Estudo para Criação da RPPN Refúgio Carolina

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REFÚGIO CAROLINA ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DE RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL – RPPN

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DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO REFÚGIO CAROLINA

PROPRIETÁRIO ANGELO GUIMARÃES SIMÃO CPF 014.862.799-45 LOCALIZAÇÃO DO IMÓVEL (MUNICÍPIO / UF) CAMPO LARGO, PARANÁ MATRÍCULA 39.408 - CRI CAMPO LARGO, PARANÁ INCRA 701.068.029.572-8 LOTE C LOCALIDADE RIBEIRÃO, QUARTEIRÃO GUABIROBA ÁREA TOTAL DO IMÓVEL 2,00 HECTARES ÁREA PROPOSTA PARA A RPPN 1,1420 HECTARES TIPOLOGIA DA VEGETAÇÃO FLORESTAL OMBRÓFILA MISTA (ESTÁGIO MÉDIO/AVANÇADO DE SUCESSÃO VEGETAL) BACIA HIDROGRÁFICA RIO RIBEIRA COORDENADAS UTM SAD-69 DE REFERÊNCIA E OU X (M) = 643.900 M N OU Y (M) = 7.192.000 M

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RESPONSÁVEL TÉCNICO DO ESTUDO CEUSNEI SIMÃO Engenheiro Florestal, M.Sc. CREA-PR 67.783/D ART CREA-PR 20134893001 Contatos: 41 3528-3700 / 41 9201-8063 E-mail: contato@florestalengenharia.com.br Site: http://www.florestalengenharia.com.br

FLORESTAL Engenharia e Consultoria www.florestalengenharia.com.br DIRETOR EXECUTIVO: CEUSNEI SIMÃO Engenheiro Florestal, M.Sc. CREA PR-67.783/D

EXPERTISE Consultor Ambiental com Graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná - UFPR em 2002, e Mestrado em Botânica pela UFPR em 2008. Desenvolvimento de estudos e projetos há mais de 10 anos nas áreas de Recursos Florestais e Ambientais, com ênfase em Caracterização Ambiental, Levantamentos Florísticos e Fitossociológicos, Inventário Florestal, Geoprocessamento Ambiental, Licenciamento Ambiental, Estudo de Impacto Ambiental, Averbação e Recomposição de Reserva Florestal Legal e Áreas de Preservação Permanente. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4691059580812880

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EQUIPE TÉCNICA

COORDENAÇÃO GERAL

_________________________________________ CEUSNEI SIMÃO Engenheiro Florestal, M.Sc. em Botânica - UFPR CREA PR-67.783/D

ELABORAÇÃO DO ESTUDO TÉCNICO CEUSNEI SIMÃO Engenheiro Florestal, M.Sc. em Botânica - UFPR CREA PR-67.783/D VIVIANA LORETO CRUZ IBARRA Engenheira Florestal - UFPR CREA PR-130.134/D EQUIPE DE CAMPO CEUSNEI SIMÃO Engenheiro Florestal, M.Sc. em Botânica - UFPR CREA PR-67.783/D VIVIANA LORETO CRUZ IBARRA Engenheira Florestal – UFPR CREA PR-130.134/D FABRÍCIO SCHIMITZ MEYER Biólogo, M.Sc. em Botânica - UFPR Doutorando em Biologia Vegetal - UNICAMP CESAR MEDEIROS GRANATO Acadêmico de Engenharia Florestal – UDC PEDRO CORDEIRO Acadêmico de Engenharia Florestal – UFPR

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APRESENTAÇÃO Este estudo foi elaborado entre dezembro de 2013 e março de 2014 pela Florestal Engenharia e Consultoria, empresa especializada em assessoria, consultoria, engenharia e planejamento ambiental, florestal, agropecuário e geotecnológico, com sede na cidade de Curitiba, Paraná, e com atuação em todo o Brasil e América Latina.

Os recursos financeiros que possibilitaram a realização do estudo são oriundos do XII Edital do Programa de Incentivo às Reservas Particulares do Patrimônio Natural da Mata Atlântica, desenvolvido pela Fundação SOS Mata Atlântica no ano de 2013. O projeto submetido para o edital foi elaborado pelo proprietário da área, Angelo Guimarães Simão, como atividade prática da formação “Projeto ConBio: Investindo na Capacitação como Estratégia para a Conse rvação da Mata Atlântica”, realizado pelo Mater Natura - Instituto de Estudos Ambientais, com o apoio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e do Tropical Forest Conservation Act (TFCA). A elaboração do projeto e a revisão do estudo contou com a assessoria da equipe técnica do Instituto de Estudos Ambientais Mater Natura.

A realização deste projeto conta com o apoio da Associação de Protetores de Áreas Verdes de Curitiba e Região Metropolitana (APAVE), da qual o proprietário da área é membro integrante. A APAVE busca estimular a criação de RPPNs e RPPNMs na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) como estratégia para proteger os últimos remanescentes de florestas de araucárias da região. Conta também com o apoio do projeto Condomínio da Biodiversidade (ConBio), desenvolvido pela Sociedade de Proteção da Vida Selvagem (SPVS) nos municípios de Curitiba e Campo Largo. O Refúgio Carolina integra o referido projeto no município de Campo Largo, Paraná.

ANGELO GUIMARÃES SIMÃO Proprietário CEUSNEI SIMÃO Coordenador do Estudo Técnico CURITIBA, ABRIL DE 2014 FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br

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ANGELO GUIMARÃES SIMÃO - PROPRIETÁRIO DO REFÚGIO CAROLINA, JUNTO A UM EXEMPLAR DE CIPÓ ESCADA (Bauhinia sp. - FABACEAE), NO INTERIOR DA ÁREA DESTINA À RPPN

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SUMÁRIO

1.

2.

3.

INTRODUÇÃO........................................................................................................... 18 1.1

CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................... 18

1.2

DESCRIÇÃO DO ESTUDO ...................................................................................... 20

METODOLOGIA DO ESTUDO ..................................................................................... 21 2.1

PLANEJAMENTO INICIAL ...................................................................................... 21

2.2

LEVANTAMENTO DE DADOS................................................................................ 21

2.2.1

Levantamento de dados secundários ................................................................. 21

2.2.2

Levantamento de dados cartográficos ............................................................... 22

2.2.3

Levantamento do meio físico .............................................................................. 23

2.2.4

Levantamento meio socioeconômico ................................................................. 23

2.2.5

Levantamento do meio biótico ........................................................................... 23

2.2.5.1

Levantamento de flora .................................................................................... 23

2.2.5.2

Levantamento de fauna ................................................................................... 27

ESTUDO TÉCNICO PARA A CRIAÇÃO DA RPPN ........................................................... 28 3.1

IDENTIDADE E IDENTIFICAÇÃO ............................................................................ 28

3.2

LOCALIZAÇÃO E ACESSO ...................................................................................... 29

3.3

MEMORIAL DESCRITIVO DA ÁREA A SER DESTINADA COMO RPPN ................. 32

3.4

ASPECTOS INSTITUCIONAIS ................................................................................. 33

3.5

CARACTERIZAÇÃO DO MEIO FÍSICO .................................................................... 36

3.5.1

Aspectos pedológicos (solos) .............................................................................. 36

3.5.2

Aspectos climáticos .............................................................................................. 37

3.5.3

Aspectos geológicos e geomorfológicos (relevo)............................................... 38

3.5.4

Aspectos hidrográficos ......................................................................................... 39

3.6

CARACTERIZAÇÃO DO MEIO BIÓTICO ................................................................. 41

3.6.1

Caracterização e levantamento da vegetação ................................................... 41

3.6.1.1

Aspectos florísticos e fitofisionômicos ........................................................... 41

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3.6.1.2 3.6.2

4.

Aspectos fitossociológicos ............................................................................... 70 Caracterização da fauna ...................................................................................... 73

3.6.2.1

Herpetofauna (répteis e anfíbios) ................................................................... 73

3.6.2.2

Ictiofauna .......................................................................................................... 74

3.6.2.3

Mastofauna (mamíferos) ................................................................................. 74

3.6.2.4

Ornitofauna (aves) ........................................................................................... 77

3.7

CARACTERIZAÇÃO DO MEIO SOCIOECONÔMICO .............................................. 84

3.8

MAPAS GEORREFERENCIADOS DO IMÓVEL ....................................................... 87

CONCLUSÃO SOBRE A CRIAÇÃO DA RPPN ................................................................. 89

BILIOGRAFIA CONSULTADA ............................................................................................. 96 APÊNDICE ........................................................................................................................ 99 APÊNDICE 1 - MODELO DE FICHA DE LEVANTAMENTO FLORÍSTICO ............................ 99 APÊNDICE 2 - MODELO DE FICHA DE LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO ............ 100 APÊNDICE 3 - MODELOS DE CROQUI DE LOCALIZAÇÃO DE ÁRVORES ....................... 101 APÊNDICE 5 -

PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS DOS INDIVÍDUOS ARBÓREOS

AMOSTRADOS NA ÁREA DE ESTUDO ............................................................................ 107 APÊNDICE 6 - PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS DOS INDIVÍDUOS DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ) AMOSTRADOS NA ÁREA DE ESTUDO .............. 112 APÊNDICE 7 - ROTEIRO FOTOGRÁFICO DE ACESSO AO REFÚGIO CAROLINA ............. 116

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - MENSURAÇÃO DOS INDIVÍDUOS ARBÓREOS AMOSTRADOS ............................................ 24 FIGURA 2 - MARCAÇÃO DOS INDIVÍDUOS ARBÓREOS AMOSTRADOS ................................................. 25 FIGURA 3 - MAPA DE LOCALIZAÇÃO GERAL DO REFÚGIO CAROLINA .................................................. 30 FIGURA 4 – ASPECTO GERAL DA ESTRADA DE ASCESSO AO REFÚGIO CAROLINA ................................ 31 FIGURA 5 - PORTEIRA DE ACESSO AO REFÚGIO CAROLINA ................................................................ 31 FIGURA 6 - MAPA DE CLIMAS DO PARANA, SEGUNDO KOEPPEN, COM DETALHE PARA A REGIÃO DA ÁREA DE ESTUDO ...................................................................................................................................... 37 FIGURA 7 - PERFIL ESQUEMÁTICO DESTACANDO A ESTRUTURA DE UM SEGMENTO DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA – PR ................................................................................................................... 41 FIGURA 8 - CANJICA (Rhamnus sphaerosperma – RHAMNACEAE) ...................................................... 46 FIGURA 9 - GUAÇATUNGA OU CAFEZEIRO DO MATO (Casearia sylvestris - SALICACEAE) .................... 46 FIGURA 10 - SUCARÁ (Xylosma sp. - SALICACEAE) – ESPÉCIE POUCO FREQUENTE. DETALHE DOS ESPINHOS (ACÚLEOS) CARACTERÍSTICOS NO TRONCO. ..................................................................... 47 FIGURA 11 – AROEIRA (Schinus terebinthifolius – ANACARDIACEAE) .................................................. 47 FIGURA 12 - CEDRO ROSA (Cedrela fissilis) – ESPÉCIES RARA, COM OCORRÊNCIA DE ALGUNS INDIVÍDUOS DE PORTE MÉDIO NO REFÚGIO CAROLINA ........................................................................................ 48 FIGURA 13 - VEGETAÇÃO HERBÁCEA (MELASTOMATACEAE) ............................................................. 49 FIGURA 14 – REGENERAÇÃO NATURAL E VEGETAÇÃO HERBÁCEA NO SUBOSQUE DAS ÁREAS FLORESTAIS ........................................................................................................................................................ 50 FIGURA 15 - CIPÓ ESCADA (Bahuinia sp. - FABACEAE) ....................................................................... 51 FIGURA 16 – ASPECTO GERAL DE TRONCOS RECOBERTOS POR MUSGOS, LÍQUENS, BROMÉLIAS E ORQUÍDEAS, COM DESTAQUE PARA MINI ORQUÍDEAS ..................................................................... 52 FIGURA 17 – SUBOSQUE COM PRESENÇA DE PLANTAS HERBÁCEAS, COMO Baccharis trimera (CARQUEJA) E PTERIDOPHYTAS (SAMAMBAIAS), COMO A Rhumora sp.............................................. 53 FIGURA 18 - FUNGOS XILÓFAGOS (DECOMPOSITORES DE MADEIRA) EM TRONCO ............................ 54 FIGURA 19 - PINUS (Pinus sp.) – ESPÉCIE ARBÓREA EXÓTICA À FLORA BRASILEIRA ............................. 55 FIGURA 20 - FRAMBOESA (Rubus rosaefolia) – ESPÉCIE ARBUSTIVA EXÓTICA À FLORA BRASILEIRA .... 56 FIGURA 21 – ASPECTO GERAL DO REMANESCENTE FLORESTAL DESTINADO À RPPN, COM A PRESENÇA ABUNDANTE DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ) ....................................................... 57 FIGURA 22 – ASPECTO GERAL DO REMANESCENTE DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA ....................... 57 FIGURA 23 – ASPECTO GERAL DO INTERIOR DO REMANESCENTE DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA DESTINADO À RPPN.......................................................................................................................... 58 FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br

