MP 1.212
AAneel publicou no Diário Of icial da União do dia 6 de agosto a lista das usinas eólicas e solares que poderão prorrogar por 36 meses a data de início de operação comercial de suas unidades geradoras para fazer jus aos descontos nas Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão ou Distribuição (TUST/TUSD), conforme estabelecido na Medida Provisória
1 212/2024 Com isso, os empreendimentos aprovados poderão entrar em operação até 28 de fevereiro de 2029, pois o prazo a mais foi acrescido ao anterior, da Lei 14 120/21, de 48 meses, a contar a partir de 2022
Na sequência, aparecem o Rio Grande do Norte, com 69 (38 eólicas e 31 solares) e Minas Gerais, com 65 (8 eólicas e 54 solares). Para continuarem com os descontos, porém, as usinas têm 18 meses para começar as obras, a contar de 9 de abril deste ano, quando a MP 1.212 foi publicada, ou seja, até outubro de 2025
São 601 usinas solares e eólicas que poderão ent rar em operação até 202 9 para manter os descontos de 50 % da TUST/TUSD
Pelo despacho publicado (2269/2024), a agência divulgou ter aprovado 601 empreendimentos, com potência total de 25,5 GW, dos 2 035 pedidos recebidos (cerca de 85,4 GW). Ainda cinco projetos, sendo quatro solares em Minas Gerais e uma PCH no Paraná, foram aprovados sub judice, por meio de liminares que asseguraram a prorrogação mesmo sem o atendimento de todos os requisitos previstos na medida provisória
Para serem aprovados, os interessados precisavam assinar termo de adesão que def ine as obrigações e os compromissos necessários para a prorrogação, além de apresentar garantias de f iel cumprimento e obser var o prazo estabelecido para o início das obras. O aporte das garantias de f iel cumprimento e a sua validação foi realizada pela bolsa de valores de São Paulo, a B3. Foram mais de R$ 4,5 bilhões em garantias
O estado com o maior número de usinas aprovadas foi a Bahia, com 232, sendo 152 parques eólicos e 80 solares.
Acesse a lista completa dos projetos aprovados no link dsp20242269ti pdf (aneel.gov.br).
Marco do hidrogênio é sancionado com veto a créditos fiscais
Opresidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou no dia 2 de agosto o projeto de Lei 2308/2023, que cria o marco regulatório do hidrogênio de baixo carbono A sanção presidencial, porém, teve veto parcial do capítulo referente aos créditos f iscais de R$ 18,3 bilhões previstos para serem concedidos em cinco anos a empresas investidoras
O capítulo com trechos vetados cria o Prog rama de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC), onde há o ordenamento para geração do crédito f iscal da CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido incidente sobre as operações de compra e venda de hidrogênio de baixa emissão e seus derivados.
O mecanismo vetado prevê processo concorrencial dos projetos que teriam créditos não superiores a R$ 1,7 bilhão em 2028, R$ 2,9 bilhões em 2029, R$ 4,2 bilhões em 2030, R$ 4,5 bilhões em 2031 e R$ 5 bilhões em 2032, totalizando R$ os 18,3 bilhões em cinco anos.
O veto foi orientado pelo Ministério da Fazenda, que analisou os dispositivos como conf litantes com a legislação f inanceira e orçamentária, o que teria potencial para gerar insegurança jurídica Por conta disso, o gover no federal enviou outro projeto de lei ao Cong resso Nacional, o PL 3027/2024, no mesmo dia 2 de agosto, que corrigiria os problemas técnicos encontrados na redação da concessão dos créditos e institui o PHBC
A supressão dos incentivos gerou preocupação em entidades interessadas no desenvolvimento do mercado Em nota conjunta, a ABHIV e a ABHAV (ambas do setor de hidrogênio verde), além das associações de renováveis Abeeólica, Absolar e Abiogás, pediram que “sejam restituídos com a máxima urgência os dispositivos que tratam da concessão de crédito f iscal a projetos de hidrogênio de baixo carbono, através da rápida aprovação do PL 3027/2024.”
Apesar da preocupação com o veto, o restante do marco regulatório foi bem avaliado Na mesma nota conjunta, por exemplo, as associações consideraram o marco como uma “política arrojada de regulação e incentivo à essa nova indústria”, que tem o mérito de ter sido feita com a colaboração de vários setores da sociedade
P residente Lula (ao lado do minist ro de Minas e Energia, Alexandre Silveira), em cer imônia reali zada sanciona projeto no Complexo do Por to do Pecém, no Ceará
Entre as medidas já sancionadas estão o Rehidro - Regime Especial de Incentivos para Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono, que prevê a partir de 2025, por cinco anos, isenção de PIS/Pasep e Cof ins para a compra de matérias-primas, intermediários e materiais de construção utilizados por produtores de hidrogênio de baixa emissão de carbono
Outra criação elogiada do marco é o Sistema Brasileiro de Certif icação de Hidrogênio (SBCH2), que estabelece a estrutura, a gover nança e as competências, além de certif icação voluntária, por intensidade de emissões, com base em análise do ciclo de vida da produção. Há também mecanismos dentro do PL sancionado de incentivos à pesquisa, desenvolvimento e inovação para produção de hidrogênio e às diversas rotas de produção.
Atualmente, já foram anunciados 57 GW em projetos de hidrogênio de baixa emissão de carbono no País, considerando todos os níveis de maturidade As iniciativas estão sendo estudadas principalmente nos estados da Bahia, Ceará, Piauí, Per nambuco e Rio Grande do Norte. Os projetos de hidrogênio já protocolados no Ministério de Minas e Energia somam R$ 212 bilhões em investimentos
Luz Para Todos precisa de 15 milhões de sistemas FV na Amazônia, diz estudo
Auniversalização do suprimento de energia na Amazônia, prevista dentro do prog rama federal Luz para Todos, tem potencial para demandar até 15 milhões de módulos fotovoltaicos, baterias e inversores, a um custo de R$ 38 bilhões A capacidade instalada em regiões remotas amazônicas geraria, por outro lado, ao longo de 33 anos, entre 58 mil e 234 mil toneladas de resíduos eletrônicos.
As conclusões são de estudo do IEMA - Instituto de Energia e Meio Ambiente, publicado na edição de julho da revista científ ica Renewable and Sustainable Energy Reviews A pesquisa avaliou ainda a capacidade dos agentes do setor em atender à demanda prevista pelo Luz Para Todos, incluindo os aspectos econômicos envolvidos no processo e a gestão de resíduos e logística reversa dos sistemas Entre as conclusões do estudo, o custo nivelado de energia (LCOE), que se refere ao custo de instalação, operação e descomissionamento da energia gerada ao longo da vida útil dos sistemas empregados, teria variação entre R$ 477 e R$ 1.189/MWh (US$ 92 a US$ 230/MWh), o que seria menos oneroso do que geradores a diesel
Fictor inicia operação de complexo solar em Presidente Epitácio, SP
AFictor Energia iniciou as operações do complexo solar fotovoltaico de Beira do Rio, em Presidente Epitácio, noroeste do estado de São Paulo. Com cinco usinas interligadas, com potência total instalada de 6,9 MW em corrente contínua (5 MW em alter nada), o empreendimento demandou R$ 35 milhões em investimentos
Além disso, uma revisão de trabalhos inter nacionais feita pela equipe do IEMA concluiu que os sistemas fotovoltaicos são os mais utilizados para levar acesso à energia elétrica para regiões remotas Também foi apontada a não existência de literatura científ ica que aborde a gestão e logística reversa dos resíduos de fontes renováveis em regiões remotas, o que é uma preocupação principalmente ao se considerar que a Amazônia Legal carece de infraestrutura adequada para gerenciar resíduos eletrônicos
O artigo está disponível no link: https://www sciencedirect com/science/ article/pii/S1364032124004477
“Até 2025 investiremos mais de R$ 1 bilhão no segmento de energia, com enfoque principal em projetos de descarbonização e transição energética, sobretudo na região amazônica, mas também em parques de geração distribuída pulverizados em todas as macrorregiões do Brasil”, disse o CEO do g rupo Fictor, Rafael Góis.
Joint venture entre o g rupo Fictor e a Ener watt WTT, especializada em projetos, construções, montagens e consultoria energética, o complexo Beira do Rio tem demanda contratada com a Matrix Energia, comercializadora de energia elétrica que opera com geração distribuída compartilhada em diversos estados do País O empreendimento, entre fases de projeto, construção e comissionamento, foi realizado em quatro meses.
De acordo com o diretor de energia e infraestrutura do g rupo Fictor, Abelardo Sá, a estimativa é de que o complexo solar atenda via GD a demanda de cerca de 6,5 mil unidades consumidoras, entre comércios e residências,
Com cinco usinas interligadas, complexo tem demanda cont ratada com a Mat r ix Energia
Trabal ho também est imou em até 2 3 4 mil toneladas os resíduos elet rônicos ao longo de 3 3 anos na região
por meio da distribuição da Energisa para os clientes da Matrix O PPA assinado com a Matrix é de 15 anos
Brasil instala 400 mil telhados solares no primeiro semestre
Foram instalados 400 mil novos telhados solares em residências no Brasil no primeiro semestre deste ano, aponta levantamento da rede de franquias Portal Solar, com base em dados of iciais da Aneel Estimativa da empresa também aponta que isso signif icou mais de R$ 8 bilhões em investimentos entre janeiro e junho de 2024
Ainda se baseando nos dados da agência, o Portal Solar conclui que os novos telhados já representam cerca de 2 GW de potência instalada nas residências no ano, saltando de 9,7 GW acumulados no f inal de 2023 para 11,7 GW na metade de 2024
O levantamento ainda aponta que o aumento de uso da energia solar fotovoltaica nas residências representa metade de toda a expansão da fonte no país, o que inclui, além das casas, comércios, indústrias e propriedades rurais Segundo a franquia, o Brasil registra, neste primeiro semestre, 4 GW de novas instalações solares em telhados e pequenos terrenos na modalidade
O aumento expressivo de novas instalações, na análise da franquia, tem a ver principalmente com a queda de até 40% no preço dos kits solares no último ano Mas também seriam motivações o aumento do consumo de eletricidade por conta das ondas de calor e, principalmente, a elevação da tarifa de energia elétrica no Brasil
AXS energia investe
R$ 360 milhões em UFVs no Mato Grosso
Sob investimento total de R$ 360 milhões, a AXS Energia está desenvolvendo projeto de construção
de 24 usinas solares fotovoltaicas para geração distribuída compartilhada no estado do Mato Grosso. A previsão é a de que, quando todas estiverem em operação em 2026, as UFVs gerem 130 mil MWh por ano
Quatro usinas já estão conectadas e outras dez devem entrar em operação ainda em 2024 Pelo ritmo de conexões, a meta deve ser cumprida, segundo a empresa Em maio, por exemplo, a usina Juruena 11 foi conectada; no f im de junho, a usina de Paranaíta III; e no dia 4 de julho a AXS conectou as usinas de Araputanga I e de Nova Ubiratã II
Os investimentos no Mato Grosso são apenas parte de um projeto mais ambicioso da AXS, que mira aplicar R$ 1,8 bilhão na construção de usinas solares nos estados do Paraná, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso Segundo a empresa, a estimativa com o projeto mato-g rossense é de retirada de 6 000 000 kg de CO2 da atmosfera com as usinas, o que equivale ao plantio de 45 mil ár vores
Sungrow vai fornecer para 22 usinas FV da RZK Energia
ASung row, desenvolvedora de inversores fotovoltaicos e sistemas de armazenamento, fechou com a RZK
Energia contrato para for necer a esta inversores para 22 usinas fotovoltaicas O acordo (“parceria estratégica”, segundo as empresas) prevê for necimento para um total de 100 MWp de potência instalada nos ativos de geração distribuída da RZK Energia, localizados
São 24 usinas solares fo tovoltaicas, que devem estar em operação plena até o m de 2026
nos estados do Piauí (8), São Paulo (8), Distrito Federal (2), Paraná (2), Ceará (1) e Goiás (1).
Até o primeiro semestre de 2024, já foram investidos mais de R$ 10 milhões, valor que deve dobrar até o f inal de 2025, contemplado outros 80 MW de novas usinas previstas nos planos de expansão da RZK Energia A empresa já utiliza modelos de inversores de 125 kW e 250 kW em seus empreendimentos em operação ou prestes a serem concluídos, a exemplo das usinas de Pitombeiras 1 e 2 (PI), Barretos (SP), Mandaguaçu (PR), Indaiatuba (SP) e Sítio dos Nogueiras (GO), todas com mais de 5 MWp
De acordo com Carlos Delpupo, diretor de engenharia e operações da RZK Energia, a parceria com a Sung row é estimulada pela demanda por tecnologias conf iáveis. “A RZK Energia for nece energia para mais de 10 000 unidades consumidoras. Entre nossos clientes temos TIM, Claro, Santander, Raia Drogasil, FIT e Smartf it, que buscam energia renovável f inanceiramente viável para suas atividades”.
Segundo a assessoria de comunicação da Sung row, o acordo é tratado como “parceria estratégica” porque não é um contrato único, são contratos desenvolvidos ao longo do tempo “Além disso, não se trata apenas de entregas de equipamentos e inversores, o inversor é somente o produto f inal. A Sung row auxilia desde o desenvolvimento do projeto, e a RZK possui diferenciais em O&M e garantia com a Sungrow”, diz o assessor Polibio Braga
Para Rafael Ribeiro, Countr y Manager da Sung row Brasil, o cenário de expansão da geração renovável solar se ref lete no crescimento contínuo da for necedora de equipamentos chinesa no País “Em nossa operação nacional, tivemos um aumento de mais de 32% do volume de comercialização de inversores no comparativo com o primeiro semestre de 2023”. No mundo, a empresa conta com mais de 405 GW implantados.
Colaboração contempla equipamentos para 100 MW de po tência instalada de geração dist r ibuída em seis estados
A RZK Energia é uma empresa dos g rupos RZK e Nova Milano, com foco na geração, comercialização e gestão de energia com seus empreendimentos em São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e no Rio de Janeiro Levando em conta suas usinas em operação, além das que estão em construção, a potência instalada é de 220 MW, utilizando fontes de energia solar fotovoltaica e de biogás Seu atual objetivo é atingir a marca de 340 MWp de potência.
Energia solar fica 9% mais barata no 1º semestre
Opreço médio da energia solar no Brasil para residências caiu 9% no primeiro semestre do ano, segundo dados do “Radar”, indicador que avalia trimestralmente o preço da energia solar realizado pela Solfácil, empresa de energia solar da América Latina
O preço médio, que era de R$ 2,92 por watt-pico (Wp) no último trimestre de 2023, caiu para R$ 2,66 por Wp no segundo trimestre deste ano, informou a empresa em comunicado
A redução de preços foi impulsionada pela queda no custo do polisilício, principal matéria-prima para a
fabricação de módulos solares Apenas no segundo trimestre, a diminuição foi de 4% Os dados mais recentes do estudo, referentes ao segundo trimestre do ano, apontam que a queda nos preços dos projetos se manteve em todas as faixas de potência, desde 2-4 kWp até mais de 15 kWp.
“O custo da energia solar nunca foi tão acessível [...], obser vamos reduções constantes a cada trimestre, e o Brasil já é reconhecido como uma das principais potências mundiais na implementação de projetos de energia solar Com a contínua diminuição dos custos, é esperado que mais pessoas escolham investir nessa fonte sustentável de energia”, af irma Fabio Carrara, CEO da Solfácil
Segundo a empresa, quase todos os estados brasileiros registraram redução nos preços no segundo trimestre, com exceção de Minas Gerais, que não acompanhou a tendência de queda. As maiores quedas foram obser vadas no Rio Grande do Sul, para R$ 2,67/Wp, e em Roraima, para R$ 2,34/Wp, com recuo de 15% no preço comparado ao primeiro trimestre do ano Rondônia registrou R$ 2,30/Wp, com queda de 9%, e destacou-se como o estado mais barato para a instalação de energia solar residencial no Brasil Em seguida a Roraima e Rondônia vêm Amapá,
com R$ 2,36/Wp (queda de 3%), Acre, com R$ 2,47/Wp (queda de 10%), e Mato Grosso, com R$ 2,49/Wp (queda de 7%)
Em termos regionais, o Centro-Oeste mantém sua posição como a região mais acessível para investimentos em energia solar, com um custo médio de R$ 2,58/Wp A região registrou uma queda de 3% entre o primeiro e segundo trimestre do ano
Já o Nordeste apresentou a segunda maior queda de preços no segundo trimestre, com o valor de R$ 2,62/Wp, com queda de 5% abaixo da média nacional. A redução somada às condições geog ráf icas favoráveis tor nam o local atrativo para investimentos em energia solar residencial
A região Sul teve uma queda de 9% nos preços, para R$ 2,60/Wp, consolidando-se como a segunda região mais barata do país para instalação de sistemas solares. Por outro lado, o Norte continua sendo a região mais cara, apesar de uma queda de preços superior à média nacional, com custo de R$ 2,79/Wp e redução de 5% nos preços.
O Sudeste, por sua vez, teve a menor redução de preços entre todas as regiões do Brasil, com o valor médio de R$ 2,74/Wp e diminuição média de 1% entre trimestres, por causa da performance de Minas Gerais, que foi
o único estado a não registrar redução nos preços
Marcas de inversores mais utilizadasA Solfácil também analisou a escolha de marcas de inversores em diferentes regiões do Brasil A De ye e Goodwe ultrapassam Growatt como as marcas de inversores mais presentes nas solicitações pelo Brasil Para projetos de menor potência, a De ye tem se destacado, enquanto Goodwe ganha espaço em projetos maiores
Aneel publica novas regras para análise de inversão de fluxo de potência
AAneel - Agência Nacional de Energia Elétrica publicou no Diário Of icial da União de 31 de julho a Resolução Normativa nº 1 098/2024, com as novas reg ras para a análise de inversão de f luxo de potência realizada pelas distribuidoras de energia nos processos de parecer de acesso à rede para sistemas de geração distribuída Em pauta havia meses, as novas reg ras foram aprovadas em reunião da diretoria da agência de 23 de julho, e constam como alterações à Resolução Normativa nº 1 000/2021
Foram aprovadas três exceções para que as distribuidoras não realizem as
análises de inversão de f luxo de potência na rede A exceção mais importante foi a que contemplou o chamado fast-track, que dispensa os estudos de inversão de f luxo a pedido do consumidor caso a conexão de microgeração distribuída tenha potência instalada igual ou inferior a 7,5 kW e seja utilizada apenas para compensação na própria unidade consumidora Nesse caso, o consumidor precisa se comprometer a não receber ou ceder créditos de compensação para terceiros
Um segundo caso aprovado prevê a dispensa dos estudos de inversão para microgeração e minigeração distribuída que não injete na rede de distribuição de energia elétrica, também conhecido como grid zero Já o terceiro é o caso da simultaneidade, voltado para usinas que se enquadram no critério de g ratuidade da Resolução 1000/2021 e cujos sistemas apresentam potência de geração distribuída compatível com o consumo da unidade consumidora durante o período de geração
O aperfeiçoamento do tema da inversão de f luxo foi debatido na Consulta Pública nº 3/2024 e recebeu 322 contribuições de 107 instituições Aliás, a Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, uma das que enviaram contribuições, considerou as alterações “insatisfatórias”, segundo divulgou logo após a decisão da Aneel a vice-presidente de GD da entidade, Bárbara Rubim
Itaipu vai instalar
usina solar flutuante no reservatório
AItaipu Binacional vai instalar uma usina solar f lutuante no reser vatório da usina hidrelétrica, em caráter experimental, com capacidade de 1 MWp, informou a assessoria de comunicação da empresa. O edital para contratação do ser viço, com valor estimado de US$ 1 milhão, foi publicado em 25 de julho e previa o for necimento dos equipamentos, instalação, comissionamento e assistência técnica Podiam participar da licitação consórcios binacionais, formados por empresas brasileiras e paraguaias, em que cada consorciada deve deter no mínimo 30% de participação. A expectativa era de que a sessão pública da licitação ocorresse em 30 dias após o lançamento do edital
A Itaipu Binacional, o Itaipu Parquetec e o Parque Tecnológico Itaipu (PTI – margem paraguaia) vão desenvolver estudos de sustentabilidade da usina solar f lutuante no reser vatório da hidrelétrica O projeto contempla análises de comparação de geração entre a usina f lutuante e outras usinas solares em solo, análises de modelos de negócio para as legislações brasileira e paraguaia, avaliação de possíveis impactos na rede inter na de energia da Itaipu e simulações para eventual expansão da usina f lutuante e inclusão de sistemas de bateria O estudo também vai levantar possíveis impactos ambientais da planta fotovoltaica no reser vatório.
Est udos visam con r mar alguns bene f ícios ambientais esperados, como a redução da evaporação do reser vatór io e a mi t igação da for mação de algas
A principal queixa da Absolar é limitar a dispensa apenas para as usinas de até 7,5 kW e a não exigência de estudos mais aprofundados pelas distribuidoras para negar o parecer de acesso por conta da inversão de f luxo Na análise da associação, as concessionárias utilizam a justif icativa para limitar as conexões em suas redes, muitas vezes de forma arbitrária e sem respaldo técnico
Os módulos serão posicionados no lado paraguaio do reser vatório e a energia gerada vai atender parcialmente o consumo interno da própria usina Segundo o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, entre os objetivos do projeto estão o desenvolvimento tecnológico de soluções sustentáveis na área de energia, a criação de novos negócios e a otimização do uso do reser vatório “A solução encontrada aqui na Itaipu poderá ser vir de espelho para a instalação de projetos semelhantes em outros reser vatórios brasileiros”, af irmou.
O superintendente da Assessoria de Energias Renováveis da Itaipu, Rogério Meneghetti, disse que as análises poderão conf irmar alguns dos benefícios ambientais esperados com o projeto entre eles, a redução da evaporação do reser vatório e a mitigação da formação de algas, contribuindo para a preser vação dos ecossistemas aquáticos. Ao ref letir a luz solar, a água também poderá aumentar a captação de energia dos painéis solares, gerando maior rendimento em comparação com instalações terrestres Meneghetti acrescenta que estudos técnicos indicam que o potencial brasileiro de usinas solares em reser vatórios de hidrelétricas chega a 4.519 GWp, com uma geração anual de 4,4 milhões de MWh
O prazo para a instalação da usina solar, a partir da assinatura da ordem de ser viço, será de 150 dias corridos, incluindo a entrega do projeto de engenharia, dos equipamentos elétricos, do sistema de controle e instrumentação, estrutura mecânica, obras civis e estruturais, construção, montagem e comissionamento. Outros 180 dias serão adicionados para assistência técnica, treinamento e aceitação f inal do produto, totalizando 330 dias para a execução do projeto.
GreenYellow assina contrato gigante com Carrefour na França
Afrancesa GreenYellow, da área de transição energética descentralizada, e o Carrefour, varejista inter nacional de alimentos, assinaram um acordo de g rande escala para instalar carports solares nos estacionamentos de 350 hipermercados e supermercados do gigante varejista na França até 2027. O projeto envolve capacidade total de mais de 350 MW, que produzirá cerca de 450 GWh de energia por ano, o que o tor na o maior prog rama de energia solar descentralizada na Europa, af irma a GreenYellow
GreenYellow, Enersim e Oeste Solar implantam usinas de GD compar tilhada
Duas fazendas solares, fr uto de acordo entre as empresas GreenYellow, Enersim e Oeste Solar, estavam em fase final no estado do Mato Grosso em julho Com potência total instalada de 12,56 MW, que devem gerar 24 GWh de energia por ano, a primeira usina implantada na cidade de Nova Ubiratã já estava conectada à rede da distribuidora e a de Alta Floresta estava em conclusão
A s duas usinas em Mato Grosso terão 12,56 MW de capacidade instalada e vão gerar 24 GW h/ano (na fo to, a usina de Alta F loresta)
Voltadas para geração distribuída compar tilhada, a energia gerada pelas usinas tem capacidade para atender até 12 mil residências e de evitar a emissão de mais de 900 toneladas de CO2
A GreenYellow é responsável pelo investimento, projeto, implantação e operação e manutenção das usinas, já a Enersim, empresa gestora de energia em várias fontes, vai fazer a gestão dos créditos da energia gerada Atualmente a empresa tem mais de 10 mil assinaturas de GD
“A estratégia da GreenYellow é continuar injetando capital no segmento brasileiro ao longo de 2024, com uma previsão de R$ 400 milhões de investimento em 2024”, disse em nota o diretor presidente da GreenYellow, Marcelo Xavier A Oeste Solar, de Cuiabá, Mato Grosso, fundada em 2018, é especializada em geração distribuída solar fotovoltaica e responsável por aproximadamente 30% do total de fonte solar no estado mato-grossense, segundo afir mou em comunicado
Acordo prevê a instalação de car por t s solares em estacionamentos de 350 unidades da varejista de alimentos
O contrato de 20 anos prevê a instalação de sistemas fotovoltaicos de sombreamento, ou carports solares, nos estacionamentos de 90 hipermercados e 260 supermercados do Grupo Carrefour na França, representando a “solarização”
de quase 180 mil vagas de estacionamento O projeto cobrirá as regiões da Normandia, Ilha de França, Altos da França, Grande Leste, Nova Aquitânia, Occitânia e Provença-Alpes-Costa Azul A GreenYellow for necerá suporte desde o design até a instalação e
operação das usinas O compromisso inclui garantia de desempenho durante todo o contrato O modelo de f inanciamento da GreenYellow cobre todo o investimento
Com este projeto, o Carrefour deve cumprir a obrigação de “solarizar” seus estacionamentos, estipulada pela lei de aceleração das energias renováveis da França, e também reduzir sua dependência das f lutuações de preços de energia através do autoconsumo de parte da energia produzida A fase de desenvolvimento começa agora e as primeiras implementações estão previstas para 2025 Metade do programa será concluída até o final de 2026.
