8 minute read

Máquina de última geração para ensino de usinagem

A Escola Senai Roberto Simonsen, em São Paulo (SP), passou a dispor de novos equipamentos para as atividades práticas dos seus 380 estudantes dos cursos de usinagem, com a realização de uma parceria entre a multinacional suíça Tornos (Campinas, SP) e a instituição de ensino.

O acordo consistiu na instalação do torno CNC Swiss DT26 HP para as aulas práticas da escola, além do treinamento dos instrutores que atuam na formação dos alunos, realizado no showroom da Tornos, na cidade de Campinas. “Esta parceria faz parte de um dos nossos objetivos para com a indústria brasileira. Sabe-se o quanto é importante capacitar pessoas para toda a tecnologia que está a caminho”, explicou Naiane Nunes, diretora de operações na América do Norte e Brasil. A máquina é recomendada para a execução de trabalhos de furação.

Aulas práticas

O maquinário será utilizado pelos alunos do terceiro e quarto semestres dos cursos de Aprendizagem Industrial

Mecânico de Usinagem, Técnico em Mecânica e em Mecatrônica, e também na Formação Inicial e Continuada – preparação, programação e operação de torno CNC com cabeçote móvel. “Um grande diferencial do Senai é o aprender fazendo, e sendo assim, acredito que as aulas práticas são de extrema importância para que o aluno saia capacitado e seguro para o mercado de trabalho”, comentou Rodrigo Barbalho Santos, instrutor de Formação Profissional e professor nos cursos Técnico em Mecânica e de Formação Inicial e Continuada.

Com aulas dinâmicas, o professor propõe um desafio para a turma, para que eles montem em um software e depois executem no equipamento a tarefa proposta. “Foi muito interessante ver como o equipamento atende a produção de peças torneadas longas, com diâmetro de 13 mm até 25,4mm, o que proporciona melhorias de produção devido ao movimento mecânico em cinco eixos e dois C lineares”, comentou Maíra Santos Portela, aluna do curso de Eletricista de Manutenção Eletroeletrônica. A estudante também é graduanda em engenharia de produção, formada em Tecnologia em Mecânica, Técnico em Mecatrônica e CAI de Mecânica de Manutenção.

Acordo em prol da digitalização da indústria

Os institutos da rede Senai passaram a fazer parte de um consórcio que tem como premissa acelerar a digitalização de suas unidades, bem como promover a capacitação de profissionais para a indústria 4.0 por meio de cursos, palestras, visitas a centros de pesquisa e desenvolvimento de sistemas digitais, entre outros.

Trata-se de um acordo de cooperação do qual também participa o Grupo Siemens, o qual consiste no fornecimento de tecnologia digital pensada para a indústria de manufatura, o que abrange o setor metalmecânico e a reboque companhias da área de usinagem, de corte, conformação e soldagem de chapas e tubos metálicos, além do ramo de manufatura aditiva (impressão 3D) e de transformação de resinas termoplásticas, por exemplo. lançaram recentemente o “Catálogo Virtual de Tecnologias de Eficiência Energética”, que reúne informações sobre tecnologia para se obter eficiência energética na indústria de manufatura, e que está disponível para empresas do ramo metalmecânico como, por exemplo, ferramentarias e prestadores de serviços de usinagem para terceiros. energia”. Já os equipamentos consistem em motores, ventiladores, bombas, coletores, caldeiras, além de outros.

Em comunicado à imprensa, foi informado que o acordo também vai promover a especialização do corpo docente das escolas Senai e dos Institutos Senai de Inovação e de Tecnologia (ISI e IST), e a participação de profissionais de áreas interdisciplinares. Rafael Lucchesi, diretor geral do Senai, comentou que “com a parceria com a Siemens, o Senai fortalece sua atuação na formação de profissionais e na incorporação de tecnologias nas escolas e nas indústrias”.

Também foi divulgado que os trabalhos previstos incluem o acompanhamento de projetos para a digitalização de parques fabris e instituições educacionais ligadas à indústria de manufatura.

O objetivo das instituições é incentivar a troca de informações sobre redução do consumo de energia elétrica em processos industriais, assim como outras formas de reduzir o consumo de recursos no chão de fábrica. Isso inclui tópicos a respeito de intervenções elétricas, indicadores de desempenho energético, testes e ensaios, medições, definições, entre outros.

