Aperitivo versão piloto

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Junho de 2010 ANO 01 - piloto

Distribuição Gratuita

a COPA do

não jogue lixo no chão

MUNDO é NOSSA Às vésperas do segundo maior evento esportivo do planeta, saiba o que pode acontecer na Africa do Sul.

e mais...

Vai de bicicleta?

Arte na pele

Pavilhão do saber

Happy hour



editorial Rola a bola...

expediente

... começa o jogo! Olá, pessoal. É nesse ritmo, boleiro, por assim dizer, que começamos mais uma, a segunda, edição da nossa revista Aperitivo. E do futebol não tiramos apenas a proximidade da Copa do Mundo e tampouco os delírios tupiniquins em período pré-Copa. Nesse clima de decisão e ansiedade feito final de Copa é que a Aperitivo chega ao seu novo estágio, mais próxima, mais rápida e degustativa, ainda mais deliciosa e prática. Feita para estar com você e do jeito que você quiser, caro leitor. Por isso, nessa edição, traremos novos assuntos, novas colunas, novos layouts. De forma rápido, ágil e inteligente, como é você, nobre amigo. Buscamos, sem sombra de dúvida, a sua ideia, a sua proposta. Buscamos, futebolisticamente, a nossa troca de passes. Fique, portanto, à vontade para nos dizer o que você quer aqui. Esse espaço é nosso. Mas, voltando à nossa segunda edição, para início de papo, não vai ter só o futebol-nossode-cada-dia não. Estilo, música, educação, ecologia, sustentabilidade, tecnologia, balada, comida, etc., afinal, assunto é o que não falta. E, se ainda der tempo, não custa lembrar os pedidos antigos: aproveite nossos aperitivos. Saboreie as dicas e aprecie o que puder, aqui, sem moderação. Da Redação.

ATHENA A Revista Aperitivo é uma produção da Athena Comunicação. Revista Aperitivo Editor André Geniselli Editor de Arte Ciro Godoy Redação André Geniselli Ciro Godoy Denis Henrique Paulo Barros Silmara Andrade Administração Silmara Andrade Marketing Paulo Barros Web/Mídias Sociais Denis Henrique

A Revista Aperitivo é uma revista gratuita, distribuída nas faculdades de Barueri, Osasco e São Paulo. Tiragem: 10.000 exemplares. Athena Comunicação / Revista Aperitivo Contato Endereço: Rua das Esmeraldas, 296 Jd. Mutinga, Osasco, CEP: 06286-010, SP. Telefone: (11) 8252-4208 e-mail: contato@revistaaperitivo.com.br www.revistaaperitivo.com.br


índice

6 TWITTANDO

7 TECNOLOGIA (iPad)

HAPPY HOUR

Imagem Aperitivo

8

(Chope)

10 CULTURA (Biblioteca

de

São Paulo)

a Copa do mundo está chegando, o que voçe tem que saber? 14

11 CINEMA (É Tudo Verdade)

12 MÚSICA (Scracho)

14 CAPA

a biblioteca do futuro

(Copa do Mundo)

20 BEM-ESTAR (Bicicleta)

22 FOTOS SP (Benedito Calixto)

pedalar é preciso

26 ARTE / ESTILO (Tatuagem)

28 TURISMO (Rio de Janeiro)

30 PERSONAGEM

a praça é nossa

32 ECOLOGIA (Parque Ecológico)

34 É O FIM (Meu amigo)

Casa arte

Imagens Aperitivo/Daiana Sousa

(Casa Encantada)



Twitter + Copa Na primeira Copa do Mundo Twittada da História, nada melhor que começarmos Twittando a ‘História das Copas’...

aperitivo_on A 1ª Copa do Mundo na África será disputa em 9 sedes espalhadas pela África do Sul. Mas contará com 10 arenas. Joanesburgo terá 2 estádios. Guilhermo Stábile foi o primeiro artilheiro de uma Copa. Em 1930, a primeira edição dos mundiais, o argentino anotou 8 gols em 4 jogos. A final da Copa de 1950, no Maracanã, teve um público de mais de 200 mil pessoas. 50 mil eram penetras no Maracanazzo. Cafu, capitão do Brasil no pentacampeonato, é o jogador no mundo que mais disputou finais de Copa do Mundo. 3 no total: 1994, 1998 e 2002. O jogador mais jovem a disputar uma final de Copa do mundo foi Pelé, em 1958, na Suécia. Na época o rei tinha apenas 17 anos. A Copa é do Mundo, mas só Brasil, Argentina, Uruguai, França, Alemanha, Itália e Inglaterra ganharam Mundiais.

A vitória do Brasil sobre a Suécia na Copa de 58 por 5 a 2 foi o maior placar de uma final de Copa do Mundo.

Só duas vezes a Copa foi decidida nos pênaltis e em 2 tetras: em 1994 no Tetra do Brasil e em 2006 no Tetra italiano.

Imagens Aperitivo

Ronaldo é o artilheiro das Copas do Mundo. 15 gols em 3 Copas jogadas: 1998, 2002 e 2006 - ele também foi em 1994, mas sem jogar. O mais velho jogador a ganhar uma Copa do Mundo foi o goleiro italiano Dino Zoff, campeão em 1982, na Espanha, aos 42 anos.

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07 REVISTA APERITIVO - Junho de 2010

A Nova Era começou... DEPOIS DE MUITA EXPECTATIVA, O IPAD QUE PROMETE REVOLUCIONAR O MERCADO DIGITAL

Então, se só não é celular, o que é? É difícil resumir, em um só nome. Em princípio a definição é que nasce com um Tablet, com funções para se ler ou escrever os mais diferentes arquivos, além de ser ótimo para jogar, ouvir música e assistir vídeos em diversos formatos.

E no Brasil? O aparelho foi lançado nos EUA, em diferentes versões, com um preço que varia entre U$499 e U$899, mas no Brasil ainda não há sequer uma previsão de como, quando e por quanto vai chegar. Estima-se que a Europa comece a receber em junho o aparelho, então, de forma otimista o Tablet da Apple deverá chegar às terras brasileiras apenas no fim do ano.