A GreenYellow está desde 2014 no Brasil, onde possui mais de mil projetos de eficiência energética implementados e 280 MWp em projetos fotovoltaicos distribuídos em mais de 80 usinas, segundo a empresa Entre seus clientes atualmente estão Oi Telecom, DPSP, Lopes Supermercado, Claro, Magazine
Luiza, Pão de Açúcar, Assaí Atacadista, Grupo Casas Bahia, Leroy Merlin e outros
A empresa inaugurou recentemente uma usina solar fotovoltaica com capacidade instalada de 3,25 MWp em Cajuru, no interior de São Paulo Feita em parceria com a prefeitura da cidade e com a Sung row, for necedora de inversores fotovoltaicos e sistemas de armazenamento de energia, a usina deve gerar 6,3
GWh por ano Além da usina no solo, a GreenYellow construiu também um telhado solar na escola pública municipal EMEB André Ruggeri. O sistema tem 34 módulos solares fotovoltaicos de 335 Wp cada, somando 11,39 kWp de potência instalada, para atendimento de 75,48% do consumo médio estimado da escola
Neoenergia vai instalar usinas solares e LEDs para Forças Armadas
ANeoenergia e o Ministério da Defesa assinaram em julho um acordo de cooperação técnica para construir 10 usinas solares fotovoltaicas e trocar 3,6 mil lâmpadas convencionais por modelos LED em prédios das Forças
Na assinat ura do acordo, cont ra-almirante Souza Júnior, presidente da Neoenergia Eduardo Capelastegui, minist ro da De fesa José Mucio Monteiro, vice-presidente da Neoenergia Solange R ibeiro, general do exérci to O liveira e br igadeiro do ar Ho f f mann
Armadas do Brasil. Serão benef iciadas unidades consumidoras do Exército, Marinha e Aeronáutica.
Os convênios atenderão edif icações militares no Distrito Federal, Bahia, Per nambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo A instalação e operação das usinas, além da substituição das lâmpadas, deve ocorrer até o f im de 2024
A previsão é a de que o prog rama diminua o valor das faturas de energia elétrica das instituições em R$ 2,1 milhões por ano
Com um investimento estimado em R$ 8,8 milhões, feito pelo Prog rama de Ef iciência Energética (PEE Aneel) da Neoenergia, a parceria com as Forças Armadas prevê a construção de 10 usinas solares com capacidade somada superior a 2,1 MWp A estimativa de geração anual é de 3 GWh/ano
Outros projetos de ef iciência energética mais antigos da Neoenergia com as Forças Armadas já somam mais de dez anos Com investimentos do PEE
Aneel na casa de R$ 12 milhões, a parceria já atendeu 66 unidades do Exército, Marinha e Aeronáutica No total, mais de 83 mil lâmpadas inef icientes foram trocadas e cinco usinas solares já foram implementadas
Solfácil capta CRIs para financiar
GD solar
ASolfácil, empresa especializada em f inanciamento, distribuição e seguros para o setor solar fotovoltaico, fez captação de R$ 750 milhões em certif icados de recebíveis imobiliários (CRIs) para f inanciar mais de 22 mil projetos de geração solar distribuída no Brasil A operação foi coordenada pelo Itaú BBA e a XP, além da Kanastra, empresa de securitização e administradora.
Trata-se da segunda captação de CRIs da empresa. Em março, a Solfácil havia conseguido R$ 600 milhões nos certif icados, o que segundo comunicado da empresa foi uma das maiores captações de investimento registradas
em 2024. Com a emissão desse segundo CRI verde, a Solfácil acumula mais de R$ 1,5 bilhão captados no ano.
Para o CFO da Solfácil, Guillaume Tiret, a captação via CRI viabiliza o acesso a um público maior de investidores, com foco em pessoas físicas e um custo de capital mais atrativo, o que se traduz, na sua avaliação, em taxas de juros mais baixas para os consumidores f inais
“Essa captação gerou uma demanda expressiva dos investidores, permitindo aumentar a emissão de R$ 600 milhões para R$ 750 milhões, valor máximo previsto pela oferta Isso evidencia como os produtos de investimento atendem à demanda crescente dos investidores por investimentos de baixo risco e de bom rendimento”, diz
A emissão, dividida em cinco classes de séries, foi classif icada pela Fitch Ratings e Moody’s Rating A primeira série obteve a classif icação mais alta, AAA, enquanto a segunda série foi classif icada como AA O CRI II Solfácil obteve a classif icação de título verde, comprovando compromisso no combate a mudanças climáticas
Segundo comunicado da empresa, a Solfácil tem dobrado de tamanho anualmente após apostar no modelo de negócio como ecossistema de soluções solares, com o integ rador solar no centro de suas operações. Recentemente, a empresa investiu R$ 200 milhões na inauguração da filial de distribuição de equipamentos solares em Jundiaí, SP, e R$ 100 milhões na abertura do centro de distribuição em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco
Atualmente, a frente de distribuição de equipamentos solares já representa 50% dos resultados do modelo de negócio
Omnigen
acessa financiamento para implantar 62,4 MWp em solar
AOmnigen Energy, subsidiária de energia da Appian Capital Advisor y LLP, assessora global de investimentos de fundos de capital privado focados em empresas de mineração, obteve um f inanciamento de R$ 250 milhões do Itaú BBA para desenvolver portfólio de 20 usinas solares fotovoltaicas com uma capacidade total de 62,4 MWp, todas em Minas Gerais e em fase final de construção Segundo comunicado, a empresa concluiu o processo estruturado e o aporte obtido cobrirá os custos restantes de desenvolvimento, a partir do momento que o projeto está totalmente financiado até se tornar operacional
A Omnigen executou a documentação def initiva com o Itaú BBA para uma facilidade de f inanciamento de dívida de R$ 250 milhões (US$ 50 milhões) A diligência técnica, legal, ambiental e social realizada pelos MLAs (arranjadores líderes mandatados), segundo a empresa, é endosso dos fundamentos e das práticas de ESG do projeto O projeto incor pora a estratégia de energias renováveis à prática de mineração da Appian, com plano de descarbonização de seu portfólio
Em junho do ano passado, o g rupo Appian criou uma joint-venture com a Detronic Energia, quando introduziu no portfólio brasileiro a atuação no setor de energias renováveis. Após essa primeira iniciativa, criou a subsidiária Omnigen Energy Com isso, todos os ativos de energia renovável serão geridos pelo novo negócio A expectativa é que a maioria dos parques solares sejam concluídos ainda em 2024
Guillaume T iret , CFO da Sol fácil (à esquerda na fo to, junto ao CEO Fábio Car rara): “ cap tação gerou demanda expressiva dos invest idores”
l a ç ã o d e
c a r r e g a d o re s
e m c o n d o m ín i o s
A implementação de estações de recarga em condomínios ver t icais, tanto residenciais quanto comerciais, apresenta desa os únicos, e as nor mas impõem requisi tos r igorosos para garant ir a segurança das instalações. Este ar t igo explora as di ferentes opções de conexão de veículos elét r icos, as di culdades técnicas e regulatór ias envolvidas, e soluções inovadoras para facili tar a instalação de car regadores em condomínios
rápida expansão do mercado de veículos elétricos (VE) tem impulsionado uma transformação signif icativa na infraestrutura de recarga, especialmente em ambientes residenciais e comerciais Estudos indicam que até 80% das recargas de VEs ocorrem em residências, demonstrando a importância de soluções de recarga acessíveis e ef icientes As normas da ABNT estabelecem diretrizes específ icas para a conexão de VEs à rede de alimentação elétrica, visando garantir segurança e ef iciência no processo de recarga
A ABNT NBR IEC 61851-1 [1] def ine três tipos de conexão e quatro modos de recarga, cada um com suas particularidades em termos de requisitos técnicos e de segurança Esses modos variam desde conexões simples a tomadas padronizadas até sistemas mais complexos que exigem infraestrutura específ ica
Neste contexto, a implementação de sistemas de recarga em condomínios requer uma análise detalhada das possibilidades de ligação, sejam
elas em unidades consumidoras individuais, coletivas ou específ icas para estações de recarga Além disso, é essencial considerar o balanceamento de cargas e a gestão de demanda para otimizar o uso da infraestrutura elétrica existente e evitar sobrecargas que possam comprometer a segurança e ef iciência do sistema
Tipos de conexão do veículo elétrico à rede de alimentação
A ABNT NBR IEC 61851-1 [1] define três tipos de conexão do veículo elétrico (figura 1) e quatro modos de recarga, que são as formas de ligação de um VE à
instalação que vai fornecer energia elétrica ao veículo Quanto aos modos de recarga, o modo 1 é um método para conexão de VE a uma tomada normalizada, no Brasil conforme a ABNT NBR 14136 [2] ou ABNT NBR IEC 60309-2 [3], de uma rede de alimentação em corrente alter nada, utilizando um cabo e um plugue que não sejam equipados com piloto ou contato auxiliar adicional A corrente máxima é de 16 A e a tensão 250 V monofásica e 480 trifásica A tomada deve ser provida de condutor de proteção. O carregamento com o modo 1 é proibido em vários países, como Estados Unidos, Israel e Reino Unido
O modo 2 é um método de conexão de VE a uma tomada normalizada, no Brasil conforme a ABNT NBR 14136 ou ABNT NBR IEC 60309-2, de uma rede de alimentação em corrente alter nada, utilizando um sistema de alimentação para veículo elétrico (SAVE)
João Gilberto Cunha – Mi Omega Engenharia e Universidade Mi Omega; Rafael Gosuen Cunha – movE Eletromobilidade
equipado com cabo e plugue com função piloto de comando e sistema de proteção das pessoas contra choques elétricos, colocados entre o plugue normalizado e o VE A corrente máxima é de 32 A e a tensão 250 V monofásico e 480 trifásico, lembrando que os limites de correntes estão sujeitos às características nominais da tomada normalizada utilizada por exemplo, no caso da ABNT NBR 14136, o limite é 20 A/250 V.
O modo 3 é um método de conexão de VE a um SAVE em corrente alternada, conectado permanentemente em uma rede de alimentação em c a , com uma função piloto de comando que se estende do SAVE ao VE O SAVE deve for necer um condutor de proteção à tomada f ixa da estação de recarga para VE e/ou à tomada móvel para VE
Caso A - Conexão de VE à rede de alimentação com um plugue e um cabo permanentemente fixados ao VE
Caso B - Conexão de VE à rede de alimentação com um cabo de recarga para VE destacável nas duas extremidades
Caso C - Conexão de VE à rede de alimentação com cabo e uma tomada móvel fixados permanentemente na estação de recarga para VE
F ig 1 – T ipos de conexão do V E à rede de alimentação (ABNT NBR IEC 61851-1 [1])
quena, pode ser necessário um aumento de carga e atualização da entrada e medição de energia, mas isto também não é um g rande problema
O modo 4 é um método de conexão de VE a uma rede de alimentação em corrente alter nada ou em corrente contínua utilizando um SAVE em corrente contínua com uma função piloto de comando que se estende do SAVE ao VE. O SAVE deve for necer um condutor de proteção à tomada f ixa da estação de recarga para VE e/ou à tomada móvel para VE.
Ligação da estação de recarga
Quando se fala da ligação de carregadores de veículos elétricos, três possibilidades devem ser consideradas: ligação de um consumidor individual, ligação de consumidor coletivo, ou ligação de um consumidor individual alimentado em MT ou AT No caso da ligação de um carregador em um consumidor individual, não há g randes dif iculdades, visto que a potência do carregador nestes casos não é muito alta, girando em tor no de 7 kW No caso de uma unidade consumidora com carga instalada muito pe-
As unidades consumidoras alimentadas diretamente da rede de distribuição de média e alta tensão, normalmente são empresas de porte maior e as instalações elétricas são mais f lexíveis e sem muitas reg ras estabelecidas pelas distribuidoras de energia elétrica, fazendo com que a acomodação de estações de recarga seja feita de forma mais fácil.
O grande problema vai aparecer nos consumidores coletivos ligados diretamente à rede da distribuidora Neste caso há requisitos normativos, estabelecidos pelas normas da ABNT e das distribuidoras de energia elétrica, e requisitos legais estabelecidos pela Aneel –Agência Nacional de Energia Elétrica.
Possibilidades de ligação
em uma unidade consumidora coletiva
Nesse tipo de unidade consumidora, caso dos prédios de apartamentos ou salas comerciais, o sistema de alimentação de veículo elétrico, ou a estação de recarga de veículo elétrico, pode ser conectada de uma das seguintes formas: x na unidade consumidora condomínio (administração);
x numa unidade consumidora específ ica para estações de recarga; x diretamente no medidor de uma unidade consumidora individual Estas formas valem tanto para instalações novas quanto para modif icação de instalações existentes Um medida muito importante é consultar a norma da distribuidora de energia para verif icar se há alguma restrição por exemplo, a solução de conectar diretamente ao medidor de uma unidade consumidora é proibida por algumas distribuidoras.
As distribuidoras de energia têm regras para ligação dos consumidores à sua rede de distribuição Quando as cargas instaladas forem pequenas, elas podem ser conectadas diretamente à rede de distribuição de baixa tensão, sendo o valor limite normalmente o estabelecido pela Resolução Normativa Aneel 1000 [4], que é de 75 kW Acima deste valor e até 300 kVA, a unidade consumidora pode ser alimentada a partir de um transformador exclusivo para a unidade, situado no lado exter no dos limites da propriedade Acima de 300 kVA, a unidade é alimentada a partir de subestação transformadora situada no terreno da unidade consumidora, e de propriedade e responsabilidade do consumidor.
Estas reg ras podem ser facilmente aplicadas a um empreendimento novo, pois é durante a fase de projeto que se def ine a distribuição dos espaços para os componentes necessários Quando a edif icação já está construída e vai ser necessário liberar espaço para a acomodação de novos componentes, como subestações transformadoras no interior da propriedade,
a solução pode não ser tão simples.
Outro aspecto importante refere-se às instalações elétricas de alimentação: em caso de instalações novas o projeto já é feito considerando todas as cargas, mas no caso das instalações existentes a adição de novas cargas, como estações de recarga de VEs, pode implicar a troca dos condutores existentes por outros de maior seção ou adição de novos condutores em paralelo aos existentes, devido ao aumento de demanda provocado pelas estações de recarga
A opção de instalar as estações de recarga na unidade consumidora (administração) do condomínio (f igura 2) pode exigir a instalação de medidores de energia individuais, para que a cobrança da energia usada no carregamento seja individualizada. A separação dos carregadores em relação às demais cargas, em circuitos e quadros de distribuição exclusivos, também é importante, como estabelece a seção 4 2 5 da norma ABNT NBR 5410 [5] Instalar as estações de recarga no medidor de uma unidade especif icamente dedicada à alimentação das estações de recargas pode ser muito interessante quando se deseja terceirizar o ser viço de recarga para uma empresa especializada. E, também, quando for feita a implantação de um g rande número de estações em uma edif icação existente, esta solução permite que o projeto novo f ique independente do existente, tendo-se de alterar somente as instalações a montante do centro de medição, ou introduzir um novo transformador na unidade consumidora coletiva (vide f iguras 3 a 5)
Muitos instaladores têm optado pela ligação das estações de recarga diretamente no medidor das unidades consumidoras individuais apartamentos ou salas comerciais , mas neste caso deve-se ter em conta que está sendo inserida uma carga de 7 kW, que na tensão de 220 V resulta uma corrente de 32 A Não se pode
Condomínio Carregador Carregador Carregador
F ig 2 – Ligação das estações de recarga na unidade consumidora condomínio
Carregador Carregador Carregador
F ig 3 – Ligação das estações de recarga em uma unidade consumidora especí ca para estas, quando todas as unidades consumidoras puderem ser alimentadas por um mesmo t rans for mador
Carregador Carregador Carregador
F ig 4 – Ligação das estações de recarga em uma unidade consumidora especí ca para estas, quando as estações de recarga t iverem de ser alimentadas por um t rans for mador di ferente do das unidades consumidoras individuais e do condomínio
Carregador Carregador Carregador
F ig 5 – Ligação das estações de recarga ao mesmo t rans for mador que alimenta a unidade consumidora condomínio, mas sendo este t rans for mador di ferente do que alimenta os consumidores individuais
esquecer que o cabo deve estar coordenado com o disjuntor que o protege; logo, o dimensionamento do cabo tem de seguir o do disjuntor geral
O ideal neste caso é dividir a alimentação em dois circuitos independentes, como mostra a f igura 6, sendo
um para o apartamento ou sala comercial e outro para a estação de recarga
Em instalações novas, a demanda total deve ser calculada incluindo a potência da estação de recarga e, no caso das instalações existentes, deve ser alterada a demanda e substituídos
o disjuntor geral e os cabos alimentadores da unidade consumidora pois, caso contrário, existe a possibilidade de desligamento do disjuntor geral no centro de medição. Se não for feita a alteração da demanda, para minimizar o problema do desligamento deve ser implementado um controle do sistema de recarga, para que o carregamento do VE seja feito num período de baixo uso pela unidade consumidora Na Espanha, esta solução é permitida pela norma ITC-BT 52 [6], mas para isso deve ser instalado um sistema que permita religar o disjuntor geral a partir de um acionamento na unidade consumidora (apartamento ou sala).
Dimensionamento dos circuitos e os fatores de demanda
O dimensionamento do sistema de alimentação desde o centro de medição até as estações de recarga deve ser feito de acordo com a ABNT NBR 5410 e, para o sistema de alimentação de veículos elétricos (SAVE), com a ABNT NBR 17109 [7]. O SAVE é um equipamento ou conjunto de equipamentos que asseguram as funções dedicadas à alimentação de energia elétrica até um VE, para f ins de recarga, a partir de uma instalação elétrica f ixa ou de um outro tipo de rede de alimentação
A ABNT NBR 17109, na seção 4 2 1 1 101, estabelece que, em utilização normal, cada ponto de conexão seja utilizado em seu valor de corrente nominal ou em seu valor de corrente de recarga máxima conf igurado para a estação A conf iguração da corrente de recarga máxima deve ser realizada somente com a utilização de uma chave, prog ramação ou outro meio apropriado, e deve ser acessível somente por pessoas advertidas ou qualif icadas (BA4 ou BA5).
Para esta aplicação, o fator de demanda do circuito terminal que ali-
Carregado
F ig 6 - Ligação das estações de recarga diretamente ao medidor de uma unidade consumidora individual, com detal hamento da pro teção
menta o ponto de conexão (por exemplo, a tomada de corrente) é igual a 1
Uma vez que todos os pontos de conexão podem ser utilizados simultaneamente, o fator de demanda do circuito de distribuição deve ser considerado igual a 1, a menos que um controle de recarga seja incluído no SAVE, ou instalado a montante, ou ambos
Evidentemente que para uma unidade de consumidora com poucas estações de recarga pode ser adequada a utilização do fator de demanda unitário, mas para uma unidade consumidora com um g rande número de estações é, com certeza, economicamente inviável o uso do fator de demanda unitário, por causa do alto custo da infraestrutura de alimentação, sendo neste caso imperativo o uso de um sistema de controle de carga
As relações de potência carregadores vs. carros
Antes de adentrar o tema da operação de balanceamento de cargas para aplicações em condomínios, ou outras que tenham limitação de demanda, é imprescindível compreender bem o funcionamento do carregador diante da diversidade de cenários e tipos de veículos, bem como o processo de recarga, pois são fatores que inf luenciam diretamente na operação.
A potência com que um carregador opera durante uma recarga depende
de alguns fatores, sendo os principais a potência nominal do carregador, os parâmetros da alimentação do carregador, a conf iguração do carregador on board (OBC - on board charger) e o estado da bateria do veículo, entre outros Considere inicialmente o seguinte caso: um carregador monofásico (F-N) alimentado em 220 V, o qual tem como corrente nominal 32 A, para uso público, portanto usado para carregar distintos modelos de veículos elétricos Considere agora que o carregador será utilizado por dois veículos: Porsche Tycan e BYD Dolphin. O ponto chave de entendimento desta questão é: os dois veículos carregarão com a mesma potência e terão a mesma ef iciência nas recargas?
A resposta a esta questão está basicamente nas informações técnicas dos OBC desses veículos O BYD Dolphin possui OBC de 7 kW (220 V e 32 A, monofásico), já o Porsche Tycan possui OBC de 22 kW (380 V e 32 A, trifásico)
A potência de recarga dos veículos é a menor potência entre o carregador e o OBC, estando limitada também pelo menor número de fases entre os dois Ou seja, neste exemplo, o Porsche Tycan carrega em uma fase a 32 A, portanto 7,4 kW, sendo o mesmo valor para o BYD Dolphin
Supondo agora que o carregador seja trifásico, alimentado em 380 V (F-F), com corrente nominal de 32 A Seguindo a mesma lógica, temos que o
Porsche Tycan carrega em sua potência nominal, 22 kW, e o BYD Dolphin f ica limitado à potência de seu OBC, 7 kW, pois irá utilizar somente uma fase do carregador.
Estes conceitos estão exemplif icados nas f iguras 7 e 8, e são importantes para o entendimento da operação da recarga e para o planejamento do balanceamento das recargas
Processo da recarga e CP
A recarga de um veículo elétrico passa por diferentes fases, primeiramente na comunicação entre o veículo e o carregador, e posteriormente na modulação da potência por parte do sistema de gerenciamento da bateria (BMS - Batter y Management System) para que o carregador envie os parâmetros solicitados
O processo de recarga da bateria possui duas fases características: a fase de corrente constante e a fase de tensão constante Na fase de corrente constante, a bateria é recarregada rapidamente enquanto o nível de tensão de suas células é normalizado, conforme pode ser visto na f igura 9 Em seguida, inicia-se a fase de tensão constante, que visa terminar o carregamento sem que haja deg radação da célula, de modo que ela lentamente aumenta sua capacidade, dado que o aumento da resistência inter na da célula acarreta uma corrente cada vez menor de recarga Em bancos de baterias, essa fase de tensão constante tem ainda outra função, a de permitir que as células possam ser equalizadas, o que é possível em correntes mais baixas, sendo esta equalização mais lenta
A partir deste modelo é possível concluir que a recarga não é um processo linear, portanto não podemos estimar o tempo de recarga
Interface usuário
ig 7 – Car regador mono fásico F ig 8 – Car regador t r i fásico
Controlador de carga
Controlador central Leitor RFID
Medidor de energia
com uma simples regra de três. Porém, de modo geral é possível estimar que a faixa entre 20% e 80% possui uma linearidade, o que ser ve como parâmetro de tempo para a recarga.
