Schola 2020/2021

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Escola Secundária de Barcelinhos


Ficha técnica Coordenação

António Fernandes Diretor

António Fernandes Capa Anónimo Administração

António Carvalho Propriedade

Escola Secundária de Barcelinhos Rua do Areal de Baixo – S. Brás 4755-056 Barcelinhos Telefone – 253 839 260 Fax – 253 833 482 Email direcao@esbarcelinhos.pt http://esbarcelinhos.pt/ Tiragem

600 exemplares

Nota prévia

2

A nossa Escola em números

4

Poesia

16

Literatura

38

Estudos e reflexões

62

Depósito Legal n.º55158/92 ISSN 0873-1217 Schola n.º 27 – junho de 2021 Periodicidade – anual 197 páginas

Atividades

128

Curiosidades e passatempos

194



Nota Prévia António Gonçalves Carvalho Diretor da Escola

Pelo segundo ano consecutivo, o percurso destes dois últimos anos letivos tem decorrido sob o signo e a predominância da Pandemia, originada pelo vírus SARS-CoV-2 – Covid-19. Foram dois anos atípicos, em que o ensino presencial foi suspenso temporariamente, procedendo-se por isso, à transição forçada para o ensino à distância, através das mais variadas plataformas digitais e outras formas de comunicar, com base nas novas tecnologias. Esta situação provocou grandes alterações nas atividades letivas, cujos conteúdos programáticos e planificações habituais tiveram de ser adaptadas e reajustadas, à nova realidade. Todos os intervenientes diretos no processo ensino-aprendizagem – professores, alunos e encarregados de educação - tiveram de fazer um grande esforço para se enquadrarem nesta nova realidade dos nossos tempos e levarem a bom porto, o sucesso e acompanhamento das aprendizagens dos nossos alunos. Também os serviços e tarefas administrativas tiveram de se modernizar, porque muitos dos procedimentos e requerimentos solicitados presencialmente ou em papel, passaram a ser feitos em plataformas digitais. Todo este processo de retirada dos alunos da escola, por alguns períodos, mais ou menos curtos ou longos, definidos pelo governo e pelas autoridades de saúde pública, implicou mudanças nos hábitos e nas capacidades digitais no trabalho e no ensino, bem como a aceleração do desenvolvimento e capacitação das populações, em geral, para a era digital do futuro.

Revista Schola 2020 / 2021

2



A Escola em Números

A escola em números

Revista Schola 2020 / 2021



A Escola em Números Desde o ano letivo de 1994/1995, a revista Schola divulga alguns dados estatísticos que permitem uma avaliação global e sistematizada da evolução da vida interna da nossa escola. Dando continuidade a esse trabalho, atualizam-se com os números relativos ao ano letivo de 2020/2021. Nesta apresentação expõem-se os dados evolutivos da população discente, do sucesso da população discente e das preferências em relação às opções dos alunos nos últimos anos, entre outros.

1. População escolar

Ano Letivo

Apresentam-se os números relativos à população discente e à sua evolução ao longo dos últimos anos.

2013/2014 2014/2015 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020 2020/2021

7.º 50 64 49 78 68 79 82 31

Ano de Escolaridade 8.º 9.º 10.º 11.º 54 84 126 154 53 54 160 126 69 58 157 167 55 59 136 142 85 52 118 141 80 80 138 119 87 84 152 132 89 89 173 159

12.º 184 158 133 158 145 128 125 137

Básico 188 171 176 192 205 239 253 209

Secundário 464 444 457 436 404 385 409 469

Total 652 615 633 628 609 624 662 678

Evolução do Básico e Secundário

205

385 239

409

469 Básico

253 209

2020/2021

192

404

2019/2020

2015/2016

176

436

2018/2019

457

2017/2018

171 2014/2015

2013/2014

188

444

2016/2017

464

Revista Schola 2020 / 2021

Secundário

6


633

609

624

Evolução do 11.º

141

133 158 145

138

128

662

Revista Schola 2020 / 2021 2020/2021

118

2020/2021

2019/2020

2018/2019

2017/2018

80

2019/2020

2018/2019

136

85

2019/2020

158

2016/2017

55

2018/2019

157

2017/2018

Evolução do 9.º

2017/2018

160

2016/2017

2015/2016

2014/2015

69

2020/2021

159

53

2016/2017

184

2015/2016

126

2015/2016

84

2014/2015

2013/2014

31

2014/2015

89 2013/2014

54

2020/2021

132

2020/2021

Evolução do 7.º

2019/2020

119

2013/2014

84

2020/2021

80

2020/2021

7 2019/2020

2018/2019

82

2018/2019

615 79

2017/2018

142 2019/2020

52

2019/2020

59

2018/2019

68

2016/2017

167 2017/2018

78

2018/2019

58

2017/2018

49

2017/2018

2016/2017

2015/2016

2014/2015

2013/2014

64

2015/2016

126 2016/2017

2015/2016

2014/2015

54

2016/2017

154

2015/2016

2014/2015

2013/2014

50

2014/2015

2013/2014

2013/2014

A Escola em Números

Evolução do 8.º

87 89

Evolução do 10.º

152 173

Evolução do 12.º

125 137

Evolução dos Totais

652

628

678


A Escola em Números 1.1. Alunos matriculados.

2

8

Ano Letivo

10.º CT

CSE

LH

2019/2020

64

26

12

2020/2021

83

13

27

TD

TR

IG

24

10

12

Ano Letivo

CT

CSE

LH

TD

TR

IG

2019/2020

43

18

20

16

14

21

2020/2021

67

26

16

22

10

18

CSE LH TD

12.º

Ano Letivo

Legenda: CT

11.º

CT

CSE

LH

TD

TR

IG

TR

2019/2020

52

17

19

12

6

19

IG

2020/2021

46

21

22

14

13

21

Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias Curso Científico-Humanístico de Ciências Socioeconómicas Curso Científico-Humanístico de Ciências Línguas e Humanidades Curso Profissional de Técnico de Desporto Curso Profissional de Técnico de Turismo Ambiental e Rural Curso Profissional de Técnico de Informática de Gestão

Revista Schola 2020 / 2021


A Escola em Números

Matrículas Secundário - 10.º

CT; 83

LH; 27 TD; 24

TR; 10 IG; 12

Matrículas Secundário - 11.º

CT; 67

2020/2021

CSE; 26 LH; 16 TD; 22

TR; 10 IG; 18

Matrículas Secundário - 12.º

CT; 46

CSE; 21 2020/2021

9

2020/2021

CSE; 13

LH; 22 TD; 14

TR; 13 IG; 21

Revista Schola 2020 / 2021


A Escola em Números Regular 102 123

10.º Profissional 46

Regular 81 109

11.º Profissional 51 50

Regular 88 89

12.º Profissional 37 48

10

Revista Schola 2020 / 2021


A Escola em Números

Ano Letivo

1.2. Sucesso escolar

11

7.º 50 64 49 78 66 79 82

2013/2014 2014/2015 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Ano de Escolaridade 8.º 9.º 10.º 11.º 52 84 74 106 53 54 100 87 67 53 101 98 55 56 78 99 85 52 75 86 80 80 78 83 86 84 103 79

12.º 120 74 72 102 107 74 80

Básico 186 171 169 189 203 239 252

Secundário 300 261 271 279 268 235 262

Total 486 432 440 468 471 474 514

Evolução da Transição - Básico e Secundário

171

169

279

203

2016/2017

2015/2016

189

262

235

268

239

252

Básico Secundário

2019/2020

271

2018/2019

261

2014/2015

2013/2014

186

2017/2018

300

Evolução da Transição - Totais

486

474

Revista Schola 2020 / 2021

514

2019/2020

471

2018/2019

2016/2017

468

2017/2018

440 2015/2016

2014/2015

2013/2014

432


85

56

52 80

80

Revista Schola 2020 / 2021 2019/2020

55

2019/2020

2018/2019

79

2019/2020

67

2018/2019

66

2018/2019

53 2017/2018

49

2017/2018

2016/2017

2015/2016

2014/2015

2013/2014

64

2017/2018

54 2016/2017

53

2016/2017

52

2015/2016

2014/2015

2013/2014

50

2015/2016

2014/2015

2013/2014

A Escola em Números

1.2.1. Ensino Básico – 3.º Ciclo Evolução do 7.º

78 82

Evolução do 8.º

86

Evolução do 9.º

84

84

12


86

74 2019/2020

2018/2019

2019/2020

2018/2019

78

Revista Schola 2020 / 2021

2020/2021

102 75

2019/2020

72

2017/2018

2016/2017 78

2018/2019

74

2017/2018

98

2017/2018

87

2016/2017

2015/2016

2014/2015

100

2016/2017

106

2015/2016

2014/2015

2013/2014 74

2015/2016

2014/2015

2013/2014

13

2013/2014

A Escola em Números

1.2.2. Ensino Secundário Evolução do 10.º

101 103

Evolução do 11.º

99 83 79

Evolução do 12.º

120

107

80

0


A Escola em Números 1.2.3. Transição / Conclusão Ano de Escolaridade 10.º 11.º 8.º 9.º

7.º Ano Letivo

2013/2014 2014/2015 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 97,1% 100,0% 100,0%

96,3% 100,0% 97,1% 100,0% 100,0% 100,0% 98,9%

100,0% 100,0% 91,4% 94,9% 100,0% 100,0% 100,0%

98,7% 98,0% 93,5% 90,7% 100,0% 98,9% 99,0%

97,2% 97,8% 97,3% 99,0% 97,7% 100,0% 100,0%

12.º

Básico

Secundário

81,1% 80,4% 80,9% 94,4% 83,2% 87,1% 97,6%

98,8% 100,0% 96,2% 98,3% 99,0% 100,0% 99,6%

92,3% 92,1% 90,6% 94,7% 93,6% 95,3% 98,9%

Sucesso - Básico e Secundário

98,3%

96,2% 90,6%

94,7%

99,0%

93,6%

100,0%

95,3%

99,6%

Secundário

98,9%

2019/2020

2017/2018

2018/2019

Básico 2016/2017

92,1% 2014/2015

2013/2014

92,3%

100,0%

2015/2016

98,8%

Sucesso - Básico

2019/2020

2019/2020

100,00% 98,85%

100,00%

7.º 8.º

9.º

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A Escola em Números

Sucesso - Secundário 2019/2020

2019/2020

15 99,04%

100,00%

10.º

11.º

Conclusão - Secundário

2019/2020

2019/2020

97,56%

12.º

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Poesia

Poesia

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Poesia A Viagem Laura André Cordeiro | 11.º D

Chegou o dia tão esperado, despertar antes do amanhecer. O mapa há tanto sonhado, e agora vai tudo acontecer!

Quero viajar estrada fora, quero olhar para a frente e ser tão feliz agora, nesta viagem com toda a gente.

Quero ver a lua e o mar, tomar banhos de chuva intensa, cantar bem alto e dançar, soltar esta alegria imensa!

A alma solta que há em mim vai seguir caminho para conhecer tanto da vida, amor sem fim, aventuras do meu próprio ser!

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Poesia Cegueira* Joana Alves Guedes | 11.º A

Eu estou aqui! Mas não grito. 19

É no silêncio da alma que o grito se cala. Eu estou aqui! Eu vejo E sofro pela ausência De um olhar… Combato A esperança vencida! O arrependimento, Remédio único! Restam os nomes Pintados numa tela Vermelha… De cansaço, De romance, De novela. Drama de Romeu e Julieta! Agora, apenas a cegueira: Tua, minha, dela. Um dia, a lucidez; Minha e tua.

*Poema participante no concurso «Pequenos Grandes Poetas», na modalidade de poema original.

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Poesia Desilusão Carlos Daniel Araújo da Silva | 11.º A

Face lívida, aparência celestial, veste branca, olhos de cristal. À Terra desce um anjo, divino: vem ver como está Portugal! Rejubila com o lusitano mar que aos destemidos permitiu viajar, nesses tempos áureos de outrora, por onde outros não conseguiram sequer sonhar. Decide agora os homens visitar para com eles dialogar, e qual não é o seu espanto por ver que eles mudaram tanto! Já não há nenhum coração aos valores aprisionado, ou alguém da tal humildade dotado, capaz de repartir sempre o seu pão. Nesta (agora) pequena nação só dá conta do desprezo, do ódio, de uma sociedade de vil negócio que já nem irmão conhece irmão. Flamejante sobe ao céu a criatura, cheia de angústia e tristeza, tão impressionada de tal avareza que parte sem nunca mais querer voltar.

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Poesia Escola Daniel Vilas Boas Esteves | 12.º D

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Obrigado meus amigos, Também vou nessa estrada. Quem viaja convosco Nunca perde nada. Que belos amigos Ao longo de seis anos fiz. Se o mundo me ajudar Eu vou ser muito feliz! Aos professores desta escola: Saúde, paz e bem. Com saudades dela me despeço E deles também. Oh escola de S.Brás! A terceira que frequentei! Aqui fui tão feliz Que até namorei. A vida é bonita, Se a souber aproveitar. Obrigado aos professores Que se esforçaram por me ajudar. Saio desta escola, Olhando para trás. Saio daqui um homem, Entrando um rapaz.

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Poesia

Ilusão Beatriz Silva Sousa | 11.º D 22

Falamos sobre amor, Sentimento quente Que nos engana a mente Sem qualquer pudor! É-nos ensinado e relatado, Como fascínio e tentação, Que, quando o encontramos, É como uma ostentação. Porém, a realidade não é como nos livros, Os poetas escrevem sobre amor, Mas sem mostrar a sua dor! Desmoronamos, Sem saber onde estamos! Somos embalados Pela angústia e escuridão, E chegamos à conclusão Que amar Sempre foi em vão!

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Poesia

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O Amor Ana Filipa Oliveira Figueiredo | 12.º D

O amor são dois corações Corações que batem de forma sincronizada Sincronizada para sofrer e chorar Chorar às vezes faz parte Parte em dois o teu sentimento Sentimento escondido pela dor Dor do amanhã de não haver tempo Tempo para sorrir Sorrir a pensar em ti!

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Poesia Quem sou eu? Maria Francisca Lourenço da Costa | 11.º A

Quem sou? Que sinto? Interrogo-me a cada momento, Mas nunca respondo. Sou eu no espelho? Sou eu na janela? Sorrio, choro, aceno. Do outro lado: o silêncio. Vejo o meu reflexo: Imagem distorcida! Convivo com livros, Escrevo cartas com números. Escola, aulas, intervalos, Tudo isto me define. Vejo o meu reflexo: Imagem real! Mas… pensadora de mais, Ansiosa em excesso, Nervosa no limite. Choro, sorrio, olho, Mas não me consigo definir: Imagem obscura! Então, quem sou eu? Que sentimento me atormenta? Serei a única? Mas sou eu…assim: Imagem de mim mesma.

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Poesia

Renascimento 25

Andreia Sofia Oliveira Martins | 11.º D

Deixei de sonhar, Deixei de amar, E só de pensar Fiquei a chorar. Deixei de sonhar, Deixei de acreditar, Comecei a sentir dor, Sentimento que traz rancor. Passei a enfrentar, Passei a ganhar, A vontade de conhecer E a vontade de viver. Passei a enfrentar, Passei a sonhar, Voltei a saber amar E assim, a acreditar.

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Poesia

26

Voo destemido Sílvia Vilas Boas Costa | 11.º D

As penas deles tocam o céu. Poderia eu voar tão alto? Eles movem-se com uma graça misteriosa, Oh, mas que vida esplendorosa! Destas belas criaturas. Eu quero voar sem medo Tocar nas estrelas, milhares. Viver nas alturas, Ainda que me sinta remota, Remota, como o brilho e mistério dos seus olhares.

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Poesia

Infinitude 27 Andreia Sofia Oliveira Martins | 11.º D

O nascimento é incrível, O falecimento é horrível, Sendo isto indiscutível.

A vida é a desgraça, A morte a esperança, Sendo isto sem graça.

A vida é enganosa, Complicada e maldosa, Sendo assim sinuosa.

A morte é rude, Porém uma virtude, Sendo assim a infinitude.

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Poesia

Daniel Canário Cibrão | 9.º B

28

Revista Schola 2020 / 2021


Poesia

Guilherme Beleza Braga Figueiredo | 9.º B 29

VVVVVVVVV VVVVVVVVE VVVVVVVEL VVVVVVELO(Z) VVVVVELOC VVVVELOCI VVVELOCID VVELOCIDA VELOCIDADE

Revista Schola 2020 / 2021


Poesia Carolina Duarte Sousa de Santos | 8.º A

30

Revista Schola 2020 / 2021


Poesia

Carolina Fernandes Queirós Reis Silva | 9.º A 31

Revista Schola 2020 / 2021


Poesia

Mafalda Fernandes Linhares | 9.º A

32

Revista Schola 2020 / 2021


Poesia

Maria Eduarda Lopes Agra da Silva | 9.º A 33

Revista Schola 2020 / 2021


Poesia

Mariana Esteves Faria | 9.º A

34

Revista Schola 2020 / 2021


Poesia

Diana Sofia Ferreira Martins | 9.º A 35

Revista Schola 2020 / 2021


Poesia

Rodrigo Lima Araújo | 9.º B 36

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Literatura

Literatura



Literatura “Uma nação só vive porque pensa”

João Pedro Oliveira da Silva Pereira Barroso | 12.º B

Esta frase de Eça de Queirós deve-nos interpelar e fazer com que pensemos nos fatores sobre os quais se constrói e desenvolve uma nação. Façamos uma breve volta ao mundo, demoremo-nos um pouco mais olhando o nosso continente. O que podemos observar? Imensos povos, todos diferentes, cada um com as suas crenças, com as suas tradições, com a sua história e com uma língua própria. Nesta curta viagem conseguimos identificar algumas bases de uma nação. Uma nação é um grupo de pessoas, habitante de um país, partilhando uma história, cultura, tradições, uma língua, uma cultura, entre outros fatores que os distingue e os torna únicos. Foquemo-nos em Portugal, uma nação com uma grandiosa história, grandiosos feitos dos quais nos alegramos. Isso, na minha opinião, é a razão pela qual uma nação vive, o orgulho na cultura (história e tradições). Por exemplo, o nosso povo, com simples naus e caravelas, conseguiu descobrir novos lugares e tornar-se numa potência; com papel e tinta, deu a conhecer ao mundo as mais belas histórias que, apesar da época em que foram escritas, permanecem intemporais; com a voz, o fado, foi / é capaz de tocar no coração do mundo que, mesmo sem entender a nossa língua, sente e não fica indiferente ao escutá-lo. Esta nação prevalece, “porque pensa” e, a meu ver, este “pensar” refere-se à capacidade de sermos capazes de nos adaptarmos aos tempos, sem nos esquecermos de quem somos, ou seja, um povo amistoso e acolhedor. Assim, concordo com a frase de Eça de Queirós, na medida em que, “uma nação só vive” se tiver uma base da qual se orgulhe; “porque pensa”, se apresentar a capacidade de se adaptar aos novos tempos.

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Literatura A diferença entre o homem e a mulher Francisco José Pedrosa Pina e Silva, Guilherme Oliveira Silva | 10.º C

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As mulheres, no século XIV, tinham uma vida bem diferente dos homens naquele tempo. Enquanto os homens trabalhavam nos campos e faziam os trabalhos que os senhores lhes mandavam fazer, seja na agricultura, na pastorícia ou na pesca, as mulheres tinham de ficar em casa a fazer os trabalhos domésticos e a tratar dos filhos. Esta ideia existia, pois, os papéis das mulheres eram vistos rigidamente como, biblicamente determinados, realçando-se citações como: “Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher”. Um marco no que diz respeito à história das mulheres durante a Idade Média foi a sua perseguição, mais conhecida como “caça às bruxas”. Foi um genocídio praticado contra o sexo feminino, na Europa e nas Américas, em que muitas mulheres sofreram agressões e até perderam a vida por serem consideradas feiticeiras, ou seja, porque se insurgiam contra as tradições e questionavam o sistema.

O povo na Crónica de D. João I de Fernão Lopes O povo de Lisboa é uma das personagens da Crónica de D. João I que se reveste de uma importância capital para o desenrolar dos acontecimentos que culminarão no início da dinastia de Avis, sendo, por isso, considerado uma personagem épica e coletiva. Uma personagem épica é aquela que realiza ações em grande escala, de superação, e uma personagem coletiva é aquela que representa um grupo de indivíduos que age por uma só vontade e é animada por sentimentos, interesses e objetivos comuns.

