Pessoas especiais, histórias extraordinárias

Anidene de Siqueira Cecchin Camila Berlezi de Moura Cristiane Fuzer Organizadoras

Anidene de Siqueira Cecchin Camila Berlezi de Moura Cristiane Fuzer (Organizadoras)

Pessoas especiais, Histรณrias extraordinรกrias

www.ufsm.br/ateliedetextos ufsm.ateliedetextos@gmail.com www.facebook.com/Atelie-de-textos

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE ARTES E LETRAS ATELIÊ DE TEXTOS Projeto de Extensão Registro GAP/ CAL/UFSM 040190 Apoio: Fundo de Incentivo à Extensão (FIEX/CAL) Coordenadora do Projeto: Cristiane Fuzer Mediadoras das oficinas de produção textual na escola: Anidene de Siqueira Cecchin e Camila Berlezi de Moura Pessoas especiais, Histórias extraordinárias Organização: Anidene de Siqueira Cecchin, Camila Berlezi de Moura e Cristiane Fuzer Revisão: Anidene de Siqueira Cecchin, Camila Berlezi de Moura e Cristiane Fuzer Diagramação e tratamento das imagens: Anidene de Siqueira Cecchin e Camila Berlezi de Moura Capa: Lourdes Maria Muraro Favarin Fotografias: arquivo pessoal dos alunos-autores e das mediadoras Impressão: Imprensa Universitária UFSM Apoio: Universidade Federal de Santa Maria, Pró-Reitoria de Extensão da UFSM, Centro de Artes e Letras, Departamento de Letras Vernáculas, Programa de Pós-Graduação em Letras e Instituto São José Endereço: Universidade Federal de Santa Maria Centro de Educação, Letras e Biologia Prédio 16 – Bloco A – Sala 3319 Campus Universitário – Camobi 97105-900 – Santa Maria, RS – Brasil www.ufsm.br/ateliedetextos

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Pessoas especiais, histórias extraordinárias / Anidene de Siqueira Cecchin, Camila Berlezi de Moura, Cristiane Fuzer (organizadoras). – Santa Maria, RS : UFSM, CAL, Ateliê de Textos, 2018.

56 p. : il. ; 21 cm 1.

Biografias 2. Histórias de vida I. Cecchin, Anidene de Siqueira II. Moura, Camila Berlezi de III. Fuzer, Cristiane CDU 316.37 929.642 Ficha catalográfica elaborada por Alenir I. Goularte - CRB-10/990 Biblioteca Central da UFSM

A todas as pessoas interessadas em ler e conhecer histĂłrias de vida.

A todos que fizeram o projeto acontecer Aos biografados homenageados neste livro.

Alunos-autores do Instituto SĂŁo JosĂŠ, Santa Maria, RS

Alunos-autores

Ana Paula Guarda Vieira Daniella Vieira Cordeiro Juliano Camillo Forgiarini Lourdes Maria Muraro Favarin Matheus Servat Pires VinĂ­cius de Azevedo Chavier Yasmim Gracioli Mello Bombonatti

Sumário Prefácio ............................................................................ 11 Apresentação.................................................................... 15 Dona Regina, Uma mulher Guerreira............................... 17 Uma vida digna ............................................................... 23 Cioma ............................................................................... 27 Uma vida, muitas vivências .............................................. 31 Dos trilhos para o mundo ................................................. 37 Michelle Carletti Servat ................................................... 43 Apesar das dificuldades, prevalece a esperança ................ 47 Uma história inspiradora ................................................. 51 Alunos-Autores ................................................................ 55

Prefácio A maioria das pessoas já deve ter ouvido de seus pais, professores, mentores a frase: “Você deve ser um exemplo para os demais”. Inicialmente, para cumprir tal desejo, crescemos buscando por exemplos que nos amparam, inspiram e nos conduzem a trilhar nossa trajetória. Mas, em algum momento desse caminhar, podem surgir reflexões como: “o que seria um comportamento exemplar?”; “quem poderia ser meu exemplo?” ou, ainda, “poderei ser, eu, um exemplo para alguém?”.

O poeta inglês John Donne já afirmou que “nenhum homem é uma ilha”. Isto é: afetamos e somos afetados pelas pessoas que conhecemos. Somos, pois, exemplos para alguém e, em algum momento, por vezes até mesmo sem saber, influenciamos comportamentos.

Nas páginas desta coletânea, o leitor e leitora encontrará memórias materializadas em palavras e fotos que nos aproximam de exemplos para os autores dos textos e que criam novos exemplos em nós mesmos.