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FIGURA 24 – ASPECTO GERAL DA VEGETAÇÃO, COM DESTAQUE PARA O CEDRO ROSA (Cedrela fissilis) – ESPÉCIES RARA, COM A COPA EMERGENTE....................................................................................... 59 FIGURA 25 - INTERIOR DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA DESTINADA À RPPN, COM GRANDE DIVERSIDADE DE ESPÉCIES EM REGENRAÇÃO NATURAL .................................................................... 60 FIGURA 26 – BORDADURA DO REMANESCENTE FLORESTAL COM PREDOMINÂNCIA DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ), INCLUÍDO NA ÁREA DESTINADA À RPPN .................................. 61 FIGURA 27 – BORDADURA DO REMANESCENTE FLORESTAL COM PREDOMINÂNCIA DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ), INCLUÍDO NA ÁREA DESTINADA À RPPN .................................. 61 FIGURA 28 – INTERIOR DA FLORESTA COM PREDOMINÂNCIA DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ) .......................................................................................................................................... 62 FIGURA 29 – ASPECTO GERAL DA BORDADURA E INTERIOR DO REMANESCENTE FLORESTAL DESTINADO À RPPN............................................................................................................................................. 63 FIGURA 30 – ASPECTO GERAL DA BORDADURA E INTERIOR DO REMANESCENTE FLORESTAL DESTINADO À RPPN............................................................................................................................................. 64 FIGURA 31 – ASPECTO GERAL DA BORDADURA E INTERIOR DO REMANESCENTE FLORESTAL DESTINADO À RPPN............................................................................................................................................. 65 FIGURA 32 - INTERIOR DA FLORESTA COM PREDOMINÂNCIA DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ) .......................................................................................................................................... 65 FIGURA 33 - BORADADURA DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA........................................................... 66 FIGURA 34 - REMANESCENTE FLORESTAL ISOLADO, FORA DOS LIMITES PROPOSTAS PARA RPPN....... 67 FIGURA 35 - REMANESCENTE FLORESTAL ISOLADO EM MEIO À PASTAGEM ...................................... 67 FIGURA 36 - REMANESCENTE FLORESTAL ISOLADO ........................................................................... 68 FIGURA 37 - REMANESCENTE FLORESTAL ISOLADO ........................................................................... 68 FIGURA 38 - ASPECTO GERAL DA VEGETAÇÃO CAMPESTRE (PASTAGEM EM RECUPERAÇÃO, COM PLANTIO DE MUDAS DE ESPÉCIES NATIVAS)...................................................................................... 69 FIGURA 39 - ASPECTO GERAL DA VEGETAÇÃO CAMPESTRE DO REFÚGIO CAROLINA .......................... 69 FIGURA 40 - VEADO MATEIRO (Mazama americana), NA ÁREA DE CAMPESTRE DO REFÚGIO CAROLINA ........................................................................................................................................................ 75 FIGURA 41 - BEM TE VI PIRATA (Legatus leucophaius - VIEILLOT, 1818) ............................................. 78 FIGURA 42 – CURICACA (Theristicus caudatus - BODDAERT, 1783) .................................................... 78 FIGURA 43 – TUCANO DO BICO VERDE (Ramphastos dicolorus - LINNAEUS, 1766) ............................. 79 FIGURA 44 – CANARINHO TERRA (Sicalis flaveola - LINNAEUS, 1766) ................................................. 79 FIGURA 45 – ANU BRANCO (Guira guira - GMELIN, 1788).................................................................. 80 FIGURA 46 – SURUCUÁ-VARIADO (Trogon surrucura VIEILLOT, 1817) ................................................ 80

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FIGURA 47 – GARÇA VAQUEIRA (Bubulcus íbis - LINNAEUS, 1758) ..................................................... 81 FIGURA 48 – PEITICA (Empidonomus varius - VIEILLOT, 1818)............................................................ 82 FIGURA 49 – TICO-TICO (Zonotrichia capensis - STATIUS MULLER, 1776) ........................................... 82 FIGURA 50 - SANHAÇO-CINZENTO (Tangara sayaca - LINNAEUS, 1766) ............................................. 83 FIGURA 51 – SABIÁ-POCA (Turdus amaurochalinus - CABANIS, 1850) ................................................ 83 FIGURA 52 - LOCALIZAÇÃO DA APA DA ESCARPA DEVONIANA E FLONA DO AÇUNGUI, EM RELAÇÃO AO REFÚGIO CAROLINA ......................................................................................................................... 92 FIGURA 53 - ASPECTO GERAL DA REGIÃO DA ÁREA DE ESTUDO, COM FORMAÇÕES MONTONHOSAS DA SÉRIE AÇUNGUI NO ENTORNO E A ESCARPA DEVONIANA AO FUNDO................................................ 93 FIGURA 54 - ASPECTO GERAL DO ENTORNO DA ÁREA DE ESTUDO, COM FLORESTAS SECUNDÁRIAS, PASTAGENS E MONOCULTURAS AGRÍCOLAS E FLORESTAIS ............................................................... 94 FIGURA 55 – MONOCULTURAS AGRÍCOLAS NA REGIÃO DO ENTORNO DA ÁREA DE ESTUDO ............. 94

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – INFORMAÇÕES SOBRE A IDENTIDADE E IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA PROPOSTA PARA RPPN REFÚGIO CAROLINA ......................................................................................................................... 28 QUADRO 2 - MEMORIAL DESCRITIVO DA ÁREA DESTINADA À RPPN REFÚGIO CAROLINA ................... 32

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DO COMPONENTE ARBÓREO.................................................. 43 TABELA 2 - DISTRIBUIÇÃO FLORÍSTICA POR FAMÍLIAS BOTÂNICAS DO COMPONENTE ARBÓREO ........ 44 TABELA 3 – TABELA QUANTITATIVA DAS TIPOLOGIAS VEGETACIONAIS DA ÁREA DE ESTUDO ............. 56 TABELA 4 - PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS DAS ESPÉCIES ARBÓREAS AMOSTRADAS NA ÁREA DE ESTUDO (exceto Araucaria angustifolia) ........................................................................................... 70 TABELA 5 - PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS DAS DOS INDIVÍDUOS DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ) AMOSTRADOS ............................................................................................ 72 TABELA 6 – ALGUMAS ESPÉCIES DE MAMÍFEROS COM OCORRÊNCIA NA REGIÃO DO REFÚGIO CAROLINA, CLASSIFICADAS EM ORDENS E FAMÍLIAS ZOOLÓGICAS ...................................................................... 76 TABELA 7 – DADOS SOCIAIS DO MUNICÍPIO DE CAMPO LARGO ......................................................... 84 TABELA 8 - DADOS ECONÔMICOS DO MUNICÍPIO DE CAMPO LARGO ................................................ 85 TABELA 9 - INFRAESTRUTURA DO MUNICÍPIO DE CAMPO LARGO ...................................................... 86 TABELA 10 - INDICADORES SOCIAIS DO MUNICÍPIO DE CAMPO LARGO ............................................. 86

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1.

INTRODUÇÃO

1.1

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

As unidades de conservação são definidas como "porções do território nacional, incluindo as águas territoriais, com características naturais de relevante valor, de domínio público ou propriedade privada, legalmente instituídas pelo poder público, com objetivos e limites definidos, e sob regimes especiais de administração, às quais se aplicam ga rantias adequadas de proteção" 1.

Os principais objetivos das unidades de conservação são: 

Contribuir para a conservação das variedades de espécies biológicas e dos recursos genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais;

Proteger as espécies ameaçadas de extinção;

Contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais;

Promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais;

Promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no processo de desenvolvimento;

Proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica;

Proteger as

características

relevantes

de natureza

geológica, morfológica,

geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural;

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Recuperar ou restaurar ecossistemas degradados;

Proporcionar meio e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental;

Valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica;

Favorecer condições e promover a educação e a interpretação ambiental e a recreação em contato com a natureza; e

Proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente.

A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) é uma unidade de conservação privada, reconhecida pelo poder público, gravada com perpetuidade a partir de um ato voluntário do proprietário da área. Seu objetivo principal é conservar a diversidade biológica.

A RPPN é um instrumento extremamente importante para a conservação no Brasil, contribuindo para o aumento das áreas protegidas em locais estratégicos, como ecossistemas ameaçados, zonas de amortecimento de Unidades de Conservação e/ou mosaicos. Além disto, colabora para a constituição de corredores ecológicos e para o aumento da conectividade da paisagem e também se apresenta com íntegro propósito social. Através da compreensão do papel da RPPN e da participação civil em sua criação e manejo, fica fundamentado o exercício de parte importante da cidadania: as relações socioambientais 2.

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1.2

DESCRIÇÃO DO ESTUDO

O presente estudo, denominado de “Estudo para Criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN Refúgio Carolina”, objetiva fornecer informações técnicas e científicas como subsídio para a criação da Unidade de Conservação RPPN Refúgio Carolina, em conformidade com as exigências do Artigo 7º, da Portaria n.º 263/98/IAP/GP e demais legislações correlatas.

A área de estudo (imóvel rural denominado “REFÚGIO CAROLINA”), é uma área natural de interesse ecológico relevante, com remanescentes de Florestal Ombrófila Mista Montana (Floresta com Araucária) em estágio médio e avançado de sucessão vegetal, localizado no município de Campo Largo, Paraná, com área total de 20.000,00 metros quadrados (2,0 hectares), de propriedade de Angelo Guimarães Simão.

Da área total do imóvel, propõe-se que 11.420,00 metros quadrados (1,1420 hectares), sejam convertidos em RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural).

O “Estudo para Criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN Refúgio Carolina” abrange os seguintes tópicos: metodologia do estudo; identidade e identificação da área de estudo; localização e acesso; aspectos institucionais; aspectos físico-geográficos (relevo, clima, solos, hidrografia, etc.); aspectos biológicos (flora e fauna); aspectos socioambientais; e, manifestação conclusiva sobre a criação da Unidade de Conservação.

A elaboração e redação do estudo técnico foi baseado em normas da ABNT. O crédito das fotografias quando não indicada é da equipe de campo. Em anexo, estão contidos os mapas temáticos georreferenciados do imóvel e da área proposta para a RPPN.