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Literatura No capítulo 11 da Crónica, encontramos a população de Lisboa a agir corajosamente e em comunidade para tentar salvar o Mestre de Avis, que, aparentemente, se encontrava em perigo, ameaçando incendiar os Paços da Rainha e mostrando, de seguida, uma enorme alegria por ele estar salvo. Por sua vez, no capítulo 148, em “Esforçavom-se uus por consolar os outros, por dar remédio a seu grande nojo…”, observamos que, apesar de todas as gentes de Lisboa atravessarem um período muito complicado com o cerco do inimigo, tentavam, porém, ajudar o próximo nem que fosse com algumas palavras de consolo. Podemos, então, concluir da leitura dos diversos capítulos da Crónica de D. João I que o povo de Lisboa teve um papel ativo e decisivo neste período da História de Portugal, e que Fernão Lopes o evidencia, mostrando a enorme consciência de comunidade deste povo, e que o desfecho dos acontecimentos adveio do empenho, da sua força defensiva e anímica e da sua motivação coletiva.

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Literatura O papel da Mulher e do Homem nas cantigas de amigo

Alexandre Miguel Rodrigues Martins, Ricardo André Leitão Campinho | 10.º C

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Ainda que a grande maioria dos poetas medievais fossem homens, utilizavam o ponto de vista feminino, nas cantigas de amigo, que têm como tema o erotismo feminino e os conflitos resultantes da ausência do 'amigo'.

As donzelas eram oriundas de um meio popular e rural, bem como os respetivos amigos. Por norma, eram caracterizadas como belas, elegantes, alegres, («louçãs», «velidas», «ledas», «delgada», «fremosa»). Quanto aos estados sentimentais das donzelas, estas podiam revelar timidez; alegria; ansiedade; saudade; inexperiência amorosa; ciúme; arrependimento, entre outros. Há a acrescentar que as jovens viviam numa sociedade patriarcal, o que era sinónimo de falta de liberdade, nomeadamente para se encontrarem com os amigos. Também não podiam mostrar publicamente os seus

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Literatura sentimentos ou desejos, pois podiam ser mal interpretadas pela sociedade. Assim sendo, as confissões e desabafos que faziam eram sobretudo com jovens que tinham os mesmos problemas ou com a natureza, que não os contava a ninguém. “Amigo” significava, no contexto das cantigas, “amante” (aquele que ama) ou “namorado” da jovem donzela, estando, frequentemente, ausente, pois encontrava-se no mar ou na guerra, sendo, também, muitas vezes, traidor e mentiroso. Porém, o relacionamento amoroso surgia de um sentimento espontâneo num plano de igualdade. Eis um exemplo de uma cantiga de amigo escrita pelo Rei D. Dinis: Ai flores, ai, flores do verde pino, se sabedes novas do meu amigo? ai, Deus, e u é? Ai flores, ai flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado? ai, Deus, e u é? Se sabedes novas do meu amigo, aquel que mentiu do que pos comigo? ai, Deus, e u é? Se sabedes novas do meu amado, aquel que mentiu do que mi a jurado? ai, Deus, e u é? Vós me perguntades polo voss’amigo? E eu ben vos digo que é viv’ e sano ai, Deus, e u é? Vós me perguntades polo voss’amado? E eu ben vos digo que é viv’e sano ai, Deus, e u é?

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Literatura Análise da cantiga

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Literatura Novos conceitos de famílias e “Os Maias”

Manuela Alexandra Cunha Oliveira | 11.º TR

No fim do estudo do romance de “Os Maias” de Eça de Queirós, consegui perceber que existem novos tipos de famílias, as famílias monoparentais. Carlos Eduardo da Maia cresce numa dessas famílias com a presença do avô, uma vez que a mãe o abandonou em pequeno e o pai se mata porque é traído e abandonado pela mulher. Antigamente estávamos habituados a um modelo de família triangular ou tradicional, que eram os pais e os filhos, atualmente esse modelo já não é tão normal e o que vemos hoje é mãe e filho; pai e filho; madrasta, pai e filhos do pai; mãe, padrasto e filhos da mãe como neste romance em que Maria Eduarda é criada com a mãe e o seu padrasto; avô e neto que também é possível ver neste romance com Carlos Eduardo e Afonso da Maia, entre outros tipos de famílias. Este tipo de famílias faz muito sentido uma vez que o pai ou a mãe pode não saber ter esse papel e não amar os filhos como tinha de ser. Neste romance, Carlos é criado pelo avô, mas recebeu uma educação errada, à inglesa. Para concluir posso dizer que, pais não são aqueles que criam, mas sim aqueles que dão amor e que estão sempre na nossa presença. Eu vivo numa família monoparental, com a minha mãe e com os meus irmãos e consegui perceber por volta de há três anos atrás que estou melhor assim, porque a presença do meu pai não me fazia bem, assim como Carlos Eduardo que foi criado pelo avô, onde este foi aquele que mais amor lhe demonstrou apesar de todos os contratempos.

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Literatura

Saúde Mental e Antero de Quental 47

Bruna Carvalho Rodrigues | 11.º TR

Na minha opinião todos nós, de todas as idades, que seja criança quer seja adulto, seja homem quer seja mulher, podemos sofrer com problemas relacionados com a saúde mental. A saúde mental de uma forma simples é a capacidade de nos sentirmos bem connosco próprios e na relação com outras pessoas, sermos capazes de lidar de forma positiva com a vida e com os seus contratempos e, termos confiança em nós mesmo e não ter medo do futuro. Na minha perspetiva e também pelo que temos visto ultimamente temos tido cada vez mais pessoas a sofrerem destes problemas, que seja por causa do trabalho, da vida das pessoas e um exemplo atual, que estamos a passar no momento o confinamento - derivado a toda uma pandemia. A saúde mental abrange vários problemas desde a ansiedade, a depressão, demências, atrasos mentais, esquizofrenia, mal-estar psicológico, stress contínuo e por fim a dependência de álcool e drogas. A depressão encontra-se como a sendo a doença mental mais frequente e na minha opinião é um dos problemas mais graves já que este pode levar ao suicídio. Estes problemas podem derivar por causa da entrada em novas escolas, a adolescência, a perda de alguém muito próximo, entre outros.

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Literatura

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Temos o exemplo do escritor, Antero Quental que vivia constantemente numa angústia com a sua vida, o pessimismo que levava consigo, a ansiedade que apresentava, tudo isto juntamente com o seu problema de saúde levaram a que o mesmo se suicidasse, visto que já não aguentava mais. Porém, mesmo estando com estes problemas e a querer desistir da própria vida, conseguia escrever os seus poemas, que na minha opinião são bons poemas e que gostei de os estudar na disciplina de Português. Antero Quental estava num estado de depressão, porém não pedia ajuda. Antero escrevia os seus poemas que eram sonetos - com duas quadras e dois tercetos e eram decassílabos. Este poeta açoriano escreveu poemas como “O Palácio de Ventura”, “Despondency”. Antero era extremamente preocupado com a justiça social e pertenceu à geração de 70. Para concluir, a saúde mental é um problema grave e que não o podemos ignorar e devemos ajudar quem os está a enfrentar. Antero de Quental, sofrendo com uma depressão, compra um revólver e suicida-se a 11 de setembro de 1891.

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Literatura Os Mitos de Hades e de Caronte nos Autos das Barcas de Gil Vicente, em especial na estrutura do Auto da Barca do Inferno.

António Gonçalves Carvalho | Diretor da Escola 49

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Estudos e Reflexões Escrita criativa a partir de palavras terminadas em -ante.

Margarida Eiras Faria | 9.º A

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Em mais um dia igual a todos os outros, Dante acordou e dirigiu-se à sua vida monótona de palestrante, que consistia em dizer todos os dias, as mesmas coisas a pessoas diferentes. A sua vida era tão constante! Mas, nesse mesmo dia, conheceu uma rapariga - ela era tão elegante e deslumbrante que chamou de imediato a sua atenção de um modo especial. Entretanto, a palestra acabou e por entre beijos e abraços de despedida, ela já tinha ido embora. Dante pensou tristemente que nunca mais a veria. Estava já de férias quando decidiu explorar a cidade. Andando pelas ruas, viu de tudo, desde de comediantes a feirantes, e até viajantes até que, por acaso, esbarrou com uma moça. Por um pequeno instante pensou em pedir desculpas e virar costas. Porém, quando se dirigiu para a cumprimentar e a viu, sentiu as borboletas na barriga: era a mesma rapariga que ele vira na palestra. Embaraçado, convidou-a ir a um café, onde, mais tarde, trocaram os números de telemóvel. As férias acabaram e Dante retornou à sua vida aborrecida, mas o que ele não esperava era que, a partir do dia seguinte, a brilhante jovem passasse a assistir todos os dias às sua palestras. Ela dera-lhe um novo motivo para se erguer da cama todos os dias. Deste modo, o tempo foi passando e eles aproximaram-se cada vez mais. Ela até fora dormir uma noite a casa dele. Eles teriam vivido felizes para sempre se tudo isto não passasse de um sonho, efeito dos calmantes que lhe eram receitados na ala psiquiátrica, onde estava internado fazia dois anos.

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Estudos e Reflexões

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Estudos e Reflexões Evolução da pandemia por Covid-19 em Portugal – os dados à lupa da Estatística

Domingos José Lopes da Silva Professor da Escola Secundária de Barcelinhos

INTRODUÇÃO Covid-19 é o nome que a Organização Mundial de Saúde atribuiu à doença provocada pela infeção pelo novo corona vírus, SARS-CoV-2 (síndrome respiratória aguda grave – coronavírus 2)1, o qual foi descoberto em finais de 2019 na cidade chinesa de Wuhan. Esta doença está associada quer a casos simples como uma gripe comum quer a complicações graves do sistema respiratório, podendo levar à pneumonia e à morte. A atribuição do nome Covid-19 é um acrónimo que resultou das palavras “corona”, “virus” “disease” e da indicação do ano em que foi detetado pela primeira vez, “2019”. Os sintomas e sinais de alerta são variados, sendo que os mais frequentes são a ocorrência de febre (superior a 38ºC), tosse seca, dores de cabeça, dores no corpo, cansaço, dificuldades respiratórias/dispneia, diarreia, perda total do olfato, perda parcial do paladar, pneumonia, insuficiência respiratória aguda, falência renal, ou mesmo a morte. Este vírus tem um período de incubação de, aproximadamente, 14 dias. Ou seja, qualquer pessoa que tenha sido exposta ao vírus, o surgimento de sintomas pode ocorrer num espaço de 14 dias. Contudo, a Covid-19 não afeta todas as pessoas da mesma forma, sendo que a maioria apenas apresenta sintomas ligeiros-moderados com a recuperação a ocorrer sem necessidade de hospitalização. No dia 11 de março de 2020, a OMS declara a doença como pandemia (i.e., uma epidemia em escala mundial), justificando que tal se deve aos níveis alarmantes de propagação e de inação. 1

Designa-se de SARS-Cov-2, uma vez que em 2002 e 2003 foi identificado o corona vírus responsável por infeções respiratórias graves, ou seja, o SARS-CoV.

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Estudos e Reflexões

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Em Portugal, o primeiro caso de Covid-19 foi diagnosticado no dia 2 de março de 2020 e a primeira morte ocorreu no dia 16 de março de 2020. O governo português decretou o encerramento das escolas públicas e privadas a partir do dia 16 de março de 2020, cuja duração se estendeu até final do ano letivo (exceto para a realização dos exames nacionais do ensino secundário em julho). No dia 19 de março de 2020, o governo português, apoiado pelo presidente da república, decretou o 1º estado de emergência que se estendeu até 2 de maio, dando lugar a partir desta data ao estado de calamidade pública. A primeira vacina administrada em Portugal ocorreu em 27 de dezembro de 2020. Segundo os dados oficiais da Direção-Geral da Saúde, até ao dia 31 de março de 2021: - Número de infetados por Covid-19: 821722 - Número de mortes por Covid-19: 16848 - Número de estados de emergência2: 14 - Número de estados de calamidade3: 2 - Valor mais elevado de R(t) ou índice de transmissibilidade4: 2.86 (em 21/02/2020, região Norte). Naturalmente que à data da publicação desta edição da Revista Schola, os números serão bem maiores. Só com a adoção das mais que propaladas medidas de comportamento individual (distanciamento físico, uso de 2

O estado de emergência consiste num ato praticado pelo Presidente da República, após audição do Governo e de autorização da Assembleia da República, e que determina ou permite que seja determinada a suspensão parcial de direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, com fundamento na verificação (ou risco de verificação) de uma calamidade pública. 3 O estado de calamidade só pode ser declarado quando, face à ocorrência ou perigo de ocorrência de acidente grave ou catástrofe (tal como definidos na lei), e à sua previsível intensidade, é reconhecida a necessidade de adotar medidas de caráter excecional destinadas a prevenir, reagir ou repor a normalidade das condições de vida nas áreas atingidas pelos seus efeitos (artigo 9.º/3 da Lei de Bases da Proteção Civil). 4 O R é um dos indicadores mais utilizado (senão mesmo o mais utilizado) internacionalmente para perceber a capacidade de contágio de uma doença. Subdivide-se em R(0) e R(t), onde R(0) é calculado no início da epidemia e mede o número de contágios que ocorrem quando a doença tem condições para se disseminar, sem a adoção de qualquer medida de restrição; o R(t) (ou efetivo) é a capacidade do vírus se transmitir entre humanos, sendo relevante nas fases posteriores da epidemia, depois de serem aplicadas as medidas para travar a propagação da doença e quando o número médio de infeções começa a diminuir. No cálculo do R(t) entram em consideração o tempo que uma pessoa infetada está entre a população (duração), o número de contactos que uma pessoa infetada mantém (oportunidade), a probabilidade de transmissão após o contacto (probabilidade de transmissão) e a suscetibilidade à infeção (suscetibilidade).

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Estudos e Reflexões equipamento de proteção individual, higienização das mãos, da roupa e calçado, arejamento dos espaços e tratamento de resíduos), de várias políticas públicas de isolamento e/ou restrição social e da vacinação massiva da população mundial se pode pensar em eliminar o vírus das nossas preocupações diárias. Para isso, para que a epidemia fique sob controlo, é importante que manter num nível baixo o índice de transmissibilidade, ou seja, R(t)<1. Portanto, que o número de reprodução efetivo (em média) em função do tempo, ou mais simplesmente, o número de casos secundários que resultam de um caso infetado seja inferior a 1. Por exemplo, um R(t)=0.97 significa que uma pessoa infetada por infetar 0.97 pessoas, ou mais facilmente, 100 pessoas infetadas podem infetar 97 pessoas. De notar que o governo anunciou no dia 11 de março de 2021, durante a apresentação do plano de desconfinamento, que um R(t) acima de 1 e/ou mais de 120 casos por 100 mil habitantes são razão para voltar ao confinamento da população e ao encerramento de serviços.

Fonte: INSA

Por último, realizamos ao longo do tempo atualizações mensais no nosso Facebook (Conceito Estatístico) que poderão ser consultadas para esclarecimento e consolidação do conhecimento. Aqui, apresentamos desde março/2020 até à atualidade, a implementação de um modelo que poderá ser interessante para quem se interessa por esta temática.

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Estudos e Reflexões MATERIAL E MÉTODOS Os dados foram recolhidos no “relatório de situação” existente no website da Direção-Geral da Saúde (https://covid19.min-saude.pt/relatorio-desituacao/). Os registos reportam-se ao período de 02-03-2020 a 31-032021. 67

Na caracterização da amostra, usamos as seguintes estatísticas: soma, valores mínimo (Mín) e máximo (Máx), média (), desvio-padrão (s), coeficiente de variação (CV %), quartil 1 (Q1), mediana (Me), quartil 3 (Q3), assimetria (1) e curtose (2). Para analisar a evolução mensal foram criados gráfico de dispersão com a sobreposição da curva lowess para verificar a tendência. A relação estatística entre o número de casos+ diários vs número de mortes por dia por Covid-19 em Portugal, foi efetuada pelo coeficiente de correlação produto-momento de Pearson. A comparação entre os meses foi realizada pela one-way ANOVA. As comparações múltiplas de médias foram realizadas pelo teste de GamesHowell. A homocedasticidade foi verificada pelo teste de Levene; a normalidade pelo teste de Shapiro-Wilk. No caso de violação da normalidade, observamos o quociente da assimetria e da curtose pelos respetivos erros-padrão, e caso o valor se situasse no intervalo [-1.96; 1.96], a variável seria tratada como tendo distribuição aproximadamente normal. Em termos de previsão do número de mortes por Covid-19, foi executada uma regressão linear simples, tendo como preditor os números de casos+ diários. Foi considerado um nível de significância de =0.05.

RESULTADOS E DISCUSSÃO (i) Análise descritiva A Tabela 1 apresenta a estatística descritiva referente aos casos positivos de Covid-19 em Portugal, nos meses de março 2020 a março de 2021.

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Estudos e Reflexões A bold estão assinaladas as situações mais preocupantes. Claramente, os meses de inverno foram os que registaram mais casos+.

Tabela 1 – Estatística descritiva relativa ao número de casos+ por mês em Portugal por Covid-19. Mar 2020 Abr 2020 Mai 2020 Jun 2020 Jul 2020 Ago 2020 Set 2020 Out 2020 Nov 2020 Dez 2020 Jan 2021 Fev 2021 Mar 2021

Soma 7443 17249 7808 9671 8901 6940 17530 65767 148837 115617 306838 84046 17160

Mín 2 163 92 192 111 106 231 427 2506 1214 3241 549 248

Máx 1035 1516 553 457 455 401 899 4656 6994 7627 16432 9083 1007

 248 575 252 322 287 224 584 2122 4961 3730 9898 3002 554

s 305.6 263.5 108.0 67.5 94.1 88.3 187.5 1164.1 1296.6 1404.9 3546.7 2331.7 206.0

CV (%) 123.2 45.8 42.9 20.9 32.8 39.5 32.1 54.9 26.1 37.7 35.8 77.7 37.2

Q1 10 420 183 278 231 149 425 1149 4008 2618 7105 1274 391

Me 102 560 228 317 291 214 609 1949 4902 3834 10385 2134 541

Q3 415 709 287 373 347 284 690 2754 5999 4396 12078 3728 657

1 1.234 1.323 1.413 0.140 –0.109 0.536 –0.103 0.591 –0.208 0.583 –0.154 1.240 0.710

2 0.462 4.501 2.343 –0.313 –0.657 –0.677 –0.891 –0.641 –0.966 0.743 –0.616 0.622 –0.129

A Tabela 2 apresenta a estatística descritiva referente ao número de mortes por Covid-19 em Portugal, nos meses de março 2020 a março de 2021. A bold estão assinaladas as situações mais preocupantes. Os meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro foram os que registaram mais mortes.

Tabela 2 – Estatística descritiva relativa ao número de mortes por mês em Portugal por Covid-19. Mar 2020 Abr 2020 Mai 2020 Jun 2020 Jul 2020 Ago 2020 Set 2020 Out 2020 Nov 2020 Dez 2020 Jan 2021 Fev 2021 Mar 2021

Soma 160 829 421 166 159 87 149 536 1998 2401 5576 3835 531

Mín 0 16 6 1 1 0 2 5 37 57 66 33 2

Máx 24 37 20 14 13 6 13 40 91 98 303 275 41

 5 28 14 6 5 3 5 17 67 77 180 137 17

s 7.9 5.8 3.3 3.4 3.1 1.6 2.7 9.3 14.2 10.4 81.6 76.5 10.5

CV (%) 147.5 20.8 24.0 61.3 60.4 56.2 53.5 53.8 21.2 13.4 45.4 55.8 61.8

Q1 0 24 12 3 3 2 3 12 57 71 107 65 9

Me 1 28 14 6 5 3 4 15 68 78 159 133 15

Q3 10 32 16 7 8 4 6 21 78 86 263 203 25

1 1.261 –0.333 –0.017 0.642 0.649 0.612 1.289 1.004 –0.269 –0.126 0.198 0.318 0.625

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2 0.087 –0.653 0.235 0.060 –0.205 –0.161 1.516 0.442 –0.784 –0.491 –1.451 –1.254 –0.483

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Estudos e Reflexões A Figura 1 apresenta a evolução do número de casos + por dia, por Covid19, em Portugal, com a sobreposição da linha de tendência. Verifica-se que: – Tendência crescente: mar/20, mai/20, ago/20, set/20, out/20 e jan/21. – Tendência decrescente: abr/20, jul/20, fev/21 e mar/21. 69

– Tendência (relativamente) estacionária: jun/20 e dez/20. – Alternância crescente-decrescente: nov/20.

