FotoVolt Maio 2025

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Notícias

Intersolar Summit Nordeste

Desa os da energia solar para liderar a geração

A consolidação da energia fotovoltaica como principal fonte elétrica até 2050 demanda ajustes regulatórios e estruturais, os quais foram explicitados pelos agentes do setor no congresso Intersolar de Fortaleza, como detalha a jornalista Jucele Reis nesta reportagem

Cabos e conec tores para instalações fo tovol taicas

O guia descreve a oferta de fornecedores de cabos f lexíveis e cabos para conexão em série de baterias, com informações de seções nominais, tensões nominais e classes de encordoamento, e de conectores MC4, com os dados de contato das empresas.

S istema F V of f-g r id como backup de energia na zona rural – Par te 2

Para solucionar o problema de interrupções do fornecimento em uma propriedade rural de Goiás, esta série está analisando três diferentes cenários: rede + grupo motogerador (GMG); rede + sistema fotovoltaico off-grid e GMG; e rede + sistema FV off-grid e baterias

S er viços de engenharia de f undações para usinas fo tovol taicas

Uma lista de empresas especializadas na prestação de ser viços como sondagem de solo, alinhamento, cravação de estacas e outros, identificando, quando é o caso, o sistema de cravação e tipos de estaca empregados, além de ensaios de tração

D istrib uidores de produtos para sistemas solares fo tovol taicos

O guia apresenta a oferta de três dezenas de distribuidoras de itens utilizados em sistemas de energia solar FV, de módulos, inversores e estruturas a DPSs e material de aterramento, com as informações de contato das empresas

Exposição movimen ta mercado fo tovol taico no Nordeste

A 5ª edição da Intersolar Summit Brasil Nordeste reuniu especialistas, autoridades e mais de 5500 profissionais do setor para discutir os desafios relacionados à evolução da fonte solar no mercado brasileiro Em uma área de 7500 m2, a feira atraiu mais de 100 empresas expositoras com muitas novidades, algumas das quais são descritas na reportagem.

Publicações

Índice de anunciantes

Projeto Instalação

Veículos elétricos

Solar FV em foco

C a p a Helio Bettega (imagem: Anatoliy Gleb/Shutterstock)

G E RAÇ ÃO D E E N E R G I A + C A LO R

I N T E R S O L A R: CO N EC TA N D O O

S E TO R S O L A R

A Intersolar é a principal feira para o setor solar, com foco em energia fotovoltaica, tecnologias termossolares e usinas de energia solar Desde sua fundação, mais de 30 anos atrás, a Intersolar tornou-se a mais importante plataforma para fabricantes, fornecedoras, distribuidoras, instaladoras, prestadoras de serviços, desenvolvedoras de projetos, planejadoras, além de novas empresas no setor solar

A R M A Z E N A M E N TO D E E N E R G I A

E E S: I N OVA N D O O

A R M A Z E N AM E N TO D E E N E R G I A

A ees é a feira internacional de baterias e sistemas de armazenamento de energia Reúne fabricantes, distribuidoras, desenvolvedoras de projetos, integradoras de sistemas, usuários profissionais e fornecedoras de tecnologias inovadoras de baterias e soluções sustentáveis de armazenamento de energias renováveis, tais como hidrogênio verde e produção eletrolítica de gás

U S O D E E N E R G I A

P O W E R2D R I V E: E N E R G I A PA RA O

F U T U R O DA M O B I L I DA D E

A Power2Drive é a feira internacional focada em infraestrutura de carregamento e eletromobilidade, reunindo fornecedores, operadoras de postos de recarga, fabricantes, instaladoras e administradoras de frotas e energia. O evento destaca como a geração, o armazenamento, a distribuição e o uso da energia interagem e se articulam inteligentemente.

D I S T R I B U I Ç ÃO D E E N E R G I A

E l e t r o t e c + E M - P o w e r : INFRAESTRUTURA E GESTÃO DE ENERGIA

A Eletrotec+EM-Power South America é a feira de infraestrutura elétrica e gestão de energia, enfocando tanto tecnologias para distribuição de energia elétrica quanto serviços e soluções informáticas para gestão de energia aos níveis de rede, de serviços públicos e de edificações. Destacando geração, armazenamento, distribuição e uso da energia e as maneiras como esses aspectos interagem e podem se articular inteligentemente.

O p a p e l d o s p e q u e n o s g e ra d o r e s n o s e t o r e l é t r i c o

Mauro S érgio C restani, Edi tor

Adistribuidora de eletricidade Enexis, que atende três milhões de unidades consumidoras nos Países Baixos, anunciou recentemente um projeto piloto de “dimerização” de sistemas solares fotovoltaicos de pequenos prossumidores O prog rama, baseado em adesão voluntária, vai testar a diminuição da geração solar em momentos de pico de irradiação solar e seus efeitos sobre o carregamento da rede. Para atrair interessados, a empresa está oferecendo aos proprietários dos sistemas 30 centavos de euro por kWh deixado de gerar O objetivo é adotar a solução principalmente em momentos em que há excesso de geração, em dias ensolarados de primavera e verão, e em que não há consumo elevado, por exemplo nos f inais de semana Iniciativas como essa aparecem em todo o mundo, e elas levam à conclusão de que doravante não será mais possível o livre crescimento da penetração da energia da geração distribuída na rede. O Brasil, com seus conf litos entre distribuidoras e integ radores de energia solar em tor no da inversão de f luxo é um bom exemplo dos conf litos na área Recentemente este assunto (e também o curtailment, outra fonte de discórdia) esteve mais uma vez na pauta do Intersolar Summit Brasil Nordeste, que mereceu a excelente reportagem de Jucele Reis aqui publicada

Outra dif iculdade se dá ao nível da operação do sistema interligado, com a energia da GD sendo um fator de imprevisibilidade da carga líquida. Recentemente o ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico divulgou os resultados do estudo que conduziu com as consultorias PSR e Daimon, de propostas para tor nar os recursos distribuídos de alguma forma “operáveis” pelo ente A ideia central é que as distribuidoras assumam o papel OSDs, Operadoras do Sistema de Distribuição, com poder de controle e despacho dos recursos energéticos distribuídos. Ao ONS caberia interface apenas com os OSDs, não com os prossumidores.

A ideia encerra um conf lito de interesses, no entanto. O ONS coordena e controla a operação do sistema interligado mas não é dono de redes ou usinas De alguma forma os OSDs teriam de ser também entes independentes, capazes de dialogar com os prossumidores, propondo-lhes modelos de negócios em que estes concederiam ao OSD acesso a seus recursos energéticos privados, como sistemas fotovoltaicos e principalmente baterias, em troca de algum tipo de vantagem.

Mas isso demanda uma mudança de postura também do setor de GD. Em webinar recente da revista FotoVolt, o vice-presidente da ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída e CEO da AEVOenergia, Carlos Felipe Faria (Café), foi ao ponto: “A única forma que eu vejo de o mercado de GD continuar crescendo, de mais pessoas poderem participar, é sermos mais inteligentes Não simplesmente querer injetar energia na hora que queremos e no ponto que queremos, mas sim estruturar um modelo de negócios em que se vai injetar energia quando for conveniente para mim e para todos. Temos de entender que somos parte do setor elétrico”. Na mosca.

(Veja o webinar mencionado em https://www youtube com/watch?v=POLdG7Pdyko )

D retores: Edgard Laureano da Cunha Jr , José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memor am )

REDAÇÃO

Editor: Mauro Sérg o Crestan (jornal sta responsável – Reg MTb 19225)

Redatora: Jucele Menezes dos Reis

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ISSN 2447-1615

Mercado solar global deve crescer 655 GW em 2025

Ocrescimento anual da fonte solar vai sofrer uma desaceleração em 2025, segundo nova projeção da SolarPower Europe, mas ainda assim o ritmo previsto de 10% sobre o anterior deve signif icar mais 655 GW de novas instalações no mundo. Em 2024, o aumento anual havia sido de 33% sobre o anterior, com 597 GW instalados, e em 2023, de 85% sobre 2022, com 449 GW.

C rescimento projetado pela SolarPower Europe é de 10 %, mais lento do que os dois anos anter iores

Para a associação, que representa a indústria europeia de energia solar, embora um pouco menos intenso em percentual, o crescimento estrutural continuará a ser impulsionado pela competitividade da China, com preços baixos recordes, versatilidade de oferta e soluções e custos ainda menores Ao mesmo tempo, porém, o ressurgimento do apoio político aos combustíveis fósseis em vários lugares do mundo e instabilidade macroeconômica elevam o g rau de incerteza do mercado

A trajetória de riscos políticos, que incluem os dois maiores mercados, China e EUA, pode moderar mais o crescimento, o que se ag rava também com a demora na União Europeia em implementar estruturas políticas ef icazes nos Estados-membros Em um cenário baixo, pessimista, a piora das condições de mercado pode levar a um declínio de 8% no volume de instalações anuais, para 548 GW Em contraste, um cenário mais otimista prevê aumento de 30%, de 774 GW, em 2025, que seria impulsionado por baixos preços sustentados de produtos e estímulo político na China.

O cenário médio de longo prazo, porém, na avaliação do estudo deve fazer o mundo chegar a uma capacidade total de 7,1 TW da fonte em 2030, mesmo ano em que o incremento anual deve bater a casa do 1 TW. A “aposta” segue em anos seguintes de crescimento acelerado. Depois de levar quase 70

anos – desde a primeira comercialização de células solares em 1954 – para atingir o primeiro 1 TW de capacidade, o segundo TW foi adicionado em apenas dois anos. Com 449 GW em 2023 e 597 GW em 2024, a capacidade solar fotovoltaica global atingiu 2,2 TW no f inal de 2024

Brasil tem recorde de nova energia solar

Orelatório “Global Market Outlook For Solar Power 2025 – 2029” elaborado pela SolarPower Europe e divulgado em 7 de maio na Intersolar Europe, em Munique, na Alemanha, mostra que o Brasil f igurou como o quarto maior mercado mundial de energia solar no último ano, f icando atrás apenas da China, Estados Unidos e Índia O Brasil adicionou em 2024 18,9 GW de potência de pico da fonte solar FV, o que representou cerca de 3% de todo o mercado mundial no período Trata-se de um novo recorde para a tecnologia fotovoltaica no País: a fonte possui agora 56 GW em operação, que representam 22,5% de toda a capacidade instalada no Brasil. Os dados consideram a soma das grandes usinas solares e dos sistemas de geração distribuída, de pequeno e médio portes, Apesar do recorde em volume instalado, o crescimento da fonte no País se deu em ritmo menor do que nos anos anteriores O Brasil saiu de 15,6 GW adicionados em 2023 para os

18,9 GW em 2024, ou seja, um crescimento de 21%, ao passo que os percentuais de aumento foram de 60% em 2021, 81% em 2022 e 50% em 2023 Segundo a Absolar, que participou da elaboração do relatório, 2024 foi um ano de grandes desaf ios enfrentados pelo setor, como os cortes de geração renovável sem o devido ressarcimento aos empreendedores prejudicados e os obstáculos de conexão de pequenos sistemas de geração própria solar, entre outros

O estudo da SolarPower Europe está padronizado para a unidade de potência pico (GWp) e não para potência nominal instalada (GWca), que é o modelo mais utilizado nos dados divulgados publicamente pelos órgãos of iciais brasileiros. Segundo balanço da Absolar, no ano passado foram adicionados cerca de 15,2 GWca da fonte solar, que representam os 18,9 GWp descritos no relatório da entidade europeia Em 2024, os investimentos na tecnologia totalizaram R$ 53,7 bilhões no Brasil, com a geração de mais de 457,7 mil empregos.

Longi lança módulo residencial com 25% de eficiência

ALongi, fabricante chinesa de módulos fotovoltaicos, lançou durante a Intersolar Europe, em Munique, um

No mundo, Brasil tem o quar to maior crescimento, atrás de C hina, EUA e Índia, diz o relatór io

módulo premium com estrutura de contato traseiro (BC) e baseada em tecnologia de heterojunção (HJT) Segundo a empresa, trata-se da primeira vez que esse tipo de tecnologia foi implementado com sucesso em um módulo comercializado

Batizado de Hi-MO S10, o módulo oferece ef iciência de 25% Bifacial e com 54 células, o modelo foi projetado apenas para residências e tem uma potência máxima de até 510 W, levando a uma relação de potência por metro quadrado de 250 W/m2 A garantia é de 30 anos para capacidade de geração de energia e materiais

A tecnologia utilizada no módulo incor pora a tecnologia de célula HJT + BC - apelidada de HBC - que combina a passivação de alta ef iciência da heterojunção com a absorção de luz multi-superfície do projeto do contato traseiro (BC). Segundo comunicado, isso resulta em passivação de superfície total de todos os ângulos, reduzindo a perda de recombinação de metal a zero e permitindo tensão de circuito aberto (Voc) superior a 750 mV A célula HBC tem até 27,3% de ef iciência.

Ainda segundo a empresa, comparado aos módulos convencionais, o Hi-MO S10 oferece 40 W a mais de potência e pode aumentar a capacidade de instalação no telhado em até 9%. O coef iciente de temperatura é de -0,24%/°C, limitando as perdas de desempenho em altas temperaturas, e a deg radação do módulo é de apenas 1% no primeiro ano, seguida por uma taxa anual de 0,35%, suportando cargas de neve de até 4 metros (6000 Pa)

e ventos de nível de furacão (3600 Pa), com classificação de incêndio Classe A

Solfácil distribui baterias para o mercado solar

ASolfácil, empresa que atua no f inanciamento e na distribuição de equipamentos fotovoltaicos, passou a comercializar sistemas de baterias para energia solar Segundo comunicado, a nova atividade comercial é resultado de investimento de US$ 1 milhão e visa distribuir baterias de íons de lítio (LiFePO4)

Além da venda dos equipamentos, a Solfácil criou também linha de f inanciamento específ ica para os equipamentos de armazenamento de energia De acordo com a empresa, atualmente a carteira de crédito para instalações solares supera R$ 4 bilhões, com atuação em todos os estados brasileiros

“O mercado de armazenamento está em um momento decisivo Com a queda dos custos e a crescente demanda dos consumidores por soluções mais conf iáveis, vemos um g rande potencial de crescimento. Nossa entrada nesse segmento reforça o compromisso de oferecer aos integ radores e consumidores soluções completas para a geração, armazenamento e gestão da energia solar”, disse o CPO da Solfácil, Brian Korgaonkar.

fácil, esses sistemas f icaram 30% mais baratos entre janeiro e agosto de 2024 Além disso, pesa a favor a nova estratégica a empresa ter atingido lucro pela primeira vez no ano passado, quando também dobrou sua operação de crédito e distribuição de equipamentos.

Elera recicla módulos do complexo Janaúba

AElera Renováveis destinou para reciclagem mais de 16,2 toneladas de módulos fotovoltaicos utilizados na expansão do complexo Solar Janaúba, de 1,61 GWp, no norte de Minas Gerais Segundo cálculos da empresa, a iniciativa evitou a emissão de 12,88 toneladas equivalentes de dióxido de carbono

A entrada no mercado tem também a ver com a queda de preços das baterias Segundo dados mapeados pela Sol-

A reciclagem foi conduzida pela empresa SunR, que realizou a coleta, desmontagem e reaproveitamento dos componentes, garantindo que até 85% dos materiais, como vidro, alumínio, prata e cobre, retor nassem à cadeia produtiva. O processo é a seco, sem o uso de químicos Os equipamentos coletados apresentavam avarias que podem ocorrer durante diferentes fases do projeto, como transporte, armazenamento e montagem

De acordo com relatório da SunR, o reaproveitamento desses módulos permitiu evitar o uso de 39 metros cúbicos em aterros sanitários Além da reciclagem dos módulos e envio a aterros, a Elera também f irmou parcerias para destinar 94% de todo o resíduo

Empresa invest iu USS$ 1 mil hão para comercializar no País sistemas de ar mazenamento de íons de lít io
Apresentado na Intersolar Europe, o modelo combina a tecnologia HJ T com a de contato traseiro (BC)
Ao todo foram recicladas 16, 2 toneladas de módulos dani cados de obra de expansão

sólido gerado nas obras de expansão do complexo solar para reciclagem, compostagem e outras formas de reutilização

Segundo projeções da IrenaAgência Inter nacional de Energia

Renovável e do IEA-PVPS - Prog rama de Sistemas Fotovoltaicos da Agência Inter nacional de Energia, os resíduos acumulados de módulos fotovoltaicos podem atingir 78 milhões de toneladas globalmente até 2050

Fraunhofer ISE reduz uso de prata em células

Responsável em 2024 por 32% do consumo industrial da prata em todo o mundo, a indústria de células e módulos solares fotovoltaicos está às voltas com maneiras de reduzir esse volume de uso para tornar a produção sustentável no longo prazo

A necessidade tem ocupado centros de pesquisa, entre eles o alemão ISEInstituto Fraunhofer de Sistemas de Energia Solar, que tem desenvolvido vários projetos para reduzir o consumo da prata

Trabalhando com o consenso técnico de que a indústria, para continuar a produzir módulos e células de forma sustentável, precisa limitar o consumo de prata a 2 milig ramas por watt de potência pico das células, os cientistas do ISE conseguiram reduzir o limite para 1,4 milig ramas pela primeira vez

A conquista foi por meio do uso de serigrafia para a metalização da célula solar

A tecnologia produziu células solares de heterojunção de silício (SHJ) com um consumo que equivale a cerca de um décimo do padrão atual na produção industrial. Para conseguir isso, segundo comunicado do ISE, foi reduzido fortemente o teor de prata na pasta para a metalização frontal e substituída completamente a prata por pasta de cobre na parte traseira Um processo de impressão otimizado também garantiu contatos elétricos f inos As células solares SHJ metalizadas em cobre alcançaram uma ef iciência maior do que suas células de referência com contatos de prata tradicionais

“Graças à combinação equilibrada de pasta de prata-cobre [mostrada aqui em imagem de microscópio eletrônico] na parte frontal e pasta de cobre puro na parte traseira em conjunto com um processo de impressão de linha f ina otimizado, fomos capazes de produzir células solares de heterojunção de silício altamente ef icientes com um consumo mínimo de prata de apenas 1,4 milig ramas de prata por watt de pico”, disse o pesquisador associado do ISE, Sebastian Pingel

O resultado da pesquisa faz parte do projeto conjunto “HIT - Formas de impressão inovadoras de alta qualidade para a metalização de células solares de heterojunção de silício”, f inanciado pelo Ministério Federal da Economia e Proteção Climática da Alemanha O fabricante de células e módulos solares Meyer Burger Germany GmbH está envolvido no projeto como parceiro industrial

MTR Solar cria divisão para retrofit de solares

AMTR Solar, distribuidora de equipamentos fotovoltaicos, criou uma divisão especializada em retrof it de usinas solares cujo objetivo é oferecer soluções completas de moder nização e atualização de equipamentos, além de otimização de layouts. Segundo comu-

nicado, a empresa tem mais de 4 GWp instalados em equipamentos, atendendo a mais de 1 200 usinas, com mais de 2,2 milhões de módulos instalados.