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2.

METODOLOGIA DO ESTUDO

2.1

PLANEJAMENTO INICIAL

O estudo para a criação da RPPN Refúgio Carolina teve início com o planejamento e definição dos objetivos e principais ações e atividades a serem realizadas, conforme as exigências dos órgãos ambientais.

A metodologia de elaboração do estudo, em um primeiro momento, partiu de uma análise geral sobre os meios físico, biológico e socioeconômico da região correspondente ao município de Campo Largo, Paraná, apropriando-se até o detalhamento da bacia hidrográfica. Desta forma, a análise desses meios determinou a abordagem multidisciplinar necessária à efetivação deste estudo, envolvendo as áreas de socioeconômica, aspectos rurais, geologia/pedologia, cartografia, fauna e flora. As pesquisas consideraram a bibliografia especializada disponível sobre a região, associadas ao apoio de campo necessário à complementação de uma base de dados suficiente e segura.

2.2

LEVANTAMENTO DE DADOS

2.2.1 Levantamento de dados secundários

O levantamento de dados secundários compreendeu levantamentos bibliográficos, documentais, estatísticos e científicos, abrangendo as áreas ambiental e socioeconômica, em meio impresso, digital e virtual (internet).

As principais fontes de dados secundários utilizados neste estudo foram: 

IAP – Instituto Ambiental do Paraná

IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

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ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

IPARDES – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social

MMA – Ministério do Meio Ambiente

Neotropical Herbarium Specimens – Field Museum – Chicago, IL

Prefeitura Municipal de Campo Largo

REFLORA – Lista de espécies da flora do Brasil – Jardim Botânico do Rio de Janeiro, RJ

SIDOL - Sistema de Identificação Dendrológica Online

Species Link

UFPR – Universidade Federal do Paraná

UNICAMP – Universidade de Campinas

2.2.2 Levantamento de dados cartográficos

Esta etapa compreendeu os levantamentos, aquisições, cópias e downloads de cartas topográficas, fotografias aéreas, imagens de satélite, mapas temáticos, arquivos vetoriais, imagens rasterizadas, entre outros, em meio impresso, digital e virtual (internet).

As principais fontes de material cartográfico utilizados neste estudo foram: 

CBERS - China-Brazil Earth Resources Satellite

DigitalGlobe - GeoEye Inc.

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Google Earth™ – Google inc.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Instituto Águas do Paraná (antiga SUDERHSA)

ITCG – Instituto de Terras, Cartografia e Geociências do Estado do Paraná

LANDSAT TM5

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2.2.3 Levantamento do meio físico

O levantamento físico geográfico foi realizado por meio de análise de informações gerais obtidas em dados secundários (bibliografia, documentos, estatísticas e artigos científicos), complementado por informações específicas obtidas em levantamentos de campo. O estudo físico-geográfico compreendeu os seguintes componentes da paisagem: climatologia e meteorologia; pedologia (solos); geologia; geomorfologia (relevo); hidrografia e hidrologia.

2.2.4 Levantamento meio socioeconômico

O levantamento do Meio Socioeconômico foi realizado por meio de análise de informações gerais obtidas em dados secundários (dados estatísticos oficiais, bibliografia, documentos e artigos científicos).

As principais bases de informação formam o IPARDES (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Prefeitura Municipal de Campo Largo e Governo do Estado do Paraná.

2.2.5 Levantamento do meio biótico

2.2.5.1 Levantamento de flora

O inventário florestal foi realizado Entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014. Para o levantamento dos indivíduos arbóreos foi utilizado o método de amostragem (para as espécies folhosas) e o método de censo para Araucaria angustifolia (Pinheiro do Paraná). A classificação botânica foi baseada em APG II (2003) 3.

O método de amostragem foi utilizado para mensuração dos indivíduos arbóreos com ocorrência na Área de Preservação Permanente (APP) e na área de Reserva Florestal Legal (RL), remanescentes (capões) isolados nas áreas de pastagem, localizados fora das áreas de APP e 3

APG II (2003). FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br

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RL. Foi utilizado o método de parcelas com área variável 4. Para tanto, foram instaladas aleatoriamente em campo parcelas retangulares com área variável (de 50 a 300 m2) totalizando uma área amostral de 1.530 m2, onde foram avaliados todos os indivíduos arbóreos com diâmetro à altura do peito - DAP (a 1,30 m do solo) igual ou superior a 10,0 cm (FIGURA 1). Os vértices das parcelas foram demarcados com tubo de PVC e o entorno foi demarcado com fita zebrada. Todos os indivíduos amostrados foram também demarcados com fita zebrada (FIGURA 2).

FIGURA 1 - MENSURAÇÃO DOS INDIVÍDUOS ARBÓREOS AMOSTRADOS

Em fichas específicas de campo, anotaram-se a espécie botânica, altura total (em metros), ponto de inversão morfológica (PIM) e posição sociológica (PS), verificando a qual estrato pertence cada indivíduo. Para o caso de exemplares com vários troncos, foram considerados aqueles em que ao menos uma das ramificações tivesse mais de 4,0 cm de DAP, medindo-se, então, todo o conjunto. O modelo das fichas de campo encontram-se em apêndice.

4

Mueller-Dombois e Ellemberg (1974). FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br

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FIGURA 2 - MARCAÇÃO DOS INDIVÍDUOS ARBÓREOS AMOSTRADOS

Os parâmetros fitossociológicos analisados no estudo foram: densidade (relativa e absoluta), dominância (relativa e absoluta), frequência (relativa e absoluta), valor de importância, valor de cobertura e posição sociológica. A análise dos dados foi realizado no software freeware Fitopac 5 e em Microsoft Office Excel.

A densidade significa o número de indivíduos de cada espécie de uma associação vegetal por hectare e mede a participação das diferentes espécies da floresta. A densidade absoluta corresponde ao número total de indivíduos de uma mesma espécie, e a densidade relativa, expressa em porcentagem, a participação de cada espécie ao número total de indivíduos, onde n / ha representa o número de indivíduos de cada espécie por hectare e N/ha representa o número total de indivíduos por hectare 6:

5 6

Densidade Absoluta (DA) = n / ha

Densidade Relativa (DR) = (n / ha) / (N / ha) * 100

Shepard, 1999. Mueller-Dombois & Ellenberg (1974). FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br

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A dominância é definida originalmente como a projeção total da copa por espécie e por unidade de área; utiliza-se a área basal dos fustes, por haver estreita correlação entre ambas e por uma maior facilidade na obtenção dos dados. A dominância absoluta é calculada através da soma das áreas transversais dos indivíduos pertencentes a uma mesma espécie, por hectare. A dominância relativa corresponde à participação em percentagem, de cada espécie, em relação à área basal total, onde g / ha represente a área transversal de cada espécie por hectare (m 2/ha) e G/ha, representa a área basal total por hectare (m 2/ ha), ou seja: 

Dominância Absoluta (DOA) = g/há

Dominância Relativa (DOR) = (g/ha) / (G/ha) * 100

A frequência é um conceito estatístico relacionado com a uniformidade de distribuição das espécies, caracterizando a ocorrência destas dentro das parcelas de levantamento. A frequência absoluta de uma espécie se expressa pela percentagem de parcelas em que a espécie ocorre. A frequência relativa se calcula com base na soma total das frequências absolutas, para cada espécie, ou seja: 

Frequência Absoluta (FA) = percentagem de parcelas em que ocorre uma espécie

Frequência Relativa (FR) = FA / Ʃ FA * 100

O valor de importância (VI) combina os dados estruturais (densidade, dominância e frequência) em uma única fórmula, integrando os aspectos parciais dos demais parâmetros 7, em que: 

Valor de importância (VI) = DR + DOR + FR

Outro índice usado é o valor de cobertura (VC), que é a soma dos valores relativos e densidade relativa e dominância relativa, em que:

7

Valor de cobertura (VC) = DR + DOR

CURTIS, 1959. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br

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O parâmetro fitossociológico estudado, relacionado com a estrutura vertical, é a posição sociológica, que indica em quais estratos da floresta podemos encontrar determinadas espécies. As espécies que apresentam uma posição sociológica regular numa floresta são as que possuem um número de indivíduos maior ou pelo menos igual aos pisos subsequentes. Foi definido, de forma simples, dois estratos, o superior (PS 1) e o inferior (PS 2).

2.2.5.2 Levantamento de fauna

A caracterização faunística na área do Refúgio Carolina apoiou-se na coleta de informações primárias provenientes de levantamentos de campo e em informações secundárias provenientes de dados bibliográficos e museológicos. Cada um dos grupos estudados apresenta resultados específicos, que resultam na caracterização geral da composição da fauna no Refúgio Carolina.

Os trabalhos de campo foram realizados entre os dias 02 de dezembro e 30 de janeiro de 2014. Foi utilizada uma combinação de métodos visando otimizar o número de espécies registradas. Os mamíferos de médio e grande porte foram detectados em caminhadas, por meio de visualizações, presença de fezes e pegadas. Foram realizadas, também, entrevistas informais com moradores da área.

O levantamento museológico foi realizado no Museu de História Natural "Capão da Imbuia" – MHNCI (Curitiba, PR), com o objetivo de buscar em suas coleções exemplares de mamíferos tombados com procedência da bacia do rio Açungui/Ribeira. No levantamento bibliográfico foram incluídos os trabalhos publicados em revistas científicas, Anais e resumos de congressos, além de teses sobre a mastofauna da região.

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3.

ESTUDO TÉCNICO PARA A CRIAÇÃO DA RPPN

3.1

IDENTIDADE E IDENTIFICAÇÃO

A seguir é apresentado quadro (QUADRO 1) contendo informações sobre a identidade e identificação da RPPN proposta.

QUADRO 1 – INFORMAÇÕES SOBRE A IDENTIDADE E IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA PROPOSTA PARA RPPN REFÚGIO CAROLINA

NOME DA ÁREA DE ESTUDO

REFÚGIO CAROLINA

CATEGORIA DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO PROPOSTA

RPPN – RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL ESTADUAL

PROPRIETÁRIO:

ANGELO GUIMARÃES SIMÃO

CPF:

014.862.799-45

LOCALIZAÇÃO (MUNICÍPIO / UF)

CAMPO LARGO, PARANÁ

MATRÍCULA / CRI:

39.408 - CRI CAMPO LARGO, PARANÁ

LOTE:

LOTE C

LOCALIDADE:

RIBEIRÃO, QUARTEIRÃO GUABIROBA

INCRA:

701.068.029.572-8

ÁREA TOTAL DO IMÓVEL (HECTARES):

2,00 HECTARES

ÁREA TOTAL DO IMÓVEL (METROS QUADRADOS):

20.000,00 M2

ÁREA PROPOSTA PARA A RPPN (HECTARES):

1,1420 HECTARES

ÁREA PROPOSTA PARA A RPPN (METROS QUADRADOS):

11.420,00 M2

TIPOLOGIA VEGETACIONAL:

FLORESTA OMBRÓFILA MISTA MONTANA, EM ESTÁGIO MÉDIO DE SUCESSÃO VEGETAL

BACIA HIDROGRÁFICA

RIBEIRA

COORDENADAS UTM SAD-69 DE REFERÊNCIA: E OU X (M) =

643.900 M

N OU Y (M) =

7.192.000 M

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3.2

LOCALIZAÇÃO E ACESSO

O Refúgio Carolina situa-se na localidade Ribeirão, no Quarteirão Guabiroba, na área rural do município de Campo Largo, Paraná, na região do Morro do Cal e Três Irmãos, a cerca de 35 km de distância da capital, Curitiba (a partir do Parque Barigui).