10

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15

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nº casos+ 0

5

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500

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agosto/2020

setembro/2020

outubro/2020

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5

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nº casos+ 0

5

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novembro/2020

dezembro/2020

janeiro/2021

fevereiro/2021

20

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dias

5

10

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20

25

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nº casos+

4000

nº casos+ 0

0

5

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2000 6000

dias

12000

dias

1000 4000 7000

dias

15

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1000 3000

600 300

nº casos+ 0

dias

10

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900

100 200 300 400

julho/2020

nº casos+ 5

10

dias

nº casos+ 0

5

dias

250

5

100 0

dias

3000 5000 7000

0

300

nº casos+

800 1400

30

junho/2020

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400

5

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nº casos+

0

nº casos+

maio/2020

200

nº casos+

400 800

abril/2020

0

nº casos+

março/2020

0

5

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dias

15

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dias

800 400

nº casos+

março/2021

0

5

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dias

Figura 1 – Evolução do nº de casos+ por dia, por Covid-19, em Portugal, com a sobreposição da linha de tendência.

A Figura 2 apresenta a evolução do número de mortes por dia, por Covid19, em Portugal, com a sobreposição da linha de tendência. Verifica-se que: – Tendência crescente: mar/20, set/20, out/20, nov/20 e jan/21. – Tendência decrescente: jul/20, fev/21 e mar/21. – Tendência (relativamente) estacionária: mai/20 e ago/20.

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Estudos e Reflexões

– Alternância crescente-decrescente: abr/20, dez/20. – Alternância decrescente-crescente: jun/20. junho/2020

6 5

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5

10

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10 14 6

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julho/2020

agosto/2020

setembro/2020

outubro/2020

25

30

15 25 35

nº mortes+

10 6

nº mortes+

4 2

nº mortes+

10 6

10

15

20

25

30

0

5

10

15

20

25

30

5 0

5

10

15

20

25

30

0

15

20

25

dias

novembro/2020

dezembro/2020

janeiro/2021

fevereiro/2021

15

20

25

30

dias

5

10

15 dias

20

25

30

50

150

nº mortes+

200

nº mortes+ 0

100

80

nº mortes+

60 10

30

250

dias

80

5

10

dias

60 0

5

dias

300

5

40

nº mortes+

0

2

0

2

nº mortes+

6

0

70

2

nº mortes+

10 14 18

30

nº mortes+

maio/2020

20

15

nº mortes+

abril/2020

0 5

nº mortes+

março/2020

0

5

10

15

20

25

30

0

5

dias

10

15

20

25

dias

30 10

nº mortes+

março/2021

0

5

10

15

20

25

30

dias

Figura 2 – Evolução do nº de mortes por dia, por Covid-19 em Portugal, com a sobreposição da linha de tendência.

A Figura 3 mostra a evolução do valor médio de casos de Covid-19 e de mortes em cada mês. Verifica-se, facilmente, que em termos de casos+, os meses de janeiro de 2021, novembro de 2020 e dezembro de 2020 têm os registos mais elevados. Em termos de número médio mensal de mortes, os meses de janeiro de 2021, fevereiro de 2021 e dezembro de 2020 foram os mais gravosos.

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Estudos e Reflexões

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Figura 3 – Evolução do comportamento médio do número de casos+ por dia (à esquerda) e do número de mortes/dia por Covid-19 em Portugal, no período de março 2020 a março 2021.

A Figura 4, mostra a evolução do número de casos+ por dia, por Covid-19, em Portugal, com a sobreposição da linha de tendência. É possível destacar 3 momentos principais: 1º momento, 10/04/2020, com 1516 caos+ 2º momento, 19/11/2020, com 6994 casos+ 3º momento, 28/01/2021, com 16432 casos+

Não obstante observar-se uma tendência para o “achatamento” da tendência, a linha lowess assume uma trajetória ligeiramente ascendente.

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Estudos e Reflexões Casos diários de Covid-19 em Portugal

10000

03 fev 21, n=9083

72

31 dez 20, n=7627 19 nov 20, n=6994

5000

número de casos/dia

15000

28 jan 21, n=16432

10 abr 20, n=1516

0

linha de risco

0

50

100

150

200

250

300

350

400

dias

Figura 4 – Evolução do número de casos + por dia, por Covid-19, em Portugal, com a sobreposição da linha de tendência.

A Figura 5, mostra a evolução do número de mortes por dia, por Covid-19, em Portugal, com a sobreposição da linha de tendência. É possível distinguir 5 momentos: 1º momento, 03/04/2020, com 37 mortes. 2º momento, 16/11/2020, com 91 mortes. 3º momento, 13/12/2020, com 98 mortes. 4º momento, 31/01/2021, com 303 mortes. 5º momento, 01/02/2021, com 275 mortes.

Apesar da diminuição considerável no mês de março/2021, a avaliar pela linha de tendência, parece que estamos longe de “achatar” a curva de mortalidade por Covid-19.

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Estudos e Reflexões Mortes diárias por Covid-19 em Portugal

175 150 125 50

75

100

13 dez 20, n=98

25

03 abr 20, n=37

0

73

número de mortes/dia

200

225

250

275

300

31 jan 21, n=303 01 fev 21, n=275

0

25

50

75

100

125

150

175

200

225

250

275

300

325

350

375

400

dias

Figura 5 – Evolução do número de mortes por dia, por Covid-19, em Portugal, com a sobreposição da linha de tendência.

(b) Correlação A Tabela 3 apresenta a correlação de Pearson entre o número de casos+ diários vs número de mortes por dia por Covid-19 em Portugal, analisado mês-a-mês. Correlação «muito forte» registou-se no mês de março/20, «forte» nos meses de outubro/20, janeiro/21 e fevereiro/21, «moderada» nos meses de julho/20, setembro/20 e março/21, «fraca» nos meses de junho/20, agosto/20 e novembro/20, «muito fraca» no mês de abril/20 e sendo «ínfima» no mês de maio/20. Todas as correlações moderadas, fortes e muito forte são estatisticamente significativas. De notar que apenas no mês de junho/2020, ainda que não-significativa, a correlação é negativa, indicando que o número de casos+ esteve relacionado com a diminuição do número de mortes.

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Tabela 3 – Correlação entre o número de casos+ vs número de mortes por dia por Covid19 em Portugal. Março 2020 Abril 2020 Maio 2020 Junho 2020 Julho 2020 Agosto 2020 Setembro 2020 Outubro 2020 Novembro 2020 Dezembro 2020 Janeiro 2021 Fevereiro 2021 Março 2021

r 0.93 0.16 0.01 –0.28 0.41 0.20 0.45 0.82 0.20 0.29 0.73 0.86 0.63

p <0.001 ns ns ns 0.023 ns 0.013 <0.001 ns ns <0.001 <0.001 <0.001

ns – não-significtivo (p>0.05).

(c) Comparação inter-meses A comparação inter-meses quanto ao número de casos+ diários de Covid19 e quanto ao número de mortes por dia, foi realizada pela one-way ANOVA de medidas independentes. Registam-se diferenças estatisticamente significativas para o número de casos+, F(12;382)=138.757; p<0.001, e para o número de mortes/dia, F(12;382)=99.702; p<0.001. Pelo teste de Levene verificou-se que as variâncias são não-homogéneas, F(12;382)=34.275; p<0.001. Portanto, recorremos ao post-hoc de GamesHowell para detetar quais os pares de médias significativamente diferentes.

(i) número de casos+/dia

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Estudos e Reflexões

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A Tabela 4 apresenta os valores p da comparação entre as médias mensais (2 a 2) quanto ao número de casos+ diários de Covid-19. Percebe-se que a maior mancha de resultados se refere a valores estatisticamente significativos (p<0.05), o que indica a existência de diferenças significativas entre as médias dos meses quanto ao número diário de casos+ de Covid-19 em Portugal. De uma forma geral, tais diferenças devem-se ao valor médio mais elevado de casos+ dos meses mais recentes. Entre março/2020 e agosto/2020 foi quando se registou um menor número de diferenças significativas, indiciando a presença de valores médios muito semelhantes.

Tabela 4 – Valores p da estatística de Games-Howell, resultantes das comparações múltiplas entre as médias dos meses em relação ao número de casos+ por dia de Covid19 em Portugal. Mar/20 Abr/20 Mai/20 Mar/20 --0.003 ns Abr/20 --<0.001 Mai/20 --Jun/20 Jul/20 Ago/20 Set/20 Out/20 Nov/20 Dez/20 Jan/21 Fev/21 Mar/21 ns – não significativo (p>0.05).

Jun/20 ns 0.001 ns ---

Jul/20 ns <0.001 ns ns ---

Ago/20 ns <0.001 ns 0.001 ns ---

Set/20 <0.001 ns <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 ---

Out/20 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 ---

Nov/20 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 ---

Dez/20 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 0.001 0.033 ---

Jan/21 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 ---

Fev/21 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 0.001 ns 0.016 ns <0.001 ---

Mar/21 0.002 ns <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 ns <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 ---

(ii) número de mortes/dia A Tabela 5 apresenta os valores p da comparação médias mensais (2 a 2) quanto ao número de mortes diárias por Covid-19. A maior mancha de resultados está relacionada com valores estatisticamente significativos (p<0.05), o que indica a existência de diferenças significativas entre os meses quanto ao número de mortes diárias por Covid-19 em Portugal. De uma forma geral, tais diferenças devem-se ao valor médio de número de mortes mais elevado dos meses mais recentes. O mês de março/2020 é o que regista um conjunto maior de comparação não-significativas.

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Estudos e Reflexões Tabela 5 – Valores p da estatística de Games-Howell, resultantes das comparações múltiplas entre as médias dos meses em relação ao número de mortes por dia de Covid19 em Portugal. Mar/20 Abr/20 Mai/20 Mar/20 --<0.001 <0.001 Abr/20 --<0.001 Mai/20 --Jun/20 Jul/20 Ago/20 Set/20 Out/20 Nov/20 Dez/20 Jan/21 Fev/21 Mar/21 ns – não significativo (p>0.05).

Jun/20 ns <0.001 <0.001 ---

Jul/20 ns <0.001 <0.001 ns ---

Ago/20 ns <0.001 <0.001 0.014 0.028 ---

Set/20 ns <0.001 <0.001 ns ns 0.019 ---

Out/20 <0.001 <0.001 ns <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 ---

Nov/20 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 ---

Dez/20 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 * ---

Jan/21 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 ---

Fev/21 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 0.003 0.016 ns ---

Mar/21 <0.001 0.001 ns <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 ns <0.001 <0.001 <0.001 <0.001 ---

* marginalmente significativo (p=0.059).

(d) Previsão São várias as possibilidades de previsão, apoiadas quer em modelos de regressão linear quer não-linear. Aqui apresentamos a regressão linear simples para prever o número de mortes (variável dependente) em função do número de casos+ diários (variável independente). O modelo global é estatisticamente significativo, F(1;393)=1045.607; p<0.001, com uma forte correlação entre as variáveis, R=0.853 e fortemente explicativo da variabilidade total, R2=0.727. Quer a constante quer o preditor são significativos, t(constante)=3.176; p=0.001 e t(preditor)=32.336; p<0.001, respetivamente. Modelo global é definido por, N º mortes  6.350288 0.017163 nº casos  / dia (1.9995)

(0.000545)

CONCLUSÕES Neste trabalho apresentamos uma abordagem detalhada acerca da evolução da pandemia por Covid-19 e os seus efeitos na população portuguesa, no período de março de 2020 a março de 2021. Depois de um

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forte impacto inicial que levou ao encerramento das escolas, dos serviços, do comércio e ao confinamento geral da população, a evolução pandémica teve o seu auge nos meses de outubro de 2020 a fevereiro de 2021, com especial relevo nos meses de novembro de 2020 e janeiro de 2021, sendo este último o mês com mais casos+ e mais mortes. A relação estatística entre o número de casos+ e o número de mortes diários foi muito forte nos meses de março/2020 e forte nos meses de outubro/2020, janeiro/2021 e fevereiro/2021. Salienta-se, também, que o mês de junho/2020 se caracterizou por uma relação inversa, onde o aumento do número de casos+ não foi acompanhado pelo aumento do número de mortes. De uma forma geral, existem diferenças significativas entre a maior parte dos meses quer quanto ao número de casos+ diários quer quanto ao número de mortes diárias. Sabemos que a vacinação massiva da população irá contribuir quer para a redução do número de casos+, quer para a gravidade dos mesmos e quer ainda para a redução do número de mortes. Assim, não será de estranhar que perante este cenário de recuperação o modelo que desenvolvemos tenha que ser reajustado por perda de eficácia.

WEBGRAFIA [1] https://covid19.min-saude.pt [2] Conceito Estatístico | Facebook https://www.facebook.com/profile.php?id=100004152639350

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Estudos e Reflexões A solidão e a velhice

Ana Isabel Ferreira Figueiredo | 12.º A

Desde a nossa chegada a este mundo que, enquanto seres humanos, nos rodeamos de pessoas, sejam elas mais ou menos importantes para nós. Contudo, com o aumento da experiência parece vir uma diminuição do número de pessoas que nos rodeiam e um aumento do sentimento de solidão. Cada vez mais se vê e ouve, na televisão, na rádio, no café, que os idosos estão a ser deixados sozinhos, quer seja em suas casas, quer nos hospitais, abalados por uma das mais graves doenças, a solidão. A solidão, e, em enfoque, a solidão daqueles com mais anos de vida, é uma realidade em qualquer parte do mundo, existindo desde as cidades mais movimentadas, até zonas isoladas, onde acaba por ser mais problemática. Os idosos, que já lutaram pelo seu direito de viver a vida como desejarem, são deixados sozinhos, o que lhes provoca um desânimo face ao que ainda têm de vida. É ainda de realçar que, é nesta fase final da jornada de cada um que precisamos de mais cuidados, porque, a verdade é que o nosso corpo já passou por muito, e começa, a pouco e pouco, a mostrar sinais de cansaço que requerem extrema atenção. E, a somar a solidão dos dias, estes sinais de cansaço podem aumentar a sua gravidade, porque, sem ninguém ao seu lado, sem ninguém para lhes dar força para lutar, sem ninguém para falar ou para lhes dar carinho, os idosos deparam – se com uma situação triste e horrível. Depois de tantos anos de vida, depois de darem tanto amor, não têm ninguém para lhes dar amor. Assim, a solidão dos idosos é uma doença grave na sociedade contemporânea e deve ser travada desde já, porque, todos nós caminhamos para essa fase da vida, e nenhum de nós deseja, nem merece ficar sozinho, desamparado, sem receber amor e sem o poder dar. Esta crescente vaga de desapreço pelos idosos revela a fraqueza de valores que a sociedade dos nossos dias se depara, outra doença grave do mundo de hoje.

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Estudos e Reflexões A solidão e a velhice

Laura Vaz dos Santos | 12.º B

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A solidão é um sentimento profundo de vazio, isolamento, sendo mais do que o sentimento de querer companhia por apenas se isolar, é a perceção de não pertença ao mundo que nos rodeia, não há possibilidade de criar vínculos com o outro, sendo particularmente sentida em idades mais avançadas. Efetivamente, o exílio dos idosos, particularmente problemático em zonas isoladas, é uma das mais preocupantes doenças da sociedade contemporânea, que, ao em vez, de garantir, um último tempo de felicidade e bem-estar, aos mais velhos, os larga ao abandono, fazendo-os passar por este momento final, em total solidão. É evidente que os seniores, são quem mais sabe, os mais sábios, e, ao contrário do esperado, que seria desejar descobrir todo o conhecimento, por estes preservado, os idosos são deixados, totalmente, ao desamparo, pelos entes queridos, que deveriam ser, quem lhes concede um derradeiro tempo de deleite. Embora existam inúmeras situações de solidão em idades avançadas, há muito poucas justificações, para alguém cometer um ato tão bárbaro, abandonar um ser, principalmente quando fragilizado, no entanto, há muitas pessoas que o praticam, quer por motivos de trabalho, amorosos, pessoais, entre muitos outros. Quantas são as pessoas, que deixam as suas terras, normalmente, mais isoladas, para poderem arranjar trabalho nas grandes cidades, partindo sem os seus pais, que acabam por ficar sozinhos no meio da solidão. Outro exemplo, é a colocação dos mais idosos em lares, onde apesar de terem companhia, de outros idosos, se sentem muitas vezes abandonados, porque os seus familiares não se dignam a visitá-los. Em suma, posso então concluir que, além de existirem motivos que nos façam mudar de cidade, trabalho, país, nenhum destes é justificação para o esquecimento dos idosos, devemos sempre assegurar-lhes um último momento de felicidade, satisfação, pois, é nesta altura, que há, finalmente tempo para descansar, para aproveitar o que ainda não se viveu, não sendo possível se forem deixados, abandonados.

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Estudos e Reflexões A solidão e a velhice

Vera Fernandes Duarte | 12.º B

Um dos principais problemas da sociedade contemporânea é o isolamento e abandono da população mais velha, normalmente residente em áreas mais rurais, no interior do país, onde o desenvolvimento é menor e a informação é mais escassa. O dia-a-dia de um adulto comum, nos dias de hoje, tem todos os minutos contados. Entre o trabalho, os filhos, as responsabilidades e as obrigações a que o quotidiano de um adulto do século XXI está sujeito, não sobra tempo para um desvio na rotina. Enquanto isso, os seus pais avós e tios, que foram cruciais no seu desenvolvimento e educação, são deixados de parte e excluídos do quotidiano dos mesmos. Infelizmente não existe uma conscientização por parte das gerações mais novas para este problema. As famílias abandonam os seus familiares mais velhos assim que estes deixam de conseguir acompanhar o seu ritmo de vida, mesmo que este faça parte do processo natural do envelhecimento. No meu ponto de vista, deveria haver um esforço maior por parte das famílias para acolher e integrar os idosos nas suas vidas, mesmo que implique algumas cedências e sacrifícios porque, afinal de contas, é a eles a quem devemos a nossa educação e, no caso dos nossos pais, a nossa vida. Outro dos fatores que contribui para o isolamento da população mais velha é o facto de a grande parte dos idosos residirem em zonas rurais, com um desenvolvimento e densidade populacional menores. Há algumas gerações atrás, a atividade económica mais comum era a agricultura e, por isso, as pessoas viviam em locais mais propícios a essa mesma atividade, nomeadamente no interior do país e em aldeias mais pequenas. Nos dias de hoje, estas zonas encontram se esquecidas e isoladas do resto do país, sendo que a maior parte da população (sobretudo a mais jovem) prefere viver em zonas mais desenvolvidas e movimentadas. Em suma, o isolamento e solidão da população idosa é um tema que deve ser colocado em discussão, como forma de conscientizar as gerações mais jovens para que possamos construir uma sociedade mais solidária e acolhedora com esta parte tão importante da população.

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Estudos e Reflexões “Uma nação só vive porque pensa”

Flávia Rafaela Oliveira Figueiredo Lopes Silva | 12.º B

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Desde o aparecimento da vida na Terra, temos conhecimento que o Homem tem vindo a aumentar as suas capacidades e que, por isso, estamos em constante evolução. Todos os dias assistimos ao desenvolvimento das nações a nível económico, cultural, social, político, religioso, etc., porque, todos os dias, o Homem pensa e reflete acerca do porquê de algo, procurando melhorar e inovar. Ainda hoje, na escola, estudamos e analisamos vários cientistas, escritores, matemáticos e filósofos, que ajudaram no avanço do conhecimento, porque puseram algo em causa. Para além disso, um país está em permanente evolução, porque a sociedade é composta por pessoas com diferentes gostos, pontos de vista, culturas, estatutos sociais, empregos, escolaridade, enfim cada um prima pela sua unicidade. Assim, quando as pessoas entram em contacto umas com as outras, inevitavelmente haverá partilha de opiniões e de conhecimentos, mesmo que divergentes. A política é um exemplo desta partilha de opiniões, que acontece no Parlamento, onde os políticos se juntam e debatem acerca de um tema, com o intuito de fazer com que o país progrida e caminhe no sentido da prosperidade. Concluindo, “uma nação só vive porque pensa”, porque o Homem sente a necessidade de obter respostas, quando se sente inconformado com algo, pretendendo, acima de tudo, o bem da população, que será, consequentemente, o bem do país.