O fer ta inclui subst ituição de inversores e peças oxidadas, atualização de módulos, implementação de análise de dados e integração com bater ias

A oferta inclui troca de inversores antigos por modelos mais ef icientes e moder nos, atualização de módulos fotovoltaicos, implementação de softwares de análise de dados e IoT para monitoramento em tempo real, além de integ ração com sistemas de armazenamento de energia e substituição de peças metálicas oxidadas e comprometidas

Com sede em Barueri, SP, e fábrica em Juiz de Fora, MG, a MTR oferece soluções completas para usinas, incluindo trackers, estruturas f ixas, sistemas de monitoramento por inteligência artif icial, inversores e soluções para o setor ag rícola com usinas of fgrid com baterias “A moder nização de componentes, como inversores, painéis e sistemas de monitoramento e estruturas permite recuperar a produtividade original da usina, além de reduzir custos de manutenção e evitar investimentos em novas instalações”, disse o CEO da MTR Solar, Thiago Rios

Senai e TotalEnergies inauguram usina para pesquisas

OInstituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e a TotalEnergies, empresa de energia integ rada (óleo, gás e renováveis), inau-

guraram uma usina fotovoltaica piloto para realizar estudos sobre o impacto de eventos extremos na geração de energia solar Com investimentos de R$ 5,4 milhões e o envolvimento de 17 pesquisadores, o projeto de pesquisa & desenvolvimento é f inanciado através da cláusula da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que tem por objetivo promover o desenvolvimento de pesquisa e novas tecnologias para o setor Instalada no Hub de Inovação e Tecnologia do Senai-RN, em Natal, complexo que sedia o ISI-ER, a usina tem 380 módulos monofaciais e bifaciais, com diferentes tecnologias de células fotovoltaicas (para análises comparativas), instalados em uma área de 4,4 mil metros quadrados e somando capacidade 200 kWp A estrutura de f ixação e os tipos de inversores também variam, para permitir avaliação sobre ef iciência e adaptação de cada conf iguração e análises detalhadas do comportamento dos sistemas de conversão de energia

to, em que época do ano é mais comum e que consequências traz ao setor Para tanto, conta também com uma estação meteorológica de última geração e um laboratório de ensaios normatizados. A estação é equipada com sensores de medição e instrumentos para monitoramento da irradiância solar, temperatura, distribuição espectral e caracterização das nuvens “A usina piloto está completamente conf igurada para trazer informações a respeito [da sobreirradiância]”, disse em comunicado a pesquisadora líder do Laboratório de Energia Solar do ISI-ER e coordenadora do projeto, Samira Azevedo

Desde 2018 o Senai vem desenvolvendo estudos que identif icam a sobreirradiância no Rio Grande do Norte, mas é a primeira vez que a instituição terá uma linha de pesquisa específ ica e um laboratório construído e dedicado para estudar esse fenômeno A infraestrutura está em fase f inal de execução para início da operação A energia gerada vai abastecer os principais laboratórios do ISI-ER, contribuindo para a redução de custos operacionais e a sustentabilidade das atividades de pesquisa.

Um dos fenômenos que serão investigados na usina-piloto, a sobreirradiância ou irradiância extrema, tem afetado g randes usinas de geração em todo o País, causando danos aos equipamentos por superaquecimento O fenômeno ocorre quando, após a passagem de nuvens, os raios solares se concentram em uma área específ ica da usina fotovoltaica, gerando pontos quentes danosos.

O projeto pretende responder a questões sobre a frequência do even-

Preço da energia solar residencial sobe 5%

Apesar de ter caído na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o preço da energia solar residencial teve elevação de 5% no valor médio nos primeiros três meses de 2025 em cotejo com o trimestre imediatamente anterior, segundo levantamento da Solfácil O aumento recente foi de R$ 2,46/Wp, no último trimestre de 2024, para R$ 2,57/Wp neste, o que segundo a Solfácil foi puxado pelo aumento no custo dos equipamentos, iniciado no f im do ano passado

Os dados fazem parte de indicador trimestral da empresa, que atua em f inanciamento e distribuição de equipamentos para o setor. Por outro lado,

Instalação de estudos sobre eventos extremos integra ainda estação meteorológica e laboratór io de ensaios nor mat izados

Condutores 2 5mm2 a 6mm2

Diâmetro externo condutor 4,7 a 7mm

Faixa de Temperatura Ambiente -40°C a +85°C

Temperatura Máxima Limite 120°C

Grau de Proteção (IP) IP68

Classe de Proteção/Segurança II

Classe de Sobretensão III

Tipo de Conexão Crimpagem

Material de contato Cobre Estanhado

Material de isolamento PA

Tensão nominal (Vdc) 1500V

Corrente Nominal 2,5/4/6mm2 25A/35A/45A

Classe de chamas (flamabilidade) UL94: V-0

O conector KSE K4 é usado para conexão serial segura e simples de módulos solares fotovoltaicos, em uma única solução atende condutores de 2,5 a 6mm2 Por possuir moderna tecnologia de produção, sistema de conexão multicontato, componentes e matéria-prima de alta qualidade, oferta alta estabilidade e segurança nas conexões para todo o sistema.

Na comparação com o mesmo per íodo do ano passado, porém, houve queda de 7 % Aumento atual é creditado ao maior custo dos sistemas

segundo o acompanhamento, no primeiro trimestre de 2024 o preço médio da energia solar era de R$ 2,76/Wp, ou seja, os sistemas neste ano ainda estão cerca de 7% mais baratos.

A maior variação no período foi registrada na região Norte, onde os preços subiram 9%, atingindo média de R$ 2,82/Wp o maior valor do País Na outra ponta, o Centro-Oeste apresentou o menor valor médio nacional, de R$ 2,50/Wp, mesmo após avanço de 6% no período No Nordeste, a média é de R$ 2,53/Wp; no Sudeste, R$ 2,56/Wp; e no Sul, R$ 2,58/Wp

Na análise da Solfácil, com o mercado mais competitivo, as empresas integ radoras têm dif iculdade em repassar integ ralmente os reajustes ao consumidor f inal Em muitos casos, os prof issionais optam por manter os preços para fechar novos contratos, o que pressiona as margens de lucro.

Com base em dados da Aneel, a Solfácil também identif icou que neste ano 81% do total das novas instalações de GD solar foram para residências, o maior percentual desde 2019 Mesmo com o crescimento no número de instalações, a potência total instalada caiu 22% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado.

MMGD cresce 2,13 GW no 1º trimestre

Apenas neste ano, até março, foram acrescentados 2,13 GW em micro e miniusinas de geração

distribuída (MMGD) no País, aponta acompanhamento da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica. Isso signif ica que aproximadamente 300 mil imóveis, entre residências, comércios, indústrias e fazendas, passaram a contar com créditos de compensação de energia no período Em março, cerca de 56 mil usinas foram instaladas, reunindo potência de 584,36 MW. Desse total, a imensa maioria foi da fonte solar fotovoltaica, com 55.707 micro e miniusinas. Completam a lista uma usina eólica e uma termelétrica a biogás de resíduos sólidos urbanos

O estado de São Paulo foi o destaque no trimestre, tanto em número de sistemas instalados quanto em potência, com 31 616 novas usinas em operação, totalizando 273,88 MW Goiás foi o segundo em expansão de potência em MMGD, com 223,29 MW, seguido de Minas Gerais, com 205,52 MW Em quantidade de instalações, Minas f icou em segundo lugar, com 16 793 novas usinas, seguida pelo Mato Grosso, com 14.864 instalações.

Segundo dados da agência (de 15 de abril), o Brasil soma 38,5 GW em MMGD, com 3,41 milhões de sistemas conectados à rede de distribuição, sendo 38,2 GW da fonte solar fotovoltaica. Os consumidores residenciais respondem por aproximadamente 80% das usinas em operação (2,7 milhões), o comércio representa 10% das usinas (340,83 mil), e a classe rural por 8,61% das usinas em operação (292,71 mil).

Com imensa maior ia de micro e miniusinas solares, mais 300 mil imóveis passaram a ser bene ciados com os créditos de compensação

Thopen vai instalar projetos solares

AThopen, empresa de geração e comercialização de energia no mercado livre fundada em março pela Pontal Energy, captou R$ 90 milhões em emissão de debêntures incentivadas para f inanciar projetos de usinas solares fotovoltaicas nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Ceará A previsão é que as usinas entrem em operação já em setembro deste ano

A s usinas serão instaladas em seis estados e somarão 2 7,9 MWp

Todas as usinas contempladas no planejamento de investimento somarão capacidade aproximada de 27,9 MWp Os projetos serão os de Rondonópolis, Diamantino e Canarana 2, em Mato Grosso, e de Aparecida do Taboado, no Mato Grosso do Sul Em São Paulo, os locais escolhidos são Monte Aprazível e Bernardino de Campos No Espírito Santo, serão as usinas Fazenda Córrego do Sapucaia e Fazenda Primavera Completam a lista as UFVs Colorado e Umuarama, no Paraná, e Sítio Bonfim, no Ceará

“Esse aporte será muito importante para os planos de expansão da Thopen Pretendemos investir mais de R$ 2 bilhões na plataforma até 2027”, disse o CEO da Pontal Energy e da Thopen, Gustavo Ribeiro As duas empresas juntas têm em operação, entre usinas solares e eólicas, um total de 608 MW de potência instalada Além disso, há pipeline de projetos greenfield que somam mais de 1 GW Em geração distribuída, a capacidade total instalada é de 163 MWp

A Thopen faz ainda a gestão de 250 mil unidades consumidoras no mercado livre e está construindo 40 novas

usinas de GD, que aumentarão a capacidade total de geração de energia renovável para 300 MWp

Fusões e aquisições crescem

25% no setor FV

Omercado de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) do setor fotovoltaico manteve o ritmo de aceleração nos três primeiros meses de 2025, com 15 novas transações monitoradas crescimento de 25% em relação ao mesmo período de 2024. É o que mostra o novo “Boletim M&A” produzido pela Greener com base em monitoramento de transações públicas

G eração centralizada registrou mais que o dobro das transações realizadas no mesmo per íodo do ano passado, aponta bolet im da Greener

Segundo comunicado, a geração centralizada (GC) protagonizou sete das oito transações envolvendo usinas, mais que o dobro do registrado no primeiro trimestre de 2024 No total foram negociadas 42 usinas, somando GC e geração distribuída (GD), acumulando 1,1 GWp de potência

Ainda de acordo com o levantamento, 43% das transações entre empresas são aquisições de companhias de ser viços de energia, como automação, monitoramento, infraestrutura, smart grid e IoT (Inter net das Coisas) Sobre o perf il das investidoras, 58% atuam com geração e/ou comercialização de energia.

A consultoria destaca ainda o que seria um novo momento do mercado,

marcado por transações com motivações “cada vez mais estratégicas”

Para Nat han da Rosa, consultor de negócios da Greener, “2025 começou com expressiva movimentação, com os players investindo em reestruturação de portfólios e buscando oportunidades estratégicas”

Solar centralizada contratou 5,4 GWp em 2024

Omercado de geração solar centralizada movimentou mais de R$ 14,5 bilhões em investimentos entre março de 2024 e fevereiro de 2025, segundo o Estudo Estratégico GC, da consultoria especializada Greener Isso representou 5,4 GWp em contratos fechados por fabricantes de módulos, volume próximo ao registrado no período anterior, de 5,5 GWp em contratos, identif icados na edição do ano passado do estudo Mesmo que em 2024 tenha havido aumento de 51% na implantação de usinas centralizadas, a expectativa para este ano não é positiva, na avaliação da consultoria Isso porque durante o período entraram de fato no país 5,1 GWp de módulos fotovoltaicos, o que representou retração de 18% sobre 2023, quando foram importados 6,2 GWp

Apesar de ter movimentado R$ 14,5 bil hões, expectat iva para 202 5 é a fetada por preços baixos de energia e pelo cur tailment, aponta estudo da Greener

Para o CEO da Greener, Marcio Takata, há uma combinação de fatores que explicam a baixa na importação e, consequentemente, o provável efeito negativo na viabilização de novas usinas “A combinação de preços de energia próximos ao piso e o ag ravamento

do curtailment, que é a restrição na entrega de energia gerada, são fatores que têm adiado novos investimentos e impactado a atratividade de novos empreendimentos”, disse.

O estudo identif icou 17,1% de curtailment médio nos conjuntos solares entre abril de 2024 e março de 2025, o que demonstra perdas na geração esperada e amplia a percepção de risco entre investidores, exigindo maior atenção à viabilidade técnica dos projetos, segundo a análise da consultoria

O mapeamento da Greener identif icou ainda 2,4 GWp de contratos de PPA solares e projetos de autoprodução no período, em um total de 15,8 GWp acumulados, sendo 90% referentes à autoprodução por equiparação Tem-se aí um possível novo fator com potencial para inibir investimentos, tendo em vista que na reforma do setor elétrico proposta pelo MME a autoprodução por equiparação sofrerá restrições

O Brasil alcançou 54,6 GW de capacidade instalada na fonte solar fotovoltaica, sendo que a geração centralizada representou 32% do total, atingindo 17,3 GW, um crescimento de 44% em relação a fevereiro de 2024

Sudene libera recursos para solar da EDP

Foram liberados R$ 109 milhões do FDNE - Fundo de Desenvolvimento do Nordeste, recursos administrados pela Sudene – Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, para as unidades II, III, IV e V da central geradora fotovoltaica Monte Verde, da EDP Renováveis, que estão sendo instaladas nos municípios de Lajes, Pedro Avelino e Jandaíra, no Rio Grande do Norte. O valor se refere à segunda parcela do f inanciamento para a instalação do empreendimento Os quatro parques da Monte Verde receberão um investimento de R$ 914,5 milhões, sendo que R$ 411 milhões devem ser f inancia-

dos pela Sudene, por meio do FDNE

O agente operador do f inanciamento, aprovado em 2021, é o Banco do Brasil

A potência instalada das centrais geradoras, juntas, será de 181,1 MW, com geração anual estimada em 464 mil MWh, o que seria o equivalente para abastecer mais de 192 mil residências

A expectativa da EDP é gerar 260 postos de trabalhos nas obras, sendo 112 na etapa de implantação e 148 quando as usinas estiverem em plena operação

Inversores da Ingeteam são validados pelo ONS

AIngeteam, fabricante de inversores, foi a primeira empresa a receber validação do ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico para um modelo matemático específ ico para usinas fotovoltaicas, voltado para garantir a operação de UFVs de forma segura e integ rada à rede elétrica e permitir simulações em diferentes cenários

A validação consta do relatório de análise de perturbação RAP-ONS 0012/2023, que incor porou o primeiro modelo matemático para usinas foto-

voltaicas. Em revisão de dados de janeiro de 2025, o modelo representa todos os inversores atualmente implantados da Ingeteam, mais especif icamente as plataformas Ingecon SUN series B e C, a família de inversores e de PPC que compreende 21% da potência instalada de geração fotovoltaica no horizonte de curto prazo

No total, o modelo validado e parametrizado de acordo com os dados encaminhados ao ONS pelos agentes operadores foi associado a 2 098 MW, o que corresponde a 84,6% da potência dos parques que possuem o equipamento da Ingeteam

Segundo comunicado da empresa, a validação dos modelos traz benefícios como conformidade regulatória, segurança operacional, otimização da geração de energia e maior credibilidade para investimentos Por outro lado, a ausência da aprovação pode resultar em restrições operacionais, riscos de desconexão, incertezas na geração e prejuízos f inanceiros

Energia solar beneficia 20 mil indígenas

Apartir da retomada em agosto de 2023 do prog rama federal Luz Para Todos, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, até março deste ano, 7 245 unidades consumidoras foram instaladas em terras indígenas, benef iciando cerca de 30 mil pessoas em oito estados O Mato Grosso, onde se localiza o Parque Indígena do Xingu, lidera a implementação, com 8 800 indígenas atendidos Na sequência, destacam-se Roraima, com 7 460 benef iciários, e o Acre, com 4 656

utilizada é por meio de sistemas solares fotovoltaicos com baterias de armazenamento Segundo dados do MME, mais de 20 mil indígenas já foram atendidos por meio dessas soluções Os demais, pouco mais de oito mil, tiveram atendimento por extensão de rede de distribuição elétrica (postes e transformadores)

Segundo comunicado do MME, com a chegada da energia solar, aldeias indígenas passaram a contar com Unidades Básicas de Saúde (UBS), escolas com iluminação, além de passarem a ter conser vação de alimentos e acesso a meios de comunicação.

Armor inicia operação de GD compartilhada

AComo a maior parte das áreas abarcadas pelo prog rama são de difícil acesso, inviáveis para extensão da rede elétrica convencional, a estratégia mais

Armor, comercializadora de energia, iniciou a operação da usina solar fotovoltaica de Guapó, no município de mesmo nome em Goiás Voltada para geração distribuída compartilhada, para clientes comerciais e industriais do estado, dentro da área de concessão da Equatorial, a usina tem 1,34 MWp em corrente contínua, com 2 046 módulos fotovoltaicos instalados em estrutura f ixa.

A expectativa, segundo o diretor executivo da Armor, Fred Menezes, é a UFV Guapó gerar cerca de 2 191 MWh por ano, o suf iciente para abastecer 900 residências A implantação e a gestão da usina são de responsabilidade da empresa Essencial Engenharia, também sócia do empreendimento.

