Ap. Helio R. Lago GUIADOS PELO ESPÍRITO A grosso modo poderemos comprar a vida espiritual a de dois condutores de veículos, sendo o bom e o mal motorista, e nós seres humanos somos o veículo, então concluímos, que o bom motorista é o Espírito Santo e o mal motorista é o diabo. É bom também lembrarmos que um ser humano poderá ser filho de Deus ou filho do diabo, dependendo de sua escolha ou rejeição de Jesus como seu Salvado e Senhor. Pois, para ser filho de Deus não basta ter uma religião, ser honesto e ter uma família de bem, embora seja isto importante, mas, não garantirá a salvação de ninguém. Vejamos o que Jesus disse aos fariseus, que eram pessoas consideradas religiosas na sua época: “Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira.” (Jo. 8:44). E também a Nicodemos, que era outro religioso: “Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus...” (Jo. 3:3-7). O apóstolo Paulo falando aos gálatas sobre as obras da carne e o fruto do espírito disse: “Digo, porém: Andai pelo Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne. Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei... Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.” (Gl. 5:16-24). Se percebe nitidamente quem é guiado pelo espírito ou pelo diabo, pelas reações, atitudes, caráter e testemunho de cada ser humano, para isto não precisamos de muito tempo de convivência para descobrirmos o lado da pessoa, ou seja, se é filho de Deus ou filho do diabo, o apóstolo também disse: “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.“ (Rm. 8:14). Palavra apostólica
Não importa o passado que tivemos, o importante é a transformação dia-a-dia, abandonando as obras da carne e produzindo o fruto do espírito: “Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tem necessidade. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que seja boa para a necessária edificação, a fim de que ministre graça aos que a ouvem. E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.” ( Ef. 4:28-30) É possível alguém mesmo sendo nascido de novo, andar na carne em algumas áreas da sua vida por causa da ignorância gerada e pela dureza do coração. É por isso que em Hebreus 3:7-8 nos orienta: “Se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração”. Andar insensível, com um coração de carne como se tivesse um coração de pedra, vai nos deixar pendente para a carne e, consequentemente, para o pecado. Devemos considerar o que Deus tem a nos ensinar e desenvolver uma vida guiada por Ele. Aquilo que a Palavra nos diz, devemos praticar. Precisamos considerar o que aprendemos nas Escrituras, ao ponto de nos esforçarmos para vigiar a nós mesmos e colocarmos aquilo em prática. Por isso precisamos viver guiados pelo Espírito Santo. Não estou falando de momentos, mas de um estilo de vida. Para isso, precisamos estar sensíveis, considerando o que Deus fala e o que Ele tem para nós. A PARÁBOLA DA ROSA Certa vez, um homem plantou uma roseira e passou a regá-la constantemente. Assim que ela soltou seu primeiro botão que em breve desabrocharia, o homem notou espinhos sobre o talo e pensou consigo mesmo: "como pode uma flor tão bela vir de uma planta rodeada de espinhos?" Entristecido com o fato, ele se recusou a regar a roseira e, antes mesmo de estar pronta para desabrochar a rosa morreu. Isso acontece com muitos de nós com relação à nossa semeadura. Plantamos um sonho e, quando surgem as primeiras dificuldades, abandonamos a lavoura. Fazemos planos de felicidade, desejamos colher flores CONTINUA AO LADO
perfumadas e, quando percebemos os desafios que se apresentam, logo desistimos e o nosso sonho não se realiza. Os espinhos são exatamente os desafios que se apresentam para que possamos superá-los. Se encontramos pedras no caminho é para que aprendamos a retirá-las e, dessa forma, nossos músculos se tornem mais fortes. Não há como chegar ao topo da montanha sem passar pelos obstáculos naturais da caminhada. E o mérito está justamente na superação desses obstáculos. O que geralmente ocorre é que não prestamos muita atenção na forma de realizar nossos objetivos e, por isso, desistimos com facilidade e até justificamos o fracasso lançando a culpa em alguém ou em alguma coisa. O importante é que tenhamos sempre em mente que se desejamos colher flores, temos que preparar o solo, selecionar cuidadosamente as sementes, plantá-las, regálas sistematicamente e, só depois, colher. Se esperamos colher antes do tempo necessário, então a decepção surgirá. Se temos um projeto de felicidade, é preciso investir nele. E considerar também a possibilidade de mudanças na estratégia. Se, por exemplo, desejamos um emprego estável, duradouro, e não estamos conseguindo, talvez tenhamos que rever a nossa competência e nossa disposição de aprender. Não adianta jogar a culpa nos governantes nem na sociedade, é preciso, antes de tudo, fazer uma avaliação das nossas possibilidades pessoais. Se desejamos uma relação afetiva duradoura, estável, tranquiila, e não conseguimos, talvez seja preciso analisar ou reavaliar nossa forma de amar. Quando os espinhos de uma relação aparecem, é hora de pensar numa estratégia diferente, ao invés de culpar homens e mulheres ou a agitação da vida moderna, ou simplesmente deixar a rosa do afeto morrer de sede. Há pessoas que, como o homem que deixou a roseira morrer, deixam seus sonhos agonizarem por falta de cuidados ou diminuem o seu tamanho. Vão se contentando com pouco na esperança de sofrer menos. Mas o ideal é estabelecer um objetivo e investir esforços para concretizá-lo. Se no percurso aparecer alguns espinhos, é que estamos sendo desafiados a superar, e jamais a desistir.