Outras novidades estão na conectividade do aparelho. No novo produto da Apple o usuário terá acesso a conexões em Wi-Fi e em 3G, tudo para ajudar no acesso à rede mundial de computadores já que a marca de Jobs, também, vai apertar o cerco nas vendas de aplicativos e produtos específicos para a plataforma tátil na web. Entre eles estarão, por exemplo, jogos, músicas e edições digitais de revistas e jornais, como o The New York Times - tudo, provavelmente, de um jeito bem parecido de como é feito hoje, com a venda de músicas no iTunes.

Vantagens O iPad inova no“juntar” várias funções: ler livros, jornais e revistas, escrever diferentes tipos de arquivo, ouvir música, assistir vídeo, jogar videogame e acessar a internet com ótima qualidade. Além disso, o aparelho deve mudar a visão de diferentes setores do mercado. Principalmente o editorial – como revistas e livros – específicos para o iPad. A revolução, assim, está apenas no começo...

O iPad, sem dúvida, deve logo se tornar o objeto dos desejos mundo afora. Reunindo inúmeras funções e ampliando os horizontes da acessibilidade e interatividade, deve também se tornar a menina dos olhos da indústria em geral. E assim, a Apple e seu iPad mostram o que parece ser a maior de suas virtudes: ditar tendências. ap por André Geniselli

andre.geniselli@revistaaperitivo.com.br

Desvantagens Então o iPad é perfeito? Não. Algumas críticas já pipocam por aí. A maior delas é a falta de detector facial e de uma webcam, que deverá, ao menos, ser vendida separadamente. Outra questão que tem gente reclamando é justamente “não ser celular”, embora seja difícil pensar num celular tão grande assim (a tela tem quase 10” e de largura apenas 1,2 cm).

Tecnologia

Notebook? Mp3, mp4? E-reader? Videogame? Não e sim. E tudo ao mesmo tempo. A incrível plataforma lançada pela empresa da “maçã” se mostra como um novo horizonte para diferentes tipos de indústria (dos eletrônicos às editoras, por exemplo): tem inúmeras funções e pode se aplicar a quase tudo o que outros eletrônicos já fazem por aí -- só não é celular (tem o tamanho semelhante a uma folha A4), pois isso fica a cargo de seu irmão mais velho, o iPhone, que é, digamos, a inspiração mais clara quando vemos o iPad.

Para quem conhece bem o iPhone e o iPod Touch, basicamente, a sensação é de estar mexendo em um desses, só que em tamanho ampliado. Os sistemas operacionais, aliás, são bem parecidos. No iPad as novidades ficam a cargo de uma melhor usabilidade e, lógico, de novos recursos visuais.

Imagem Divulgação

Depois de muita expectativa, eis que a Apple fez sua nova criação dar o ar de sua graça: o iPad está enfim chegando ao mercado e vem prometendo uma verdadeira revolução na era digital - mesmo que ainda restem muitas dúvidas sobre o que é, afinal, esta nova invenção de Steve Jobs.


Em busca da hora feliz... Saudada há milênios mundo afora, o Chope é indispensável em qualquer happy hour.

08

Claro, escuro, bock, de vinho, de trigo, alemão, inglês, irlandês... Chope. Essa é a realidade: na busca por um instante de paz, o que não falta é opção para escolher bem um chope. Mas e aí, o que é necessário para ser, de fato, um bom chope? Pra começar, mesmo, existem os diversos tipos pra você escolher:

Imagem Aperitivo

REVISTA APERITIVO - Junho de 2010

happy hour

Sexta-feira, calor insuportável, trânsito caótico, 18h. O mundo pede uma pausa e ela vem: gelada, suada e com um colarinho especial. A cena aí, eu sei, você conhece bem. A pausa pode ser pra uma cerveja esperta ou, melhor ainda, para um chope magistral.

há os de paladar mais marcante, mais encorpado, e, claro, os de sabor mais leve e refrescante. Dentro desses tipos o que não faltam são versões, mas no geral, quanto mais escura é a bebida, maior é o teor alcoólico e, provavelmente, o gosto mais marcante. Já os mais claros, na média, são os mais refrescantes e leves. Por isso as escuras são indicadas, principalmente, no inverno e as outras no verão. Depois tem o colarinho. Tem gente que não gosta, outros que não vivem sem. Mas o que interessa é que colarinho é lei: desde 2008, todos os bares podem por o creme no copo de chope, sem

o risco de multas – o que acontece é que muita gente reclama do excesso de espuma, o que é ruim mesmo. Mas, lei a parte, o que não dá pra negar é que o colarinho é parte do chope. O creme é fundamental para deixar, por exemplo, o chope sempre gelado. Além de trazer o inconfundível sabor do malte, lúpulo e levedura (além de água e mais nada). E, por fim, o que não pode faltar? É claro: a rapaziada. Isso é o que não pode faltar para realmente fazer do chope aquela hora feliz. Só não vale esquecer também que se beber não dá pra dirigir, de jeito nenhum. Ok? ap por André Geniselli

andre.geniselli@revistaaperitivo.com.br Agora, pra valer, veja a seguir alguns tipos de chope pra você começar o seu Happy Hour: Chope Claro

Chope de Trigo

Normalmente os mais leves e refrescantes, os chopes claros – pálidos, cristal, pilsen, etc. – são os mais indicados para o verão brasileiro. Trazem o mais autêntico e esperado copo suado, dourado e delicioso.

Com a coloração turva, por não ser filtrado, o Chope de Trigo é feito a base de trigo e malte de cevada, além disso, guarda as propriedades refrescantes e comuns do trigo, combinando muito bem com os dias mais quentes e com comidas picantes.

Chope Escuro

Chope de Vinho

Geralmente mais forte e encorpado, os chopes escuros (do tipo bock, malzebier, etc.) são ótimas indicações para o inverno. Na média possuem maior teor alcoólico e o sabor mais adocicado.

Indicado para apreciadores de um belo vinho tinto, o Chope de Vinho concilia todo o charme e sabor do vinho com a refrescância de um chope nos dias quentes. Feito apenas com o vinho.



ria José Guilherme, morador do bairro, destaca, entre outras coisas, administração do local “Temos uma sensação de segurança nesse lugar”. A fotografia tirada na hora e apresentação de comprovante de residência para fazer a carteirinha que possibilita o uso do espaço é enaltecida por Guilherme que valoriza também a importância dos livros e serviços oferecidos na Biblioteca na hora de elaborar suas aulas “As receitas que pego aqui servem como material didático”. Guilherme só sente a falta de mais títulos voltados à sua especialidade.