A potência da recarga é modulada pelo próprio BMS, por meio do ajuste de impedâncias, porém há um outro modo de modular a potência: por meio do CP - Control Pilot O CP é um sinal gerado pelo carregador com o formato de uma onda quadrada de 1 kHz, e permite dois modos de con-
trole: o primeiro por meio da amplitude da onda, a qual indica o estado do processo da recarga, e o outro por meio do duty cycle, ou a largura da onda, a qual indica a corrente a ser enviada A f igura 10 representa as possíveis modulações do sinal do CP
Por meio do sinal do CP, o BMS recebe a informação de que é necessário modular a potência, atendendo ao que foi solicitado pelo carregador, gerando assim uma importante funcionalidade para esta aplicação, o Smart Charging.
Corrente de carregamento Taxa de carregamento = 1C
F ig 9 – C ur va de recarga com as fases de tensão e cor rente constantes (fonte: [8])
Função Smart Charging
O Smart Charging é um conjunto de funcionalidades do OCPP
1.6 - Open Charge Point Protocol [9] que permite estabelecer limites de corrente, modulando assim a potência de recarga dos veículos elétricos
Interfac
Controlador
Controlador
Estado A
Estado B
Estado C
Estado D
Estado C: VE conectado, pronto, sem venti ação
Estado D: VE conectado, pronto, venti ação
F ig 10 – Sinal P WM do Cont rol P ilo t (CP)
Os três tipos de funções que compõem o Smart Charging atuam em diferentes momentos nas recargas O tipo de mais alto nível pode ser previamente agendado, o intermediário atua sobre a próxima recarga após sua aplicação, e o nível mais baixo atua imediatamente, inclusive dentro da própria recarga em andamento, caso houver Deste modo, podem ser desenvolvidas estratégias poderosas para o controle das cargas, permitindo o balanceamento de cargas, deslocamento de cargas ou o peak shaving, ou seja, a limitação da potência de pico
O gerenciamento das recargas utilizando essas funcionalidades necessita que os carregadores sejam inteligentes e possuam o Smart Charging, pacote de funcionalidades opcionais do OCPP 1 6, distribuindo toda a capacidade do alimentador entre todos os carregadores Ainda, é possível fazer uso de estratégias como: a mesma potência para todos os carregadores; os primeiros veículos a começarem a recarga permanecem com maior potência, e os demais com menor potência; ou até mesmo uma cobrança pela preferência na recarga mais rápida
A f im de se ter um uso ef iciente do Smart Charging, é necessária uma plataforma de gestão e operação de carregadores que possua esta capacidade e que permita f lexibilidade suf iciente para que possam ser elaboradas estratégias de otimização para as mais diversas aplicações possíveis
Definição da IEC 61851-1 Anexo A
Estação de carregamento controla o "duty cycle” PWM (em %) comutando a chave on e off em 1 kHz → “Duty cycle” = proporção entre os períodos on e off Quanto mais a chave estiver na pos ção on, maior a corrente disponível VE controla nível de tensão
Balanceamento de cargas
A estratégia de balanceamento de cargas já é utilizada em diversas aplicações em que há uma limitação na instalação elétrica e se tor na necessário ajustar as cargas de acordo com o limite técnico e/ou f inanceiro, a f im de otimizar a operação sem incorrer em problemas técnicos e custos excessivos
O modelo de balanceamento de carga consiste em controlar a potência dos carregadores de modo a totalizar a demanda disponível, acrescida de uma margem técnica para segurança da operação, sendo possível utilizar a estratégia de diferentes modos, com mais ou menos inteligência O modo com menos inteligência é utilizar os carregadores em apenas dois estados, carregando e standby, de maneira que a quantidade de veículos a serem carregados simultaneamente é reduzida Assim, um alimentador com capacidade de 80 A vai permitir somente
a recarga de dois veículos com 40 A, e os demais permanecem em standby (f igura 11)
Modelos de balanceamento de carga mais aprimorados consistem na aplicação direta do Smart Charging, modulando a potência para se utilizar ao máximo a demanda disponível. Neste caso, em uma instalação com quatro carregadores e somente 80 A disponíveis, essa corrente seria dividida por quatro, resultando na aplicação de 20 A por carregador (f igura 12)
Portanto, a lógica que baseia a maioria dos sistemas de balanceamento de carga é utilizar a demanda disponível dividida pelo número de carregadores em operação naquele momento Porém, a f im de obter uma maior ef iciência, é importante considerar alguns aspectos frequentemente negligenciados por sistemas de gestão
A ideia de que a corrente de operação do carregador é a corrente disponí-
vel dividida diretamente pelo número de carregadores pode induzir a crer que havendo 80 carregadores operando, cada um receberia 1 A. Mas isso não é verdade pois, de acordo com o protocolo OCPP, a corrente mínima de aplicação pelo
Smart Charging é de 6 A, ou seja, o número máximo de carregadores em operação conjunta neste exemplo é de 80/6 que resulta em 13 carregadores. Outro ponto relevante no planejamento de um sistema de balanceamento de carga é considerar as fases em que cada carregador está conectado, pois a ampla maioria dos veículos elétricos possui o OBC monofásico e, portanto, seus carregadores são monofásicos, sendo a instalação destes comumente feita de modo a balancear as fases dos alimentadores Assim, havendo 10 carregadores em opera-
ção, não necessariamente a corrente deles será de 8 A, já que podem estar em fases diferentes, e assim é necessária a verif icação do carregamento de cada fase para a correta distribuição da demanda disponível entre as fases Ainda, o controle do carregador se dá na totalidade deste: em caso de carregador trifásico, se a operação de uma das fases precisa ser reduzida devido ao atingimento do limite, o
digitais
carregador como um todo será impactado, e todas as fases serão reduzidas igualmente
Em casos de necessidade de alta disponibilidade e otimização das recargas, sugere-se a instalação de um medidor digital na entrada da UC do condomínio (figura 13), a qual realimenta um gerenciador de demanda, sendo este capaz de comandar os carregadores em tempo real, maximizando a potência de recarga conforme a demanda disponível. Ainda, um sistema de gestão de demanda permite disponibilizar uma menor demanda às recargas dos veículos elétricos, retirando a necessidade de um superdimensionamento na entrada da UC para atendimento em momentos pontuais ao longo do dia
Soluções
Unidades consumidoras (condomínio)
F ig 13 – Sistema de balanceamento de cargas com medição em tempo real
Conclusão
A instalação de sistemas de recarga para veículos elétricos em condomínios é uma tarefa complexa que envolve uma série de desaf ios técnicos e regulatórios A conformidade com as normas da ABNT, as regulamentações da Aneel e os requisitos das distribuidoras de energia é crucial para garantir a segurança e a ef iciência das instalações As diferentes formas de ligação em unidades consumidoras coletivas, sejam elas condomínios residenciais ou comerciais, devem ser cuidadosamente planejadas para atender às necessidades de recarga sem comprometer a infraestrutura existente
O balanceamento de cargas e a gestão de demanda desempenham um papel vital na otimização do uso da rede elétrica, permitindo que múltiplos veículos sejam re-
carregados simultaneamente sem sobrecarregar o sistema Tecnologias como o Smart Charging e plataformas de gestão de demanda são essenciais para implementar estratégias ef icazes de controle de carga, garantindo que a recarga dos veículos seja realizada de forma ef iciente e segura
Ao considerar todos esses aspectos, f ica claro que a implementação de sistemas de recarga em condomínios não é apenas uma questão de instalar equipamentos, mas envolve uma abordagem integ rada que combina conhecimento técnico, conformidade regulatória e inovação tecnológica Com a adoção de práticas adequadas e soluções inteligentes, é possível criar uma infraestrutura de recarga robusta e ef iciente que suporte o crescimento contínuo da frota de veículos elétricos, contribuindo para um futuro mais sustentável e tecnologicamente avançado
Referências
[1] ABNT NBR IEC 61851-1 - Sistema de recarga condutiva para veículos elétricos - Parte 1: Requisitos gerais
[2] ABNT NBR 14136 - Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até 20 A/250 V em corrente alternada
[3] ABNT NBR IEC 60309-2 - Plugues e tomadas para uso industrial - Parte 2: Requisitos de intercambiabilidade dimensional para acessórios com pinos e contatos tubulares.
[4] Resolução Normativa ANEEL 1000 (Estabelece as Regras de Prestação do Ser viço Público de Distribuição de Energia Elétrica) Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica
[5] ABNT NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão
[6] ITC-BT 52 - Instalaciones con fines especiales - Infraestructura para la recarga de vehículos eléctricos
[7] ABNT NBR 17109 - Instalações elétricas de baixa tensão – Requisitos para instalações em locais especiais – Alimentação de VEs
[8] https://www electrogenic co uk/under-thebonnet/technology/charging-times
[9] OCPP 1 6 - Open Charge Point Protocol
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c i a s
e i n o va ç õ e s
t e c n o l ó g i ca s
11ª edição da Intersolar South America ocorrerá de 27 a 29 de agosto no ExpoCenter Norte, em São Paulo, SP O evento, maior exposição e conferência da América Latina para a indústria solar fotovoltaica, vai reunir autoridades públicas, agentes do setor elétrico brasileiro e especialistas internacionais para um grande debate sobre o avanço da geração solar, além de apresentar as inovações que ditarão o futuro da tecnologia fotovoltaica, incluindo armazenamento de energia, hidrogênio verde e veículos elétricos Organizada pela Solar Promotion Inter national GmbH e a Freiburg Management and Marketing Inter national GmbH, ambas da Alemanha, em parceria com a Aranda Eventos & Cong ressos Ltda , do mesmo g rupo que publica FotoVolt, a Intersolar faz parte da plataforma TSESA - The Smarter E South America, que também integ ra as mostras ees South America, dedicada a baterias e sistemas de armazenamento de energia; Eletrotec+EM Power South America, focada em instalações elétricas, infraestrutura de energia e gestão energética; e Power2Drive, voltada para eletromobilidade e infraestrutura
A Intersolar South Amer ica reunirá especialistas para discut ir questões cr uciais do setor solar, incluindo as expectat ivas de mercado, opor t unidades advindas da expansão do mercado livre de energia e do avanço do hidrogênio verde, ent re out ros temas A feira destacará tendências tecnológicas, opor t unidades de negócios e est ratégias de mercado. Estão previstos mais de 600 exposi tores e 55 mil visi tantes.
de carregamento “A Intersolar South America é um farol de inovação e colaboração no setor de energia solar, impulsionando a conversa e fomentando parcerias essenciais para um futuro sustentável. É onde ideias visionárias encontram soluções práticas, capacitando líderes e inovadores para transformar o cenário energético da América do Sul e além”, af irma Florian Wessendorf, diretor geral da Solar Promotion Inter national
ção distribuída e centralizada, oportunidades no mercado livre de energia e com o hidrogênio verde, a evolução de negócios ag rovoltaicos, a sinergia com o armazenamento de energia, entre outros assuntos A prog ramação completa do cong resso pode ser consultada em https://www t hesmartere com br/cong resso Além disso, um resumo dos principais temas foi publicado na edição de julho da revista Fotovolt
A prog ramação abrangente compreende palestras e painéis que discutirão temas fundamentais para o setor, como a contribuição da solar para alcance de metas e objetivos ESG e de Desenvolvimento Sustentável, expectativas de mercado para gera-
A feira trará diversas inovações em produtos, equipamentos e ser viços, destacando tendências e oportunidades de negócios O pavilhão de exposições abrigará toda a cadeia produtiva da energia solar fotovoltaica e de tecnologias termossolares, reunindo desde fabricantes e distribuidores de células e módulos FV até sistemas, componentes, rastreadores, aplicações, distribuidores de equipamentos para
sistemas fotovoltaicos, armazenamento de energia e infraestrutura para carros elétricos, prestadores de ser viços, integ radores de sistemas, institutos de pesquisa, instituições f inanceiras, associações e muito mais Nesta edição, o hub TSESA espera receber 600 expositores e mais de 55 mil visitantes, incluindo instaladores, integ radores, distribuidores, construtores, empreiteiros, arquitetos, fabricantes, for necedores, investidores, prof issionais de ser viços públicos, autoridades e legisladores A feira funcionará de 12h até 20h, e a lista de expositores está disponível em https://www t hesmartere com.br/relacao-de-expositoras.
A seguir, a reportagem de FotoVolt apresenta uma seleção das novidades e destaques de produtos, soluções e ser viços que serão exibidos na feira. As informações foram for necidas pelas próprias empresas expositoras
Skid solar
A Média Tensão vai apresentar na feira a subestação Skid Solar Modular, para uso com transformador único ou compartilhado através de módulos de média tensão O equipamento comporta em uma base e chassi metálico os componentes de baixa e média tensão Segundo a empresa, possui
baixo custo de manutenção. Pode ser integ rado na subestação de entrada/ cabine primária www.mediatensao.com.br
Estruturas de aço
A Euro Tubos vai mostrar na Intersolar suas estruturas f ixas em aço para usinas fotovoltaicas. Segundo a empresa, as soluções são dimensionadas levando em conta elementos do pro-
jeto, como carga de vento, modelo de painel utilizado, terreno e outras características específ icas A empresa dispõe de equipe para acompanhar o processo de venda e pós-venda, além de suporte para instalação e treinamentos para a equipe de campo
www.eurotubos.com.br
Proteção de cabos
cessária de peças. A empresa emite laudos técnicos detalhados e oferece locação de inversores solares
https://manutencaodeinversores.com.br
Transformador a seco MT
O K analex será destaque no estande da Kanaf lex. Trata-se de um duto de PEAD, na cor preta, de seção circular, com corrugação helicoidal e impermeável Utilizado para proteção de cabos nas redes subterrâneas de energia elétrica das usinas fotovoltaicas, o produto dispensa envelopamento em concreto ao longo da linha. É fornecido tamponado nas extremidades Acompanha f io-guia no interior do duto Segundo a empresa, a solução possui elevada resistência à abrasão, produtos químicos, compressão diametral e impacto Atende as normas ABNT NBR 15.715 e ABNT NBR 13.897.
www.kanaf le x.com.br
Manutenção de inversores
A Energy Inversores atua em manutenção corretiva e preventiva de inversores solares, eólicos e industriais Na feira, a empresa vai destacar as soluções oferecidas para mais de 80 marcas presentes no mercado, com equipamentos que variam de 1 kW a 250 kW Também vai divulgar seu laboratório, que realiza diagnóstico e reparo de componentes defeituosos, a f im de evitar a substituição desne-
A Kraper vai divulgar na Intersolar 2024 sua linha de produtos, que inclui transformadores a seco de média tensão para aplicações solares e industriais, além de trifásicos de baixa tensão e monofásicos de comando voltados para o ag ronegócio, máquinas, indústrias e residências Além disso, a Kraper vai expor carregadores para veículos elétricos e geradores de energia. O destaque será o transformador a seco de média tensão de 1000 kVA 13,8/0,8 kV IP-00 Classe 15 kV, fator K4, encapsulado em resina epóxi, desenvolvido para usinas solares. A empresa possui capacidade para fabricar
transformadores de até 20 mil kVA, voltados à instalação abrigada (IP-00) e ao tempo (IP-54), para geração de energia nas classes 15 kV, 24 kV ou 36 kV
www.kraper.com
Networking e negócios
A Absolar marcará presença na Intersolar divulgando suas ações no setor. A entidade conecta elos da cadeia solar fotovoltaica e das tecnologias de
hidrogênio verde e armazenamento de energia Entre suas atividades estão o estabelecimento de relações com gover nos para favorecer o crescimento do setor solar, desenvolvimento de parcerias para impulsionar inovações e oportunidades de negócios, divulgação de informações sobre o setor fotovoltaico bem como promoção de networking
www absolar or g br/associe-se/
Seguro solar
A Elétron divulgará em seu estande soluções de seguro solar voltadas a integ radores Segundo a empresa, os
prof issionais terão a oportunidade de conhecer benefícios do seguro, que, além de proteger o sistema fotovoltaico do cliente f inal, pode ser usado como um diferencial competitivo para fechar vendas Além disso, a insurtech demonstrará como os integ radores podem se cadastrar em sua plataforma digital g ratuita, que oferece taxas reduzidas e coberturas diferenciadas na contratação do seguro www.eletronseguros.com.br
Armazenamento de energia
A distribuidora Foco Energia levará à feira soluções de armazenamento de energia No estande, serão destacados inversores híbridos e baterias de lítio, que visam atender a crescente demanda por sistemas de energia que combinam geração e armazenamento Como diferencial, a empresa af irma possuir equipe qualif icada, facilitando a integ ração dos sistemas, otimizando a performance e a qualidade das instalações https://focoener gia.ind.br
Software para fontes renováveis
A Electro Graphics vai demonstrar na exposição o Ampère Evolution, um software para cálculo de redes elétricas com foco em sistemas alimentados por fontes renováveis, como energia solar e eólica Segundo a empresa,
o sistema oferece ferramentas avançadas, como análise dos efeitos dos elementos longitudinais e transversais da rede no cálculo do Load Flow; gerenciamento de geradores eólicos e sistemas de compensação automática de potência reativa; e dimensionamento guiado de sistemas fotovoltaicos, permitindo escolha automática dos módulos fotovoltaicos, dimensionamento dos inversores, dispositivos de proteção e def inição dos cabos de ligação do sistema em CC e CA Outro destaque é a série 2024 do software SOLergo, que oferece aos prof issionais ferramentas para desenvolver projetos fotovoltaicos, alinhados às exigências do mercado e da legislação vigente https://electrog raphics.com.br
Carregador portátil
A NeoPWR Brasil vai destacar em seu estande o NeoPWR Model 1, um carregador de carro elétrico portátil Com 3,84 kWh de energia adicional disponível e 2,3 kW de saída CA, o carregador é plug-and-play e oferece alcance extra de 37 km O equipamento utiliza células de LiFePO4, com maior densidade de energia, maior durabilidade e
menor risco de incêndio ou explosão caso sejam danif icadas, af irma a empresa
https://neopwr.one/brasil
Prevenção de vazamentos
A Ambf lex, especializada em soluções para prevenção e emergência com vazamentos de produtos químicos, vai destacar na feira uma linha de bacias de contenção, voltada a rotinas no setor elétrico, que visa evitar o derramamento de óleo e contaminação do solo Os dispositivos de contenção são f lexíveis, modulares e fabricados em PEAD, o que garante, segundo a empresa, alta resistência química e mecânica, tornando-os leves, portáteis e não propagantes de fogo
A bacia de contenção para transformador pode ser fabricada de acordo com necessidades específ icas dos clientes https://ambf le x.com.br/categor ia-produto/ setor-eletr ico/
Chave seccionadora
A Capus DC, que será apresentada pela Wöhner, é uma chave seccionadora, com abertura sob carga dedicada a instalações em corrente contínua, principalmente fotovoltaicas. Possui fabricação 100% nacional, sendo indicada para aplicações em circuitos de até 1500 VDC, 500 A, com 15 kA de capacidade de curtocircuito sem proteção por fusíveis ou 40 kA, quando protegido O produto pode ser instalado diretamente na placa de montagem e possui posição otimizada dos terminais, permitindo conexões verticais e horizontais para cabos ou barramentos Através de
acessórios, como eixo prolongador e acionamento exter no, é possível realizar manobras diretamente na porta do painel Outro acessório, o contato auxiliar da chave, permite o monitoramento da posição através de sinais elétricos NA/NF
www.woehner.de/pt BR Flutuadores solares
A Solar Tritec exporá seus f lutuadores solares, que são estruturas projetadas para permitir a instalação de painéis solares em cor pos de água, como lagos, reser vatórios ou represas As estruturas f lutuantes são geralmente fabricadas de materiais como polietileno de alta densidade, resistentes à água e duráveis para suportar as condições ambientais adversas Segundo a empresa, entre as vantagens da solução estão: redução da evaporação da água, pois os painéis solares for necem sombra para a superfície da água; melhoria da ef iciência dos painéis solares, pois a água ajuda a resfriar as
células fotovoltaicas, evitando o superaquecimento e aumentando a produção de energia
www.tr itec-ener gy.com/en/ Limpeza de painéis FV
O Full vit, um limpador multitensoativo para limpeza e proteção de painéis solares for necido pela Dr y Levis, será destaque na mostra
Segundo a empresa, a solução cria uma película protetora na superfície, conser vando-a isenta de sujeira por mais tempo, protegendo contra ação de agentes, como chuva, fuligem, poeira, maresia e demais incrustações Outra característica ressaltada pela empresa é o restauro da transparência do painel por meio de ação antiaderente e autolimpante, favorecendo a captação e ef iciência energética. A formulação é composta por múltiplos tensoativos, agentes desincrustastes e formador de película, que proporciona limpeza e uma camada de proteção seca (PTFE) com brilho e acabamento hidrofóbico, evitando acúmulo de sujidades e incrustações Ainda de acordo com a empresa, o produto inibe a corrosão e
proporciona aumento da vida útil das superfícies e equipamentos. www.dr yle vis.com.br
Identificação de projetos FV
A HellermannTyton vai mostrar na feira soluções de identif icação para otimizar a instalação de projetos fotovoltaicos Um dos destaques é a impressora de transferência térmica modelo TT431, que utiliza ribbons de 300 metros para impressão de etiquetas e marcadores em alta resolução (até 300 dpi). Indicada para baixos e médios volumes, a TT431 possui sistema bivolt e velocidade de impressão de até 150 mm/s O sistema é composto pela impressora, software de criação de etiquetas Tagprint Pro 4.0 e a guilhotina automática
Segundo a empresa, um dos marcadores mais utilizados em projetos fotovoltaicos é o TIPTAGB, desenvolvido para identif icar fios e cabos já conectados Impresso na TT431, o TIPTAGB garante produtividade, redução de custo e tempo nos projetos, af irma a companhia www.heller manntyton.com.br
Condutores 2 5mm2 a 6mm2
Diâmetro externo condutor 4,7 a 7mm
Faixa de Temperatura Ambiente -40°C a +85°C
Temperatura Máxima Limite 120°C
Grau de Proteção (IP) IP68
Classe de Proteção/Segurança II
Classe de Sobretensão III
Tipo de Conexão Crimpagem
Material de contato Cobre Estanhado
Material de isolamento PA
Tensão nominal (Vdc) 1500V
Corrente Nominal 2,5/4/6mm2 25A/35A/45A
Classe de chamas (flamabilidade) UL94: V-0
O conector KSE K4 é usado para conexão serial segura e simples de módulos solares fotovoltaicos, em uma única solução atende condutores de 2,5 a 6mm2 Por possuir moderna tecnologia de produção, sistema de conexão multicontato, componentes e matéria-prima de alta qualidade, oferta alta estabilidade e segurança nas conexões para todo o sistema.
