Quando o Anuário entrevistou José Carlos Saldanha Na edição 2012, falámos com este especialista. (excertos) – Em 1974 com o desaparecimento do meu avô, ficaram três coleções — selos, moedas e relógios. Como somos três irmãos, a minha mãe resolveu falar com eles e, por exclusão de partes, decidiu-se que eu deveria ficar com os relógios. Desta forma eu acabei por ficar com uma coleção de relógios numa idade em que não tinha nem maturidade, nem condição financeira para lhe dar continuidade. – Anos mais tarde, nos inícios dos anos 80, comecei a ganhar os primeiros tostões, foi então aí que surgiram os meus primeiros relógios de pulso. – Nessa época podiam-se adquirir relógios muito baratos e foi aí que eu comecei a aumentar a coleção. Em Portugal não existia muita gente a comprar relógios e a oferta era muito maior que a procura. Havia colecionadores de relógio, mas a maioria dedicava-se aos de bolso e eu tive o privilégio de ser um dos pioneiros nos relógios de pulso. Isso facilitou-me imenso, e pude aumentar a minha coleção consideravelmente sem grande esforço financeiro. – Muitos relógios, alguns dos quais ainda guardo, foram-me oferecidos, e chegava-se a comprar quase ao peso, era inacreditável. – Quanto à decisão de coleccionar Omegas, devido à minha paixão pelos relógios na sua generalidade, apenas veio a acontecer há 15 anos atrás. Na história dos concursos de precisão alcançou diversos recordes, tanto no observatório de Kew Teddington como em Genebra e Neuchâtel, levando de vencida Patek, Vacheron e muitas outras, colocando os seus cronómetros, quer de bolso como de pulso, 93 vezes no primeiro lugar, sendo que por 72 vezes bateram recordes absolutos.