Imagem Aperitivo

cultura

Mais do que livros

O PAVILHÃO DA CULTURA NA NOVA BIBLIOTECA DE SÃO PAULO A ÚLTIMA COISA QUE VOCÊ SENTE É QUE ESTÁ EM UMA BIBLIOTECA

O

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prédio abriga um aspecto todo diferenciado. Onde antes existiu a maior penitenciária da cidade, hoje a cultura paira no ar. A estrutura do local lembra as grandes livrarias, as megastores de livros que vemos hoje espalhadas pela cidade. São mais de 35.000 títulos, de uma diversidade assombrosa, distribuidos em pequenas prateleiras de fácil visualização tanto para crianças como adultos.

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Moradora do bairro de Artur Alvim, Raiza lembra a energia negativa do lugar quando ainda era o presídio do Carandiru. “Para quem sabe valorizar é importante a transformação do local de ambiente de dor para universo de cultura”, completa. Lembranças do Passado

E, como se não bastasse a variedade, ainda tem o conforto que é perceptível desde a sala de leitura onde uma série de almofadas ou “pufs” dão um ar mais descontraído e informal, destoando da sisudez das bibliotecas convencionais. Os leitores têm a sensação de estar em casa.

Mas se para Raíza o espaço deixou pra traz os momentos de dor do passado, para outros visitantes isso é impossível: para o gerente do núcleo programação e parcerias Mário J. Silva, as memórias sobre o ocorrido no local não podem ser deixadas para trás. “Não sinto a transformação de energia declarada por muitos. Acredito que não podemos nos esquecer do que aconteceu aqui. Para não termos outro ‘Carandiru’”, afirmou.

“Venho aqui quase todos os dias para ler e fazer pesquisa para o meu curso”, diz a estudante de canto Raiza Argolo Klippel, 15.

A insegurança do passado, no entanto, deu espaço para um novo e seguro ponto de encontros da cultura. O professor de culiná-

Além de livros, os visitadores têm acesso ao acervo cinematográfico. Com vários títulos, desde os clássicos até os blockbusters, os visitantes podem assisti-los, em computadores individuais, onde também é possível navegar na internet. Mário lembra que no principio muitos tinham a biblioteca como uma grande Lan house. “limitamos o período de uso da internet para ela não ser o único objetivo dentro do espaço. A internet trás muita cultura, mas não pode substituir o livro”, afirmou. O gerente vê esse novo espaço como uma mudança na relação do publico com a leitura, trazendo novos conceitos de interação, principalmente, dos jovens com os livros e a cultura. ap por Paulo Barros

paulo.barros@revistaaperitivo.com.br

Horário de funcionamento:

-De terça a sexta das 9h às 21h -Sáb, Dom e Feriados das 9h às 19h

Onde fica

-Parque da Juventude -Avenida Cruzeiro do Sul, 2630 -Santana - São Paulo -SP

Telefone

11-2089-0800


E

ntre os dias oito e dezoito de abril, foi realizado simultaneamente em São Paulo e Rio de Janeiro a 15ª edição do festival internacional de documentários ‘É Tudo Verdade’, que exibiu e premiou filmes nacionais e internacionais. A mostra (será que podemos chamar de mostra?) contou com a apresentação de 72 documentários, entre longas, médias e curtas metragens, selecionados em mais de 1000 filmes. Mas o que o evento mostra mesmo é que o gênero documentário teve um forte crescimento, no Brasil, principalmente, na ultima década. Quando a primeira edição do ‘É Tudo Verdade’ foi realizada em 1996 apenas 40 produções brasileiras se inscreveram para a mostra, já nessa última edição foram mais de 450 inscrições - que somadas as produções internacionais dão conta de mais de 1200 inscritos.

É TUDO VERDADE? E por quê? O barateamento dos equipamentos pode ser apontado como facilitador e encorajador para novos e antigos produtores, se lembrarmos que Eduardo Coutinho, talvez o mais importante documentarista brasileiro, ficou uma década sem ter produções exibidas nos cinemas e nas últimas temporadas esteve presente com filmes como “Edifício Master” e “Jogo de Cena”. No ano passado dos filmes nacionais lançados 45% foram documentários. Um dos motivos apontados por Amir Labiki, fundador e Diretor do ‘É Tudo Verdade’, é a valorização do discurso não ficcional, que também para visão de outros especialistas facilita na produção e na experimentação de novas linguagens em contraponto dos filmes de ficção. Mas o fato dos documentários serem restritos a algumas salas de cinemas e não terem espaços na TV, com raras exceções como

no Canal Brasil, na TV a cabo, renega o estilo a um tipo de gueto. É o que ressalta João Moreira Salles, diretor de documentários como “Noticias de uma guerra particular” e “Santiago”, em entrevista a Folha de São Paulo publicada no dia 7 de abril, “documentário sempre foi visto por pouca gente. É natural que seja assim e isso não nos desmerece frente à ficção, e muito menos nos torna superiores”. ap por Ciro Godoy

cinema

cena do filme “Capitalismo: Uma História de Amor” do documentárista americano Michael Moore

Imagem Divulgação

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ciro.godoy@revistaaperitivo.com.br

Premiação do “É Tudo Verdade” Nacionais Terra Deu, Terra Come, de Rodrigo Siqueira, longa metragem Querida Mãe, de Patricia Cornils, curta metragem internacional La Danse, o Balé da Ópera de Paris, de Frederick Wiseman e O Homem Mais Perigoso da América: Daniel Ellsberg e os Documentos do Pentágono, de Rick Goldsmith, Judith Ehrlich longa metragem A Escuridão do Dia, de Jay Rosenblatt curta metragem