Armazenamento de energia
A Absae - Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia estará presente na feira apresentando suas ações para impulsionar a inovação no cenário energético brasileiro, com foco no armazenamento de energia
A entidade tem como missão promover a integração efetiva de soluções de armazenamento, tornando-as fundamentais na matriz energética do Brasil www.absae.or g.br
Tracker
A Metal Light Solar vai destacar na Intersolar Sout h America o Robust Tracker 2L. O equipamento é uma estrutura de seguidor solar com eixo único horizontal bif ila Possui um controlador que se baseia por georreferenciamento para posicionar o tracker, a f im de maximizar a captação dos módulos fotovoltaicos Possui um sistema de acionamento via eixo cardan com duas redutoras e um motor de 144 W De acordo com a fabricante, os diferenciais do produto são: estrutura
capaz de suportar ventos de 50 m/s, tolerância de inclinações de solo em até 15% em todos os sentidos, suporte dos módulos de 1500 mm e fábrica própria de galvanização a fogo.
www metallightsolar com Bateria de lítio
A NeoSolar vai expor em seu estande a linha de soluções da ZTroon, marca especialista em produtos para sistemas of f grid, com destaque para a bateria de lítio 5,4 kWh ZTroon ZTS48105P, de 105 Ah e até 6 mil ciclos de vida útil A solução é leve e
compacta, de acordo a empresa, e possui alta densidade energética, descargas diárias em ciclagem profunda, compatibilidade com diversos inversores e fácil expansão com conexão em paralelo, para aumentar a capacidade de armazenamento Além disso, conta com ef iciência de recarga de 95%, dimensões de 50 x 442 x 480 mm (sem alças) e 150 x 483 x 518 mm (com alças) e estrutura de 45 kg Todos os modelos da marca são indicados tanto para sistemas de energia solar of f grid quanto híbridos
www neosolar com br
Cabos
A Cobrecom vai destacar na exposição o cabo Solarcom, fabricado com cobertura nas cores preta, vermelha e verde/amarela O produto pode ser utilizado em instalações xas, em conexões entre as placas e painéis fotovoltaicos, caixas de junções até os inversores, suportando condições extremas de temperatura e intempéries, a rma a empresa Atende as especicações da NBR 16612 e NBR NM-280, e possui certi cação inter nacional de conformidade EN 50618. A empresa também vai expor os cabos GTEPROM Flex HEPR 90°C 0,6/1 kV, recomendados para os circuitos de alimentação e distribuição de energia, em instalações industriais, subestações de transformação ao ar livre ou subterrâneas, em locais úmidos ou enterrados no chão, em eletrodutos, bandejas e canaletas; Multinax Flex HEPR 90°C 0,6/1 kV, para circuitos de alimentação e distribuição de energia elétrica para até 0,6/1 kV, nas instalações xas comerciais, residenciais e industriais www.cobrecom.com.br
Módulos, inversores e baterias
A LEDvance Renewables vai apresentar na exposição módulos fotovoltaicos, inversores e baterias As soluções da empresa são destinadas principalmente à geração distribuída, nos segmentos
residencial, comercial e industrial O g rande destaque do portfólio serão os módulos fotovoltaicos, nas tecnologias Topcon N-type e HJT, com acabamentos Silver e Full Black, monofacial e bifacial, nas potências de 440 Wp, 550 Wp, 605 Wp e 720 Wp. Têm 12 anos de garantia e 25 anos de vida útil ou até 15 anos de garantia e 30 anos de vida útil para as novas tecnologias de células tipo N Também serão apresentados no estande os inversores híbridos nas potências de 6 kW e 8 kW; microinversores de 1 kW e 2 kW; inversores on grid na faixa de potência de 3 kW até 10,5 kW; e trifásicos de 15 kW até 125 kW Outras novidades são as baterias de alta e baixa tensão.
www.ledvance.com.br/solar
Cinema a energia solar
O CineSolar, cinema itinerante movido a energia solar, vai ser divulgado na feira O projeto, que já percorreu em 11 anos mais de 302 mil quilômetros, tem o objetivo de democratizar o acesso às produções audiovisuais, promover ações e práticas sustentáveis, a inclusão social e difundir a tecnologia da geração de energia solar. Transforma espaços públicos e abertos em salas de cinema e, desde 2013, já realizou cerca de 2300 sessões e 690 of icinas para 341 mil pessoas de 700 cidades, de 23 estados e do Distrito Federal A iniciativa conta com um
https://cinesolar.com.br
Monitoramento de energia
A Solfácil lançará na Intersolar Sout h America o Ampera Consumo, um hardware proprietário que realiza o monitoramento em tempo real da energia injetada e importada da rede da concessionária Ao cruzar essas informações com a geração solar, o dispositivo oferece ao cliente informações da economia proporcionada pelo sistema fotovoltaico, aponta a empresa. Além disso, a Solfácil lançará o Parcelado Solfácil, uma nova modalidade de pagamento de sistemas de energia solar parcelado e sem juros, via boleto bancário, em até nove vezes, com limite de R$ 50 mil Os integ radores receberão o pagamento total de imediato, mediante taxa de antecipação https://solfacil.com.br
Grandezas elétricas e meteorológicas
A Weidmuller apresentará como destaque a solução de monitoramento ponta a ponta em usinas fotovoltaicas de solo, que visa aquisição de dados para redução de custos de operação e manutenção, mitigação de falhas e manutenção preventiva Visando monitoramento de g randezas elétricas e
meteorológicas, as soluções de Combiner Boxes Weidmüller apresentam em seu sistema de monitoramento e comunicação a tecnologia sem f io LoRaWAN, com sensores modulares e robustos, gateways e conversores de mídia, que permitem, com um ponto de concentração de dados, utilizando as caixas de comunicação, atingir longas distâncias de cobertura, evitando problemas encontrados em usinas com sistemas de comunicação cabeados, af irma a empresa. Junto das caixas de comunicação, controladores dedicados permitem a aquisição de diversos sensores climáticos via comunicação Modbus, desenvolvimento de sistemas Dataloggers, além de sistemas Scada para usinas GD de menor escala www.weidmueller.com.br
Estruturas metálicas
O Grupo Soufer vai apresentar seu portfólio na Intersolar, que inclui estruturas metálicas projetadas para atender às necessidades específ icas de projetos de todas as escalas, desde pequenas instalações até g randes empreendimentos A empresa for nece perf is customizados como C, W e Ômega, além de tubos e vigas As soluções abrangem estruturas para montagem em solo, como perf is para estruturas f ixas, tracker e carport Segundo a Soufer, na fabricação são utilizados processos avançados de corte mecânico, corte plasma de alta def inição, laser Thumpf, serra, solda, jateamento e galvanização a fogo, a f im de garantir alta resistência à corrosão e durabilidade às peças www soufer com br
SPDA
A Termotécnica Para-raios apresentará em seu estande soluções envolvendo veículo adaptado com painéis fotovoltaicos no teto, que carrega todo o cinema (cadeiras e banquetas, sistemas de conversão de energia e armazenamento, de som e projeção e a tela)
componentes como captores, condutores de aterramento, diferentes tipos de conexões, e medidas de proteção contra surtos elétricos voltadas a eliminar prejuízos em sistemas fotovoltaicos Entre os destaques, estão postes autossuportados e termocaptores voltados à proteção de usinas fotovoltaicas. A empresa também vai expor conectores e alicates para conexões por compressão, e os DPS com certif icações inter nacionais.
www tel com br
Capacitação
A NewCharge vai lançar na InterSolar South America a plataforma de integ ração e formação prof issional com foco em armazenamento de energia NewCharge Academy. A iniciativa visa capacitar prof issionais especializados para atuar com armazenamento de energia O primeiro curso, Mercado de Armazenamento de Energia, vai apresentar as principais tecnologias e modelos de negócio no Brasil e no mundo A plataforma conta ainda com uma comunidade de acesso g ratuito, onde os alunos recebem suporte e podem interagir com os especialistas e demais prof issionais da área
www ne wchar ge com br
Ferramenta Smart Charging
A movE vai apresentar sua nova ferramenta de smart charging, para controle dinâmico das recargas de veículos elétricos. A solução permite o ajuste e a distribuição da potência dos carregadores, adaptando-se em tempo real às variações de demanda e capacidade da rede elétrica onde estão instalados. O sistema pode atuar com um limite estático, como é o caso de painéis alimentadores, ou ainda estar integ rado a uma solução de medição em tempo real da movE, a f im de otimizar a demanda disponível A ferramenta permite monitorar e geren-
ciar os níveis de consumo, promovendo ef iciência energética e prevenindo sobrecargas, sendo útil para condomínios com restrição de demanda e em ambientes com geração distribuída, como sistemas fotovoltaicos, af irma a empresa.
www.use-move.com
Inversores para grandes usinas
A Solplanet vai destacar a série de inversores Aquarius, incluindo os modelos
ASW 75-110K LT. Os equipamentos, voltados para g randes plantas solares, oferecem monitoramento 24/7 do sistema, conf iguração amigável ao usuário e gestão ef iciente ao nível de string Contam ainda com opções extensivas de conectividade e monitoramento de dados em tempo real via aplicativo móvel Solplanet
https://solplanet net/pt-br
Traçador de curva I-V
O novo traçador de cur va I-V para sistemas fotovoltaicos será o destaque da HT Instruments na Intersolar O equipamento atende módulos monofaciais, bifaciais e strings de até 1500 V e 40 A, com conexão Wi-Fi para transferência e visualização dos dados medidos com valores nominais fornecidos em seu banco de dados de módulos, que pode ser atualizado pelo usuário Em conformidade com a NBR 16274, o I-V 600 controla
até três células de referência de radiação solar e possui bateria durável para facilitar o trabalho em campo www.amper i.com.br Homologação, comissionamento
A Taranis Solar vai divulgar na exposição os ser viços de homologação, projeto executivo e comissionamento que oferece ao mercado A homologação regulariza o sistema junto às concessionárias, assegurando conformidade com normas e regulamentos. O projeto executivo def ine todos os aspectos técnicos e estruturais do sistema, detalhando a engenharia elétrica e mecânica necessária para a implantação. O comissionamento testa e valida o sistema, garantindo seu funcionamento correto e desempenho ef iciente A empresa af irma possuir equipe qualificada e utilizar tecnologias avançadas para assegurar a qualidade e conf iabilidade de seus projetos
https://taranissolar com br
Rastreador solar
A Array Technologies destacará na Intersolar 2024 o STI H250, um rastreador solar projetado para proporcionar baixo Custo Nivelado de Energia (LCOE) O modelo apresenta conf iguração dual-row e alta densidade de
potência por motor, e oferece maior f lexibilidade de terreno, com tolerância de 15% nas direções norte-sul e leste-oeste, além de compatibilidade com todos os módulos e conf igurações de strings, af irma a empresa Pode ser integ rado ao SmarTrack, software desenvolvido e patenteado pela Array que analisa a resposta do inversor a eventos intencionais de
sombra, e de eliminação de sombra durante a fase de aprendizado para otimizar os ângulos de backtracking, eliminando a necessidade de instalação de sensores ou mapeamento de terreno
https://ar raytechinc com
Operação e manutenção
Três principais ser viços oferecidos pela Gerar serão destacados na feira Um deles é a operação e manutenção de usinas de geração distribuída, que, de acordo com a empresa, inclui a
gestão completa dos ativos com cronog ramas anuais, focando na segurança dos trabalhadores e na maximização da geração por meio de manutenção ef iciente. Já o ser viço de engenharia de proprietário trata-se de consultoria técnica desde a def inição inicial dos projetos até a gestão de for necedores A empresa conta com centro de monitoramento e operação de ativos e um centro de operação com sistema Scada para controle e acompanhamento em tempo real dos parâmetros de geração
https://gerarser vicos com br
Tracker monoeixo
Cabo de alumínio flexível
A Valmont Solar vai apresentar na feira o tracker monoeixo Convert Versa Segundo a empresa, o produto é versátil e tolerante às diversas características de projeto, sendo adaptável a todos os modelos de módulos, strings e irregulares dos terrenos O equipamento conta com estrutura balanceada, a f im de reduzir a carga no motor e eliminar quebras de módulos. Possui controle descentralizado no rastreamento, para garantir operação independente de sinal de comunicação O Convert Versa conta com instalação fácil e rápida, além de menor quantidade de componentes e fundações, diminuindo o tempo e aumentando a ef iciência da fase de construção das usinas fotovoltaicas, af irma a empresa
www.valmontsolar.com
Skids para usinas FV
Os skids para usinas fotovoltaicas de geração distribuída, destaque da Blutrafos Solar na Intersolar, são construídos na concepção modular plug
and play De acordo com a empresa, o objetivo é oferecer alta ef iciência e otimizar todas as etapas do cronog rama do projeto, além de for necer competitividade, benefícios tributários e prazos de entrega otimizados. As principais características técnicas do equipamento são: transformador a seco; secundário normal ou duplo; potências 0,5 a 5 MVA; classe de tensão até 34,5 kV; painel de distribuição em BT; e quadro de comunicação
A empresa oferece itens sobressalentes de acordo com a necessidade de cada projeto
www blutrafos com br Mesas para módulos
A SolarGroup vai mostrar a mesa dupla e a mesa simples, da linha Solo, que são estruturas que possibilitam a montagem de módulos fotovoltaicos, formando mesas de f ileiras duplas ou simples O sistema é expansível, a f im de tor nar a instalação mais precisa,
permitindo a adaptação a diferentes terrenos e atendendo desde pequenas até g randes usinas As estruturas são dimensionadas de acordo com o modelo do módulo e a região de instalação, e podem ser instaladas sem a necessidade de cortes, soldas ou furos Todos os componentes são f ixados por parafusos, garantindo simplicidade e agilidade na montagem, garante a fabricante
https://solar g roup.com.br
A Condumax vai mostrar na feira seu lançamento: um cabo de alumínio solar f lexível Segundo a empresa, o cabo é até 30% mais econômico e também é mais leve que os tradicionais cabos de cobre Foi desenvolvido para ligação entre módulos e strings ao string box/inversores. A substituição do cobre estanhado por uma liga especial de alumínio foi testada e aprovada conforme ensaios de performance da norma NBR 16612/2020; testes em campo também comprovaram o desempenho do cabo sob condições normais de instalação, informa a fabricante
Skid solar
https://condumax.com.br
A Gimi Itaipu Renováveis - GIR, fruto da joint venture entre o Grupo Gimi e a Itaipu Transformadores, vai expor o skid Ecosolar GIR A solução centraliza equipamentos elétricos em um único módulo, com o objetivo de simplif icar a manutenção, montagem, monitoramento e controle da energia elétrica,
reduzindo os períodos de inatividade e os custos operacionais. Também concentra dispositivos de proteção e controle, minimizando riscos elétricos e permitindo uma resposta rápida a eventuais problemas, afirma a empresa. www.girenovaveis.com.br
Inversor híbrido
A Nansen Solar vai apresentar seu inversor híbrido monofásico modelo ASG SL ZH Com capacidade de 3,6 kW a 6 kW, o equipamento possui ampla faixa de tensão MPPT e corrente da string até 16ª, permitindo a integ ração entre energia solar e a rede elétrica convencional
Segundo a empresa, equipado com função AFCI, o ASG SL ZH garante otimização de energia, segurança, monitoramento em tempo real e backup of f line dos dados de até 30 dias, sendo indicado para residências e pequenos negócios.
www nansensolar com br
Inversores
A Unidade Fotovoltaico da Soprano ampliou seu portfólio de inversores para sistemas fotovoltaicos por meio de uma parceria com a Nansen Solar A empresa vai destacar na feira dez novos modelos de inversores, com amplitude de potência de 4 kW (220 V) até a 25 kW (380 V) para atender a diferentes projetos e demandas do mercado Compactos e leves, os equipamentos são indicados para instalações residenciais, comerciais ou industriais Possui vida útil longa e classif icação de proteção IP66 Além disso, inclui dupla proteção AFCI para monitorar arcos elétricos e evitar incêndios
www soprano com br
Otimização de sistemas elétricos
A Startek marcará presença na Intersolar 2024 com tecnologias e soluções
voltadas para a otimização de sistemas elétricos
O port-
fólio de produtos da empresa inclui bancos de capacitores, quadros de distribuição e outros painéis elétricos
www star tekautomacao com br
Estrutura de solo
A Hiper Estrutura Solar vai lançar a estrutura de solo Vanguarda Fileira Dupla Monoposte na Intersolar 2024 Fabricada com aço estrutural certif icado, a estrutura oferece alta resistência
e estabilidade, atendendo aos rigorosos limites de isopleta da NBR 6123, af irma a empresa. Ainda segundo a companhia, possui design personalizável e segurança em condições extremas
https://hiperestr uturasolar.com.br
Haste solar brocante
A Luduf ix vai mostrar na exposição a haste solar autobrocante, indicada para f ixar painéis solares em telhas
metálicas Segundo a empresa, a solução dispensa perfurações prévias, oferecendo uma instalação ágil É confeccionada em aço inoxidável 410 passivado
www.luduf ix.com.br
Plataforma para integradores
O estande da 77Sol na Intersolar contará com tokens que vão simular diversas funções da Plataforma 77, como: cadastro do integ rador parceiro; cotação de kit fotovoltaico; soluções de financiamento; e Solleads, que funciona como um indicador de lead, onde o integ rador recebe um cliente f inal na plataforma Durante a feira, o integ rador que completar toda a jor nada terá sua marca e identidade representada nos painéis por alguns minutos www 77sol com
Skid
A Skid Balt, da Setta, indicada para usinas solares em média tensão, será o destaque da empresa na feira A solução conta com alimentação de 13,8 kV até 36 kV, saídas até 800 Vca, sistema plug and play para rápida implementação em campo, compatibilidade com transformadores a óleo e a seco, atendendo potências até 3 MVA, e inverso-
res string Outras características: proteção BFLR: painéis de média tensão ensaiados para proteção acima de 100 mm de distância, em operação normal; pintura que atende níveis de corrosividade C3; medição de corrente, tensão, potência; monitoramento de temperatura dos painéis e do transformador; suporte para SmartLogger; preparado para instalação de f iltro para óleo mineral ou vegetal; iluminação perimetral; disjuntor ou chave seccionadora para proteção Atende as normas NBR IEC 61439-1/2, 62271-200, 14039. Dimensões a partir de 2700(L) × 2500(P) mm.
www.g r uposetta.com
CRM
A SolarZ vai lançar um novo CRM, que visa permitir às integ radoras gerenciar o relacionamento com clientes. De acordo com a empresa, o novo sistema possibilitará acessar um histórico detalhado de interações com os clientes e padronizar a jornada de compra e venda. A SolarZ também vai apresentar ao público outras ferramentas e ser viços, como monitoramento, aplicativo, gerador de propostas, SolarZChat, consultoria e mentoria Um dos destaques será a ferramenta de inteligência artif icial (IA), que identif ica oportunidades de ampliação na carteira de clientes. Outro ser viço que será divulgado é a consultoria oferecida aos integ radores de energia fotovoltaica, para monetizar ser viços que atualmente são realizados g ratuitamente
https://solarz com br
Rastreadores solares
A NTC Somar vai lançar na Intersolar Sout h America 2024 rastreadores solares (trackers), disponíveis nos modelos monof ileira e bif ileira. De acordo com a empresa, os equipamentos prometem aumentar a ef iciência energética em até 20% em comparação às estruturas f ixas de solo, possuem instalação
simples e comissionamento e monitoramento via bluetooth
Os produtos contam com amortecedores com rótula e capacidade de adaptação a terrenos acidentados, além de 25 anos de garantia na parte estrutural A empresa também exibirá soluções f ixas para solo, telhados e a linha Ecosmart para morros.
www ntcsomar com br
Módulo fotovoltaico
sof isticada, com o af inamento dos barramentos
www he-solar com
Usina solar
A Enerzee apresentará seu portfólio de opções comerciais, com ênfase no Ezee Solar, uma solução onde o cliente passa a gerar energia renovável na sua casa ou empresa com redução dos gastos mensais com energia, sem necessidade de investimentos. A Enerzee realiza todas as etapas de projeto, incluindo dimensionamento, compra dos equipamentos, licenciamento junto a distribuidora local e instalação da usina solar, além de gestão e manutenção da usina solar durante todo o prazo contratual, que dura em média de 6 a 10 anos
A fabricante de módulos fotovoltaicos Helius Sunlink PV lançará na Intersolar os módulos Helius Hyperion 620-740 W Os equipamentos contam com tecnologia zero busbar, que consiste em utilizar barramentos busbar ultraf inos, quase imperceptíveis, conduzindo a corrente elétrica de forma contínua entre as células De acordo com a empresa, a solução possibilita incremento na ef iciência, e, em termos estéticos, aparência mais
O investimento também é feito pela Enerzee e, após o término do prazo do contrato, a usina é transferida para o cliente
www.enerzee.com.br
Gestão de energia
A Digital Grid vai divulgar na feira sua solução para gestão dos créditos
de energia na geração distribuída Segundo a empresa, o sistema é simples e fácil para a usina e o consumidor final, e contribui para a sustentabilidade tanto das operações e resultados das usinas quanto para a maximização do consumo de energia limpa https://dg.ener gy
Inversor
O inversor de armazenamento de energia trifásico Solis S6-EH3P(30-50)
www.umbr iapr ivate.com.br Armazenamento de energia
A Wasion vai divulgar na feira os cases de sucesso de sistemas de armazenamento de energia implantados pela empresa em toda a América do Sul, abrangendo diversos setores, como
K-H série será o destaque da empresa na feira Desenvolvido para sistemas comerciais de armazenamento de energia FV, os inversores possuem uma porta de gerador independente e a operação paralela de vários inversores Conta com 4 MPPTs e uma capacidade de corrente de entrada de 40 A/ MPPT Também oferecem portas de gerador independentes, capacidade de carga e descarga de alta corrente e diversas opções f lexíveis de capacidade de carga, incluindo comutação em nível de UPS Eles se adaptam a cargas trifásicas desequilibradas e cargas de meia onda, garantindo um for necimento de energia conf iável, af irma a empresa http://solisinver ters.com/br
Seguro solar
A corretora Umbria Private vai apresentar na feira seu seguro solar voltado a integ radores e proprietários. O seguro inclui riscos de engenharia e responsabilidade civil, que é válido para o período de instalação do sistema; e riscos diversos (com lucros cessantes), válido após a instalação Conta com cobertura adicional para lucros
redes elétricas, indústria, comércio, agricultura e mineração, além de soluções residenciais Já na área de equipamentos de transformação para redes elétricas, a companhia vai mostrar sua gama de produtos de integração, tanto primária quanto secundária, como religadores e transformadores, projetados especif icamente para transmissão e distribuição de energia na América do Sul
www wasion com
Cravação de estacas
O Portal Engenharia Solar atua no processo de cravação de estacas em usinas fotovoltaicas, baseado em estudos detalhados das características do solo no local da instalação A empresa vai apresentar na exposição os ensaios
necessários para realização do ser viço, como os geotécnicos, que têm o objetivo de determinar a resistência do solo e a profundidade adequada para a cravação das estacas. Com base nesses estudos e dados coletados, a empresa seleciona os tipos de estacas mais apropriados, como as metálicas ou pré-moldadas de concreto, bem como os equipamentos ideais para a execução do trabalho A empresa trabalha com diferentes tipos de cravação: direta, micropilotes ou predrilling. https://por talengsolar com br
Carregamentos de VEs
A On Charge mostrará os carregadores de alta potência for necidos, que vão desde 7,2 kW até 240 kW Segundo a empresa, os equipamentos garantem carregamento rápido e ef iciente, minimizando o tempo de espera dos usuários Entre os benefícios da plataforma, a companhia destaca: suporte técnico e comercial; monitoramento e controle de acesso; gestão de consumo e remuneração direta; avaliação técnica especializada; manutenção remota; e atualizações www.onchar ge.com.br
Estrutura para painéis
A WNunes apresentará sua estrutura standard para módulos fotovoltaicos, que, de acordo com a empresa, foi projetada para instalação em qualquer região, permitindo ampla integ ração com qualquer projeto. É constituída por conjuntos de quatro placas, com base de sustentação Oferece inclinação regulável entre 10° e 25°, e suporta ventos de até 50 m/s. As estruturas são fabricadas em aço galvanizado a fogo A fundação pode ser feita em cessantes, caso ocorra algum sinistro coberto na apólice que paralise a geração de energia
estaca simples ou armada, conforme a necessidade do projeto, e o sistema de f ixação das placas é feito através dos clipes UER
https://wnunes.com.br
Módulos bifaciais
A Axitec do Brasil vai lançar na feira os módulos solares bifaciais vidro/ vidro, de tecnologia TOPCon Disponíveis nas potências de 580Wp, 610Wp e 700Wp, os produtos visam maximizar a geração de energia ao aproveitar a luz ref letida em ambas as faces do painel O design em vidro/vidro proporciona maior resistência às condições climáticas adversas e garante bom desempenho ao longo dos anos, af irma a empresa
https://axitecsolar.com/pt-br
Proteção para GC
A Clamper vai expor na feira o Clamper Solar CB Trata-se de uma solução que oferece múltiplas entradas, projetada com fusíveis individuais para proteger cada string contra sobrecorrente, evitando danos aos painéis e ao sistema Ela permite monitoramento remoto e inclui o DPS Clamper Solar 1500 V 10/60 kA, que proporciona proteção contra surtos elétricos Possibilita a desconexão das strings, por meio de disjuntor ou interruptor seccionador, visando manutenções mais seguras O equipamento é produzido no Brasil
https://clamper.com.br
Otimização de consumo
A plataforma HX Power, desenvolvida pela HVEX, é uma ferramenta online que tem o objetivo de otimizar o consumo de energia e reduzir custos O marketplace oferece g ratuitamente uma
análise de fatura, comparação de tarifas, simulação de economia, mig ração simplif icada para o mercado livre de energia e gestão de consumo em
tempo real Entre os benefícios, estão a redução da conta de luz, controle total do consumo e acesso a tarifas mais competitivas. Já para as comercializadoras de energia, o HX Power possui um white label, incluindo uma ferramenta que atua da prospecção à gestão, integ ração de funcionalidades, algoritmos avançados, interface intuitiva e segurança dos dados
https://hxpower.com.br
Controle de fontes de energia
A Ecco vai mostrar na exposição as soluções ECpv e EcpvX, que permitem ao controlador realizar conf iguração para otimizar o uso de geradores, energia solar, rede elétrica ou a combinação mais adequada O objetivo é reduzir o consumo de combustível e energia. A Ecco oferece integ ração inteligente de sistemas fotovoltaicos, com conexão à rede elétrica, ao gerador de energia e ao banco de baterias (BESS),
consolidando, de acordo com a empresa, todas as fontes de energia em uma plataforma ef iciente, adaptando-as conforme as necessidades
https://eccosolucoes.com.br
Serviços
O Grupo Energia vai divulgar na feira suas soluções de geração, armazenamento e transmissão de energia
A companhia acumula 180 GW de potência instalada, sendo g rande parte em empreendimentos de energia renovável Oferece ser viços como engenharia do proprietário, EPCM, projetos básico e executivo, estudos de viabilidade e desenvolvimento de novos negócios Atua também no suporte técnico ao mercado f inanceiro mundial em relatórios técnicos independentes de engenharia, ou Due Diligence, para atender processos de f inanciamento e de M&A.