Ao ler as histórias como de Dona Regina, do Seu Cioma, do estudante aventureiro Miguel, a memória individual se dissolve no coletivo. Faz-nos lembrar de outras pessoas que conhecemos, faz-nos lembrar de nossa própria coleção de memórias e encontrar-nos nas dos protagonistas dessas biografias. Muitas pessoas dizem que “a experiência é única, individual e intransferível”, mas, aqui, nestas biografias, muitas experiências são compartilhadas e o individual torna-se coletivo por meio da empatia, da solidariedade que despertam.

As histórias tratam sobre o humano de cada ser, sobre amor, determinação, oportunidades e falta delas.

Revelam momentos, épocas, desigualdades. A luta, por vezes solitária, daqueles que acreditam na potência transformadora da reflexão sobre a condição humana.

Assim, quando um sujeito mobiliza sua história por meio de linguagem, ele não está apenas retomando o passado, não está isolado na sua história, ele constrói o futuro inspirando outros.

Quando o sujeito mobiliza ou é mobilizado pela sua história, ele não a mobiliza insensível ao social em que

se

inscreve,

embora

não

necessariamente

consciente

dos

processos

pelos/nos

quais

é

constituído/afetado. Desse modo, configura-se essa potência de movimentação, de deslizamento dos sentidos: não é possível controlá-los, pois não é possível controlar o correr da história, não é possível controlar a constituição dos sujeitos. Certamente, aqui, alunossujeitos-protagonistas despertam inspirações positivas e intensas em um emaranhado de sentidos que não cessam em uma só leitura. Histórias escolhidas e coletadas com muito carinho pelos alunos-autores dos textos.

Eles, autores e autoras dos textos, as pessoas biografadas, as professoras do projeto Ateliê de Textos, merecem,

enfim,

congratulações

pelo

inspirador

trabalho desenvolvido. Afinal, temos que concordar com Eduardo Galeano quando este afirma: “Os cientistas dizem que somos feitos de átomos, mas um passarinho me contou que somos feitos de histórias".

Apresentação Neste livro, o leitor encontrará oito histórias de vidas de pessoas especiais escritas pelos jovens autores de uma maneira muito envolvente. Os alunos-autores são participantes da 7ª edição do projeto de extensão Ateliê de Textos da UFSM, vinculado ao Centro de Artes e Letras, que acontece ineditamente no Instituto São José em 2018.

Os autores escolheram os biografados afetuosamente, e o resultado não poderia ser outro senão uma belíssima homenagem aos seus familiares mais queridos através da linguagem multimodal. Depois de um grande longo processo de leitura e escrita e reescrita, os alunos vivenciam um processo de produção textual em todas as suas etapas.

Esta coletânea de biografias é resultado de muito estudo,

empenho

e

dedicação

dos

alunos

que

participaram de todo o processo de leitura e produção textual e das mediadoras das oficinas na escola durante esses quatro meses. Nesse período, as mediadoras subsidiaram os alunos através da interação nas oficinas, 15

das atividades e do material de estudo oferecido. Assim, os alunos apropriaram-se das características do gênero e produziram as biografias publicadas nesta coletânea, que estão organizadas da seguinte maneira: para iniciar, apresentamos

a

história

de

Dona

Maria

Regina,

construída em coautoria pelos alunos-autores e pelas mediadoras das oficinas de produção textual; e, em seguida,

encontram-se

as

biografias

construídas

individualmente pelos alunos sobre alguém especial, como o construtor e pai Paulo; o paizão Cioma; o querido avô Miguel; a sensacional avó Marlene; a carinhosa mãe Michelle; o grande pai e padeiro Clebes; e o paizão Ivan.

Certamente, você, leitor, irá se envolver através das linguagens e se emocionar com as histórias de vida tão comuns e, ao mesmo tempo, extraordinárias aqui relatadas. O mais incrível é que é possível resgatar da sua memória as suas experiências de vida a partir da memória do coletivo.

Anidene de Siqueira Cecchin Camila Berlezi de Moura

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Dona Regina, Uma mulher Guerreira Por Ana Paula G. Oliveira, Camille L. Oliveira, Carolinne F. S. Soares, Daniella V. Cordeiro, Juliano C. Forgiarini, Hendrick C. de Oliveira, Lourdes Maria M. Favarin, Matheus S. Pires, Vinícius de A. Xavier e Yasmin G. M. Bombonatti.

No Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo, em Santa Maria, no coração do Rio Grande do Sul, nascia Maria Regina dos Santos Lopes Silveira, em setembro de 17

1956. Foi criada pela sua mãe, sua avó e seu tio na casa da avó onde sua mãe também crescera, localizada na esquina da Rua Conde de Porto Alegre com a rua Tuiuti, num rancho velho. Não conheceu seu pai, pois ele falecera antes dela nascer.