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isture, pop, rock, reggae, dread locks, guitarras distorcidas em um ambiente de sol e praia que o resultado será Scracho, quarteto carioca que começa a ganhar espaço no cenário nacional. E para conferir de perto toda a sintonia da banda a missão já estava certa: acompanhar o show de lançamento do DVD “MTV Apresenta” do grupo, em uma casa de shows na afamada Rua Augusta. O quarteto, que faz parte da mesma safra de bandas cariocas de onde surgiram, por exemplo, Dibob e Forfun e que agora lan-

ça seu mais novo trabalho com o selo MTV, vem ganhando cada vez mais espaço no cenário nacional com uma mistura de sons e influências que vão de Blink 182 a Bob Marley. Como a idéia era acompanhar bem de perto todo ambiente que rola nas apresentações da banda, tratei de chegar cedo para não perder nada do que aconteceria antes, durante e depois do show. Ás 16h o sol estava absolutamente escaldante e dentro da

Imagem Taiz Dering

música REVISTA APERITIVO - Junho de 2010

De alma lavada M

casa começava rolar a maratona de grupos que aqueceriam o público para atração principal. Enquanto mais e mais pessoas lotavam o local, quase duas dúzias de bandas passaram pelo palco. Destaque para República 103 e Farolangos que mostraram boa interação com o público e principalmente a banda Bagaceira que mesmo enfrentando alguns problemas com o som deram um banho de bom humor com letras próprias um tanto irreverentes e covers de Forfun, Blink e até I


gotta feeling do grupo Black Eyed Peas agitando a todos sem exceção.

Com super lotação e um calor beirando o insano, a banda iniciou sua apresentação com a música Treze que fez com que a casa balançasse ao som frenético das guitarras distorcidas de Diego Miranda e Gabriel Leal. E assim seguiu até a quarta música em que o Rock deu lugar ao Reggae e as baladas pop com Bom Dia, Divina Comédia e Menina Dança, canção dos Novos Baianos, muito bem interpretada pela baterista Débora, ou Dedé, como dizia a multidão. Entre uma canção e outra era possível observar, com uma rápida olhada ao redor, que o suor de todos se misturava aos sorrisos e melodias cantadas a plenos pulmões, como se tudo fosse uma coisa só. Um dos pontos altos da apresentação foi a música Choppis Centis dos Mamonas Assassinas quando os integrantes trocaram de instrumentos e o baixista Caio Ribeiro assumiu o vocal para fazer a casa inteira sair do chão com direito a roda punk no meio da galera.

Imagem Taiz Dering

E depois de toda essa epopeia eis que enfim surgem, lá pelas 22h, os cariocas do Scracho passando entre a galera em direção ao palco. Todos integrantes foram ovacionados, mas a queridinha não poderia ser outra senão a baterista Débora Teicher que foi recebida aos gritos de “Dedé, Dedé”. A essa altura ninguém tinha muito controle dos movimentos na plateia, dada a avalanche de pessoas que se empurravam querendo um lugar mais próximo do palco.

Onde encontrar o Scracho na net? www.scracho.com.br www.twitter.com/scracho www.youtube.com/user/rockscracho www.myspace.com/scracho mtv.uol.com.br/scracho/blog

RESERVADO

E completando quase duas horas de show, eles encerraram levando o público ao êxtase final com a canção Morena, que é, sem dúvidas, a preferida dos fãs, fechando aquela quentíssima noite de forma magistral. A sensação geral que se tem pós-show é de satisfação geral com banda e fãs saindo dali da mesma maneira: de corpo molhado e alma lavada. ap por Denis Henrique

denis.henrique@revistaaperitivo.com.br

ESSE ESPAÇO É SEU. ANUNCIE E MOSTRE SUA MARCA PARA SEU PÚBLICO. ANUNCIE


capa

A Taça do Mundo...

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Imagem Aperitivo

REVISTA APERITIVO - Junho de 2010

N

o próximo dia 11 de junho o mundo vai parar. E vai ficar parado por quase um mês, diga-se. Culpa do aquecimento global? Das guerras? Apocalipse? Nada disso. O motivo é simples e acontece de quatro em quatro anos: a Copa do Mundo.


cisamente a África do Sul, que tem a honra de marcar a chegada de novos tempos ao futebol global. Pela primeira vez uma copa será realizada em solo africano e, mesmo diante de inúmeras desconfianças, os Bafana-bafanas (como é conhecida a seleção sulafricana, comandada por Carlos Alberto Parreira) prometem um grande espetáculo.

O segundo maior evento esportivo da Terra – perdendo apenas para as Olimpíadas -, que na sua última edição em 2006 na Alemanha teve uma audiência acumulada de mais de 26,3 bilhões de expectadores (soma de todos os jogos) volta à tona com mais um capítulo histórico no quase bélico mundo do futebol. Serão 32 escretes disputando a primazia de ser campeão do mundo no esporte mais popular do planeta.

O Brasil para, também. E com quase 200 milhões em ação (... pra frente Brasil) a Seleção Canarinho vai à caça de seu sexto título. O hexa. É assim, com um sonho na cabeça e com a alegria de viver no coração, que os comandados de Dunga tentarão repetir o feito das seleções de 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002 – aquelas dos poucos famosos Pelé, Garrincha, Tostão,

E nessa cruzada pelo sexto título mundial o Brasil encontrará um novo cenário: a África. Mais pre-

Vamos lá... e bom jogo. ap por André Geniselli

andre.geniselli@revistaaperitivo.com.br

Em busca do Hexa, pra frente Brasil Esse ano que pode consagrar o Hexacampeonato mundial para a Seleção Brasileira. Mas você conhece o escrete canarinho? Então veja o que nós já fizemos e o que podemos esperar para o mundial na África do Sul:

A Copa da África nos mínimos detalhes... O Brasil vai ser hexa? A Argentina vai cair na primeira fase? Quem serão os destaques? E as decepções? São muitas as dúvidas? Expectativas então nem se fala, não é? Esse é o típico momento pré-Copa. Tensão no ar.

Romário e Ronaldo - e voltar com mais uma estrela no peito.

Por isso, a seguir, fique com os Aperitivos de como aproveitar bem a sua Copa do Mundo.

jogos)...

Imagem Aperitivo

Mas, é claro, aqui, em solo Tupiniquim, o que importa é a seleção brasileira. Por isso, não adianta negar: não vai demorar muito para que muros, calçadas, portões, ruas, marquises e fachadas estejam nos seus mais autênticos e puros tons de verde e amarelo. Assim como os rostos Brasil afora.