https://g r upoener gia.com.br
MLPE
A Tigo Energy vai participar da feira com lançamentos Um dos destaques será a solução MLPE, que oferece, de acordo com a empresa, otimização, monitoramento em nível de módulo e desligamento rápido
A família TS4-X trabalha com módulos fotovoltaicos de até 800 W e 25 A (Isc). A companhia também vai divulgar o prog rama Green Glove (“Luvas Verdes”), que provê ajuda individualizada a instaladores e projetistas desde a fase de projetos até a instalação e comissionamento. https://br.tigoener gy.com
Inversores e testes
A Serrana vai destacar na feira o novo inversor of f grid híbrido de alta frequência, que utiliza baterias de lítio LiFePO4 para o armazenamento de energia Nas conf igurações monofásico ou trifásico, o equipamento possui MPPT integ rado, comunicação BMS e dois anos de garantia. Além disso, em parceria com a fabricante de painéis ReneSola, a distribuidora vai divulgar na exposição a realização de testes EL e cur va I-V em sua sede, os quais permitem avaliar parâmetros de qualidade e funcionalidade do painel solar. Em uma ação inédita, os testes serão feitos durante o dia 28 de agosto na Intersolar 2024
www.ser ranasolar.com.br
Inversores
A FiberX Renováveis, distribuidora of icial no Brasil da chinesa Sineng, vai expor em seu estande os inversores on grid monofásicos de 5 kW, trifásicos 380 V e 220 V e de alta tensão, de 250 kW, para usinas maiores Os equipamentos contam com plataforma que permite monitoramento remoto de diversos parâmetros, como tensão das strings, corrente e potência elétrica, enviam alertas em caso de falhas, e seguem todas as normas brasileiras, af irma a empresa www.f iber x.com.br
Módulos solares
A ERA Solar vai lançar na feira o painel solar de 700 W com tecnologia HJT, a f im de complementar seu portfólio de produtos, que já conta com painéis de 555 W com tecnologia PERC e de 570 W e 585 W TOPCon Segundo a empresa, a tecnologia HJT combina as vantagens do silício cristalino, resultando em um painel
que gera mais energia em menos espaço, com desempenho superior em condições de alta temperatura e baixa luminosidade Já os painéis de 555 W PERC, cuja ef iciência pode chegar a 21,5%, têm sido utilizados em projetos residenciais e comerciais Por sua vez, os modelos de 570 W e 585 W TOPCon contam com ef iciência que pode ultrapassar 22,65%, sendo indicados para maximizar a geração de energia em espaços limitados www.erasolar.com.br
Armazenamento, inversores
na comunicação para a coleta dos dados, af irma a empresa Possuem 12 anos de garantia, que pode ser estendida para até 20 ou 25 anos https://amaranzero com br
Energia por assinatura, migração ACL
A SolaX Power vai mostrar diversos lançamentos durante a feira: inversores, microinversores, sistemas de armazenamento, etc Um dos destaques será o ESS-Trene, um gabinete de armazenamento de energia com células LFP (lítio ferro-fosfato) de alta densidade, equipado com um sistema de gestão (EMS), que integ ra múltiplas medidas de proteção, como sobretensão, sobrecorrente e superaquecimento, bem como materiais resistentes ao fogo e sistema de proteção contra potenciais riscos de incêndio Com até 215 kWh de potência armazenada, pode realizar operações de carga e descarga para um ou vários armários A vida útil é superior a dez anos É indicado para estabelecimentos comerciais e industriais.
https://br solaxpower com
Microinversores
A Amara NZero vai expor na Intersolar os microinversores da Hoymiles Os equipamentos contam com tecnologia MLPE e entradas individuais, por módulo. Além disso, têm comunicação via Sub 1 GHz, que oferece mais estabilidade e maior alcance do sinal
A Sunne apresentará na feira Intersolar seus principais ser viços, como Energia por assinatura, que permite aos consumidores empresariais e residenciais se conectarem a usinas de energia renovável sem a necessidade de instalar painéis solares em suas propriedades A empresa também oferece suporte para empresas que desejam mig rar para o mercado livre de energia, incluindo análise detalhada do perf il de consumo, identif icação das melhores ofertas no mercado e negociação de contratos com comercializadoras varejistas. Outros destaques são a plataforma Sunne360º Gestão, para gerenciamento de usinas solares em tempo real; e o Sunne ia, plataforma de cursos com recursos de inteligência artif icial que visa aumentar a ef iciência operacional e estratégica de empreendedores do setor de energia https://sunne.com.br
Estruturas para painéis FV Durante a feira, a Isoeste apresentará estruturas de solo tipo monoposte, abrigos para inversores, carport, estrutura SIGFI e soluções para ag ronegócio As estruturas possuem angulação ajustável, montagem simplif icada e são 100% parafusadas, facilitando a
instalação e proporcionando f lexibilidade no ajuste dos módulos solares, af irma a empresa
www.isoestemetalica.com.br
Financiamento
A Solf i apresentará suas soluções de f inanciamento de projetos solares para residências e empresas. Durante o evento, lançará uma plataforma de crédito exclusiva voltada ao integ rador Segundo a empresa, a solução foi desenvolvida para atender às necessidades específ icas do mercado de energia solar, oferecendo condições competitivas e um processo de aprovação simplif icado.
https://solf inanciamentosolar com br
Módulos FV
A OIW Solar irá expor, dentre outros produtos, os módulos Tangra L 615W, da Sunova, na InterSolar 2024 Eles são equipados com a tecnologia N-type, proporcionando desempenho linear de 30 anos e deg radação anual de 0,40%. Com
132 células e pesando 29 quilos, a linha tem ef iciência de 22,8%, apresenta tensão de circuito aberto (Voc) menor e maior otimização por string, resultando em menores custos de energia nivelados (LCOE) e de balanceamento de sistema (BOS), destaca a empresa É compatível com os novos inversores do mercado devido à sua corrente mais alta
www oiw com br
Conector
A Proauto vai destacar o SC-6 para conexões de módulos fotovoltaicos
O conector pode lidar com até 50 A e funciona com módulos fotovoltaicos de maior capacidade de corrente. Segundo a empresa, a solução é resistente à água e poeira, podendo ser utilizado em ambientes sujeitos a intempéries
https://proauto-electr ic com
Carregador rápido CC
A Livoltek vai lançar seu primeiro carregador DC no Brasil, já em operação em Fortaleza, CE, em projeto piloto com a BR Super Carga. O equipamento é certif icado pelo IECEE CB, conta com conectores integ rados CCS2, CHAdeMO e AC, e oferece uma saída máxima de 120 kW DC e 22 kW AC, permitindo o carregamento simultâneo de até três veículos elétricos. Atende a padrões IEC para sistemas de carregamento de veículos elétricos fora de bordo, incluindo os requisitos de EMC IEC 61851-21-2 e controle de comunicação digital IEC 61851-24. O produto será fabricado no Brasil, na planta de Manaus, até dezembro de 2024
www.livoltek.com.br
Inversores monofásicos
Na edição de 2024 da Intersolar Sout h America, a Renovigi vai lançar a linha de inversores on grid e híbridos RGT -
Renovigi Grid Tie. Estão disponíveis
cinco modelos monofásicos (3K, 5K, 6K, 8K e 10K) e uma solução híbrida
(inversor híbrido 6 kW e banco de baterias 9,6 kW) Além das novidades, a empresa vai apresentar sua linha trifásica, microinversores, acessórios e outros.
https://renovigi com br
Projetos de geração
A Proyfe Brasil vai apresentar na exposição seu portfólio diversif icado de projetos em energias renováveis
A empresa realiza diversos ser viços,
incluindo o desenvolvimento de projetos e a engenharia do proprietário
www proyfe com
Solda exotérmica
A Fastweld vai expor na feira a solda exotérmica Fastweld+ com processo de acionamento à distância Segundo a empresa, o sistema de acionamento à distância proporciona mais segurança e comodidade ao operador O produto
atende a exigências das normas nacionais e inter nacionais, como a IEEE-837 americana, destaca a companhia
www fastweld com br
Sistema modular
A SMA vai destacar na feira sua solução de plataforma Sunny Central Flex, um sistema modular e f lexível que implementa conexões de rede para g randes sistemas de energia solar,
baterias ou eletrolisadores Segundo a empresa, a solução promete simplif icar a instalação de g randes projetos de energia, promovendo a adoção de energias renováveis
www sma-brasil com
B a t e r i a s s o l a r e s
A r m a z e n a m e n t o d e e n e rg i a e m r e s i d ê n c i a s : u m a a n á
l i s e
t é c n i c o - e c o n ô m i ca
Opresente estudo de caso baseia-se numa residência unifamiliar na Alemanha, provida de um sistema fotovoltaico (SFV) com 6 kW de potência nominal, orientado para a face leste Em dias ensolarados, a demanda de energia da casa pode ser suprida integ ralmente pelo SFV Por outro lado, há naturalmente períodos com pouca ou nenhuma insolação. Neste caso, que vantagens pode oferecer o armazenamento de energia por baterias?
No caso em análise, um aquecedor de passagem for nece o aquecimento de água, e um aquecedor a gás provê o conforto térmico para o ambiente Este pode ser desligado no verão, em vez de ser mantido no modo de baixa potência apenas para aquecimento de água O aquecedor de passagem será tratado
Um gerador fo tovoltaico residencial propicia bene f ícios econômicos e ecológicos Este ar t igo aborda teor icamente o quanto tais bene f ícios podem ser ampliados com a adição de um sistema de ar mazenamento por bater ia
Comparações com a realidade brasileira requerem adequação aos respect ivos parâmet ros econômicos e solar imét r icos
mais adiante; porém, como f ica o perf il econômico com o armazenamento de energia fotovoltaica?
Utilidade do armazenamento de energia FV
A economia possível em função da capacidade da bateria é mostrada na f igura 1 Para ilustração, a capacidade foi representada em escala logarítmica com variações numa extensa faixa A capacidade real de armazenamento instalada é de 5 kWh Cabe destaque para os seguintes aspectos:
Consumo de energia norte Consumo de energia sul Energia injetada norte Energia injetada sul Energia drenada da rede norte Energia drenada da rede sul Economia norte Economia
• Baterias muito pequenas (formato laptop) não têm aqui nenhuma utilidade;
• Na faixa média de capacidade até cerca de 6 kWh obtém-se uma economia expressiva: a taxa de autoconsumo cresce rapidamente, e a energia drenada da rede declina na mesma proporção; • A partir do ponto que corresponde
Stefan Fassbinder, engenheiro consultor, Düsseldorf (Alemanha)
Capacidade da bateria
aproximadamente ao consumo de energia de uma noite, segue-se um extenso platô, onde um incremento na capacidade da bateria não contribui em nada;
• Somente quando a bateria é dimensionada para suprir a energia de um verão inteiro até o inverno, amplia-se novamente sua utilidade – e de modo considerável
l do estado de carga da bater ia em janeiro no sul da Alemanha
Este desempenho pode causar perplexidade à primeira vista, mas uma análise exata demonstra sua lógica Trata-se (no último ponto acima) de uma capacidade suf iciente para três meses, não para um semestre. Então, uma bateria de g rande porte exatamente quanto uma menor compensaria as oscilações da luz do dia na primavera e no outono sem entrar na reser va anual Esta só seria solicitada no inver no e a bateria seria recarregada novamente no verão
Contudo, este princípio só funciona se a bateria não estiver nem totalmente carregada, nem totalmente descarregada [1] Durante todo o inver no a bateria estaria descarregada, porque a pouca energia que um SFV dimensionado pela média produz desaparece imediatamente no autoconsumo No verão, ao contrário, uma bateria fotovoltaica dimensionada moderadamente estará quase todas as noites com carga plena, e quase todas as manhãs quase sem carga; portanto, permanentemente ativa e trazendo benefícios consistentes Isto se confirma por meio do cálculo, como dois outros gráficos podem ilustrar:
De acordo com o perf il de energia injetada da concessionária EnBW, mes-
mo em dias úteis de janeiro a bateria ainda estará ligeiramente carregada. No f im de semana não resta nada de carga (f igura 2), pois toda a energia solar FV gerada vai diretamente para o autoconsumo (conforme o perf il de carga para residências, que no f im de semana consomem mais energia em vez de menos, como é o caso da indústria e do comércio). Para o norte da Alemanha resultaria neste caso (de acordo com o perfil de energia injetada da concessionária EWE) apenas um traço azul, ou seja, uma bateria FV descarregada e sem atividade durante todo o mês
No verão, obser va-se que a bateria não se descarrega completamente (figura 3) Isto sugere que, neste caso, 5 kWh (para um consumo de 5278 kWh/a) é um dimensionamento adequado. O diagrama da figura 1 indica que o platô começa em 6 kWh, onde a utilidade da bateria já se reduziu acentuadamente, e a partir de 8 kWh está completamente plano, de modo que um acréscimo de capacidade da bateria não traz benefício nenhum – a não ser que o acréscimo fosse da ordem de duas casas decimais, o que ninguém poderia pagar
A f igura 3 [na pág 80] permite notar que a carga da bateria “bate no teto” diariamente ao meio-dia. Poderia ser armazenada mais energia se houvesse mais capacidade Decisivos
Fluxos de potência e estado da bateria
não são os números absolutos, mas sempre suas correlações. Pode-se inferir daí como reg ra geral, que a bater ia propicia plena utilidade quando sua capacidade for suf iciente para absorver 1/1000 do consumo anual de uma residência assim como já foi constatado para o gerador fotovoltaico, cujo benefício comercial decresce na faixa em que o sistema produz por ano signif icativamente mais energia do que a residência consome [1] Uma análise pormenorizada conf irma esta af irmação por meio de diag ramas um tanto diferentes daqueles apresentados neste artigo [3] Por isso aqui a tentativa apesar de todas as dificuldades para representar um ano inteiro em valores de um quarto de hora de desenhar cenários com a capacidade de armazenamento supostamente ideal: no norte [da Alemanha] o SFV fornece, consoante os cálculos e as estatísticas, um pouco menos do que a residência consome (figura 4), enquanto no sul, o mesmo sistema fornece para a mesma residência ligeiramente mais do que o consumo balanceado (figura 5) Todavia, as cur vas e os balanços são muito similares, pois os perfis de energia injetada tampouco diferem muito
Instalações comerciais requerem uma avaliação separada Em princípio há alguns perf is de carga padronizados para certos tipos de comércio O perf il de energia solar injetada na rede permanece naturalmente o mesmo, e o processo de cálculo poderia ser aplicado também, por exemplo, a pequenas centrais hidrelétricas, desde que os respectivos perf is estejam disponíveis
A necessidade de alinhar teoria e prática
Tudo o que foi exposto vale apenas para este modelo de cálculo idealizado e globalizado, que relaciona o perf il de carga de muitas residências a
uma única residência e a um perf il de energia injetada específ ico, sem considerar picos de carga individuais, de um lado, nem eventuais períodos de sombra (Dunkelf lauten, no original), de outro As perdas de carga e descarga da bateria, bem como as perdas em vazio e com carga do inversor, tampouco puderam ser consideradas, e sabe-se que elas podem atingir ordens de g randeza [3] Por esta razão, os cálculos aqui apresentados expressam os melhores valores possíveis, e não uma média nem um caso típico. O objetivo é expor a dependência das variáveis relevantes entre si e em tor no dos limites teóricos.
Há também outros parâmetros que desempenham um papel importante em casos individuais. Por exemplo: uma bateria reage de modo praticamente instantâneo; depende apenas da velocidade com que a eletrônica é capaz de comutar o inversor entre os modos de corrente contínua e alter nada [1] Neste particular, foram obser vadas diferenças apreciáveis entre dispositivos e sistemas diversos [3]
Cargas variáveis: aquecedores de passagem
Aquecedores de passagem eletrônicos operam geralmente controlados por trem de pulsos. Segundo este princípio, em função da temperatura ajustada é disparada uma quantidade variável de períodos inteiros de corrente alternada, após os quais os elementos de aquecimento são novamente bloqueados O controle eletrônico deve comutar com razoável rapidez, para evitar oscilações na temperatura da água quente. O inversor deve então reagir muito mais rápido do que as variações extremas de carga Medições referidas em [3] constataram, em média, tempos mortos de 0,8 s até que uma elevação de potência se inicie (do lado da bateria; o SFV não dá esses saltos) Em média, só após um tempo de oscilação de 3,5 s a comutação está completa, isto é, o sistema terá atingido o novo ponto de operação A “comutação rápida” da drenagem de energia da bateria até a recarga dessa mesma bateria seria neste caso muito lenta Todavia, a gama de variações das referidas medições é enorme: em quatro sistemas os tempos somavam meramente 0,2 s Neste caso supõe-se que no mínimo uma parte da corrente da bateria chegaria ao aquecedor Já os piores sistemas exibiam tempos mortos
de 2,8 s e tempos de oscilação de 11,7 s. Aqui não há ganho possível
Outro fator limitante é a potência da bateria Em geral, parte-se de uma taxa de carga-descarga inferior a 1/h, ou seja, a recarga plena, assim como a descarga total, duram, respectivamente, no mínimo uma hora A potência é proporcionalmente limitada. A inspeção das baterias indicou, para o sistema mais fraco, uma taxa de carga-descarga de 0,4/h Com base neste dado, seria possível extrair de uma bateria de 5 kWh no mínimo 2 kW e, no máximo, algo como 4 kW Conquanto o valor máximo em geral ainda seja suf iciente para suprir a residência, o valor mínimo resultaria em frequente drenagem de energia da rede, sem que a bateria estivesse descarregada A propósito, em razão das diferenças entre os sistemas, este efeito foi completamente ignorado na abordagem deste artigo, sendo o cálculo realizado como se fosse possível carregar a menor bateria com 27 kW de potência Aos 2 kW a 4 kW da bateria seriam adicionados no máximo 6 kW for necidos pelo gerador fotovoltaico. Portanto, para operação de um aquecedor de passagem, nem a bateria, nem o SFV diretamente poderiam dar uma contribuição significativa.
Na prática, aquecedores de passagem são controlados por sistemas eletrônicos que limitam a potência, por exemplo, a 18 kW Neste caso, dada a frequência de comutação do sistema de controle, se o inversor não for extremamente rápido, a energia solar não contribui para o aquecimento da água De um modo geral, pode-se mesmo af irmar que muito pouco da energia solar chega ao aquecedor a menos que o SFV disponha de uma potência de 27 kW.
Aplicação como fonte de segurança
Em certas instalações, topologias com inversores e baterias possibilitam operar como fonte de segurança (emergência). Em caso de colapso da rede exter na, o sistema se desconecta dessa fonte e passa a gerar corrente alter nada de 60 Hz em regime isolado À primeira vista, esta solução pode parecer uma forma de aquirir uma fonte de segurança com pequeno investimento adicional No entanto, o suprimento de energia pressupõe que a bateria esteja carregada Na realidade, a bateria passa a maior parte do tempo sem carga no inver no, ininterruptamente, e no mais das vezes, pelo
menos uma parte do dia. É preciso, pois, ter muita sorte para conseguir superar, ao acaso, um colapso da rede
Conclusão
Um sistema fotovoltaico pode ser basicamente completado por uma bateria própria. A taxa de autoconsumo aumenta consideravelmente e, af inal, a rede deixa de ser alimentada em excesso por energia solar fotovoltaica Contudo, em princípio tais baterias não favorecem a rede enquanto o controle permanecer com o proprietário, e não com o operador da rede Para que a transição energética seja bem sucedida, é necessário repensar esta questão Com uma bateria própria, uma residência pode suprir em larga medida sua demanda de energia no verão; porém, no inver no a situação é literalmente sombria Sob o aspecto f inanceiro, uma bateria para uso
sazonal [nas condições alemãs] é um absurdo Já sob o prisma puramente técnico, seria a solução ideal para a transição energética A busca por uma bateria sazonal viável continua. Por enquanto, será necessário expandir [na Alemanha] as fontes eólica e solar no mesmo passo atual, para sobreviver com o mínimo possível de energia armazenada
No entanto, o momento em que a geração de energia renovável se tor nará autof inanciável, dispensando subsídios, está muito mais próximo, e a evolução dos dados dos últimos sete anos é animadora
Neste sentido, urge recomendar que, além de peculiaridades como o clima no local de instalação e a orientação do telhado, também sejam obser vados os parâmetros característicos (perdas, consumo energético, tempos de reação etc ) dos diversos componentes do sistema [3]
Referências
[1] Stefan Fassbinder: Wann lohnt sich eine PVAnlage – finanziell und / oder energetisch?. “de” 20 und 21 2022
[2] Stefan Fassbinder: Elektrische WarmwasserBereitung nach aktuellen EU-Verordnungen –Energieeffizienz im Wandel der Zeit “de” 13-14 2023, S 20
[3] Johannes Weniger; Nico Orth; Lucas Meissner: Trends im PV-Speichermarkt –Hybridwechselrichter und Lithium-Eisen-Phosphat-Batterien dominieren “de” 12 2023, S 30
[4] www smard de
Artigo publicado originalmente na revista alemã de – das Elektrohandwerk, edição 19/2023. Copyright Hüthig GmbH, Heidelberg e München. www.elektro. net. Publicado por FotoVolt sob licença dos editores. Tradução e adaptação de Celso Mendes
l e t r o m o b i l i d a d e
P r o t e ç ã o c o n t ra
s u r t o s i n t e g ra d a e m e s t a ç õ e s d e r e c a r g a
É crescente o número de empresas elet r i cando suas f ro tas de veículos
Ao con gurar a inf raest r ut ura de recarga no setor indust r ial e comercial, o supr imento seguro de energia é pr ior i tár io Sur tos de tensão põem em r isco não só os veículos elét r icos, mas também as áreas de produção e administ ração ad jacentes
Em caso de impacto direto de um raio por exemplo, num poste de rua ou no sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) de edif icações vizinhas , a corrente parcial do raio pode f luir para uma estação de recarga Esta corrente pode, então, ser conduzida pelo cabo de recarga diretamente para o veículo elétrico (VE) e destruir os componentes eletrônicos, ou até mesmo a bateria
Por outro lado, se forem previstas a proteção contra descargas atmosféricas e medidas de proteção contra surtos (MPS), a corrente do raio e a sobretensão transitória serão descarregadas diretamente pelos respectivos dispositivos de proteção, de modo que a estação de recarga e o veículo permaneçam protegidos contra danos. O mais alto nível de segurança pode ser alcançado quando as MPS forem adotadas já na fase de projeto
No caso de uma infraestrutura de recarga preexistente, a instalação deve ser verif icada e eventualmente aprimorada no quesito proteção contra surtos (f igura 1)
O que dizem as normas?