As coordenadas UTM SAD-69 (Zona 22 Sul) de referência do Refúgio Carolina são: 

Leste (E) ou X = 643.900 m

Oeste (W) ou Y = 7.192.000 m

As coordenadas geográficas (em graus decimais) para GPS (com elipsoide e Datum WGS84, compatível com Google Earth™) de referência do Refúgio Carolina são: 

- 25.382114 (S)

- 49.570242 (W)

O acesso ao Refúgio Carolina, partindo de Curitiba, inicia-se pela BR-277, sentido Campo Largo (interior do estado), por cerca de 25 km, seguindo por estradas vicinais por aproximadamente 11 km até o Refúgio Carolina. A distância total a partir de Curitiba, na BR-277 nas proximidades do Parque Barigui é de 32,8 km. A partir da Rodovia BR- 277 segue até Campo Largo por cerca de 25 km, onde deve seguir pela saída do Bairro Guabiroba (à direita), cerca de 1 km após o viaduto de acesso a Bateias, percorrendo cerca de 11,0 km em estradas vicinais não pavimentadas, até o destino final, Refúgio Carolina, conforme podemos observar na figura a seguir (FIGURA 3 - MAPA DE LOCALIZAÇÃO GERAL DO REFÚGIO CAROLINA). Há um caminho um pouco mais longo, porém normalmente apresenta melhores condições de tráfego para os trechos de estrada de chão. Ao longo dos últimos 5 km, o roteiro contorna todo o entorno do Morro do Cal, que pode ser avistado em muitos momentos, sempre do lado esquerdo do veículo. O roteiro pode ser observado em apêndice (APÊNDICE 7 – pg. 116). Os Mapas em tamanho maior (formato A3) encontram-se em anexo.

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FIGURA 3 - MAPA DE LOCALIZAÇÃO GERAL DO REFÚGIO CAROLINA

REFÚGIO CAROLINA

BR 277 CAMPO LARGO

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As estradas de terra de acesso ao Refúgio são de boas condições de transitabilidade, com poucos trechos íngremes e com baixa suscetibilidade à erosão. São apresentadas a seguir, fotografias da estrada de acesso ao Refúgio Carolina (FIGURAS 4 e 5).

FIGURA 4 – ASPECTO GERAL DA ESTRADA DE ASCESSO AO REFÚGIO CAROLINA

FIGURA 5 - PORTEIRA DE ACESSO AO REFÚGIO CAROLINA

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3.3

MEMORIAL DESCRITIVO DA ÁREA A SER DESTINADA COMO RPPN

A seguir é apresentado quadro (QUADRO 2) contendo o memorial descritivo da área destinada à RPPN Refúgio Carolina, no município de Campo Largo, Paraná.

QUADRO 2 - MEMORIAL DESCRITIVO DA ÁREA DESTINADA À RPPN REFÚGIO CAROLINA MEMORIAL DESCRITIVO DA ÁREA DESTINA À RPPN IMÓVEL MATRÍCULA 39.408 - REFÚGIO CAROLINA PROPRIETÁRIO: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO – CPF 014.862.799-45 O POLÍGONO QUE COMPÕE A ÁREA DESTINADA A SER TRANSFORMADA EM RPPN TEM SEU LIMITE INICIADO NO PONTO DENOMINADO DE MR1, COM COORDENADAS UTM SAD-69 LESTE (OU X) 643.843 M E NORTE (OU Y) 7.191.973 M, LOCALIZADO NA BORDA DA ESTRADA DE ACESSO. DESTE PONTO SEGUE, EM SENTIDO ANTI-HORÁRIO, POR 16,56 M, EM LINHA RETA CONTÍNUA ACOMPANHANDO O LIMITE ENTRE A FLORESTA E A ESTRADA, COM RUMO SUDOESTE (SO), ATÉ O PONTO MR2, COM COORDENADAS UTM SAD-69 LESTE (OU X) 643.839 M E NORTE (OU Y) 7.191.970 M. DESTE PONTO O PERÍMETRO SEGUE 123,44 METROS, ACOMPANHANDO O LIMITE ENTRE A FLORESTA E A PASTAGEM, COM DIVERSOS RUMOS, ATÉ O PONTO MR3, LOCALIZADO NO PERÍMETRO DO IMÓVEL, EM SUA FACE OESTE (W), COM COORDENADAS UTM SAD-69 LESTE (OU X) 643.764 M E NORTE (OU Y) 7.191.907 M. DESTE PONTO SEGUE POR 54,64 METROS, EM LINHA RETA, COM RUMO SUDESTE (SE), ATÉ O PONTO M5, VÉRTICE DO IMÓVEL, NO ENCONTRO DE LINHA SECA DE DIVISA E LINHA FLUVIAL DE DIVISA (CÓRREGO), COM COORDENADAS UTM SAD-69 LESTE (OU X) M E NORTE (OU Y) M. DESTE PONTO SEGUE ACOMPANHANDO PEQUENO CURSO D’ÁGUA (CÓRREGO), EM SENTIDO CONTRÁRIO A CORRENTE, POR 190,15 METROS, COM DIVERSOS RUMOS, ATÉ O PONTO M6, VÉRTICE DO IMÓVEL, NO ENCONTRO DE LINHA FLUVIAL DE DIVISA (CÓRREGO) E LINHA SECA DE DIVISA, COM COORDENADAS UTM SAD-69 LESTE (OU X) M E NORTE (OU Y) M. DESTE PONTO SEGUE EM LINHA RETA POR 36,09 METROS, COM RUMO NOROESTE (NO), ATÉ O PONTO MR4, COM COORDENADAS UTM SAD-69 LESTE (OU X) 643.943 M E NORTE (OU Y) 7.191.929 M. DESTE PONTO SEGUE 155,12 METROS, ACOMPANHANDO O LIMITE ENTRE A FLORESTA E A PASTAGEM, COM DIVERSOS RUMOS, ATÉ O PONTO MR1, INÍCIO DO LIMITE DESTE POLÍGONO. A ÁREA TOTAL DESTINADA PARA A RPPN É DE 1,1420 HECTARES, OU 11.420,00 METROS QUADRADOS, COM PERÍMETRO DE 578,00 METROS. A VEGETAÇÃO PREDOMINANTE DA ÁREA É A FLORESTA OMBRÓFILA MISTA MONTANA (FLORESTA COM ARAUCÁRIA), EM ESTÁGIO MÉDIO DE SUCESSÃO VEGETAL. O MAPA COM OS LIMITES DA ÁREA PROPOSTA PARA RPPN ENCONTRA-SE EM ANEXO.

Responsável Técnico: CEUSNEI SIMÃO Engenheiro Florestal, M.Sc. - CREA-PR 67.783/D ART CREA-PR 20134893001 Local e data: Curitiba, Abril de 2014

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3.4

ASPECTOS INSTITUCIONAIS

A institucionalização da RPPN Refúgio Carolina deverá ser baseada nos aspectos legais de âmbito federal, estadual e municipal que são pertinentes e aplicáveis à região do Refúgio Carolina. A categoria proposta para a RPPN é Estadual.

São base para a institucionalização da RPPN as seguintes leis e decretos, entre outras normas vigentes:

- Lei 9.985 de 18 de Julho de 2000, cria o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, sendo regulamentada pelo Decreto n° 4.340 de 22 de agosto de 2002. Estes instrumentos jurídicos regulamentam a criação, implantação e gestão das unidades de conservação em todos os âmbitos governamentais. O Artigo 21 dispõe sobre RPPN:

Art. 21. A Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica. (Regulamento) § 1o O gravame de que trata este artigo constará de termo de compromisso assinado perante o órgão ambiental, que verificará a existência de interesse público, e será averbado à margem da inscrição no Registro Público de Imóveis. § 2o Só poderá ser permitida, na Reserva Particular do Patrimônio Natural, conforme se dispuser em regulamento: I - a pesquisa científica; II - a visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais; § 3o Os órgãos integrantes do SNUC, sempre que possível e oportuno, prestarão orientação técnica e científica ao proprietário de Reserva Particular do Patrimônio Natural para a elaboração de um Plano de Manejo ou de Proteção e de Gestão da unidade. - Decreto n° 5.746, de 5 de abril de 2006. Aprova e define os critérios de criação e regulamentação de RPPN e implantação do Plano de Manejo:

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Art. 1º A Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN é unidade de conservação de domínio privado, com o objetivo de conservar a diversidade biológica, gravada com perpetuidade, por intermédio de Termo de Compromisso averbado à margem da inscrição no Registro Público de Imóveis. Parágrafo único. As RPPNs somente serão criadas em áreas de posse e domínio privados. Art. 14. A RPPN só poderá ser utilizada para o desenvolvimento de pesquisas científicas e visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais previstas no Termo de Compromisso e no seu plano de manejo. - Decreto n° 1529, de 02 de outubro de 2007. Dispõe sobre o Estatuto Estadual de Apoio à Conservação da Biodiversidade em Terras Privadas no Estado do Paraná, atualiza procedimentos para a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN - e dá outras providências:

Art. 13. A RPPN deverá contar com Plano de Manejo, que é o instrumento de planejamento e de implementação da Unidade de Conservação. § 1º. O Plano de Manejo definirá as atividades a serem desenvolvidas no interior da UC, indicará as medidas de conservação e de uso sustentável para a sua vizinhança e área de influência e proporá medidas para a melhoria da qualidade ambiental e de vida no entorno da RPPN, a partir de diretrizes fornecidas pelo IAP, que deverá homologá-lo. § 2°. O Plano de Manejo deverá ser apresentado num prazo máximo de cinco anos a contar do reconhecimento da RPPN, sob pena de sua exclusão do Cadastro Estadual de Unidades de Conservação – CEUC - e demais sanções daí decorrentes. § 3º. Após a aprovação do Plano de Manejo, a permanência da RPPN no CEUC fica condicionada à sua execução. Art. 14. As diretrizes para a elaboração dos Planos de Manejos, fornecidas pelo IAP, poderão ter padrões diferentes, considerando as características de conjuntos de RPPN. - Portaria IAP n°233, de 28 de dezembro de 2009. Institui o Roteiro Metodológico para elaboração de Plano de Manejo de RPPN no PR.

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O Zoneamento da UC é definição de setores ou zonas em uma UC com objetivos de manejo e normas especificas, com o propósito de proporcionar os meios e as condições para que todos os objetivos da unidade possam ser alcançados de forma harmônica e eficaz, segundo a Lei 9.985/2000, que institui o SNUC 8. O zoneamento contém a delimitação e a descrição das zonas, definidas de acordo com as potencialidades de cada área e com a afinidade dos usos que serão reunidos em cada um desses espaços. Estabelece uso diferenciado, que vai construir zonas específicas com normas próprias9. Os critérios adotados para o zoneamento fazem parte do Roteiro para Planejamento de RPPNs no Estado do Paraná 10. Como orientação secundária, seguiu-se também as recomendações contidas na Resolução CONAMA Nº347/2004.

Como norma geral, não é permitido fumar, ter animais domésticos dentro da UC e Segundo Resolução nº 051/2008/SEMA, Art. 2º, não será admitida a despalha da cana-de-açúcar em áreas situadas: a uma distância inferior a 100 m (cem metros) do limite de Unidades de Conservação, bem como suas zonas amortecimento, quando existentes, conforme as definições da Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000;

Os objetivo principal da criação da RPPN Refúgio Carolina é conservação e preservação de uma área silvestre, com remanescente florestal natural, para a realização de pesquisas científicas e visitação turística, recreativa e educacional. Toda pesquisa realizada deve estar devidamente licenciada pelos órgãos competentes e ter autorização dos proprietários da RPPN.