Na infância, gostava de subir em árvores, de jogar futebol com os meninos da sua rua. Era uma menina muito arteira, lembra que quando seus primos brincavam de soltar pandorga, ela puxava a linha, quando eles jogavam bolita, ela chutava com o pé para extraviá-las, quando jogavam bola, ela ia para o meio do campo e interferia no jogo.

Nessa época, na escola, passou por um momento marcante, que lembra até hoje: quando todos estavam em absoluto silêncio, na sala de aula, ela assobiou. Como naquela época havia castigo nas escolas, sua professora lhe deixou de castigo atrás da porta até o recreio, e sua mãe foi chamada à escola para uma conversa. Apesar de ser arteira, ia bem nos estudos e tirava boas notas.

A partir da quinta série estudou em uma escola particular graças aos patrões de sua mãe que custearam os seus estudos na mesma escola dos filhos. Nessa escola, fez uma grande amizade que mantém há mais de 18

quarenta anos com Rosana Kirchoff. Até hoje se encontram e visitam a família uma da outra.

Sua juventude foi uma fase alegre, até os quinze anos brincava de bonecas, depois começou a sair a saraus, bailes e carnaval. Era vaidosa e gostava de se arrumar e tinha suas paqueras. Quando estava no primeiro ano, precisou abandonar os estudos para ajudar nas despesas da casa, comprar os medicamentos da mãe, que adoecera devido a um câncer no colo do útero, e para cuidar de seus irmãos e sua irmã que, na época, era apenas um bebê.

Nesse mesmo período, mudou-se com a família para o bairro Urlândia, onde vive até hoje. No entanto, quando a doença de sua mãe se agravou, precisaram ir para Porto Alegre em busca de tratamento especializado e lá ficou hospedada na casa de uma tia. Esse momento foi o mais triste da vida de D. Maria Regina que, além da doença da mãe, passou por diversas dificuldades e necessidades. Ela lembra emocionada que, apesar de ter passado fome, frio, dormido no chão, nunca perdeu sua força para lutar pela vida de sua mãe. Como precisava ajudar com as despesas, sua tia lhe arranjou um emprego como auxiliar de limpeza no Olímpico, antigo estádio do 19

Grêmio e conheceu vários jogadores e personalidades importantes como Paulo Sant’Anna, Renato Portaluppi, entre outros, além de contribuir com a manutenção da casa do seu time do coração. Depois de voltar para Santa Maria, aos vinte e dois anos, sua mãe, muito doente, veio a falecer, e dona Regina precisou encontrar forças para continuar sua vida e sustentar seus irmãos, ainda que com muita dificuldade.

Há vinte e dois anos, divide sua vida com o seu grande amor, o “gringo Trajano”, com quem construiu uma linda família. Aos 38 anos, teve sua primeira filha Ana Luiza. Quase dois anos depois, teve Felipe. Ela descobriu a gravidez enquanto estava na praia e sentiu um forte desejo de comer carne de frango e de beber Coca-Cola. Já estava com dois meses de gestação. Cinco anos depois, veio Maryanna, a caçula. Dona Maria Regina dedicou-se à criação dos filhos. Com o passar do tempo, sua família passou por necessidades financeiras e dona Regina, apesar de ser muito forte, ficou depressiva e acabou engordando muito.

Mesmo precisando trabalhar, dona Maria Regina teve dificuldades para conseguir um emprego por estar obesa. Ela contou que sofreu preconceito devido à sua 20

condição física. Mesmo com dificuldades, ela e seu marido, com a ajuda de seus familiares, batalharam pela sua família e conseguiram criar seus filhos.

Há dois anos, ela fez a cirurgia bariátrica, mudou seu estilo de vida, e relembra com satisfação um momento marcante, quando, novamente, pode passar pela roleta do ônibus, algo simples, mas que ela não conseguia fazer. Ela comemora: “agora ninguém mais segura!”.

Atualmente, é auxiliar de limpeza no Instituto São José, onde é muito querida pelos alunos e professores.

Em breve, ela estará aposentada e já tem planos: abrir um negócio familiar, uma padaria, para garantir o futuro da família, também poder morar na área rural. Finalmente, irá poder realizar seu desejo da juventude que é voltar a dançar em bailes e frequentar o CTG, mas, antes disso, terá de ensinar seu gringo a dançar.

Como não pode terminar seus estudos, Dona Maria Regina aconselha os jovens a valorizar os esforços dos pais e a educação para ser alguém na vida e não passar necessidades como ela passou. Ela tem muita fé em Deus e no futuro e pede aos jovens que aproveitem as

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oportunidades e jamais usem as drogas, “pois a droga destrói a família”.

A pessoa biografada, Dona Regina, foi a escolhida por ser muito carismática e simpática em nosso colégio.