As normas da série DIN VDE 0100 são normas de instalação e, portanto,
aplicáveis à instalação f ixa Se uma estação de recarga não for móvel e estiver conectada por meio de cabeamento fixo, ela se enquadra no escopo dessas normas A norma DIN VDE 0100-443 trata da proteção de instalações elétricas contra sobretensões transitórias causadas por fenômenos atmosféricos conduzidas pela rede de distribuição inclusive descargas diretas na rede, bem como sobretensões transitórias resultantes de operações de manobra A norma determina quando a proteção contra surtos deve ser instalada, e aborda a necessária disponibilidade do sistema A interface para recarga de veículos elétricos é definida de acordo com a categoria de suportabilidade a impulsos II, ou seja, com uma tensão de impulso nominal de 2500 V O instalador deve, portanto, garantir que o
veículo não possa ser danificado por sobretensão
Havendo perigo de impacto direto de raios, a norma DIN EN 62305 também deve ser obser vada Se forem adotadas proteções exter nas contra raios e MPS conforme DIN VDE 0100-443 e DIN EN 62305, elas devem ser instaladas de acordo com a norma DIN VDE 0100-534 A seleção da proteção contra surtos deve ser feita em função da localização da estação de recarga Decisivas para tal são as zonas exter nas de proteção contra raios (ZPR), ilustradas
na f igura 1:
• ZPR 0A - Zona desprotegida de uma estrutura com proteção exter na contra raios, e
• ZPR 0B - Zona protegida de uma estrutura com proteção exter na contra raios
Michael Muschong, para Das Elektrohandwerk (Alemanha)
F ig 1 – C lasse de DPSs confor me o local de instalação: 1) Zona ZPR 0B – DPS classe II; 2) Zona ZPR 0A – DPS combinado classe I + II [Fonte: Hensel]
Quando se trata de implementar uma proteção realmente ef icaz, deve ser realizada a atualização (retrof it) da necessária proteção contra surtos [N do T – As normas alemãs DIN VDE 0100 equivalem à ABNT NBR 5410 Já a norma DIN EN 62305 corresponde à ABNT NBR 5419 E as normas IEC 61851-1 e IEC 62196, mencionadas adiante, equivalem respectivamente à ABNT NBR IEC 61851-1 e à ABNT NBR IEC 62196-1 Aplica-se também no Brasil a NBR 17019 – “Requisitos para instalações em locais especiais - Alimentação de veículos elétricos” Ver referências no f im do artigo ]
Planeje corretamente de início, ou faça o r e t r o f i t
Estações de recarga de VEs, devido à sua instalação predominantemente exter na, estão expostas aos efeitos de descargas atmosféricas e a outras sobretensões Mesmo quando a queda do raio se dá a uma g rande distância do local, podem ocorrer incêndios e danos por sobretensão em veículos elétricos de alto valor ou à infraestrutura de recarga. Além disso, surtos de tensão na rede, por exemplo, originários das já citadas operações de
manobra ou faltas à terra e curtos-circuitos, devem ser igualmente considerados.
Para evitar componentes eletrônicos danif icados, infraestrutura de recarga inoperante ou até mesmo danos aos VEs com consequências geralmente muito onerosas, é imperativo planejar um sistema ef icaz e conf iável de proteção contra raios e surtos
Um conceito de proteção aderente às normas
As estações de recarga analisadas neste artigo, a partir de documentação do fabricante Hensel, equipadas com dispositivos de proteção contra surtos (DPSs), representam uma solução f lexível. Os DPSs classe I e classe II asseguram uma faixa de proteção máxima de 10 metros, vale dizer, se o veículo estiver a até 10 m de distância da estação, ele está protegido adequadamente O comprimento do cabo de recarga está considerado nessa distância (f igura 2, à direita)
Uma caixa instalada adicionalmente para os DPSs, por exemplo, pode ser uma solução adequada para o retrof it (f igura 2, à esquerda) A estação de recarga está localizada na zona desprotegida (ZPR 0A) de uma estrutura com sistema de proteção exter na contra raios (SPDA). Neste caso, para satisfazer as normas de proteção contra raios, é
necessária uma estação de recarga com DPSs combinados classe I + II instalados a montante
Para soluções individuais, também estão disponíveis estações de recarga com proteção integ rada contra surtos, quando estas se situam na zona protegida (ZPR 0B) de uma estrutura provida de sistema exter no de proteção contra raios Aqui, em consonância com as normas, a estação requer DPSs classe II (f igura 3).
Recarga de múltiplos VEs
Na prática, muitas vezes ocorre que diversos veículos elétricos devem ser carregados simultaneamente e as estações de recarga só são acessíveis em uma área limitada, no que é considerado um espaço não público. Estes casos abrangem, por exemplo, estacionamentos para funcionários, frotas de empresas, estacionamentos subterrâneos de hotéis, etc.
As estações ora em análise são adequadas para recarga de VEs conforme IEC 61851-1 (Modo 3), o que pode ser feito por meio de uma tomada integ rada ou um cabo permanentemente
F ig 3 – Caixas com DPSs integrados, para montagem na parede ou em to tens [Fonte: Hensel]
F ig 2 –
concei to de DPSs integrados ao quadro de dist r ibuição [Fonte: Hensel]
conectado a um plugue tipo 2, de acordo com a norma IEC 62196 É possível alcançar uma potência nominal de recarga por ponto de recarga de 22 kW As estações de recarga geralmente são instaladas em ambientes inter nos, ou desprotegidos ao ar livre Uma proteção integ rada contra surtos classe II, ou um DPS exter no classe I + II podem ser acrescentados
Conclusão
O objetivo das normas mencionadas seria um conceito ideal de proteção contra raios e surtos de três estágios. O ideal, é claro, nem sempre é exigido pelas normas De fato, uma vez que em todas as instalações comerciais e industriais podem ser encontrados equipamentos elétricos nas categorias de suportabilidade a impulsos I e II, a proteção contra surtos é em geral indispensável Ao adicionar a um sistema elétrico uma estação de recarga de VEs, deve ser instalado um DPS no mínimo classe II, a f im de conser var a aderência aos requisitos de proteção
Referências
[1] DIN VDE 0100-443, VDE 0100-443:2016-10
- Errichten von Niederspannungsanlagen Abschnitt 443: Schutz bei transienten Überspannungen infolge atmosphärischer Einf lüsse oder von Schaltvorgängen
[2] DIN VDE 0100-534, VDE 0100-534:2016-10 - Errichten von Niederspannungsanlagen Abschnitt 534: Überspannungs-Schutzeinrichtungen (SPDs)
[3] DIN EN 62305-1, VDE 0185-305-1:2011-10 –Blitzschutz Teil 1: Allgemeine Grundsätze
[4] IEC 61851-1:2017 - Electric vehicle conductive charging system - Part 1: General requirements
[5] IEC 62196-1:2022 - Plugs, socket-outlets, vehicle connectors and vehicle inlets - Conductive charging of electric vehicles - Part 1: General requirements
Artigo publicado originalmente na revista alemã de – das Elektrohandwerk, edição 19/2023 Copyright Hüthig GmbH, Heidelberg e München www elektro net Publicado por FotoVolt sob licença dos editores Tradução e adaptação de Celso Mendes
u d a n ç a s c l i m á t i c a s
M
A i n f l u ê n c i a d o c l i m a s o b re a s
f o n t e s r e n ová v e i s d e e n
e rg i a
Os recursos utilizados na geração de energia solar, eólica e hidráulica são manifestações do próprio clima, como radiação solar, vento e volume das chuvas Dessa forma, assim como o mercado f inanceiro acompanha atentamente as variações dos indicadores de petróleo e gás, no caso da geração renovável, devem ser acompanhados o nível dos rios, o regime dos ventos e os índices pluviométricos, para que os recursos disponíveis sejam avaliados adequadamente
As mudanças climáticas, conforme detalhado pelo Painel Intergover namental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) [1], têm um impacto profundo e variado sobre esses recursos. Por exemplo, o IPCC destaca que o aumento das temperaturas globais (f igura 1) está associado a alterações nos padrões de precipitação, aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como ondas de calor, secas severas e
tempestades intensas Esses eventos não apenas afetam a disponibilidade de recursos hídricos para a geração de energia hidrelétrica, mas também inf luenciam diretamente a eficiência e a viabilidade da energia solar e eólica, além da tendência de consumo de energia e, consequentemente, o impacto na carga
O IPCC relaciona diversos exemplos, como:
• Aumento da temperatura: As projeções indicam que a temperatura média global continuará a subir, o que pode alterar os padrões de vento e impactar a ef iciência das turbinas eólicas. Em regiões onde as temperaturas aumen-
Este ar t igo apresenta aspectos impor tantes relacionados ao clima, haja vista que a geração de energia at ravés de fontes renováveis é altamente dependente dos fenômenos climát icos Esse cenár io deve ser obser vado pelos pro ssionais envolvidos no projeto, const r ução e manutenção dos sistemas de geração de energia renováveis, pr incipalmente solar fo tovoltaica e eólica
tam signif icativamente, a ef iciência dos painéis solares pode diminuir, uma vez que eles funcionam melhor em condições equilibradas de disponibilidade de radiação, temperatura e nebulosidade
• Mudanças nos padrões de precipitação: O IPCC prevê que algumas regiões experimentarão uma redução na precipitação, enquanto outras poderão ter um aumento Isto afeta diretamente a disponibilidade de água para a geração hidrelétrica e, indiretamente, a geração eólica (mais chuva, menos vento, por exemplo)
• Eventos climáticos e xtremos: O aumento na frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como tempestades severas, pode causar danos físicos às infraestruturas de geração de energia renovável, como turbinas eólicas e painéis solares, além de interromper a produção de energia Essas alterações sublinham a necessidade de estratégias robustas de planejamento e adaptação
Lara Marques, da Climatempo; José Márcio Rosa e Sergio Roberto Santos, da Embrastec
para garantir a resiliência das infraestruturas energéticas A adaptação envolve não apenas o monitoramento constante dos parâmetros climáticos, mas também a integ ração de dados climáticos avançados na fase de planejamento e operação dos projetos de energia renovável
Além das questões mencionadas, é crucial considerar os impactos das descargas atmosféricas, que estão associadas a tempestades severas. Os raios representam um risco signif icativo para as instalações de energia renovável A frequência e intensidade de tempestades elétricas podem aumentar com as mudanças climáticas, elevando o risco de danos diretos e indiretos aos equipamentos de geração de energia solar e eólica
falhas em sistemas fotovoltaicos (SFV) são causadas por descargas atmosféricas [4]
Proteção contra descargas atmosféricas
Descargas atmosféricas
As descargas atmosféricas são fenômenos elétricos naturais, originados normalmente na atmosfera pelo acúmulo de cargas elétricas, possuindo duração muito curta, mas produzindo correntes elétricas de milhares de amperes Elas podem atingir objetos a quilômetros da sua origem, além de induzir tensões e correntes até 2 quilômetros de distância do seu ponto de impacto, através dos pulsos eletromagnéticos devido às descargas atmosféricas (LEMP - Lightning Electromagnetic Impulse) Diariamente ocorrem no mundo entre 30 e 100 descargas atmosféricas por segundo, correspondendo a 9 milhões de descargas atmosféricas diárias ou a uma densidade de descargas atmosféricas para a terra (NG) de 6 descargas atmosféricas /(km2 x ano) sobre a superfície total do planeta [2]
As descargas atmosféricas podem ser classif icadas pela sua origem conforme a f igura 2: A) Descargas nuvemsolo (negativas ou positivas), que se que se iniciam na nuvem se dirigindo para o solo; B) Descargas solo-nuvem (positivas ou negativas), que se iniciam no solo e se dirigem para uma nuvem; C) Descargas intranuvem, as mais comuns, que ocorrem totalmente no interior de uma única nuvem; D e F) Descargas nuvem-ar, quando a descarga sai da nuvem em direção a um ponto qualquer na atmosfera, sem atingir outra nuvem ou o solo; e E) Descargas entre nuvens, que acontecem entre duas ou mais nuvens separadas, sem que alguma corrente elétrica atinja o solo
Segundo dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Elat/ Inpe), as descargas atmosféricas são responsáveis por cerca de 70% dos desligamentos na transmissão e 40% da distribuição de energia elétrica no Brasil, além de causarem a queima de 40% dos transformadores [3] A vulnerabilidade dos sistemas de energia elétrica também pode ser comprovada por estatísticas de seguradoras alemãs, as quais indicam que até 26% das
No Brasil, a Proteção contra Descargas Atmosféricas (PDA) se baseia em duas normas técnicas publicadas pela ABNTAssociação Brasileira de Normas Técnicas Como as descargas atmosféricas podem afetar pessoas em canteiros de obras, atividades ag rícolas ou usinas de energia, em caso de riscos, é necessário interromper as atividades exter nas de construção, operação e manutenção, para evitar acidentes e perdas materiais importantes; em algumas circunstâncias, deve-se desligar certos equipamentos no local de realização dessas atividades. Para que isso seja feito de forma segura e criteriosa, é fundamental utilizar a norma técnica ABNT NBR 16785:2019“Proteção contra descargas atmosféricas - Sistemas de alerta de tempestades elétricas” [5, 6]
Durante os últimos anos, os recursos técnicos dedicados ao monitoramento em tempo real da atividade elétrica atmosférica natural e das descargas atmosféricas tiveram um g rande desenvolvimento, e hoje é possível obter dados valiosos e precisos, em tempo real, os quais, quando parte de um plano de ação bem elaborado, possibilitam aos seus usuários adotar medidas preventivas para que as pessoas se abriguem em locais seguros, com tempo suf iciente para interromper os processos nos quais estejam envolvidas Por esse motivo, a norma ABNT NBR 16785 deve ser mais conhecida e empregada em usinas hidroelétricas, fotovoltaicas, eólicas e de biomassa. Adicionalmente, em relação às estruturas dessas usinas e seus sistemas
F ig 2 - D i ferentes t ipos de descargas at mos fér icas encont radas na nat ureza (Fonte: Autores)
eletroeletrônicos, é indispensável a utilização das recomendações da norma técnica ABNT NBR 5419:2015“Proteção contra descargas atmosféricas” [7], que apresenta as orientações para a proteção das estruturas e dos seres vivos e instalações eletroeletrônicas que estejam em seus interiores (f igura 3). Essa norma evoluiu ao longo dos anos, passando de 16 páginas, em 1997, para 32 páginas, em 2001, depois para 42 páginas em 2005, e chegando a 309 páginas, em 2015, dividida em quatro partes Essas mudanças, mais do que quantitativas, foram qualitativas, respondendo ao aumento da vulnerabilidade da sociedade às mudanças climáticas, incor porando um método de Gerenciamento de Risco (GR) e uma parte totalmente dedicada à proteção dos sistemas eletroeletrônicos no interior das estruturas, permitindo melhor avaliação dos efeitos destrutivos das descargas atmosféricas e uma proteção mais ef icaz das edif icações e estruturas
Conclusão
As mudanças climáticas representam um desaf io crescente para a geração de energia a partir de fontes
renováveis, demandando uma compreensão profunda e uma abordagem estratégica para assegurar a resiliência e segurança das infraestruturas ener-
géticas e elétricas. Desde o gerenciamento dos recursos energéticos até os parâmetros de engenharia utilizados nos projetos de geração renovável, o clima é um fator fundamental, que deverá ser conhecido e avaliado
O aumento das temperaturas globais, as mudanças nos padrões de precipitação e a frequência crescente de eventos climáticos extremos exigem que os prof issionais do setor de energia considerem essas variáveis em seus projetos. A integ ração de dados climáticos avançados no planejamento e operação das infraestruturas energéticas é essencial para mitigar riscos e garantir a ef iciência e sustentabilidade das operações
Particularmente, a ocorrência de descargas atmosféricas, intensificadas pelas tempestades severas associadas às mudanças climáticas, apresenta um risco signif icativo às instalações de geração de energia renovável A implementação de sistemas robustos de PDA, conforme as normas técnicas
F ig 3 - Medidas de pro teção cont ra sur tos para sistemas fo tovoltaicos (Fonte: Embrastec)
ABNT NBR 16785:2019 e ABNT NBR 5419:2015, é indispensável para proteger as infraestruturas e garantir a segurança das operações
A capacidade de adaptação às mudanças climáticas e a mitigação dos seus impactos são fundamentais para a sustentabilidade e segurança do setor energético. Portanto, a aplicação de práticas inovadoras e a adoção de normas técnicas rigorosas são passos fundamentais para garantir que as fontes renováveis de energia possam continuar a for necer um futuro energético limpo e resiliente
O tema tratado nesse artigo possui relevância mundial, tendo sido amplamente discutido no II Encontro Nacional de Mudanças Climáticas para o Setor de Energia e Ag ronegócio (II EMSEA), destacando a necessidade de adaptação e resiliência frente aos desaf ios climáticos Agentes do setor elétrico e agências ambientais,
como a Climatempo, através de seu comitê do clima, lideram esses debates, for necendo insights críticos para o setor [8]
Referências
[1] Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima – IPCC https://antigo mctic.gov.br/mctic/opencms/ciencia/ SEPED/clima/ciencia do clima/painel intergovernamental sobre mudanca do clima html
[2] Santos, Sergio Roberto Silva dos: Avaliação da alteração das características elétricas de módulos fotovoltaicos devido a descargas atmosféricas indiretas Programa de Pós-Graduação em Energia da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2023
[3] Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) Sistema Elétrico http://www inpe br/webelat/homepage/menu/infor/ relampagos e efeitos/sistema eletrico php
[4] R Kohlenberg: Entwicklung bei Schadensfällen aus Sicht der Versicherung Mannheimer
Versicherung AG Freiburg Janeiro 2013
[5] Santos, Sergio Roberto: Áreas abertas: os sistemas de alerta de tempestades Revista Eletricidade Moderna, número 50, março e abril de 2023
[6] Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ABNT NBR 16785:2019 - Proteção contra descargas atmosféricas - Sistemas de alerta de tempestades elétricas
[7] Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ABNT NBR 5419:2015 - Proteção contra descargas atmosféricas Norma publicada em 4 partes
[8] Climatempo 1º Relatório Comitê do Clima https://climatempo.ac-page.com/ebookcomite-do-clima-waitlist-2024
D e s e m p e
n h o d e
b r i s e s f o t o vo l ta i c o s :
o c a s o d o I n s t i t u t o
G e r m i n a r e
Clarisa Debiazi Zomer - Arquitetando Energia Solar/ Garantia Solar BIPV
Aline Machado - Arquitetando Energia Solar
Brises são elementos arquitetônicos amplamente utilizados para o controle da luz e da temperatura em edifícios, atuando na melhoria da ef iciência energética e do conforto térmico das construções Sua função primária é reduzir a carga térmica inter na, bloqueando a radiação solar direta e, consequentemente, diminuindo a necessidade de uso de sistemas de climatização artif icial. Estudos têm demonstrado que o uso de brises pode levar a uma redução signif icativa no consumo de energia para resfriamento em climas quentes e moderados [1,2]
A integ ração de tecnologias fotovoltaicas aos brises acrescenta uma dimensão adicional a esses dispositivos, conferindo-lhes uma dupla função: além de controlar a entrada de luz solar, eles passam a gerar eletricidade. Esta combinação não apenas mantém as vantagens de controle térmico e energético, mas também contribui para a produção de energia renovável diretamente no local de consumo [3-7]
Os brises fotovoltaicos, portanto, tor nam-se elementos multifuncionais de g rande interesse econômico e ambiental A capacidade de gerar eletricidade solar integ rada ao controle
c l i m á t i c a s l o c a i s
F ig 1 – 70,5 kWp de br ises ver t icais fo tovoltaicos instalados no Inst i t uto G er minare na cidade de São Paulo
passivo do ganho térmico potencializa a ef iciência energética geral do edifício Esta dupla função pode tor nar a instalação de brises fotovoltaicos uma solução altamente viável e atraente, especialmente em contextos urbanos densos, onde a maximização do uso do espaço é essencial [8-11]
A análise do desempenho dos brises fotovoltaicos ao longo de um ano de operação é essencial para validar sua ef icácia Este estudo visa a preencher essa lacuna, apresentando uma avaliação detalhada do desempenho elétrico de quatro fachadas equipadas
com brises fotovoltaicos na cidade de São Paulo, representando uma abordagem inovadora e sustentável para a arquitetura urbana contemporânea
Objeto de
estudo:
brises fotovoltaicos do Instituto Germinare
Os brises fotovoltaicos aqui analisados estão instalados no Instituto Germinare (f igura 1), uma edif icação de seis pavimentos localizada em São Paulo e dedicada à educação de negócios para jovens. A edif icação foi projetada pelo arquiteto Edo Rocha e os brises fotovoltaicos foram dimensionados pela Arquitetando Energia Solar, e desenvolvidos e instalados pela Garantia Solar BIPV A integ ração desses elementos ref letiu a visão do arquiteto, valorizando a estética da construção enquanto melhorou seu desempenho energético O projeto recebeu em 2023 um reconhecimento inter nacional, ganhando um prêmio em Londres por suas soluções sustentáveis.
A instalação dos brises fotovoltaicos aconteceu nas quatro orientações, combinando eficiência energética a uma estética moderna e harmônica. O sistema fotovoltaico instalado, com capacidade total de 70,5 kWp distribuída em oito
inversores, não apenas controla a entrada de luz solar e reduz a carga térmica, mas também gera eletricidade a partir da energia solar.
O sistema é composto por 564 módulos fotovoltaicos da tecnologia CIGS com 125 W de potência nominal. Cada módulo foi integrado a um brise vertical de 3,30 x 0,35m, com distanciamento de 66 cm de eixo a eixo Os brises foram instalados nas fachadas norte (18°O), leste (72°L), sul (162°L) e oeste (108°O) da edificação, com angulação de 30° em relação a cada orientação da fachada e 90° em relação ao solo.
bem como do sistema como um todo
A configuração elétrica dos subsistemas está apresentada na tabela I.
2. Coleta de dados de ir radiação
Método
A metodologia deste estudo seguiu quatro etapas principais para avaliar o desempenho dos brises fotovoltaicos no Instituto Germinare ao longo do seu primeiro ano de operação.
1. Coleta de dados de geração
Inicialmente, foi realizada a coleta de dados de geração de energia elétrica dos oito inversores que compõem o sistema fotovoltaico instalado, no período de 01/06/2023 a 31/05/2024, através da plataforma de monitoramento do inversor (Fusion Solar) Os dados foram registrados na base diária e somados para análises mensais e anual A medição precisa da produção de energia permitiu uma avaliação detalhada da performance individual de cada inversor,
Paralelamente, foram coletados dados de irradiação solar na localização do Instituto Germinare, a partir da estação meteorológica mais próxima fornecida pelo INMET - Instituto Nacional de Meteorologia (Estação São Paulo – Mirante A701) Os dados foram essenciais para entender a disponibilidade de energia solar ao longo do ano e para correlacionar a geração de energia dos brises fotovoltaicos com a intensidade da irradiação solar recebida
3. Comparação de geração ener gética
A terceira etapa envolveu a comparação da geração energética entre os oito inversores com base nos dados mensais e anuais de irradiação solar A análise comparativa permitiu identif icar variações no desempenho dos inversores e compreender como a disponibilidade de irradiação solar afetou a produção de energia ao longo do tempo Esta análise também foi realizada ag rupando inversores instalados na mesma orientação
4. Cálculo da produtividade (yield)
A produtividade, também chamada de yield, de um sistema é dada pela geração energética (kWh) em um determinado período dividida pela sua potência instalada (kWp), ou seja, yield = geração/potência instalada Este parâmetro é utilizado para comparar o
desempenho de sistemas fotovoltaicos com diferentes características a partir de uma normalização
Resultados
Geração ener gética
A geração energética total medida no período de 01/06/2023 a 31/05/2024 foi de 29 498 kWh De acordo com a f igura 2, o inversor Norte 12 KTL foi o que apresentou a maior geração energética no período, seguido pelos inversores Leste 12 KTL 1 e Oeste 12 KTL, que apresentaram valores de geração bem semelhantes A geração energética mensal por inversor está apresentada na f igura 3 e a geração energética por orientação, nas f iguras 4 e 5
De acordo com as f iguras 3, 4 e 5, pode-se perceber que, apesar de a orientação norte ter se destacado no somatório anual, em alguns meses do ano (setembro a março) ela gerou menos do que outras fachadas. Nos meses de verão, a fachada que mais gerou energia foi a sul A fachada leste apresentou geração superior à fachada oeste devido ao padrão de sombreamento da fachada oeste ser mais intenso
Tab I – Configuração dos subsistemas
Ir radiação solar
A irradiação solar global horizontal medida no período de 01/06/2023 a 31/05/2024 foi de 1665,2 kWh/m2 , e a irradiação média mensal foi de 138,7 kWh/m2 A figura 6 apresenta a irradiação mensal e a f igura 7, a irradiação solar diária
Comparação entre geração
Norte Leste Oeste Sul
ener gética e disponibilidade de ir radiação solar na base diár ia
A fim de avaliar se o sistema fotovoltaico teve um bom desempenho ao longo do período analisado, comparou-se a disponibilidade de irradiação mensal e diária com a geração energética total do sistema. A partir das f iguras 8 e 9 [na pág 100], foi possível verif icar que a geração energética do sistema de brises acompanhou a disponibilidade de irradiação solar na cidade de São Paulo e que os dias de baixa geração foram, de fato, dias em que a irradiação foi reduzida (dias nublados e/ou chuvosos) A queda identificada no mês de outubro foi devida a cinco dias em que o sistema ficou sem funcionamento (de 3 a 7 de outubro/2023)
Produtividade do sistema fotovoltaico
As produtividades de cada subsistema e do
sistema completo estão apresentadas na figura 10 [pág 100] Essa figura confirma a maior produtividade dos sistemas instalados ao norte e demonstra que as fachadas leste e oeste tiveram desempenho bastante semelhantes A exceção foi o inversor Oeste 3 KTL, que
F ig 8 – Comparação ent re a ir radiação solar global hor i zontal mensal (em roxo) e a geração energét ica to tal mensal (em azul)
apresentou baixo desempenho, fato que está associado à presença de uma g rande ár vore muito próxima, cobrindo quase todos os módulos deste subsistema.