O programa federal de universalização de energia em áreas remotas cr iou 7 245 unidades consumidoras em ter ras indígenas desde 202 3, quando foi retomado
A validação representa todos os inversores atualmente implantados pela empresa no Brasil
A segunda parcela do nanciamento do FDNE para o projeto Monte Verde, no Rio Grande do Nor te, envolve R$ 109 mil hões

DAH Solar mira aumento de vendas na América Latina

AO município de Guapó está localizado às margens da BR-060, rodovia que conecta Goiânia a importantes polos econômicos, como Brasília e diversas regiões do Centro-Oeste “Nosso objetivo com a UFV Guapó é não apenas reforçar a matriz energética renovável, mas também impulsionar a economia local, gerando empregos e novas oportunidades de desenvolvimento para a região”, disse Menezes

A UFV Guapó é o segundo parque fotovoltaico da Armor Em outubro de 2024, a empresa f irmou uma parceria com a Lemon para a destinação da energia gerada pela UFV Artur Nogueira, no interior de São Paulo, usina com 2,77 MWp de capacidade instalada, que pode for necer eletricidade suf iciente para atender aproximadamente 400 empresas de pequeno e médio porte

DAH Solar, fabricante chinesa de módulos solares fotovoltaicos, fechou 2024 com recorde de vendas no Brasil. Segundo a empresa, foram comercializados no ano 1,46 milhão de módulos, totalizando 1,3 GW em vendas Além de manter seu ritmo de crescimento no país, a DAH tem também meta de expandir seu faturamento em toda a América Latina. Sob a gestão da f ilial brasileira, a meta para 2025 é aumentar o faturamento latino-americano em 15%, com 80% desse crescimento proveniente do Brasil “Para 2025, nossa meta é alcançar 4 GW, com a venda estimada de cerca de 1 milhão de equipamentos adicionais ao longo do ano ” , disse o

diretor regional para Brasil e Latam, Felipe Santos

Para Santos, entre 2019 e 2024 a unidade brasileira registrou um crescimento de 780% no volume de módulos comercializados, alcançando mais de 6 milhões de equipamentos, o que representa 3,46 GW de potência O Brasil é o maior mercado da DAH fora da China, respondendo por 30% do faturamento global da companhia

Para ampliar sua presença na América Latina, a DAH aposta na venda de kit completo que inclui módulos solares e microinversor e módulo solar sem borda frontal que, segundo a empresa, oferece melhor desempenho e praticidade Ambas as soluções são patenteadas A f ilial brasileira tem sede em Campinas, SP

Notas

Inauguração de usina - A Celesc inaugurou recentemente a usina solar fotovoltaica Videira, no município de mesmo nome no meiooeste do estado de Santa Catarina. Com 1 MW de potência instalada, o empreendimento de geração distribuída envolveu investimento de R$ 4,8 milhões. A usina, cons-

Usina de 1, 3 4 MWp atenderá com créditos de compensação clientes comerciais e industr iais em G oiás
Fabr icante chinesa fechou 2024 com recorde de vendas no Brasil, que deve representar 80 % da projeção de crescimento na Amér ica L at ina em 202 5

truída pela Quantum Engenharia, vai ter seus créditos de compensação de energia destinados para abatimento nas faturas de escolas estaduais, com expectativa de economia com os gastos de até 10% A obra foi f inanciada com recursos subsidiados pelo BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

Operação de UFV - A Fictor Energia iniciou a operação da usina solar fotovoltaica Futuro II, segunda do cluster Goiás, localizada em Águas Lindas de Goiás, na região metropolitana do Distrito Federal. A usina de 5,5 MWp de potência tem capacidade de geração de 11 752,08 MWh por ano, equivalente ao consumo anual de 6.434 residências. O empreendimento opera na modalidade de geração distribuída compartilhada e vai gerar créditos de compensação principalmente para consumidores da área de concessão da distribuidora Equatorial Goiás Há a expectativa de atendimento principalmente de empresas do ag ronegócio

Sócio para complexo solar - A Minasligas, produtora de ferroligas e silício metálico, entrou como sócia autoprodutora no parque fotovoltaico Sol de Jaíba, da Auren Energia, instalado no município de Jaíba, no norte de Minas Gerais O acordo inclui um contrato de compra de energia (PPP, na sigla em inglês) com duração de 15 anos Em regime de autoprodução por equiparação, o contrato atenderá o consumo da unidade fabril da Minasligas em Pirapora, Minas Gerais, e ainda envolve a aquisição de certif icados de rastreabilidade de energia renovável, os I-RECs, emitidos pela produção da energia solar do parque fotovoltaico com potência instalada de 629 MW Para 2025, o contrato prevê for necimento de 22 MW médios para a metalúrgica e, a partir de 2026, o volume se eleva para 33 MW médios, até 2040

Controle de qualidade - A Enertis Applus+, empresa global de consultoria de engenharia nos setores de energia renovável e armazenamento, foi selecionada pela Casa dos Ventos para for necer ser viços de garantia de qualidade e controle de qualidade (QAQC) na origem para quatro projetos solares no Brasil A Enertis Applus+ validará as matérias-primas a lista de materiais (ou BOM, de bill of materials) para módulos solares fotovoltaicos e realizará auditorias de fábrica para avaliar o processo de produção e os sistemas de gerenciamento de qualidade Além disso, vai super visionar o processo de fabricação e também estará presente nos testes de aceitação de listas de materiais e lotes de produção e monitorará o carregamento de contêineres para verif icar o desempenho e a segurança dos componentes antes do embarque.

D e s a f i o s d a e n e rg i a

s o l a r p a ra l i d e ra r

a g e ra ç ã o

Aimportância da descarbonização da economia mundial tem colocado as fontes renováveis num lugar de destaque como a base para um futuro energético mais limpo Nesse cenário, a fonte solar já desponta como a mais sustentável em diversas regiões do mundo No Brasil, que possui um dos mais altos níveis de radiação solar, especialmente no Nordeste, a energia fotovoltaica tende a assumir um papel central na expansão da capacidade instalada, com expectativa de se tor nar a principal fonte da matriz elétrica brasileira entre 2040 e 2050 Atualmente, ela já é a segunda maior, com mais de 55 GW de capacidade instalada, o que corresponde a cerca de 22% de participação no setor elétrico nacional Deste total, aproximadamente dois terços provêm da geração distribuída (GD), principalmente sistemas de pequeno e médio porte instalados em telhados residenciais, comerciais e propriedades rurais E o terço restante está concentrado em g randes usinas fotovoltaicas, majoritariamente localizadas na região Nordeste, que responde por cerca de 70% da geração centralizada solar do País.

Dada a importância da região Nordeste no cenário de expansão

da energia fotovoltaica no Brasil, foi realizada em abril em Fortaleza, CE, mais uma edição da Intersolar Summit Brasil Nordeste O evento discutiu desaf ios e oportunidades do segmento no contexto atual e futuro. Um dos principais temas debatidos foram os obstáculos regulatórios, operacionais e estruturais revelados pela rápida ampliação da fonte, com destaque para os cortes de geração (curtailment) em função de limitações na malha de transmissão, especialmente no Nordeste, e a consequente insegurança jurídica em tor no do ressarcimento aos geradores

Segundo Joaquim Rolim, gerente de desenvolvimento sustentável da FIEC - Federação das Indústrias do Estado do Ceará, e um dos palestrantes do evento, enquanto a média mundial de corte de energia gerada gira em tor no de 1,5% a 4%, no Brasil, esse índice sempre foi muito inferior: de 0,3% a 0,6% Porém, após o apagão de 15 de agosto de 2023, o ONS - Operador Nacional do Sistema revisou seus procedimentos operacionais, adotando

São evidentes os avanços da energia solar no Brasil, mas sua consolidação como pr incipal fonte elét r ica até 2050 demanda ajustes regulatór ios e est r ut urais plei teados pelos agentes do setor Ent re as pr incipais questões estão os cor tes de geração e a necessidade de crescimento de demanda para atender projetos de hidrogênio verde e d at a centers, e exibilidade da rede elét r ica por meio de sistemas de ar mazenamento

Joaquim Rolim (FIEC): “O empresár io, que tomou decisões com base em uma média de cor te infer ior a 1%, agora se vê diante de perdas de até 9 %, sem ter como prever esse cenár io no planejamento do seu projeto”

uma postura mais conser vadora, o que fez o índice de corte saltar para 3,6% ainda em 2023 Em 2024, a média de corte ficou em torno de 9% da energia gerada “Isso se tor nou insustentável para o investidor. Af inal, o empresário que tomou decisões com base em uma média de corte inferior a 1%, agora se vê diante de perdas de até 9%, sem ter como prever esse cenário no planejamento do seu projeto O impacto é claro: muitos empreendimentos estão operando no vermelho, com receita comprometida e inviabilidade econômica de projetos”, alertou Rolim Na sua apresentação, Rodrigo Sauaia, presidente da AbsolarAssociação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, af irmou que, em relação ao ressarcimento pelos cortes, “existe um descompasso entre o que está previsto na lei e o que está sendo aplicado na regulamentação”. Ele alega o descumprimento da Lei nº 10 848, de 2004, que estabelece que “usinas solares,

Jucele Reis, enviada a Fortaleza

Rodr igo Sauaia (Absolar): “Se houvesse linhas de t ransmissão su cientes, essa energia limpa e mais barata ajudar ia a reduz ir os custos para os consumidores em vez de ser subst it uída por geração ter melét r ica, mais cara e poluente”

eólicas ou de qualquer outra fonte que tiverem sua geração interrompida por fatores exter nos e fora de sua responsabilidade devem ser ressarcidas por meio de encargos do sistema, pagos pelos consumidores”

“Trata-se de um procedimento tradicionalmente aplicado às usinas termelétricas, sem questionamentos por parte da Aneel Então, no caso da energia solar e eólica, a reg ra não pode ser diferente, senão cria-se falta de previsibilidade e risco de judicialização”, disse

Já Eduardo Rêgo, diretor de O&M da Voltalia, explicou em sua fala que o problema surgiu com uma mudança regulatória, que passou a classif icar o curtailment em três categorias (elétrico, conf iabilidade e energético) e limitou o ressarcimento à razão elétrica, que hoje, segundo ele, representa a menor parte dos cortes enfrentados pelos geradores “Os maiores impactos vêm dos cortes por conf iabilidade, que não têm cobertura de ressarcimento atualmente Essa distorção precisa ser corrigida para que o ambiente de negócios volte a ser conf iável. O investidor precisa de reg ras claras, previsibilidade e segurança jurídica para medir corretamente os riscos, incor porá-los no seu modelo f inanceiro, e precif icar sua energia de forma adequada”, ressaltou Sauaia relatou que há usinas sofrendo cortes de 30% a 60% em seu faturamento mensal, tor nando a operação inviável e ameaçando a sobrevivência f inanceira dessas empresas A

Absolar, em conjunto com geradores eólicos, entrou na Justiça para pleitear o ressarcimento “Acreditamos que há base jurídica sólida para vencer essa disputa no mérito. No entanto, o tema exige urgência Hoje, o maior desaf io é o tempo, pois muitas empresas não têm fôlego f inanceiro para suportar a espera e correm o risco de encerrar suas atividades”, alertou

O MME - Ministério de Minas e Energia reconheceu o problema e criou um g rupo de trabalho para avaliar soluções emergenciais De acordo com Rêgo, da Voltalia, esse esforço está focado em três frentes principais: no curto prazo, estudos em andamento pelo ONS para mitigar os cortes; no médio e longo prazo, avaliações relacionadas ao modelo de ressarcimento aos geradores, a f im de garantir segurança regulatória e previsibilidade para o investidor; e revisão das reg ras atuais para compatibilizar a realidade operacional com os instrumentos legais de proteção ao investimento

Estimativas da Absolar apontam que o prejuízo acumulado ultrapassa R$ 1 bilhão apenas entre as usinas solares, e mais R$ 1 bilhão das usinas eólicas A Aneel admite que o pagamento do ressarcimento f inanceiro pode impactar a tarifa de energia para o consumidor Porém, segundo Sauaia, o valor de R$ 2 bilhões (dividido entre solar e eólica) resultaria em um aumento de 0,38% na conta de luz. Segundo o presidente da Absolar, o principal problema dos cortes é a falta de capacidade de escoamento e a necessidade de ajustar o despacho das usinas, tor nando-o menos restritivo e mais ef iciente “Se houvesse linhas de transmissão suf icientes, essa energia limpa e mais barata ajudaria a reduzir os custos para os consumidores em vez de ser substituída por geração termelétrica, mais cara e poluente”, disse. Outro ponto crucial, de acordo com ele, é a falta de transparência nos dados sobre os cortes realizados

pelo ONS, que gera incertezas para os agentes do setor “Além disso, é essencial aumentar a demanda no Nordeste, por meio de investimentos em data centers, hidrogênio verde e g randes indústrias eletrointensivas, o que poderia diminuir a necessidade de transmissão de energia para outras regiões do Brasil”, conclui.

Aumento da demanda no Nordeste

Dados compartilhados durante o evento indicam que atualmente a capacidade de intercâmbio de energia elétrica entre o Nordeste e o Sudeste gira em tor no de 15 a 17 GW A EPEEmpresa de Pesquisa Energética prevê dobrar esse volume nos próximos cinco anos, chegando a cerca de 34 GW, em decorrência da entrada em operação das linhas de transmissão já contratadas em leilões e que hoje estão em fase de construção. Embora seja considerado um avanço importante para a exportação de energia do Nordeste para o Sudeste, especialistas ressaltam que se trata de um processo de médio a longo prazo Por isso, eles defendem a ampliação da demanda por energia no Nordeste, a f im de garantir a viabilidade dos empreendimentos renováveis enquanto a infraestrutura de transmissão não é totalmente expandida.

Setores consumidores estratégicos como hidrogênio verde, data centers e indústrias eletrointensivas são apontados como caminhos para internalizar o consumo no Nordeste, reduzindo a dependência da transferência interestadual de energia “A saída estratégica está em relocalizar a carga próxima à geração, quebrando o paradigma histórico brasileiro de longas distâncias entre geração e consumo ” , af irma Eduardo Rêgo, da Voltalia. Segundo ele, ao atrair carga qualif icada para regiões de alta oferta renovável como o Nordeste é possível re-

duzir a necessidade de g randes obras de transmissão de longa distância; aliviar os pontos de estrangulamento da malha atual; evitar curtailment; e viabilizar economicamente projetos de infraestrutura elétrica de menor porte, mas de alto impacto local

Data centers

Segundo Camila Ramos, CEO da Cela – Clean Energy Latin America, o setor de data centers deve dobrar sua demanda de energia entre 2025 e 2035, impulsionado principalmente pela expansão da inteligência artif icial “Atrair data centers conf igura uma g rande oportunidade para o Brasil, que tem bastante energia renovável, abundante e competitiva, principalmente no Nordeste”, af irmou em sua palestra no Intersolar Summit Brasil Nordeste Segundo ela, data centers têm sido os principais compradores de energia solar no longo prazo de geração centralizada, tendo contratado, no ano passado, 203 MW médios de energia renovável, seguido pela indústria metalúrgica e pela mineração.

De acordo com Marcos Junior Soares de Lima, da Enel Distribuição, até junho do ano passado, apenas considerando os estados do Ceará, São Paulo e Rio Grande do Sul, havia cerca de 2,6 GW de solicitações em andamento para projetos de data centers “Em apenas quatro meses, esse número saltou para 9 GW, considerando um panorama nacional É um crescimento exponencial, que mostra como a digitalização e as novas tecnologias estão pressionando o sistema elétrico por mais capacidade”

Hidrogênio verde

de hidrogênio verde. “As usinas de geração renovável geralmente variam de dezenas a centenas de megawatts, enquanto os projetos de hidrogênio verde partem da escala de megawatts e podem chegar facilmente a dezenas de gigawatts”, ressaltou Lima Segundo ele, essa característica gera um problema para o planejamento setorial, que em função de seu ciclo mais longo e estruturado, não consegue acompanhar a velocidade de evolução desses projetos “Como equilibrar um planejamento de longo prazo, baseado em tendências g raduais, com a entrada repentina de empreendimentos de altíssimo impacto elétrico?”, questionou.

Além disso, ele alertou que, diferentemente da geração renovável tradicional, em que a infraestrutura de rede pode ser reaproveitada por outros projetos caso algum deles não avance, nas cargas de g rande porte o cenário é bem distinto, porque os investimentos necessários para viabilizar a conexão são muito altos, e a demanda é altamente localizada “Se um empreendimento não se concretizar, o risco é de se criar uma infraestrutura ociosa e subutilizada, o que compromete a ef iciência do investimento público e privado”. Diante disso, de acordo com Lima, estão em discussão na Aneel e EPE novas formas de garantir segurança técnica e regulatória para esses acessos

Marcos Junior Soares de Lima (Enel): “A digitali zação e as novas tecnologias estão pressionando o sistema elét r ico por mais capacidade”

Outra promessa de expansão da demanda de energia são os projetos

Segundo Camila Ramos, da Cela, o País já contabiliza 108 projetos de hidrogênio verde e seus derivados, anunciados até o f inal de abril Desse total, 42 foram divulgados apenas nos anos de 2024 e 2025, o que demonstra que o ritmo de anúncios segue acelerado “A capacidade de eletrólise anunciada nesses projetos embora

nem todos divulguem essa informação já chega perto de 90 GW, o que é bastante significativo Em termos de investimentos, os projetos que revelaram seus números somam R$ 441 bilhões em aportes anunciados”, destacou De acordo com Joaquim Rolim (FIEC), no caso específ ico do Ceará, o potencial de demanda projetada pelo segmento de hidrogênio verde é de 8,5 GW até 2038 Só nos próximos anos, a expectativa já é de aproximadamente 4,8 GW de demanda.

Do total de projetos mapeados pela Cela, 71 são iniciativas de escala comercial, voltadas para operação em larga escala. Outros 22 são voltados à pesquisa e desenvolvimento (P&D) e 15 estão em estágio inicial A maioria (59) pretende atender o mercado doméstico, enquanto 45 têm foco na exportação Ao todo, 56 projetos apresentaram algum avanço nos últimos 12 meses, segundo Ramos

Quanto aos usos f inais do hidrogênio, 60 projetos têm como foco a molécula pura de H ; 25 visam à produção de amônia verde; 6 estão voltados ao aço verde; quatro ao e-metanol e três a outros combustíveis sintéticos (e-fuels)

As projeções também indicam um mercado endereçável robusto no Brasil Até 2030, o País pode demandar cerca de 4,4 milhões de toneladas de hidrogênio por ano, com destaque para o setor de fertilizantes Para atender essa demanda potencial, estima-se que seriam exigidos 216 GW adicionais de energia solar até 2030 Em 2040, esse número saltaria para 449 GW Já Jurandir Picanço Júnior, consultor de energia da FIEC, informou que as expectativas de crescimento do setor foram ajustadas, com recuo de 20% das projeções feitas em 2020. Segundo ele, isso ref lete que desaf ios ainda precisam ser superados, como os altos custos de produção, limitações de infraestrutura e a regulamentação ainda em fase de desenvolvimento “São várias rotas tecnológicas em avaliação,

mas nenhuma ainda foi consolidada como a principal O setor depende de incentivos e subsídios para reduzir o custo adicional da descarbonização”, explicou. Atualmente, de acordo com Picanço, apenas 11% dos US$ 680 bilhões anunciados em investimentos no mundo têm decisão f inal de investimento (FID).

Ainda assim, ele acredita que as perspectivas seguem positivas, com projeções indicando queda prog ressiva nos custos Um exemplo citado foi o leilão promovido pela União Europeia, que destinou € 721 milhões em subsídios e viabilizou 1,5 GW em projetos, embora o número ainda esteja distante da meta de 40 GW até 2030

Jurandir P icanço (FIEC): “A regulamentação é o próximo passo decisivo para t rans for mar o hidrogênio verde em realidade”

No Brasil, projetos como os do Porto do Pecém (Ceará) despontam como promissores, com estimativa de investimentos superiores a R$ 21 bilhões. No Piauí, o hub do Hidrogênio também avança com duas iniciativas de g rande porte, incluindo o projeto da Solatio, com previsão de R$ 42 milhões, e o da Green Energy. Globalmente, países como Arábia Saudita, Austrália, Chile, Egito e Holanda também avançam com iniciativas de g rande porte.