E, também, porque temos muito carinho por ela, o que nos levou a querer conhecer mais sobre sua vida e, então, homenageá-la.

Da esquerda para a direita: Sua filha Ana Luíza, seu genro com o neto em seu colo, seu filho Felipe, Maryanna e o gringo Trajano, seu marido.

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Uma vida digna Por Ana Paula Guarda Vieira

Em seis de junho de 1970, em um ranchinho de capim e pau a pique, em Sobradinho, às seis da manhã nascia Paulo Vieira, que, infelizmente, perdeu seu irmão gêmeo ao nascer. Foi criado por sua tia, quem considera sua verdadeira mãe.

Não estudou muito, foi até a antiga quinta série, pois com apenas nove anos começou a trabalhar no interior, para poder ajudar financeiramente em casa, mas isso não lhe impedia de ser muito arteiro e aprontar com 23

seus cinco irmãos. Uma arte que lhe vem à cabeça até hoje, foi quando encheu um prato com minhocas junto com caldo de galinha e deu para uma de suas irmãs comer dizendo ser macarrão, logo apanhando de sua mãe por tal ato. Outro fato que lhe marca muito foi quando ganhou sua primeira bicicleta com seus nove anos, de seu padrinho.

No início de sua adolescência, aos treze anos, foi ao seu primeiro baile com seu tio, uma lembrança que gosta de recordar até os dias de hoje. Com seus dezesseis, foi trabalhar na cidade. Seu primeiro emprego foi em uma lojinha de bijuteria que estava prestes a falir, mas como desde pequeno foi muito esperto e inteligente, conseguiu fazer a lojinha “andar para frente” assim tirando ela da falência e provar ao seu chefe sua competência.

Com a chegada dos seus dezoito anos começou a trabalhar em firmas, como a Frango Sul, que se localiza em Monte Negro (RS). Com vinte anos, casou-se pela primeira vez e depois de oito anos, se separou. Após um tempo, casou-se novamente e está há dezoito anos junto com sua mulher que se denomina Nildara, com quem teve uma filha.

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Hoje, aos seus quarente e oito anos, trabalha com o que mais gosta, que é: construção civil.

Como

é

um

bom

profissional, seu trabalho é bem visto e procurado por muitas pessoas.

Um desejo que tem como pai é: “ver minha filha me trazendo orgulho e tendo um bom futuro”. Pode apostar pai, farei de tudo para lhe trazer muito orgulho e ter um bom futuro. Posso não demonstrar, mas eu te amo muito e por isso escolhi escrever essa biografia sobre a sua linda história de vida, para que os outros possam lhe ver como exemplo de inspiração e superação de vida assim como eu tenho.

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Cioma Por Daniella Vieira Cordeiro

Santo Alciomar da Silva Cordeiro, mais conhecido como “Cioma” ou “Alciomar”, nasceu em Santa Maria, no dia primeiro de março de 1975. Teve uma infância difícil, pois, por ter pais separados, vivia com sua mãe e seu irmão. Já que ela teria que trabalhar e não tinha como pagar alguém para ficar com ele, na maioria das vezes seu irmão o cuidava, ou então Cioma frequentava a casa de seus tios e amigos próximos de sua mãe, enquanto ela trabalhava.

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Em 1981, seu tio passou pela casa em que Santo se encontrava e, após conversarem um pouco, lhe perguntou se não gostaria de ir morar na sua casa. Ele, muito feliz, aceitou.

Passados dois anos, começou a frequentar a

escola com seus primos, os quais, até hoje, o consideram como um irmão.

Trabalhou desde muito cedo, mas, infelizmente, depois de um tempo teve que largar os estudos, pois estudar e trabalhar estava sendo muito “puxado” para ele.

Nessa época, teve a oportunidade de rever seu irmão mais velho, que há muitos anos não tinha notícias, pois ele foi morar em outra cidade, quando Alciomar era pequeno.

Esse, sem dúvida foi um dos momentos mais felizes e marcantes de sua vida.

Com seus 18 anos, antes de ir para o quartel, namorou

Andrea,

sua

amiga de infância, e hoje, sua esposa.

Dois

anos

depois, eles tiveram uma Santo e Andrea

filha chamada Gabriella,

que foi muito amada e bem recebida por toda sua família.

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Como precisava sustentar sua família, ele foi trabalhar como vigilante e, em 2000, fez o concurso para Guarda Municipal de Santa Maria, onde trabalha até hoje.

Três anos mais tarde, para completar a felicidade da família, nasceu Daniella, o bebê da casa – no caso, eu.

Santo é feliz com a vida que tem. É um homem muito dedicado em fazer tudo o que pode pela famí-

Gabriella, Santo e Daniella

lia. Sente-se decepcionado, pois sua infância poderia ter sido melhor. Não culpa ninguém por isso. Ele teve que passar por essas dificuldades para se tornar a pessoa maravilhosa que é. E, por isso, eu o escolhi para biografar, 29

pois, por tudo o que passou, nunca desistiu ou se tornou uma pessoa ruim, tentou sempre resolver seus problemas com um sorriso no rosto e isso me admira.

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Uma vida, muitas vivências Por Juliano Camillo Forgiarini

Em Santa Maria, Rio Grande do Sul, no dia 08 de maio de 1944, nasce Miguel Camillo. Dos 14 irmãos, fora um dos primeiros a nascer. Seu nascimento foi no Passo da Limeira, no interior de Santa Maria. Nasceu em uma família pobre, mas apesar disso, era um menino muito alegre.

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Da esquerda para a direita: Miguel é o sexto da foto. Os dois primeiros são primos e os demais são os irmãos.

Na sua época de estudante, que foi uma fase de sua vida marcante e até engraçada, ele lembra que quando seu professor ia até sua casa para dar aula a ele e seus irmãos, ele, rapidamente, se escondia dentro do guardaroupa da mãe, dona Vicentina Joana, que depois de ele se esconder ficavam o procurando e lhe chamando, mas era tão arteiro que fingia não ouvir os chamamentos.

Em 1951, quando ainda era criança, passou por diversas dificuldades, teve de cuidar de seus irmãos mais novos, criar responsabilidades, mudar-se para a cidade.

Com oito anos de idade, trabalhava em um supermercado da cidade como organizador de carrinhos e morava numa

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casa localizada na Rua Visconde de Pelotas, nº 1545, com uma amiga de sua mãe, para ficar perto de seu trabalho.

Quando tinha vinte e um anos de idade, conheceu Joice Terezinha, com quem se casou e teve três filhos, um menino e duas meninas, sendo o mais velho Miguel Ângelo Camillo, a irmã do meio, Valesca Silveira, Camillo, e a irmã caçula, Paola Silveira Camillo.

Nos 15 anos da filha Valesca, em 1988.

Sua família conse-

guiu abrir uma empresa, em Santa Maria, a Eletrotécnica Camillo. Logo começou a trabalhar com seus irmãos na oficina de motores por incentivo do irmão mais velho, José Camillo.

Em 1988, Joice descobre que está com um câncer de mama, foi um choque para Miguel e para a família, foram seis anos de sofrimento, tanto para Miguel quanto para a família inteira.

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Miguel e seus irmãos na frente da primeira oficina.

Miguel está marcado com um ponto em vermelho na foto.

Infelizmente, no ano de 1993, Joice falece, Miguel perdeu seu grande amor.

Em 1996, Miguel conhece Analete Castro, com quem se casou novamente e até hoje estão juntos.

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Miguel

tem

cinco

netos, dois meninos e três meninas, o mais velho, Bruno Camillo, o segundo neto mais velho, Juliano Camillo, a neta mais velha, Marieh Camillo, a neta do meio Joana Camillo e a neta caçula Joice Camillo.

Hoje, Miguel Camillo tem 73 anos, um homem vivido, e deixa o seguinte recado: “jovens, estudem, pois

No aniversário dezoito anos de casamento, de Miguel com os netos Marieh, Bruno, Juliano e Joana.

sem o estudo não vamos a lugar algum”. Por isso, eu fiz esse texto em homenagem à pessoa a quem eu tanto admiro,

respeito

e

amo, e farei tudo para lhe deixar orgulhoso, meu querido avô.

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Dos trilhos para o mundo Por Lourdes Maria Muraro Favarin

No dia vinte e seis de maio de 1940, no Hospital de Caridade, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, nasceu Marlene Maria Soares Favarin.

Era uma menina muito simpática e divertida. Filha de João e Clara.

Sua infância foi muito triste, pois sua mãe Clara faleceu devido a um câncer quando Marlene tinha apenas cinco anos. O seu pai faleceu devido a um incêndio enquanto trabalhava em um trem em Santa Maria. Após 37

esse acontecimento muito trágico, Marlene e sua irmã Carmem ficaram abandonadas na estação de trem durante uma semana sem ter o que comer ou beber. Por fim, um casal de tios levou a Carmem, e Marlene foi levada por seus avós paternos.

Apesar de suas perdas, ela era alegre e feliz, mas sentia falta do carinho de seus pais já falecidos, já que fora criada por seus avós, Marlene também era travessa e brincalhona, subia em árvores para comer frutinhas, levava o pato para a cozinha para irritar seu avô e corria muito, pois tinha muita energia. Ela lembra que seu avô sempre dizia para ela não se aproximar de uma vaca, mas a “rapariguinha”, como seu avô a chamava, um dia o desobedeceu. Ela mal chegou perto e a vaca ficou furiosa e começou a correr atrás de Marlene. Elas correram por todo o pátio até que Marlene entrou em casa e a vaca ficou com a cabeça presa na porta.

Marlene

começou

seus

estudos

na

Escola

Margarida Lopes a partir do segundo ano do ensino fundamental, porque sua tia, que era professora, a ensinou a ler e escrever bem cedo, e a inteligência de Marlene também auxiliou neste aprendizado adiantado,

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ela se orgulha muito disso hoje em dia. Marlene estudou no Margarida até o quinto ano do ensino fundamental.

Quando tinha doze anos, seu avô faleceu e ela se mudou com sua avó para uma casa na Avenida Presidente Vargas com a Rua Serafim Valandro. Por causa da distância, Marlene fez um exame de admissão e começou a estudar no Colégio Sant’anna.

Na mocidade, Marlene recorda com muita saudade e alegria dos momentos em que brincava de escondeesconde com seus amigos da rua. Eram vários jovens de dezessete anos se escondendo atrás de árvores e arbustos dia e noite.

Ela tinha cabelos longos, mas sempre variava. Uma hora estava curto, outra comprido ou com uma cor diferente. Sempre andava bem arrumada e elegante, todos diziam que ela era muito bonita. Quando adulta, fez faculdade de economia na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e tornou-se professora de contabilidade no colégio Manoel Ribas. Uma ótima professora gostava de dar aula e era bem rígida com seus alunos. No período de testes e provas, Marlene sempre fazia algumas avaliações diferentes das outras para não haver cola entre os alunos.

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Então,

casou-se

com Ruy no dia oito de Janeiro de 1966 e teve dois

filhos:

Maria

Carmen e Charles, sendo assim, se mudou para Porto

Alegre

para

complementar o curso de economia na Pontifícia Universidade Católica do Rio

Grande

do

Marlene começando a aula em 1971, no Colégio Pedro Scheider, em São Leopoldo (RS).

Sul

(PUCRS).

Após isto, Marlene foi ser professora em São Leopoldo, dando aulas à tarde e à noite por dez anos. Ela retornou à Santa Maria e voltou a dar aulas no Colégio Manoel Ribas (Maneco), onde se aposentou.

Seus filhos casaram, ela ficou viúva e saiu a viajar com sua irmã pelo mundo. Almas de suas viagens mais marcantes foram: para Israel, pois era seu sonho, para o

Em 2014, na Palestina

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Vaticano, Roma, Paris e para a Salvador.

Atualmente,

Marlene continua viajando com

Carmem. Seu sonho atual é viajar para Portugal e Espanha. Essas suas conquistas ela agradece a Deus e à Nossa Senhora Medianeira, a qual é muito devota. Como seus filhos se casaram, hoje Marlene é muito feliz com seus amados netos:

Marcos

e

Tamires, filhos de Maria Carmen,

a

caçula

Lourdes, filha de Charles e também seus netinhos emprestados,

pois

os

meus amigos também a chamam de vó.

Com sua irmã, em Paris, em 2015

Então, essa é minha avó, eu quis biografá-la porque ela é a pessoa mais importante para mim. Foi ela quem me criou e me passou seus ensinamentos. Ela é minha avó, ela é minha mãe, ela é minha inspiração.

Vovó sempre me disse para estudar, ter uma boa carreira e não depender de ninguém. Ela também me disse para nunca mentir, por mais grave que seja a 41

verdade, nós não devemos a esconder; seguir meus sonhos, porém, não ficar apenas sonhando, devo fazer de tudo para torna-lo concreto; ter fé e generosidade com os que necessitam; ser uma pessoa boa uma com as outras e principalmente, ter amizades, não qualquer amizade porque como diz vovó: “amigo é alguém que nunca te deixa só”.

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Michelle Carletti Servat Por Matheus Servat Pires

Em 29 de novembro de 1984, em Santa Maria - RS, no Hospital Astrogildo de Azevedo, nasceu Michelle.

Desde pequena era uma criança serena, observadora e caprichosa. Michelle tem dois irmãos, Ewerton e Gabriel, sendo ela a mais velha. Quando criança vivia brincando com Ewerton.

Ela se lembra que uma vez, na sua infância, fez bolinhos de terra e os guardou no roupeiro de sua mãe.

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Com essa arteirice, todas as roupas de sua mãe ficaram sujas e, como ela fez isso sozinha, ficou uma semana sem poder brincar. Mas isso não serviu de ensinamento e ela continuou aprontando.

Seus pais, Elton e Dora, sempre foram muito rigorosos quanto à sua educação, ela não podia posar na casa de suas amigas nem ficar até tarde na rua, mas hoje ela é muito grata a eles por isso, pois se tornou uma grande mulher.

Michelle conheceu suas duas grandes amizades na oitava série, Danieli e Ariane, de quem é amiga até hoje.

Ela se lembra de um momento engraçado quando as três começaram a contar uma música do Bonde do Tigrão, no período de matemática, enquanto todos estavam em absoluto silêncio. No que resultou? Três dias de suspensão. É conhecida por “Chelle”. Chelle adorava jogar adorava jogar handebol e vôlei, tanto que ela e seu time ganharam vários campeonatos de interséries na época.

Também gostava de estudar geografia, especialmente, porque abordava diversos assuntos em uma só matéria.

Michelle, hoje, aos 34 anos, tem três filhos, Matheus, João Pedro e Vitória e, trabalha na conveniência 44

do Posto Padoin, no bairro Patronato. Seu maior sonho é ter seus filhos formados. Hoje, ela se considera uma boa mãe, honesta, trabalhadora e de bom coração. Quando criança viaja muito, mas principalmente para Porto Alegre, pois uma parte de sua família residia lá. A próxima viagem em família está programada para o final do ano, destino, Florianópolis.

Escolhi biografar a Michelle porque ela é uma das mulheres da minha vida, ela é minha mãe. Deu-me a vida, abrigo, educação e carinho.

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Apesar das dificuldades, prevalece a esperança Por Vinícius de Azevedo Xavier No dia 5 de agosto, no ano de 1973, na cidade de Santa Maria, no HCAA, nascia Clebes Xavier. Cresceu com 10 irmãos e enfrentou dificuldades, mas sempre acompanhadas de alegria.

Teve

uma

infância

adorava jogar futebol e andar de cavalo com seu pai. Em suas férias escolares viajava para Porto Alegre, na casa de seus tios. Gostava das matérias de português e inglês, e tinha pavor de matemática.

Com 14 anos, organizou uma greve em sua escola junto à sua amiga, porque não se adaptaram a nova regra de usar uniforme diariamente porque não usavam antes, sua mãe foi chamada na escola para tomar conhecimento do que havia acontecido com seu filho.

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Com 18 anos, começou a fazer faculdade de direito, mas teve de parar, pois teve que enfrentar diversas dificuldades.

O que deu esperança para ele continuar foi que logo depois nasceria

sua

primeira

filha

Maria Clara Xavier.

Tem orgulho de ter presenciado em sua casa com sua família reunida o Campeonato Mundial de 1994 em que o Brasil foi campeão.

Aos ele

passou

23 por

anos, um

momento muito difícil, quando perdeu seu pai, sua grande influência até hoje. Com 33 anos, teve a alegria de ter seu segundo filho Vinícius de Azevedo Xavier com sua segunda esposa, a qual ficou doze anos casado até se separar há três anos atrás. Um de seus maiores desafios foi criar seus filhos diante de diversas dificuldades.

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Um fato marcante em sua vida foi quando ele ganhou um campeonato de futebol junto de seus amigos, pois era o time mais fraco, receberam um prêmio em dinheiro, uma ovelha e uma caixa de cerveja, voltaram do campeonato caminhando e acordaram todo seu bairro festejando a noite inteira.

Atualmente, é um grande profissional em sua profissão de padeiro, planeja fazer um livro com todas suas receitas e dicas que tem conhecimento. Em suas horas vagas adora refletir sobre os pensamentos da mente humana, procura praticar o bem a todos, gosta de fazer amizades novas, tem um sonho de um dia poder viajar para Búzios. Clebes Clandio Xavier é uma pessoa muito alegre se resume em paz e esperança, deixa um conselho aos jovens de sempre respeitar os mais velhos.

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Uma história inspiradora Por Yasmim Gracioli Mello Bombonatti Em Santa Maria, no dia 31 de dezembro de 1974, nasceu Ivan Bombonatti. Era uma criança muito arteira, mas, com o tempo, tornou-se um homem muito batalhador.

Na sua infância, fazia várias travessuras com sua irmã mais nova Cristiane, brincava muito na rua. Sua diversão era sair de casa, que ficava próxima à Praça do Mallet. Ele adorava ir caminhando até o centro para comprar sorvete e voltava para casa. Sua infância foi muito pobre, passou fome e teve épocas até que não tinha onde dormir, várias vezes foi dormir mais cedo, pois não tinha comida e então dormia para passar a fome. Não chegou a conhecer seu pai e foi criado por sua mãe e por dona Lúcia, que teve um papel bem marcante na sua vida.