Atualmente na área do Refúgio Carolina não existe nenhuma infraestrutura privada ou pública, e não há abastecimento dos serviços públicos, como água, luz, esgoto ou coleta de lixo. Escolas e unidades de saúde estão a uma distância aproximada de mais de 8 km do local.

A implantação e gestão da RPPN deverá ser realizada com apoio de organizações públicas e privadas, universidades, institutos de pesquisas, entre outras organizações.

8

PARANA, 2009. FERREIRA et.al., 2004. 10 PARANÁ, 2009. 9

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3.5

CARACTERIZAÇÃO DO MEIO FÍSICO

3.5.1 Aspectos pedológicos (solos)

Segundo o Mapa de Solos do Brasil, EMBRAPA (2011) 11, os solos predominantes da região são as associações entre os Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos, Argissolos VermelhoAmarelos Distróficos e Cambissolos Háplicos Tb Distróficos, denominado de LVAd30.

Os Latossolos são solos altamente intemperizados, resultantes da remoção de sílica e das bases trocáveis. Grande parte dos minerais existentes nesses solos são secundários, constituintes da fração argila. As formas predominantes de relevo nos Latossolos são topografia plana e suave ondulada. Os Latossolos são solos minerais, não-hidromórficos, profundos (normalmente superiores a 2 m), horizontes B muito espesso (> 50 cm) com sequência de horizontes A, B e C pouco diferenciados; as cores variam de vermelhas muito escuras a amareladas, geralmente escuras no A, vivas no B e mais claras no C. A sílica (SiO2) e as bases trocáveis (em particular Ca, Mg e K) são removidas do sistema, levando ao enriquecimento com óxidos de ferro e de alumínio que são agentes agregantes, dando à massa do solo aspecto maciço poroso; apresentam estrutura granular muito pequena; são macios quando secos e altamente friáveis quando úmidos. Os Latossolos são muito intemperizados, com pequena reserva de nutrientes para as plantas, representados normalmente por sua baixa a média capacidade de troca de cátions.

Também, é possível encontrar associações de solos Podzólicos, que possuem característica de serem minerais, não-hidromórficos, com horizonte A ou E (horizonte de perda de argila, ferro ou matéria orgânica, de coloração clara) seguido de horizonte B textural, com nítida diferença entre os horizontes. Apresentam horizonte B de cor avermelhada até amarelada e teores de óxidos de ferro inferiores a 15%. Podem ser eutróficos, distróficos ou álicos. Têm profundidade variadas e ampla variabilidade de classes texturais.

11

EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Levantamento de Reconhecimento de Solos do Brasil. Brasília, 2011. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br

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3.5.2 Aspectos climáticos

O estado do Paraná localiza-se entre os paralelos 22º e 27º de latitude sul e os meridianos 48º e 55º de longitude oeste, ocorrendo algumas diferenciações climáticas internas. A média anual de pluviosidade do estado varia de 1.200 mm a mais de 3.000 mm, sendo ao norte e a noroeste ocorrem os menores valores, e a sudeste e na encosta litorânea os maiores. Na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde o município de Campo Largo (e o Refúgio Carolina) está situado, a média anual predominante é de 1.400 mm, ocorrendo variações no setor norte da região com 1.200 mm e no setor leste atingindo 2.000 mm. O clima da região onde se localiza o Refúgio Carolina é o subtropical úmido mesotérmico, classificado segundo Koeppen como Cfb, sendo caracterizado como temperado úmido, conforme o mapa de clima do Paraná apresentado a seguir (FIGURA 6).

FIGURA 6 - MAPA DE CLIMAS DO PARANA, SEGUNDO KOEPPEN, COM DETALHE PARA A REGIÃO DA ÁREA DE ESTUDO

FONTE: IAPAR – INTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ (ADAPTADO)

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O clima Cfb é caracterizado por temperatura média anual de 17,6ºC, do mês mais quente igual a 21,2ºC, do mês mais frio igual a 13,3ºC e média máxima de 24,3ºC. Ocorre uma média de três geadas por ano. O mês de maior pluviosidade é janeiro, com 164,4 mm; o mês mais seco, agosto, com 71,2 mm. A pluviosidade divide-se nos doze meses do ano, com precipitação total anual de 1.422,8 mm 12.

Em termos genéricos, para grande parte do primeiro planalto do Paraná, o clima se enquadra na classe Cfb, ou seja, chuvoso temperado quente (C); sempre úmido, com chuva suficiente em todos os meses, totalizando mais de 1.000 mm anualmente e, no mês mais seco, ainda superior a 60 mm (f); a média de temperatura do mês mais quente é inferior a 22º C (b).

No domínio subtropical úmido, tem as suas condições meteorológicas e de dinâmica atmosférica influenciadas pelas massas de ar tropicais e polares (Massa Tropical Atlântica – MTA, Massa Tropical Continental – MTC e Massa Polar Atlântica – MPA). Nos verões, em especial, há a ocorrência das massas equatoriais (Massa Equatorial Continental – MEC), mas que também são responsáveis pela atuação de sistemas frontais durante todo o ano. Com isso, há uma regularidade na distribuição da pluviometria associada às baixas temperaturas no inverno. As médias térmicas variam de 12,9ºC, no mês mais frio a 22,5ºC no mês mais quente, com temperatura média de 16,4ºC, que garantem verões frescos sem estação seca e ocorrência de frequentes geadas no inverno. A interação dessas massas de ar com grande umidade, com as formações de relevo da Serra do Mar no trecho oriental da bacia do Rio Ribeira, é responsável pela ocorrência de chuvas orográficas que abastecem as nascentes dos rios da região.

3.5.3 Aspectos geológicos e geomorfológicos (relevo)

O Refúgio Carolina está situado no Primeiro Planalto Paranaense, que é caracterizado por uma ampla superfície esculpida pela erosão, na qual é possível verificar uma nítida distinção no relevo, decorrente de variações do substrato rochoso. Em sua porção centro-norte, afloram as

12

MAACK, Reinhard. Geografia Física do Estado do Paraná. Curitiba, 1968. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br

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rochas do grupo Açungui sobre as quais se observa um relevo resultante de interna ação da dissecação erosiva promovida pelas drenagens da bacia do Rio Ribeira, controlada por alinhamentos estruturais e pela resistência diferenciada das rochas, que gerou uma morfologia característica do relevo regional 13. O Primeiro Planalto está situado entre a Serra do Mar e o Segundo Planalto, com um embasamento cristalino, tais como xistos, gnaisses, cortados por diques de pegmatitos e intrusões graníticas. Possui as estruturas mais antigas do estado formadas em sua maioria por rochas metamórficas.

As altitudes médias variam entre 850 e 950 metros, formando uma paisagem levemente ondulada com planícies. Ao norte comparecem as rochas do Grupo Açungui, onde a drenagem do Ribeira produziu uma intensa dissecação, formando um relevo montanhoso, com altitudes que chegam a mais de 1.200 metros. Todas estas características estão associadas a dois tipos predominantes de vales: V e V encaixado, de vertentes convexas e retilíneas, com uma minoria côncava. Em termos de área, as classes de declividade são na maioria menor que 6% e na minoria maiores que 30% 14.

3.5.4 Aspectos hidrográficos

A região aonde está situado o Refúgio Carolina pertence à bacia hidrográfica do Ribeira, que no estado do Paraná possuí uma área de 9.736 km 2 de área 15, correspondendo a cerca de 5% da área do estado, e uma população de 232.775 habitantes 16, em torno de 2% do total do estado.

A bacia localiza-se na parte norte do primeiro planalto paranaense, sob duas unidades aquíferas: Karst e Pré Cambriana. O rio Ribeira nasce na vertente leste da Serra Paranapiacaba, sendo formado pelos rios Ribeirinha e Açungui, e percorre cerca de 470 km, dos quais 220 em território paranaense, até desaguar no oceano, no litoral sul de São Paulo, no município de Iguape. 13

LUMA, F. F; ROCHA, L. F. S; SESSEGOLO, G. C. Conhecendo Cavernas: Região Metropolitana de Curitiba. Curitiba: Grupo de Estudos Espeleológicos do Paraná, 2006. 14

MINEROPAR. Geologia do Paraná. Governo do Estado do Paraná. 2009.

15

SEMA. Secretaria Estadual de Meio Ambiente. 2007 IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Resultados do Censo 2000. Brasília, 2004.

16

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A região possui uma rede hidrográfica bastante densa que vai em direção ao Oceano Atlântico pelo Rio Ribeira do Iguape. Esta rede hidrográfica forma rios encaixados e movimentados, produzindo um cenário típico da região. Na região próxima ao núcleo urbanos da Região Metropolitana de Curitiba, encontram-se as nascentes dos principais rios formadores do Rio Ribeira, como o Capivari e o Rio Açungui. Estas nascentes estão localizadas nos municípios de Colombo, Campo Magro, Almirante Tamandaré, Campo Largo e Rio Branco do Sul. Estes rios estão outorgados o seu uso para a produção de energia e ao abastecimento urbano. Ao mesmo tempo, de acordo com a legislação Estadual dos Recursos Hídricos, parte desta região está incluída na Bacia Hidrográfica do Alto Iguaçu e Alto Ribeira, para fins de planejamento e de uma ação integrada17.

Na área do Refúgio Carolina existe um pequeno córrego (sem nome) localizado na divisa Sul do imóvel; É um afluente direto do rio da Fábrica, tributário do rio Açungui, um dos principais formadores do rio Ribeira e principais contribuintes da bacia. A sua vazão é muito pequena e em períodos com déficit hídrico chega a quase secar. A largura média do córrego é de 1,0 metro e seu comprimento, na divisa Sul do imóvel com Faustino Roque Jareke de confrontante, é de 190,15 metros. A Área de Preservação Permanente (APP) encontra-se preservada, com área total de 0,5766 hectares.

17

MINEROPAR. Geologia do Paraná. Governo do Estado do Paraná. 2009; SUDERHSA (Atual Instituto Águas do Paraná), consulta em: http://www.aguasparana.pr.gov.br/. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br

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3.6

CARACTERIZAÇÃO DO MEIO BIÓTICO

3.6.1 Caracterização e levantamento da vegetação

3.6.1.1 Aspectos florísticos e fitofisionômicos

Conforme a Classificação da Vegetação Brasileira do IBGE 18, a vegetação da área de estudo é enquadrada como Floresta Ombrófila Mista, com gradiente atitudinal Montano. A Floresta Ombrófila Mista (FOM) é caracterizada estruturalmente pela presença da espécie Araucaria angustifolia19, sendo um tipo de formação florestal típica do sul do Brasil. Observam-se variações em termos de estrutura e distribuição, resultantes da característica heterogênea do ambiente20, com predominância de Ocotea, Cedrela, Casearia, Sloanea, Podocarpus, Campomanesia, Ilex e Cinnamodendron, conforme figura a seguir (FIGURA 7)21. FIGURA 7 - PERFIL ESQUEMÁTICO DESTACANDO A ESTRUTURA DE UM SEGMENTO DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA – PR

FONTE: RODERJAN et al., 1993 18

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Classificação da Vegetação Brasileira Adaptada ao Sistema Universal. Rio de Janeiro. 1992; Leite, 1994. 19

Hueck, 1978; Sanquetta et. al., 2002.

20

Battilani et. al., 2005.

21

RODERJAN et al., 1993. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br

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A FOM compreende as formações florestais típicas e exclusivas dos planaltos da região Sul do Brasil, com disjunções na região Sudeste e em países vizinhos (Paraguai e Argentina). Encontrase predominantemente entre 800 e 1200 m s.n.m., podendo eventualmente ocorrer acima desses limites.

