e T. Ochel Riscos associados a custos e à perda de conhecimento decorrente de alterações demográficas e escassez de mão de obra constituem um cenário para os fabricantes de ferramental na Alemanha. O projeto automatizado de moldes pode ser uma saída extensível, inclusive, a países que enfrentam problemas semelhantes. O projeto de pesquisa AutoEnSys concentrou-se no uso de um sistema baseado em inteligência artificial para efetuar o posicionamento automático de ejetores em operações de desmoldagem. A longo prazo, um algoritmo de autoaprendizado também deverá projetar componentes do sistema de desmoldagem, levando à automatização plena do projeto de moldes.

Wolfgang Boos é diretor-gerente da Academia de Fabricação de Ferramentas de Aachen (Aachener Werkzeugbau Akademie GmbH, WBA), na Alemanha. Jan Wiese é chefe do Setor de Soluções e Inovação Digital da WBA. Björn Härtel é gerente de inovação e Tim Ochel é gerente de projetos na mesma instituição. Este artigo foi publicado originalmente na edição de junho de 2022 da revista alemã Kunststoffe. Copyright by Carl Hanser Verlag. Direitos para o português adquiridos por Plástico Industrial. Tradução e adaptação de Antonio Augusto Gorni.

A

indústria de moldes na Ale manha está exposta a custos crescentes e a pressões para o cumprimento de prazos. Isso, a princípio, leva à fabricação de produtos com vida mais curta, bem como à competição cada vez mais agressiva, principalmente em relação a países com baixo custo de mão de obra. As empresas alemãs estão respondendo à pressão com o aumento da produtividade e foco em seu desempenho. Os custos de operação de máquinas e os de manufatura podem ser reduzidos pelo desenvolvimento de soluções de automação. No desenvolvimento de ferramental cerca de 33% dos custos de processo podem ser

atribuídos ao projeto, testes, à gestão de projeto e à qualidade, entre outros. Na fabricação de ferramental o projeto equivale a cerca de 22% do tempo, bem como a 15% dos custos de processo; portanto, pode contribuir para o aumento da competitividade. Sobre a automação de projeto, por exemplo, 70% dos custos do ferramental são determinados pela fase de desenvolvimento. Assim, há risco de terse custos maiores na fase de projeto devido ao planejamento incorreto, e o projeto pode influenciar de forma significativa os custos do ferramental. Outra razão é a possibilidade de neutralização da mu-

A automatização parcial do sistema de desmoldagem representa um passo importante rumo à completa automatização do projeto dos moldes de injeção (Werkzeubau Ruhla)


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dança estrutural que vem ocorrendo na indústria alemã de moldes graças à automação. Devido às alterações demográficas e à redução da disponibilidade de mão de obra especializada, um fator de sucesso para a competitividade das empresas alemãs será representar, de forma sistemática, as atividades com uso intensivo de know-how como projeto de ferramental. Para explorar esses temas, o Escritório de Projetos Hein, o Laboratório de Máquinas Ferramenta da Universidade Técnica RWTH Aachen (Werzeugmaschinenlabor der RWTH Aachen, WZL) e a Academia de Fabricação de Ferramentas de Aachen (Aachener Werkzeugbau Akademie GmbH, WBA), todos na Alemanha, dedicamse conjuntamente ao “Projeto automatizado do sistema de desmoldagem de moldes de injeção baseado em algoritmos com capacidade de auto-aprendizado” (sigla AutoEnSys, FKZ: 01IS20081A0). O objetivo deste projeto, que conta com financiamento público, concedido pelo Ministério Federal Alemão para Educação e Pesquisa (Bundesministerium für Bildung und Forschung – BMBF), é a automatização plena do projeto de moldes de injeção. Portanto, em uma primeira instância, a equipe do projeto está se concentrando na automatização parcial do projeto de sistemas de desmoldagem, para reduzir os custos e o tempo de fabricação.

Projeto autônomo de um sistema especialista Primeiramente, foi desenvolvido um algoritmo baseado em inteligência artificial (IA) com capacidade de autoaprendizado. No primeiro pacote de trabalhos foram definidos os requisitos de projeto para o desenvolvimento do algoritmo de inteligência artificial, e foi

feita a distinção entre os requisitos técnicos e os de interface homemmáquina. Também foram conceitualizadas as diretrizes com baixo limiar de complexidade, as quais serviram como projetos representativos e incluem os casos de ejetores circulares, planos e com manga, bem como sistemas deslizantes opostos e simples. O projeto do aplicativo deve considerar entradas manuais de parâmetros, bem como conjuntos de dados CAD carregados digitalmente. Também é concebível incorporar resultados de simulações de moldagem por injeção como a separação de moldes previamente definida ou um canal para controle de temperatura e layout do sistema de alimentação já especificados (figura 1). Para assegurar um projeto independente do sistema especialista, no segundo pacote de trabalho foi modelada a estrutura de dados na qual o algoritmo se baseia. Para isso, o conhecimento especializado dos projetistas do consórcio foi usado para construir uma lógica para a decisão baseada em “árvores de decisão” e diagramas da Linguagem Unificada de Modelamento (UML, Unified Modeling Language), que representam o conhecimento e as decisões feitas por um projetista durante o projeto de um sistema de desmoldagem. Isso pode ser desdobrado em seis árvores de decisão, as quais refletem, por exemplo, o processo de decisão para determinar os sistemas de escorregamento e ejetores, de acordo com o seu tipo e posicionamento, bem como regras para determinar o tamanho do ferramental e de seu inserto. Além disso, ao longo de várias sessões de trabalho foi definido um total de quinze regras de projeto para uma geometria de caixa. Elas também foram avaliadas tendo como base sua influência sobre o projeto. A lógica de decisão como um todo constitui uma base importante


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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

para o aprendizado do algoritmo de inteligência artificial para uso no projeto automatizado de sistemas para desmoldagem.

• Propriedades de formato geométrico como cantos, bordas, nervuras, domos e ranhuras.

O objetivo do terceiro pacote de trabalho é modelar e treinar o algoritmo de inteligência artificial para o projeto automatizado do sistema de desmoldagem, isso porque, em primeiro lugar, a arquitetura pura do programa foi modelada e seus módulos foram implementados. O treinamento subsequente do algoritmo foi feito pela realimentação iterativa com os especialistas em projetos. A análise do modelo tridimensional do componente serviu como parâmetro de entrada do algoritmo de inteligência artificial. As características específicas da geometria serão extraídas do modelo tridimensional.

O reconhecimento das características se fundamenta em vários algoritmos, alguns dos quais se baseiam em métodos de aprendizado de máquina ( machine learning ), e outros são baseados no desenvolvimento de relações entre propriedades fundamentais. Isso resulta em um sistema de reconhecimento de características que extrai todas as que são relevantes, com as quais os especialistas trabalham de acordo com as regras do projeto. Os dados requeridos para o treinamento do algoritmo foram gerados com base no conhecimento dos especialistas. O treinamento realizado inicialmente constitui a base para a funcionalidade, bem como para os testes do algoritmo a serem feitos nos próximos pacotes de trabalho.