No entanto, entre os desaf ios, Picanço destacou que, embora o Brasil já tenha aprovado a Lei do Hidrogênio, o setor ainda aguarda a regulamentação para destravar os investimentos Ele af irmou que a legislação prevê incentivos importantes, como créditos f iscais e regimes tributários especiais, mas nenhuma empresa deve confirmar aporte sem segurança

jurídica. “A regulamentação é o próximo passo decisivo para transformar o hidrogênio verde em realidade”, concluiu

Gustavo Silva, diretor de operações da Qair Brasil, também faz um alerta de que o Brasil corre o risco de desperdiçar seu enorme potencial no mercado global de hidrogênio verde por falta de planejamento estratégico, de coordenação nacional e de um ambiente regulatório estável Segundo ele, o País enfrenta entraves estruturais que incluem gargalos logísticos, falta de infraestrutura adequada e ausência de uma política pública unif icada. Um dos pontos centrais de sua crítica é o enfraquecimento de setores estratégicos, como a energia solar e eólica “Se eu desmantelo a energia limpa, automaticamente desmantelo a nossa oportunidade no hidrogênio”, disse Silva reforçou que o Brasil tem uma oportunidade histórica de se tor nar um player global no setor de energia, “ mas precisa querer chegar lá” “Isso exige missão, visão, valores e estratégia”, concluiu

No caso específico do Ceará, Brígida Miola, secretária-executiva da Indústria da SDE – Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Ceará, relatou que o estado acumula mais de 42 memorandos de entendimento assinados com empresas nacionais e inter nacionais para produção de hidrogênio verde no Brasil. Desse total, sete projetos estão em estágio avançado, e seis chegaram à etapa de tramitação junto ao ONS Os projetos concentram investimentos de mais de US$ 30 bilhões e demandarão cerca de 10,7 GW de energia renovável para viabilizar a produção estimada de hidrogênio e amônia

Segundo ela, o principal gargalo é a infraestrutura elétrica Ela disse que, embora o Ceará seja o segundo maior do Nordeste em linhas de transmissão, a capacidade atual está longe de suprir a futura demanda “Para mitigar essa limitação, o estado garantiu,

no último leilão federal, a implantação de mais de 3 mil quilômetros de novas linhas, mas já reconhece que será necessário ir além” Diante disso, o estado busca construir uma linha de transmissão por meio de parcerias público-privadas

Outras iniciativas para garantir o desenvolvimento do segmento no estado são investimentos em soluções hídricas, para viabilizar o reúso de água tratada da região metropolitana de Fortaleza nos processos industriais do hidrogênio, e o desenvolvimento do terminal de tancagem no Porto do Pecém, considerado essencial para armazenagem e exportação do hidrogênio convertido em amônia, uma das formas mais viáveis de transporte inter nacional do combustível

Armazenamento de energia

Outro tema discutido durante o evento foi a evolução do armazenamento de energia, considerado uma alter nativa para garantir f lexibilidade à operação do sistema elétrico De acordo com especialistas, a expectativa de um leilão de reser va de capacidade ainda em 2025 pode abrir um novo mercado, ag regando resiliência à matriz. “Estocar parte da geração re-

novável e depois escolher para usá-la em momentos de pico de consumo, é uma g rande oportunidade Um g rande risco é postergar o leilão”, af irma Camila Ramos, da Cela.

Markus Vlasits, diretor da NewCharge e presidente da AbsaeAssociação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia, alerta que o Brasil corre o risco de desperdiçar até 50 GW de energia renovável nos próximos anos por falta de infraestrutura adequada para transmissão, consumo desbalanceado e ausência de soluções de armazenamento em larga escala Baseado em dados do ONS, ele destaca que esse volume representa quase 40% do pico de carga nacional “Estamos falando da energia mais limpa e competitiva do país e mesmo assim vamos jogá-la fora”, af irmou A maior parte dessa perda deve ocorrer no Nordeste, região que concentra os principais empreendimentos solares e eólicos do Brasil.

incluir o ar mazenamento como par te essencial do planejamento energét ico nacional seja em projetos on-g r id ou of f-g r id É uma questão de est ratégia, sustentabilidade e segurança energét ica”

O problema, segundo o especialista, está no desencontro entre os horários de maior geração especialmente da energia solar, que atinge

seu pico ao meio-dia e os horários de maior demanda, concentrados no início da noite, entre 18h e 22h “Hoje, quem segura essa rampa de consumo notur no são as usinas hidrelétricas, mas essa capacidade é limitada e não deve crescer nos próximos anos ” Além disso, o crescimento acelerado da geração distribuída com cerca de 3,5 milhões de unidades geradoras, majoritariamente de microgeração tem ampliado o desaf io, segundo ele. “Como essa energia não é despachável, o sistema nacional passa a conviver com mais de 40 GW adicionais que entram e saem da rede sem controle centralizado Estamos falando de um sistema com 210 GW instalados mais 40 GW de GD que não se pode despachar. Isso já é um problema e está batendo à nossa porta”, reforçou De acordo com Vlasits, a proposta de solução do gover no para o problema tem sido a contratação de potência

Markus V lasits (Absae): “ P recisamos

por meio de usinas termelétricas, o que ele classif ica como um contrassenso “Vamos pagar até R$ 2 600 por MWh por energia térmica, enquanto no mercado livre a energia renovável custa R$ 170, R$ 180 É um paradoxo: desperdiçamos energia solar ao meiodia e ligamos uma usina cara e poluente à noite”, criticou.

O presidente da Absae também destacou que o acionamento de térmicas não é tão simples quanto se pensa “Elas exigem rampas de operação, tempo mínimo de funcionamento e, no f im, operam nove horas para cobrir uma demanda de apenas três ou quatro horas à noite. Por cinco horas, vamos substituir energia limpa por energia fóssil”, af irmou

A solução, segundo o especialista, está nos sistemas de armazenamento. “Com baterias, seria possível preservar a energia gerada durante o dia para ser utilizada nos horários de maior

demanda, reduzindo pela metade o custo total da chamada ‘ reser va de capacidade’ E mais: a tecnologia já é viável não apenas em g randes usinas, mas também para consumidores individuais”, declarou

Para ele, o momento é decisivo “Precisamos incluir o armazenamento como parte essencial do planejamento energético nacional seja em projetos on-grid ou of f-grid É uma questão de estratégia, sustentabilidade e segurança energética”.

Adalberto Campello, gerente de negócios do Grupo Moura, também defende o papel das baterias como peças-chave para o crescimento sustentável das fontes renováveis no Brasil “Sol e vento não estão disponíveis o tempo todo. É aí que a bateria entra como a principal aliada da expansão da energia limpa”, afirmou Segundo ele, a integ ração entre sistemas de armazenamento e geração

renovável já se consolidou globalmente como um caminho seguro para garantir energia barata, limpa e despachável De olho nas tendências globais, Campello obser vou que o mercado de armazenamento cresce mais de 30% ao ano no mundo “Só em 2023, foram adicionados cerca de 200 mil MWh em capacidade. Enquanto isso, o Plano Decenal de Energia (PDE) do Brasil projeta, até 2033, apenas 800 MWh um número irrisório diante das nossas necessidades e do potencial do País”, afirmou “Não há justificativa para o Brasil continuar com metas tão modestas Temos uma matriz renovável robusta, um consumo per capita ainda baixo e imensas oportunidades de ganho de eficiência”, concluiu

Da qualidade e da adequada seleção de condutores e conectores depende grande par te do desempenho dos sistemas de energia solar fo tovoltaica Este levantamento descreve a o fer ta de for necedores de cabos exíveis e cabos para conexão em sér ie de bater ias, com infor mações de seções nominais, tensões nominais e classes de encordoamento, e de conectores MC4, versões simples ou paralelo, com os dados de contato Da Redação de

Empresa/Telefone E-mail

BoreAL (12) 99114-0637

Incesa (17) 99719-5282 ccr@condumax com

Condvolt (11) 99825-3214 wanderley silva@condvolt com

KRJ (11) 97511-3110 comercial@krj

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ysmian (15) 3235-9000

Reicon (15) 99167-7000

(11) 3377-3333

Conexel (11) 98352-9842 lucas barbosa@weidmueller com

Obs.: Os dados constantes deste guia foram for necidos pelas próprias empresas que dele par ticipam, de um total de 178 empresas pesquisadas Fonte: Revista Fotovolt, maio de 2025 Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta Acesse https://www.arandanet.com.br/revista/fotovolt/guias e confira Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias Basta preencher o for mulário em www arandanet com br/revista/fotovolt/guia/inserir/

A p l i c a ç õ e s a g r o p e c u á r i a s

S i st e m a F V off-grid

c o m o b a c k u p d e e n e rg i a n a z o n a r u ra l – Pa rt e 2 *

Para solucionar o problema de inter r upções do for necimento em uma propr iedade r ural de G oiás, esta sér ie está analisando t rês di ferentes cenár ios: rede + gr upo mo togerador (GMG); rede + sistema fo tovoltaico o f f-gr id e GMG ; e rede + sistema F V o f f-gr id e bater ias Aqui se apresenta a análise nanceira de cada cenár io

A s discussões dos resultados e as conclusões serão publicada na próxima edição de FotoVolt

Conhecendo os principais custos anuais de cada conf iguração em um horizonte de 30 anos, são utilizados os indicadores f inanceiros para uma análise mais aprofundada Assim, é determinado o valor presente líquido (VLP), taxa inter na de retor no (TIR), payback descontado e custo nivelado de energia (LCOE) de cada solução, e depois esses indicadores são comparados de modo a determinar a conf iguração que apresenta melhor retor no f inanceiro para o local em estudo. Após a primeira análise f inanceira, é realizada uma análise de sensibilidade considerando variações nos principais parâmetros de cada cenário em estudo: preços de óleo diesel, de baterias, da tarifa de energia e o número de interrupções, considerando tendências do mercado nos últimos 10 anos, de modo a investigar possíveis alterações em relação aos indicadores f inanceiros encontrados

Cenário atual do estabelecimento

A principal atividade f inanceira, intimamente ligada à qualidade da energia, é a venda do leite armazenado para o distribuidor. Quando ocorre interrupção no for necimento de energia, o litro do leite, normalmente vendido a R$ 3,50, passa a ser vendido por R$3,00 (preço de “urgência”, pois não há como armazená-lo) Para o cenário atual, custos e prejuízo relacionados à venda do leite produzido e armazenado são apresentados na tabela IX [Nota do Editor: as tabelas de I a VIII estão na primeira parte deste estudo, publicada em FotoVolt nº 79, abril de 2025, págs 48 a 55]

Para determinar o custo total anual do estabelecimento são considerados

Tab IX – Preços de venda do leite e prejuízo relativo, por dia (para 500 litros diários, capacidade do tanque de resfriamento)

Preço do leite sem inter r upção R$ 3,50

Preço do leite com inter r upção R$ 3,00

Ganho sem inter r upção R$ 1 750,00

Ganho com inter r upção R$ 1 500,00

Prejuízo relativo R$ 250,00

os custos do consumo de energia em dias com e sem interrupção do for necimento e o prejuízo relativo da venda do leite (tabela X)

Análise da solução rede elétrica + GMG

Custo de operação – Considerou-se o GMG operando durante 12 horas de interrupção da rede, de 19h00 até 6h59, com for necimento de 13,86 kWh diferença atual ente o consumo da unidade sem (35,74 kWh ) e com (21,88 kWh) interrupção do for necimento O consumo de combustível apurado para o GMG é de 1,8 litro por hora. A R$ 5,79 o preço do litro de diesel, resulta um custo diário de

Tab. X – Situação atual: custo com energia (tarifa = R$ 0,77/kWh) mais prejuízo com interrupções

diário

de dias/mês

Energia elétrica sem inter r upção 35,74 kWh R$ 27,52 17 R$ 467,82

Energia elétrica com inter r upção 21,88 kWh R$ 16,85 13 R$ 219,05

Prejuízo relativo à venda do leite R$ 250,00 13 R$ 3 250,00 Total mensal

* Artigo adaptado de parte da dissertação “Aplicação de sistema fotovoltaico of f-grid como backup de energia na zona rural – Estudo de caso ” de Fer nando Car valho Assunção da Silva, apresentada ao Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal de Goiás, para a obtenção do título de Mestre em Engenharia de Produção Orientador: Prof Dr Fer nando Nunes Belchior; Coorientador: Prof Dr Marcelo Nunes Fonseca

operação de R$ 125,06. Com isso, o custo operacional anual do cenário Rede Elétrica + GMG engloba o custo da energia nos dias com e sem interrupção do for necimento, adicionado ao custo de operação do GMG nos dias com interrupção de energia Este custo operacional está apresentado na tabela XI.

Considerando uma taxa mínima de atratividade (TMA) de 15%, escolhida com base na taxa básica de juros da economia (Selic) de 13,75% [Nota do Editor: Selic vigente de 17/6/2022 a 2/8/2023, segundo o BC], adicionada ao risco do investimento, é possível obter todos os valores de 30 anos de operação em valor presente líquido (VPL), que é -R$ 210 260,29 (tabela XII)

Tab XI – Custo operacional anual no cenário rede elétrica + GMG

Custos Dias Valor

Custo rede elétrica sem inter r upção 17 R$ 467,82

Custo rede elétrica com inter r upção 13 R$ 219,05

Custo mês GMG 13 R$ 1 625,83

Custo mês energia rede 30 R$ 686,87

Custo ano energia rede R$ 8242,42

Custo ano energia GMG R$ 19 509,98

Custo total anual R$ 27 752,40

Capex – Em consultas a empresas do mercado de geradores apurou-se, para o GMG selecionado (8000T, motor 13HP 4T Trifásico, 380 V, marca Matsuyama), custo de aquisição de R$ 11 819,94 e custo de manutenção preventiva anual de R$ 2000, este considerando quatro manutenções de R$ 500 ao longo de cada ano Devido ao modelo utilizado ser de baixa complexidade, o custo de instalação não foi considerado nesta análise

De acordo com autores consultados, a vida útil do GMG é de 15 a 30 mil horas operantes Este trabalho considerou 20 mil horas e assim, com operação de 1872 horas por ano, será necessária sua troca em 11 anos.

Após o levantamento dos principais custos, é possível estendê-los para o horizonte de 30 anos. Assim, esta conf iguração apresenta investimento inicial de R$ 11 819,94, f luxo de caixa negativo de R$ 29 752,40 por ano e substituição do GMG a cada 11 anos (O f luxo de caixa negativo engloba os custos de operação, energia elétrica da concessionária, óleo diesel e manutenções )

Tab. XII – Valor presente líquido – rede elétrica + GMG

Valor do negócio - R$ 198 440,35 Investimento inicial - R$ 11 819,94

VPL - R$ 210 260,29

Como forma de analisar o retor no do investimento, é comparado o f luxo de caixa em valor presente da solução proposta com o cenário atual do estabelecimento O custo no cenário atual é de R$ 47 242,42 por ano (custo da energia da concessionária e prejuízo relativo ao preço do leite vendido, tabela X) O novo f luxo de caixa comparando com o cenário atual resulta em valor acumulado de economia partindo de -R$ 11 819,94 (para VP0), R$ 3 388,77 (VP1), R$ 16 613,73 (VP2), chegando a R$ 99 932,44 (VP30) Com isso, o payback descontado do investimento se dá em 0,48 ano.

Para o cálculo do custo da energia para o cenário rede elétrica + GMG ao longo de 30 anos, é determinada a energia for necida pela concessionária

somada à energia for necida pelo GMG nos momentos de interrupções, em todo o período Assim, considerando o custo total do investimento, o custo nivelado de energia (LCOE) da solução é R$ 0,547/kWh (tabela XIII)

Energia rede em 30 anos 321 133,08 kWh

Energia GMG em 30 anos 63 059,51 kWh VPL - R$ 210 260,29

Análise da solução rede elétrica + sistema fotovoltaico off-grid + GMG

Este cenário envolve o sistema fotovoltaico of f-grid for necendo energia durante o dia, com o GMG como fonte de backup no período notur no quando há interrupção do for necimento da rede da concessionária O sistema FV foi dimensionado com dois arranjos com 12 módulos Jinko JKM470N60HL4-V Tiger Neo cada, totalizando potência de 11,28 kWp, e dois inversores solares Growatt of f grid SPF 5000 ESG, totalizando 10 kW Por meio de simulação utilizando o software Solergo, determinou-se a cur va de geração, em um dia cuja irradiação solar apresente o mesmo valor médio apresentado na f igura 5 [N. do E.: FotoVolt nº 79, abril de 2025, pág 49], para o sistema fotovoltaico of f-grid dimensionado Na f igura 11 [N do E : f iguras 1 a 10 estão em FotoVolt nº 79, abril de 2025, págs 48 a 55], está representada a geração do sistema fotovoltaico (energia produzida), a parcela dessa energia que é consumida pelas cargas (autoconsumo) e a energia absor vida da rede elétrica

A energia que deixa de ser consumida da

Tab. XIII
Custo nivelado de energia (LCOE)
Horas
Quarta-feira, 15 de fevereiro

rede elétrica a partir da utilização do sistema fotovoltaico of f-grid soma 19,64 kWh/dia Considerando tarifa de consumo de R$ 0,77/kWh, a economia diária para o consumidor é de R$ 15,12 Os custos diários com eletricidade da rede para dias com e sem interrupção do for necimento estão na tabela XIV.

montagem. Junto a uma empresa integ radora, foi obtido custo de instalação de R$ 6140,00 e de manutenção de R$ 637,50 este consiste em limpeza dos módulos fotovoltaicos e verif icação dos componentes da instalação, a cada quatro meses Assim, os principais custos deste cenário estão resumidos na tabela XVI.

Tab. XIV – Custo diário de energia elétrica da rede (tarifa = R$ 0,77/kWh)

Consumo diário rede elétrica sem inter r upção 16,10kWh

Consumo diário rede elétrica com inter r upção 3,12kWh

Custo diário rede sem inter r upção R$ 12,39

Custo diário rede com inter r upção

O custo operacional do GMG continua o mesmo da conf iguração anterior (tabela XI) O custo operacional anual total neste cenário relaciona o custo com energia rede elétrica da concessionária no período com baixa ou ausência de irradiação, adicionado ao custo do combustível do GMG (tabela XV)

+ GMG)

Custos Dias Valor

Custo de energia (sem inter r upção) 17 R$ 210,71

Custo de energia (com inter r upção) 13 R$ 31,18

Prejuízo relativo à venda do leite 13 -

Custo GMG mês 13 R$ 1 625,83

Custo energia mês 30 R$ 2 41,89

Custo energia rede ano R$ 2 902,73

Custo energia GMG ano R$ 19 509,98

O custo de aquisição do sistema fotovoltaico off-grid (informado pelo distribuidor Aldo Solar) é R$ 50 000,18, contemplando módulos fotovoltaicos, inversores solares off-grid e estrutura de

Tab XVI – Principais custos do cenário rede elétrica + sistema fotovoltaico off-grid + GMG

Capex

Custo de aquisição GMG R$ 11 819,94

Custo de aquisição sistema FV R$ 50 000,18

Instalação sistema FV R$ 6 140,00 Opex

Manutenção preventiva GMG R$ 2 000,00

Manutenção sistema FV R$ 637,50

Substituição do GMG (a cada 11 anos) R$ 11 819,94

Substituição do inversores FV (a cada 10 anos) R$ 7 346,07

R$ 2,40

Portanto, esta conf iguração apresenta investimento inicial de R$67 960,12, f luxo de caixa negativo de R$25 050,21 por ano, substituição do GMG a cada 11 anos e substituição dos inversores a cada 10 anos De forma semelhante ao cenário anterior, o f luxo de caixa negativo se dá pelos custos de operação, ou seja, custo com energia elétrica da rede da concessionária, custo com óleo diesel no GMG (1872 horas de operação por ano) e custo com manutenções

Utilizando a mesma TMA de 15% do cenário anterior, são obtido os valores em 30 anos de operação em valor presente Então, somando-se ao investimento inicial o f luxo de caixa em valores presentes, tem-se o valor presente líquido de -R$ 238 379,30, como mostrado na tabela XVII

Analisando o retorno do investimento, compara-se o f luxo de caixa em valor presente com o cenário atual do estabelecimento (R$ 47 242,42 por ano, tabela X). Assim, o novo f luxo de caixa comparando com o cenário atual resulta em valor acumulado de economia partindo de -R$ 67 960,12 (VP0), -R$ 48 662,55 (VP1), -R$ 31 885,12 (VP2),... chegado a R$ 71 813,43 (VP30) Com isso, o payback descontado do investimento se dá em 4,43 anos

Tab XVII – Valor presente líquido – rede elétrica + sistema fotovoltaico off-grid + GMG

No cálculo do custo da energia para esta solução, é utilizada a quantidade de energia for necida pela concessionária somada à quantidade de energia for necida pelo GMG nos momentos de interrupção e a energia produzida pelo sistema fotovoltaico of f-grid ao longo de 30 anos. Considerando o custo total do investimento em valor presente, VPL, o custo nivelado de energia (LCOE) da solução é R$ 0,593/ kWh (tabela XVIII).