A fisionomia da área de estudo está um pouco descaracterizada em função da ação antrópica. Há um grande remanescente com área com vegetação arbórea conservada, em estágio médio a avançado de sucessão vegetal, com diversas espécies em regeneração natural, mas também encontramos algumas áreas em fase inicial e média de sucessão vegetal e áreas com pastagem e gramados, o que indica que uma determinada porção da área anteriormente já foi usada para a finalidade de pecuária (ovinocultura). A espécie que se destaca fisionomicamente, em abundância, é a Araucaria angustifolia (Pinheiro-do-Paraná). São encontrados muitos indivíduos de grande porte, com altura média acima de treze metros e DAP médio acima de 40 cm.

Com base na composição florística das espécies e das famílias botânicas e na estrutura horizontal e vertical da área, considera-se o ambiente, em sua maioria, composto por espécies características de fases intermediárias de sucessão vegetal, como a Araucaria angustifolia, Schinus terebinthifolius, Matayba elaeagnoides e Cedrela fissilis. Poucas espécies foram encontradas em regeneração natural, entre elas destaca-se Jacaranda puberula, Schinus terebinthifolius e Matayba elaeagnoides. Entre as herbáceas o que mais se destaca é a Rosaceae Rubus sp.

Com relação à estrutura vertical (estratos), verificou-se a existência de um estrato uniforme, com em média 7 metros de altura, e um estrato emergente, com média de 12 metros de altura, composto predominantemente por Araucaria angustifolia, Schinus terebinthifolius e Matayba elaeagnoides.

Um aspecto de destaque é a presença de epífitas, como bromélias, orquídeas, samambaias e musgos, que dominam os galhos e os fustes dos indivíduos de maior porte. De forma geral

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classifica-se a área como uma floresta secundária alterada, sem subosque e com presença abundante de Araucaria angustifolia. Com base nos levantamentos de campo, foram identificadas na área de estudo 173 indivíduos arbóreos com DAP ≥ 10,0 cm, em uma área total amostral de 1.530 metros quadrados (para as espécies florestais folhosas), pertencentes a 21 famílias botânicas e 32 espécies arbóreas.

A família botânica mais representativa foi Anacardiaceae, com 52 indivíduos amostrados, todos pertencentes a mesma espécie, Schinus terebinthifolius Raddi (Aroeira). Em seguida vem a família Fabaceae, com 33 indivíduos amostrados, distribuídos em quatro espécies, Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan (Angico Branco), Dalbergia brasiliensis Vogel (Jacarandá), Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. (Timbó) e Machaerium stipitatum (DC.) Vogel (Sapuva).

A família Canellaceae teve 18 indivíduos amostrados, todos da mesma espécie, Cinnamodendron dinisii Schwanke (Pimenteira). A família Sapindaceae também foi representada por 18 indivíduos amostrados, mas pertencentes a três espécies, Allophylus guaraniticus (A.St.-Hil.) Radlk. (Vacumzeiro), Cupania vernalis Cambess. (Cuvatã) e Matayba elaeagnoides Radlk. (Miguel Pintado).

A família Salicaceae teve 13 indivíduos amostrados, representados por 3 espécies, Casearia obliqua Spreng. (Guaçatunga), Casearia sylvestris Sw. (Guaçatunda ou Cafezeiro Bravo) e Xylosma ciliatifolia (Clos) Eichler (Sucará). As demais famílias botânicas apresentaram menor representatividade em número de indivíduos amostrados e espécies representadas.

A seguir é apresentado a relação de espécies do componente florístico arbóreo, ordenado por nome científico das espécies (TABELA 1).

TABELA 1 - COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DO COMPONENTE ARBÓREO Nº

NOME CIENTÍFICO

FAMÍLIA BOTÂNICA

NOME COMUM

1

Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan

FABACEAE

Angico Branco

2

Allophylus guaraniticus (A.St.-Hil.) Radlk.

SAPINDACEAE

Vacumzeiro

3

Campomanesia xanthocarpa O.Berg

MYRTACEAE

Guabirobeira

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NOME CIENTÍFICO

FAMÍLIA BOTÂNICA

NOME COMUM

4

Casearia obliqua Spreng.

SALICACEAE

Guaçatunga

5

Casearia sylvestris Sw.

SALICACEAE

Guaçatunga

6

Cedrela fissilis Vell.

MELIACEAE

Cedro Rosa

7

Chrysophyllum sp.

SAPOTACEAE

Guatambú

8

Cinnamodendron dinisii Schwanke

CANELLACEAE

Pimenteira

9

Clethra scabra Pers.

CLETHRACEAE

Carne de Vaca

10

Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud.

BORAGINACEAE

Louro Pardo

11

Cordyline spectabilis Kunth & Bouché

ASPARAGACEAE

Uvarana

12

Cupania vernalis Cambess.

SAPINDACEAE

Cuvatã

13

Dalbergia brasiliensis Vogel

FABACEAE

Jacarandá

14

Escallonia bifida Link & Otto

ESCALLONIACEAE

Canudo de Pito

15

Guatteria australis A.St.-Hil.

ANNONACEAE

Pindaíba

16

Jacaranda puberula Cham.

BIGNONIACEAE

Caroba

17

Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth.

FABACEAE

Timbó

18

Machaerium stipitatum (DC.) Vogel

FABACEAE

Sapuva

19

Matayba elaeagnoides Radlk.

SAPINDACEAE

Miguel Pintado

20

Myrceugenia sp.

MYRTACEAE

Guamirim

21

Myrsine coriacea (Sw.) R. Br.

PRIMULACEAE

Capororoquinha

22

Myrsine umbellata Mart.

PRIMULACEAE

Capororocão

23

Ocotea puberula (Rich.) Nees

LAURACEAE

Canela Guaicá

24

Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) Landrum

MYRTACEAE

Craveiro

25

Prunus brasiliensis (Cham. & Schltdl.) D.Dietr.

ROSACEAE

Pessegueiro Bravo

26

Rhamnus sphaerosperma Sw.

RHAMNACEAE

Canjica

27

Roupala montana var. brasiliensis (Klotzsch) K.S.Edwards

PROTEACEAE

Carvalho Brasileiro

28

Sapium glandulosum (L.) Morong

EUPHORBIACEAE

Leiteiro

29

Schinus terebinthifolius Raddi

ANACARDIACEAE

Aroeira

30

Solanum sp.

SOLANACEAE

Fumo bravo

31

Xylosma ciliatifolia (Clos) Eichler

SALICACEAE

Sucará

32

Zanthoxylum rhoifolium Lam.

RUTACEAE

Mamica de Porca

FONTE: ANÁLISE DE DADOS DE CAMPO

A seguir é apresentado a relação de espécies do componente florístico arbóreo, ordenado por Família Botânica (TABELA 2).

TABELA 2 - DISTRIBUIÇÃO FLORÍSTICA POR FAMÍLIAS BOTÂNICAS DO COMPONENTE ARBÓREO

Nº 1

FAMÍLIA BOTÂNICA ANACARDIACEAE

NOME CIENTÍFICO Schinus terebinthifolius Raddi

NOME COMUM Aroeira

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FAMÍLIA BOTÂNICA

NOME CIENTÍFICO

NOME COMUM

2

ANNONACEAE

Guatteria australis A.St.-Hil.

Pindaíba

3

ASPARAGACEAE

Cordyline spectabilis Kunth & Bouché

Uvarana

4

BIGNONIACEAE

Jacaranda puberula Cham.

Caroba

5

BORAGINACEAE

Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud.

Louro Pardo

6

CANELLACEAE

Cinnamodendron dinisii Schwanke

Pimenteira

7

CLETHRACEAE

Clethra scabra Pers.

Carne de Vaca

8

ESCALLONIACEAE

Escallonia bifida Link & Otto

Canudo de Pito

9

EUPHORBIACEAE

Sapium glandulosum (L.) Morong

Leiteiro

10

FABACEAE

Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan

Angico Branco

11

FABACEAE

Dalbergia brasiliensis Vogel

Jacarandá

12

FABACEAE

Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth.

Timbó

13

FABACEAE

Machaerium stipitatum (DC.) Vogel

Sapuva

14

LAURACEAE

Ocotea puberula (Rich.) Nees

Canela Guaicá

15

MELIACEAE

Cedrela fissilis Vell.

Cedro Rosa

16

MYRTACEAE

Campomanesia xanthocarpa O.Berg

Guabirobeira

17

MYRTACEAE

Myrceugenia sp.

Guamirim

18

MYRTACEAE

Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) Landrum

Craveiro

19

PRIMULACEAE

Myrsine coriacea (Sw.) R. Br.

Capororoquinha

20

PRIMULACEAE

Myrsine umbellata Mart.

Capororocão

21

PROTEACEAE

Roupala montana var. brasiliensis (Klotzsch) K.S.Edwards

Carvalho Brasileiro

22

RHAMNACEAE

Rhamnus sphaerosperma Sw.

Canjica

23

ROSACEAE

Prunus brasiliensis (Cham. & Schltdl.) D.Dietr.

Pessegueiro Bravo

24

RUTACEAE

Zanthoxylum rhoifolium Lam.

Mamica de Porca

25

SALICACEAE

Casearia obliqua Spreng.

Guaçatunga

26

SALICACEAE

Casearia sylvestris Sw.

Guaçatunga

27

SALICACEAE

Xylosma ciliatifolia (Clos) Eichler

Sucará

28

SAPINDACEAE

Allophylus guaraniticus (A.St.-Hil.) Radlk.

Vacumzeiro

29

SAPINDACEAE

Cupania vernalis Cambess.

Cuvatã

30

SAPINDACEAE

Matayba elaeagnoides Radlk.

Miguel Pintado

31

SAPOTACEAE

Chrysophyllum sp.

Guatambú

32

SOLANACEAE

Solanum sp.

Fumo bravo

FONTE: ANÁLISE DE DADOS DE CAMPO

A seguir são apresentadas algumas fotografias de algumas espécies vegetais (arbóreas, herbáceas, epífitas e samambaias), encontradas da área de estudo (figuras 8 a 18).

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FIGURA 8 - CANJICA (Rhamnus sphaerosperma – RHAMNACEAE)

FIGURA 9 - GUAÇATUNGA OU CAFEZEIRO DO MATO (Casearia sylvestris - SALICACEAE)

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FIGURA 10 - SUCARÁ (Xylosma sp. - SALICACEAE) – ESPÉCIE POUCO FREQUENTE. DETALHE DOS ESPINHOS (ACÚLEOS) CARACTERÍSTICOS NO TRONCO.

FIGURA 11 – AROEIRA (Schinus terebinthifolius – ANACARDIACEAE)

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FIGURA 12 - CEDRO ROSA (Cedrela fissilis) – ESPÉCIES RARA, COM OCORRÊNCIA DE ALGUNS INDIVÍDUOS DE PORTE MÉDIO NO REFÚGIO CAROLINA

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FIGURA 13 - VEGETAÇÃO HERBÁCEA (MELASTOMATACEAE)

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FIGURA 14 – REGENERAÇÃO NATURAL E VEGETAÇÃO HERBÁCEA NO SUBOSQUE DAS ÁREAS FLORESTAIS

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FIGURA 15 - CIPÓ ESCADA (Bahuinia sp. - FABACEAE)

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FIGURA 16 – ASPECTO GERAL DE TRONCOS RECOBERTOS POR MUSGOS, LÍQUENS, BROMÉLIAS E ORQUÍDEAS, COM DESTAQUE PARA MINI ORQUÍDEAS

FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO

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FIGURA 17 – SUBOSQUE COM PRESENÇA DE PLANTAS HERBÁCEAS, COMO Baccharis trimera (CARQUEJA) E PTERIDOPHYTAS (SAMAMBAIAS), COMO A Rhumora sp.

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FIGURA 18 - FUNGOS XILÓFAGOS (DECOMPOSITORES DE MADEIRA) EM TRONCO

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Com relação às espécies vegetais exóticas à flora regional (e brasileira) encontradas na área de estudo, foram identificadas apenas duas espécies, um indivíduo de Pinus sp. (FIGURA 19), e alguns indivíduos de framboesa (Rubus sp.) (FIGURA 20), presentes em alguns locais da área.

FIGURA 19 - PINUS (Pinus sp.) – ESPÉCIE ARBÓREA EXÓTICA À FLORA BRASILEIRA

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FIGURA 20 - FRAMBOESA (Rubus rosaefolia) – ESPÉCIE ARBUSTIVA EXÓTICA À FLORA BRASILEIRA

A relação quantitativa das tipologias vegetacionais que ocorrem na área de estudo são apresentadas a seguir.

TABELA 3 – TABELA QUANTITATIVA DAS TIPOLOGIAS VEGETACIONAIS DA ÁREA DE ESTUDO

ÁREA (HA)

ÁREA (M2)

Floresta Ombrófila Mista Montana

1,2316

12.315,97

Pastagem (área em recuperação)

0,7684

7.684,02

Total

2,0000

20.000,00

TIPOLOGIA VEGETACIONAL

1 2

FONTE: ANÁLISE DOS DADOS DE CAMPO

A área de estudo pode ser classificada fitofisionomicamente em três ambientes: a Floresta Ombrófila Mista Montana (Floresta com Araucária), que se encontra em fase intermediária de sucessão vegetal, formada por um remanescente maior contínuo, e algumas áreas isoladas (capões) em meio à formação campestre; a formação campestre, caracterizada por área de pastagem, em fase de recuperação ambiental; e a formação com predominância de Araucaria angustifolia (Pinheiro do Paraná), denominada de Araucarietum (formação quase que exclusiva

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de Araucárias). Todas as formações estão ilustradas em fotografias apresentadas a seguir (figuras 21 a 38).

FIGURA 21 – ASPECTO GERAL DO REMANESCENTE FLORESTAL DESTINADO À RPPN, COM A PRESENÇA ABUNDANTE DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ)

FIGURA 22 – ASPECTO GERAL DO REMANESCENTE DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA

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FIGURA 23 – ASPECTO GERAL DO INTERIOR DO REMANESCENTE DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA DESTINADO À RPPN

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FIGURA 24 – ASPECTO GERAL DA VEGETAÇÃO, COM DESTAQUE PARA O CEDRO ROSA (Cedrela fissilis) – ESPÉCIES RARA, COM A COPA EMERGENTE

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FIGURA 25 - INTERIOR DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA DESTINADA À RPPN, COM GRANDE DIVERSIDADE DE ESPÉCIES EM REGENRAÇÃO NATURAL

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FIGURA 26 – BORDADURA DO REMANESCENTE FLORESTAL COM PREDOMINÂNCIA DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ), INCLUÍDO NA ÁREA DESTINADA À RPPN

FIGURA 27 – BORDADURA DO REMANESCENTE FLORESTAL COM PREDOMINÂNCIA DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ), INCLUÍDO NA ÁREA DESTINADA À RPPN

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FIGURA 28 – INTERIOR DA FLORESTA COM PREDOMINÂNCIA DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ)

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FIGURA 29 – ASPECTO GERAL DA BORDADURA E INTERIOR DO REMANESCENTE FLORESTAL DESTINADO À RPPN

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FIGURA 30 – ASPECTO GERAL DA BORDADURA E INTERIOR DO REMANESCENTE FLORESTAL DESTINADO À RPPN

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FIGURA 31 – ASPECTO GERAL DA BORDADURA E INTERIOR DO REMANESCENTE FLORESTAL DESTINADO À RPPN

FIGURA 32 - INTERIOR DA FLORESTA COM PREDOMINÂNCIA DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ)

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FIGURA 33 - BORADADURA DA FLORESTA OMBRÓFILA MISTA

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FIGURA 34 - REMANESCENTE FLORESTAL ISOLADO, FORA DOS LIMITES PROPOSTAS PARA RPPN

FIGURA 35 - REMANESCENTE FLORESTAL ISOLADO EM MEIO À PASTAGEM

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FIGURA 36 - REMANESCENTE FLORESTAL ISOLADO

FIGURA 37 - REMANESCENTE FLORESTAL ISOLADO

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FIGURA 38 - ASPECTO GERAL DA VEGETAÇÃO CAMPESTRE (PASTAGEM EM RECUPERAÇÃO, COM PLANTIO DE MUDAS DE ESPÉCIES NATIVAS)

FIGURA 39 - ASPECTO GERAL DA VEGETAÇÃO CAMPESTRE DO REFÚGIO CAROLINA

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3.6.1.2 Aspectos fitossociológicos

Foram amostrados na área de estudo 173 indivíduos arbóreos com DAP ≥ 10,0 cm, em uma área total amostral de 1.530 metros quadrados, representadas por 32 espécies arbóreas, pertencentes a 21 famílias botânicas.

Considerou-se para os cálculos fitossociológicos, a área do imóvel com cobertura vegetal florestal é de 12.315,97 metros quadrados, ou 1,2316 hectares,

Com relação à densidade, os 173 indivíduos mensurados proporcionalmente representam uma média de 1.392,59 indivíduos por 1,2316 hectares, ou 1.130,71 árvores por hectare. A área ocupada por cada árvore é de 8,84 m2, equivalendo aproximadamente ao espaçamento de 3 x 3 metros entre árvores (9 m2). Não foram encontradas árvores mortas nas áreas amostrais.

Em relação à dominância, o valor calculado foi de 24,6934 m2 por hectare, e em relação ao volume, o valor calculado foi de 186,1755 m 3 por hectare.

Na tabela a seguir (TABELA 4) estão relacionados os valores dos parâmetros fitossociológicos calculados para as espécies encontradas nas áreas amostrais no remanescente florestal estudado.

TABELA 4 - PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS DAS ESPÉCIES ARBÓREAS AMOSTRADAS NA ÁREA DE ESTUDO (exceto Araucaria angustifolia) DENSIDADE Nº

NOME CIENTÍFICO

NI

DOMINÂNCIA

DA (N/HA) DR (%)

DOA (G/HA) DOR (%)

VC

V (M3) / HA

1 Allophylus guaraniticus

1

6,54

0,58

0,1573

0,64

1,22

1,1013

2 Anadenanthera colubrina

1

6,54

0,58

0,1174

0,48

1,05

0,9447

3 Campomanesia xanthocarpa

3

19,61

1,73

0,7441

3,01

4,75

5,4286

10

65,36

5,78

0,9790

3,96

9,74

6,5768

5 Casearia sylvestris

1

6,54

0,58

0,0751

0,30

0,88

0,2629

6 Cedrela fissilis

3

19,61

1,73

1,8028

7,30

9,03

23,2036

7 Chrysophyllum sp.

4

26,14

2,31

0,7626

3,09

5,40

7,9375

11

71,89

6,36

2,0926

8,47

14,83

19,6429

4 Casearia obliqua

8 Cinnamodendron dinisii

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DENSIDADE Nº

NOME CIENTÍFICO

NI

DOMINÂNCIA

DA (N/HA) DR (%)

DOA (G/HA) DOR (%)

VC

V (M3) / HA

9 Clethra scabra

1

6,54

0,58

0,0896

0,36

0,94

0,5643

10 Cordia trichotoma

1

6,54

0,58

0,1841

0,75

1,32

1,1600

11 Cordyline spectabilis

3

19,61

1,73

0,1771

0,72

2,45

0,6012

12 Cupania vernalis

1

6,54

0,58

0,0549

0,22

0,80

0,3076

13 Dalbergia brasiliensis

9

58,82

5,20

1,2682

5,14

10,34

10,0162

14 Escallonia bifida

4

26,14

2,31

0,8726

3,53

5,85

3,4466

15 Guatteria australis

2

13,07

1,16

0,3210

1,30

2,46

3,5868

16 Jacaranda puberula

3

19,61

1,73

0,2262

0,92

2,65

1,7679

17 Lonchocarpus campestris

4

26,14

2,31

0,4030

1,63

3,94

2,7343

18 Machaerium stipitatum

18

117,65

10,40

2,1851

8,85

19,25

12,1285

19 Matayba elaeagnoides

9

58,82

5,20

1,0349

4,19

9,39

8,1556

20 Myrceugenia sp.

1

6,54

0,58

0,0533

0,22

0,79

0,3169

21 Myrsine coriacea

6

39,22

3,47

0,8545

3,46

6,93

5,5686

22 Myrsine umbellata

1

6,54

0,58

0,1125

0,46

1,03

0,6298

13

84,97

7,51

2,5103

10,17

17,68

26,6547

24 Pimenta pseudocaryophyllus

1

6,54

0,58

0,0655

0,27

0,84

0,3671

25 Prunus brasiliensis

1

6,54

0,58

0,2164

0,88

1,45

1,8176

26 Rhamnus sphaerosperma

2

13,07

1,16

0,1331

0,54

1,70

1,0748

27 Roupala montana

3

19,61

1,73

0,3918

1,59

3,32

2,0880

28 Sapium glandulosum

2

13,07

1,16

0,2282

0,92

2,08

1,0388

51

333,33

29,48

6,2090

25,14

54,62

33,8227

30 Solanum sp.

1

6,54

0,58

0,1573

0,64

1,22

1,8723

31 Xylosma ciliatifolia

1

6,54

0,58

0,1573

0,64

1,22

0,8811

32 Zanthoxylum rhoifolium

1

6,54

0,58

0,0566

0,23

0,81

0,4758

1.130,71 100,00

24,6934

100,00 200,00

186,1755

23 Ocotea puberula

29 Schinus terebinthifolius

TOTAL

173

MÉDIA

5

35,33

3,13

0,7717

3,13

6,25

5,8180

MÁXIMA

51

333,33

29,48

6,2090

25,14

54,62

33,8227

MÍNIMA

1

6,54

0,58

0,0533

0,22

0,79

0,2629

DESVIO PADRÃO

9

60,95

5,39

1,2081

4,89

10,18

8,4832

Em relação à densidade por espécie arbórea amostrada, Schinus terebinthifolius (Aroeira), foi a espécie mais representativa, com 51 indivíduos amostrados, equivalente a 333,33 árvores por hectare. Em seguida vem Machaerium stipitatum (Sapuva), com 18 indivíduos amostrados, equivalente à 117,65 árvores por hectare. Ocotea puberula (Canela Guaicá) vem em seguida, com 13 indivíduos amostrados, equivalente à 84,97 árvores por hectare. Em seguida vem Cinnamodendron dinisii (Pimenteira), com 11 indivíduos amostrados, equivalente à 71,89

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árvores por hectare. Casearia obliqua (Guaçatunga) vem em seguida, com 10 indivíduos amostrados, equivalente à 65,36 indivíduos por hectare. As demais espécies foram amostradas menos de 10 vezes nas áreas amostrais.

Com relação à Araucaria angustifolia (Pinheiro do Paraná), foi realizado o censo e anotadas as coordenas geográficas de todos os indivíduos que ocorrem na área, com DAP 1,30 m ≥ 10,0 cm. A área estimada de ocorrência da formação com predominância de Araucaria angustifolia é de 5.000 m2 (ou 0,5000 ha). Com relação à densidade, foi amostrado 146 indivíduos, equivalente à 292 árvores por hectare. O valor de dominância (área basal) calculado é de 14,3311 m2 por hectare e o volume estimado calculado de 95,6820 m 3 por hectare.

Na tabela a seguir (TABELA 5) estão relacionados os valores dos parâmetros fitossociológicos calculados para os indivíduos de Araucaria angustifolia encontrados nas áreas amostrais do remanescente florestal estudado. Em apêndice encontram-se os dados completos de todos os indivíduos de Araucaria angustifolia amostrados.