Empresas podem divulgar tecnologias Companhias que fornecem equipamentos que podem contribuir para a obtenção de eficiência energética em plantas industriais podem fazer parte do catálogo virtual. Para isso, é necessário acessar a página oficial do programa na internet e compartilhar dados dos produtos ofertados. Conforme foi informado pelas partes responsáveis pelo PotencializEE, também há o cadastro para empresas que desejam fornecer soluções para projetos do programa, que são conduzidos em parceria com o Senai.

Eficiência energética na usinagem

Entidades responsáveis pelo Programa PotencializEE, liderado pelo Ministério de Minas e Energia e coordenado em parceria com a agência alemã de cooperação internacional GIZ Brasil,

O acesso ao catálogo é gratuito. O assessor técnico do PotencializEE, Wendell Pacheco, comentou mais sobre este assunto: “será um espaço onde fabricantes e representantes comerciais poderão mostrar suas tecnologias, assim como interessados em adquiri-las poderão consultar opções em um único lugar”. Ainda segundo o executivo, o objetivo é “ajudar as empresas a adotarem a tecnologia adequada, que proporcione inúmeros benefícios, promovendo o aumento da produtividade ao tornar os negócios mais competitivos e ambientalmente responsáveis”.

De acordo com informações fornecidas pelas instituições que conduzem o programa, os equipamentos abordados no catálogo virtual são divididos em três categorias, que são “intervenções elétricas”, “intervenções térmicas” e “gerenciamento de

Aço H13 em versão para manufatura aditiva

A Digital Metal, divisão da norte-americana Markforged, plataforma especializada no desenvolvimento de materiais e equipamentos para manufatura aditiva (impressão 3D), anunciou a disponibilidade do pó metálico do aço H13 para as impressoras de metais da empresa.

O H13, cuja versão em pó terá o nome comercial de DM H13, é um aço-ferramenta, especial para trabalho a quente que mantém sua resistência e dureza quando exposto a altas temperaturas. Resistente também à abrasão, ele normalmente é empregado na confecção de ferramental para conformação de metais, assim como matrizes de extrusão e moldes de injeção. Adicionar esse metal certificado à biblioteca de materiais do Digital Metal expande o número de aplicações críticas que podem ser atendidas sob demanda pela manufatura aditiva, de forma complementar aos processos de usinagem. A precisão do sistema permite que peças altamente complexas e detalhadas sejam impressas com o H13, com propriedades que podem ser adaptadas aos requisitos específicos da aplicação por meio de tratamentos térmicos póssinterização.

Usinagem mais próxima da universidade

A Romi (Santa Bárbara d’Oeste, SP) e o Centro Universitário Facens (Sorocaba, SP) firmaram um acordo que tem como objetivo aproximar a indústria metalmecânica e o meio acadêmico. A parceria teve como fase inicial a inauguração de uma unidade voltada para o desenvolvimento de projetos universitários que envolvam o uso de equipamentos de usinagem. O novo espaço, no qual foram instalados equipamentos para a realização de trabalhos típicos do setor de usinagem, tais como fresamento e furação, se encontra no Laboratório de Inovações e Competições Estudantis (Lince), que integra o Centro Universitário Facens.

Em comunicado à imprensa, foi informado que uma das premissas desse acordo é estabelecer a unidade como centro de desenvolvimento e fabricação de protótipos, peças e/ou componentes para diversos tipos de aplicações. Isso inclui a produção de peças para, por exemplo, robôs industriais, veículos, maquinário para o chão de fábrica, entre outros. Também foi informado que no Lince foram instaladas duas máquinas de usinagem, sendo um torno universal modelo T240 e um centro de usinagem modelo D600, ambos da marca Romi.

em cursos de graduação e pósgraduação”. Segundo ele, isso também poderá contribuir para a aprendizagem dos alunos e sua futura carreira profissional.

Recomendado para a confecção de ferramentas para trabalho a quente, o aço H13 ganhou uma versão em pó, a ser utilizada na impressão 3D de itens como matrizes e moldes.

Imagens: Digital Metal

Paulo Roberto de Carvalho, diretor-executivo do centro universitário, comentou mais sobre este assunto: “Por meio desses novos maquinários, os alunos poderão realizar processos de prototipagem e usinagem, e conduzir experimentos para trabalhos

Nova fábrica de motocicletas no Brasil

A companhia Royal Enfield, atualmente com sede situada na Índia, iniciou as operações de sua nova unidade fabril, voltada para a montagem de motocicletas, instalada na cidade de Manaus (AM). As linhas de produção da fábrica recém-inaugurada foram configuradas para a montagem de motocicletas de média cilindrada (de 250 a 750 cc). De acordo com informações fornecidas à imprensa, a nacionalização de componentes, o que abrange peças fabricadas por usinagem, fresamento e/ou soldagem, por exemplo, faz parte dos planos da companhia.