Foram distinguidos dois tipos de características:

Avaliação da adequabilidade para uso prático

• Propriedades específicas como a espessura do material e a altura do componente;

Após um treinamento bemsucedido, o sistema especialista baseado em IA será testado e

Modelamento e treinamento do algoritmo de IA

otimizado no quarto pacote de trabalho (figura 2). Primeiramente foram desenvolvidas alternativas de realimentação, por exemplo, por meio de fichas de avaliação. O algoritmo será testado sob condições laboratoriais e com o envolvimento de engenheiros do consórcio. Os projetistas avaliarão os sistemas de desmoldagem gerados automaticamente a partir de diversos critérios – incluindo tamanho, a peça como um todo e qualidade superficial, tempo de ciclo, possibilidade de controle da temperatura e posição geométrica – e realimentarão o resultado da avaliação para a equipe de programação. Assim, o algoritmo testado e otimizado será usado e validado sob condições práticas no quinto pacote de trabalho. A adequação ao uso prático é um requisito-chave para este projeto de pesquisa, e é por isso que este pacote de trabalho possui particular importância. A adequabilidade prática será avaliada por meio de fichas de realimentação preenchidas pelos usuários. As empresas clientes do consórcio usarão essa solução de software desenvolvida em seus projetos de pesquisa atuais. Subsequentemente, está previsto que outros usuários da rede de clientes da Academia de Fabricação de FerramentasdeAachen(WBA) usem esse aplicativo para assegurar a contínua otimização da aplicação no processo de realimentação.

Conclusão

Fig. 1 – O AutoEnSys processa fatores heterogêneos de entrada, e os estrutura e conduz a um sistema de desmoldagem (Fonte: WBA; gráfico: Hanser)

Os esforços até este momento no âmbito do projeto AutoEnSys visam a uma solução única que tem como


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elementos finitos. O posicionamento e o tipo de ejetor deve ser otimizado por interfaces com os sistemas de cálculo pelo método de elementos finitos, considerando as forças de desmoldagem. Além disso, planeja-se levar em conta no projeto as pressões de injeção e a contração, bem como os sistemas de alimentação de resina fundida, pela integração dos resulFig. 2 – O sistema especialista baseado em inteligência artificial AutoEnSys extrai características a partir de tados obtidos a partir um modelo tridimensional e gera uma proposta de projeto que será validada por um engenheiro de projeto das simulações de mol(Fonte: WBA; gráfico: Hanser) dagem por injeção. Ouaberto que agrupe um grande tro foco será a seleção iterativa das objetivo viabilizar futuros projetos número de sistemas por meio de variantes de projeto obtidas pelo de automação plena do projeto de interfaces adaptadas de forma algoritmo de inteligência artificial moldes para injeção. O sistema individual. desenvolvido, dentro do contexto da especialista desenvolvido neste O consórcio que vem deseninteração homem-máquina. projeto deve se tornar parte de um volvendo este projeto já se encontra cenário sistêmico maior. Entreem busca de acompanhamento para tanto, ainda é necessário desenpromover a continuidade do desenvolver interfaces para CAD, simuREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS lação de moldagem por injeção e volvimento da aplicação aqui descrita. As referências bibliográficas deste sistemas de cálculo pelo método de No decorrer do projeto ficou estaartigo podem ser encontradas no elementos finitos. A ideia é que o belecido que sua funcionalidade fica seguinte endereço eletrônico: www.kunststoffe.de/onlinearchiv sistema especialista AutoEnSys melhor se forem consideradas as represente um sistema válido e simulações efetuadas pelo método de


BIOPLÁSTICOS

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A influência da erva-mate e do ácido málico nas propriedades de filmes de fécula de batata A fim de estudar a influência da carga vegetal nas propriedades físicas de filmes de fécula de batata, foi incorporado à matriz polimérica deles extrato de erva-mate em diferentes teores. Visando melhorar as propriedades de barreira dos filmes produzidos, adicionou-se ácido málico como agente reticulante. As amostras foram avaliadas quanto à absorção de umidade em ambientes com umidades relativas de 75% e 98% (soluções saturadas de cloreto de sódio e sulfato de potássio, respectivamente), revelando uma diminuição no teor de água absorvido pelos filmes contendo ácido málico.

M. C. Casagranda, R. B. da Silva e R. M. C. Santana

O

setor de embalagens é ainda dominado por materiais sintéticos como o polietileno (PE) e o poliestireno (PP). Nesse sentido, polímeros oriundos de fontes naturais têm sido muito estudados nas últimas décadas (1-2). O amido, em particular, se tornou uma interessante alternativa para o desenvolvimento de filmes poliméricos devido à sua alta disponibilidade, ao baixo custo, renovabilidade e características comestíveis (3-4) . Entretanto, sua alta solubilidade em água leva a propriedades de barreira insuficientes (5). Assim, ele se mostra inadequado

Magali Canton Casagranda (magalicanton@gmail.com), Renan Borges da Silva (renanborgesdasilva@gmail.com) eRuthMarleneCampomanesSantana(ruth.santana@ufrgs.br) são pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Este trabalho foi apresentado no Bioplastics Brazil edição 2023. Reprodução autorizada.

para a maioria das aplicações, devendo ser modificado quimicamente ou fisicamente para otimizar suas propriedades (6). Ácidos policarboxílicos como o ácido málico são usados como aditivos para reticular a matriz de amido, visando à melhoria de suas propriedades físicas (7). A incorporação de cargas vegetais em matrizes poliméricas é amplamente reportada em estudos sobre a modificação e otimização de propriedades da matriz polimérica, e materiais ricos em celulose, hemiceluloses e lignina, obtidos como resíduos agroindustriais e alimentícios, que podem ser usados como fonte de matéria-prima, são considerados estratégicos para a redução do desperdício industrial (8). A erva-mate (Ilex paraguariensis), que pode ser usada como carga vegetal, tem grande relevância na economia da América do Sul, sendo

cultivada na Argentina, Brasil e no Paraguai (9). Até o momento são poucas as publicações sobre o uso de extrato de erva-mate na produção de filmes à base de amido plastificado, em substituição a materiais sintéticos usados na fabricação de revestimentos ou na produção de embalagens para alimentos (12). Este trabalho aborda a incorporação de extrato de erva-mate em filmes de fécula de batata, avaliando a sua influência nas propriedades físicas dos filmes. Além disso, pretendese analisar as propriedades de barreira dos filmes pelo uso de ácido málico como aditivo.

Materiais e métodos Materiais

Para a realização deste trabalho usou-se fécula de batata, doada pelo Instituto Federal do Rio


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Grande do Sul (IFRS), glicerol P.A./ACS (NEON), erva-mate comercial ( Ilex paraguariensis) (Lago Verde, Brasil) e ácido málico (DL) P.A. (Êxodo Científica).

Preparação do extrato de erva-mate

O extrato usado na produção dos filmes foi preparado por meio da infusão de 3 g de erva-mate peneirada em 100 g de água destilada, com temperatura inicial de 80 °C, sob agitação (12-13). Após cinco minutos, o líquido foi filtrado e resfriado até apresentar temperatura ambiente.