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Estudos e Reflexões Vera Fernandes Duarte | 12.ºB

Ao longo da história pudemos observar o desenvolvimento de cada nação e todos os fatores que interferiram no mesmo. Com métodos, velocidades e estratégias distintas, hoje podemos apontar alguns fatores determinantes para a prosperidade de um país. Quando procuramos crescer e evoluir individualmente temos, naturalmente, de assumir essa responsabilidade: a necessidade de mudança. Quando se trata de uma nação, esta responsabilidade multiplicase por todas as pessoas que a constituem. O desenvolvimento de uma nação implica a conscientização da população de que essa mudança precisa de ser feita e que depende, principalmente, das pessoas comuns. A evolução social, económica, cultural e de todos os outros tópicos que compõem uma sociedade só acontece se esta se mobilizar, em massa, e estiver pronta para educar, manifestar-se, produzir riqueza, trabalhar, debater e mudar opiniões. As manifestações são um bom exemplo de como a voz da população tem muito mais poder do que uma decisão de qualquer figura com qualquer tipo de poder, desde que esteja disposta a lutar pela mudança. Para além do sentido de responsabilidade, precisamos de não recear a evolução, o desenvolvimento. Talvez esta seja uma tarefa complicada, visto que uma sociedade é formada por várias gerações, de períodos da história diferentes e com vivências distintas. No entanto, é necessário não ter medo de deixar para trás valores antigos, que já não se adequam aos tempos de hoje, métodos de trabalho que já não satisfazem as necessidades do mercado atual ou tecnologias que não respondem àquilo que precisamos. A história de cada nação é feita de mudanças e evoluções que não podemos negar ou contrariar. Concluindo, o desenvolvimento de um país parte da população, do modo como esta age e vive e satisfazendo a necessidade de mudança que existe dentro de nós.

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Estudos e Reflexões Diogo Fernandes da Silva | 12.ºB

No mundo animal, o ser humano é o único que possui a capacidade de raciocinar e ponderar no momento de tomar decisões. 83

Todos os dias e em todos os momentos são-nos dadas opções: ao acordar, no caminho para o trabalho e até na hora de almoço ou do jantar. No entanto, um animal selvagem, sobrevive e vive por instintos primitivos, ou seja, quando tem fome, procura alimento; quando está cansado, descansa, vivendo, assim, apenas o momento. Não tem, portanto, a capacidade de pensar nas consequências futuras das suas ações. A capacidade superior de pensar e raciocinar, que os outros seres vivos não têm, destacou-nos e deu-nos mais força, não física, mas intelectual. De facto, e retornando à época dos Descobrimentos, onde pessoas de origem africana com tons de pele mais escuros eram objetificadas e vendidas pelo mercado de escravos, tal atividade era normal e banal, contudo, com o passar do tempo, as pessoas questionaram-se, pensaram e ponderaram sobre esse ato e chegaram à conclusão que a escravatura de outros seres como eles era algo de desumano. No dia em que as pessoas mudaram e reprimiram a escravatura, foi um grande passo para um futuro melhor, para o desenvolvimento da sociedade como nação e do mundo em que vivemos. Na atualidade, através do pensamento, elegemos partidos políticos em quem confiamos e nos guiam para um futuro próspero. Tudo o que nos rodeia, habitações, prédios, locais de trabalho, escolas, comércio, restaurantes, ginásios, hospitais, tudo foi criado através do pensamento para o benefício da nação. O pensamento é o que nos mantem vivos, é a nossa valiosa vantagem em relação aos outros animais. Reuniu-nos como civilização e sociedade. Não podemos de parar de pensar, porque é a nossa garantia de sobrevivência e faz-nos evoluir como pessoas.

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Estudos e Reflexões Violência no namoro Ana Beatriz Cunha Duarte Serra, Bruno Miguel Sá Lopes Gomes, Diogo Alexandre Maciel Vilas Boas, Gonçalo Sérgio Coelho Martins, Hélder Peixoto Igreja Faria, João Carlos Tomé Longras, Sara Beatriz Faria da Silva | 12.º A

Atualmente, a violência no namoro, é um problema que tem alcançado grandes proporções segundo alguns estudos realizados por entidades competentes. Como pudemos observar no documentário “E se fosse consigo?”, este assunto é menosprezado pela sociedade e marcado pela indiferença, por isso este tipo de comportamento deveria ser mais debatido e punido. No nosso ponto de vista, esta indiferença, advém da diminuta sensibilização e falta de informação por parte da sociedade. O facto da maioria das pessoas adotar um comportamento de ignorância, perante este caso de agressão e humilhação entre um casal, demonstra que existe falta de noção da gravidade da situação em questão.

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Estudos e Reflexões

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Dados estatísticos demonstram que 33% dos jovens acham que proibir o namorado/a de sair com os amigos é aceitável, tal como 37% dos jovens acham que proibir de usar peças de roupa não é violência. Deste modo, estes dados comprovam que os jovens têm vindo a normalizar este tipo de violência, porém, isso não está correto e deveria ser feito algo para o contrariar. Para além disso, esta ignorância deve-se também ao facto de as gerações passadas terem convivido, muito do seu tempo, com o ditado popular “Entre homem e mulher não se mete a colher”. Como podemos observar no episódio do documentário, algumas pessoas, apesar de considerarem que o comportamento do namorado não era o correto, nada faziam para mudar a situação. Apenas algumas pessoas sentiram-se incomodadas com o acontecimento e intervieram com o objetivo de acalmar o agressor, e em alguns casos acharam necessário telefonar à polícia. Concluindo, o documentário tem um papel fundamental na sensibilização da sociedade pelo facto de demonstrar a realidade deste problema gravíssimo e preocupante. Por fim, consideramos que ainda há muito a debater para mudar a mentalidade da sociedade.

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Estudos e Reflexões Violência no namoro

Beatriz Silva Miranda, Ana Lucinda Oliveira Campos, João Guilherme Vale Pereira, João Pedro Simões Oliveira | 12.º A 86

Quando adolescentes, tudo que se pensa é num amor perfeito, no entanto, a realidade de alguns é menos romântica. No início, as relações são como um mar de rosas, mas rapidamente os namoros se podem tornar num pesadelo. Insultar, agredir, proibir, ameaçar e perseguir são comportamentos violentos que muitos jovens encaram com normalidade. Para eles, são manifestações de amor; para a justiça, crimes que devem ser denunciados. Através da visualização de um episódio do programa “E Se Fosse Consigo?”, abordou-se o tema “Violência no Namoro”. Este programa consiste em testar a capacidade de intervenção dos portugueses na defesa do outro, a partir de situações ficcionadas. A violência no namoro acontece quando um dos parceiros agride o outro de forma psicológica, física e/ou sexual, com o objetivo de ter mais controlo e poder do que a outra pessoa envolvida na relação. Este tipo de violência é mais comum entre os jovens, e o sexo mais afetado é o feminino. Tal como vimos no vídeo, as vítimas dizem que "o primeiro passo é a destruição da autoestima”, e “muitas vezes as palavras magoam mais do que uma bofetada”. No caso das vítimas do programa, segundo o seu relato, o agressor “chamava-me muitos nomes, muitos nomes mesmo”, “ele fazia-me sentir como se fosse a pior pessoa do mundo, mesmo.”, “eu parava, eu gelava, eu, naquele momento em que ele começava com aqueles tipos de comportamento ao meu ouvido, depois começava a sentir os meus braços a ser apertados, o meu pulso a ser mais apertado, a minha mão a ser torcida… eu sentia-me sozinha.” e ainda “é muito triste sofrer maus tratos de outra pessoa”, infelizmente, estes maus tratos não ficam por aqui,

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Estudos e Reflexões porque com isto, as vítimas perdem um direito, que é seu desde o nascimento, a sua própria liberdade.

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No programa, dois jovens interpretavam um casal de namorados que se encontrava num local público, encenando uma relação possessiva e violenta por parte do homem, com o objetivo de ver a reação de quem passava e a sua intervenção. Apercebemo-nos que a reação das pessoas foi diferente de pessoa para pessoa; algumas, nomeadamente turistas e idosos, tiveram a coragem de intervir prontamente, tentando ajudar a jovem, não saiam da beira dela, tentavam chamar o homem à razão e ameaçavam chamar a autoridade. Houve ainda quem passasse, não intervindo, com a intenção de procurar a autoridade. Por fim, a maioria passava e nada fazia além de olhar desconfiadamente, o que, sem dúvida, é uma boa resolução para o problema. Concluímos, assim, que a violência no namoro é um problema muito comum no nosso dia a dia, e perante o que vimos do programa, apercebemo-nos de que muita gente encara esta problemática como se nada de grave se tratasse, por isso ainda há uma grande caminhada a realizar, para lutar contra estes abusos. E, se fosse consigo, o que faria?

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Estudos e Reflexões Vantagens e desvantagens do avanço da tecnologia

Ana Sofia Martins Costa | 10.º F

Os avanços tecnológicos estão cada vez mais presentes na nossa sociedade, isto é, a tecnologia está a evoluir progressivamente e com uma rapidez exorbitante. Com o avanço da mesma aparecem as suas vantagens, como por exemplo, a produção em massa nas indústrias e de forma mais eficiente. A tecnologia avançada também nos permite ter uma conexão de proximidade com o mundo e também nos fornece facilidade na comunicação, ou seja, estes avanços proporcionam-nos uma realidade que antigamente não era possível ter. Porém, nem tudo é um mar de rosas, pois, no avanço tecnológico, existem também múltiplas desvantagens, uma delas é a poluição, pois com os gases libertados, por exemplo, pelas indústrias e pelos carros, o nosso planeta é gravemente afetado. Por sua vez, o avanço tecnológico também traz o desemprego, uma vez que as pessoas são facilmente substituídas pelas mais eficientes máquinas. Mais um dos pontos negativos é, sem dúvida, a superficialidade que as redes sociais nos fazem viver, pois ficamos atrás de um ecrã durante horas a falar com pessoas do outro lado do mundo, que até nos esquecemos que temos várias ao nosso lado. Concluindo, estes avanços são necessários para a humanidade, mas somente até um determinado ponto, pois a partir do momento em que somos facilmente trocados por máquinas, já é demais...

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Estudos e Reflexões Vantagens e desvantagens do avanço da tecnologia

Matilde Boucinha Simões | 10.º F

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Um avanço tecnológico refere-se às novidades do desenvolvimento das tecnologias, como por exemplo, os smartphones, computadores, tablets, robôs, entre outros. O desenvolvimento tecnológico sempre foi uma constante na evolução humana. Mas será que estes avanços têm mais vantagens ou desvantagens? Em primeiro lugar, são muitas as vantagens dos avanços tecnológicos. Temos como exemplo, os robôs que fazem algumas tarefas domésticas, desenvolvidos, há pouco tempo, e que já muita gente adquiriu, pois facilitam e tornam mais prático o dia-a-dia de um indivíduo, poupando tempo e esforço. Outro exemplo é o facto de, apesar de estarmos a milhares de quilómetros de familiares ou amigos, podemos vê-los e dialogar com eles, pois, atualmente, todos os dispositivos têm uma câmara e microfone, o que faz com que não percamos a proximidade. Em segundo lugar, temos as desvantagens, que podem parecer ser poucas, mas podem interferir negativamente na saúde física e psíquica do ser humano. Temos, por exemplo, o isolamento social, em que as pessoas passam muito tempo nas redes sociais ou a jogar, ignorando a vida real e tudo o que acontece à sua volta. Para além desta desvantagem, a tecnologia faz com que deixemos muitas vezes de pensar por nós próprios, ou seja, sempre que precisarmos de alguma informação, recorremos à internet, o que acaba por, consequentemente, o nosso cérebro deixe de ter de pensar. Para terminar e, na minha opinião, todos os avanços tecnológicos que têm ocorrido são vantajosos, se forem usados só para o bem da humanidade e sem exageros, porém o ser humano tem de ter sensibilidade suficiente para saber usufruir da tecnologia.

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Estudos e Reflexões A mulher do povo na Idade Média e na Atualidade

Leonor de Jesus Campos da Cruz, Guilherme Miguel da Cruz Lopes | 10.º C

Na antiguidade, as mulheres pertenciam ao marido, sendo consideradas posse do mesmo. Não eram elas que escolhiam com quem se iam casar, os casamentos eram acordos benéficos entre os pais dos respetivos noivos. É importante referir que, em vários casos, as mulheres ainda eram muito jovens em relação aos seus maridos e, ao casarem, passavam a depender deles. A fecundidade era indispensável no casamento, sendo a esterilidade levada ao repúdio e as mulheres adúlteras severamente punidas, implicando, na maioria dos casos, a morte da mulher. No entanto, a traição, por parte dos homens, não era, nem de longe, censurada. As mulheres do povo tinham de ser boas esposas, fazendo o trabalho doméstico, cuidando da casa e dos filhos e ajudavam a cultivar as terras, acompanhando os seus maridos nas atividades desempenhadas no domínio senhorial onde trabalhavam. Na Idade Média, a igreja tinha uma grande influência na sociedade, determinando a superioridade masculina, com base na Bíblia. Todas as mulheres carregavam o peso do pecado original de Eva.

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Estudos e Reflexões É evidente que muito se avançou no poder e na liberdade das mulheres. A revolução sexual e a emancipação feminina tiveram um papel fundamental nessas mudanças. 91

Agora, pelo menos em Portugal, as mulheres não são consideradas posse do marido e, na maioria das vezes, não dependem financeiramente dele. Estas são professoras, médicas, escritoras… não só mães, esposas e filhas. Aliás, atualmente, as mulheres estão a ganhar cada vez mais destaque, nas áreas da cultura e da política. No entanto, mesmo com todas essas mudanças no papel da mulher, ainda não há igualdade de salários, pois, por exemplo, mesmo que desempenhem as mesmas funções profissionais, as remunerações são diferentes. Em média, as mulheres passam mais sete anos a fazer trabalho não remunerado do que os homens, durante uma vida inteira. É mais ou menos o tempo que se leva a fazer uma licenciatura e um mestrado. Este trabalho não remunerado envolve o cuidado direto prestado a crianças ou pessoas com deficiência, familiares doentes ou idosos, e tarefas domésticas.

Webgrafia:

https://encenasaudemental.com/postdestaque/o-papel-da-mulher-da-antiguidade-a-contemporaneidade/ https://www.dn.pt/portugal/mulheres-mais-vulneraveis-a-pobreza-3037173.html https://www.publico.pt/2020/01/30/impar/noticia/homens-mulheres-desigualdadesilenciosa-1902108

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Estudos e Reflexões A vida do povo no século XIV

Francisco José Pedrosa Pina e Silva, Guilherme Oliveira Silva | 10.º C

No século XIV, a maioria da população pertencia ao povo, que constituía 90% da população. O povo era uma classe social muito penalizada pela sociedade, sendo a única classe que tinha de prestar serviços aos senhores e pagar rendas e impostos, para além de outras obrigações (usar e pagar pelo uso do forno, moinho do senhor, trabalhar gratuitamente na reserva, reparar pontes e muros, …). O povo dedicava-se à agricultura, à pastorícia, à pesca, ao artesanato e aos serviços domésticos.

É também no povo que se englobam os marginalizados da sociedade como mendigos, ciganos e ladrões. A maioria dos elementos do povo vivia nos campos e trabalhava a terra dos senhores, residindo, por norma, em casas ou choupanas de madeira, com apenas uma única divisão que compartilhava com os animais. O povo não tinha dias de descanso e os momentos de distração eram a ida à missa ou a procissões e romarias, mas, por vezes, era permitida a sua presença em festas organizadas pelos senhores.

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Quanto ao seu vestuário, costumavam usar roupas tecidas em linho e lã.

E a sua alimentação era praticamente apenas:  Pão negro  Castanhas  Cebola e alho  Toucinho E nos dias festivos:  Queijo  Ovos  Carne

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Estudos e Reflexões O namoro antigamente e na atualidade

Ana Catarina Miranda Lopes, Ana Margarida Ferreira Gomes, Beatriz Azevedo Freitas | 10.º C

O namoro antigamente:  As jovens tinham de sair sempre acompanhadas.  Importância das serenatas.  Os pais é que escolhiam o companheiro.  O namoro tinha de ser autorizado pelos pais da rapariga.  A jovem nunca ia à casa do namorado.  As jovens tinham de se casar jovens e virgens.  Pedidos de namoro por carta. 

Importância dos lenços dos namorados.

O namoro atual:  O namoro não precisa de ser autorizado pela família.  As jovens podem sair sozinhas.

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Estudos e Reflexões  A virgindade já não é tão valorizada.  Não há idade para casar.  Pode-se casar com pessoas de todo o mundo.  Os pedidos de namoro. 95

 As jovens podem sair com os namorados sem serem vigiadas.

O namoro antigamente - As jovens tinham de sair acompanhadas: quando as jovens saíam para bailes, nas festas em honra dos santos populares, por exemplo, eram sempre acompanhadas pelos pais ou pelo irmão mais velho, que vigiava a distância entre os corpos nas danças. - Serenatas: uma serenata é uma canção em honra a alguém, geralmente uma donzela, sendo, por norma, cantada à noite, de preferência debaixo de uma janela. - Os pais é que escolhiam o companheiro: o casamento era arranjado, ou seja, não eram os jovens que escolhiam os parceiros, mas os pais ou outras pessoas responsáveis. Os noivos eram escolhidos por motivos políticos ou financeiros dos pais, sendo comum a aliança entre famílias.

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Estudos e Reflexões - A rapariga nunca ia a casa do namorado: o namorado podia visitar os pais da namorada, mas ela não podia ir a casa dele. Ficavam sentados na presença dos pais e, quando o namorado ia embora, os pais da namorada e ela iam acompanhá-lo até à porta para se despedirem. - As mulheres tinham de se casar virgens: antigamente, as mulheres tinham de se casar virgens, caso contrário eram consideradas pecadoras. - O pedido de namoro: os pedidos de namoro podiam ser feitos através de cartas onde também ia uma foto e, se a rapariga respondesse ao bilhete e ainda enviasse uma foto dela, era porque aceitava o pedido de namoro.

- Lenço dos namorados: a mulher confecionava o lenço e entregava-o ao homem. Se o namorado o usasse em público era sinal que ele tinha dado início à relação, caso não o usasse significava que tal não tinha acontecido.

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O namoro atual

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Atualmente, as mulheres têm muito mais liberdade para gerirem, tanto a sua vida pessoal como social. Por exemplo, o namoro não tem de ser autorizado pelos pais; são elas que escolhem os parceiros; podem sair sozinhas e sem vigilância. Simultaneamente, casar aos vinte anos ou aos quarenta anos é completamente aceitável e, graças aos novos meios de comunicação, as relações podem ser com qualquer pessoa do mundo e o pedido de namoro já não é unicamente feito pelo homem, mas também pelas mulheres.

Concluímos, assim, que a sociedade evoluiu e, como tal, também as relações amorosas sofreram alterações, verificando-se que, pelo menos nos países europeus, as regras do namoro são as mesmas para os dois sexos.

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Estudos e Reflexões O papel do homem na sociedade moderna

Bárbara Santos Silva, Bruna Cristina Lemos Costa | 10.º C

Desde há muito tempo, o homem é superiorizado na nossa sociedade, em relação à mulher. Assim sendo, é o papel do homem na sociedade que deve ser debatido e não o da mulher.

A questão, em si, não é o homem perder o seu poder, mas ceder algum. A família e o casamento já estão em processo de fragmentação, porque os homens – na sua esmagadora maioria – recusam-se a ceder parte do poder. O machismo é algo muito presente, nos dias de hoje, mas, as mulheres, tal como todos aqueles que defendem que a discriminação das mulheres é algo urgente, não querem o femismo, mas o feminismo. Ou seja, femismo é a superioridade das mulheres em relação aos homens e feminismo é equivalente à igualdade de géneros.

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Por exemplo, os homens, independentemente da profissão que tiverem, devem recusar convites para promoções ou palestras, sempre que isto seja um motivo de sacrifício para as suas famílias. Se por acaso, os filhos estiverem doentes, devem-se sentir na obrigação de apoiar os filhos, mesmo que tenham que faltar ao trabalho. Este problema não pode continuar a ser somente feminino, pois as mulheres não podem ser as únicas a abdicar de sonhos e aspirações. Consciente ou inconscientemente, os homens estão em 2019 à espera das mulheres de 1950. Até aos anos 60, a sociedade era particular, isto é, o homem é que trabalhava para sustentar a família e era ele que tomava as decisões importantes. Hoje em dia, essa realidade mudou, felizmente, devido à mudança de papéis do homem e da mulher em relação à sociedade. Pensar ou dizer que um assunto “é de mulheres” é como dizer que a pobreza é um assunto “de pobres” ou o racismo é um assunto “de pessoas negras”. A igualdade profissional entre homens e mulheres é um assunto social e humano tão importante como a pobreza ou o ambiente. Ainda hoje, há empregos que a sociedade define que são para homens, como construtores ou canalizadores, e outros que são para mulheres como empregadas domésticas ou costureiras. Também há diferenças em termos económi-

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Estudos e Reflexões cos, por vezes, no mesmo emprego, com as mesmas horas de trabalho, um homem recebe um salário superior ao de uma mulher, sem justificação possível.

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Além disso, a sociedade parece exigir que o homem não demonstre os seus sentimentos, pois isso é sinal de fragilidade, ou seja, masculinidade tóxica. Na verdade, isto deveria mudar, uma vez que demonstrar os sentimentos é algo humano e não sinónimo de fraqueza.

