Princípios de administração financeira

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Princípios de Administração Financeira

As Sociedades de Arrendamento Mercantil são mais conhecidas como empresas de leasing. Essas empresas captam recursos por meio de emissão de debêntures e empréstimos de médio e longo prazo e financiam a compra de bens, como máquinas, equipamentos e veículos. Os Bancos Múltiplos foram criados por meio da Resolução nº 1.524/88 do BACEN, com a finalidade de racionalizar a administração das instituições financeiras. Várias instituições financeiras do mesmo grupo econômico constituem uma única instituição financeira, com personalidade jurídica própria e a consequente redução de custos operacionais. Um Banco Múltiplo pode ter as seguintes carteiras: Comercial, de Investimento, de Crédito Imobiliário, de Desenvolvimento e de Arrendamento Mercantil (BRITO, 2005). As Bolsas de Valores, de mercadorias e de futuros são instituições civis sem fins lucrativos, constituídas pelas corretoras de valores para fornecer a infraestrutura do mercado de ações, mercadorias e futuros. A principal função das bolsas é manter o local adequado para as negociações de compra e venda de ações, mercadorias e índices.

Esse local chama-se pregão. As operações feitas fora das bolsas são chamadas operações de balcão. Existem outras instituições que, apesar de não serem consideradas instituições financeiras, exercem papel importante no mercado financeiro. Podemos citar algumas delas. As empresas de Factoring (fomento comercial) não são consideradas instituições financeiras e, portanto, não estão sujeitas às normas do BACEN. Financiam as atividades industriais e comerciais por meio de compra de direitos creditórios (duplicatas). As empresas administradoras de cartões de crédito são empresas que prestam serviços de intermediação entre o consumidor e o varejista. O consumidor titular do cartão de crédito paga anuidade à administradora e o lojista paga comissão sobre os valores vendidos por meio do cartão de crédito. Na prática, a administradora financia a compra do consumidor e o lojista recebe num prazo médio semelhante ao que o consumidor quita os débitos.

5.2 Mercados Financeiros

A palavra “mercado” remonta a períodos anteriores à existência da moeda e o seu significado original designa o local onde as pessoas se encontram para comprar, vender ou trocar mercadorias. Com o passar do tempo, o termo “mercado” foi evoluindo para um conceito de conjunto de elementos envolvidos no comércio de determinado produto: produtores, consumidores, intermediários, regulamentos, preços etc. Hoje, quando falamos no mercado do pêssego, estamos nos referindo ao conjunto de pessoas que produzem, apreciam (consumidores finais), aos atravessadores, aos doceiros, aos preços praticados etc. Brito (2005) afirma que o Mercado Financeiro também tem o seu produto. Ele é o uso do dinheiro no tempo, que significa a transferência temporária, entre agentes econômicos, da capacidade de

consumo, ou seja, do poder de compra que a posse do dinheiro proporciona. O Mercado Financeiro, portanto, é o conjunto de mecanismos voltados para a transferência de recursos entre os agentes econômicos. Seu papel essencial é viabilizar e operacionalizar os fluxos de financiamentos na economia. Como qualquer mercado, o Financeiro também tem suas figuras básicas, que são os compradores (tomadores de empréstimos), vendedores (poupadores) e os intermediários (instituições financeiras). Ao pouparem, as pessoas deixam de utilizar a capacidade de consumo do dinheiro no momento, acreditando que essa atual capacidade de consumo trará maiores benefícios no futuro, seja frente a algum imprevisto, para economizar dinheiro e

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