Conclusões
Apresentou-se aqui o desempenho de um sistema fotovoltaico de 70,5 kWp instalado em brises verticais na cidade de São Paulo Os resultados mostraram que os brises fotovoltaicos geraram energia conforme a disponibilidade de irradiação solar em todos os meses do ano e que houve uma interessante complementaridade entre a geração energética dos sistemas fotovoltaicos instalados ao norte e ao sul O sistema promoveu, em média, 2458,24 kWh por mês para a edif icação.
Essa comparação foi fundamental para avaliar a ef iciência e a ef icácia dos brises fotovoltaicos, for necendo insights sobre a sua viabilidade em diferentes condições de operação em ambientes urbanos, contribuindo para a promoção de soluções sustentáveis e a otimização do uso de energia solar em edif icações
Referências
[1] Freewan, A A Y : Impact of external shading devices on thermal and daylighting performance of offices in hot climate regions “Solar Energy’, 2014 102: p 14-30
[2] Koç, S G k and S Maçka Kalfa: The effects of shading devices on office building energy
anual de cada
sistema completo F ig 9 – Comparação ent re a ir radiação solar global hor i zontal diár ia e a geração energét ica to tal diár ia
01/jun15/jun29/jun13/jul27/jul10/ago24/ago07/set21/set05/out19/out02/nov16/nov30/nov14/dez28/dez11/jan25/jan08/
performance in Mediterranean climate regions “Journal of Building Engineering”, 2021. 44: p 102653
[3] Zomer, C , et al : Shading analysis for rooftop BIPV embedded in a high-density environment: A case study in Singapore “Energy and Buildings”, 2016 121: p 159-164
[4] Yoo, S -H and E -T Lee: Efficiency characteristic of building integrated photovoltaics as a shading device “Building and Environment”, 2002 37(6): p 615-623
[5] Sun, L , L Lu, and H Yang: Optimum design of shading-type building-integrated photovoltaic claddings with different surface azimuth angles “Applied Energy”, 2012 90(1): p 233-240
[6] ElSayed, M.S.: Optimizing thermal performance of building-integrated photovoltaics for upgrading informal urbanization “Energy and Buildings”, 2016 116: p 232-248
[7] Baenas, T and M Machado: On the analytical calculation of the solar heat gain coefficient of a BIPV module “Energy and Buildings”, 2017 151: p 146-156
[8] Lee, J B , et al : An empirical study of performance characteristics of BIPV (Building Integrated Photovoltaic) system for the realization of zero energy building “Energy”, 2014 66: p 25-34
[9] Assoa, Y B , et al : Thermal analysis of a BIPV system by various modelling approaches “Solar Energy”, 2017 155: p 1289-1299
[10] Lai, C -M and S Hokoi: Solar façades: A review. “Building and Environment”, 2015. 91: p 152-165
[11] Zomer, C , Fossati, M , Machado, A : Designing with the Sun: Finding balance between aesthetics and energy performance in Buildingintegrated photovoltaic buildings “Solar compass ” , 2023 6
Artigo apresentado na conferência Eletrotec+EM Power South America, realizada em São Paulo em agosto de 2024, publicado aqui com permissão da organização e das autoras, com adaptações realizadas pela Redação de FotoVolt
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C o m i s s i o n a m e n t o d e u s i n a s f o t o v o l t a i c a s : e n s a i o s d a N B R 1 6 2 7 4 – C a t e g o r i a 2
“ A experiência mostra que, com exceções, o comissionamen to tem sido conduzido de forma incorre ta, ou sem uma avaliação crí tica A consequência são trans formadores e skids queimando, inversores que pegam fogo e módulos trincados e com pon tos quen tes”.
Nessa edição vamos tratar dos ensaios de comissionamento de categoria 2 No entanto, antes de iniciar o assunto, propriamente dito, cabem as ref lexões a seguir.
Os ensaios de comissionamento visam a garantir condições seguras de operação (nesse caso, os ensaios categoria 1) e que a performance estará dentro do esperado, não havendo vícios não identificados antes da conexão da usina
Vinícius Ayrão*
Esses ensaios não devem ser encarados com leniência pelo dono do ativo. São de suma importância para garantir que a instalação entregue atende ao que foi idealizado e comprado, tanto nos aspectos de segurança e conf iabilidade quanto no de geração de energia
No entanto, a falta de controle do investidor durante a concepção do projeto e construção da usina pode resultar em uma quantidade muito g rande de vícios encontrados no comissionamento, cujos custos de correção vão impactar de alguma forma o f luxo f inanceiro do projeto
De forma semelhante, a empresa responsável pela execução deveria entender e dominar a técnica dos ensaios, para que possa adequar seus
processos executivos de forma a garantir que possíveis apontamentos realizados no comissionamento resultem em um mínimo de retrabalho.
Nossa experiência tem nos mostrado que, com exceções, nos projetos que vêm sendo entregues, o comissionamento tem sido conduzido de forma incorreta, ou sem uma avaliação crítica. A consequência disso são usinas com transformadores e skids queimando, inversores que pegam fogo e módulos trincados e com pontos quentes (hot spots).
Os ensaios de categoria 2 destinamse a sistemas maiores ou mais complexos A norma ABNT NBR 16274 não def ine o que são sistemas maiores e na prática a execução dos ensaios de categoria 2 são de comum acordo entre cliente e executor
Para f ins desse artigo, vamos adotar que para todos os sistemas de minigeração (ou seja, maiores que 75 kW de potência c a de inversor) deveremos realizar os ensaios de categoria 2.
Os ensaios de categoria 2
Esses ensaios são:
• ensaios das cur vas IV das séries fotovoltaicas; e • inspeção com câmera infravermelha (IR - do inglês infrared)
O ensaio de cur va IV pode substituir o ensaio de tensão de circuito aberto (Voc) e de curto-circuito (Isc), que são ensaios de categoria 1 Realizar o ensaio de cur va IV ao invés dos ensaios de Voc e Isc é mais seguro, na ótica do prof issional que faz os ensaios. Para realizar o ensaio de Isc é necessário curto-circuitar as séries, necessitando de um interruptor seccionador, que deverá ser capaz de interromper a corrente de curto-circuito da série em sua máxima tensão. Em um dia de sol, são ensaiadas entre 60 e 80 séries por dia
O uso de um traçador de cur va IV fará isso de forma muito mais segura
Porém o investimento no equipamento é bem maior (superior a R$ 100 mil)
Ensaio de curva IV
Podemos realizar o ensaio de cur va IV para obter as seguintes informações:
a) Medição da Voc e da Isc; b) Medição da potência do arranjo fotovoltaico; e
c) Identif icação de defeitos nos módulos/arranjos fotovoltaicos ou problemas de dimensionamento
Medição de Voc e Isc
Quando realizamos ensaio de cur va IV apenas para obtenção de Isc e Voc, não é necessário medir a irradiância ou temperatura da célula, de acordo com a norma.
No entanto, sugerimos que esse ensaio seja realizado atendendo as exigências para identificação de defeitos, que permite um uso melhor da mão de obra que está realizando os ensaios
Medição da potência do ar ranjo fotovoltaico
Com as condições adequadas de irradiância, podemos usar o ensaio de cur va IV para medir se a potência nominal de um arranjo fotovoltaico coincide com a de placa Para isso, esse ensaio deve ser realizado em condições de irradiância de pelo menos 700 W/m2, medida no plano dos módulos. Além disso, o ensaio deve ser feito em um momento do dia em que o sol está iluminando diretamente o arranjo fotovoltaico (ângulo de incidência não superior a +22,5°)
Antes de iniciar as medições, devemos verif icar se o equipamento utilizado é compatível com os módulos das séries a serem medidas Com o aumento de potência dos módulos e com o uso de módulos bifaciais, em determinadas usinas precisamos de equipamentos que suportem correntes mais altas.
Quando realizamos as medições, também medimos a irradiância e a temperatura de célula Ao f im das medições, precisamos corrigir os valores para as condições STC e comparar com
os dados de projeto, realizando assim a avaliação da série ou do arranjo.
Identif icação de defeitos nos módulos/ar ranjos fotovoltaicos ou problemas de dimensionamento
Ao se realizar a medição com o objetivo de verif icar a potência do arranjo, também são obtidos os dados da forma da cur va, que indicará possíveis defeitos como:
a) Células e/ou módulos danif icados; b) Diodos de by-pass curto-circuitados;
c) Sombreamentos localizados;
d) Descasamento dos parâmetros (mismatch) entre módulos;
e) Presença de resistência paralela excessiva em células, módulos ou arranjos fotovoltaicos; f) Resistência série excessiva
Para a maioria dos ensaios de análise de forma de cur va, os valores recomendados de irradiância são de pelo menos 300 W/m2
Na realização desse ensaio, obtemos a forma da cur va IV, que deve ser estudada. Qualquer desvio na cur va pode indicar falhas signif icativas que seriam indetectáveis de outra forma.
O Anexo C da NBR 16274 tem informações de como analisar essa cur va, que transcrevemos resumidamente a seguir
Resumo do Anexo C da NBR 16274
A f igura 1, extraída do Anexo C da norma, ilustra os principais desvios
que podem acontecer, os quais são comentados abaixo
a) Var iação 1var iação de cor rente
Pode ocorrer por fatores devidos aos módulos (módulos sujos ou deg radados), por erros de modelagem (dados dos módulos for necidos erroneamente ou número de séries em paralelo informado incorretamente) ou erros de medição (problemas de calibração dos sensores, sensor de irradiância não montado no plano dos módulos ou mudança da irradiância entre a medição da irradiância e a medição da cur va IV)
b) Var iação 2 – declive mais acentuado
Essa variação na inclinação da cur va é normalmente devida a duas causas:
• Caminhos de shunt nas células fotovoltaicas; e
• Descasamento da Isc dos módulos. Corrente shunt é qualquer corrente que atravessa a célula fotovoltaica, geralmente devido a defeitos localizados na célula ou nas interconexões entre células A corrente shunt pode causar pontos quentes localizados (hotspots) que podem também ser identif icados por ensaios com câmera IR.
Diferenças de Isc entre os módulos de uma série fotovoltaica podem ocorrer devido a discrepâncias de fabricação ou a certas situações de sombreamento Enquanto um sombreamento mais signif icativo causa deg raus na cur va IV, sombras menores em alguns módulos de uma série fotovoltaica podem causar esse efeito
c) Var iação 3 – deg raus na cur va Deg raus na cur va IV são indícios de descasamento entre diferentes áreas do arranjo fotovoltaico ou do módulo em ensaio O desvio da cur va
indica que os diodos de by-pass estão conduzindo e que alguma corrente está sendo desviada da série de células protegida pelo diodo.
Possíveis fatores são:
• o arranjo fotovoltaico ou o módulo parcialmente sombreado;
• célula/módulo fotovoltaico danif icado(a);
• diodo de by-pass curto-circuitado.
d) Var iação 4 – declive menos acentuado
A inclinação da parte f inal da cur va IV entre o ponto de máxima potência de tensão (Vm) e Voc é inf luenciada pela resistência série do circuito a ser ensaiado Um aumento desta resistência irá reduzir a inclinação da cur va nesta porção
Possíveis causas do aumento da resistência série incluem:
• danos ou falhas na fiação do arranjo fotovoltaico (ou cabos insuf icientemente dimensionados);
• falhas nas interconexões dos módulos
ou arranjos fotovoltaicos (conexões ruins); e
• aumento da resistência série do módulo.
e) Var iação 5 – var iação de tensão de circuito aber to Possíveis causas para uma tensão reduzida/elevada incluem:
• número errado de módulos na série fotovoltaica;
• temperatura de célula diferente da utilizada no modelo;
• sombreamento signif icativo e uniforme em toda a célula/módulo/série fotovoltaica;
• diodo de by-pass totalmente em condução/curto.
Conclusões
O ensaio de cur va IV é extremamente importante e permite obter uma série de informações sobre a usina. A realização dessa análise ao longo
da vida útil da usina é muito útil para os operadores.
No entanto, é de extrema importância que os prof issionais compreendam o que é uma cur va IV e tenham capacidade de inter pretar as cur vas obtidas
Na próxima edição, vamos tratar dos ensaios com câmera IR
* Engenheiro eletricista da Sinergia Consultoria, com grande experiência em instalações fotovoltaicas, instalações de MT e BT e entradas de energia, conselheiro da ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída e diretor técnico do Sindistal RJ - Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Rio de Janeiro, Vinícius Ayrão apresenta e discute nesta coluna aspectos técnicos de projeto e execução das instalações fotovoltaicas Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões pelo e-mail: fv projetoinstalacao@arandaeditora com br, mencionando em “assunto” “Coluna Projeto e Instalação”
l a t a f o r m a s 8 0 0 V
“ Para maximizar os bene f ícios da tecnologia de 800 V, é essencial que fabrican tes e provedores de in f raestrutura trabal hem jun tos para desenvolver e implemen tar carregadores compa tíveis, garan tindo transição suave e bené ca para todos”
Aduração da recarga de um veículo elétrico é um tema que gera insatisfação em usuários e potenciais usuários, já que durante um deslocamento maior pode impactar signif icativamente no tempo do percurso Outro tema diretamente conectado é a autonomia dos veículos elétricos.
A evolução tecnológica das baterias inf luencia diretamente esses parâmetros, porém a arquitetura das baterias possui uma barreira tecnológica menor e traz avanços consideráveis na potência de recarga e na capacidade de armazenamento. Atualmente, a maioria dos veículos elétricos ofertados no mercado possuem uma arquitetura de 400 V, porém os ganhos com uma arquitetura de 800 V são muitos e mudam os rumos da indústria dos elétricos Neste artigo o tema será explorado e as duas arquiteturas serão comparadas, destacando os principais benefícios de ambas. Antes de iniciar a comparação das arquiteturas de baterias, é conveniente relembrar que os módulos de baterias se assemelham aos módulos fotovoltaicos, já que ambos são em corrente contínua, e em série somam as tensões mantendo a corrente, e em paralelo somam as correntes mantendo as tensões O módulo de baterias de 400 V e
800 V não operam com esses valores de tensão exatos, e sim com um range superior e inferior, sendo a tensão necessária informada ao carregador para iniciar a recarga no nível adequado.
Arquitetura 400 V
A maioria dos veículos hoje é fabricada com essa plataforma, pois ao longo do desenvolvimento da tecnologia atingiu-se maturidade para sua produção e uso, e o efeito de produção em escala ressalta sua principal vantagem, o custo
A produção em escala, a cadeia de suprimentos, os componentes e o
Rafael Cunha*
mercado como um todo já estão preparados para for necer essa solução. Portanto os custos já foram otimizados em partes e por isso hoje é mais barato produzir sistemas de baterias em 400 V, comumente empregados em veículos elétricos mais populares. E isso deve manter-se assim até que as demais tecnologias tenham seus custos reduzidos.
Apesar dos custos com a bateria serem inferiores, há pontos que pesam negativamente, como os custos de infraestrutura, pois para potências mais elevadas os cabos precisam ser de maiores seções ou com sistema de refrigeração, encarecendo o produto Além disso, o efeito Joule é um inimigo na condução de correntes elevadas, pois as perdas se elevam ao quadrado da corrente elétrica, de modo que se a corrente dobrar, a perda é quadruplicada.
I n t e g ra d a
S R 3 0 0 - D 1
c o m P r o t e ç ã o c o n t ra S u r t o s
e t r o
L E D c o m 3 m o d o s d e s t a t u s :
O s p i r a n ô m e t r o s d i g i t a i s
Arquitetura 800 V
Ao contrário da arquitetura mais usual, um sistema de 800 V não é muito utilizado, a cadeia de for necedores é reduzida e os componentes também possuem menos oferta, o que encarece o produto. Porém isso deve mudar g radualmente pois diversas empresas do setor automotivo já demonstraram preferência por essa arquitetura.
A vantagem da arquitetura começa pelo fato de ser possível transferir a mesma potência com a metade da corrente elétrica, ou ainda o dobro da potência com a mesma corrente, o que confere maior velocidade à recarga Ainda, com uma corrente reduzida para a mesma potência, as perdas são menores, fazendo essa arquitetura mais ef iciente do ponto de vista energético
Outro ponto relevante é que o sistema de frenagem regenerativa dos veículos elétricos é mais ef iciente na plataforma 800 V, pois ganha-se na relação da tensão. Do mesmo modo, um sistema com tensão mais elevada garante um torque maior para o veículo
Os cabos dos carregadores podem ser mais f inos, já que a corrente diminui, ou manterem as mesmas seções para o dobro da potência
Compatibilidade com os carregadores
A transição para uma plataforma de 800 V em veículos elétricos oferece várias vantagens, incluindo maior ef iciência energética, tempos de carregamento mais rápidos e melhor desempenho geral do veículo. No entanto, um dos desaf ios mais notáveis dessa mudança é a compatibilidade com a infraestrutura de carregamento existente. Atualmente, a maioria dos carregadores rápidos disponíveis opera com tensões de até 600 V, o que os tor na adequados apenas para veículos com plataformas de 400 V. Esses carregadores não são compatíveis com
veículos de 800 V, criando um obstáculo para a adoção em massa dessa tecnologia avançada.
Felizmente, carregadores de nova geração, capazes de operar em tensões mais altas, já estão sendo desenvolvidos e implantados g radualmente. Esses novos carregadores possuem um inter valo de operação mais amplo, permitindo que carreguem tanto veículos de 400 V quanto de 800 V. Essa compatibilidade bidirecional é um diferencial competitivo crucial, especialmente para redes de recarga que desejam se posicionar na vanguarda da tecnologia de carregamento de veículos elétricos Por outro lado, os carregadores de 400 V tradicionais não possuem essa f lexibilidade, o que limita seu uso e pode comprometer potencialmente seu futuro, à medida que mais veículos de 800 V chegarem ao mercado.
A compatibilidade entre a tensão de operação do carregador e o sistema de baterias do veículo é fundamental para determinar a ef iciência do processo de recarga. Um veículo de 400 V que tenta carregar em um carregador de 800 V experimentará um tempo de carregamento signif icativamente mais longo. Isso ocorre porque o carregador não pode exceder sua corrente nominal, e a tensão terá que ser reduzida pela metade, resultando em uma redução correspondente da potência de carregamento Consequentemente, a potência efetiva entregue ao veículo será apenas metade da indicada, o que pode causar frustração para os usuários que esperavam um carregamento rápido
Portanto, a implementação de carregadores de alta tensão que suportam tanto veículos de 400 V quanto de 800 V não apenas facilita a transição para a nova tecnologia, mas também melhora a experiência do usuário, garantindo tempos de carregamento mais consistentes e ef icientes Essa adaptação é crucial para o avanço e aceitação generalizada de veículos elétricos de próxima geração
Conclusão
A evolução para plataformas de 800 V representa um passo signif icativo no desenvolvimento dos veículos elétricos, oferecendo vantagens claras em termos de ef iciência, velocidade de recarga e desempenho. No entanto, a transição completa depende de melhorias na infraestrutura de carregamento e na redução de custos de produção. Para maximizar os benefícios dessa nova tecnologia, é essencial que fabricantes e provedores de infraestrutura trabalhem juntos para desenvolver e implementar carregadores compatíveis, garantindo que a transição seja suave e benéf ica para todos os usuários. À medida que a tecnologia avance e a aceitação aumente, é provável que os veículos elétricos com plataformas de 800 V se tor nem a norma, proporcionando uma experiência de usuário superior e impulsionando a adoção de veículos elétricos em todo o mundo
Literatura
[1] 400 V vs 800 V Charging: https://www power-sonic com/blog/400v-vs-800vcharging/#: :text=800V%20architecture%20 in%20EVs%20can,overall%20efficiency%20 and%20battery%20range
[2] What Are 400V And 800V EVs And What Does That Mean For Charging?: https://insideevs com/features/710280/ 400-volt-800-volt-evs-explained/
* R afael Cunha é engenheiro eletricista e COO da startup movE Eletromobilidade Nesta coluna, apresenta e discute aspectos da mobilidade elétrica: mercado, estrutura, regulamentos, tecnologias, af inidades entre veículos elétricos e geração solar fotovoltaica, e assuntos correlatos E-mail: veletricos@arandaeditora.com.br, mencionando no assunto “Coluna Veículos Elétricos”
n o s et o r f o t ovo l ta i c o
Kelly Penteado*
Àmedida que o mundo abraça fontes de energia renováveis, a indústria fotovoltaica f loresce em um ritmo sem precedentes Nesse cenário dinâmico e desaf iador, onde a competição é acirrada, empresários do setor solar não apenas precisam gerir suas operações com ef iciência, mas também conhecer e buscar estratégias de marketing para se destacarem
A dinâmica desse mercado é pulsante, sendo fundamental para os empresários não apenas compreenderem os processos de suas empresas, mas também dominarem estratégias de marketing para alcançarem o sucesso das companhias, hoje e a longo prazo Ninguém tem tempo a perder, conhecemos bem o ritmo
Os desaf ios enfrentados pelas empresas vão desde a gestão de equipe e estratégias de vendas até a análise da concorrência e o desenvolvimento de planos de marketing ef icazes. Em meio a eventos vividos até aqui, como a pandemia e mudanças legislativas do setor, a adaptação foi fundamental
E para o prof issional de marketing é imprescindível ter acompanhado essa trajetória e conhecer as tendências do segmento solar No cenário de marketing, o momento atual traz consigo um vasto campo de oportunidades, especialmente com a ascensão da inteligência artif icial no digital e já sendo utilizada em otimizações de campanhas pagas Empresários devem compreender e saber como aproveitar-se dessas ferramentas para otimizar resultados e reduzir custos, com expertise. Um exemplo de aplicação bem-su-
cedida de inteligência artif icial é o de uma empresa do segmento solar que já utiliza algoritmos avançados para segmentar e personalizar suas campanhas de marketing digital Através da análise de big data, identif ica padrões de comportamento entre seus clientes potenciais, ajustando suas estratégias de anúncios para atingir o público certo no momento ideal
Outro caso interessante e com certeza já “experimentado” por você em alguma rolagem de feed nas redes sociais: empresas solares estão adotando a estratégia de marketing baseada em vídeos virais para promover seus ser viços Inspirando-se na “onda dos memes ” , criam uma série de vídeos curtos e eng raçados que explicam os benefícios da energia solar de maneira leve e acessível, ou chamadas de campanhas de vendas
Estar na mídia, ter campanhas publicitárias estratégicas e alinhadas, demonstra para as pessoas o que você quer dizer e ser para o mundo O desaf io é ter uma comunicação alinhada, falar de conceito, se posicionar de acordo com a sua verdade e então, com todos os esforços unidos, fazer com que sua marca se venda organicamente e utilize do pago para divulgar ações para maiores números de clientes
É essencial ressaltar que, apesar do avanço tecnológico, a essência humana continua a ser um diferencial crucial Os consumidores valorizam conexões autênticas e buscam marcas que ofereçam mais do que simples produtos ou ser viços. A voz do cliente é agora mais importante do que nunca, e as I n ova ç ã o e s u st e n ta b i l i d a d e : o m a r ke t i n g e s p e c i a l i za d o
“E mpresários devem compreender e saber como aprovei tar-se de ferramen tas como a in teligência ar ti cial para o timizar resul tados e reduzir custos”.
empresas devem garantir uma abordagem humanizada em suas estratégias de marketing
É tão importante o posicionamento de marca que o Google já está mostrando as avaliações do Reclame Aqui nas buscas, na aba Google Shopping, justamente por reconhecer que antes de consumir as pessoas querem informações de outras pessoas que já tenham tido experiências E vejo poucas empresas fazendo realmente uma gestão de marca
Em 2024, as principais tendências têm apontado para a valorização das competências humanas num contexto cada vez mais tecnológico O relatório da Mintel “2024 Global Consumer Trends” destaca que os consumidores reavaliarão o que é mais importante para eles, afetando não apenas o que querem e precisam, mas sua percepção do que constitui valor Portanto, com a presença de algoritmos, precisaremos de habilidades e emoções humanas para tirar o máximo proveito da revolução tecnológica e da leitura dos dados gerados pelo digital, bem como tomar decisões de realizar ações inteligentes e assertivas.