A sociedade tem evoluído ao longo do tempo em relação ao assunto da masculinidade tóxica ou frágil. Muitas figuras públicas, tais como cantores, atores, ativistas, entre outros exemplos, expõem-se nas redes sociais passando uma mensagem positiva, mostrando que a masculinidade tóxica realmente não deveria existir.

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Estudos e Reflexões O cantor Harry Styles, ex-membro da banda One Direction e que hoje é artista a solo, fez mais do que uma sessão fotográfica onde usou vestidos, saias.... mostrando que não há diferenças entre homem e mulher, nem em termos de vestuário. Harry Styles também pintou as unhas, comprovando que homens também o podem fazer. 101

Outro exemplo é Billy Porter, um cantor e ator americano, que, em fevereiro de 2019, compareceu nos óscares com um vestido de baile, feito de veludo preto, com uma parte de cima de um smoking.

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E à direita, temos Billy Porter no The Critics’Choice Awards, janeiro de 2020, usando um macacão faille de seda. Temos também o grande exemplo do vocalista dos Queen, Freddie Mercury, que já usou várias roupas para provar que a masculinidade frágil não existe e já falou deste tema em várias entrevistas.

O homem na literatura Por exemplo, no âmbito da disciplina de Português, nas crónicas de Fernão Lopes, vemos que as personagens principais são sempre do género masculino: o pajem, o Mestre de Avis, Álvaro Pais ou o Conde Andeiro. Com isto, podemos até ver o machismo presente nos séculos passados, onde os principais «atores» eram os homens. Por sua vez, nas cantigas de amigo vemos que a ‘donzela’ fica desesperada sem o seu amado, como se ficasse frágil sem a presença do homem ao seu

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Estudos e Reflexões lado, mas quando este está com ela, esta fica muito feliz. Podemos ver, novamente, um exemplo do machismo, mostrando que a mulher fica vulnerável sem o seu amado.

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Conclusão Resumindo, o papel do homem deveria ser contribuir para que a sociedade colocasse de parte certos preconceitos relativos à mulher. O homem, na verdade, deveria tentar ajudar a mulher e fazer com que esta também seja apreciada devidamente no mundo. Mas, infelizmente, alguns homens querem mesmo que o machismo permaneça, pois consideram que o seu papel é serem superiores às mulheres, dizendo-lhes o que fazer e como o fazer. É a Hora de mostrar que o século passado já passou e era norteado por valores preconceituosos e absurdos!

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Estudos e Reflexões Os papéis da mulher na sociedade moderna

Beatriz Costa da Silva, Leandro Sousa Torres | 10.º C

Há algum tempo atrás, a mulher era educada somente para exercer o papel de dona de casa, mãe e esposa. Desta forma, ela vivia em função do homem, por isso era pouco valorizada na sociedade. A mulher sempre foi julgada como sexo frágil e, se analisarmos o contexto histórico, perceberemos rapidamente esta ideia. No século passado, por exemplo, a mulher não tinha um papel social definido, não possuía direito ao voto e nem ao trabalho remunerado, dedicando-se, exclusivamente, à família. Apesar de toda a transformação social ocorrida ao longo do tempo, o machismo permanece oprimindo, deixando cicatrizes. A mulher ainda é considerada “burra” em relação ao homem, como pode ser constatado no senso comum: “Mulher ao volante, perigo constante.” Diariamente, deparamo-nos com telenovelas e letras de músicas, onde a mulher é comparada a um instrumento de prazer, com o qual o homem satisfaz os seus desejos. Isto acontece desde a Idade Média, em que as raparigas eram submissas aos pais e, depois, aos maridos.

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Ainda que aparentemente ocorra uma igualdade de género, os homens recebem salários superiores, devido à cultura que desde a antiguidade clássica prioriza o sexo masculino. Pouco a pouco, verificamos que a mulher está a sair do anonimato e a encaixar-se na sociedade, dotada de direitos e deveres assim como o homem. Detentora da liberdade, inclusive aquela que permite a expressão, a mulher está agora a desbravar e a recuperar os anos a fio que lhe foram roubados. Na contemporaneidade, a mulher assumiu o seu papel, não por completo, mas a cada dia tem ganho o seu espaço na sociedade. Quem nunca ouviu falar no feminismo? Esta palavra surgiu desde as duas grandes guerras mundiais, quando a mulher decide lutar pelos seus direitos. Um exemplo, Carolina Beatriz Ângelo, formou-se em medicina e foi a primeira mulher em Portugal a realizar uma cirurgia e a votar numas eleições, aproveitando um lapso legal da legislação eleitoral. Muita coisa precisa de ser melhorada, mas, em contrapartida, a mulher está a ir além, tornando-se mais credível e respeitada.

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Estudos e Reflexões Hoje, podemos observar as incríveis guerreiras a dominar os mais altos cargos, inclusive o de Presidência da República, dirigindo, nomeadamente, empresas e outras instituições. A mulher pode ocupar o cargo que ela bem entender, embora não esteja livre de preconceitos e estereótipos. Assim sendo, atualmente a mulher exerce todas as funções que antes eram executadas pelo homem, conquistando, assim, o seu espaço, e está à frente das grandes pesquisas tecnológicas e científicas mundiais mostrando sua capacidade. A grande conquista da mulher atual é o poder de escolha. Decidir qual o melhor momento para ter filhos e quantos descendentes quer ter ou optar simplesmente por não os ter. Esse direito é resultado de uma consciência cada vez mais coletiva de que os papéis sociais relacionados historicamente com o universo feminino podem ser reavaliados e, caso seja de vontade da mulher, superados. Ainda que, muitos homens pensem que a mulher continua aprisionada, esta alterou o seu estatuto e, por isso, o marido não é o seu “Deus”, mas o seu companheiro. A mulher é aquela que sai para trabalhar assim como o marido e que, inclusive, divide as tarefas domésticas e familiares com o seu parceiro. Sabemos que a mulher exerce múltiplas funções: ela é capaz de

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Estudos e Reflexões exercer tudo que o homem executa e cabe ao homem deixar de lado o preconceito e ajudá-la nas tarefas de casa. A mulher moderna adquiriu maior liberdade de escolha e, hoje, pode optar por exercer um ou mais papéis na sociedade.

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Contudo, vieram também alguns novos obstáculos à mulher na atualidade, como:  A dificuldade de conciliar atividades da vida familiar e da vida profissional;  Dificuldade de desempenhar com excelência tantos papéis (mãe, profissional, esposa, dona de casa e outros);  Necessidade de incorporar atitudes e características tidas como masculinas (objetividade, frieza racional e dureza nas decisões) para ser valorizada na esfera profissional. A mulher pode optar por exercer a grande multiplicidade de papéis que lhe é atribuída ou escolher priorizar a sua vida profissional. No mesmo pensamento, a mulher moderna, hoje, pode decidir ser uma excelente dona de casa e mãe, sem que isso lhe traga prejuízo em sua valorização como mulher. E assim, a mulher continua a sua árdua batalha, não para vencer os homens, mas para se vencer a si mesma. Não para garantir um patamar mais alto do que os dos homens, mas para se tornar com direitos semelhantes aos deles e, portanto, constituir-se como um ser que merece reconhecimento, e que fuja do anonimato causado pelo reflexo de uma sociedade ultrapassada e altamente patriarcal.

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Hoje, com certeza, a mulher caminha a passos largos para uma integração com um mundo moderno de oportunidades iguais para todos os indivíduos, constituindo-se, assim, a mulher brilhante do século XXI. 108

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Estudos e Reflexões O homem burguês na antiguidade e na modernidade

Mariana Queirós Faria Rodrigues, Sara Rafaela Araújo Miranda | 10.º C

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A burguesia, na época em que foi caracterizada como classe social, exibia uma série de características marcantes, como a eficiência, o pragmatismo e o utilitarismo. Os burgueses, em termos históricos, eram as pessoas que habitavam nos burgos, as zonas comerciais das cidades medievais, representando a classe comerciante. Em termos marxistas, os burgueses eram os membros da burguesia, ou seja, os detentores dos meios de produção: eram os donos das fábricas e das terras. Além disto, também eram considerados burgueses os altos funcionários públicos, como juízes e promotores, e as demais pessoas que contribuíam para o funcionamento do Estado Burguês. Historicamente, os burgueses, sejam compreendidos em termos clássicos ou marxistas, enriqueceram com as Grandes Navegações e com a Industrialização, tornandose uma classe social cada vez mais importante. O homem burguês lutava pela igualdade entre nobres e burgueses; desenvolvia estratégias para modificar os dogmas católicos para o lucro exacerbado, já que era uma condenação cristã imposta pela Igreja; pretendia acabar com o Feudalismo e a centralização do poder feudal; criou uma moeda própria para os burgos para uma maior segurança nas transações comerciais; estabeleceu liberdade e igualdade civil.

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O termo burguesia e burguês nos dias de hoje. O termo burguesia surgiu para caracterizar a classe comerciante que estava em ascensão. 110

Embora ainda permaneça como a classe detentora do capital, a burguesia diversificou-se, dividindo-se em alta burguesia (os donos dos meios de produção), média e pequena burguesia. Por outro lado, determinadas profissões e famílias consideradas “tradicionais”, mesmo que empobrecidas, também podem ser consideradas representantes da burguesia, o que mostra que o termo também adquiriu uma forte conotação social ao longo do tempo. Segundo a sociedade atual, o burguês, geralmente, é considerado “o rico da sociedade”. Contudo aquele que frequenta a universidade ou mostra uma grande formação na sua área também é considerado membro da burguesia (médico, engenheiro, professor, etc.).

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Estudos e Reflexões Uma análise ao utilitarismo

Diogo Filipe Pereira da Silva | 10.º B 111

John Stuart Mill disse uma frase marcante e que nos faz pensar. O filósofo e economista britânico referiu o seguinte: «é melhor ser um ser humano insatisfeito do que um porco satisfeito» e também, «é melhor ser Sócrates insatisfeito do que um tolo satisfeito». O que implicará esta ideia? John Stuart Mill defendeu uma ética utilitarista orientada pelo princípio da maior felicidade para o maior número de pessoas, o que equivale a dizer que devemos maximizar o prazer e minimizar a dor. De que prazer fala J. S. Mill? Teremos de perceber primeiro os conceitos de prazer inferior e prazer superior. Quando falou de prazeres inferiores Mill disse que estes são os que se encontram ligados ao corpo, os prazeres que sentimos a partir das sensações, e que não realizam plenamente o Homem. Já quando fala dos prazeres superiores, Mill diz que estão ligados ao espírito e aos sentimentos morais, como a generosidade, a honradez, o bom carácter e a nobreza de espírito. São estes prazeres que realizam intelectualmente o ser humano. Para explicar as citações de J.S. Mill temos de perceber que para Mill são os prazeres superiores que realizam o Homem e que um filósofo só se sente realizado quando os prazeres são superiores. Relativamente à primeira frase podemos afirmar que é preferível ser um ser humano insatisfeito ao nível dos prazeres inferiores do que um ser humano satisfeito ao nível dos mesmos, ou seja, e utilizando a metáfora de Mill é preferível não nos

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Estudos e Reflexões sentirmos realizados ao nível do prazer inferior do que nos sentirmos satisfeitos ao nível dos mesmos como um porco. Um porco preocupa-se apenas em sentir os prazeres ligados ao corpo, que provêm das sensações, sem querer saber sequer da sua realização a nível intelectual. Quando Mill diz que é melhor ser Sócrates insatisfeito, quer dizer que sentir um vazio a nível das sensações físicas, que não realizam o Homem, é bom, sendo que nos sentimos preenchidos a nível intelectual, ou seja, dos prazeres superiores. Sendo assim, é preferível ser Sócrates, filósofo, que se sentia realizado a partir dos prazeres superiores do que nos sentirmos satisfeitos apenas com os prazeres inferiores, «tolo satisfeito». Na nossa sociedade, estas situações citadas por Mill, enquadram-se perfeitamente, já que, vemos diariamente imensidões de pessoas que apenas por irem, por exemplo, a uma esplanada, se sentem realizadas e que ficam extremamente felizes, e são raras as vezes que vemos alguém sentirse realizado por um ato generoso, ou por se sentir honrado, uma vez que estas também são ações que cada vez mais se vêm a diminuir ou seja, cada vez vemos menos pessoas a realizar estas ações e por isso vemos ainda menos alguém sentir-se realizado por fazer estas ações. Creio que é muito melhor sentir-me realizado ao nível dos prazeres superiores do que sentir-me realizado ao nível dos prazeres inferiores. Não vou afirmar que por vezes não me sinta bem ou feliz por ter certas sensações que são por vezes excecionais, um prazer inferior, mas na minha opinião acho que me sentiria muito melhor se pudesse tirar prazer da minha intelectualidade, ou então do meu carácter, um prazer superior que me completaria e que me faria sentir realizado. Assim sendo, apesar de vivermos numa sociedade que valoriza ao máximo os prazeres inferiores, na minha opinião, concordo com J.S. Mill, ou seja, acho que é melhor sentir-me realizado intelectualmente do que me sentir realizado por uma simples sensação ligada ao corpo, que se desvanece num segundo.

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Estudos e Reflexões Breve reflexão sobre prolemas do séc. XXI

Ana Carolina Torres Salgueiro | 10.º D 113

As desigualdades económicas numa sociedade são sempre preocupantes, mas agravam-se em situações de crise. Falar de desigualdades é abordar um tema/problema complexo, pois pode ter diversas origens: históricas, culturais, religiosas, económicas, e muitas outras. No caso específico da atualidade, na situação que estamos a viver, as desigualdades vêm à superfície e põe em causa direitos fundamentais, constitucionalmente adquiridos. Por exemplo, no acesso à saúde, nomeadamente em países onde não existe um serviço de saúde público, tornaram-se muito mais evidentes e ostentam algo que não deveria ser aceitável no sec. XXI. Na minha opinião, é inaceitável ainda ser permitido negar cuidados de saúde ou outros bens essenciais a alguém que não consiga pagar por eles, pois acredito que ninguém escolhe ter dificuldades financeiras, como ninguém escolhe estar doente. Sim, é verdade que más decisões na vida possam levar a situações como esta, no entanto, não acho que isso faça um indivíduo menos digno de sobreviver e ser apoiado quando necessita. Afinal, nós vivemos em sociedade para sermos uma comunidade mais eficiente, onde partilhámos recursos para todos possam viver com alguma dignidade. É em sociedade, e porque vivemos em sociedade, que teremos de encontrar as respostas em todos nós, nos valores solidários e na interajuda.

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Estudos e Reflexões Será que somos realmente livres?

Tiago Silva Figueiredo | 10.º D

Um dos assuntos que mais me levanta perplexidade é o que se relaciona com a liberdade humana. Será de facto o Homem livre, ou as restrições são tantas que a liberdade não passa de uma ilusão? Há muitas respostas, há quem defenda que sim, há negue que ela exista, e há mesmo quem se situe numa situação intermédia, afirmando que talvez sim, em algumas situações. Respeitaremos qualquer resposta desde que devidamente argumentada. A meu ver o Homem é livre, mas sob algumas restrições, alguns constrangimentos resultantes do facto de ser um ser social e coexistir com as outras liberdades. De referir, que se analisarmos o sentido literal da palavra, poderíamos atrever-nos a afirmar que o Homem é livre de fazer qualquer coisa, como por exemplo matar, roubar, ofender, humilhar, mas como sabemos isso é errado e a sociedade está organizada para cobrar estes abusos. Por isso, o Homem é livre, livre de se projetar, de se construir, mas dentro das suas ações e intentos são estabelecidos limites, que são aceites pela maioria dos elementos da sociedade; limites esses que, comparados com os dos anos 50 e 60, período em que em Portugal estava instaurada uma ditadura, não existiam e era negado aos homens a possibilidade de escolherem as suas ideias e de as defenderem. Foi uma conquista. A conquista da Liberdade possível, aquela que é um direito inalienável e que exige respeito pela Liberdade de todo e qualquer ser humano.

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Estudos e Reflexões Muito mais que um estágio…

Beatriz Rodrigues Oliveira | 12.º TR

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O estágio é um momento muito importante para o nosso desenvolvimento na carreira profissional. É uma etapa fundamental no processo de desenvolvimento e aprendizagem, porque promove oportunidades de vivenciar na prática conteúdos lecionados, propiciando-nos a aquisição de conhecimentos e atitudes relacionadas com a profissão que pretendemos vir a desempenhar. Além disso, o estágio permite a troca de experiências com os funcionários da empresa, bem como o desenvolvimento de novas ideias, conceitos, planos e estratégias de desenvolvimento da mesma. Estamos diariamente em contato com profissionais da área com anos de experiência, levando-nos a aprender muito através da observação e auxílio nas tarefas executadas. Posso até afirmar que foi assim que mais consegui aprender durante este longo período de estágio. Vim estagiar para o Parque Natural do Litoral Norte (PNLN) em Esposende, um parque de beleza natural e cultural ímpar. Este parque entende-se ao longo de 16 km de costa, entre a foz do rio Neiva e a zona da Apúlia. Toda esta área é administrada no município de Esposende e abrange parte das freguesias de Antas, Apúlia, Belinho, Esposende, Fão, Gandra, São Bartolomeu do Mar e Marinhas. Descobri este local por intermédio de uma professora que afirmou que este local de estágio tinha “a minha cara” e podem quer que acertou, em cheio! No PNLN eu aprendi muito mais do que eu pensava que se poderia aprender num local de estágio. Tornei-me uma pessoa muito mais consciente do mundo, com capacidade de refletir sobre o meu futuro como técnica de turismo e o futuro do ambiente, até porque, o ambiente na sua totalidade e as consequências que certos atos do nosso cotidiano lhe podem causar,

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Estudos e Reflexões permite-nos entender que a sobrevivência depende duma relação saudável entre Homem e Natureza. Infelizmente vivemos à mercê do capital, e nessa perspetiva, o desenvolvimento sustentável só será questionado quando não restar mais a possibilidade de ações atenuadoras para contornar a degradação ambiental, pequeno desabafo. 116

A importância dos valores naturais, paisagísticos e culturais únicos do território do parque e a crescente procura destes locais para atividades de recreio e lazer em contacto direto com a natureza e com as culturas locais fazem com que o PNLN se constitua num importante destino turístico, daí que a sua conservação e proteção se venha a revelar algo extremamente necessário ao longo dos tempos. Em jeito de conclusão, posso dizer que cheguei ao PNLN com bastante receio e agora saio com uma enorme saudade, mas a sentir que a minha tarefa foi concluída com sucesso. Agora, relembro-me de todos os grandes momentos que me irão acompanhar para sempre, desde do nervoso inicial, às ações de limpeza, à participação nas atividades com as escolas, da alegria do Domingos, do talento do Sr. Belmiro, das brincadeiras do Sr. Jorge, das gargalhadas com Flávia e a Diana, das conversas com a D. Amélia, do estilo da D. Isabel, do profissionalismo do Dr. Duarte e, sem esquecer, o Sr. Artur, o melhor tutor de estágio que um estagiário poderá pedir. Todos estes momentos fazem-me preencher o coração de alegrias e perceber que não poderia ter escolhido melhor lugar.

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Estudos e Reflexões Uma Área Protegida que deve visitar

Manuela Alexandra Cunha Oliveira, Tânia Filipa Pereira da Costa, Ana Beatriz Ferreira de Castro | 11.º TR

No passado dia 30 de abril de 2021, duas turmas do Curso Técnico de Turismo Ambiental e Rural, 11º ano e 10º ano, realizaram uma visita de estudo a Ponte de Lima. Este dia foi dividido em duas partes: de manhã visitamos as Lagoas de Bertiandos e a parte da tarde que fomos á Quinta dos Pentieiros. Na parte de manhã, nas Lagoas de Bertiandos e S.Pedro D´Arcos fomos acompanhados pelo guia, Sr. Francisco. Segundo o guia, todos os anos ocorre um aumento do número de visitantes o que é um indicador da procura pelas atividades ao ar livre. Curiosamente, a pandemia fez com que a procura aumentasse. O que referimos anteriormente acontece devido às pessoas procurarem paz, sossego e animais. Esta área protegida visa preservar espécies, de fauna quer de flora, muitas com grande valor, uma vez que algumas estão em vias de extinção, como a rã- ibérica. Por outro lado, tenta preservar as espécies autóctones, dando prioridade às espécies com folha caduca porque as folhas ao caírem vão enriquecer mais o solo em nutrientes. Todos os animais que habitam nesta área estão em regime livre, ou seja, andam por onde querem não tendo um local específico para estarem. Quem vai a esta lagoa com a intenção de ver os animais deve ter muita paciência e cumprir os crepúsculos, ou seja, procurar o cair da noite ou então o nascer do dia. Neste local realizamos um percurso circular de pequena rota com cerca de 3 km, chamado “Percurso das Tapadas”. Antes da realização deste

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Estudos e Reflexões percurso foi importante conhecermos o conceito de tapadas que, de uma forma generalizada e simplificada, são locais delimitados por vegetação autóctone e valas que permitem a escorrência da água existente no terreno, uma vez que, esta é uma zona alagada temporariamente (inverno).

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Ao longo do percurso nós conseguimos ter a noção de quais são os terrenos que estão ao cuidado do centro interpretativo, bem como os que têm outros proprietários. Esta noção é de fácil perceção uma vez que os terrenos pertencentes á lagoa estão bem cuidados com espécies autóctones, enquanto os outros digamos que se encontram a monte nascendo assim qualquer tipo de espécie, por exemplo as invasoras como o eucalipto e as acácias. Durante o percurso realizado conseguimos apreciar paisagens naturais espetaculares, repletas de biodiversidade. No entanto, não conseguimos ver os animais, mas sim ouvi-los e ver as pegadas dos mesmos. Na Quinta dos Pentieiros conseguimos apreciar a beleza de uma quinta pedagógica. Esta teve origem a partir da Área Protegida das Lagoas, para que assim fosse possível um apoio ao mesmo. Abriu ao público no ano de 2004, mas só foi inaugurada no ano seguinte. Este projeto está muito ligado ao ambiente e ao mundo rural e possui cerca de 30 a 35 colaboradores. Nestas quintas, segundo o nosso guia, devemos ter em atenção a receção das pessoas/turistas, a sinalética visual e um parque de estacionamento grande. Na quinta existe um restaurante, sendo este uma parceria, que promove o mundo rural e a gastronomia local. Além deste restaurante existe um bar e um café. As atividades são concretizadas pelos parceiros como o btt, descidas de canoa, slide, entre outras. A parte do alojamento é gerida pelo projeto e engloba:

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Estudos e Reflexões Albergues de grupo, casas de abrigo, parque de campismo e caravanismo e bungalows. O público-alvo nesta quinta é imenso, gostando eles de regras e tranquilidade. O grande objetivo desta quinta é a economia para o qual contribui o campismo anual, que traz mais sustentabilidade, uma vez que o turismo é flutuante. É de referir que é sem dúvida muito importante existirem estes locais porque fortalecem a economia regional e do país. Por outro lado, é importante que nós, enquanto futuros técnicos de turismo, fiquemos a conhecer outros locais de interesse. Como cidadãos isto tem uma boa relevância para nós enquanto pessoas, para que assim tenhamos uma melhor cultura e conhecimento. Nós como habitantes do mundo devemos ter em atenção ao que fazemos, como por exemplo, a poluição. É por nossa culpa que o planeta está desta forma e muitas destas áreas acabam por ficar destruídas. Juntos somos mais fortes e, por isso, vamos todos fazer a diferença e proteger estas áreas que tenham relevância a nível natural.

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Visita de estudo às Lagoas de Bertiandos – Ponte de Lima

Bruna Carvalho Rodrigues | 11.º TR

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No passado dia 30 de abril de 2021 (sexta-feira) o 11º ano e 10º ano do Curso Profissional de Técnico de Turismo Ambiental e Rural realizou uma visita de estudo a Ponte de Lima. Na parte da manhã fomos até as Lagoas de Bertiandos e S. Pedro D’Arcos, que é uma área protegida, rica em biodiversidade. Na parte da tarde visitamos a Quinta de Pentieiros – quinta pedagógica - que faz parte da área protegida das Lagoas. Nas Lagoas de Bertiandos, realizamos um pequeno percurso pedestre denominado “Percurso das Tapadas – PR2”. Este percurso é considerado de pequena rota visto ter aproximadamente 3 km. As tapadas são locais delimitados por vegetação autóctone e valas que permitem a escorrência da água existente nos terrenos. Nos terrenos da responsabilidade do Centro Interpretativo o objetivo é manter ou aumentar as espécies nativas, por exemplo o Carvalho Alvarinho, o Amieiro, o Salgueiro, entre outros.

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É notória a diferença entre a vegetação existente nos terrenos geridos pelo Centro Interpretativo e nos terrenos de particulares contíguos. Nestes últimos, não existe a preocupação em ter espécies autóctones: a ideia é simplesmente obter lucro a partir das espécies que se desenvolvem, sejam nativas ou invasoras. Durante o percurso tivemos a oportunidade de percorrer paisagens naturais, onde os troncos das árvores estavam cobertos de musgo e líquenes - são indicadores da qualidade do ar e servem de “casa” a insetos. Contudo não tivemos a oportunidade de observar espécies animais, apenas conseguimos aves como o pisco e o cuco. A Quinta de Pentieiros – quinta pedagógica – surgiu em 2004 para servir de apoio às Lagoas de Bertiandos. Na quinta podemos encontrar várias infraestruturas ligadas ao alojamento como: Parque de Campismo e de Caravanismo, Albergues e Bungalows. Nesta mesma quinta podemos fazer várias atividades com animação turística como por exemplo passeios pedestres, desportos de aventura entre outras atividades. Para concluir, na minha opinião acho muito importante fazermos este tipo de visitas de estudo, pois assim ficamos a conhecer locais/maneiras diferentes de fazer turismo e também ficamos a conhecer novos locais.

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Promover a Natureza

Bruna Carvalho Rodrigues | 11.º TR

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Introdução Este artigo mostra como foi a experiência de estágio de dois alunos da Escola Secundária de Barcelinhos na Unidade de Turismo e Artesanato do Município de Barcelos. Os alunos em questão foram Júlio Oliveira e Guilherme Leitão, do 12º ano do Curso Profissional de Turismo Ambiental e Rural. O local de estágio foi o Posto de Turismo de Barcelos, onde os alunos foram orientados pelo Dr. Nuno Rodrigues. Este documento apresenta as tarefas realizadas na Unidade de Turismo e Artesanato pelos seus colaboradores técnicos e pelos alunos, principalmente focado nas atividades ligadas ao ambiente. Posto de Turismo Inaugurado em 2005, o Turismo tem muitas outras valências para além do apoio a turistas. O Turismo serve de ponto de apoio a peregrinos e locais, realiza exposições, conferências, organiza rotas e visitas guiadas pela cidade. Para além disso, o Turismo apresenta uma grande preocupação ambiental, já que tem um grande impacto na promoção e cuidado da fauna e flora barcelense.

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Estudos e Reflexões Como é feita a promoção da biodiversidade barcelense? De modo a garantir que os visitantes interessados na área da biodiversidade conseguissem obter informações sobre a cidade, os alunos Júlio e Guilherme, com a supervisão de colaboradores técnicos do Turismo, realizaram um levantamento de diversas espécies de fauna e flora presentes em determinadas áreas do concelho. O trabalho foi desenvolvido ao longo de dois meses, de rigorosa pesquisa na internet, na Biblioteca Municipal de Barcelos e no terreno. Após realizado o levantamento da fauna e flora necessária, toda a informação foi aglomerada num documento Word, que foi posteriormente apresentado, discutido e validado por uma bióloga da Associação dos Amigos da Montanha, numa videoconferência com Nuno Rodrigues e outros colaboradores técnicos, que também contou com a nossa participação. Para além deste documento, o Turismo atua de forma ativa e constante na natureza, já que desenvolve ações de promoção através de uma vasta rede de percursos pedestres. Importância de uma rede de percursos pedestres para a sensibilização ambiental O Posto de Turismo encontra-se a promover a instalação de uma rede municipal de percursos pedestres, com base no trabalho efetuado no Programa “Caminhar para conhecer Barcelos” nos últimos anos. Este programa retoma em 2021 com a realização mensal de percursos pedestres com forte interação com a fauna e flora do território, mostrando aos participantes destas caminhadas a importância de a preservar. Estes percursos têm um papel importante na dinamização da natureza e da

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Estudos e Reflexões cultura das comunidades locais, já que atrai turistas através do incentivo de caminhar conhecendo a beleza natural e cultural da cidade. Outra questão importante que mostra a vontade do Turismo em zelar por Barcelos é o facto de terem sido aplicados caixotes de lixo pelos caminhos de Santiago, ao abrigo de uma campanha designada “Caminho Limpo é Bom 125

Caminho”, com o objetivo de reduzir o impacto ambiental causado pela passagem de peregrinos. Em relação a percursos pedestres, os alunos também tiveram a oportunidade de conceber um percurso pedestre pela União de Freguesias de Chorente, Courel, Góios, Gueral e Pedra Furada que se encontra em análise para futura divulgação. Como vemos, o Posto de Turismo de Barcelos é uma mais valia para a cidade, tanto a nível turístico como ambiental, já que mostra um grande respeito pela cidade, sendo este o caminho correto para a sustentabilidade do território.

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Francisco Peixoto Lopes | 8.º A

Aqui está a união de uma família, a paixão que ela transmite, a confiança dos pais nos filhos e nos filhos nos pais, as aventuras que vão viver juntos, o respeito de todos, a amizade, o amor, a cumplicidade e sobretudo a importância de estarem sempre unidos independentemente de tudo. Esta família parece ser simpática, divertida e também alegre e serve para nos mostrar o quão é importante termos uma família e sabermos como “cuidar” dela. A família mostra-nos o que é certo, os melhores caminhos e proporciona-nos um amor verdadeiro e incondicional. É no ambiente familiar que conhecemos os nossos primeiros valores e recebemos as primeiras regras sociais, aprendemos a perceber o mundo, a consideração pelos mais velhos, os deveres diários, entre outros. Claro que há situações em que os filhos culpam os pais por não poderem presenteá-los com aquilo que desejam ou até desentenderem-se com os irmãos ou com a própria família e nestes casos, a família permanece em desarmonia, sobrecarregan-

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do apenas um integrante, tornando instável a união do lar e a estrutura familiar. Muitas pessoas definem a família sendo “a base de tudo” uma expressão bastante utilizada para caracterizar o laço familiar que vai além do sangue, que é ele também emocional e espiritual. Concluindo, a família é algo único e insubstituível, extremamente necessário para a formação do ser humano. Os pais e os filhos precisam se manter unidos, dialogando diariamente. É preciso cuidá-la com carinho, dedicação e amor para que sua estrutura se mantenha sempre forte e que os seus indivíduos não caiam no mundo da ficção nem das futilidades, pois a ausência do âmbito familiar gera graves consequências.

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Atividades

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Atividades Ciência para todos

Alunos do 10.º IG | DAC – Português

Num formato misto, presencial e online, devido às limitações que as novas circunstâncias determinam, decorreu a Semana da Ciência e Tecnologia na Escola Secundária de Barcelinhos, de 24 a 26 de novembro de 2020, integrada no plano nacional de Ciência Viva. Ao longo destes dias, os alunos do curso de Informática e Gestão tiveram a oportunidade de participar em atividades com drones, através da rubrica “Traz o teu engenho para a escola” e em palestras promovidas pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) transmitidas por videoconferência, alusivas a temas como “Sistemas globais de navegação por satélite” e “A importância dos drones no dia a dia”.

“Espiões do Espaço” Mais de sessenta anos após o lançamento do primeiro satélite feito pelo Homem, não há dúvida de que a Tecnologia envolvida causou impacto na forma como se vive no Planeta Terra. Atualmente, não se pode imaginar a vida sem satélites. Mas como é que um satélite vê a Terra e para que serve concretamente?

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Em primeiro lugar, um satélite artificial é qualquer corpo feito pelo ser humano e colocado em órbita ao redor da Terra ou de qualquer outro corpo celeste. As primeiras ideias sobre satélites surgiram no século XVIII com as teorias sobre gravitação de Isaac Newton. No século seguinte, diversos escritores de ficção científica propunham novos conceitos sobre satélites, até que os cientistas perceberam a real possibilidade e utilidade de tais corpos em órbita. Com base em diversos estudos e testes, foi lançado pelos soviéticos em 1957 o primeiro satélite artificial da história, o Sputnik 1, o que, em tempos de Guerra Fria, marcou o início da corrida espacial. Desde então foram lançados milhares de satélites de diversos tipos: satélites de comunicações, astronómicos, militares, meteorológicos, entre outros. Estão em órbita em volta da Terra a uma altura de várias centenas de quilómetros. Medem a temperatura e a humidade do ar. Enviam fotografias e filmes de televisão e mostram os lugares da Terra onde há nuvens e tempestades. Captam as ondas elétricas das emissoras de televisão e enviam-nas para lugares da Terra onde não poderiam chegar por si mesmas. É assim que chegam até nós as emissões televisivas de qualquer parte do Mundo. Também se usam para fazer chamadas telefónicas de longa distância. Alguns satélites científicos medem as radiações do espaço que não conseguem chegar à superfície da Terra através da camada de ar que a envolve e outros têm telescópios que enviam fotografias e filmes dos planetas e das estrelas. São mais claras do que as que se tiram da Terra.

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Atividades “Drones: muito mais do que brinquedos”

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Drone da autoria do 10.º IG

A palavra drone, um empréstimo de origem inglesa, que à letra significa “zangão”, surgiu no meio militar, designando um pequeno avião não tripulado, telecomandado ou programado, geralmente usado em missões de reconhecimento. Por extensão, passou a denominar qualquer veículo ou dispositivo que se movimenta em determinado ambiente, geralmente no ar, através de controlo remoto e frequentemente dotado de um aparelho para registo ou transmissão de imagens. Hoje um drone pode ser também controlado via satélite. Se, há uns anos, os drones faziam parte apenas do mundo da ficção científica, e se não fazia sentido nem era economicamente viável ter um veículo aéreo não tripulado controlado de forma remota, nos dias de hoje essa ideia parece ter mudado. Estes dispositivos vieram para ficar e para nos mostrar o mundo de uma forma diferente. Atualmente são vistos pela maioria das pessoas como uma forma de divertimento, mas este veículo aéreo não tripulado pode ter funções bem mais sérias. Se os primeiros modelos eram utilizados apenas para fazer imagens e vídeos, atualmente os drones são utilizados para diversas tarefas. Evoluíram, foram-se tornando mais resistentes e autónomos.

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Desde a captura de fotos e vídeos dos mais diversos acontecimentos, como casamentos ou eventos desportivos, até imagens de extrema importância, como as conseguidas no caso dos reatores danificados no acidente nuclear de Fukushima, há uns anos, no Japão, certo é que sem a ajuda destes aparelhos seria quase impossível serem conseguidas imagens sem haver prejuízo humano. Outras tarefas atribuídas a estes veículos aéreos não tripulados podem estar ligadas à monitorização e vigilância em locais de difícil acesso, para uso militar de forma a obter informações importantes, e até de forma a ajudar pessoas necessitadas, por exemplo, entregando alimentos ou medicamentos em locais de difícil acesso. Na verdade, estas máquinas voadoras engraçadas não servem apenas como diversão, para nos exibirmos como pilotos de comando na mão. A NASA, através do drone “Ingenuity” conseguiu realizar o primeiro voo autopropulsionado em Marte, no início de 2021. Este drone é um teste que visa realizar futuras missões neste e noutros planetas. Poderíamos falar, ainda, das funções dos drones na agricultura, a sua importância nas análises de plantação, na fiscalização da desflorestação, na monitorização de focos de incêndio, com impacto significativo na preservação das florestas e na excelência da produção de alimentos. Mas o artigo já vai longo e temos de ficar por aqui. Celebrar a Semana da Ciência e Tecnologia em tempo de pandemia é mais necessário do que nunca. O conhecimento é, de facto, a nossa maior esperança e a ciência o terreno mais fértil para construir o que a humanidade precisa.

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Alunos do 10.º IG

Fontes https://www.universidade.fm/utad-vai-realizar-a-semana-da-cienciatecnologia/ https://www.cienciaviva.pt/semanact/eventos.php https://pt.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lite_artificial https://beira.pt/coolkids/pais-e-profs/para-que-servem-os-satelitesartificiais/ https://kids.pplware.sapo.pt/curiosidades/a-importancia-dos-drones-nomundo-atual/ https://dicionario.priberam.org/drone

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Atividades Olimpíadas Nacionais de Informática

Gonçalo Rodrigues dos Santos | 10.º IG 135

No fim de semana de 30 de abril a 2 de maio de 2021 decorreram as Olimpíadas Nacionais de Informática “ONI”, em que os alunos do curso Informática de Gestão participaram. As linguagens disponíveis para a realização deste evento foram: C, C++, Java, Pascal e Python. Eu decidi utilizar a linguagem C para a realização dos problemas apresentados, onde, consegui posicionar-me na posição 40, das 72 pessoas que fizeram pelo menos 1 tentativa. Assim, consegui ficar no top 1 da ESBarcelinhos, com um total de 80 pontos de 400. Embora a pontuação alcançada pudesse ser mais elevada, atendendo a que esta foi a minha primeira participação neste tipo de evento, considero o resultado agradável, e para além da pontuação considero positiva a forma de como encarei os problemas pedidos. Embora tenha feito várias tentativas e ter testado o meu programa com os exemplos apresentados, obtive o resultado pretendido mas plataforma não contabilizou, talvez houvesse algo a falhar! Com muita dedicação e treino poderei futuramente melhorar.

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O trabalho, empenho e aprendizagem conseguidos neste fim-de-semana foram fenomenais! As discussões, as tentativas, as emoções são coisas que só quem participa irá entender. Os primeiros classificados neste evento foram: Gabriel Almeida (AE_SMMaior), Leonardo Tavares (ES_DFLencastre), Pedro Antunes (C_BDias), Tiago Marques (CI_Claret), Tomas Faria (C_Moderno), Tiago Sousa (ES_SJEstoril), com um total de 400 pontos cada um! No que respeita aos meus colegas de turma, 10ºIG, a posição 51 foi preenchida pelos alunos Guilherme Fernandes, Alana Ferreira, Rafael Silva, Rafael Sobral e Simão Oliveira. O aluno Hugo Giesteira ocupou a posição 72. Nas próximas Olimpíadas com certeza irei participar! Esta iniciativa, trouxe também aos elementos da nossa turma o lançamento de uma proposta para criação de um clube, em que, em cada semana, 1 hora irá ser dedicada à resolução de problemas disponibilizados na plataforma da ONI.

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Atividades Aniversário da Beaf A 28 de abril de 2004 foi inaugurada a Biblioteca da Escola Secundária de Barcelinhos. 137

Passados 17 anos e na impossibilidade de celebrarmos mais um aniversário, partilhamos o momento que assinala a transição da antiga biblioteca, mais tradicional e distante do leitor, para uma biblioteca que se tornou de livre acesso e centro de recursos. Nesta mesma data, a biblioteca integrou a RBE – Rede de Bibliotecas Escolares.

Inauguração da BE-CRE pela Dr. Filomena Alves, Coordenadora da RBE, Dr. Mário Constantino, Vereador da Educação da CM Barcelos, Dr. António Carvalho, Diretor da Escola e Professora Florinda Bogas, Coordenadora da Biblioteca Escolar.

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Atividades Cidadania e Desenvolvimento - Instituições Democráticas

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No dia 11 de maio de 2021, a Deputada da Assembleia da República, Maria Alexandra Nogueira Vieira, proporcionou aos alunos das turmas do 8.º A e do 10.º A da Escola Secundária de Barcelinhos uma visita virtual ao Parlamento e partilhou com os alunos o trabalho que tem desenvolvido no cargo que assumiu em 2019. Nesse sentido, referiu algumas das iniciativas e propostas que tem apresentado no âmbito do seu grupo parlamentar. A deputada, que também é professora de História, esclareceu dúvidas e respondeu a questões colocadas pelos alunos relacionadas com cidadania ativa e democracia. Esta atividade foi promovida no âmbito da Cidadania e Desenvolvimento e permitiu aos alunos conhecer e refletir sobre a importância das Instituições democráticas.

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Atividades Concurso Nacional de Leitura – Fase municipal – Prova oral

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Com a realização da prova oral, concluiu-se a fase municipal do Concurso Nacional de Leitura, para apuramento dos finalistas – 4 de cada ciclo de ensino – que irão representar o Município de Barcelos, na fase intermunicipal, a realizar no mês de abril, em Vila Verde. Da prova constava a leitura de um excerto do livro selecionado, “A História de Catherine” de Patrick Modiano (3.º ciclo) e “A Educação dos Gafanhotos” de David Machado (Secundário), bem como uma prova de argumentação sobre um dos temas: – Se eu estivesse num grupo com responsabilidade ecológica... – Se eu estivesse perto do Presidente da República... – Se eu estivesse dentro de uma obra de arte...

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Atividades – Se eu estivesse entre os 10 mais ricos de Portugal... – Se eu estivesse num grupo de proteção dos animais..." O júri, constituído pela Coordenadora Interconcelhia da RBE, Fernanda Freitas, o Professor José Campinho e o Bibliotecário, Dr. Vitor Pinho, analisou as brilhantes prestações de todos os concorrentes tendo, no final, anunciado os vencedores dos quais faz parte a nossa aluna Matilde Jardim do 10.º A. Estão de parabéns as nossas alunas pelo brilhante desempenho.