Análise da solução rede elétrica + sistema fotovoltaico off-grid + baterias

Nesta configuração, o sistema opera de maneira semelhante à configuração anterior, porém a fonte de backup de energia não é mais o GMG e sim o banco de baterias solares de lítio 4 × Dyness A48100 48V Litio LIFEPO4 4,8 kWh, atuando nos momentos de interrupção do for necimento da rede. O custo relacionado à energia consumida da rede da concessionária mantém-se como na tabela XIV De mesma forma, a economia da energia gerada pelo sistema fotovoltaico of f-grid segue sendo R$ 15,12

Na tabela XIX são mostrados os valores de energia por fonte de alimentação considerando o banco de baterias como backup de energia

O banco de baterias não apresenta custo de operação diária, e assim provoca economia durante as interrupções de energia: for necimento diário 12,98 kWh × R$ 0,77 (tarifa por kWh) = R$ 10,00 por dia.

Como custo operacional anual, esta solução tem apenas o custo da energia consumida da rede elétrica

Tab XV – Custo anual de energia do estabelecimento (rede elétrica + sistema off-grid
Tab XVIII – Custo nivelado da energia (LCOE)

Horas Eficiência da usina Geração solar (Wh)

equipamentos (Wh)

0 100% 0,00 1309,03 0,00

1

2

3

4

6

7 100% 2191,35 2045,03 2045,03 0,00 0,00

8 100% 3651,00 1309,03 1309,03 0,00 0,00

9 100% 5022,59 3122,36 3122,36 0,00 0,00 10 100% 6094,53 3692,36 3692,36 0,00 0,00 11 100% 6690,48 189,03 189,03 0,00 0,00

12 100% 6709,11 3709,03 3709,03 0,00 0,00 13 100% 6147,21 189,03 189,03 0,00 0,00

16 100% 2281,17 2045,03 2045,03 0,00 0,00

17 100% 922,14 2685,03 922,14 1762,89 0,00

18 100% 46,85 1399,03 46,85 1352,18 0,00

de 6000 ciclos com descarga de 100% Como na nossa aplicação o banco só operaria nos momentos de interrupções da rede elétrica, ao longo de 30 anos sofreria apenas 4680 ciclos, de forma que não necessitaria ser substituído.

Os principais custos da solução estão resumidos na tabela XXI

Então, somado o f luxo de caixa em valor presente ao investimento inicial tem-se o valor presente líquido de -R$ 132 676,36 (tabela XXII)

Esta solução apresenta um custo no primeiro ano de R$ 3540,23, valor que sofre um leve aumento ao longo dos anos em decorrência da perda de ef iciência dos módulos fotovoltaicos.

baterias)

Custo de energia sem inter r upção 17 dias R$ 210,71

Custo de energia com inter r upção 13 dias R$ 31,18

Prejuízo relativo à venda do leite - -

Custo de energia por mês R$ 241,89

Custo de energia por ano (rede) R$ 2 902,73

nos períodos de baixa irradiação solar ou ausência desta (tabela XX)

Os principais custos de capital envolvidos neste cenário são os custo de aquisição do sistema fotovoltaico of f-grid e do banco de baterias (consultados junto ao distribuidor Aldo Solar), respectivamente de R$ 50 000,18 e R$ 50 437,82. Os custos de instalação e manutenção do sistema FV seguem conforme apresentado no cenário anterior, de R$ 6140,00 e R$ 637,50/ano, respectivamente.

Conforme informação do fabricante, o banco de baterias possui vida útil

Aquisição sistema FV off-grid

R$ 50 000,18

Aquisição baterias R$ 50 437,82

Instalação sistema FV off-grid R$ 6 140,00

Opex

Manutenção sistema FV off-grid R$ 637,50

Substituição inversores (a cada 10 anos) R$ 7 346,07

Esta conf iguração de solução apresenta investimento inicial (Capex) de R$ 106 578,00 e f luxo de caixa negativo de R$ 3540,23 A exceção são os anos 10º e 20º que, por conta da substituição dos inversores a cada 10 anos, apresentam f luxos de caixa de -R$ 11 019,98 e -R$ 11 048,13, respectivamente Diferentemente dos cenários anteriores, o f luxo de caixa negativo aqui ocorre considerando como custo operacional (Opex) apenas os da compra de energia elétrica da rede da concessionária e os de manutenções

Considerando a mesma TMA de 15% escolhida para os cenários anteriores, são determinados os valores em 30 anos de operação em valor presente

Para analisar o retor no do investimento, é comparado o f luxo de caixa em valor presente da solução proposta com o cenário atual do estabelecimento, cujo custo é de R$ 47 242,42 por ano, como vimos na tabela X. Assim, o novo f luxo de caixa comparativo em valor presente apresenta valores acumulados de economia de -R$ 68 576,10 no ano 1 e -R$ 35 534,03 no ano 2, evoluindo até +R$ 177 516,38 no ano 30 Desta forma, o payback descontado do investimento se dá em 3,27 anos

No cálculo do custo da energia para esta solução é utilizada a quantidade de energia for necida pela concessionária somada à quantidade de energia for necida pelo banco de baterias nos momentos de interrupções e à energia produzida pelo sistema fotovoltaico of f-grid, tudo ao longo de 30 anos Considerando o custo total do investimento em valor presente, o custo nivelado de energia (LCOE) da solução é de R$ 0,330/kWh (tabela XXIII)

Vale ressalvar que, em função dos custos anuais das três soluções acima, nenhuma delas apresenta taxa inter na de retor no (TIR)

Tab. XXI – Principais custos do cenário rede elétrica + sistema fotovoltaico off-grid + baterias
Capex
Tab XX – Custo anual para o estabelecimento (rede elétrica + sistema FV off-grid +
Tab XIX – Energia por fonte – rede elétrica - sistema fotovoltaico off-grid + baterias (ano 0)

Análise de sensibilidade

Tab. XXIV – Análise de sensibilidade - Novos parâmetros

Caso Parâmetros Atual Valor 1 Valor do óleo diesel R$ 5,79/litro R$ 22,99/litro 2 Valor da tarifa de energia R$ 0,77/kWh R$ 1,44/kWh

Para a análise de sensibilidade foram adotados parâmetros de inf luência relevantes que podem variar ao longo dos anos e, com isso, alterar os resultados da análise financeira apresentada. Dentre os principais fatores de inf luência para esta análise de sensibilidade são utilizados o preço do óleo diesel, preço da tarifa de energia, preço do banco de baterias e número de interrupções no for necimento de energia

3 Valor do banco de baterias R$ 50 437,82 R$ 5 043,78

4 Número de inter r upções por semana 3 1

Como método de padronização, foi realizada uma pesquisa retrospectiva considerando a evolução dos preços em 10 anos De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis [1], o preço do óleo diesel teve um aumento de 297% no período de janeiro de 2013 a janeiro de 2023 Segundo a Agência o Globo [2], citando dados da Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica, a tarifa de energia teve aumento de 87% em 10 anos, indo de R$ 340,90/MWh em 2011 para R$ 622,20/MWh em 2021. E de acordo com Canal Solar [3], foi obser vada redução de quase 90% no valor das baterias de lítio em 10 anos, estimando-se que essa redução continue com a maior utilização de baterias e a popularização da mobilidade elétrica E, ainda, entende-se que deve haver uma melhora na qualidade da energia com os Tab XXV – Indicadores financeiros para o caso 1

• Rede Elétrica +

Elétrica

• Rede Elétrica + Sistema fotovoltaico off-grid + Baterias -

Tab. XXVI – Indicadores financeiros para o caso 2

• Rede Elétrica +

• Rede Elétrica + Sistema fotovoltaico off-grid +

• Rede Elétrica + Sistema fotovoltaico off-grid + Baterias -

investimentos realizados e mudança de empresa administradora da distribuição de energia Assim, de forma arbitrária, foi escolhido um novo número de interrupções para o local de estudo, passando de três interrupções por semana para uma A tabela XXIV resume esses parâmetros

Caso 1 – Aumento do preço do diesel

Neste caso tem-se novos indicadores f inanceiros para as soluções que utilizam GMG, apresentados na tabela XXV para as três soluções em estudo

Caso 2 – Aumento da tar ifa de ener gia

Com o novo o valor da tarifa, os novos indicadores f inanceiros para as três soluções em estudo estão na tabela XXVI

Caso 3 – R edução do preço do banco de bater ias

Essa redução de 90% tem inf luência apenas para a conf iguração rede elétrica + sistema fotovoltaico of f-grid +

baterias. Mesmo assim, para facilitar a comparação, a tabela XXVII mostra os indicadores para todas as soluções estudadas

Tab XXVII – Indicadores financeiros para o caso 3

Solução VPL Payback descontado LCOE

• Rede Elétrica + GMG - R$ 210 260,29 0,48 anos R$ 0,547/kWh

• Rede Elétrica + Sistema fotovoltaico off-grid + GMG - R$ 238 379,30 4,43 anos R$ 0,593/kWh

• Rede Elétrica + Sistema fotovoltaico off-grid + Baterias - R$ 87 282,33 1,70 ano R$ 0,217/kWh

Caso 4 – R edução do número de inter r upções por semana

O número de interrupções apresenta inf luência nas três conf igurações, visto que está diretamente relacionado ao custo com o backup de energia, seja com o GMG ou com o banco de baterias A redução do número de interrupções aumenta a vida útil do GMG, que passaria a operar apenas 720 horas por ano em vez de 1872 horas, e a substituição seria necessária somente após 28 anos. Isto altera o valor do custo anual da energia da rede e do GMG. Os novos indicadores estão na tabela XXVIII

Tab XXVIII – Indicadores financeiros para o caso 4

Solução VPL Payback descontado LCOE

• Rede Elétrica + GMG - R$ 135 302,53 2,80 anos R$ 0,351/kWh

• Rede Elétrica + Sistema fotovoltaico off-grid + GMG - R$ 165 012,74 Sem retorno R$ 0,395/kWh

• Rede Elétrica + Sistema fotovoltaico off-grid + Baterias - R$ 140 992,51 13,00 anos R$ 0,338/kWh

Referências

[1] Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis: Série Histórica de Preços de Combustíveis e de GLP 26 de out de 2020 Disponível em:< https://www gov br/anp/pt-br/centrais-de-conteudo/ dados-abertos/serie-historica-de-precos-de-combustiveis> Acesso em 14 de jun de 2023

[2] Agência O Globo: Tarifa residencial de energia elétrica subiu 82% em dez anos IG, 23 de jan de 2022 Disponível em: https://economia ig com br/2022-01-23/energia-eletrica-subiu-em-dez-ano html> Acesso em: 14 de jun de 2023

[3] Badra, M : Especialistas debatem armazenamento de energia no Absolar Inside “Canal Solar”, 19 de ago de 2020 Disponível em: < https:// canalsolar com br/especialistas-debatem-vantagens-e-desafios-doarmazenamento-de-energia-no-absolar-inside/> Acesso em: 14 de jun de 2023

A terceira e última parte deste artigo, com a análise dos resultados e conclusões do estudo, estará na próxima edição, FotoVolt nº 81, junho de 2025

S e rv i ç o s d e e n g e n h a

r i a d

e

f u n

d a ç õ e s p a ra u s i n a s f ot ovo l ta i ca s

Da Redação de FotoVolt

A s f undações garantem a estabilidade e integr idade de toda a est r ut ura das plantas solares fo tovoltaicas Este guia lista empresas especiali zadas na prestação de ser viços como sondagem de solo, alinhamento, cravação de estacas e out ros, ident i cando, quando é o caso, o sistema de cravação e t ipos de estaca, além de ensaios de t ração. Infor ma-se também as regiões em que as empresas at uam

Empresa/Telefone/E-mail Ser viços prestados Sistema de cravação Tipo de estaca Ensaios de tração Nor mas ABNT

Em quais estados atua S

ENGM (51) 98126-0421 atendimento@engm com br

Fundasul (48) 98843-7080 fundasul@fundasul com

Gennaro (11) 98154-5495 comercial@gennaroobras com br

JS Sondagens (11) 2585-3412 comercial@jssondagens com br

MafriGeo (11) 91082-8636 contato@mafrigeo com br

MM Costa (11) 96301-0031 comercial@mmcostaengenharia com br

SL Sondagem (11) 98408-0197 slsondagem@slsondagem com br

Sondabras (19) 99674-1944 contato@sondabras com br

Sondarello (11) 94221-9393 sondarello@sondarello com br

7181, 6459, 7180, 7182, 9895, 7117 SP, MG, MS, PR

Obs.: Os dados constantes deste guia foram for necidos pelas próprias empresas que dele par ticipam, de um total de 184 empresas pesquisadas Fonte: Revista Fotovolt, maio de 2025 Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta Acesse https://www.arandanet.com.br/revista/fotovolt/guias e confira Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias Basta preencher o for mulário em www arandanet com br/revista/fotovolt/guia/inserir/

0DWHULDLV SDUD UHGHV GH P«GLD WHQV¥R H VLVWHPDV

V X ¿ F L H Q W H S D U D F R Q V W U X L U

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G H U H G H V R T X H G D U L D

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U s i n a s M M G D d e i n v est i m e nt o – É b o m n e g ó c i o ?

“ A inde nição das regras de compensação para o período após 2029 traz uma incer teza que prejudica e mui to os novos investimen tos, principalmen te os de maiores valores”

Éimpossível que nos últimos meses sua timeline no Instag ram ou seus e-mails recebidos não tenham exibido ofertas de cursos e e-books, entre outros, da nova sensação do momento na Inter net: as usinas de investimentos E, uma vez que está todo mundo ensinando a ganhar dinheiro fazendo usinas de investimento, resolvi destrinchar esse assunto

O conceito do SCEE

Como tenho visto que muitos profissionais de vertente mais técnica não entendem ou conhecem a lógica do SCEE (Sistema de Compensação de Energia Elétrica), iniciaremos por esse item

Com a publicação da resolução normativa (REN) 482 da Aneel, foi criado o Sistema de Compensação de Energia Elétrica, pelo qual unidades consumidoras no ACR (Ambiente de Contratação Regulado) poderiam gerar sua própria energia e injetar o excedente na rede da concessionária, a título de empréstimo, para serem compensados no mesmo período de faturamento ou em períodos posteriores, desde que essa energia fosse oriunda de fontes renováveis de energia ou de cogeração qualif icada Para cada 1 kWh de energia injetada era compensado 1 kWh de energia consumida Naquele momento, e as usinas de energia deveriam ser instaladas junto às unidades consumidoras.

Em 2015, a Aneel publicou a REN 687, que criou as modalidades de au-

toconsumo remoto e de geração compartilhada Nessas modalidades, manteve-se a compensação de 1 kWh para 1 kWh, mas criou-se a possibilidade de gerar energia em um local e usar os créditos de energia em outro local, desde que ambos estivessem dentro na mesma área de concessão da distribuidora de energia elétrica Essa possibilidade passou a permitir que pessoas e empresas que não tivessem área disponível junto à carga gerassem energia de forma remota

Mas, e para aqueles que não tivessem capital disponível?

A “mão invisível” sempre encontra um jeito

Se, de um lado, tínhamos pessoas e empresas que não dispunham ou não queriam imobilizar capital para gerar sua própria energia, por outro lado tínhamos capitalistas no mercado dispostos a construir as usinas e enviar os créditos para esses consumidores, desde que houvesse retor no f inanceiro atraente

Como, no entanto, a venda de energia é proibida no SCEE, a forma encontrada para que a necessidade e o capital se encontrassem foi a locação das usinas.

Os pioneiros na detecção dessa oportunidade e na validação da tese do negócio foram a mercado buscar capital, seja no exterior, seja em family of f ices ou fundos de investimentos, o que resultou na criação de g rupos eco-

nômicos com ativos atualmente superiores a 100 MW de potência instalada Mas, as reg ras mudaram

A lei 14.300

Em 2022 é publicada lei 14 300, o Marco Legal da Micro e Minigeração Distribuída, determinando que para os projetos protocolados após 7 de janeiro de 2023, as reg ras de compensação não seriam mais de 1 kWh para 1 kWh, pois haveria parte da tarifa que não seria compensada A parcela e o percentual não compensado varia em função do enquadramento dado às usinas, se GD2 ou GD3, o que é determinado pela modalidade da geração (se autoconsumo remoto ou geração distribuída) e potência, conforme reg ra a seguir

As usinas enquadradas como GD2 são as de:

• autoconsumo local em qualquer potência no SCEE;

• geração compartilhada em qualquer potência desde que não haja nenhum beneficiário com 25% ou mais dos créditos;

• autoconsumo remoto até 500 kW;

• Empreendimento com Múltiplas

Unidades Consumidoras (EMUC) a exemplo de shopping centers e prédios comerciais; e

• usinas de fontes despacháveis.

Todas as usinas não enquadradas como GD2 serão GD3.