As marcas que compreendem e abraçam essa tendência serão as líderes do amanhã A questão que f ica é: sua marca está simplesmente imprimindo o que tantos outros já fazem, ou está verdadeiramente conectando-se com seu público-alvo?
* Kelly Penteado é CEO da MK T Solar e tem mais de 15 anos de experiência no mercado de publicidade e propaganda, sendo cinco dedicados exclusivamente ao marketing para o segmento solar
Fraunhofer ISE e Soltec têm projeto de fotovoltaica concentrada
Ainda neste ano será instalada na Espanha uma planta protótipo de energia solar fotovoltaica concentrada (CPV, em inglês), tecnologia que utiliza lentes, espelhos cur vos e outros sistemas ópticos para concentrar g rande quantidade de radiação solar em uma pequena área de células fotovoltaicas
Trata-se de projeto conjunto entre o centro de pesquisas alemão ISEInstituto Fraunhofer de Sistemas de Energia Solar e a empresa espanhola Soltec, especializada em rastreadores solares A ideia do projeto é adaptar rastreador solar de dois eixos da Soltec a uma nova geração de módulos fotovoltaicos concentradores do ISE, com a tecnologia micro-CPV, que operam a uma concentração próxima dos 1000 sóis e atingem 36% de ef iciência de conversão solar, o que leva, segundo comunicado do ISE, a um aumento de 30% no rendimento de energia em comparação com sistemas convencionais
Além da ef iciência de geração, outra vantagem apontada da tecnologia micro-CPV é a redução das áreas do módulo em 30% e, no caso dos materiais semicondutores, em 1300 vezes em potência comparável. “Isso ajuda a proteger materiais preciosos e energia no processo de produção e, portanto, melhora a sustentabilidade”, disse o chefe do departamento de concentradores fotovoltaicos do ISE, Frank Dimrot h
A necessidade da cooperação com a Soltec tem a ver com o fato de os módulos micro-CPV necessitarem de requisitos rigorosos de precisão de rastreamento ao longo de dois eixos, visto a geração máxima de eletricidade do sistema depender do apontamento exato para o sol ao longo do dia “Estamos preparando o caminho para a reentrada da energia fotovoltaica de alta concentração no mercado, oferecendo um produto competitivo que convencerá os investidores com seu alto rendimento energético, robustez e sustentabilidade”, completou Frank Dimrot h. O primeiro protótipo será usado para testar a precisão do rastreamento ao longo do dia. Em um estágio posterior, o sistema pode ser equipado com 15,7 kWp de módulos micro-CPV.
Filmes de perovskita ganham prêmio europeu de patentes
Um desenvolvimento voltado para a produção de lmes exíveis de células solares de perovskita foi um dos vencedores do Prêmio Europeu de Patentes, organizado pelo Escritório Europeu de Patentes (EPO, na sigla em inglês) A premiação é uma das mais importantes do mundo e reconhece invenções nas categorias industriais, de pesquisa e em pequenas e médias empresas (PMEs), além de iniciativas de fora da Europa e jovens inventores.
60 cientistas desenvolvem processo para a produção de células exíveis e imprimíveis baseadas em um dispositivo emissor de luz orgânico (OLED), que compreende nas camadas de lme orgânico colocadas entre dois lmes de eletrodos condutores
A produção das células dos pesquisadores é considerada econômica, pois a perovskita é dissolvida em um solvente e levemente revestida no lme usando uma impressora a jato de tinta Além do prêmio na categoria PME, a invenção também foi ag raciada com o Prêmio Popular, concedido por meio de enquete online aberta ao público.
O polímero revestido de perovskita, exível e leve, segundo os resultados das pesquisas da Saule Technologies, coloca menos pressão estrutural nos edifícios, em comparação com módulos solares, em instalações em telhados. Segundo a empresa, um metro quadrado da célula solar de perovskita pode ser segurado “ com dois dedos”, enquanto os módulos convencionais de silício, em tamanho semelhante, pesam entre 20 e 30 quilos.
A patente premiada de células de perovskita foi na categoria PME e dirigida à pesquisadora polonesa Olga Malinkiewicz, que fundou a empresa Saule Technologies. A PhD pela Universidade de Valência, na Espanha, e sua equipe de
A tecnologia f lexível também abre a possibilidade de criação de outros produtos comerciais, como cortinas solares geradoras de energia até eletrônicos de consumo movidos a energia solar, como teclados e telefones celulares. O novo formato tor na ainda mais competitivas as células solares de perovskita, que podem absorver uma faixa mais ampla de comprimentos de onda do sol, tor nando-as mais ef icientes na conversão de luz em eletricidade do que as convencionais de silício Durante testes da empresa, as células de perovskita alcançaram uma conversão de luz em eletricidade de 25,8%, contra 21% das células à base de silício
O novo sistema micro-CPV em desenvolvimento para geração de elet r icidade em países com alta ir radiação solar direta, e também para energia agr ivoltaica
O lga Malinkiewic z e seu lme exível e leve de perovski ta: 2 5,8% de conversão de luz em elet r icidade
No Brasil
The smar ter E – O The smarter E South America acontece de 27 a 29 de agosto no Expo Center Norte, em São Paulo, congregando os eventos: Intersolar South America - A maior feira & cong resso para o setor solar da América do Sul; ees South America - Feira de baterias e sistemas de armazenamento de energia; Eletrotec+EM-Power South AmericaFeira de infraestrutura elétrica e gestão de energia; e Power to Drive South America - Feira de produtos e ser viços para eletromobilidade Organização de Solar Promotion Inter national GmbH, Freiburg Management and Marketing Inter national e Aranda Eventos & Cong ressos Mais informações em www t hesmartere com br
Eventos Absolar – A Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica vai realizar no Sul e Nordeste o Absolar Meeting Os eventos acontecerão em 19 de setembro, em Florianópolis, SC, e em 31 de outubro em Salvador, BA, e vão abordar perspectivas da geração própria de energia fotovoltaica, estratégias e ferramentas para desenvolvimento das empresas e oportunidades de negócios no segmento solar. Informações: https://absolarmeeting org br/
Fór um GD – O Fórum GD Norte 2024, evento voltado à geração distribuída, será realizado em Manaus, AM, em 11 e 12 de setembro O evento vai tratar de energias renováveis, mercado livre de energia, energia solar e hidrogênio verde Mais informações no site www forumgdnorte.com.br.
Smar t Energy – A Conferência Internacional Smart Energy 2024 ocorrerá de 24 a 26 de setembro, no Campus da Indústria da Fiep, em Curitiba, PR O encontro reunirá autoridades, especialistas, a indústria, formadores de opinião e instituições gover namentais. Estão previstas na prog ramação palestras sobre biogás, gás biometano, biomassa, energia
fotovoltaica e hidrogênio verde Inscrições e mais informações pelos telefones (41) 3362-6622 ou (41) 98492-1063
360 Solar – Realizado pela Elektsolar Innovations, o 4º 360 Solar acontece em 7 e 8 de novembro em Florianópolis, SC, constituído por cong resso e exposição de produtos e ser viços para energia solar e tecnolgias relacionadas. Mais informação: https://360solar com br/
Inter solar Summit NE – O Intersolar Summit Brasil Nordeste acontecerá no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, em 23 e 24 de abril de 2025. Constituído de congresso e feira, o evento enfocará energia solar, armazenamento de energia, H2V e outros assuntos Realização: Solar Promotion, FMMI e Aranda Eventos Informações: https://www.intersolarsummit-brasil com/nordeste
Geração centralizada – O cong resso GC aborda assuntos sobre energia em geração centralizada com foco em fontes de energia renovável A terceira edição do evento acontecerá em São Paulo, SP, em abril de 2025. O objetivo é reunir a cadeia produtiva do setor de energias renováveis a fim de incentivar discussões, novos negócios, parcerias e acordos. Informações em https://cong ressogc com/
FIEE – A 32a edição da FIEE - Feira Internacional da Industria Elétrica, Eletrônica, Energia, Automação e Conectividade, organizada pela RX Brasil e a Abinee - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, vai ser realizada de 9 a 12 de setembro de 2025, no São Paulo Expo O evento, que apresenta equipamentos, produtos, soluções e tendências em instalações elétricas e eletrônicas para a indústria de todos os segmentos, pretende abordar a transformação digital da indústria, sustentabilidade, conectividade e tecnologia. Mais informações em https://www f iee com br
Intersolar Summit Sul – Em 28 e 29 de outubro de 2025 será realizado no
Centro de Eventos Fiergs, em Porto Aleg re, RS, a segunda edição do Intersolar Summit Brasil Sul, em formato cong resso & feira, abordando, entre outros temas, solar FV com armazenamento, ag rivoltaicos, FV of f grid, etc Realização: Solar Promotion, FMMI e Aranda Eventos Informações: https://www.intersolarsummit-brasil com/sul
SWC – De 4 a 7 de novembro de 2025, a ISES - International Solar Energy Society vai realizar o SWC 2025 - Solar World Congress, em Fortaleza, CE O cong resso será organizado em conjunto com a Abens - Associação Brasileira de Energia Solar, seção da ISES no Brasil O prog rama abordará tecnologias e aplicações inovadoras de células fotovoltaicas; integ ração de rede; modelagem de sistemas, inteligência artif icial, digitalização; teste, certif icação e monitoramento; economia circular e reciclagem; eventos climáticos extremos e efeitos das mudanças climáticas; etc Informações em https://www abens.org.br/news-abens/ises-solarworld-cong ress-2025/5
Cursos
Ar mazenamento de energia – O SolaXP é um evento presencial, no formato roadshow, que foi lançado no mês de março, em São Paulo, e percorrerá até novembro 12 cidades em todo o País Com o tema “Domine o mercado de inversores híbridos”, a iniciativa da SolaX Power visa capacitar distribuidores e integradores com informações sobre o mercado e a tendência do armazenamento de energia. Os próximos eventos acontecerão em Curitiba (13/9), Belo Horizonte (29/10), Florianópolis (13/11) e Porto Aleg re (14/11) Entre setembro e outubro, a SolaX vai inaugurar um centro de treinamento, em Uberlândia, MG, que oferecerá cursos presenciais sobre armazenamento de energia solar. Informações: https:// br solaxpower com
Senai-SP – O curso de aperfeiçoamento prof issional Energia Solar Fotovoltaica -
Tecnologias e Aplicações, do Senai SP, com carga horária de 24 horas, visa desenvolver competências para a avaliação da viabilidade técnica e f inanceira da implementação de sistemas de energia solar fotovoltaicos, diagnosticando fatores de consumo de energia, identif icando tecnologias e equipamentos, e propondo soluções de acordo com normas e determinações dos órgãos regulamentadores Inscrições em www sp senai br/curso/energiasolar-fotovoltaica-tecnologias-eaplicacoes/89542
Gratuitos - tecnologias, instalação –A Elgin, fabricante e distribuidora de equipamentos fotovoltaicos, oferece uma série de treinamentos gratuitos online sobre energia solar, com temas como aplicação técnica e comercial para sistemas FV, tecnologias e boas práticas de instalação Visite https://loja elgin com br/energia-solar/cursos-e-treinamentosde-energia-solar
Projetos e instalação – A Sunhub oferece cursos voltados para o mercado de projetos e instalação de sistemas fotovoltaicos, por meio de uma plataforma educacional online Segundo a empresa, a iniciativa tem o objetivo de ajudar no aprendizado para impulsionar vendas dos integ radores e instaladores Os cursos são desenvolvidos por especialistas de diversas áreas do conhecimento. Informações: https:// www sunhubeducacao com br/ treinamento-online
Eletr icidade básica - A 77Sol, em parceria com a Oca Energia, lançou o curso Eletricidade Básica 2 0, g ratuito e 100% EAD, destinado aos integradores parceiros. Com mais de 20 horas de conteúdo, o treinamento visa aprimorar a capacitação dos prof issionais, desenvolvendo habilidades técnicas para vendas consultivas O curso está disponível a todos que fazem parte da plataforma de integ radores da 77Sol, e aborda fundamentos de energia e
eletricidade, intensidade de corrente e resistência elétrica, circuitos e práticas de instalação, proteção elétrica e ferramentas para o eletricista A 77Sol também disponibiliza g ratuitamente o curso Introdução à energia solar Mais informações: https://ocaenergiaead com.br/produtos/universidade77.
Fundamentos de energia FV – O Canal Solar oferece o curso EAD Fundamentos de energia fotovoltaica, que aborda noções básicas sobre funcionamento dos painéis solares; conversão de luz solar em eletricidade; benefícios da energia solar e sua atuação na redução da conta de luz; dicas sobre identif icação do potencial solar da região; dimensionamento de sistemas; tendências do mercado; e oportunidades de carreira na indústria fotovoltaica. O treinamento é ministrado por Bruno Kikumoto, engenheiro eletricista pela Udesc - Universidade Estadual de Santa Catarina, com mestrado em Engenharia Elétrica pela Unicamp - Universidade Estadual de Campinas A carga horária é de cerca de 17h Mais informações em https:// cursos.canalsolar.com.br.
No exterior
RE+ – A exposição e conferência de energias limpas RE+ acontece de 9 a 12 de setembro em Anaheim, Califór nia, EUA. O evento reúne os predecessores Solar Power Inter national, Energy Storage Inter national e Smart Energy Week. Esperam-se mais de 40 000 profissionais e 1350 expositores Realização da Smart Electric Power Alliance (SEPA) e Solar Energy Industries Association (SEIA) Website: www re-plus com
Opal-RT - A conferência regional da OPAL-RT sobre simulação em tempo real acontecerá no Rio de Janeiro, RJ, no dia 19 de setembro O evento compreenderá workshops práticos, palestras e sessões técnicas cobrindo diversos tópicos, como sistemas de energia,
conversão de energia, mobilidade elétrica, etc. Sob o slogan “Eletrizando o mundo além do tempo real”, o evento visa incentivar a inovação e promover soluções melhores e mais sustentáveis. Informações em www opal-rt com
EU PVSEC 2024 – A 41ª Conferência e Exposição Europeia de Energia Solar Fotovoltaica vai ser realizada de 23 a 27 de setembro em Viena, no Austria Center, organizada pela WIP Renewable Energies. A EU PVSEC é um dos principais eventos internacionais sobre investigação, tecnologias e aplicações fotovoltaicas O programa científico da conferência é coordenado pelo European Commission Joint Research Centre. Informações: www eupvsec org
Hidrogênio – De 30 de setembro a 4 de outubro, vai acontecer em Copenhague, Dinamarca, o World Hydrogen Week. Dedicado a profissionais do segmento, vai abordar o crescimento do mercado de hidrogênio e estratégias para acelerar a implementação comercial de projetos no mundo A agenda e mais informações sobre o evento podem ser acessadas no site www worldhydrogenweek com
Transição energética – O Enlit Asia, composto por conferência e exposição para o setor de energia, vai ser realizado de 8 a 10 de outubro em Kuala Lumpur, Malásia Sob o tema “Permitindo uma transição energética multidimensional na Associação das Nações do Sudeste Asiático”, o evento tem o objetivo de difundir conhecimento especializado, soluções inovadoras e visão de líderes da indústria para promover a transição para um futuro energético de baixo carbono no Sudeste Asiático Pretende reunir desde representantes políticos e reguladores a for necedores de tecnologia e consumidores de energia, e abordar a perspectiva inter nacional sobre o assunto Mais informações em www.enlit-asia.com.
Evolução da GD e bater ias - O MME - Ministério de Minas e Energia e a EPE - Empresa de Pesquisa Energética lançaram recentemente o caderno “Micro e Minigeração Distribuída (MMGD) e Baterias Atrás do Medidor”, como parte dos estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE 2034), planejamento energético previsto para ser concluído no segundo semestre de 2024 Segundo o estudo, a MMGD deve continuar se destacando na expansão da matriz elétrica nacional na próxima década Foram simulados um cenário inferior e outro superior para a expansão da MMGD, que indicam uma capacidade instalada acumulada entre 47 e 71 GW em 2034. No cenário de referência, a EPE projeta 59 GW instalados até 2034, que atenderão mais de 7 milhões de unidades consumidoras Em
Absolar
Água Solar
Alfa Sense
AP Systems
ArcelorMittal
Baywa
Boltinox
CBGD
Cired
Clamper
Cobrecom
Deode Energia
DLight
Embrastec
ENGM
EPC Soluções
Fluke
Fortlev Solar
Foxess
relação às baterias, diferentes aplicações para consumidores residenciais e comerciais foram analisadas Sob a perspectiva f inanceira, as baterias enfrentariam dif iculdades para se viabilizar na próxima década. Mas no tocante a fatores elétricos ou ambientais podem levar um nicho de consumidores a decidir pela instalação da tecnologia nos próximos anos O PDE 2034 vai apresentar as perspectivas da expansão do setor de energia para os próximos 10 anos, considerando o período de 2025 a 2034 A versão f inal será publicada ainda este ano após consulta pública, af irma a EPE O cader no de MMGD & Baterias pode ser acessado em https://encurtador com br/zXHaz.
Solar na universalização de acesso à energia - Uma pesquisa realizada pelo IEMAInstituto de Energia e Meio Ambiente, que avaliou a capacidade dos agentes do setor em atender à demanda pela universalização do acesso à energia
o prog rama Luz para Todos (LpT), incluindo os aspectos econômicos envolvidos e a gestão de resíduos e logística reversa desses sistemas, indicam uma demanda de até 15 milhões de módulos fotovoltaicos, baterias e inversores com um custo de R$ 38 bilhões (cerca de USD 7,4 bilhões). Ao longo de 33 anos, seriam geradas entre 58 e 234 mil toneladas de resíduos eletrônicos
a Amazônia Legal carece de infraestrutura adequada para gerenciar esses resíduos eletrônicos
Entre os pontos destacados do estudo estão: o Custo Nivelado de Energia (LCOE) varia entre 477 e 1189 BRL/MWh ou 92 a 230 US$/MWh (custo de instalação, operação e descomissionamento relacionado à energia elétrica gerada ao longo da vida útil dos sistemas); os sistemas fotovoltaicos são os mais utilizados para levar acesso à energia elétrica para regiões remotas e não há literatura científ ica que aborde a gestão e logística reversa dos resíduos de fontes renováveis em regiões remotas;
A pesquisa cita ainda que uma diversif icação das fontes de energia renováveis poderia reduzir os resíduos gerados pelos equipamentos fotovoltaicos e estimular o desenvolvimento de uma cadeia de ser viços nas regiões que passarão a ter acesso aos serviços de eletricidade. O artigo científ ico, cujo título é “Photovoltaic systems, costs, and electrical and electronic waste in t he Legal Amazon: An evaluation of t he Luz para Todos Prog ram ” , foi publicado na revista Renewable and Sustainable Energy Reviews (edição Volume 203), em julho deste ano Assinaram a publicação: Vinícius Oliveira da Silva, Fabio Galdino dos Santos, Isis Nóbile Diniz, Ricardo Lacerda Baitelo e André Luis Ferreira. O trabalho está disponível neste link: https://www sciencedirect.com/science/ article/pii/S1364032124004477
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“ A al ta compe tição e um cenário global de o fer ta superior à demanda têm levado os preços a pa tamares historicamen te baixos, chegando a ser iguais ou a té in feriores ao custo to tal de produção”.
Devido aos vastos recursos naturais e às políticas públicas bem-sucedidas, o Brasil atualmente ocupa a sexta posição em capacidade instalada total acumulada e, em 2023, foi o terceiro maior mercado em nova capacidade anual adicionada, cando atrás apenas da China e dos Estados Unidos, segundo o relatório Global Solar Market Outlook for Solar Power 2024-2028, publicado pela SolarPower Europe
Por um lado, o crescimento robusto da energia solar nos últimos anos trouxe investidores, empreendedores, criou novos negócios e muitos empregos verdes, além de contribuir para o desenvolvimento de uma matriz elétrica brasileira cada vez mais sustentável. Por outro lado, esta evolução veio acompanhada de novos desa os para a manutenção continuada da cur va de crescimento do mercado, em todos os elos da cadeia de valor
Nos primeiros meses de 2024, mais de 40 diferentes marcas de módulos fotovoltaicos exportaram produtos para o mercado brasileiro A alta competição e um cenário global de oferta superior à demanda ao longo da cadeia de suprimentos, do polissilício até o módulo fotovoltaico, têm levado os preços a patamares historicamente baixos, chegando a ser iguais ou até inferiores ao custo total de produção Essa dinâmica é extremamente desa adora para os fabricantes
Para o investidor, o empreendedor e o consumidor, por sua vez, o cenário é favorável. Atualmente, o mercado encontra-se num momento mais oportuno aos investimentos, se comparado aos últimos anos:
redução do Capex total do sistema fotovoltaico, em decorrência da forte redução de preço dos módulos fotovoltaicos e redução gradual das taxas de juros, favorecendo a captação de nanciamentos, somados a um apetite global por novos investimentos em transição energética, em especial na América Latina, onde estas tecnologias são muito competitivas
Assim, mesmo com as di culdades, o cenário atual pode ser positivo Porém, como ca a sustentabilidade dos negócios e da fabricação de componentes essenciais para o setor? Espera-se, para os próximos anos, um reordenamento dos fabricantes de módulos fotovoltaicos, como parte da dinâmica de mercado para superação deste ambiente É importante levar em consideração as di culdades atuais identi cadas em vários países do mundo e, cada vez mais, também no Brasil: (i) geração de energia elétrica superior ao consumo em determinadas horas do dia, levando, em certas condições, à interrupção da geração de usinas solares e eólicas, prejudicando a remuneração adequada destes ativos; (ii) restrições de acesso à infraestrutura de transmissão e distribuição para novos sistemas fotovoltaicos; (iii) redução do intercâmbio elétrico de geração entre submercados, após mudança de requisitos técnicos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em função do blecaute de agosto de 2023; (iv) retirada pelo Governo Federal de ex-tarifários de módulos fotovoltaicos e o risco de aumento de impostos nos produtos internacionais, sob a alegação inadequada de proteger
uma indústria local que sabidamente não é capaz de atender a demanda do setor neste momento.
Neste contexto, surgem novos modelos e oportunidades de negócio O setor solar tem trabalhado junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pelo estabelecimento de um marco regulatório que traga segurança jurídica e transparência para a incorporação de sistemas de armazenamento de energia elétrica no setor elétrico brasileiro, com primeira fase de resultados prevista para o segundo semestre de 2024, segundo a agência. Tal avanço regulatório pode abrir as fronteiras para novos mercados e, simultaneamente, mitigar problemas de rede enfrentados por empreendimentos solares e eólicos Usinas híbridas e associadas passam a ganhar espaço frente à indisponibilidade de novas contratações e gargalos de rede Incentivos à eletri cação da indústria e à produção de hidrogênio verde podem contribuir para o desenvolvimento de vários projetos já outorgados. Para tanto, é necessário um planejamento mais assertivo, capaz de adequar as estratégias empresariais aos novos modelos e oportunidades de negócio que estão por vir Há obstáculos pela frente, mas nada disso deve impedir o avanço do mercado e tende a valorizar o amadurecimento do setor em busca de soluções, ser viços e produtos mais con áveis e empresas mais experientes e robustas Os projetos continuarão com viabilidade, desde que bem estruturados, desenvolvidos e implementados Sigamos em frente!
* Elisabeth Koopman Ovando é Gerente de Inteligência de Mercado da Longi, Rodrigo Sauaia é CEO da Absolar e Ronaldo Koloszuk é Presidente do Conselho de Administração da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
Elisabeth Koopman Ovando, Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk *