Porque és o avesso do avesso | projeto de expografia para o Centro Histórico de São Paulo

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Porque és o avesso do avesso

1. Exposição e expografia

Em concordância com o Instituto Brasileiro de Museus (2017, p. 08), uma exposição se concretiza na confluência entre sujeitos (visitantes) e objetos (conjunto expositivo) - em sentido amplo, podemos afirmar que esta confluência se desenvolve entre sociedade e seu patrimônio. O conjunto expositivo se desenvolve como um sistema de comunicação, interligando os sujeitos aos objetos, com intuito de sustentar narrativaenredo desenvolvidos. São meios de reprodução e disseminação de conhecimento, fluxo de ideias e, com isso, debates ideológicos e políticos. Saturnino (2014, p. 31) nos explica que a interação à uma exposição é uma experiência de ativação para o sujeito. Cabe evidenciar a diferença entre exposição, expologia e expografia. De maneira simples, a exposição é o objeto final, o produto a ser experienciado pelo sujeito. A expologia é a área de estudo que engloba os conhecimentos acerca das exposições e, a expografia, por sua vez, define-se como o projeto da exposição - ou também como concepção, organização e manutenção do espaço expositivo, como salienta Douglas Saturnino (2014, p. 34). O IBRAM (2017, p. 11) ressalta que expor é, acima de tudo, propor. Isto é, a partir da narrativa construída, escolher o pode ser exposto, ocultado, lembrado e esquecido. Estas escolhas são feitas a partir da pesquisa de conteúdo, que faz o levantamento e análise dos temas que têm potencial para orientar as matérias da exposição. A pesquisa se desenvolve como uma das mais importantes fases de um processo de exposição, e tem


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