Essas mudanças tor naram o modelo de negócios menos atrativo para os g randes investidores, que possuem outras opções de investimentos. Além

disso, como as altas taxas de juros no Brasil encarecem o crédito, viabilizar investimentos através de dívidas f ica mais difícil

No entanto, a lógica da Faria Lima não é mesma do investidor médio. Nosso objetivo aqui é esclarecer como analisar e determinar o retor no que uma usina solar pode proporcionar a esse investidor E assim limitarei a análise a usinas de microgeração distribuída

Entendendo a tarifa

A tarifa que pagamos pelo uso da energia elétrica pode ser dividida em duas partes, a TE e a TUSD A TE (Tarifa de Energia) representa o valor da energia elétrica efetivamente consumida pelos usuários É a remuneração da energia fornecida pelas distribuidoras, que compram essa energia no mercado regulado ou de leilões e a repassam aos consumidores Ela é cobrada em R$/MWh, de forma proporcional ao consumo, e varia conforme a bandeira tarifária, o g rupo e o subg rupo de fornecimento

A TUSD, por sua vez, é a tarifa que remunera a distribuidora pelo uso de sua infraestrutura elétrica como postes, transformadores, cabos e subestações Ela é cobrada em R$/MWh ou em R$/kW, sendo a parcela em R$/MWh de forma proporcional ao consumo e a em R$/kW em função da demanda medida ou contratada

Tanto a TUSD quanto a TE são subdivididas em várias outras parcelas Para a nossa análise, é relevante apenas a TUSD

Entendendo a TUSD

A TUSD é dividida em:

a) TUSD Transporte (f io A + f io B):

• FIO A: uso de ativos de terceiros (Rede Básica, DIT),

• FIO B: ativos da própria distribuidora (Parcela B);

b) TUSD Encargos: CDE, PROINFA, TFSEE, ONS, P&D;

c) TUSD Perdas: perdas técnicas, não

técnicas e receitas irrecuperáveis; d) TUSD Outros: subvenções e componentes adicionais

As novas regras de compensação

Para as usinas enquadradas em GD2, deixa de ser compensada a TUSD f io B, conforme cronog rama a seguir:

• 15% da TUSD f io B não será compensada em 2023;

• 30% da TUSD f io B não será compensada em 2024;

• 45% da TUSD f io B não será compensada em 2025;

• 60% da TUSD f io B não será compensada em 2026;

• 75% da TUSD f io B não será compensada em 2027;

• 90% da TUSD f io B não será compensada em 2028;

As reg ras para a partir de 2029 serão (na verdade, isto está atrasado) def inidas pela Aneel

Quanto às usinas enquadradas em GD3, até 2029, elas não terão compensadas:

• TUSD f io B;

• 40% da TUSD f io A;

• 100% TFSEE;

• 100% P&D.

Nota: TFSEE e P&D estão embutidas na TUSD Encargos.

De 2029 em diante, as reg ras ainda serão def inidas pela Aneel.

Essa indef inição das reg ras para o período após 2029 traz uma incerteza que prejudica e muito os novos investimentos, principalmente os de maiores valores É um dos motivos de hoje termos menos investimentos em usinas maiores

Def inindo cenár ios para análise

Foi necessária essa conceituação inicial para podermos entrar no assunto. Precisamos, no entanto, definir algumas premissas para a análise Faremos dois cenários:

Cenár io 1 – Usina de microgeração distribuída, de autoconsumo remoto,

com tensão de conexão de 380/220 V ou 220/127 V, de propriedade de quem irá utilizar a energia (ou seja, como sendo um investimento do próprio negócio)

Cenár io 2 – Usina de microgeração distribuída, de autoconsumo remoto, com tensão de conexão de 380/220 V ou 220/127 V, no modelo de locação, com descontos de 10, 15 e 20% para o consumidor

Para ambos os cenários, consideramos a usina localizada na área de concessão da Light, onde há incidência de ICMS sobre a TUSD, e que a reg ra da Aneel a partir de 2029 será a não compensação de 100% do f io B

Passo 1 – Deter minar os valores de composição das tar ifas

Os valores, sem impostos, das parcelas das tarifas podem ser obtidos no site https://portalrelatorios aneel gov.br/luznatarifa/basestarifas#!. Na Light, para consumidores do g rupo tarifário B3, teremos as seguintes tarifas (sem impostos):

• TE: R$ 364,41/MWh;

• TUSD: R$ 477,32/MWh;

• TUSD Fio B: R$ 197,05/MWh.

Considerando uma usina energizada em 2026, teremos os seguintes valores de parcela não compensada:

2026: 60% de R$ 197,05 = R$ 118,13

2027: 75% de R$ 197,05 = R$ 147,78

2028: 90% de R$ 197,05 = R$ 177,35

2029 em diante: 100% de R$ 197,05 = R$ 197,05

Passo 2 – Deter minar os percentuais de impostos incidentes na conta de ener gia

Sobre a conta de energia incidem PIS, COFINS e ICMS. PIS e COFINS variam mês a mês, e consideraremos aqui 5,5%. Já o ICMS no Rio de Janeiro é de 24% (20% de ICMS e 4% de FECP). Com isso, o custo do kWh pago pelo consumidor, sem uso de energia solar, é de R$ 841,73/MWh sem impostos Já para o valor com impostos, a fórmula para cálculo é:

Valor sem impostos / [(1–ICMS%) × (1 – (PIS + COFINS%)].

Então:

841,73 / [(1-0,24) × (1 – 0,0622)] = R$ 1180,10/MWh

Passo 3 – Deter minar a geração de ener gia

A geração de energia será função do local, de possíveis incidências de sombreamento e das condições de instalação de projeto

No Rio de Janeiro, podemos considerar que cada 1 kWp produz na média mensal 120 kWh, com módulos voltados para o norte e com inclinação de 20º

Como definimos que as usinas serão em microgeração, para serem atendidas em BT, vamos usar o limite de 75 kWca de inversor, considerando uma potência de módulos de 100 kWp

Dessa forma, a geração média esperada será de 12 000 kWh/mês

Encerrando por aqui... acabou meu espaço

Nas próximas edições vamos def inir o custo de construção, os custos mensais da usina e preparar o f luxo de caixa, para podermos analisar o investimento Até lá

* Engenheiro eletricista da Sinergia Consultoria, com grande experiência em instalações fotovoltaicas, instalações de MT e BT e entradas de energia, conselheiro da ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída e diretor técnico do Sindistal RJ - Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Rio de Janeiro, Vinícius Ayrão apresenta e discute nesta coluna aspectos técnicos de projeto e execução das instalações fotovoltaicas Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões pelo e-mail: fv projetoinstalacao@arandaeditora com br, mencionando em “assunto” “Coluna Projeto e Instalação”

D i st r i b u i d o r e s d e p r o d u t o s p a ra

s i st e m a s s o l a r e s

f o t o v o l ta i c o s

Da Redação de FotoVolt

Empresa/Telefone E-mail UF

Soled Solar (92) 99128-2655 comercial@soledsolar com br

Fortlev (27) 3441-4141 contato@for tlevsolar com br

Suno (27) 99716-0047 contato@sunodistribuidora com

Soollar Distribuidora (62)3121-6161 marketing@soollar.com.br

Comercial Hayfa (31) 99931-8228 vendas1@hayfa com br

Loja Elétrica (31) 97133-2901 energiasolar@lojaeletrica com br

Plugmais (65) 3648-5700 vendas@plugmais com br

Baywa (41) 4042-1000 vendas@baywa-re com br

Concabos (81) 99216-7617 vendas2@concabos com br

Premium Solar (41) 99188-9034 etielys marchi@premiumcftv com br PR

Techlux (43) 3032-0340 comercial@techlux com br

Fênix (69) 99362-2913 gerentegeral@fenixjpr com br

Serrana Solar (54) 99169-1591 ser rana@ser ranaenergia com br RS

Solplanet (51) 99800-8500 contato@solplanet net RS

Soprano (54) 2109-6000 energiasolar@soprano com br RS

CJS (47) 99967-2231 vendas@cjsautomacao com br SC

Dynamis (47) 99179-5298 comercial@dynamisimpor tadora.com.br SC

Foco Energia (49) 3664-3739 contato@focoenergia ind br SC

Os dist r ibuidores assumem papel cada vez mais relevante na cadeia do setor fo tovoltaico, na medida em que também apoiam todo o seu mercado para uma mel hor relação com o cliente nal Este guia apresenta a o fer ta de t rês dezenas de dist r ibuidoras de i tens ut ili zados em sistemas de energia solar F V, de módulos, inversores e est r ut uras a DPSs e mater ial de ater ramento, com as infor mações de contato

Módulo solar fotovoltaico

Inversor fotovoltaico

Empresa/Telefone E-mail UF Módulo solar fotovoltaico

SGV Solar (47) 99110-8448 vendas@sgvsolar com

AB Sitta (11) 99884-1313 loja@sunlab com br

Boltinox (11) 96407-4153 vendas@boltinox com br

DLigh (11) 98935-3038 vendas@dlight com br

Energika (11) 95596-7897 comercial@energika com

JNG (11) 2090-0550 jng@jng com br

LCI (11) 96334-4673 vendas@lci-brasil com

MTR Solar (11) 997871441 contato@mtrsolar com br

Ourolux (11) 98778-0287 comercial@fbcon com br

TMF (11) 94541-6621 vendas@tmf com br

AVT (19) 2109-7798 comercial@avtenergy com br

Inversor fotovoltaico

Obs : Os dados constantes deste guia foram for necidos pelas próprias empresas que dele par ticipam, de um total de 512 empresas pesquisadas Fonte: Revista Fotovolt, maio de 2025

Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta Acesse https://www arandanet com br/revista/fotovolt/guias e confira Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias Basta preencher o for mulário em www arandanet com br/revista/fotovolt/guia/inserir/

S e j a e x p o s i t o r n o I n t e r s o l a r S u m m i t B r a s i l S u l

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n o N o rd e st e

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A Pieta tech, que for nece soluções de software e engenharia para o mercado fotovoltaico, destacou na feira sua ferramenta de vendas e processos para o segmento solar, dedicada a distribuidores Segundo a empresa, a plataforma Pied 4 0 for nece consultoria de digitalização de processos e integ ração e apresenta-se como um hub de integ rações para automatização e escabilidade de processos A companhia lista ainda como benefício da solução o desenvolvimento de tec-

Organi zada pela Aranda Eventos & Congressos, em parcer ia com a Solar P romo t ion Inter nat ional GmbH da Alemanha, a 5ª edição da Intersolar Summi t Brasil Nordeste reuniu especialistas, autor idades e mais de 5500 pro ssionais do setor para discut ir os desa os relacionados à evolução da fonte solar no mercado brasileiro, com destaque para a região Nordeste, como uxo reverso para geração dist r ibuída e o cur tailment para a cent rali zada. Também foram abordados os po tenciais avanços, como soluções para ar mazenamento de energia, hidrogênio verde e mercado de crédi tos de carbono, ent re out ros assuntos. Em uma área de 7 500 m², a feira at raiu mais de 100 empresas exposi toras e proporcionou opor t unidades de negócios e at uali zações sobre inovações tecnológicas A seguir, são apresentadas algumas soluções e produtos expostos na most ra

nologia personalizada, a f im de atender as necessidades do cliente. Outras vantagens destacadas são: mais receita, menos custos e riscos, e-commerce integ rado além de gestão operacional.

https://pieta tech

Inversores e armazenamento

A Chint Power Latam marcou presença na Intersolar Summit com sua linha de produtos que abrange desde inversores de 3 kW até de 350 kW, bem como o MVPS e o contêiner de BESS Um dos destaques foi a linha de inversores atualizados com AFCI integ rado até 125 kW, que conta também com sistemas de proteção, monitoramento e desempenho de temperatura O

MVPS - Medium Voltage Power Station, apresentado na feira, possui design compacto e rápida instalação. Também foram mostrados os sistemas de armazenamento de energia, como a solução

de baterias de 5 MWh com resfriamento líquido integ rado, e as soluções

Zero Grid Segundo a empresa, a caixa Grid Zero e os medidores inteligentes

da Redação de FotoVolt

podem ser utilizados em uma gama abrangente de projetos, incluindo monofásicos, trifásicos, com um ou múltiplos inversores

https://chintpowerbrasil.com.br

Revestimento metálico

A ArcelorMittal esteve na Intersolar Summit Brasil Nordeste 2025 expondo o Magnelis, seu produto para o mercado de energia fotovoltaico, que visa prolongar a vida útil das estruturas solares, reduzir custos e lead time, maximizando o retor no do investimento Trata-se de um revestimento metálico, com resistência à corrosão em média três vezes superior ao galvanizado convencional, af irma a empresa De acordo com a ArcelorMittal, a composição do produto (3% Mg, 3,5% Al, Zn) confere uma camada de proteção estável e duradoura, com capacidade de autocicatrização e proteção contra corrosão, mesmo em ambientes mais ag ressivos, como próximo ao mar ou em contato com o solo A fabricação da solução é realizada em linha de pré-galvanização por imersão a quente, a f im de garantir uma superfície uniforme e aderente ao substrato Segundo a empresa, esse processo reduz o custo logístico da cadeia, pois elimina a etapa de galvanização após corte e conformação da estrutura https://brasil.arcelor mittal.com

Skid GC

A Blutrafos mostrou na exposição o skid destinado à geração centralizada, que pode ser for necido com inversores integ rados ou separados da base Entre as principais características do equipamento estão: tensão nominal de 36 kV, frequência nominal de 50/60 Hz, potência do transformador de 10 MVA, g rau de proteção IP-54 e corrente suportável de curta duração 3 s de 16-25 kA A empresa destaca que a solução conta com baixo custo e tempo

reduzido de instalação/start up, reduzidas perdas de energia, painel de média tensão isolado a gás e testes e comissionamento em fábrica A companhia também oferece skid solar para geração distribuída e transformadores de baixa tensão para usinas de micro-geração solar fotovoltaica, principalmente instalações comerciais e industriais

www.blutrafos.com.br

Estruturas FV

A NTC Somar, for necedora de estruturas fotovoltaicas, destacou na feira a linha Solo 25, com uma versão otimizada que compreende: f ixação por baixo dos módulos, facilitando, segundo a empresa, a montagem em campo; clip garra com engate inteligente; diagonal tubular cilíndrica; e viga com furos oblongos para ajustes de inclinação na obra. A companhia também expôs sua linha de estruturas para telhados, lajes e o suporte para inversor customizado

www.ntcsomar.com.br

Tracker e estruturas

O tracker de eixo único horizontal de linha dupla Robust Tracker 2L foi o

destaque no estande da Metallight. O equipamento possui taxa de cobertura terrestre de 29% e 187 m2 de área do módulo fotovoltaico por rastreador. Conta com atuador eletromecânico rotativo, é autoalimentado pela rede, e apresenta consumo de energia de 51,84 kWh por mês e potência do motor de 144 W. A empresa também for nece estruturas para montagem de painéis solares O modelo Standard possui resistência a vento de até 126 km/h, f ixação por baixo ou por cima dos painéis, resistência mecânica e garantia de 27 anos É fabricado em aço civil 300 e galvanizado a fogo. www metallightsolar com

Inversores on-grid

A Skywort h apresentou na exposição seus inversores solares on-grid da linha SW O modelo monofásico de 1-3,3 kW conta com tensão de entrada de 550 V, faixa de tensão MPPT 60–520 V, tensão

nominal de 360 V, tensão de partida de 70 V, corrente máxima de entrada por MPPT de 16 A e corrente máxima de curto-circuito de 20 A. Conta com interruptor CC, monitoramento de resistência de isolamento, proteção contra polaridade inversa da entrada, proteção anti-ilhamento, monitoramento da corrente residual, proteção contra sobrecorrente e contra curto-circuito CA A empresa também for nece modelos monofásicos 3,6-6 kW, 7-10 kW e trifásicos 10-25 kW e 40-60 kW. www solavita com

Tubos termocontráteis

Os tubos termocontráteis de baixa tensão (600 V), da Frontec, são produzi-

dos com poliolef ina reticulada, que se contraem quando submetidos ao calor, provocando, segundo a empresa, o isolamento elétrico O equipamento, que foi o destaque da empresa na feira, possui temperatura de utilização de -55 a 125° C, temperatura de contração com início a 70° C e f inal a 120° C e contração longitudinal inferior a 8% Atende a norma RoHS

www.frontec.com.br

Tecido reflexivo

A Rafitec apresentou o SolarPex, um tecido de PP ref letivo, utilizado em usinas solares com módulos bifaciais para aumento de ref lexão pelo solo revestido Segundo a empresa, a solução proporciona aumento da geração de energia e a redução do crescimento da vegetação A empresa destaca ainda que o produto pode ser permeável ou impermeável, elimina cerca de 99% da manutenção de capina, aumenta o inter valo de lavagem dos módulos e proporciona até 8,5% de aumento da geração, além de controle de erosão A empresa oferece garantia de até 25 anos

www.raf itec.com.br

Armazenamento de energia

O destaque da WEG foi o sistema de armazenamento de energia em baterias ESSW, que pode ser conf igurado para desempenhar funções que

vão desde redução de intermitência de fontes de geração renováveis até execução de ser viços ancilares em

subestações de energia. O sistema é composto por uma solução de controle e gestão energética que coordena os modos de operação e otimiza o funcionamento, a f im de garantir maior aproveitamento dos recursos energéticos, além de f lexibilidade operacional e conf iabilidade de for necimento de energia. Trata-se de uma solução modular, escalável e pode ser conf igurado para diferentes aplicações De acordo com a empresa, os componentes são projetados e fabricados individualmente para atender as demandas específ icas de cada instalação Conta com eletrocentro especial para ESS; conversor bidirecional; banco de baterias; transformador de potência; quadros CC e CA; sistema de climatização e controle de incêndio; e sistema de automação e monitoramento (EMS).

www weg net

Implantação e gestão

A Revtech atua na implantação e gestão de ativos solares Na feira, a empresa destacou os ser viços que for nece para montagem civil, eletromecânica

e comissionamento, como terraplanagem, drenagem, instalação de trackers, montagem de bandejas, instalação de módulos, montagem de subestação, etc A empresa também oferece reparo de inversores e módulos solares e atua na operação e manutenção, com limpeza de módulos, reaperto de conexões, ser viço de roçagem/poda, manutenção preventiva, corretiva e preditiva (inver-

sores, skids, trackers, etc.), monitoramento diário de geração, etc www.re vtech-g roup.com

Microinversor

A HYXiPower destacou o microinversor HYX-M1600/1800/2000-S/SW, que conta com operação em baixa tensão, abaixo de 60 V, com o objetivo de tor nar mais segura as aplicações

em sistemas de energia instalados em telhados Possui relé embutido, que detecta desconexão física, e g rau de proteção IP67 Tem MPPT de nível modular, com potência de saída de até 2000 VA, corrente de entrada máxima de 16 A e de partida de até 20 A Compatível com comunicação sub-1G e Wi-f i, conta com monitoramento em nível modular e atualização remota do software, conf iguração de parâmetros e análise de falhas do alarme www.hyxipower.com

Transformadores a seco

Os transformadores a seco com bobinas encapsuladas a vácuo em resina epóxi, da série Dr y Solar, expostos no estande da Transformadores União, são fabricados nas potências de 500 até 5000 kVA, nas classes de tensão de 15,0, 24,2 e 36,2 kV Os equipamentos são concebidos especif icamente para aplicações em inversores de energia fotovoltaica, aptos a suportarem cargas com distorções harmônicas, fornecidos com blindagem eletrostática opcionalmente com duplo enrolamento secundário Atendem requisitos das normas ABNT-NBR e são fabricados

com núcleo confeccionado em chapas de aço silício de g rão orientado corte tipo step-lap, com f luxo magnético reduzido, diminuindo perdas e nível de ruído, segundo a empresa. As bobinas de AT e BT são produzidas com condutores do tipo f itas de alumínio de alta pureza e baixa densidade de corrente em enrolamento contínuo, reduzindo esforços mecânicos, sendo as bobinas de BT do tipo impregnadas e as bobinas de AT encapsuladas em resina epóxi sob alto vácuo, a f im de anular a presença de microbolhas, minimizando o índice de descargas parciais Os transformadores são testados de acordo com a norma ABNT NBR 5356-11 e despachados com os respectivos relatórios de ensaios, af irma a companhia www.transfor madoresuniao.com.br