Fig. 1 – Aspectos colorimétricos de filme polimérico de fécula de batata, à esquerda, e de formulação contendo 20% de extrato de erva-mate em sua composição, à direita

Preparação dos filmes de fécula de batata

A matriz polimérica foi desenvolvida misturando-se 5 g de fécula de batata (FB) em glicerol (1 g) e água destilada (94 g). Para a preparação das amostras contendo extrato de erva-mate (EM), uma fração de água destilada foi substituída pela concentração de extrato (1, 10 e 20 g). Os sistemas foram homogeneizados sob agitação constante em temperatura de 100 °C até que ocorresse a completa gelatinização do amido, sendo em seguida pesados e vertidos em placas poliméricas até obterem massa de 30 g. O mesmo método foi usado para preparar amostras contendo teor de 0,5% de ácido málico (AM) em massa, com proporcional diminuição da fração de água destilada usada. Após a realização do casting, as placas contendo os filmes foram conduzidas à estufa e submetidas à temperatura de 30 °C por aproximadamente 24 h, sob ventilação. As amostras produzidas estão descritas na tabela 1.

Caracterização

A superfície dos filmes poliméricos foi avaliada usando o

sistema de medição de cores CIELab, em concordância com a norma ASTM D2244-15. O ensaio de absorção de umidade consistiu na exposição de cinco amostras de cada formulação à solução saturada de cloreto de sódio e solução saturada de sulfato de potássio, visando simular ambientes de umidade relativa de 75% e 98%, respectivamente. As soluções

aquosas foram preparadas de acordo com a norma E 104-02, e as amostras foram pesadas. A molhabilidade da superfície foi determinada segundo a norma ASTM D 7334-08, considerando o ângulo de contato formado entre uma gota de água e a superfície dos filmes. Os ângulos foram medidos em 3 s e 180 s após o contato com a água, a fim de avaliar a estabilidade do material. Foram consideradas seis medidas para cada amostra, com auxílio do software Surftens.

Resultados

As variações colorimétricas apresentadas por filmes produzidos com teor crescente de erva-mate em sua formulação são mostradas na tabela 2. Um exemplo das alterações de cor pode ser visto na figura 1, que traz um comparativo entre a amostra de fécula de batata (FB) e a amostra contendo 20% de extrato de erva-mate (FB20EM). O parâmetro L*, que corresponde

Fig. 2 – Absorção de umidade em relação ao tempo de exposição em série de amostras submetidas a meio aquoso de (a) NaCl, sem presença de ácido málico na formulação; (b) NaCl, contendo ácido málico; (c) K2SO4, sem ácido málico; (d) K2SO4, com ácido málico


BIOPLÁSTICOS

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Tab. 1 – Formulações dos filmes de fécula de batata (FB) com extrato de erva-mate (EM), com e sem adição de ácido málico (AM). Amostra FB FB1EM FB10EM FB20EM AM AM1EM AM10EM AM20EM

Composição 100% fécula de batata Fécula de batata + 1% erva-mate Fécula de batata + 10% erva-mate Fécula de batata + 20% erva-mate 100% fécula de batata + 0,5% ácido málico Fécula de batata + 1% erva-mate + 0,5% ácido málico Fécula de batata + 10% erva-mate + 0,5% ácido málico Fécula de batata + 20% erva-mate + 0,5% ácido málico

à análise de luminosidade, sofreu diminuição proporcional ao aumento do teor de erva-mate adicionado à formulação, indicando uma diminuição da transparência dos filmes. A diminuição do canal de cor a* sugere tendência ao esverdeamento, que pode ser identificada nos filmes (figura 1). O aumento dos valores obtidos para o canal b* está associado ao amarelamento, o qual se mostra superior para a série de amostras produzidas sem o uso de ácido málico. No que tange ao parâmetro g, relacionado ao índice de brilho, constatou-se uma significativa redução dos valores associados ao aumento do teor de erva-mate usado, tendências que já foram abordadas na literatura (4, 12) . Destaca-se a diferença verificada nos filmes contendo ácido málico, que apresentaram consideráveis valores para este parâmetro. A figura 2 mostra a porcentagem de absorção de umidade em filmes poliméricos contendo teor crescente de extrato de erva-mate em sua formulação, além da presença ou

não de ácido málico como aditivo para comparação de suas propriedades físicas. Observa-se que a maior cinética de absorção de umidade ocorre após duas horas do início do ensaio, tendendo a tornar-se mais lenta nas medições subsequentes. Comparando as curvas obtidas em diferentes meios aquosos, verifica-se um aumento significativo da absorção de umidade em amostras expostas a ambiente de 98% de umidade relativa com sulfato de potássio (figuras 2-c e 2-d), as quais obtêm um acréscimo superior a 50% à sua massa inicial após seis horas de exposição. Nessas condições não foram observadas diferenças consideráveis entre as distintas formulações. Entretanto, para 75% de umidade relativa (figuras 2-a e 2-b), a adição de ácido málico diminuiu significativamente a capacidade de absorção de umidade dos filmes. Isso é esperado, uma vez que os grupos funcionais do ácido málico são capazes de se interconectar com as moléculas de amido por

Tab. 2 – Resultado da análise de luminosidade (L*), dois canais de cores (a* e b*) e brilho (g) para filmes de fécula de batata (FB) com extrato de erva-mate (EM), com e sem presença de ácido málico (AM). Amostra FB FB1EM FB10EM FB20EM AM AM1EM AM10EM AM20EM

L* 85,50 ± 0,14 84,88 ± 1,66 83,57 ± 0,18 81,97 ± 0,51 85,39 ± 0,07 85,30 ± 0,04 84,11 ± 0,42 83,47 ± 0,33

a* -1,55 ± 0,01 -1,89 ± 0,01 -2,03 ± 0,02 -2,67 ± 0,10 -1,47 ± 0,07 -1,62 ± 0,01 -2,19 ± 0,08 -2,09 ± 0,04

b* 1,33 ± 0,13 3,11 ± 0,19 4,95 ± 0,27 9,85 ± 1,01 1,33 ± 0,09 2,22 ± 0,10 6,19 ± 1,08 7,45 ± 0,43

g 49,50 ± 5,01 33,99 ± 3,87 19,20 ± 3,60 18,46 ± 2,70 97,66 ± 2,03 91,71 ± 3,54 87,71 ± 3,02 43,07 ± 5,91


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Tab. 3 – Cinética do ângulo de contato para filmes de fécula de batata (FB) com extrato de erva-mate (EM), com e sem presença de ácido málico (AM), medido após 3 s e 180 s de contato. Amostra FB FB1EM FB10EM FB20EM AM AM1EM AM10EM AM20EM

3s 65,80° ± 2,46 62,67° ± 0,89 74,72° ± 2,10 76,33° ± 1,45 45,69° ± 0,75 44,00° ± 1,49 54,97° ± 2,35 67,74° ± 2,69

meio de ligações cruzadas intermoleculares covalentes, aumentando a sua massa molecular, diminuindo a quantidade de grupos hidroxilas e diminuindo a higroscopicidade da superfície do filme, melhorando assim suas propriedades físicas de barreira (6-7, 14). É importante destacar que a incorporação do extrato de erva-

180 s 57,56° ± 4,02 53,78° ± 2,02 68,67° ± 3,99 69,10° ± 1,19 36,50° ± 1,71 34,68° ± 3,65 38,27° ± 2,02 53,52° ± 2,88

Δ AC 8,24° 8,89° 6,05° 7,23° 9,19° 9,32° 16,70° 14,22°

mate também parece contribuir para a obtenção de valores mais baixos de teor de umidade (figuras 2a e 2-b). Nesse caso, o aumento da concentração de extrato (1-20% m/m) não pareceu influenciar esse comportamento, indicando que uma concentração de 1% já é suficiente para modificar as propriedades de barreira da matriz de amido. A erva-

mate apresenta em sua composição um alto teor de compostos fenólicos, que são miscíveis com a amilose da fécula de batata, possibilitando a formação de ligações de hidrogênio entre o amido e a água. As interações covalentes entre os polissacarídeos e os compostos fenólicos podem limitar a disponibilidade de grupos hidroxila para formar ligações hidrofílicas com a água, levando a uma diminuição da afinidade dos filmes pela umidade (12). Para caracterizar a natureza do material em relação à sua molhabilidade, foram feitas medições do ângulo de contato entre uma gota de água e a superfície de cada sistema. A tabela 3 mostra as variações do ângulo medido para cada formulação. O acompanhamento apresentou valores máximos

Fig. 3 – Superfície das amostras após contato com gota de água: (a) FB; (b) FB20EM; (c) AM; (d) AM20EM


BIOPLÁSTICOS ao começo do teste (3 s) e diminuiu com o aumento do tempo (180 s) para todas as amostras avaliadas. Particularmente, as amostras contendo ácido málico apresentaram cinética de ângulo de contato (AC) superior às que não continham o aditivo. Observou-se tendência de aumento do ângulo de contato proporcional ao teor de extrato de erva-mate incorporado. Os filmes formulados com ácido málico apresentaram ângulos significativamente mais baixos, associados a uma maior tendência hidrofílica. Isso pode ser explicado pela relação entre a rugosidade da superfície do material e sua hidrofobicidade. Uma morfologia rugosa pode aumentar a fração de ar aprisionado na superfície, levando ao aumento do ângulo de contato da água (15). De fato, o uso de ácido málico aumentou drasticamente o índice de brilho dos filmes produzidos (tabela 2), indicando uma menor rugosidade superficial nestas amostras.

REFERÊNCIAS 1) D. S. Cha; M. S. Chinnan: “Biopolymer-based antimicrobial packaging: a review”, Critical reviews in food science and nutrition 44, 223-237, 2004. 2) X. Z. Tang et al.: “Recent advances in biopolymers and biopolymer-based nanocomposites for food packaging materials”, Critical reviews in food science and nutrition 52, 426-442, 2012 . 3) G. F. Brito et al.:“Biopolímeros, polímeros biodegradáveis e polímeros verdes”, Revista Eletrônica de Materiais e Processos 6, 127-139, 2011. 4) M. A. Knapp et al.: “Yerba mate extract in active starch films: Mechanical and antioxidant properties”, Journal of Food Processing and Preservation 43, 112, 2019. 5) L. C. de Azevedo et al.: “Biodegradable films derived from corn and potato starch and study of the effect of silicate extracted from sugarcane waste ash”, ACS Applied Polymer Materials 2, 2160-2169, 2020. 6) N. Thessrimuang, J.

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A figura 3 mostra as superfícies das amostras após três segundos do contato com a gota de água. Nota-se o formato esférico de gotas nos filmes sem a presença de ácido málico (figuras. 3-a e 3-b), ao passo que nas amostras aditivadas com ácido elas se espalham facilmente pela superfície polimérica (figuras 3-c e 3-d).

Conclusão Pela técnica de casting foi possível produzir filmes poliméricos biodegradáveis de matriz de fécula de batata com diferentes teores de extrato de erva-mate, avaliando o uso de ácido málico como aditivo de barreira. A incorporação da ervamate aumentou a intensidade do amarelamento e esverdeamento dos filmes. Entretanto, o uso de ácido málico levou a um significativo aumento dos índices de brilho das amostras, podendo ser associado à formação de superfícies com menor rugosidade. Observou-se uma menor absorção de umidade nas formu-

Prachayawarakorn: “Characterization and properties of high amylose mung bean starch biodegradable films cross-linked with malic acid or succinic acid”, Journal of Polymers and the Environment 27, 234–244, 2019. 7) T. G. Dastidar, A. N. Netravali: “‘Green’ crosslinking of native starches with malonic acid and their properties”, Carbohydrate Polymers 90, 1620-1628, 2012. 8) L. Berglund et al.: “Production potential of cellulose nanofibers from industrial residues: Efficiency and nanofiber characteristics”, Industrial Crops and Products 92, 84-92, 2016. 9) M. P. Arrieta et al.: “Recovery of yerba mate (Ilex paraguariensis) residue for the development of PLA-based bionanocomposite films”, Industrial Crops and Products 111, 317-328, 2018. 10) J. P. Lima et al.: “Distribution of major chlorogenic acids and related compounds in brazilian green and toasted Ilex paraguariensis (Maté) leaves”, Journal of agricultural and food chemistry 64, 2361-2370, 2016. 11) F. Przygodda et al.: “Effect of erva-

lações contendo ácido málico, sugerindo uma melhoria nas propriedades de barreira da matriz polimérica. A incorporação do extrato de erva-mate também proporcionou a redução da hidrofilicidade dos filmes. Entretanto, o ângulo de contato para as amostras aditivadas com ácido se mostrou muito inferior em comparação aos filmes que tiveram apenas extrato de erva-mate incorporado. Esta tendência hidrofílica pode estar relacionada à redução da rugosidade do material, a qual facilitaria o espalhamento da água em sua superfície.

Reconhecimentos

Os autores gostariam de agradecer ao Laboratório de Materiais Poliméricos (LaPol) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) pela infraestrutura proporcionada, e ao Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) de Farroupilha pela doação da fécula de batata.

mate (Ilex paraguariensis A. St.-Hil., Aquifoliaceae) on serum cholesterol, triacylglycerides and glucose in Wistar rats fed a diet supplemented with fat and sugar”, Revista Brasileira de Farmacognosia 20, 956-961, 2010. 12) C. M. Jaramillo et al.: “Biofilms based on cassava starch containing extract of yerba mate as antioxidant and plasticizer”, Starch-Stärke 67, 780-789, 2015. 13) C. M. Jaramillo et al.:“Biodegradability and plasticizing effect of yerba mate extract on cassava starch edible films”, Carbohydrate Polymers 151, 150-159, 2016. 14) M. Majzoobi et al.: “Effects of malic acid and citric acid on the functional properties of native and cross-linked wheat starches”, Starch-Stärke 66, 491495, 2013. 15) S. I. Kim et al.: “Preparation of topographically modified poly(L-lactic acid)-b-Poly(e-caprolactone)-b-Poly(Llactic acid) tri-block copolymer film surfaces and its blood compatibility”, Macromolecular Research 22, 12291237, 2014.


GUIAIII

39 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – OUT-NOV. 2023

Equipamentos e produtos para limpeza de moldes Neste guia estão relacionados fornecedores de equipamentos e produtos para limpeza de moldes usados no setor de plásticos. Dentre os materiais estão as granalhas (plástica, óxido de alumínio), massas e microesferas de vidro. Entre os equipamentos estão aqueles para limpeza de canais de refrigeração, incluindo os recém-lançados sistemas para limpeza com uso de feixes de laser.

dynaflow@dynaflow.com.br

• • •

Granalha plástica

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 74 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Plástico Industrial, outubro/novembro de 2023. Este e muitos outros Guias PI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

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Lavagem com ultrassom

(11)98413-1881 n

Jateamento a laser

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Jateamento com gelo seco

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Gabinete para jateamento por sucção

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Fornos de pirólise

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Fornos de leito fluidizado

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Estação para limpeza dos circuitos de refrigeração de moldes

brasibras@brasibras.com.br

(51)3041-6633

Óxido de alumínio

(11)2914-1840

CMV

Equipamentos Bomba para limpeza química de circuitos de refrigeração de moldes

Brasibras

Fabricante/País

Microesfera de vidro

E-mail

Limpadores em spray/aerossol

Telefone

Empresa

Produtos

Massas

A empresa é


RECICLAGEM

40 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – OUT-NOV. 2023

UBQ amplia a oferta de materiais obtidos a partir de resíduos sólidos mistos

A israelense UBQ, desenvolvedora de uma tecnologia patenteada para a reciclagem de resíduos sólidos mistos, vai inaugurar uma unidade produtiva na cidade de Bergen op Zoom, na Holanda, que deverá ampliar a oferta de materiais sustentáveis no mundo todo. A inauguração está prevista para o quarto trimestre deste ano e terá uma capacidade produtiva de 80 mil toneladas/ano dos materiais termoplásticos sustentáveis que, adicionados aos materiais plásticos convencionais, auxiliam na redução da pegada de carbono dos produtos finais. Com unidade produtiva em Tze’elim e sede em Tel Aviv, a empresadesenvolveuomaterial

no trabalho de pesquisa e desenvolvimento. Conforme as características do material plástico utilizado como matriz, os aditivos de sustentabilidade podem atuar também como modificadores de propriedades. Marcos Carneiro, que atua no desenvolvimento do mercado brasileiro para os materiais da UBQ Materials, comentou que os aditivos podem ser adicionados a materiais termoplásticos como polietileno (PE), polipropileno (PP), poliestireno (PS), poli(cloreto de vinila) (PVC), acrilonitrila-butadienoestireno (ABS), etileno acetato de vinila (EVA), elastômeros termoplásticos (TPE) e poli (ácido láctico) (PLA), e são compatíveis com os processos de injeção, extrusão, termoformagem, compressão e por impressão 3D. Marcos explicou que não há um limite

Empresa israelense fornecedora de materiais termoplásticos sustentáveis que reduzem a pegada de carbono dos produtos finais vai inaugurar uma nova fábrica e já tem projetos no mercado brasileiro. Imagens: UBQ

UBQTM, obtido a partir de resíduos sólidos urbanos mistos, incluindo os orgânicos, plásticos mistos e materiais de difícil reciclagem, com exceção de minerais e metais, em um processoqueenvolveetapasdemoagem,secagem,trituração e separação magnética. Em Tze’elim são produzidas atualmente cerca de 5 mil toneladas/ano, mas esta capacidade pode variar devido ao fato de as instalações serem também usadas

preciso para o teor de aditivo que pode ser incorporado à resina, mas que já foram testadas formulações contendo até 50% de UBQTM. Já as aplicações incluem a fabricação de bens duráveis e semiduráveis não destinados a contato direto com produtos como alimentos, bebidas, fármacos e cosméticos. Dentre elas estão componentes para o setor automobilístico, construção civil, bens de

consumo e embalagens secundárias para sistemas logísticos e supply chain, entre outras. Os materiais da UBQ Materials já vêm sendo distribuídos nos mercados da Europa, Estados Unidos, Ásia e, mais recentemente, América Latina, a começar pela Colômbia, onde foram empregados pela Rimax na fabricação de produtos para o segmento de cuidados com animais. Mercado brasileiro em desenvolvimento No mercado brasileiro, a primeira parceria foi desenvolvida em 2021, com a Arcos Dourados, maior franqueada independente da rede de lanchonetes McDonalds no mundo, que adotou o uso de bandejas fabricadas pela Semaza (Santana de Parnaíba, SP) contendo UBQTM. Neste caso, foram adicionados cerca de 25% aos masterbatches usados no PP reciclado que constituiu a matriz termoplástica. Assim, o teor de UBQTM no produto final foi de 12,5%, fato que ajuda a rede a cumprir suas metas de sustentabilidade. Bancos de madeira plástica já foram fabricados em parceria com a Madeplast (Mandirituba, PR) e produtos para o setor elétrico foram moldados com os materiais pela Tigre (Joinville, SC). A PepsiCo utilizou UBQ TM em paletes plásticos injetados pela Ecoboxes (Paulínia, SP) e em displays de pontos de venda produzidos pela Fábrica de Ideias (Embu das Artes, SP). Peças automotivas para a Mercedes Benz também foram desenvolvidas com propósito semelhante, conforme relatou


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Os materiais da UBQ Materials já vêm sendo distribuídos em diversos países e, mais recentemente, na América Latina, onde foram empregados na fabricação de produtos para o segmento de cuidados com animais. Imagem: UBQ

Marcos Carneiro: “Os principais interessados são as grandes marcas, dispostas a investir na neutralidade de carbono para os seus produtos finais”. Os materiais da UBQ Materials podem ser adicionados a receitas desenvolvidas por formuladores de compostos ou usados diretamente pelos transformadores que fabricam produtos plásticos. No caso dos fornecedores de compostos, as empresas podem formular materiais com suas próprias marcas, informando sobre o uso dos aditivos de sustentabilidade. O desenvolvimento de novas aplicações é feito com o apoio da

empresa israelense, seja junto aos transformadores, aos fornecedores de resinas e masters ou mesmo às grandes marcas que serão usuárias dos produtos finais. A Quantis, fornecedora de avaliações de impacto ambiental, qualificou o UBQ™ de fabricação israelense como “o material termoplástico mais positivo para o clima do planeta”através de sua análise de ciclo de vida (ACV). Estão nos planos de expansão global da UBQ a instalação de novas unidades produtivas, e isso inclui o mercado brasileiro. Caso a demanda justifique, o País poderá ser escolhido para sediar uma das unidades de produção, tendo em vista que os seus projetos de instalação são adaptáveis à realidade de reutilização de resíduos de qualquer localidade. UBQ – www.ubqmaterials.com