Ele dormia em um quartinho atrás da casa de dona Lúcia e lembra que todas as manhãs ela ia cedo levar comida para ele.

Com apenas doze anos de idade, começou a trabalhar e a dançar no CTG, onde ficou por mais de vinte anos dançando, sempre gostou muito de dançar e, ao longo desses anos, como dançarino, fez vários amigos e conheceu Taís que é sua atual esposa e mãe de seus quatro filhos: eu Yasmin, Samuel, Miguel e Muriel.

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Na sua adolescência, passou por mais dificuldades, aos quatorze anos, saiu de casa por conta de uma briga com a mãe, quando ele e mais dois amigos foram até sua casa para pegar suas pilchas do CTG, enquanto os meninos ficaram lá fora esperando, ele e sua mãe tiveram uma briga grave e, então, sua mãe mandou ele pegar suas coisas e ir embora, e ele foi. Ensaiou no CTG e depois como não

tinha para onde ir, ficou

caminhando a noite toda, esperando amanhecer

para ir

trabalhar

e

comer.

Em

sua

fase

adulta,

trabalhou em uma transportadora de pão, mas saiu e começou a criar sua própria transportadora, onde trabalha hoje. Gosta do que faz e tem o suficiente para se sustentar e sustentar sua família.

Tornou-se um homem muito forte e batalhador, pois sempre desacreditaram de Ivan, mas ele não desistiu e provou que podia ser alguém na vida, apesar das dificuldades.

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Ivan deixa uma mensagem para os leitores, inspirada em sua experiência de vida, “trilhem um caminho e não parem no meio, determinem o que vocês querem para a vida de vocês e não se desviem”.

Quando revelaram que teríamos que fazer uma biografia, a primeira pessoa que veio em minha mente foi meu pai Ivan, pois sempre foi o meu exemplo de pessoa e minha inspiração para querer sempre melhorar e não desistir dos meus objetivos e sonhos.

Pai, o amor, o carinho e a gratidão que sinto por você são inexplicáveis. Você sempre será a minha inspiração. Você tem um papel muito importante na minha vida e para a nossa família, mas não fique com medo de errar, pois somos todos seres humanos e errar é inevitável.

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Alunos-Autores Do Instituto São José, Santa Maria, RS.

Nesses quatro meses eu aprendi tanta coisa e conheci tanta gente.

Aprendi a escrever uma biografia, a trabalhar em grupo. Tenho que agradecer ao Ateliê de Textos pela oportunidade de poder escrever sobre a história de uma pessoa tão importante na minha vida.

Ana Paula Guarda Vieira 15 anos, 9º ano

Aprendi muito nesse pouco tempo em que participei do Ateliê de Textos, como a escrever melhor, interagir mais com os outros. Achei interessante a ideia de escrever sobre a vida de alguém, principalmente de alguém importante para mim e conhecer mais detalhes sobre ele.

Daniella Vieira Cordeiro 15 anos, 9º ano

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Participar do Ateliê de Textos, para mim, foi uma experiência ótima, tanto para homenagear alguém que amo muito, quanto para oferecer uma biografia maravilhosa.

Juliano Camillo Forgiarini, 15 anos, 9º ano

Desde que entrei no Ateliê de Textos eu tive um bom progresso, tanto na escrita, quanto no conhecimento.

Aprendi diversas coisas como: iniciar uma biografia, avaliá-la, a diferença entre estórias e histórias, a identificação do participante na biografia, as marcas avaliativas, dentre outros assuntos. Gostaria de destacar a evolução que tive na escrita, pois isso me ajudará agora e mais futuramente.

Matheus Servat Pires 14 anos, 9º ano

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Durante o Ateliê de Textos, aprendi coisas que eu nem imaginava que tinham em uma biografia e também aprendi a fazer um bom texto, o que me ajudará daqui para a frente.

Antes eu tinha um certo preconceito com biografias, mas agora é um dos gêneros literários favoritos. Quero destacar a nossa interação com as professoras e todo o nosso aprendizado.

Lourdes Maria Muraro Favarin 15 anos, 9º ano

O projeto Ateliê de Textos ampliou muito mais a minha vida, não só na escrita, como em diversos campos: na minha concentração; como escrever textos em aula junto aos colegas, no coletivo, pois todas as opiniões são válidas; a experiência de saber produzir uma biografia sempre que desejar homenagear uma pessoa especial.

Vinícius de Azevedo Xavier 14 anos, 9º ano

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Aprendi a escrever textos melhores, consegui melhorar a escrita, ampliar meus conhecimentos e vocabulário.

Foi muito abrangente para várias coisas na minha vida e é sempre bom conhecer um pouco mais, ter experiências novas.

Yasmim Gracioli Mello Bombonatti 15 anos, 9º ano

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