Aqui Notícias Edição 1531

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2 OPINIÃO

QUINTA-FEIRA|8 DE DEZEMBRO DE 2016

UM VICTOR CONVICTO Normal a ansiedade dos cachoeirenses em conhecer os escolhidos do futuro prefeito Victor Coelho (PSB). A curiosidade, que é inerente ao ser humano, na política, torna-se mister, uma vez que os futuros secretários vão dirigir as ações administrativas da cidade. Saber o nome de quem vai cuidar da saúde, da educação, das finanças do município não é como querer saber da vida da vizinha. Não é coisa íntima, é pública. Daí, as expectativas são naturais, ainda que sejam também compreensivas as razões pelas quais o futuro prefeito não tenha se manifestado sobre os nomes. Em tese, Victor Coelho tem até o dia primeiro de janeiro para anunciar os nomes. Na prática, o campo político é um mar devorador de homens, onde mesmo as questões mais óbvias passam a ser incompreensíveis quando, em jogo, está a vida de muitos. O que se espera disso tudo não são apenas nomes. São convicções sobre as escolhas. O futuro gestor precisa estar convicto de que está escolhendo os melhores, ainda que contrarie alguns. Neste caso, a demora se esquece com a certeza de que estaremos em boas mãos. Já o contrário disso é o fim da lua de mel entre eleito e eleitores. No caso de Victor

A ÉPOCA EM QUE TUDO ERA POSSÍVEL.

Coelho há ainda elementos maiores na construção dessa curiosidade. Primeiro: foi eleito com a maior diferença de votos em um pleito municipal, o que torna enorme a obrigatoriedade de acertar. Segundo: não é do mundo político, o que lhe obriga a ser diferente nas escolhas, mas que, ao mesmo tempo, tenha capacidade de suportar as cobranças oriundas desse mesmo mundo do qual nunca foi, mas que agora passa a ser. E terceiro: a idade. Victor tem 41 anos e um desafio enorme nas mãos, o que só aguça a dúvida dos cachoeirenses que perguntam: Ele suportará a carga de fazer diferente e melhor do que aqueles que antes dele passaram? São dúvidas que começam a ser esmiuçadas na medida em que ele anuncia seus principais colaboradores. Diga-me com

quem andas e eu direi quem tu és. Mas, se demora a fazê-lo, ainda que tenha tempo para isso, as expectativas aumentam, assim como as dúvidas e a curiosidade da população. Impossível fugir a essa realidade. Passando do campo da expectativa para o da necessidade, imagina-se que uma pasta (ou subpasta, ou coordenadoria) que se deveria ter brevidade é a Defesa Civil. As nuvens no céu de Cachoeiro carecem conhecê-lo urgentemente. Quanto aos demais, tempo ao tempo. Quando se tem a convicção do trajeto e de onde se quer chegar, o tempo da viagem importa pouco. Exceto para os que têm pressa. ****************** “Sim, já é outra viagem / E o meu coração selvagem / Tem essa pressa de viver” – Coração Selvagem (Belchior) Foto: Pâmela Koppe

EXPEDIENTE

GRUPO FOLHA DO CAPARAÓ DE COMUNICAÇÃO LTDA-ME | CNPJ: 10.916.216\0001-55 Rua Irmãos Fernandes, 59, Bairro Bela Vista, Cep: 29.560-000 - Guaçuí-ES Telefone: (28) 3553 0517 Rua Dona Joana, 25, 2º Pavimento, Bairro Centro, Cep: 29.300-120 - Cachoeiro de Itapemirim-ES Telefone: (28) 3521-7726 | (28) 3511 2611

DIRETORIA GERAL: Elias Carvalho Soares EDITOR GERAL: Lucia Bonino FOTOGRAFIA: Pâmela Koppe REPORTAGEM: Ana Gláucia Chuína, Edézio Peterle, Guilherme Gomes, Lucas Schuina, Skarlady Fernandes e Taynara Barreto EMAIL: jornalismo.aquinoticias@gmail.com ASSISTENTE COMERCIAL: Débora Osório, Alcino Júnior PROJETO GRÁFICO: Giliard Santos Silva Nogueira DIAGRAMAÇÃO: Celso Wallace

“O analfabeto do Século XXI não será aquele que não sabe ler nem escrever, mas aquele que não for capaz de aprender, desprender e reaprender”. – Alvin Toffler Em uma das minhas leituras por aí certa vez eu descobri que uma empresa de novas tecnologias no Japão incentiva todos os seus funcionários a ter, em seu ambiente de trabalho, uma foto de quando era criança. Eles argumentam que na infância todos nós inventamos, sem saber se é possível ou não. Depois que crescemos desaprendemos de pensar como crianças. A infância é uma época em que tudo é possível, não existe freio para a fantasia, não existem regras rígidas dizendo que não pode, não tem raciocínio lógico, nem muito menos leis (nem a da gravidade é respeitada). Que época boa... Não dá pra voltar no tempo (ainda!), mas dá pra voltar a pensar como uma criança quando o assunto é criar, imaginar, construir ideias. Na minha empresa de comunicação eu adotei esse ótimo hábito, como nós lidamos com criação o tempo todo, seja de peças publicitárias ou de estratégias para nossos clientes, voltar ao estilo de pensar das crianças é muito útil. Todos

COLABORADORES: Alexandre Garcia, Ewerton Miranda Tréggia, Guilherme Gomes, Luciana Fernandes, Ricardo Lemos, Ruy Guedes, Wagner Medeiros Junior, Basílio Machado, Almir Forte, Ramom Barros.

CIRCULAÇÃO Anchieta, Atílio Vivácqua, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Conceição do Castelo | Iconha, Itapemirim, Marataízes, Mimoso do Sul, Muqui, Piúma, Presidente Kennedy, Rio Novo do Sul, Vargem Alta, Venda Nova do Imigrante.

nós somos incentivados a ter um porta-retratos com uma foto durante a infância (com qualquer idade), nada é muito rígido, o importante é que aquela foto diga algo de especial para aquela pessoa hoje. Desejamos que ao olhar para ela haja a lembrança da sensação de como é não se ter limites para criar. Queremos que a partir daí aconteça a criação hoje, sem nenhum tipo de bloqueio. Dizem que eu levei esse modelo tão a sério que pareço uma criança grande para algumas coisas, mas acredito que tenha a ver com minha personalidade mesmo, algo como uma mulher e uma criança vivendo em um mesmo corpo, agindo em momentos diferentes de formas distintas. Eu creio que isso é coisa de artista, co-

nheço alguns que são assim como eu. O que realmente importa é que cada de um nós pode resgatar aquela criança de antes, não apenas para criar, mas para sentir o mundo de uma forma mais intensa, mais ingênua, mas inédita, mais pura. Bem como uma criança faz o tempo todo. Que a gente aprenda como se faz para aprender o novo todos os dias, com a mesma sede de conhecimento que tínhamos quando éramos de fato crianças. Como se faz isso? Começa com querer fazer (bem forte) e depois... Luciana é designer, blogueira, artista plástica, artesã, escritora, imortal da Academia Cachoeirense de Letras – ACL, mãe da Laura, mulher do Leonardo e uma criança quando o assunto é, entre tantos, criação. Foto: Divulgação

As matérias assinadas e publicadas neste jornal, não traduzem a opinião do próprio jornal. A veracidade das informações publicitárias veiculadas é de responsabilidade de quem as patrocina (anunciante). A legislação não impõe ao órgão que veicula o anúncio (jornal) a obrigatoriedade de verificação e comprovação da fide lidade e correção destes anúncios. Fonte: STJ (Superior Tribunal de Justiça).

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