PE reciclado. Direto da Itália para a extrusão de tubos no Brasil

A C. Picolo (Jundiaí, SP), consul-

toria que representa diversos fabricantes de máquinas para o

segmento de extrusão, está comercializando no Brasil uma linha de polietileno de alta densidade (PEAD) oriundo de reciclagem, fornecido pela italiana For-Plast. Conrado Picolo, diretor da empresa, explicou que a parceria foi estabelecida durante a última edição da Feira Plast Milão, ocorrida no início de setembro, e que optou por trazer os materiais para o Brasil porque, apesar da boa oferta local de materiais reciclados, há demanda pelo PE reciclado para a fabricação de tubos corrugados, negócio que o executivo acompanha de perto, em razão do fornecimento de máquinas para fabricação desse tipo de tubo. Ele também comentou que o preço do material em seu ponto de origem é bastante competitivo. Porém, ao chegar no Brasil, conforme a região de destino final, a carga tributária pode variar e comprometer a viabilidade do negócio: “Por isso vamos estudar caso a caso para podermos ter o melhor resultado tanto para nós quanto para o cliente”, avaliou. O PEAD a ser importado da Itália pode ser usado tanto na


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RECICLAGEM produção de tubos corrugados quanto no sopro de frascos que não sejam voltados para contato com alimentos e bebidas. A C. Picolo representa no Brasil as fabricantes de máquinas AmutiComi (termoformadoras), Beyertec (equipamentos para laboratório), Cyject (equipamentos para gravação), FB Balzanelli (bobinadores), iNOEX (controle de produção na extrusão), Omipa (extrusão de chapas), Tecnomatic (linhas para produção de tubos), Tecno System (extrusão de perfis de PVC) e

C. Picolo está trazendo para o Brasil uma linha de polietilenos reciclados voltados preferencialmente para o mercado de extrusão de tubos corrugados. Imagem: Unicor/C.Picolo

Unicor, que fabrica corrugadores para tubos, agora disponíveis com capacidade de 80 metros por minuto, para fabricação de tubos com diâmetros de 20, 25 e 32 mm. Conrado comentou que tem notado maior disposição entre seus clientes para o investimento em novos equipamentos, projetando por isso um possível aumento de demanda, principalmente para os corrugadores, o que pode também ser um bom sinal para a entrada do polietileno reciclado destinado à fabricação de tubos corrugados. C. P icolo – tel. (11) 94568-5255 Picolo

Óleo de pirólise terá índice global de preços

A britânica Independent

Commodity Intelligence Services (ICIS), agência global de inteligência sobre o mercado de commodities, anunciou o lançamento do seu índice de preços do óleo de pirólise, atendendo à demanda pela precificação de produtos oriundos de reciclagem química. O novo índice fará parte do Relatório de Preços de Resíduos de Plástico Misto – Europa (Mixed Plastic Waste Report – Europe), da ICIS, lançado em 2021, que agora passa a se chamar Relatório de Resíduos de Plástico Misto e Óleo de Pirólise (Mixed Plastic Waste and Pyrolysis Oil Report). O serviço de precificação de resíduos plásticos mistos inclui atualmente as principais matérias-primas usadas na obtenção de óleo de pirólise, tais como fardos mistos de poliolefinas e resíduos com alto teor de materiais plásticos. A introdução de um índice de preços exclusivo para o óleo de pirólise proporcionará maior visibilidade a este elo dacadeiadereciclagemdeprodutos químicos, permitindo a comparação direta entre os preços da reciclagem química e mecânica. O óleo de pirólise é usado por empresas petroquímicas como uma alternativa imediata para substituir a nafta (virgem) obtida do petróleo, tornando a produção de plásticos mais circular. O uso desse insumo para obter novas resinas plásticas atende à necessidade das grandes marcas em termos deinserçãodemateriaisqueestão de acordo com o conceito


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de economia circular em seus processos e produtos. Mercado em crescimento O mercado para o óleo de pirólise está em crescimento na Europa devido à intensificação do surgimento de plantas de reciclagem química de plásticos. Em setembro deste ano, as empresas que transformam resíduos plásticos mistos (especialmente poliolefinas) em óleo de pirólise representaram cerca de 60% de toda a capacidade operacional de reciclagem de produtos químicos no Velho Continente, de acordo com a ICIS. Espera-se que a capacidade total para tais projetos na Europa se torne quase sete vezes maior até 2028, atingindo cerca de 600.000 toneladas/ano, com base nosprojetosconsideradoscomoten-

Produto oriundo da reciclagem química de materiais plásticos, o óleo de pirólise passou a ser objeto de um índice exclusivo de preços lançado pela consultoria britânica ICIS. Foto: Shutterstock

do a decisão final de investimento (FID). No entanto, se uma série de novos projetos for desbloqueada, a capacidade total de pirólise destinada a resíduos plásticos mistos poderá atingir cerca de 1,7 milhões de toneladas/ano até 2028. Para os setores de polietileno (PE) e de polipropileno (PP), a reciclagem química é vista por muitos como o caminho mais viável para obter embalagens recicladas

em grande escala para contato com alimentos. A introdução do preço do óleo de pirólise pela ICIS permitirá aos clientes negociar de forma mais assertiva, levando-se em conta que os preços desse óleo não acompanham os da nafta virgem. “A pressão para a transição para uma economia circular continuará a se intensificar e podemos ver como isso impactou o mercado de reciclagem química e, em particular, o mercado de óleo de pirólise. Apesar das condições macroeconômicas negativas que atualmente têm impacto nos mercados petroquímicos e de reciclagem, o investimento na reciclagem química continuou a ritmo acelerado”, comentou Mark Victory, editorsêniordeReciclagemdaICIS. ICIS – e-mail: sales.uk@icis.com


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O

na embalagem

Aumentar a produção de embalagens sopradas está nos planos da GTEX

nossa necessidade. Em se tratando das embalagens de PEAD, sopramos, internamente, cerca de 40% da nossa demanda, enquanto 60% é fornecido por empresas parceiras, sejam elas in house ou externas”.

O Grupo GTEX, fornecedor de embalagens plásticas fabricadas por sopro com unidades nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco, entre outros, pretende aumentar a sua produção de frascos e Planos em andamento recipientes usados para o acondicionamento de diAlém disso, a GTEX inaugurou recentemente versostiposdeprodutoscomodehigiene um centro de distribuição de elimpeza,porexemplo.Isso,deacordo produtos que está instalado em com Antonio Matias Neto, diretor uma área total de 140 mil metros industrial da companhia, que forneceu quadrados, em Guarulhos (SP), e informações à Plástico Industrial, prospecta a implantação de uma abrange o investimento na moderunidade fabril na mesma cidade. nização das linhas de sopro in house Segundo informações fornecidas à que atendem a GTEX atualmente. imprensa, o investimento na implanSegundo o executivo, a empresa tação do centro recém-inaugurado conta com linhas de sopro para a está na faixa de R$ 60 milhões. fabricação de embalagens de poli Sobre este assunto, e também (tereftalato de etileno) (PET) e de sobre o aumento da produção de polietileno de alta densidade (PEAD) embalagens sopradas, Talita Santos, A aquisição de novos em praticamente todas as suas CEO do Grupo GTEX, comentou equipamentos de sopro está unidades fabris, tanto linhas próprias que o início das operações no novo entre as metas da empresa, a quanto gerenciadas por empresas qual tem planos de instalar centro de distribuição é uma das uma planta fabril na cidade parceiras. Ainda de acordo com primeiras etapas de uma estratégia de Guarulhos (SP). Imagem: Antonio, a aquisição de novos equide expansão da companhia. Segundo Rawpixel.com, Freepik pamentos de sopro está entre as ela, com base nos planos de inspretensões da empresa: “Existem estudos para a talação de uma nova unidade fabril, “teremos aquisição de novas máquinas, tanto para a ampliação ganhos adicionais consideráveis, com aumento do nosso parque fabril quanto para a substituição de de 39% da área de produção na nova fábrica. A máquinasquejánãoatendemnossademanda,queestão meta é ampliar em 85% o espaço onde serão tecnicamente desatualizadas, por exemplo”. instaladas as novas máquinas de envase, e 25% dos Ele também forneceu dados sobre a caequipamentos de sopro”. pacidade produtiva da GTEX: “No caso das GTEX – tel. 0800-727-2297 embalagens de PET, sopramos mais de 90% da

Maximu’s investe em frota e novos equipamentos

Acompanhando a tendência de crescimento do mercado de flexíveis, a Maximu’s Embalagens

Especiais, com sede em Ribeirão Pires (SP) e filial em Varginha (MG), reportou em agosto um crescimento de 6,5% em relação ao mês anterior, com um volume produzido quase 9% maior em relação a julho.

A empresa é especializada no desenvolvimento de embalagens para proteção, acolchoamento e movimentação de produtos para diversos segmentos, incluindo automotivo, hospitalar e eletrônico. “Tivemos


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aumento de demanda no período. Comparando com agosto de 2022, o aumento no faturamento atingiu 24,5%, enquanto a produção cresceu 19,5%”, explicou o diretor da Maximu’s, Marcio Grazino. Na unidade localizada em território mineiro o faturamento, em agosto, cresceu 5,29% em relação a julho.

Fabricante de embalagens para proteção, a Maximu’s comemora bom desempenho nos últimos meses e planeja crescimento. Imagem: Maximu’s

Com a produção aquecida e o otimismo para a reta final do ano, a empresa vem fazendo investimentos na ampliação da sua frota e na aquisição de novas máquinas, com chegada prevista para os meses de outubro e novembro. “Esperamos, com esses investimentos, otimizar a produção, estando ainda mais preparados para absorver as futuras demandas”, concluiu Grazino. Maximu Maximu’s – tel. (11) 4824-6500


APLICAÇÕES

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Acabamento interno de veículos. Parece madeira, mas é plástico

O Grupo Sirmax, com matriz na Itália e subsidiária em Jundiaí (SP), integrou ao seu portfólio resinas compostas por 30% de resíduos pósconsumo para a fabricação de peças para interiores de

turais, por exemplo. De acordo com informações fornecidas à imprensa, os produtos podem apresentar diferentes tipos de efeitos visuais como “céu estrelado” e táteis, graças às características de superfícies e relevos que podem ser obtidos. Além disso, os clientes podem consultar a

Grupo italiano desenvolveu compostos provenientes de plásticos pósconsumo para o acabamento do interior de automóveis. São resinas com efeito de madeira, mármore e pedra, entre outros. Imagem: Grupo Sirmax

veículos, e que podem ter efeito visual e tátil de pedra, mármore, granito, tecido e madeira, entre outros (foto). Os produtos estiveram entre os destaques da companhia na última edição da feira internacional Fakuma, que aconteceu de 17 a 21 de outubro em Friedrichshafen, na Alemanha. As resinas fazem parte da linha Naturally Inspired e podem ser usadas na fabricação de painéis, forros de portas e de peças estru-

companhia sobre formulações feitas sob encomenda, incluindo a adição de compostos de polipropileno (PP) e/ou de biopolímeros, dependendo do tipo de aplicação ao qual a resina será submetida. Entre os recentes desenvolvimentos da empresa estão formulações de compostos de polipropileno com 5% de aditivo de talco, que integram a série Green Isofil. Essas resinas, além dos itens mencionados

anteriormente, podem ser usadas na fabricação de consoles centrais e portaluvas, por exemplo. Os recentes investimentos do Grupo Sirmax também abrangem a expansão de sua rede de fábricas ao redor do Globo. Conforme divulgou a companhia, uma nova unidade fabril será construída na Índia – onde já há uma planta industrial do grupo em operação, na cidade de Palwal, a qual passou a contar com novas extrusoras e equipamentos de laboratório recentemente –, o que está previsto para até 2026. Massimo Pavin, CEO d o G r u p o S i r m a x , comentou sobre alguns desafios do setor automobilístico e como eles poderão influenciar o uso de plásticos reciclados em aplicações nesta área e na mobilidade elétrica: “O universo automotivo está passando por uma transformação que está marcando época, e a crescente adoção dos carros elétricos é uma prova inegável disso. Mas também existem questões relacionadas à utilização de plástico pós-consumo e de resíduos na produção de peças para carros, que, até o momento, podem ser usados na formulação de resinas recicladas com propriedades muito similares às das resinas virgens”. Grupo Sirmax – www.sirmax.com



PRODUTOS

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Aditivos para PET reciclado

A norte-americana Avient Avient, com

subsidiária em Itupeva (SP), desenvolveu uma tecnologia de barreira ativa para garrafas de poli(tereftalato de etileno) (PET) monocamadas que é compatível com processos de reciclagem mecânica. Denominados ColorMatrix Capture Oxygen Scavenger, os aditivos

até 24.4, com curso que varia de 180 a 425 mm. Essas máquinas têm capacidade de injeção, dependendo da versão, de 136 até 3.206 cm3, e sua pressão de injeção máxima é de 2.549 kgf/cm2. Podem operar com moldes com espessura de 125 a 850 mm. Já a linha MK6.6 conta com máquinas com taxa de injeção máxima, conforme o modelo, de 94 a 843 cm3/s. Contam com ejetor com força de até 18,2 toneladas e seu sistema de pressão opera com 175 kgf/cm2. Tel. (11) 4341-7478

promovem a formação de uma barreira ativa contra a entrada de oxigênio. São aplicáveis em formulações de PET reciclado e não interferem na sua reciclagem posterior. A barreira não compromete o nível de transparência do material. Podem ser usados também nas tampas dos frascos. A tecnologia foi desenvolvida em 2021 e está em fase de testes, tendo se mostrado eficaz com PET reciclado em teores de 25% até 100%. Tel. (11) 4593-9200

Conserto de equipamentos

O UNIS Group (Holanda),

com filial em Americana (SP), oferece serviços de manutenção de equipamentos/sistemas eletrônicos típicos de máquinas industriais usadas no setor de transformação de resinas como, por exemplo, interface homem-máquina (IHM) e controlador lógico programável (CLP). Também são ofere-

Injetoras

A Chen Hsong (China), com

filial em São Paulo (SP), fornece as injetoras da série MK6 Pro e da linha MK6.6/BR, que têm força de fechamento de 88 a 568 toneladas. Os equipamentos da série MK6 contam com rosca em versões com diâmetro de 31 a 98 mm e relação L/D a partir de 18.2

cidos serviços de manutenção preventiva de painéis eletrônicos sensíveis ao toque (touch screen), de sistemas que envolvem o uso de robôs colaborativos e inversores de frequência, além de servomotores, eletrônica presente em

injetoras e extrusoras. Os clientes podem consultar a companhia a respeito de consertos de dispositivos móveis usados no chão de fábrica, entreoutros. Tel.(19)3500-2505