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Atividades Dia da Europa

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No dia 7 de maio, a nossa escola comemorou o Dia da Europa tendo participado as turmas do 10.º E, 11.º D e 12.º C do Curso de Ciências Socioeconómicas e o 12.º D do Curso de Línguas e Humanidades. Esta atividade teve por objetivo aproximar e incentivar os alunos e a comunidade educativa a descobrir as instituições europeias e também reforçar o sentimento de pertença ao espaço europeu. Os alunos participaram com a elaboração de cartazes com informações relevantes dos vinte e sete países, bem como elementos culturais dos países que constituem atualmente a União Europeia. Com estes materiais e outros oferecidos pela Comissão Europeia, os alunos construíram um espaço que caraterizava cada um dos vinte e sete países. A atividade decorreu durante os intervalos da manhã, ao som do Hino da União Europeia e os Hinos nacionais dos vários países. Ao longo de todo o dia permaneceram hasteadas as bandeiras de Portugal, da União Europeia e do município de Barcelos.

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Atividades Dia da Europa – vencedores Vencedores da atividade "Dia da Europa" 147

1.º Lugar – Espanha

2.º Lugar – Dinamarca

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3.º Lugar – Luxemburgo

4.º Lugar – Finlândia

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Atividades

5.º Lugar – Roménia

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6.º Lugar – Eslovénia

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Atividades

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7.º Lugar – Itália

8.º Lugar – Letónia

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Atividades

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9.º Lugar – Holanda

10.º Lugar – Áustria

Parabéns a todos os vencedores!

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Atividades Projeto de Cidadania e Desenvolvimento – Dia de Não Comprar Nada

Porque poupar também é Ciência! “Poupa para ti…poupa para os teus” 152

No dia 27 de novembro celebrou-se o Dia de Não Comprar Nada. Para comemorar a data, o 9.º A desafiou a comunidade escolar a tentar passar o dia inteiro sem comprar uma única coisa supérflua, resistindo às tentações consumistas. O Dia de Não Comprar Nada foi criado com o objetivo de incentivar as pessoas a refletirem sobre o consumismo excessivo e a repensarem sobre novos estilos de vida, baseados num consumo consciente e sustentável. Para o ajudar a poupar e a consumir de uma forma mais eficaz a turma colocou um conjunto de dicas, em vários espaços da escola.

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Atividades Domínios: Literacia Financeira, Educação para o Consumo e Educação para os Média

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Atividades Dia Internacional dos Direitos Humanos

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Para assinalar o Dia Internacional dos Direitos Humanos, a Professora Graça Alves, coordenadora do Clube de Voluntariado, convidou a SOPRO a partilhar experiências de voluntariado internacional. Assim, ao longo do dia, em sessões dinamizadas em inglês, alunos das turmas do 8.º A e B, do 10.º A e C/D tiveram oportunidade de conhecer um voluntário da Argélia, Mohamed, que vive há quase um ano em Portugal e que partilhou a sua cultura e o trabalho desenvolvido em diversas instituições, mostrando de que forma podemos contribuir para a promoção dos Direitos Humanos.

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Atividades A comemoração desta efeméride, contou também com a exposição de ilustrações alusivas aos Direitos Humanos e cartazes elaborados pelos alunos do 8ºA no âmbito do seu projeto de Cidadania. Recorde-se ainda que, para apelar ao espírito de solidariedade, está a decorrer na escola a campanha de recolha de bens alimentares destinados a instituições de solidariedade, promovida pelo Clube do Voluntariado. 155

Fica também associado a este dia o início da Maratona de Cartas, promovida pela Amnistia Internacional, que decorreu até 31 de janeiro de 2021, apelando-se à participação de todos neste evento que se tornou um dos maiores momentos do ativismo, em Portugal. Este ano, na Maratona de Cartas da Amnistia Internacional, apresentamse seis casos de pessoas cujas vidas se encontram em risco, porque escolheram lutar pelos Direitos Humanos.

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Atividades

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Atividades Curtas na BEAF assinalam Dia Mundial do Cinema A Biblioteca Escolar comemorou o "Dia Mundial do Cinema". Foi há 125 anos que, pela primeira vez, foi exibida uma sessão pública do cinematógrafo dos irmãos Lumière, os inventores do cinema. 157

Estados de Juventude é um conjunto de curtas que partem do olhar singular de alguns jovens realizadores portugueses que se debruçam, todos eles, sobre as questões da juventude trabalhadas à luz do contemporâneo. Cada um parece seguir um caminho diferente no que toca ao abordar de referências, linguagens, comportamentos e preocupações, mas, colocados lado a lado, estes filmes compõem como que um plano de conjunto à volta deste momento tão misterioso e intrigante. Na sessão 1, as imagens incidiram sobre paisagens desoladas pelo fogo, casas com quartos alugados que estão em constante transformação e personagens que ponderam desistir das suas ambições. Foram exibidas: Verão Saturno (de Mónica Lima, Ficção, 2017, 30’), Os Inúteis (de Rui Esperança, Ficção, 2019, 21’), Em Caso de Fogo (de Tomás Paula

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Atividades Marques, Ficção, 2019, 23’), Onde o Verão Vai: Episódios da Juventude (de David Pinheiro Vicente, Ficção, 2018, 21’).

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A sessão 2 conta as histórias de jovens apaixonados que se encontram no mundo virtual e se comunicam através de fotografias tiradas com a webcam. O hedonismo de um verão quente e húmido e as tensões biopolíticas que afetam o espaço íntimo das personagens são o clima psicológico em que gira o enredo. Miragem meus Putos (de Diogo Baldaia, Ficção, 2017, 24’), Sala Vazia (de Afonso Mota, Ficção, 2015, 20’), Mordida (de Pedro Neves Marques, Ficção, 2019, 26’), Nyo Vweta Nafta (de Ico Costa, Ficção, 2017, 22’). Na última sessão assistimos à exibição de um documentário com alunos de várias idades, do Conservatório Nacional de Dança de Lisboa, observando a forma como o ballet transforma o seu corpo e como a pressão da escolha profissional e a necessidade de nos definirmos enquanto pessoas (e também artistas) nos coloca num permanente estado de incerteza. Um filme que dança em conjunto com quem filma. Infância, Adolescência, Juventude (de Ruben Gonçalves. Documentário, 2018, 96’). Esta atividade contou com as parcerias do PNC – Plano Nacional do Cinema e ZOOM.

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Atividades Fase concelhia do CNL

Realizou-se a 1ª prova do Concurso Nacional de Leitura, fase concelhia. A prova final terá lugar, dia 22 de fevereiro, na Biblioteca de cada Escola, por videoconferência: 159

– 1.º Ciclo, às 10h00; – 2.º Ciclo, às 11h00; – 3.º Ciclo, às 14h30; – Ensino Secundário, às 15h30. Parabéns, Ana Rita Saraiva, do 3.º ciclo e Matilde Jardim, do secundário, da ESBarcelinhos, pela brilhante prestação.

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Atividades

Leituras encenadas com Rui Ramos

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Diz-se que a imaginação é fundamental para a resolução de qualquer problema Imaginação não falta a Rui Ramos que não se deixou vencer perante a crise que a cultura, de um modo geral, atravessa. Natural do Porto, geólogo, contador de histórias, autor nomeado e premiado de contos e banda desenhada, ilustrador, formador, saltimbanco, fez da sua biblioteca o palco para, através de contos narrados, acompanhados por instrumentos musicais e outros adereços, dar vida às suas histórias, encantando o seu público. Rui Ramos "esteve" na Biblioteca António Ferraz com o seu "Baú de Contador de Histórias" e encantou, ao longo de 1 hora, os alunos do 7º ano. "Leituras encenadas" foi mais uma parceria entre a SABEbcl e a RBEBarcelos.

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Atividades

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Atividades Onda Rosa A "Onda Rosa" viveu-se, no dia 30 de outubro, com mais intensidade. No Dia Nacional de Luta Contra o Cancro da Mama a comunidade escolar aderiu à iniciativa vestindo ROSA. A data é celebrada, anualmente, com o objetivo de promover a consciencialização sobre a doença, partilhar informações, sensibilizar a população para a temática da prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama.

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Atividades

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Atividades Outubro Rosa

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Os alunos do 12.º B participaram na atividade, "Lig@-te pela tua Saúde". A sessão, organizada pela rede de bibliotecas escolares de Barcelos, contou com a preciosa colaboração da D.ra Patrícia Pinto da delegação norte da LPCC que, através da plataforma zoom, estabeleceu uma comunicação muito próxima com a turma.

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Atividades “Outubro Rosa” é uma iniciativa da LPCC à qual a Biblioteca Escolar e PES, da Escola Secundária de Barcelinhos, se associam, todos os anos.

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A “Onda Rosa” nasceu nos Estados Unidos, na década de 1990, e desde então é assinalada, anualmente, com o objetivo de promover a consciencialização sobre a doença e partilhar informações sobre o cancro de mama. Um pouco por todo o mundo, durante este mês, a cor rosa inunda as escolas para sensibilizar a população sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama. É também nos dias 15 e 30 de outubro que se assinalam, respetivamente, o "Dia Mundial da Saúde da Mama" e o "Dia Nacional da Luta contra o Cancro da Mama". Ao longo do primeiro período a nossa escola viveu a COR ROSA.

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Atividades Projeto de Cidadania e Desenvolvimento – 9.º B Sê tu, o teu Influencer!

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Projeto de Cidadania e Desenvolvimento – 9.ºA "Meios de Comunicação Social"

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Atividades

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Projeto de Cidadania e Desenvolvimento – 9.ºD "Poupar+"

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Atividades Semana da Ciência e Tecnologia

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Novembro é o mês da Ciência e Tecnologia. Desde que, em 24 novembro de 1997, foi criado o Dia Nacional da Cultura Científica, em homenagem a Rómulo de Carvalho – professor, pedagogo, autor de manuais escolares, historiador da ciência e da educação, poeta e divulgador científico - que o mês de novembro é palco de inúmeras iniciativas que tem como objetivo aproximar a ciência e a tecnologia dos cidadãos. Ao longo do mês, foram várias as atividades em torno dos temas da ciência e das tecnologias. O subdepartamento de Tecnologias desafiou os alunos a trazerem de casa brinquedos tecnológicos (drones, carros telecomandados, robots, etc) e nos intervalos das aulas fizeram demonstrações desses equipamentos. A par destas iniciativas, realizaram-se, em parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos, duas sessões de formação, por

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Atividades videoconferência, sobre a PORDATA – Base de Dados Estatísticos de Portugal. Também houve jogos de matemática, dirigidos às turmas do 7º ano, que decorreram na biblioteca, sob a coordenação da Professora de Matemática, Julieta Ferreira. 169

Ao longo da semana, esteve patente ao público uma exposição evocativa da vida e obra do grande vulto da ciência e da poesia, Rómulo de Carvalho/António Gedeão.

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Atividades

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Atividades Torneio TIKA 2021, Khan Academy

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Decorreu, no dia 6 de maio, na Biblioteca Escolar, a Fase 3 do Torneio TIKA 2021 da Khan Academy, fase Regional Norte, que contou com a participação de 5 alunas da nossa escola: – Beatriz Ferreira (7.º A); – Inês Domingues (8.º C); – Ana Beatriz Sousa (9.º B); – Inês Gonçalves (9.º C); – Inês Garrido (9.º C). A aluna Sofia Ribeiro (7.º A), apesar de apurada, não esteve presente. Nas fases anteriores deste torneio, quer ao nível de cada turma, quer ao nível de todas as turmas do 3º Ciclo, as apuradas ultrapassaram os desafios com mestria e estão de parabéns! Durante 60 minutos as nossas representantes tentaram responder a um total de 25 atribuições, cada uma das quais, tendo no mínimo 4 questões. A existência de conteúdos ainda não abordados nas aulas não desanimou as concorrentes que tentaram, com afinco, alcançar um resultado que lhes permita integrar a fase seguinte. Aguardamos confiantes os resultados da fase regional! Boa sorte! Obrigada a todos que contribuíram para a implementação desta iniciativa: Direção, equipa da Biblioteca, Subdepartamento de Matemática e, principalmente, todos os Alunos participantes orientados pela Professora, Julieta Ferreira.

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Atividades

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Atividades Informáticos em ação Informáticos em ação e mente sã, corpo são foram os motes que deram origem a um dia de aulas fora do contexto habitual!

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Desde muito cedo, logo que chegamos à praia do Cabedelo em Viana do Castelo, ao fazermos a nossa apresentação aos professores do Centro de Formação Desportiva de Surf da Escola de Monserrate, percebemos que esta atividade no âmbito do projeto do desporto escolar, iria ser o início de um dia altamente desafiante. Decorrida a apresentação, os alunos de informática foram simpaticamente apelidados de “malta esquisita que não se levanta da cadeira”! Fomos muito bem acolhidos, temos “fair-play” e sentido de humor, mesmo assim quisemos contornar algumas opiniões! Se a tarefa não esteve nada fácil no que respeita a fazer cada aluno caber num fato apertado e sufocante para a prática de surf, nenhum de nós vacilou, conseguimos controlar a pressão, tal e qual quando temos que detetar um ponto e vírgula que nos falta nas linhas infindáveis de um programa em C! Depois, depois veio a prova do que conseguimos, e qual amor a uma cadeira, quando comparável ao poder sentir e, ou, cheirar o mar, o sol, o vento e a praia! Conseguir manter o equilíbrio em cima de uma prancha é comparável ao verificar que um algoritmo não tem erros, mas se ainda por cima conseguimos apanhar a onda, assemelha-se à conclusão de um módulo

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Atividades com sucesso! Não concluímos módulos, mas este dia foi uma grande ajuda no processo, e vaidosamente melhoramos a reputação dos informáticos! Seguiu-se um almoço e aí veio ao de cima o nosso raciocínio, tomámos opções, fizemos contas à vida e desabafamos baixinho que a vida perto da praia é um pouco cara! Apeteceu-nos ter a cantina da Escola Secundária de Barcelinhos por perto! A tarde foi ocupada de jogos de estratégia e ação. Não, não fomos a uma partida de CS Go ou outro qualquer jogo eletrónico, mas usamos armas! Armas carregadas de ar e tinta que fizeram disparar a nossa capacidade de organização, equipa e estratégia. Defrontaram-se os camuflados verdes e os azuis, em duas equipas e ganhámos todos uma animada tarde de paintball, no monte de Santa Luzia, onde podemos desfrutar da vista deslumbrante sobre Viana do Castelo. Num momento em que preparámos ideias na disciplina de Sistemas de Informação para o projeto da disciplina que poderão desencadear em temas da Prova de Aptidão Profissional, este foi sem dúvida um dia que nos fez ver, observar e sentir de forma diferente e atenta. Regressamos à escola e aos nossos lugares,

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Atividades mas trazemos vontade e ideias renovadas! Dia em cheio, que os nossos colegas de curso do 10º ano, poderão usufruir, de forma semelhante, em breve!

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Atividades Bullying e Cyberbullying

Márcia Lacerda | Psicóloga do Serviço de Psicologia da Escola Secundária de Barcelinhos 176

No dia 28/05/21 recebemos as alunas finalistas da Licenciatura de Criminologia da Universidade do Minho, Diana Morim, Isabel Dias e Leonor Burmester, para uma abordagem sobre Bullying e Cyberbullying, dirigida aos alunos das turmas do 10º ano do Ensino Profissional. As oradoras desenvolvem o Projeto "Educar para Não Remediar" e abordam estas temáticas, entre outras, nas escolas, no âmbito da criminologia, pelo que estão de parabéns pela iniciativa! Os alunos participaram de forma ativa, aprenderam conceitos, tiraram dúvidas e aprenderam algumas estratégias importantes. O Bullying pode ser físico, psicológico, social ou sexual. Se fores vítima de Cyberbullying tira “prints” e só depois bloqueia a pessoa. A seguir faz a denúncia do perfil, se for numa rede social, e / ou denuncia a situação junto de uma autoridade competente, pois é um “caso de polícia”. Se és vítima de Bullying em contexto escolar procura a ajuda de um adulto da própria família ou da escola. Não sofras calado! Não tenhas medo de represálias! O teu bem-estar físico e psicológico é muito importante e prioritário! A estratégia para resolver situações de Bullying tem de ser vista caso a caso, pois o que funcionou num caso pode não ser suficiente ou eficaz noutro. Se fores testemunha de uma situação de Bullying não podes ficar passivo ou calado. Neste caso ajuda o colega a livrar-se da situação e a denunciar o acontecimento. Se andas a fazer Bullying a alguém saibas que estás sujeito às leis e podes sofrer as consequências e lembra-te de te colocares no lugar do outro que sofre.

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Atividades

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Atividades Visita de Estudo ao Parque Natural do Litoral Norte e Castro de São Lourenço

António Rafael Martins Vale, João Rodrigues Sá Pereira, Luís Filipe Coutinho Faria | 11.º TR 178

No dia 7 de maio tivemos a oportunidade de realizar uma visita de estudo ao Parque Natural do Litoral Norte. Realizamos um percurso de cerca de 7km desde o estuário do rio Cávado até à Restinga, através de passadiços. Durante o percurso fomos acompanhados pelo Senhor Belmiro Viana, vigilante do parque e que nos serviu de guia e pela Beatriz Oliveira, do 12ºTR, que está a realizar o estágio no Parque Natural do Litoral Norte. Durante todo o percurso, o Senhor Belmiro fez diversas paragens para explicar a importância das espécies, apresentando-as como autóctones ou invasoras. No caso das invasoras explicava as consequências que traz para o ambiente e como seria a melhor maneira de a combater. Alguns exemplos de espécies invasoras são as Acácias e os Chorões de Praia, entre outros. No percurso paramos também em pontos de observação específicos para termos a oportunidade de ver espécies de aves. Para a observação das mesmas é importante fazer pouco barulho para não as assustarmos. Na parte final do percurso fomos à praia de Esposende onde o Senhor Belmiro referiu a importância das dunas que ali estão localizadas e os 3 tipos de dunas que estão lá: Dunas Primárias, Dunas Secundárias e Dunas Terciárias. As dunas Primárias encontram-se mais perto do mar. Estas dunas são consideradas o primeiro tipo de dunas porque são as que têm as plantas mais recentes e mais pequenas. O segundo tipo de dunas são as que localizadas no meio da praia. São dunas que já são mais antigas que as primárias já tendo havido tempo para se instalar uma maior diversidade de plantas.

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Atividades O terceiro tipo de dunas são as que estão localizadas mais perto da cidade. São as dunas mais antigas e as que tem maior fixação porque tem uma maior vegetação estabelecida. Após a observação das dunas, fomos pela linha de costa, em direção às torres de Ofir onde almoçamos. 179

Na parte da tarde voltamos ao Parque Natural do Litoral Norte onde tivemos a oportunidade de fazer o controlo de espécies invasoras, nomeadamente, as Acácias. Realizamos este controlo durante cerca de uma hora. Depois da concretização do controlo tivemos a oportunidade de visitar as masseiras. As masseiras têm uma forma muito particular, indo buscar o nome às masseiras de fazer o pão. Por um lado, nas laterais são cultivadas vinhas que ajudam a proteger as culturas do vento, por outro lado as culturas estão próximas dos aquíferos. Após a visualização das masseiras fomos em direção ao Castro de São Lourenço em que subimos até ao topo e ficamos lá durante alguns momentos. Pudemos ter uma visão panorâmica sobre a linha de costa e tivemos a oportunidade de tirar fotografias. Regressamos à escola por volta das 18horas. Esta atividade foi muito importante e interessante porque tivemos oportunidade de contribuir para o controlo de invasoras que trazem consequências negativas às espécies nativas.

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Atividades Escola Secundária de Barcelinhos, uma escola com preocupações ambientais

Professora Joana Esteves | Responsável do Projeto Eco-Escolas 180

Pelo terceiro ano consecutivo, a Escola Secundária de Barcelinhos é uma Eco-Escola. As preocupações com questões ambientais são uma constante. Ao longo do ano letivo, a Escola tem procurado desenvolver várias atividades que incutam nos alunos o gosto pela natureza, assim como o espírito crítico e de responsabilidade pelos seus atos. Não tem sido um ano fácil pela situação pandémica que se verifica e que dificulta a realização de atividades práticas, que impliquem saídas de campo e o contacto direto entre as pessoas, o que fez com que algumas das atividades se limitassem à sala de aula ou a sessões por videoconferência. No dia 14 de outubro, as turmas de décimo e décimo segundo anos do Curso Profissional de Técnico de Turismo tiveram a oportunidade de realizar uma visita de estudo a Serralves onde puderam visitar o Tree Top Walk e os jardins. Puderam observar várias espécies e identificá-las. Os(As) Guias do Parque apresentaram-nas de uma forma clara e objetiva. O Tree Top Walk é um percurso muito agradável onde é possível visualizar a harmonia que existe na paisagem.

