Ap. Helio R. Lago SER DE IGREJA OU SER CRISTÃO
Palavra apostólica
N
a realidade “IGREJA” são os salvos pro Cristo ou o corpo de Cristo espalhado por toda a face da Terra, mas no sentido genérico quando se fala em “igreja” entende-se por uma placa ou denominação ou ainda uma instituição religiosa jurídica. Vamos tratar aqui neste artigo a “igreja” como uma religião ou denominação. O que vai mudar uma pessoa não é a igreja, mas é Jesus ou o Espírito Santo que entra na vida do pecador quando este entrega sua vida a Ele, que o transforma interiormente ou espiritualmente. Tem muitos que carregam a igreja como o fator de salvação e de vida eterna. Temos que mudar este pensamento de que a religião de nossos pais é a boa e certa, de que é esta ou aquela igreja ou religião é boa. Não!!! Se Jesus não estiver na pessoa nenhuma religião ou igreja é boa. Cristão é aquele que parece com Jesus, que cumpre e guarda os mandamentos de Deus contidos na Sua Palavra. Aquele que tem uma vida separada das coisas do mundo, embora ainda esteja neste mundo perverso e corrompido, mas não se molda ao mundo. “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm. 12:2). Jesus comparando as pessoas como árvores disse: “Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis.” (Mt. 7:17-20). Se estamos ligados a Jesus, iremos produzir bons frutos, do contrário maus frutos. Jesus também disse: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado;” (Jo. 15:1-3). Sem perceber, é fácil um cristão substituir esse relacionamento precioso com um espírito religioso. A seguir, veja alguns sinais que revelam se há em você um espírito religioso: nós julgamos as pessoas pela aparência; nós tentamos ganhar o amor e a salvação de Deus; nós tentamos nos conformar com aparente santidade, sem transformação interior; nós somos sempre críticos sobre a vida de outras pessoas com Deu; nossos relacionamentos cristãos mais próximos são baseados apenas em atividades ministeriais; nós executamos deveres cristãos, mas não temos nenhuma paixão ou fome de Deus; nós desejamos posição e honra na
igreja mais do que a honra de Deus; nossa identidade está enraizada em um estilo de vida do cristianismo, em vez de em Cristo; nós sabemos sobre a verdade de Jesus, mas não sobre o caminho de Jesus; nós aparentamos ter senso de justiça, mas interiormente estamos cheio de raiva e ressentimento. Todo cristão deve manter uma vida diária de oração, e jejuar sempre que puder, pois estas armas são poderosas contra o nosso adversário. Se tem uma coisa que o diabo tem medo é da oração de um crente porque ele sabe que todas as vezes que o crente ora e busca profundamente a presença do Senhor em uma vida consagrada ele se reveste das armaduras de Deus, e as influencias dele vai perdendo forças e sua ação vai dando lugar a presença de Deus. Todo crente que ora tem uma vida espiritual equilibrada na presença de Deus. Por isso todos os dias tirem as cinzas do teu altar (corpo) para que a chama nunca se apague. Como no Antigo Testamento, o fogo era aceso no altar par sacrifício e adoração a Deus, “O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará.” (Lv. 6:13), o fogo do Espírito no nosso altar não poderá apagar também. Isto através da oração, jejum e estudo da Palavra de Deus.
UM ATO DE AMOR Aquele era um dia dos mais felizes na vida de André. Afinal, ele iria realizar seu grande sonho: mergulhar na piscina grande do clube. Seu pai havia lhe prometido que, quando ele completasse cinco anos de idade, poderia entrar na piscina dos adultos. Na companhia do pai, é claro. O pequeno André estava radiante naquela manhã ensolarada de domingo. Ele e o pai chegaram cedo ao clube. E como o pai precisava fazer o exame médico, pediu ao filho que o aguardasse por alguns minutos. Mas André, que não via a hora de pular naquele mar de águas azuis, tão logo o pai se afastou, correu para a piscina e mergulhou com vontade. Foi só depois do mergulho que ele se deu conta de que aquela piscina não tinha fundo. Acostumado com a piscina rasa onde sentia seus pezinhos firmes no chão, não desconfiava que a piscina grande era diferente. Aqueles foram os segundos mais dolorosos da sua existência... A água entrando em seus pequenos pulmões... Seus bracinhos frágeis tentando alcançar a superfície, respirar... Tudo em vão. Ao redor, o silêncio... André percebeu que não adiantava mais lutar... Resolveu parar de se debater e dormir... Tudo foi ficando longe, a angústia passou e ele sentiu que uma mão iluminada se estendia na sua direção... Percebeu, ao longe, um túnel de luz que o CONTINUA AO LADO
atraía... Entregou-se àquele sono diferente... E nada mais percebeu. Algum tempo depois André recobrou os sentidos, mas já não estava mais na água, estava no hospital... Os pais, em desespero, vibraram quando ele deu os primeiros sinais de vida... Os anos se passaram e André nunca esqueceu aquele episódio. Na sua juventude, foi que seu pai lhe contou como ele havia sido salvo. Um homem bom que passava pela piscina naquele dia distante, viu algo estranho no fundo da água e perguntou a outro homem, que também estava nas proximidades, o que era aquilo. O outro disse que talvez fosse um desses garotos testando por quanto tempo poderia ficar sem respirar. Mas o homem bom não se contentou com a resposta. Mergulhou imediatamente e descobriu o corpo do garoto, quase sem vida. Retirou-o da água e constatou que seu corpo já estava todo roxo. Não podia perder nenhum minuto. Começou ali mesmo os procedimentos para reavivar aquele corpinho inerte. Com as técnicas adequadas conseguiu reativar seu coraçãozinho e o garoto foi levado às pressas para o hospital. Mas o mais importante dessa história, foi o homem que salvou a vida de André. Como ele sabia as técnicas exatas para efetuar aquele salvamento? Na verdade essa habilidade lhe custou muito caro. Um dia ele viu seu filho pequeno morrer daquela mesma forma, porque não sabia o que fazer... Com o coração dilacerado de dor, aquele pai prometeu a si mesmo que jamais deixaria alguém morrer na sua frente por falta de socorro. Fez cursos e aprendeu todos os procedimentos para atendimentos de emergência. E foi assim que ele conseguiu fazer com que o pequeno André recuperasse os sinais vitais e conseguisse chegar vivo até o pronto socorro. Tudo porque aquele pai não se deixou abater pela dor. Pelo contrário, viu na dor um grande desafio. O desafio de ser um agente de Deus junto aos seus filhos. O desafio de ser um agente do bem. Um pai... Uma dor... Uma nobre decisão... Um grande exemplo. E quanto a André? Terá feito justa essa segunda chance recebida? Sim, é claro! Hoje ele é o jovem pai de dois meninos. Seus pulmões foram poupados para que ele fosse um excelente saxofonista e alegrasse o mundo através da música. Um garoto e seu sonho inocente... Um homem bom... Uma bela história...