Rosqueamento de alta resistência

A Böllhoff (Alemanha) desen-

volveu uma linha de insertos metálicos (foto) compostos por latão, alumínio ou aço chamada Amtec (de After Moulding Technology), para fixação de produtos roscados em componentes plásticos após a moldagem, os quais podem ser aplicados por técnicas de soldagem por elemento térmico, por resistência e por ultrassom. Também podem ser instalados por ancoragem de expansão, técnica em que o inserto metálico roscado é inserido no furo de mon-

tagem e posteriormente expandido, assegurando a fixação; ou ainda, de forma automoldante, método em que o inserto roscado é aparafusado com um fuso rotativo. A empresa tem as certificações necessárias para atendimento do mercado nacional: para o setor automotivo possui a IATF, e para o aeroespacial possui a AS/EN 91000. Tel. (11) 2136-2558


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EVENTOS

Próximos cursos do setor de plásticos Curso

Período

Local

Aperfeiçoamento profissional em

Informações Rota in Curso

268 horas

EAD

IoT industrial

rotaincurso@fundep.com.br, https://rotaincurso.fundep.ufmg.br Coralis

Colorimetria – fundamentos da cor

Inscrições abertas

São Paulo, SP

tel. (11) 2915-0544,

2023

coralis@coralis.com.br IAP Injeção de plásticos – nível avançado

10 videoaulas

On-line

tel. (11) 4352-9400, treinamentos@planetaplastico.com.br Vilar Poliuretanos

Química e tecnologia dos poliuretanos

Conforme demanda

In company

tel. (21) 99632-3704, vilar@poliuretanos.com.br

Curso superior

2024

de tecnologia

São Bernardo Inscrições até 4/12

do Campo, SP

em polímeros

tel. (11) 4344-5000, senaimarioamato@sp.senai.br

Início previsto Materiais plásticos

Faculdade de Tecnologia Senai Mario Amato

para

Pro-Tec São Paulo, SP

6/01

tel. (11) 94830-1186, secretaria@escolaprotec.com.br

Próximos eventos do setor de plásticos Evento

Data

Local

2023

1º Grafenoplast – Encontro de especialistas dedicados ao

Contato Markeplan

22/11

São Paulo, SP

desenvolvimento de aplicações

tel. (11) 98481-9754, luciavalverdes@markeplan.com.br

para o grafeno na indústria de plásticos 13 th European thermoforming conference – Conferência

SPE – European Thermoforming Division 11 e 12/04

Amsterdã (Países Baixos)

2024

internacional sobre termoformagem

https://thermoforming-europe.org

39 th International conference of the polymer processing society – Conferência sobre processos e tecnologias para a indústria de polímeros

info(at)thermoforming-europe.org,

19 a 23/05

Cartagena

Universidad de los Andes

de Indias

pps39@uniandes.edu.co,

(Colômbia)

https://pps39.uniandes.edu.co


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SERVIÇOS

LITERATURA Livro trata da identificação de plásticos na indústria

apurada da superfície de peças plásticas. Neste sentido, é sugerida a observação visando à identificação de rugosidade, ausência de brilho e opacidade. A transparência de peças plásticas está entre os temas abordados no livro. Na parte que diz respeito a este assunto, a obra trata de cargas minerais ou vegetais cuja presença deve ser verificada no processo de identificação dos materiais. Também nesta parte do e-book são mostrados exemplos de produtos e peças transparentes ou coloridas como filmes, embalagens e display de eletrodomésticos. A publicação possui 18 páginas e diversas imagens de matériasprimas e itens feitos de plástico. Pode ser obtida pelo endereço eletrônico https://liberi-ead.com/ ebooks/.

lização o livro “Cientista industrial”, de autoria de Cesar Eduardo da Silva, que é engenheiro químico e especialista em gestão empresarial, além de desenvolvimento de projetos para a indústria. A obra foi publicada pela Learn Ltda Ltda.,

empresa da qual o autor é sóciofundador. Com 292 páginas, o livro aborda temas recorrentes no chão de fábrica e na rotina da cadeia de manufatura, o que abrange o setor de transformação de resinas plásticas. Trata também de tópicos relacionados à Indústria 4.0 como os desafios para se obter alta produtividade, eficiência em processos e con t rol e da qualidade, entre outros. A combinação de pensamento crítico, criatividade lógica e rigor dos métodos científicos também faz parte do conteúdo presente nesta obra. De acordo com informações fornecidas à imprensa, o autor traz exemplos de como usar de forma proativa o conhecimento relacionado aos fatores mencionados acima no dia a dia de parques fabris, tendo como base casos reais. No site da Learn Ltda. estão disponíveis mais informações sobre o livro. Ele é comercializado em formato físico pelo preço sugerido de R$ 89,90 e pode ser adquirido pelo link https:// clubedeautores.com.br/livro/ cientista-industrial.

Empresa ............................................... Pág.

Empresa ............................................... Pág.

Empresa ............................................... Pág.

ADN --------------------------- 12

Liton --------------------------- 36

Replas ------------------- 3ª- Capa

Arburg -------------------------- 05

Netcon ------------------------ 47

Shibaura ----------------------- 22

A Liberi EAD EAD, empresa fornecedora de cursos on-line e e-books com sede administrativa em Campo Grande (MS), disponibilizou em seu site o livro digital “Identifique os polímeros na indústria de forma rápida e prática”, que pode ser obtido gratuitamente por meio de download. De autoria de Felipe Souza, que é um dos diretores-executivos da companhia, a obra traz explicações sobre as diferentes características dos polímeros e como eles podem ser usados na fabricação de itens e peças diversas. Também são abordadas as análises, não destrutivas e destrutivas, que podem ser usadas para a identificação de poliamidas (PA), poli(óxido de metileno) (POM) e acrilonitrila-butadieno-estireno (ABS), por exemplo. Na primeira parte do e-book há explanações sobre técnicas de identificação visual de polímeros, trazendo dicas que podem contribuir para a observação mais

Otimização de processos e métodos científicos

Está disponível para comercia-

ANUNCIANTES

BASF --------------------- 2ª- Capa

NZ Philpolymer ------------- 43

Souza & Ramos ------------- 39

Betaplas ----------------------- 33

Olifieri ------------------------ 43

Superfinishing --------------- 17

Dynaflow ---------------------- 43

Payper -------------------------- 31

Tecnomatiz ------------------ 29

Emanuplast ------------------ 36

Place --------------------------- 42

Tomra -------------------------- 09

Endex -------------------------- 37

Plaschem --------------------- 19

Vimaplas ---------------------- 41

Grafenoplast ----------------- 25

PoliPositivo ------------------- 12

Walter Technologies -------- 27

Haitian ------------------ 4ª- Capa

Primotécnica ----------------- 23

Word Facas -------------------- 42

Intersolar ---------------------- 45

Radici -------------------------- 11

Krisoll -------------------------- 08

Reagens ----------------------- 13




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