Comissionamento

A Sinergia Consultoria atua no comissionamento de usinas solares Durante o evento, a empresa destacou seus serviços, como análise para identif icar problemas ou baixo desempenho dos equipamentos, a f im de garantir a geração máxima de

uma usina solar. A companhia também realiza análise econômica-f inanceira, avaliação do potencial de geração energética do terreno, desenvolvimento de projetos e obtenção de pareceres de acesso junto às concessionárias de energia e estudos elétricos específ icos, solicitados pelas distribuidoras, entre outros.

ww siner giaconsultor ia com br

Skid solar

O skid Ecosolar GIR, apresentado na feira pela Gimi Itaipu Renováveis, é desenvolvido em diferentes modelos, com o objetivo de atender necessidades e demandas técnicas das usinas fotovoltaicas Segundo a empresa, é possível customizar ou adquirir o skid separadamente, ou seja, desmembrar a subestação de média tensão e os suportes dos inversores, possibilitando a

interligação dessas estruturas por meio de cabos e em tempos diferentes da obra O equipamento é composto por: módulo de média tensão, módulo de transformador a óleo vegetal ou a seco; quadro geral de baixa tensão; painel de comando; suporte de sustentação dos inversores Estão disponíveis modelos de 17,5 kV, 24 kV e 36 kV, desde 500 kVA até 7,2 MVA, tanto para geração distribuída quanto para geração centralizada

www.girenovaveis.com.br

Kits fotovoltaicos

O Grupo Centr y, distribuidora de tecnologia e energia solar, oferece soluções para integ radores, com suporte

técnico especializado. Na exposição, a empresa destacou os kits fotovoltaicos que for nece para sistemas isolados ou on-grid. O kit on-grid conta com módulos, inversores, cabos e conectores, string box e estruturas Já o of f grid conta com controladores de carga, baterias e módulos.

https://centr y.com.br

Armazenamento de energia

A Great Power for nece sistemas de armazenamento de energia em baterias para escala de g rande porte, comércios, indústrias e residências. Na escala de utilidade pública, a solução visa arbitragem de energia, integ ração com fontes renováveis, controle de frequência do sistema, alívio de congestionamento e alimentação de reser va O modelo Max-20HC-5000 possui conformidade com a UL9540A, NFPA855 e apresenta ef iciência da célula da bateria ≥ 96%; RTE 96% a 0,25p, 95% a 0,5p no lado CC Segundo a empresa, o equipamento é fácil de instalar e tem design integ rado em um contêiner de 20 pés. A proteção é de IP55 geral, IP67 para o conjunto de baterias, IP54 para a caixa de alta tensão, IPX5 para o compartimento elétrico. Indicado para geração de energia eólica ou fotovoltaica e regiões com diferenças signif icativas de preço entre o pico e o vale ou g randes f lutuações de carga.

https://www g reatpower net/pt/

Energia solar portátil

A Get Power destacou a solução de energia solar portátil for necida por

meio das estações de energia Ecof low linhas River e Delta As estações de energia Ecof low combinam baterias de íon de lítio de alta densidade com painéis solares portáteis A solução possui design compacto, sendo indicada para aplicações que exigem mobilidade Conta com potência de saída adaptável, entrada solar com painéis de até 400 W, ciclo de vida de até 3000 ciclos com 80% de capacidade restante, carregamento rápido via tomada, carro ou energia solar e monitoramento e controle via aplicativo Ecof low, entre outras características.

https://www getpower com br

Estruturas de solo

A Dynamo Estruturas mostrou na exposição seu kit modular de estrutura de solo monoposte de duas linhas Com orientação dos painéis no formato retrato, os equipamentos suportam ventos com velocidade de 30, 45 e 50 m/s e podem ser instalados em sistemas de médio e g rande portes. A inclinação tem ângulo desejável de 10° a 30° e o equipamento é indicado para arranjos de seis módulos em duas linhas Conta com proteção contra corrosão, galvanização a fogo, atendendo a norma

NBR6323, e fundação de concretagem ou cavação A estrutura é produzida em aço civil 300, atendendo as necessidades de resistência mecânica de acordo com isopletas e as diversas conf igurações de projetos, garante a companhia

www.dynamoestr uturas.com.br

Projetos

A Solar Maxx mostrou em seu estande as soluções que for nece para o mercado fotovoltaico, de armazenamento de energia e mobilidade urbana, entre outros segmentos A empresa atua no desenvolvimento de projetos para usinas de investimento, energia por assinatura, soluções de energia solar e tecnologias de produção fotovoltaica. Também oferece plataforma de treinamento e capacitação para venda de tecnologia solar e software para geração de propostas direcionadas ao cliente f inal.

https://solar maxx com br

Supressão de incêndio

A Argus apresentou na feira os sistemas FirePro que foram incor porados ao portfólio da companhia A solução utiliza composto sólido patenteado FPC, uma das formas mais moder nas

de combate a incêndios, de acordo com a empresa Quando ativado, o composto transforma-se num aerossol condensado de extinção de incêndio, considerado ef icaz, ef iciente e de rápida expansão A extinção do incêndio é conseguida através da interrupção das reações químicas em cadeia que ocorrem na chama, de forma segura para pessoas e para o meio-ambiente,

destaca a Argus. A tecnologia é adequada para as classes de fogo EN2 –A, B, C e F, e NFPA 10 - A, B e C Os sistemas FirePro são indicados para a proteção de áreas técnicas, como salas elétricas, salas de transformadores, geradores diesel, túneis e porões de cabos, salas de baterias (chumbo ácido e íon-lítio), armazéns, salas de arquivos, etc Por ser extremamente compacto, a solução também é utilizada para proteção de painéis elétricos.

https://www ar gus-engenhar ia com br

Locação de equipamentos

A Vouren é especializada em aluguel de equipamentos O portfólio de produtos da empresa inclui: alicate amperímetro, analisador de energia,

boroscópio, caixa de calibração, calibrador de ruído, comunicador Hart, detector de alta tensão, detector de gases, dosímetros, fator de potência, Hipot AC corrente alternada, Hipot DC corrente contínua, medidor de relação, medidor de passos, megômetros, microhmímetros, miliohmímetro, termovisores, terrômetros e traçadores de cur va Um dos destaques é o traçador de cur va IV E-1500 35 A, que permite medir até 200 cur vas I-V por hora de trabalho em módulos fotovoltaicos ou strings de até 1500 V e 35 A Inclui recursos como leitor de código

de barras para identif icação automática do módulo em teste e geração automática de relatórios para economizar tempo de processamento

https://vouren.com.br

Estruturas

A Pratyc mostrou na exposição diversos tipos de estruturas para montagem de painéis solares Os modelos de solo são projetados para usinas de pequeno

a grande porte, oferecem f lexibilidade na configuração dos painéis, com ajustes de orientação e inclinação para máxima ef iciência energética, garante a empresa Já as estruturas para telhado são desenvolvidas sob medida para diferentes tipos de telhas, são leves, f lexíveis e práticas de instalar, fabricadas em alumínio de alta resistência e durabilidade. Por fim, a empresa também fornece abrigos para inversores https://pratyc.com

Baterias

A JH Power atua na importação, vendas e ser viço pós-venda de baterias de fosfato de ferro-lítio. Na feira, apresentou a tecnologia LiFePO4, disponível em três modelos, com tensão de 51,2 V e tensão de operação de 40-58,4 V. Com capacidades de 100 Ah e 314 Ah, apresentam carga máxima,

respectivamente, de 5120 W/100 A e 10240 W/200 A A temperatura de operação é de 0~45° C (carga) e 20~55° C (descarga) e ciclo de vida de mais de 4000 a 6000, conforme o modelo Garantia de cinco anos e IP32

https://jhpower.com.br/

Ensaios elétricos

A Inbrat destacou sua linha de produtos voltados para uso em subestação de energia, energia solar, SPDA pararaios, testes de transformador, de disjuntores, cabos e de continuidade de aterramento, etc O megômetro digital modelo INMG-20 foi projetado para proporcionar medições com g rande precisão de resistência de isolamento Trata-se de um equipamento portátil e de fácil manuseio, que pode ser usado para fazer medições de isolação de motores, caixa de disjuntores, buchas, cabos instalações elétricas, produtos eletroeletrônicos e transformadores, entre outros Pode ser utilizado dentro de quatro tensões prédef inidas (5 kV, 10 kV, 15 kV e 20 kV), for necendo medições em um display de 3 ½ dígitos de até 2T com precisão mínima de ±3%

https://inbrat.com.br

Medição e calibração

A Bilbos, especializada em instrumentos de medição e calibração, participou da Intersolar com sua linha de produtos e ser viços A empresa é especializada em manutenção e calibração de equipamentos de medição de várias marcas e modelos, atendendo processos industriais, controle de qualidade e experimentos científ icos

A empresa oferece desde ajustes simples até calibrações complexas, além de manutenção preventiva, incluindo uma ampla gama de instrumentos, como elétricos, análise de água e segurança do trabalho www.bilbos.com.br

Operação remota

A PV Operation divulgou na feira sua expertise: a operação remota de usinas fotovoltaicas, com software próprio A empresa oferece uma plataforma com alarmes inteligentes, telemetria de equipamentos e relatórios de desempenho e f inanceiros, com o objetivo de garantir a gestão ef iciente e segura das usinas.

Entre os objetivos, está a minimização de riscos e falhas, por meio de monitoramento remoto em tempo real para detectar inatividade

www.pvoperation.com

Estruturas de solo

A estrutura de solo monoposte, apresentada pela CCM na feira, é composta por duas f ileiras de módulos fotovoltaicos, com ajuste de inclinação de 5° a 30° Segundo a empresa, as estruturas são testadas e validadas pelo Lactec e projetadas para todas as isopletas de vento no Brasil. O produto é fabricado em aço galvanizado a fogo A empresa também for nece modelo de solo biposte, que conta com estrutura com duas

ou três linhas de módulos, indicado para instalações com restrições de área Tem regulagem f ixa em 20° e é fabricado em aço galvanizado a fogo, alumínio e aço inox.

https://ccmsolar com br

Treinamento e consultoria

A Veneza Solar, que também esteve presente na feira, ministra cursos, capacitações e consultoria no setor de energia solar fotovoltaica, atuando na geração distribuída e geração centralizada A empresa realiza f iscalização independente em obras de UFVs > 1 MW; treinamentos práticos e teóricos para equipes de O&M; análise de performance de UFVs; criação de planos de manutenção para UFVs; Due Dilligence para avaliação e inspeção de ativos; handover em obras; processo de garantia de módulos e inversores; e retrof it de UFVs

www.instag ram.com/venezasolar

Inversores

Entre os destaques da Sung row na feira estão os inversores SG75CX-P2 e SG7 5RS-L, além da solução de monitoramento e controle COM100E O SG75CX-P2 conta com conexão em 380 V, 16 entradas e 8 MPPTs, permi-

tindo, de acordo com a empresa, otimização do projeto, seja para trabalhar com overload ou para personalizar strings com f lexibilidade. Já o SG7 5RS-L foi projetado especialmente para enfrentar o f luxo reverso Segundo a empresa, o modelo tem a maior potência permitida para projetos Fast Track e aguenta altas cargas de overload, possibilitando ao integ rador extrair o máximo da potência de saída, respeitando os limites de tensão e corrente Finalmente, a COM100E é uma plataforma de monitoramento

e controle, capaz de gerenciar até 30 equipamentos simultaneamente, além de operar o controle zero-grid https://br.sung rowpower.com

Inversores trifásicos

A Solplanet mostrou na feira a série de inversores trifásicos ASW T, que conta com conexão Sunclix e montagem com suporte na parede, evitando abrir o inversor na instalação A linha tem inversores de alto rendimento de

médio a g rande porte com garantia e proteção integ rada, que suportam até 150% de sobredimensionamento CC/CA Os equipamentos possuem conexão a inter net simples e monitoramento. Podem ser implantado em ambientes inter nos ou exter nos, sendo indicados para médias e g randes instalações comerciais e industriais. Outras características: IP65 à prova d’água para uso externo e duas entradas MPPT/arranjo

https://solplanet.net

T h e S m a rt e r E E u ro p e

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“ O concei to de que o carro elé trico é uma ‘ ba teria sobre rodas’ deixou de ser apenas uma me tá fora”

Neste maio, a cidade de Munique se tor nou, mais uma vez, o epicentro das principais discussões sobre mobilidade elétrica e transição energética no mundo A feira e cong resso The smarter E Europe, que reúne as vertentes Intersolar, Power2Drive, ees Europe e EM-Power, mostrou com clareza os rumos que o setor está tomando e, de maneira inevitável, também evidenciou o quanto o Brasil ainda pode avançar em termos de integ ração, f lexibilidade e inovação no sistema energético.

G eração de energia solar e eólica e o preço da elet r icidade em 2 de jul ho de 202 3 na Alemanha (fonte: ENTSO-E & Wet terOnline)

V2G: o carro como solução energética

Entre os muitos temas abordados, um assunto se destacou com força: as baterias E não apenas pela sua presença nos veículos elétricos, mas por assumirem um papel central no equilíbrio dos sistemas elétricos do continente O pano de fundo para essa ênfase veio de um contexto recente e impactante: os apagões ocorridos na Península Ibérica, especialmente em Portugal e Espanha, colocaram em xeque a resiliência das redes elétricas e aceleraram as discussões sobre armazenamento de energia e gestão descentralizada Soma-se a isso um cenário cada vez mais evidente de excesso de geração durante o dia, resultando em preços negativos de energia e na necessidade crescente de estratégias ef icazes para deslocamento e gerenciamento de carga ao longo das horas

Apesar de ainda ser proibido na Alemanha, o V2G já mobiliza esforços regulatórios, acadêmicos e empresariais A estimativa de energia acumulada nas baterias da frota elétrica é tamanha que, em alguns cenários, equivale à capacidade de dezenas de usinas armazenadoras convencionais. Essa energia pode ser utilizada para suavizar picos de consumo, estabilizar a rede e reduzir a dependência de fontes térmicas, sobretudo em horários de menor geração renovável 00:00 - 00:15 3:15 - 03:30 06:30 - 06:45 09:45 - 10:00 13:00 - 13:15 16:15 - 16:30 19:30 - 19:45 22:45 - 23:00

O conceito de que o carro elétrico é uma “bateria sobre rodas” deixou de ser apenas uma metáfora Ele se tor nou um ponto central de estratégias energéticas mais amplas Na feira, o tema V2G - Vehicle to Grid ocupou não só debates nos painéis e no cong resso, mas também ganhou espaço físico: uma área inteira foi dedicada exclusivamente a sistemas bidirecionais, com um veículo for necendo energia para alimentar toda a instalação

Excesso de geração e necessidade de armazenar

Outro ponto que chamou atenção é a crise, curiosamente, do excesso

Em alguns países europeus, como Alemanha e Holanda, os sistemas fotovoltaicos têm gerado tanta energia durante as tardes ensolaradas que o preço da eletricidade chega a f icar negativo. Em outras palavras: há mais energia do que consumo A consequência imediata é a necessidade urgente de soluções de armazenamento sejam baterias estacionárias, sejam veículos elétricos sendo carregados nos momentos certos.

Não à toa, praticamente todos os estandes da feira, independentemente do segmento principal, apresentavam alguma solução relacionada a baterias A área de exposição do setor de armazenamento era notavelmente maior em relação aos anos anteriores Isso conf irma que o mercado europeu se volta não apenas para a geração limpa, mas para o uso inteligente dessa energia, evitando desperdícios e distorções tarifárias

Paralelos com o Brasil: o fluxo reverso e as barreiras locais

Embora distante em maturidade, o Brasil começa a enfrentar sintomas semelhantes especialmente em regiões com alta penetração de geração distribuída, como Minas Gerais Em certos

municípios, projetos fotovoltaicos vêm sendo rejeitados por distribuidoras, salvo se forem “ g rid zero ” , ou seja, autoconsumo total sem injeção de excedentes na rede Essa limitação aponta para um gargalo claro na infraestrutura e na regulação E, mais uma vez, o veículo elétrico surge como solução possível Carregar veículos durante os horários de pico solar pode ser um caminho ef iciente para aliviar a pressão sobre as redes e viabilizar o uso contínuo da energia solar Para isso, no entanto, é preciso coordenação entre mobilidade, energia e digitalização algo ainda incipiente por aqui

Uptime como métrica de qualidade das redes

Outro tema fortemente debatido no evento foi o uptime das redes de recarga, ou seja, sua disponibilidade operacional Em países como França, Holanda e Noruega, já há regulamentações que exigem um percentual mínimo de funcionamento das estações.

Essa exigência impõe uma mudança cultural: não basta instalar carregadores, é preciso mantê-los operando com qualidade e conf iabilidade.

Essa visão foi reforçada por um estudo apresentado no congresso, que correlacionou dados de uptime com marcas de carregadores e operadores de rede A conclusão é clara: as redes com maior disponibilidade usam equipamentos mais confiáveis e investem mais em operação. Não se trata de um único fator é um sistema integ rado de boas escolhas de hardware, manutenção, conectividade e suporte técnico

A lição para o Brasil

No Brasil, ainda é comum tratar a indisponibilidade de um carregador como um problema pontual ora é o sinal de inter net, ora o aplicativo, ora a energia do local As discussões apresentadas na feira de Munique deixam claro que uptime não é um detalhe téc-

nico, mas um indicador central da maturidade de uma rede de recarga Um país que busca acelerar a adoção de veículos elétricos não pode permitir que estações fiquem fora do ar por longos períodos, sob pena de comprometer a experiência do usuário e a conf iabilidade do sistema como um todo Além disso, a ausência de regulamentações específ icas, como metas mínimas de uptime ou exigências técnicas baseadas em OCPP, fragiliza o mercado e abre espaço para soluções improvisadas, muitas vezes desconectadas de padrões globais Esse tipo de abordagem compromete não só a qualidade dos ser viços, mas a própria sustentabilidade do ecossistema de mobilidade elétrica no longo prazo

Integração com redes inteligentes

Outro ponto importante discutido durante o evento foi o papel das redes inteligentes (smart grids) na coordenação entre geração renovável, armazenamento, consumo e mobilidade. Soluções baseadas em digitalização e automação já permitem que sistemas locais identif iquem o melhor momento para carregar veículos, armazenar energia ou exportá-la, maximizando a ef iciência energética e reduzindo perdas. Para que o Brasil avance nessa frente, será necessário investir em infraestrutura digital e em sistemas de medição e con-

trole que permitam essa integ ração em tempo real

Conclusão

A feira de Munique não apenas antecipou tendências ela mostrou que, em várias partes do mundo, essas tendências já são realidade Baterias, V2G, integ ração com a rede elétrica, uptime regulado: esses são os novos pilares de um setor que não é mais apenas automotivo, mas energético

O Brasil tem um caminho promissor pela frente Se quiser aproveitar as oportunidades da transição energética, precisa olhar com atenção para esses movimentos. E mais do que importar tecnologia, é necessário adaptar a regulação, prof issionalizar a operação, valorizar a interoperabilidade como estratégia de escala e permitir modelos de negócios em que a mobilidade elétrica possa atuar mais ativamente. O mais importante é que já estamos com os olhos voltados para o futuro e, com as decisões certas, ainda há tempo de alcançá-lo com consistência e protagonismo

* Rafael Cunha é engenheiro eletricista e COO da startup movE Eletromobilidade. Nesta coluna, discute aspectos da mobilidade elétrica: mercado, estrutura, regulamentos, tecnologias, afinidades entre veículos elétricos e geração solar fotovoltaica E-mail: veletricos@arandaeditora com br, mencionando no assunto “Coluna Veículos Elétricos”

E xibição especial V2G - Vehicle to Gr id

A g e n d a

No Brasil

Energy Summit – Organizado em parceria com o Massachusetts Institute of Technology (MIT), a segunda edição do Energy Summit acontecerá de 24 a 26 de junho, no Rio de Janeiro A conferência reuniu mais de 10 mil participantes e de 180 palestrantes em 2024 Este ano, a prog ramação abordará temas relacionados ao futuro da energia, como hidrogênio, tendências da energia solar e eólica, avanço da biomassa e dos biocombustíveis, inteligência artif icial e IoT no setor energético, computação quântica e novas soluções para armazenamento de energia, entre outros Para mais informações, acesse https://energysummit global

The smar ter E – O The smarter E South America 2025 acontecerá de 26 a 28 de agosto no Expo Center Norte, em São Paulo, cong regando os eventos: Intersolar South America - A maior feira & cong resso para o setor solar da América do Sul; ees South America - Feira de baterias e sistemas de armazenamento de energia; Eletrotec+EM-Power South America - Feira de infraestrutura elétrica e gestão de energia; e Power to Drive South America - Feira de produtos e ser viços para eletromobilidade Organização de Solar Promotion Inter national GmbH, Freiburg Management and Marketing Inter national e Aranda Eventos & Cong ressos. Informações: www.t hesmartere.com.br .

FIEE – A 32a edição da FIEE - Feira Internacional da Industria Elétrica, Eletrônica, Energia, Automação e Conectividade, organizada pela RX Brasil e a AbineeAssociação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, vai ser realizada de 9 a 12 de setembro, no São Paulo Expo O evento, que apresenta equipamentos, produtos, soluções e tendências em instalações elétricas e eletrônicas para a indústria de todos os segmentos, pretende abordar a transformação digital da indústria, sustentabilidade, conectividade e tecnologia Mais informações em https://www f iee com br

Inter solar Summit Sul – Em 28 e 29 de outubro será realizado no Centro de Eventos FIERGS, em Porto Aleg re, RS, a segunda edição do Intersolar Summit Brasil Sul, em formato cong resso & feira, abordando, entre outros temas, solar FV com armazenamento, ag rivoltaicos, FV of f grid, etc. Realização: Solar Promotion, FMMI e Aranda Eventos Informações: https://www intersolar-summit-brasil com/sul .

SWC – De 4 a 7 de novembro, a ISESInter national Solar Energy Society vai realizar o SWC 2025 - Solar World Congress, em Fortaleza, CE O cong resso será organizado em conjunto com a Abens - Associação Brasileira de Energia Solar, seção da ISES no Brasil. O prog rama abordará tecnologias e aplicações inovadoras de células fotovoltaicas; integ ração de rede; modelagem de sistemas, inteligência artif icial, digitalização; teste, certif icação e monitoramento; economia circular e reciclagem; eventos climáticos extremos e efeitos das mudanças climáticas; etc Informações em https:// www abens org br/news-abens/isessolar-world-cong ress-2025/5.

Cursos

Gestão em energias renováveis – A AHK Rio oferece o curso de Gestão em Energias Renováveis (GENRE), que tem o objetivo de formar prof issionais com visão ampla em geração de energias renováveis no Brasil, com ênfase nas tecnologias solar, eólica, biomassa e outras. O conteúdo é desenvolvido a partir da expertise alemã e adaptado à realidade brasileira por especialistas da Coppe/UFRJ Composto de módulos gerenciais e técnicos, o curso é oferecido em formato online e combina conteúdos assíncrono (12 blocos de aulas + 12 quizzes de f ixação; 24h de aulas com especialistas e exercícios práticos); e síncrono (2 horas de encontro ao vivo após cada bloco da disciplina; aulas quinzenais, workshops e palestras) Os blocos abordam temas como: Fundamentos da energia; Mer-

cado de energia elétrica; Gestão de projetos e rentabilidade; Gestão energética e ISO 50 001; Mudança de clima e comércio de emissões; Prog rama de Ef iciência Energética da Aneel (PEE); Energia solar; Energia eólica; Biomassa e biogás; Outras energias renováveis; Geração distribuída e smart g rid; e Microrredes elétricas Mais informações: https://brasilien rio.ahk.de/pt/cursos/genre?utm campaign=genre 0205&utm medium =email&utm source=RD+Station

Ar mazenamento de energia – A multinacional SolaX Power vai promover ao longo de 2025 roadshows por diversas regiões brasileiras O intuito é oferecer aos integ radores solares conhecimento acerca do mercado e das principais inovações tecnológicas de sistemas híbridos de energia solar. As próximas edições do evento serão realizadas nas seguintes datas e locais: Belo Horizonte (2/7); Uberlândia (4/7); Teresina (15/9); Belém (17/9); Manaus (19/9); Cuiabá (20/10); Campo Grande (22/10); São José do Rio Preto (24/10); Vitória (10/11); Rio de Janeiro (12/11); São Paulo (14/11); e Fortaleza (10/12) Informações: https://kb solaxpower com

Comissionamento – O treinamento MiniGD - Comissionamento e O&M (1 MW a 5 MW), oferecido pela Sung row, destaca a importância da operação e manutenção (O&M) eficiente das usinas fotovoltaicas para maximizar o desempenho e a durabilidade dos sistemas de energia solar. Conta com módulos teóricos e práticos e aborda assuntos desde a instalação e comissionamento da usina, destacando as práticas e testes necessários além de documentações e questões normativas, até as atividades de O&M, passando por monitoramento, integ rações do sistema Sung row com medidores de energia e estações solarimétricas, e ainda manutenção preventiva e solução de problemas Os cursos podem ser realizados tanto nas instalações do cliente

quanto no Ser vice Center da empresa, localizado em Osasco, SP Informações pelo telefone: (11) 98821-9545

Fundamentos de energia FV – O Canal Solar oferece o curso EAD Fundamentos de energia fotovoltaica, que aborda noções básicas sobre funcionamento dos painéis solares; conversão de luz solar em eletricidade; benefícios da energia solar e sua atuação na redução da conta de luz; dicas sobre identif icação do potencial solar da região; dimensionamento de sistemas; tendências do mercado; e oportunidades de carreira na indústria fotovoltaica O treinamento é ministrado por Bruno Kikumoto, engenheiro eletricista pela Udesc - Universidade Estadual de Santa Catarina, com mestrado em Engenharia Elétrica pela Unicamp - Universidade Estadual de Campinas. A carga horária é de cerca de 17h Mais informações em https://cursos canalsolar com br

Senai-SP – O curso de aperfeiçoamento prof issional Energia Solar FotovoltaicaTecnologias e Aplicações, do Senai SP, com carga horária de 24 horas, visa desenvolver competências para a avaliação da viabilidade técnica e f inanceira da implementação de sistemas de energia solar fotovoltaicos, diagnosticando fatores de consumo de energia,

identif icando tecnologias e equipamentos, e propondo soluções de acordo com normas e determinações dos órgãos regulamentadores. Inscrições em www sp senai br/curso/energia-solarfotovoltaica-tecnologias-e-aplicacoes/ 89542

Gratuitos - tecnologias, instalação –A Elgin, fabricante e distribuidora de equipamentos fotovoltaicos, oferece uma série de treinamentos g ratuitos online sobre energia solar, com temas como aplicação técnica e comercial para sistemas FV, tecnologias e boas práticas de instalação Visite https://loja elgin com br/ energia-solar/cursos-e-treinamentos-deenergia-solar

Eletr icidade básica – A 77Sol, em parceria com a Oca Energia, lançou o curso Eletricidade Básica 2.0, g ratuito e 100% EAD, destinado aos integ radores parceiros Com mais de 20 horas de conteúdo, o treinamento visa aprimorar a capacitação dos prof issionais, desenvolvendo habilidades técnicas para vendas consultivas O curso está disponível a todos que fazem parte da plataforma de integ radores da 77Sol, e aborda fundamentos de energia e eletricidade, intensidade de corrente e resistência elétrica, circuitos e práticas de instalação, proteção elétrica e ferramentas para o eletricista A 77Sol

também disponibiliza g ratuitamente o curso Introdução à energia solar Mais informações: https://ocaenergiaead.com.br/produtos/universidade77.

No exterior

World Energy Cong ress – Considerado um dos maiores e mais importantes eventos globais voltados para o setor de energia, e organizado pelo World Energy Council (WEC), o cong resso reúne líderes do setor de energia, gover nantes, acadêmicos e especialistas para discutir os maiores desaf ios e oportunidades no campo da energia mundial. A edição de 2026 será realizada em Riyadh, Arábia Saudita, de 26 a 29 de outubro. O evento atrai prof issionais e líderes de empresas de energia, gover nos, organizações inter nacionais e a academia, proporcionando um ambiente de troca de conhecimento e networking Informações em: https://www worldenergy org

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Mulher es na transição ener gética

O livro Energia em Transformação – A Contribuição das Mulheres para a Transição Energética, publicado pela editora Pontes, traz relatos de 55 prof issionais do setor energético brasileiro A engenheira de segurança do trabalho Thiciane Guilhem Peres, da Divisão de Engenharia de Segurança do Trabalho da Itaipu Binacional, uma das autoras, af irmou que o traba-

lho reúne histórias de prof issionais de diferentes áreas de atuação, desde cargos operacionais em campo a cargos de alta liderança Segundo ela, ao integ rar a perspectiva feminina aos desafios e oportunidades do setor, o livro inspira as novas gerações a perceberem a energia como um campo repleto de oportunidades, e atua como um convite para expandir horizontes e construir um setor elétrico mais ef iciente, inclusivo e centrado nas necessidades dos clientes. Uma pesquisa da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica aponta que as mulheres ocupam hoje por volta de 20% da força de trabalho no setor elétrico, menos da metade da média nacional A participação feminina diminui para

cerca de 10% quando são considerados apenas os cargos operacionais do setor. https://ponteseditores.com.br

Grid Zer o A SolaX Power, em parceria com a engenheira civil Tatiane Carolina, CEO da Ello Moving e especialista em gestão de negócios e comunicação empresarial no setor elétrico, bem como a engenheira eletricista e especialista em regulação do setor elétrico, Jessiane Pereira, lançou o ebook Grid Zero: A revolução solar sem injeção na rede. O material oferece informações sobre o que é, como funciona, benefícios e desaf ios, aplicações práticas, aspectos regulatórios e homologação, assim como as soluções disponíveis no mercado. O grid zero, ou sistema de energia autossuficiente, é um sistema de geração de energia com

a proposta de eliminar a dependência da rede elétrica convencional Nesse tipo de sistema, painéis solares convertem a energia solar em eletricidade e esta é armazenada em baterias para ser utilizada conforme a necessidade, mesmo em períodos em que não há incidência de luz solar A publicação é disponibilizada g ratuitamente pelo link www.ellomoving. com.br/ebook-g ridzero.

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Na vanguarda global da transição energética , o Brasil utiliza seus vastos recursos de energia renovável com soluções avançadas de arma zenamento de energia , tecnologias inovadoras de rede e um crescente setor de eletromobilidade. A abundância de seus recursos solares, eólicos e hidrelétricos permite que o país expanda expressivamente sua capacidade de energia renovável, de modo a reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir as emissões de carbono, ao passo que a incorporação de sistemas avançados de arma zenamento de energia aprimora a est abilidade da rede, result ando em um aumento na confiabilidade do fornecimento de energia a par tir de fontes renováveis intermitentes. O aproveit amento desse potencial permitirá que o Brasil alcance a sustent abilidade energética , estimulando o crescimento econômico e criando um poderoso exemplo para outros países The smar ter E South America – a maior plat aforma latino-americana para a nova realidade energética e de mobilidade – se dedica a explorar toda quest ão da nova realidade energética ,

abrangendo energia renovável, arma zenamento de energia , redes inteligentes e eletromobilidade

Nossa missão é inspirar e facilit ar a troca de ideias, tecnologias e práticas que definirão o futuro da energia. Realizamos evento mais abrangente para o setor latino-americano de energia renovável, reunindo inovadores, especialist as e líderes do mundo todo para fa zer avançar a paut a da energia sustent ável Os quatro congressos deste ano prometem ser um evento marcante, tendo como pano de fundo o dinamismo de um setor energético em rápida evolução:

Intersolar South America – O congresso para o setor solar latino-americano ees South America – O congresso para baterias, sistemas de arma zenamento de energia e hidrogênio verde Power2Drive South America – O congresso para eletromobilidade e infraestrutura de recarga Eletrotec+EM-Power – O congresso para infraestrutura de eletricidade e gest ão de energia

EIXO LATINO-AMERICANO DE INOVAÇÕES PARA O NOVO MUNDO DA ENERGIA
Te n d ê n c i a s e i n ova ç õ e s p a ra d i st r i b u i d o r e s
i n t e g ra d o re s

“ Os distrib uidores desempenham papel essencial, não apenas no fornecimen to de par tes, peças e componen tes mas também no supor te às in tegradoras para suas operações e in terações com os clien tes”

Recentemente, o Brasil ultrapassou a marca de 56 GW de potência instalada da fonte solar, representando mais de 22% da matriz elétrica nacional, segundo levantamento da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica A geração própria solar, instalada no telhado de residências, pequenos negócios de comércio e ser viços, pequenas indústrias, produtores rurais e prédios públicos, representa mais de dois terços desse total Esse crescimento criou oportunidades para que empresas, principalmente integ radoras, se especializassem para oferecer soluções cada vez mais customizadas, desde o projeto até a manutenção dos sistemas fotovoltaicos.

Além disso, tecnologias complementares, como o armazenamento de energia elétrica e os sistemas híbridos, começaram a se destacar como novos nichos de mercado O mercado de veículos elétricos também gerou novas oportunidades para empresas do setor solar Respondendo à demanda crescente dos consumidores, os integ radores começaram a oferecer soluções para o carregamento de veículos elétricos, que também podem se bene ciar da energia solar gerada localmente

Outro assunto que se tornou de grande relevância foi a inversão de uxo de potência, problema alegado por algumas distribuidoras e permissionárias Em 2021, a Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica publicou a Resolução Normativa (REN) Aneel nº 1000/2021, que atualizou as regras para a prestação

do ser viço público de distribuição de energia elétrica. Dentre suas determinações está a de nição de diretrizes e orientações para as distribuidoras e permissionárias na realização de estudos para identi car soluções que mitigassem eventuais desa os causados pela inversão de uxo de potência na rede elétrica. Entretanto, após poucos meses de vigência da normativa, começaram a ocorrer reprovações frequentes de projetos de geração distribuída, incluindo aqueles com potências baixas, como 3 kW As distribuidoras justi caram tais reprovações citando a inversão de uxo de potência, apesar de relatórios apresentarem inconsistências signi cativas

Em 2024, devido à pressão da Absolar e outras instituições, a Aneel atualizou a REN nº 1000/2021 por meio da REN ANEEL nº 1098/2024 A nova resolução estabeleceu o Artigo 73-A, dispensando a análise de inversão de uxo de potência em três casos especícos, sendo um deles o chamado “Fast Track” , que permite aos consumidores conectar seus sistemas com potências nominais de até 7,5 kW sem risco de reprovas por inversão de uxo de potência, desde que concordem em não redistribuir excedentes de energia elétrica entre diferentes unidades consumidoras Apesar das limitações impostas pela Aneel, o Fast Track foi um passo importante para reduzir a burocracia, simpli car a tramitação e acelerar a instalação de sistemas fotovoltaicos, facilitando a expansão da energia solar no Brasil e contribuindo para salvar

inúmeros pequenos negócios, especialmente microempresas, e empregos que estavam sob risco de serem perdidos.

Apesar das di culdades obser vadas, um ponto forte de nosso setor são as parcerias formadas Neste quesito, os distribuidores desempenham papel essencial, não apenas no for necimento de partes, peças e componentes utilizados em sistemas fotovoltaicos, mas também no suporte às empresas integ radoras para suas operações e interações com os clientes. Além de garantir a qualidade dos produtos comercializados, os distribuidores se destacam ao oferecer vantagens comerciais que tor nam o processo de venda mais atrativo para os integ radores Esse apoio tem um impacto direto na qualidade do ser viço prestado pelos integ radores, que podem oferecer pacotes mais completos, com ganhos nanceiros a longo prazo, assim fortalecendo a relação com seus clientes Isto cria um ciclo positivo que bene cia todas as partes envolvidas

O setor solar fotovoltaico brasileiro tem se adaptado rapidamente às novas demandas e inovações tecnológicas. A geração distribuída continua a crescer, permitindo que mais consumidores adotem soluções para reduzir seus gastos com eletricidade e fortalecer a sustentabilidade de suas operações Integ radores estão diversi cando e ampliando seus portfólios, enquanto os distribuidores continuam desempenhando um papel fundamental no apoio ao desenvolvimento de seus negócios

* Rodrigo Furlan é diretor da Serrana Solar; Rodrigo Sauaia é CEO da Absolar; e Ronaldo Koloszuk é presidente do Conselho de Administração da Absolar
Rodrigo Furlan, Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk*

Tr a ns formador es WEG Alta per formance para aplicação fotovoltaica

A ó l e o

T i p o s e c o

O s t r a n s f o r m a d o re s u t i l i z a d o s e m p a rq u e s f o t o v o l t a i c o s e n f re n t a m d e s a fi o s o p e r a c i o n a i s e s p e c í fi c o s , e m c o m p a r a ç ã o c o m a s d e m a i s a p l i c a ç õ e s P a r a a s s e g u r a r m á x i m a e fi c i ê n c i a e a t e n d e r à s d e m a n d a s e s p e c í fi c a s d e s t e s p ro j e t o s , a W E G d i s p õ e d e u m a e q u i p e d e e n g e n h a r i a a l t a m e n t e e s p e c i a l i z a d a , d e d i c a d a a o

d e s e n v o l v i m e n t o d e s o l u ç õ e s q u e i m p u l s i o n a m o a v a n ç o d a s f o n t e s d e e n e r g i a s re n o v á v e i s

C o m p ro m e t i d a c o m a e v o l u ç ã o d o s e t o r, a W E G i n v e s t e c o n t i n u a m e n t e e m t e c n o l o g i a s q u e a u m e n t a m a e fi c i ê n c i a e n e r g é t i c a e g a r a n t e m a i n t e g r a ç ã o d o s t r a n s f o r m a d o re s c o m a n o v a g e r a ç ã o d e i n v e r s o re s s o l a re s , c o n t r i b u i n d o p a r a u m f u t u ro m a i s s u s t e n t á v e l e i n t e l i g e n t e

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