Tudo, aliás, sob o som das Vuvuzelas (garantia, pelo menos, de que ninguém dormirá durante os

na décima nona edição da Copa do Mundo da FIFA. E, claro, como sobreviver a distância, com todos as informações necessárias para lhe transformar num expert em mundiais.

Bom, pra ser sincero, caro leitor, infelizmente, não dá para prever muito bem o que acontecerá na terra do Mandela. Mas, desde já, dá pra te contar o que vai rolar

O Brasil em Copas: - Participou de todas as Copas; - Venceu 5 (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002); - Foi 2 vezes vice (1950 e 1998); Nesta Copa: - O time será comandado por Dunga; - Se classificou em primeiro nas eliminatórias sul-americanas; - Vem dos títulos da Copa América de 2007 e Copa das Confederações em 2009; - Aposta: em Kaká, com destaque para Daniel Alves e Júlio César; - Problema: a lateral esquerda, sem dono desde 2006, e a dúvida: levar ou não levar Ronaldinho Gaúcho?

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Top 5... (e +1, porque sempre tem o chorinho!) 5+1 estrelas da Copa

capa

Melhor do mundo em 2009 e daqueles que dá gosto de ver jogar, o argentino, que já é até comparado a Maradona, é a aposta hermana em busca do Tri. A dúvida é seu desempenho com a camisa da seleção argentina. Será que desencanta?

Melhor do mundo em 2007, o brasileiro, comprado a peso de ouro pelo Real Madrid, é a estrela do time de Dunga. O problema é que 2010 vem sendo de muitos problemas para o craque merengue. Será que ele vira o jogo?

O melhor de 2008 é o responsável pela maior transferência da história do Futebol. Hoje no Real Madrid, o craque luso quer espantar a fama de que só é marqueteiro. A questão é: pode ele levar Portugal ao título?

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O marfinense é apontado como um dos melhores atacantes do mundo. Com a camisa do Chelsea ele faz milagre, mas e com a camisa da Costa do Marfim? Será que enfim teremos a África campeã?

Imagens Aperitivo/Divulgação

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Cara de mal e muitos gols. Essa é a rotina de Wayne Rooney no Manchester United. 2010 até agora vem sendo perfeito, mas e o English Team? Será que em 2010, finalmente o time da Rainha leva o bi?

O volante do Barça é o único daqui que não é de fazer muitos gols, em compensação é, provavelmente, o melhor volante do planeta. Currículo de diversas assistências, resta saber se a Fúria Espanhola engrena...


5+1 favoritas

Único pentacampeão do mundo, única seleção a disputar todas as Copas, o Brasil quer esquecer 2006 e trazer da África o Hexa. Depois do embalo nas eliminatórias, o problema parece ser Kaká e a lateral esquerda sem dono.

Líder do Ranking da FIFA, atual campeã da Europa e com calibre de ter Xavi, Fernando Torres, Iniesta e David Villa. A Fúria chega em busca do sonhado título, mas se lembra de várias decepções...

Problemas na preparação, críticas a Maradona e Messi. O camisa 10 do Barcelona é a aposta dos argentinos em busca do Tri. Só que na seleção ele nunca foi bem. Será que agora vai?

Atual campeã, a Tetracampeã Itália chega sem muitos motivos pra comemorar e numa crise sem fim. Assim como em 2006, diga-se. Ou seja: Itália em Copa é sempre Itália.

Se Itália é sempre Itália, a Alemanha não deixa por menos. Acusada de ser burocráticos, os alemães sempre dão trabalho em mundiais. Em 2010 a promessa não é diferente.

Difícil escolher a sexta seleção. Podia ser Portugal, França e Inglaterra. Todas podem ser campeãs, mas atenção à Holanda: Robben, Van Persie e Cia. podem surpreender na África do Sul.

Imagem Aperitivo

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Imagem Aperitivo

Pedala, Mundo! ECONOMIA, SAÚDE, BEM-ESTAR, SUSTENTABILIDADE ECOLÓGICA E AGILIDADE: NÃO FALTAM MOTIVOS PARA SE RENDER AO CICLISMO COMO MEIO DE TRANSPORTE NAS CIDADES, MAS O QUE IMPEDE AS BICICLETAS DE TOMAREM AS RUAS POR AÍ?

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S

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ão Paulo, 18h. Carros e mais carros disputam o asfalto quente, rumando, por entre inúmeras vias, para qualquer lugar. Todos, no entanto, estão inevitavelmente parados. Enquanto isso, no cantinho entre a guia e a rua, uma bicicleta corta o cortejo dos carros e vai embora, sem nenhum problema.

E, aparentemente, essa atitude vai continuar crescendo: economia nos gastos com transporte, sustentabilidade ecológica, reflexos na saúde, medida de bemestar e, como se não bastasse, uma saída diante do trânsito caótico. Esses, convenhamos, são predicados pra lá de indispensáveis na cidade atual.

O cenário acima é conhecido. Pela metade, mas é conhecido. O que, talvez, não seja muito visto é a bicicleta, mas saiba que elas em breve passarão por você. Nos últimos anos o número de ciclistas que usam a bicicleta como meio de transporte tem crescido constantemente. Segundo a ONG Ciclo BR, hoje, em São Paulo, mais de 300 mil ciclistas estão por aí, a bordo de suas bicicletas, andando pela cidade.