Ainda segundo informações da fabricante, a capacidade produtiva do novo parque fabril, que é o terceiro entre as unidades gerenciadas pela companhia no Continente Americano, é de mais de 15 mil unidades por ano. O CEO mundial da Royal Enfield, B. Govindarajan, comentou que “o Brasil é um mercado muito forte para nós, o qual rapidamente se tornou o segundo em vendas no mundo todo depois da Índia. Vimos um crescimento acima de 100% no Brasil em 2019”. ser recuperado. Por essa razão, a empresa lançou uma linha sustentável para este campo de aplicações. A decisão foi apoiada pelo resultado de testes de fresamento em que a CT-GS20Y Green Carbide foi comparada com classes de metal duro premium já estabelecidas e uma classe reciclada produzida pela própria empresa, apresentando excelente desempenho.

Essa pode ser uma boa oportunidade para ferramentarias e empresas que prestam serviços de usinagem para terceiros no País, já que o segmento de duas rodas é um significativo consumidor de componentes produzidos por meio deste processo como, por exemplo, bloco e cabeçote de motor, caixa de câmbio, eixos, entre outros.

Campinas (SP), se engajou nessa proposta com o desenvolvimento de uma linha de ferramentas de metal duro denominada Green Carbide. Trata-se de uma linha de produtos em cuja fabricação são usadas matérias-primas secundárias de alta qualidade, assegurando uma pegada de carbono favorável, e que pode ser levada em conta pelas empresas consumidoras das ferramentas em suas iniciativas de descarbonização das atividades produtivas.

A pegada de carbono na indústria de ferramentas de corte

Multinacional asiática passou a operar na Região Norte do Brasil e prevê a nacionalização de componentes.

Imagem: Royal Enfield/Divulgação

A usinagem mais sustentável

Cumprir metas de sustentabilidade se tornou um compromisso que abrange toda a cadeia de manufatura, envolvendo empresas e institutos de pesquisa no desenvolvimento de soluções que podem estar localizadas em diferentes etapas de processo, incluindo a usinagem e a própria fabricação das ferramentas de corte.

A Ceratizit (Luxemburgo), desenvolvedora de produtos para o segmento de usinagem, que tem unidade latinoamericana na cidade de

Em material disponível para a imprensa, a empresa informa que o metal duro, assim como os componentes e ferramentas produzidos a partir dele são preciosos, pois contêm uma alta proporção de cobalto (Co) e tungstênio (W), cuja extração do minério é muito cara e consome muita energia. Para obter uma tonelada de tungstênio, 250 toneladas de minério devem ser extraídas e processadas. Por isso as matérias-primas secundárias devem ser recuperadas das ferramentas de corte de metal duro recicladas ao longo do ciclo de vida do produto para que possam ser usadas novamente.

Metal duro sustentável

Na nova linha de ferramentas de metal duro, denominada CTGS20Y, mais de 99% dos insumos são compostos por matériasprimas secundárias de alta qualidade recuperadas de fresas, brocas e ferramentas inteiriças de metal duro desativadas. Como os materiais contendo 10% de componentes no nível de submicron, com tamanho de grão de tungstênio variando de 0,5 a 0,8 µm, representam 70% das ferramentas de furação e fresamento em metal duro, elas são o grupo de materiais mais importante a

De acordo com a Ceratizit, é difícil estabelecer um indicadorchave significativo para a sustentabilidade do metal duro. A pegada de carbono do produto (PCF, de product carbon footprint) quantifica os gases de efeito estufa gerados durante a produção e transporte de produtos e grupos de produtos, e permite comparações objetivas, apontando o potencial de melhoria em toda a cadeia produtiva. O cálculo e a análise do PCF para a linha de ferramentas CT-GS20Y foram levados em conta para o cálculo da pegada de carbono corporativa (CCF, de corporate carbon footprint) para o local de produção da empresa, que foi verificado pela instituição Quality Áustria de acordo com os padrões ISO 14064-1:2019.

Reaproveitamento de materiais na fabricação de ferramentas é um exemplo da contribuição do setor metalmecânico para a redução da pegada de carbono em suas atividades.

Imagem: Ceratizit