Boletim Laço Vermelho - N°9 - 2022 - Dezembro Vermelho

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Nº VIII Nº IX Dezembro / 2022 Dezembro de 2021 Dezembro de 2022

Dia Mundial da AIDS 2022: EQUIDADE JÁ

Editorial Professora Maria Izabel Azevedo Noronha Presidenta da APEOESP

A

explícita violação do direito à saúde e à educação no Brasil está chegando ao fim, com o término do pior governo da História do País. Os ataques à Ciência, as fake news sobre as vacinas e a criminalização do ativismo, que denuncia e reivindica direitos, tornaram-se fatos rotineiros para os brasileiros neste período e prejudicaram imensamente o combate às pandemias, além de estigmatizarem ainda mais a luta contra a Aids. Neste momento em que o Brasil volta a sonhar e trabalhar pela reconstrução, ativistas, cientistas e professores já atuam sob melhores perspectivas, sem desistir de lutas históricas, como o aprimoramento do Sistema Único de Saúde, a defesa do Iamspe e a eliminação de preconceitos, que ainda atingem portadores do HIV e outras doenças. A APEOESP atuou com protagonismo nesta página infeliz da nossa História, denunciando o processo que levou o Poder Público a omitir-se diante da tragédia sanitária de uma pandemia. O Sindicato leva agora aos professores a 9ª edição do seu Boletim Laço Vermelho, dedicado ao Dia Mundial de Luta Contra a Aids e, como sempre, alinhado às diretrizes do Unaids, o Programa Conjunto das Nações Unidas Sobre HIV/Aids. Além da pandemia do coronavírus, que tirou a vida de aproximadamente 700 mil brasileiros, ainda enfrentamos sequelas destes anos de autoritarismo, como a eleição de Tarcísio de Freitas (Republicanos), herdeiro político do derrotado Jair Bolsonaro para o governo de São Paulo. A luta e o luto fazem-nos lembrar de um poema que o reverendo inglês John Donne escreveu no século XVII: “a morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte da humanidade. Por isso, não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.”. Boa leitura!

vens, operam em apenas 40% das localidades com alta incidência de HIV. Apenas um terço das populações-chave – incluindo homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, pessoas que fazem uso de drogas, profissionais do sexo e pessoas em privação de liberdade – têm acesso regular à prevenção do HIV. Populações-chave enfrentam ainda grandes barreiras jurídicas, incluindo criminalização, discriminação e estigma.

A

s desigualdades que perpetuam a pandemia de Aids não são inevitáveis; nós podemos enfrentá-las. No Dia Mundial Contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro, o UNAIDS encoraja cada um de nós a se contrapor às desigualdades que estão impedindo o progresso para acabar com a Aids. O tema “Equidade já” é uma chamado à ação. É um convite para que todos possam colocar em prática as ações efetivas necessárias para combater as desigualdades e, assim, ajudar a acabar com a Aids. Estas ações incluem:  Aumentar a disponibilidade, qualidade e adequação dos serviços, para o tratamento, testagem e prevenção do HIV, a fim de que todas as pessoas sejam bem atendidas.  Reformar leis, políticas e práticas para superar o estigma e a discriminação experimentados pelas pessoas que vivem com HIV e Aids e das principais populações marginalizadas, para que todos sejam atendidos correta e respeitosamente.  Assegurar o compartilhamento de tecnologias para possibilitar o acesso equitativo das comunidades e diferentes regiões de países desenvolvidos, e

Índice

Acordo pandêmico Atenção para a MPOX

de baixa e média renda ao melhor da ciência relacionada ao HIV. As comunidades poderão utilizar e adaptar a mensagem “Equidade já”, para destacar as desigualdades específicas que enfrentam, e encorajar as ações necessárias para solucioná-las.

Vidas em risco

Dados do Unaids sobre a resposta global ao HIV revelam que durante os últimos dois anos, pontuados pela COVID-19 e outras crises globais, o progresso da resposta à pandemia da AIDS tem falhado e os recursos têm diminuído. Como resultado, milhões de vidas estão em risco. Após quatro décadas de resposta ao HIV, as desigualdades ainda são persistentes nos serviços mais básicos, como prevenção, diagnóstico, tratamento e, principalmente, no acesso às novas tecnologias. As mulheres jovens na África continuam sendo afetadas de forma desproporcional pelo HIV, enquanto a cobertura de programas dedicados a elas permanece demasiadamente baixa. Em 19 países africanos com alta incidência de HIV, programas de prevenção combinada, destinados a meninas adolescentes e mulheres joPágina 2 Página 2

Depois da distopia #VacinaEmDia

Meta

Faltam apenas oito anos para o fim do prazo da meta de acabar com a AIDS como uma ameaça global à saúde. As desigualdades econômicas, sociais, culturais e jurídicas devem, portanto, ser tratadas com urgência. Em uma pandemia, as desigualdades aumentam os perigos para todas as pessoas. De fato, o fim da Aids só pode ser alcançado se lidarmos com as desigualdades que a impulsionam. As lideranças mundiais precisam agir com ousadia e responsabilidade.

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Sugestão de aula:

O Unaids - Programa Conjunto das Nações Unidas Sobre HIV/Aids - publica materiais informativos para as atividades do Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Download no site https:// unaids.org.br/dia-mundial-da-aids/

Os Primeiros Soldados Preto Positivo

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