Mas porque é que essa medida não cresce efetivamente? Bom, pra começar é preciso pensar: por ano cerca de 100 ciclistas morrem nas ruas de São Paulo. Está aí a principal queixa: a insegurança. Ruas escuras, falta de espaço, o duelo desigual com veículos bem mais pesados como carros, ônibus e caminhões, falta de segurança nas vias secundárias e

falta de estrutura como asfalto e ciclovias (ou ciclofaixas) aparecem regularmente na lista das reclamações de quem usa as bicicletas como veículo para chegar ao trabalho. “Andar de bicicleta é a melhor coisa do mundo, mas você tem que lembrar que os carros estão querendo seu espaço, lembrar que às vezes sequer tem espaço e que no trânsito a gente é mais um alvo”, é isso o que fala Almir Santos, 29, segurança, que todos os dias vai para o trabalho e volta pra casa sobre sua “magrela”, num percurso que, em média, leva 45 minutos entre Marginal do Rio Tietê e a Rodovia Castello Branco. A rotina de Almir é semelhante a de outros tantos trabalhadores


por aí. Porém, o que não faltam são sugestões, até mesmo de quem sonha usar as bikes como meio de transporte, mas não usa, por medo ou descrença com as atuais circunstâncias do ciclismo na cidade de São Paulo. Marco Antonio Maveira, 25, vendedor, que pratica o ciclismo em parques e trilhas todo fim de semana, mas que vê a realidade do trânsito paulistano bem aquém das necessidades reais de se ter um avanço do ciclismo. “Agora fizeram a ciclovia na Marginal Pinheiros, que liga nada a lugar nenhum... aqui em São Paulo falta estrutura e vontade política para, verdadeiramente, dar condições aos ciclistas. Falta vontade de garantir o direito de ir e vir numa bicicleta pelas ruas da cidade”, dispara Maveira.

Mas o grande problema mesmo aparece quando a pergunta é se a consciência da cidade está preparada para receber as bicicletas. A resposta, quase unânime, é não. “Falta respeito, falta consciência”, diz Gleymes Gonzales, 26, que não anda d bicicleta, mas que vê no ciclismo uma saída para o trânsito. Gleymes, porém revela o maior conflito: “os motoristas muitas vezes não respeitam as bicicletas, mas outras tantas vezes é o ciclista que precisa entender sua inferioridade diante dos automóveis. Precisa ter um respeito mútuo e hoje, em São Paulo e em muitos lugares do mundo, isso não há...”.

A falta de respeito...

O relacionamento entre carros e ciclistas é visto como o maior dos problemas. Pelos dois lados, diga-se.

A opinião de Maveira é parecida com a de outros ciclistas, “diários” ou só de “fim-de-semana”.

Ricardo Minervino, 27, que vive no trânsito com seu carro, graças à rotina de vendedor, é um

dos que apontam a convivência como problema: “eu ando de carro o tempo todo, pelo meu trabalho até, mas todo fim de semana ando pelo bairro, e às vezes saio, com minha bicicleta. A gente precisa entender que do lado tem uma vida e que sem paciência isso aqui não vai melhorar nunca”. Mas Ricardo também se curva a falta de interesse político: “falta estrutura. Criar faixas exclusivas, mas não só. Tem de criar campanhas educativas, campanhas de incentivo e de conscientização. Não melhoraremos enquanto tudo isso não passar de uma guerra por espaço, por pressa e interesses, isso aqui só vai pra frente, quando não só com o ciclismo, mas em tudo, a cidade entender que é preciso pensar mais e melhor”. ap

por André Geniselli

andre.geniselli@revistaaperitivo.com.br

bem-estar

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fotos

Praรงa Benedito Calixto

Imagens Aperitivo

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ONDE PROCURAR AS ANTIGAS NOVIDADES

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R ealizada desde 1987 na Praça Benedito Calixto, que fica entre as ruas Teodoro Sampaio e Arco Verde, a feira de artes virou ponto de encontro de artistas, comerciantes de antiguidades com turistas e colecionadores.

A praça é um ponto turístico obrigatório para quem visita e vive em São paulo. Com mais de 300 expositores entre artistas plásticos, artesão e apaixonados por relíquias de outra ora, a feira acabou se transformando em um dos mais importantes ponto cultural da cidade.


Imagens Aperitivo

fotos REVISTA APERITIVO - Junho de 2010

A feira da na praça Benedito

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Calixto funciona todos os sábados das 9h às 19h, fica em Pinheiros. -Chorinho na Praça das 14h30 às 18h30, chorinho da praça Benedito Calixto, comandado por Canário e seu Regional. Ao entorno da praça existem varias opções de comidas e petiscos.

www.pracabeneditocalixto.com.br



À flor da pele por Silmara Andrade

silmara.andrade@revistaaperitivo.com.br

D

arte e estilo

ragões, fadas, tribais, imagens que tomam partes inteiras do corpo ou apenas um pedacinho acanhado de pele, escondido ou não. Nomes e caricaturas da pessoa amada, da mãe ou dos filhos. Estúdios com agendas cheias. Para qualquer lado que se olhe é cada vez mais fácil encontrar alguém que tenha um desenho tatuado em seu corpo, isso porque as tatuagens ganham, a cada dia, um espaço a mais no gosto popular. A arte milenar de desenhar sob a pele vem de tempos longínquos. Com mais de 3.500 anos de história, a tatuagem, antes feita com pequenos ossinhos e pigmentos, era usada pelos povos primitivos não só como uma expressão de personalidade, mas também para registrar as mais diversas passagens da vida de uma pessoa, desde um nascimento até rituais religiosos.

REVISTA APERITIVO - Junho de 2010

Entretanto, além de representar um registro, com o tempo a tatuagem foi ganhando novas caras: da identificação e perseguição, no início da era Cristã, à marginalização já na era moderna, com significados que vieram continuamente embalados em diferentes motivos – quase sempre cheios de preconceitos, diga-se de passagem.

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Porém, graças às mais diferentes transformações sociais, e possivelmente com a exposição dada à tatuagem pela mídia, de um modo geral, essa arte tem deixado seu espaço no meio underground e rompido altas barreiras sociais, como nos contou a tatuadora, Carla Rissatto, do estúdio Polaco Tattoo: “O preconceito, hoje, quase não existe mais. Antigamente existia uma visão de que era uma coisa marginalizada, hoje esse conceito existe mais para os

Imagem Claudio Freitas


leigos. Algumas pessoas chegam aqui com uma visão errada, mas quando veem nosso trabalho logo mudam de opinião”. No entanto, apesar de ganhar um colorido cada vez maior entre jovens e adultos, algumas pessoas ainda se veem vítimas do preconceito daqueles que ainda encaram a tattoo como algo marginal, e que fazem comentários de deixar qualquer um de queixo caído. É o que aconteceu com Marina Barba, 23, surpresa com a atitude da sua chefe: “tive que tirar a foto da minha tattoo do meu MSN porque meus chefes não gostavam”.