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Atividades

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Para tentar colmatar a dificuldade de tirar os alunos da sala de aula, minimizando o risco de transmissão viral, nos dias 26 e 27 de novembro, como forma de assinalar o Dia da Floresta Autóctone, as professoras Paula Ganho, Vânia Neiva e Carminda Abreu, juntamente com a professora Celeste Aires, destacada na Associação Rio Neiva, realizaram pequenas palestras para as turmas de 8º ano e para a turma 10ºTR do Curso Profissional de Técnico de Turismo Ambiental e Rural. Estas palestras tiveram como objetivo sensibilizar os alunos para a importância das florestas autóctones e das espécies que aí habitam. Por outro lado, na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, as turmas de sétimo e décimo primeiro anos encontram-se a desenvolver projetos no domínio do desenvolvimento sustentável e educação ambiental. O projeto do 7ºA denomina-se “Não às beatas, elas têm segunda mão!” que tem como objetivo a recolha de beatas e a sua entrega num centro de valorização, em Guimarães. Os alunos fizeram uma investigação e criaram um padlet com os dados recolhidos. Já a turma do 7ºB encontra-se a desenvolver um projeto sobre o consumo sustentável. As turmas do 11º ano estão a tratar temas como o impacto da pandemia no ambiente. Já depois do confinamento, e da alteração para ensino a distância, o Dia das Zonas Húmidas (comemorado a 2 de fevereiro), foi assinalado através da realização, no dia 8 de fevereiro, de duas sessões, direcionadas para o 11ºTR e 12ºTR. Mais uma vez, a oradora foi a professora Celeste Aires (Associação Rio Neiva) que apresentou a Associação onde está destacada e falou acerca dos vários habitats existentes no Rio Neiva (rio, floresta ripícola, estuário, caniçal, dunas e recifes), assim como da sua importância e da biodiversidade existente em cada um deles. A Escola está envolvida em dois projetos da ASPEA: Projeto MAPeAR e Projeto Rios. O primeiro visa recolher dados sobre a qualidade do ar, através de um sensor de partículas, que recolhe dados e regista numa aplicação de âmbito nacional. O segundo pretende medir parâmetros físicoquímicos e biológicos do Rio Cávado, nos 500 m adotados pela escola. Estes dois projetos não têm uma data final definida.

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Atividades No dia 17 de fevereiro decorreu, por videoconferência, o Conselho EcoEscolas ESBarcelinhos, do qual fazem parte os delegados de turma das turmas, professores, assistentes técnicos e operacionais, bem como, a representar a Junta de Freguesia de Barcelinhos, a D. Lúcia Longras, que é também Encarregada de Educação de uma aluna de 7º ano. Esta foi uma reunião proveitosa de onde partiram várias ideias para se criar o Plano de Ação da escola, nomeadamente: reformulação do logótipo do Eco-Escolas ESBarcelinhos com a criação de várias opções que seriam postas a votação entre a comunidade educativa. recuperação do jardim das aromáticas da escola, começando com a criação de “jardins” na casa dos alunos, com transplantação futura para o jardim das aromáticas da escola; realização, com participação da D. Cláudia, de um workshop sobre cultivo de aromáticas, criação de campanhas de sensibilização sobre a redução de resíduos; criação de pequenas lives, divulgadas nas redes sociais, sobre redução de resíduos e receitas sustentáveis; Realização de uma limpeza geral do recinto escolar por uma brigada criada para o efeito. Foram colocados a votação, através de um google forms, cinco logótipos, da autoria do aluno Guilherme Fernandes, em representação do 10ºIG, e da aluna Beatriz Oliveira do 12ºTR. O logótipo vencedor, com duas pessoas a abraçar o planeta Terra e é da autoria da aluna Beatriz Oliveira, do 12ºTR. Segundo a aluna, “este logótipo está subdividido em 3 símbolos: o homem e a mulher, o abraço e o Planeta Terra. O Homem e a mulher vêem

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representar a (des)igualdade de género. Esta realidade afeta-nos profundamente e constitui um obstáculo para solucionar muitos dos desafios e ameaças que enfrentamos, mas, no que diz respeito à consciência ambiental. Todos temos os mesmos direitos e obrigações não havendo por isso discriminação em géneros ou idades. O abraço representa uma ligação próxima e saudável entre as pessoas. É bom tanto para quem dá, quanto para quem o recebe. É um gesto simples, porém carregado de sentimentos. Quando estamos a passar por momentos difíceis, receber um abraço é reconfortante porque significa atenção, apoio e transmite solidariedade com o próximo. A Escola Secundária de Barcelinhos faz isso mesmo, ao incutir o interesse dos seus alunos pelo meio ambiente através do programa Eco-Escolas. Esta prepara os jovens para entender que o meio ambiente é preservar a vida, não apenas dos seres humanos, mas de todas as espécies existentes, tornando-os mais responsáveis e preocupados com a preservação do Ambiente e do Planeta Terra. Por fim, temos o símbolo central, o Planeta Terra. Num mundo onde as pessoas escolhem o dinheiro em vez do meio ambiente, a situação fica cada vez mais difícil. Entre fechar uma fábrica para ajudar a natureza e mantê-la para conseguir mais poder, todos preferem continuar com as suas indústrias. Sozinhos nunca conseguiremos, juntos, quem sabe. A união pode ser a verdadeira chave para a solução dos nossos problemas. Quanto mais cedo agirmos, maiores serão as chances de revertermos essa situação.” O Dia Internacional da Árvore (21 de março) e o Dia Mundial da Água (22 de março) foram assinaladas pelas turmas do curso Profissional de Turismo Ambiental e Rural com a criação de cartazes alusivos à preservação de espécies autóctones portuguesas e à preservação da água, importante recurso natural.

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Atividades

Nos dias 30 de abril e 7 de maio as turmas de décimo e décimo primeiro anos do Curso Profissional de Técnico de Turismo Ambiental e Rural, realizaram duas visitas de estudo à Área Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d’Arcos, em Ponte de Lima (30 de abril), e ao Parque Natural do Litoral Norte (7 de maio). Tiveram a oportunidade de realizar percursos pedestres em ambientes distintos, caracterizados por diferente biodiversidade. Puderam constatar a importância das áreas naturais para o turismo na natureza e reconhecer o papel antrópico na transformação das paisagens, seja pela construção de infraestruturas, seja pela introdução de espécies exóticas que se tornam invasoras. No Parque Natural do Litoral Norte tiveram a oportunidade de ver as galhas produzidas nas acácias pela Trichilogaster acaciaelongifoliae, agente controlador natural que impede a floração e a dispersão de sementes desta espécie invasora. Nos dias 28 de maio e 4 de junho foram feitas 2 monitorizações do estado do rio Cávado. Foi feita a recolha dos parâmetros físico-químicos da água, assim como a recolha de macroinvertebrados indicadores do estado de saúde do rio. Foi analisado o estado das margens e observadas as espécies autóctones e invasoras existentes que ladeiam o rio e as margens. Uma das espécies invasoras notada pela primeira vez foi a Fallopia japonica, que ocupa agora locais que eram ocupados pela Tradescantia fluminensis, outra invasora que ainda se mantém. Nos próximos tempos serão ainda realizadas outras iniciativas que provam a importância que a Escola atribui ao bem-estar físico, ambiental e psicológico dos alunos.

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Atividades Projeto Rios

Andreia Martins Oliveira, Débora Campos Cruz | 10.º TR

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No dia 4 de junho de 2021, os alunos do 10 ano do curso profissional de Turismo Ambiental e Rural, no âmbito de ADR (Ambiente e Desenvolvimento Rural), rumaram em direção à galeria ripícola na margem esquerda do rio Cávado em Barcelinhos. A visita teve como objetivo promover e divulgar o Projeto Rios; Sensibilizar a comunidade escolar para a importância de valorizar os rios; compreender a importância do ecossistema ripícola; caracterizar a fauna e flora local; reconhecer o papel dos bioindicadores para averiguar a qualidade da água do rio Cávado (margem esquerda) pois é a margem que a Escola secundária de Barcelinhos tem como finalidade monitorizar para preservar e cuidar com a colaboração da ASPEA (Associação Portuguesa da Educação Ambiental). A visita teve início na Ponte Medieval onde se efetuou a medição da largura do troço do rio. De seguida, dirigimo-nos para o local principal da recolha de dados e informações, onde nesse mesmo percurso para o leito do rio fomos identificando com a ajuda das professoras várias espécies entre as quais autóctones (Amieiros, Freixos, Salgueiro Chorão, Patos Reais…) e invasoras (Acácias…). Quando chegamos ao ponto de recolha realizamos um trabalho de grupo autónomo no qual tivemos de responder a várias perguntas sobre a margem do troço do rio como: Medição de PH; Estado de Saúde da Água; Identificação de macroinvertebrados; Existência de erosão nas margens; Sugestões para melhorar a qualidade da água do rio/ribeira…. No fim de realizar o trabalho autónomo seguimos rumo à escola. Em suma com este projeto e saída de campo pudemos conhecer melhor a galeria ripícola do Rio Cávado, podendo promover e divulgar o projeto rios

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Atividades para a sensibilização da comunidade escolar na importância de estudar e valorizar os rios.

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Atividades Projeto Aprender e Ensinar Matemática com a Khan Academy, uma mais valia na aprendizagem da Matemática no 3.º Ciclo

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Em julho de 2020 os docentes do Subdepartamento de Matemática propuseram que se utilizasse a Khan Academy de forma sistemática no Plano de Atividades para o ano seguinte, uma vez que esta plataforma tinha sido uma ferramenta muito pertinente, usada durante o E@D. A Khan Academy é apoiada pela Fundação Altice e é e continuará a ser gratuita, já existindo traduzida em mais de 30 idiomas em 4 continentes e está agora acessível também em português europeu, 24 horas por dia e em qualquer lugar com acesso à Internet. Integra caraterísticas interativas, apresentando os conteúdos através de vídeos explicativos e milhares de exercícios práticos de Matemática, sugestões de resolução e relatórios de progresso, permitindo uma monitorização permanente da performance e da evolução na aprendizagem, no domínio da disciplina de Matemática. Cada aluno assume-se elemento ativo na construção do seu conhecimento, uma vez que constrói o seu próprio percurso de aprendizagem, acede a pistas disponíveis e resolve tarefas de qualquer nível de ensino, diminuindo as dificuldades em conteúdos anteriores e desafiando-se a alcançar níveis de desempenho superiores. Permite também ao professor construir roteiros de aprendizagem para os seus alunos e efetivar a diferenciação pedagógica. Em setembro de 2020, a nossa escola assinou um protocolo, em parceria com a Direção Geral de Educação (DGE), Fundação Altice Portugal e Associação Portuguesa de Telemática Educativa (Educom), integrando-se no projeto “Aprender e Ensinar Matemática com a Khan Academy” o que proporcionou a utilização da Plataforma Khan Academy a 9 turmas do 3º ciclo da nossa escola. Durante o presente ano letivo, os docentes Augusta Brochado, Graça Teles, Julieta Flores, Marina Leite, Nair Marques e Rogério Francisco monitorizaram mais de 180 alunos da nossa escola, fazendo a atribuição

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Atividades periódica de conteúdos. Os alunos receberam feedback constante sobre os seus desempenhos e aprenderam Matemática de forma motivadora, autónoma e inclusiva. Às iniciativas semanais juntou-se a possibilidade dos alunos participarem no torneio TIKA’21, desafio aceite por 6 turmas (7ºA, 7ºB, 8ºC, 9º B, 9ºC e 9ºD). Na primeira fase do concurso, cada docente fez a atribuição de 40 competências e selecionou, no máximo, 5 alunos para jogarem a fase seguinte. Os alunos envolvidos foram: 7.ºA: Beatriz Ferreira, João Dinis Carvalho, João Gomes, Maria Leonor Rodrigues e Sofia Ribeiro 7.ºB: Cristiano Silva, Filipe Barbosa, Francisco Sousa, Mateus Lopes e Simão Monteiro 8.ºC: André Silva, Diana Miranda, Diogo Fonseca, Inês Domingues, Mickael Martins, Miguel Pereira e Tiago Gomes 9.ºB: Ana Beatriz Sousa, Guilherme Belchior, Guilherme Figueiredo, Marcos Torres e Rodrigo Araújo 9.ºC: Inês Garrido e Inês Gonçalves 9.ºD: João Sá, Rodrigo Ramos e Simão Figueiredo. Na segunda fase do concurso houve a seleção ao nível da escola. A docente Julieta Flores apurou os 5 alunos que representariam a escola na fase seguinte através da atribuição de novas 40 competências e identificação dos alunos com maior número de atribuições a 100%, sendo critérios de desempate o maior número total de atribuições e o menor número total de tentativas realizadas. Os alunos envolvidos trabalharam com afinco. As médias de tempos investidos na atividade foram de 355 minutos no 7.º ano, 600 minutos no 8.º ano e 405 minutos ao nível do 9.º ano. O tempo máximo investido foi de 1595 minutos realizados durante um período máximo de uma semana.

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Atividades

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A 3ª fase do torneio TIKA´21 – Semifinal Regional Norte decorreu de forma online, na Biblioteca Escolar, no dia 5 de maio e contou com a participação de 5 alunas da nossa escola: Beatriz Ferreira (7.ºA), Inês Domingues (8.ºC), Ana Beatriz Sousa (9.ºB), Inês Garrido (9.ºC) e Inês Gonçalves (9.ºC). A aluna Sofia Ribeiro (7.ºA), apesar de apurada, não esteve presente. Durante 60 minutos as nossas representantes tentaram responder a um total de 25 atribuições, cada uma das quais tendo, no mínimo, 4 questões. Todas as participantes encararam o desafio com mestria e estiveram de parabéns!

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Atividades Matemática como ferramenta de interpretação da realidade através do projeto eTwinning: Nós Modelamos a Realidade No ano letivo 2019/2020 o Conselho de Turma da turma 10TR do Curso de Técnico de Turismo Ambiental e Rural constatou que o tema do Património era comum a vários Módulos/UFCD e que podia ser desenvolvida uma atividade conjunta de elaboração e partilha de trabalhos neste âmbito com alunos de outras escolas e/ou outros países. A docente Julieta Flores voluntariou-se para auxiliar no desenvolvimento desta iniciativa com recurso à plataforma eTwinning. As disciplinas envolvidas na dinamização deste Domínio de Autonomia Curricular (DAC) foram História e Cultura das Artes, TTG1, Comunicar em Inglês e TIC e o objetivo era articular competências das várias disciplinas no sentido dos alunos divulgarem o património barcelense. Os docentes Adriana Costa, Francisco Furtado, Julieta Flores, Rita Maio e Sandra Martins, trabalharam de forma interdisciplinar na produção de material de divulgação que chegou às nossas escolas parceiras: Agrupamento de Escolas de Prado, Sá de Miranda e Moure/Ribeira de Neiva. Houve intenção de trabalhar com uma escola italiana, mas a pandemia atingiu severamente a região dessa escola.

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Atividades Todos os trabalhos produzidos no âmbito da DAC - “A Modelagem e o Património Barcelense” – foram incluídos num projeto eTwinning denominado "Nós Modelamos a Realidade" que pretendia levar os alunos a observar, ler e interpretar o mundo à sua volta, utilizando a linguagem matemática. 191

Igreja de Santa Maria de Abade de Neiva

Igreja Matriz de Barcelos

Em colaboração com o Agrupamento de Escolas Prado, o docente António Vasconcelos veio à nossa escola no dia 7 de fevereiro de 2020 para promover uma sessão de formação para docentes e alunos envolvidos, ou não, no projeto eTwinning - "Nós Modelamos a Realidade" - de forma a que todos aprofundassem os seus conhecimentos no âmbito do tema: “Colaboração e partilha utilizando projetos eTwinning". Cerca de um ano mais tarde, a 6 de março de 2021, foi a vez da professora Julieta Flores dinamizar uma sessão de formação online que incluiu 14 docentes de Matemática e que abordou vários temas de Modelação em Matemática (Isometrias, Funções e Organização e Tratamento de Dados). Os temas foram trabalhados com recurso ao software GeoGebra e questionários do Google Forms. Com o decorrer do ano letivo 2019/2020, o Conselho de Turma da turma 10TR identificou outro tema transversal - “Pegada Ecológica”, o que levou a nova ação interdisciplinar. Na disciplina de Matemática, no módulo A3 de Estatística, os alunos construíram um questionário do Google Forms que

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Atividades pudesse ser aplicado a toda a escola, o que permitiria estudar a nossa Pegada Ecológica e definir linhas de ação para minimizar o nosso impacto no planeta. Infelizmente, a pandemia alterou-nos os planos e os dados foram apenas estudados ao nível da turma. No ano letivo 2020/2021, cientes da importância do tema “Pegada Ecológica”, o projeto eTwinning continuou e incluiu a turma A do sétimo ano, numa nova DAC - “As beatas de cigarro: consequências ambientais” que visava a tomada de consciência dos malefícios do consumo do tabaco, promovendo a mudança de comportamentos face ao consumo e à proteção ambiental. Daqui evoluímos para a determinação da Pegada Ecológica dos alunos do 3º ciclo da nossa escola, através da aplicação de um questionário, bem como promovemos a sensibilização dos alunos para a importância de reduzir a referida Pegada Ecológica e de preservar os recursos do planeta de forma mais justa e sustentável. Os dados do questionário mostraram que o valor obtido para a Pegada Ecológica dos nossos alunos não variava muito, sempre com valores muito elevados. Foi atingida a média de 405 pontos, apurando-se o valor de 6 gha. A medida “hectares globais (gha)” permite comparar diferentes padrões de consumo e verificar se estão dentro da capacidade ecológica do planeta. Um hectare global significa um hectare de produtividade média mundial para terras e águas produtivas num ano. O valor de 6 gha mostrouse muito elevado, quer em relação ao contexto nacional (3,9 gha), quer mundial (1,7gha). Dizer que no mundo o valor médio é de 1,7 hectares globais por pessoa significa que consumimos cerca de 70% a mais do é suportado pela Terra. Note-se que Portugal e pelo menos outros 130 países consomem mais recursos do que aqueles que a natureza consegue disponibilizar. A alimentação e os transportes têm um peso preponderante na Pegada Ecológica produzida.

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Atividades

Basta! Não temos 6 planetas!

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No passado dia 11 de junho estivemos juntos (ES de Barcelinhos, AE de Prado, AE Sá de Miranda e AE Moure e Ribeira do Neiva), de forma online, para assistir a uma palestra extraordinária proferida pela professora Martinha Couto Soares, subordinada ao tema: "Pegada Ecológica". Os assuntos abordados levaram a uma reflexão mais profunda e fundamentada sobre o impacto que temos no ambiente. O projeto eTwinning “Nós Modelamos a Realidade” foi encerrado mas estes assuntos ambientes não permitem o esquecimento nem a nossa passividade! Todos juntos podemos fazer muito mais pelo nosso Planeta!

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Curiosidades e Passatempos

Curiosidades e Passatempos

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Curiosidades e Passatempos

A rir é que a gente se entende…..

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Alunos do 10.º C

 Qual a diferença entre um homem e uma manga verde? A manga amadurece.

 Porque é que as piadas sobre loiras são tão curtas? Para que os homens se consigam lembrar delas.

 O homem perguntou a Deus porque fez a mulher tão bonita? Deus – para que pudesses amá-la. Homem – Mas porque a fez tão " burra?" Deus – para que ela te pudesse amar.

 O que disse Deus depois de criar o homem? Tenho que ser capaz de fazer coisa melhor.

 O que disse Deus depois de criar a mulher? A prática traz a perfeição.

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Curiosidades e Passatempos

 Adão e Eva passeiam pelo Paraíso: – Você me ama? – pergunta Eva. – E eu lá tenho escolha? 197

 Um homem colocou nos classificados: – Procura-se esposa. No dia seguinte ele recebeu centenas de cartas. Todas diziam a mesma coisa: – Pode ficar com a minha!!

 A histeria é uma doença essencialmente masculina… Porque, na mulher, é um estado normal.

 As mulheres são como espelhos: elas refletem, mas não pensam.

 Porque é que uma mulher não pode ser bonita e inteligente? Porque senão seria um homem.

 Porque é que as mulheres não podem apanhar a febre das vacas loucas? Porque é uma doença que afeta o cérebro.

Os ladrões ou levam o teu dinheiro ou a tua vida. As mulheres levam as duas coisas.

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Escola Secundária de Barcelinhos



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