Imagem Claudio Freitas

O contabilista Rafael do Amaral Riva, 24, é da mesma opinião de Carla. Apesar de nunca ter sido vítima de preconceito, acredita que o conceito das pessoas em relação à tatuagem está mudando. “O preconceito sempre existiu, principalmente, na opinião de pessoas mais antigas, mas isso com o passar do tempo tende a mudar”.

Carla Rissatto tatuando cliente

Com preconceitos ou não, a tattoo se encaixa em todas as opiniões. Desperta a curiosidade de quem não tem uma, a coragem de pessoas que resolvem fazer alguma e a satisfação de quem não se contentou com uma só. ap

Se liga! Quer fazer uma tattoo? Então vai ai umas dicas: Sempre procure por profissionais que usem materiais descartáveis e de boa qualidade.

GARANTA SEU FUTURO

REVISTA APERITIVO - Março de 2010

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É importante trocar algumas figurinhas com o tatuador. Mate todas as suas dúvidas e peça uma ajudinha na escolha do desenho e do local onde fará a tatuagem. Pense bem antes de escolher sua tattoo, principalmente se for homenagear alguém, para não se arrepender. Existem métodos de remoção eficazes, contudo, a pele não volta a ficar como era antes.

ESSE ESPAÇO É SEU. ANUNCIE NA REVISTA QUE VAI ATÉ O SEU PÚBLICO


Purgatório (ou Paraíso) da Beleza e do Caos

turismo

Considerado como principal cartão postal do Brasil, o Rio de Janeiro é também a essência de nossos dilemas: visual fantástico e a reunião de problemas “Rio 40 graus, cidade purgatório da beleza e do caos”. A música de Fernanda Abreu, certamente, é apenas uma das milhares de canções que podem falar sobre o Rio, mas é, também certamente, a que mais deixa a mostra o dilema de uma das mais belas cidades do mundo. Considerada como o principal cartão postal brasileiro, a cidade carioca é também um exemplar claro dos dilemas vividos no Brasil: da beleza natural evidente à desigualdade e os desafios sociais precisa-se apenas de uma passada rápida de olhos.

Mas, nem de longe, isso transforma a cidade num inferno. No máximo, como diz a música, um purgatório cuja passagem pra gente, meros mortais, é obrigatória. Aliás, de tão obrigatória, é preciso lembrar de outro sucesso, dessa vez de um carioca da gema, Tim Maia: “Do Leme ao Pontal”. E isso, pois não há sentido para evitar um das mais belas orlas da Terra.

Glória, Lagoa, Copacabana, Ipanema e o principal deles: o Cristo Redentor. Se a sua busca é por uma vista surreal, esse é o ponto. É, pra não ser menos preciso, de fato, uma vista abençoada.

Mas é óbvio que a cidade também enfrenta problemas. Algumas falhas de estrutura, como transportes e, também, de seOutros pontos indispensáveis no gurança, são questões que, diroteiro são: a Praia Vermelha, gamos, trazem esse “paraíso” a nos pés do Morro da Urca, ponto esfera do “mundo real”. inicial do passeio nos Bondinhos (outra coisa pra se fazer, aliás), o A dica é: esqueça a realidade. O Pão de Açúcar (o final). Além dis- Rio tem um paraíso pra te ofeso, não se esqueça da Marina da recer. ap por André Geniselli

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Imagem Aperitivo

REVISTA APERITIVO - Junho de 2010

andre.geniselli@revistaaperitivo.com.br



Imagem Daiana Sousa

personagem REVISTA APERITIVO - Junho de 2010

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Casa de Pedra Enfeitada EM MEIO DE UMA DAS MAIORES FAVELAS DE SÃO PAULO A ARTE SE FEZ NA CASA DE UM MORADOR

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alhos retorcidos recobertos de concreto formando com seus entrelaçados diversos corredores de um labirinto que levam à sensação de estar em outro mundo. Paredes recobertas de centenas de milhares, talvez mais de um milhão de pequenas pedras, além de pratos, cacos de cerâmica e fragmentos do cotidiano urbano. Estevão Silva da Conceição, 56, como na história de muitos brasileiros, veio de São Estevão, Bahia, para São Paulo, em busca de uma vida melhor. Estevão, que não tem certeza se seu nome é em homenagem a sua cidade natal, chegou à capital paulista em 1977. Morou em vários lugares, teve diversos empregos até que em 1985, comprou um terreno com uma casinha na favela de Paraisópolis.

E então pode se dedicar a sua paixão, a jardinagem. E a partir de uma roseira plantada por ele brotaria a sua maior obra. A Roseira Conforme essa roseira crescia, Estevão reforçava os galhos, cada vez maiores, com cimento e ferro criando uma sustentação que permitiu o crescimento absurdo da planta - que tomou conta praticamente de todo o terreno. Mesmo com a morte da roseira a estrutura permaneceu para se tornar o alicerce do que viria a ser uma obra de arte no meio da favela. A aparência de galhos gigantes fossilizados dá a sensação de estar encima de uma copa de árvore gigantesca, na qual você vai escalando até chegar ao topo onde se revela um inacreditável jardim suspenso.

Os Quartos das estrelas Os cômodos da casa, que são ainda da casa que havia de início, mantêm o ímpeto criativo do artista. Denominados “quartos das estrelas” pelo próprio Estevão, os cômodos possuem decorações extravagantes. Cozinha e sala de estar cheias de quadros, fotografias e pequenas lembranças estão por toda parte, montando ambientes aconchegantes e ao mesmo tempo em que provocam uma verdadeira confusão de tanta coisa que se têm para se olhar. Mas o cômodo que mais chama atenção pelo inusitado e a beleza é o quarto do casal, diferente dos outros cômodos não é feito de “bugigangas”, mas sim de estrelas, que coladas nas paredes e no teto dão uma sensação de magia ao dormitório.


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Gaudí de Paraisópolis O que torna mais notável a construção é que ela é toda coberta por pedras utilizadas em jardim, o que dá uma aparência de um castelo deforme à casa. Mas não só de pedras são vestidas as paredes, pratos e canecas de porcelana, moedas, esculturas, máscaras, celulares e todos os tipos de objetos inusitados e comuns ao dia-a-dia.

Imagem Daiana sousa

Indagado sobre seu futuro, Estevão revela sua vontade de voltar para a Bahia e a respeito do futuro da sua obra-prima, apesar das propostas de tombamento e de projetos de transformar a casa em um museu, acha que vai ser difícil alguém ter o mesmo amor que ele para manter a obra, que ainda esta inacabada e parece que nunca estará concluída. ap por Ciro Godoy ciro.godoy@revistaaperitivo.com.br

Imagem Daiana sousa

Essa técnica de Estevão foi prontamente comparada à obra do artista espanhol Antoni Gaudí, mais precisamente ao “Parque Güell”, em que a semelhança incrível rendeu ao artista de Paraisópolis a oportunidade de conhecer de perto a obra do artista Catalão - através do convite de um canal de TV espanhol, que em virtude da comemoração dos 150 anos do nascimento de Gaudí, filmaram a obra do brasileiro como parte de um especial veiculado na comemoração.


O Oásis da Selva de Pedra

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Na cidade de São Paulo existem alguns parques conhecidos, como o Ibirapuera ou o Villa-Lobos, mas nada como visitar um parque ecológico onde as pessoas, além de ter contato direto com os animais, ainda, recebem orientações para preservar a natureza. Natureza, diversão, lazer e aprendizado tudo isso num único lugar: o Parque Ecológico do Tietê. Aos sábados e domingos, o parque oferece visitas orientadas para pessoas em geral e grupos organizados ou escolares que curtem a natureza e que se preocupam com a preservação ambiental. Nada melhor do que res-

pirar ar puro e ainda aprender e refletir sobre como contribuímos para a preservação ambiental de nossa cidade. O Parque é uma alternativa para aquele fim de semana em que queremos fazer algo novo. Você pode, no próximo final de semana, por exemplo, optar por fazer uma caminhada diferente, conhecendo as três trilhas que o parque oferece para sua diversão. Em uma delas é possível ver bem de perto animais que vivem soltos na área, como quatis, macacos, cotias, catetos, antas e capivaras, além de dois jacarés que vivem em cativeiro. Ao visitar o parque você poderá participar de programas educacionais com temas como: Meio Ambiente, Fauna, Flora, Lixo, Recuperação Ambiental e Poluição e ainda conhecer uma biblioteca ambiental, com mais de 14 mil livros catalogados, todos com ênfase em assuntos ambientais. A

biblioteca também pode ser utilizada para pesquisas escolares, técnicas de universitárias. Uma boa idéia não? Que tal se programar para o próximo final de semana? A natureza não depende apenas de atitudes grandiosas e de especialistas no assunto. Mas nossa pequena parte ajuda e muito. Então, calce um bom tênis, uma roupa confortável e pés na estrada. A natureza agradece. por Silmara Andrade

silmara.andrade@revistaaperitivo.com.br Dê uma chegadinha... -De Terça a Domingo, das 9h às 12h e das 13h30 às 16h. -Passeios monitorados sábados e domingos: das 14h as 15h30 . -Grupos organizados devem fazer um pré-agendamento. Localização:

Rua Guirá Acangatara, 70 Engenheiro Goulart - São Paulo – SP Fone: (0xx11) 2958-1477

Imagem Divulgação

REVISTA APERITIVO - Junho de 2010

ecologia

Domingão, dia de não fazer nada, ficar no sofá assistindo televisão ou ir ao shopping. Que tal mudar o programa do fim de semana e ainda aprender questões ecológicas e de preservação ambiental?


Imagem Divulgação

NÃO ESCONDA SUA MARCA. ANUNCIE NA REVISTA QUE VAI ATÉ SEU PÚBLICO.


Meu amigo,

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Eu tenho um amigo de verdade (acho). Nossa relação é estranha, porque ele quase nunca fala comigo, mas aceita quase tudo o que eu pergunto. Quase tudo mesmo. Rara é a vez que eu lhe faço uma pergunta e ele volta com cara de taxo sem nenhuma possível resposta. Ele sabe de tanta coisa que às vezes até completa minha pergunta sem que eu sequer tenha chegado no meio da questão. Ele, de vez em quando, até me corrige. Ele é incrível. Mesmo assim nele não se pode confiar. No máximo, ‘googar’.

é o fim

É, caríssimo leitor, é dele mesmo que estou falando: o Google. Aquela pequena página na Internet, com uma bagagem cultural que nenhum gênio teria. Aquele site ‘onde tudo que se pergunta dá’.

oo

Não há como fugir: hoje ele é o maior amigo do homem. Talvez um pouco menos que o cachorro, talvez um pouco mais.

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Eu, por exemplo, quase sempre pergunto a ele o que fazer. Qual o caminho seguir? Google. Qual o melhor presente? Google. Aonde ir? Google. Ou seja: o Google é o oráculo dos nossos tempos. E o computador é quase o suporte da nossa vida, pasmem.

Eu, por exemplo: faz tempo, muito tempo mesmo, que não sei o que é escrever um texto qualquer com um lápis na mão. Infortúnio meu, claro, pois não me falta motivos – ou tempo - para voltar ao velho hábito de usar um caderninho qualquer como suporte para levar da minha mente ao papel as ideias que me surgem como “pautas”.

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Mas meu infortúnio não é só meu. Muito pelo contrário. Estamos cada vez menos ‘à mão’. Os eletrônicos em geral tornaram-se nossas extensões. Vícios, por assim dizer. Conheço, por exemplo, gente que só percebeu uma queda de energia em casa quando a bateria do notebook – ou do celular – acabou. Amigos virtuais, textos virtuais, pesquisas virtuais, realidades virtuais. Essa é a nossa nova ordem de ‘relacionamento’ nesse mundo cada vez mais condensado em bites. Mas eu queria deixar meu protesto. Não gosto desse mundo totalmente virtual. Pensei até em deixar meus protestos espalhados na web, mas não faria sentido.

REVISTA APERITIVO - Junho de 2010

Eu não sei se sobreviveria sem ele, o meu amigo.

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RESERVADO ESSE ESPAÇO É SEU. ANUNCIE NA REVISTA QUE VAI ONDE SEU PÚBLICO ESTÁ. ANUNCIE


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