TABELA 5 - PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS DAS DOS INDIVÍDUOS DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ) AMOSTRADOS DENSIDADE Nº

NOME CIENTÍFICO

NI

DA (N/HA) DR (%)

DOMINÂNCIA DOA (G/HA) DOR (%)

V (M3) / HA

1 Araucaria angustifolia TOTAL

146

292 100,00

14,3311

100,00

95,6820

Com relação à sucessão vegetal, a vegetação da área é categorizada segundo o art. 2º da Resolução CONAMA nº 04, de 04 de maio de 1994, como sendo secundária ou em regeneração, pois são identificados processos naturais de sucessão decorrentes da supressão parcial da vegetação primária por ações antrópicas, ocorrendo algumas árvores remanescentes da vegetação primária. Tomando como base os critérios estabelecidos na resolução supracitada, em seu artigo 3º, classifica-se o estágio de regeneração da vegetação secundária da área em Estágio Médio de Regeneração.

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A área basal média (G/ha) obtida no levantamento fitossociológico do remanescente florestal em estudo (14,3311 m2/ha) e o DAP médio (14,75 cm) indicam que a vegetação da área é secundária em estágio médio de regeneração, mas com certa a heterogeneidade na estrutura horizontal.

3.6.2 Caracterização da fauna

A seguir são apresentadas a descrição e caracterização geral das principais espécies de animais que ocorrem na área, com destaque para herpetofauna (répteis e anfíbios), ictiofauna (peixes), mastofauna (mamíferos) e ornitofauna (aves), com base em levantamentos in loco e em referências bibliográficas.

3.6.2.1 Herpetofauna (répteis e anfíbios)

As informações disponíveis sobre a herpetofauna de Campo Largo e região restringem-se a listas regionais ou a informações de trabalhos sobre sistemática e distribuição de determinadas espécies.

O grupo das serpentes é representado por aproximadamente 30 espécies, sendo o mais abundante dentre os répteis. Ocupam os mais diversificados ambientes, apresentando hábitos variados como: arborícola, terrestre e aquático.

Algumas espécies apresentam tolerância às alterações ambientais, podendo ocorrer mesmo em áreas povoadas. As serpentes mais comuns são: a cobra-cega Liotyphlops beui; a cobra-daterra Atractus reticulatus; a papa-pinto Philodryas patagoniensis, que se alimenta de diversos vertebrados e ocupa variados ambientes; cobra d’água Liophis miliaris, que normalmente habita fundos de vales e banhados, alimentando-se de peixes e anfíbios;

dormideira

Sibynomorphus neuwiedi, que se alimenta exclusivamente de moluscos e ocorre em áreas arborizadas; e falsa-coral Oxyrhopus clathratus, que preda pequenos vertebrados e também pode ser encontrada na área.

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3.6.2.2 Ictiofauna

A ictiofauna do alto rio Iguaçu e alto rio ribeira, onde o município de Campo Largo encontra-se inserido, é composta por pelo menos 37 espécies de peixes, sendo que nove podem ser consideradas exclusivas para esse sistema hidrográfico, não ocorrendo em outros riachos na bacia do rio Paraná. Os Characiformes (lambaris) e Siluriformes (bagres e cascudos) são os peixes mais encontrados, somando 70% das espécies registradas.

Algumas características chamam a atenção na ictiofauna da região de Campo Largo: o elevado grau de endemismo, a ausência de muitas espécies de peixes típicos do rio Paraná (dourado, piapara, piau, pintado) e o pequeno número de espécies em comparação com outros afluentes da bacia do rio Paraná.

3.6.2.3 Mastofauna (mamíferos)

Em grande parte da Região Metropolitana de Curitiba, incluindo o município de Campo Largo, o crescimento urbano e as atividades antrópicas implicaram em profundas modificações ambientais, prejudicando ou destruindo habitats fundamentais como áreas de abrigo, alimentação e reprodução, o que levou à rarefação ou ao desaparecimento de muitas espécies de mamíferos, já não sendo possível resgatar com exatidão a fauna original.

Algumas espécies são, porém, bastante plásticas em suas necessidades alimentares e de abrigo, conseguindo sobreviver e adaptar-se a ambientes submetidos a diferentes graus de alteração. Além de reduzir o número de espécies, a ocupação urbana trouxe consigo espécies exóticas como lebre Lepus europaeus e outras que já se tornaram cosmopolitas, como ratazana Rattus norvegicus, rato-de-casa Rattus rattus e camundongo Mus musculus.

Uma das poucas espécies nativas que suporta um grau elevado de modificação do ambiente é o gambá Didelphis spp., que ocorre em toda região. Outros mamíferos silvestres que conseguiram adaptar-se às condições urbanas são alguns morcegos insetívoros, principalmente

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o morceguinho-das-casas Tadarida brasiliensis e o morcego-cauda-grossa Molossus molossus; e frutívoros, como o morcego-cara-branca Artibeus lituratus e morcego-fruteiro Sturnira lilium. Nas áreas mais retiradas podem ser encontrados preás Cavia aperea, ouriços-cacheiro Sphiggurus villosus e até mesmo furões Galictis cuja. Um animal não muito comum na região, mas registrado no Refúgio Carolina por fotografia, é o Veado-mateiro (Mazama americana), presenta em algumas listas de espécies ameaçadas de extinção (FIGURA 41).

FIGURA 40 - VEADO MATEIRO (Mazama americana), NA ÁREA DE CAMPESTRE DO REFÚGIO CAROLINA

FONTE: ANGELO GUIMARÂES SIMÃO

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O Veado Mateiro (Mazama americana) não consta na lista do IBAMA de animais em extinção 22, no entanto, na lista da IUCN 23 e na Lista Vermelha de Animais Ameaçados de Extinção no Paraná é citada como espécie com "dados deficientes". Esta espécie é considerada "vulnerável" em São Paulo e "em perigo" no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro 24.

A seguir é apresentada a relação de alguns mamíferos com ocorrência na região, com base em levantamento de campo, entrevistas com moradores da região e bibliografia .

TABELA 6 – ALGUMAS ESPÉCIES DE MAMÍFEROS COM OCORRÊNCIA NA REGIÃO DO REFÚGIO CAROLINA, CLASSIFICADAS EM ORDENS E FAMÍLIAS ZOOLÓGICAS Nº

ORDEM

FAMÍLIA

ESPÉCIE

NOME COMUM

1

ARTIODACTYLA

CERVIDAE

Mazama nana

Veado-mão-curta

2

ARTIODACTYLA

CERVIDAE

Mazama americana

Veado-mateiro

3

ARTIODACTYLA

TAYASSUIDAE

Pecari tajacu

Porco-do-mato

4

CARNIVORA

FELIDAE

Leopardus pardalis

Jaguatirica

5

CARNIVORA

FELIDAE

Leopardus tigrinus

Gato-do-mato

6

CARNIVORA

FELIDAE

Leopardus wiedii

Gato maracajá

7

CARNIVORA

FELIDAE

Puma concolor

Puma

8

CARNIVORA

FELIDAE

Puna yaguarondi

Gato mourisco ou Jaguarundi

9

CARNIVORA

MUSTELIDAE

Lontra longicaudis

Lontra

10

CARNIVORA

PROCYONIDAE

Procyon cancrivorous

Guaxinim ou Mão-pelada

11

CHIROPTERA

PHYLLOSTOMIDAE

Sturnira lilium

Morcego-fruteiro

12

DIDELPHIMORPHIA

DIDELPHIDAE

Didelphis sp.

Gambá

13

LAGOMORPHA

LEPORIDAE

Sylvilagus brasiliensis

Lebre brasileira ou Tapeti

14

PERISSODACTYLA

TAPIRIDAE

Tapirus terrestris

Anta

15

PILOSA

MYRMECOPHAGIDAE

Tamandua tetradactyla

Tamanduá Mirim

16

PRIMATA

ATELIDAE

Alouatta guariba

Bugio

17

RODENTIA

CAVIIDAE

Cavia cavia

Preá

18

RODENTIA

CUNICULIDAE

Cuniculus paca

Paca

19

RODENTIA

DASYPROCTIDAE

Dasyprocta azarae

Cotia

20

RODENTIA

SCIURIDAE

Sciurus aestuans

Caxinguelê ou Serelepe

22

Chiarello, A.G.; Aguiar, L.M.S., Cerqueira, R.; de Melo, F.R.; Rodrigues, F.H.G.; da Silva, V.M. In: Machado, A.B.M.; Drummond, G.M.; Paglia, A.P. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção - Volume 2. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2008. Capítulo: Mamíferos, 680-883 p. 23 IUCN - The International Union for Conservation of Nature. 24 Varela, D.M. et al. In: Duarte, J.M.B.; González, S. Neotropical Cervidology: Biology and Medicine of Latin American Deer. Jaboticabal, Brasil: FUNEP, 2010. Capítulo: Red Brocket deer Mazama americana (Erxleben, 1777)), 151-160 p. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br

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3.6.2.4 Ornitofauna (aves)

Em relação às aves, Campo Largo e região, apresentam características peculiares, principalmente pela proporção de áreas verdes. Isso proporciona a manutenção de uma diversidade de aves que se destaca em relação a outras cidades brasileiras, com uma avifauna tipicamente associada às florestas com araucária, a campos e a áreas úmidas, como os banhados encontrados principalmente ao longo do trecho superior do Rio Iguaçu. A comunidade de aves é composta por espécies aquáticas e terrestres, recebendo também a visita de algumas migratórias. As espécies mais comuns encontradas são: o joão-de-barro Furnarius rufus, o tico-tico Zonotrichia capensis, a corruíra Troglodytes aedon, o sanhaço Traupis sayaca e o bem-te-vi Pitangus sulphuratus. Somam-se a estas várias espécies de beijaflores Leucochloris albicollis e Chlorostilbon aureoventris e pequenos tiranídeos como alegrinho Serpophaga subcristata. Áreas abertas com gramados são ocupadas pelo quero-quero Vanellus chilensis sempre em pequenos grupos. São típicas das áreas florestadas várias espécies de sabiás Turdus sp., a choca-da-mata Thamnophilus caerulescens, o pula-pula Basileuterus culicivorus, o tié-preto Tachyphonus coronatus e o coleiro Sporophila caerulescens.

Entre as espécies florestais, salienta-se a presença da gralha-azul Cyanocorax caeruleus e da gralha-picaça Cyanocorax chrysops. A gralha-azul Cyanocorax caeruleus habita a Floresta Atlântica e a Floresta com Araucária, frequentando o estrato superior. Como todas as gralhas vive em grupos e desloca-se voando acima do dossel da floresta, em voo planado, levemente ondulado, com a cauda aberta em leque e com poucas batidas de asas. É uma ave onívora, comendo pequenos animais, bagas e sementes, como os pinhões. Desmancha as pinhas, retirando pinhões para se alimentar. Alguns caem no solo diretamente da pinha desmanchada e ainda podem deixar cair outros durante o voo. Assim, indiretamente, a gralha-azul ajuda na disseminação do pinheiro-do-paraná Araucaria angustifolia, como também de outras espécies de plantas das quais se alimenta.

Com base nos levantamentos de campo e em bibliografia consultada, é possível afirmar que a área de estudo apresenta uma grande diversidade de espécies de ornitofauna. A seguir são

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apresentadas fotografias de algumas aves avistadas no Refúgio Carolina e região (figuras 41 a 51).

FIGURA 41 - BEM TE VI PIRATA (Legatus leucophaius - VIEILLOT, 1818)

FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO

FIGURA 42 – CURICACA (Theristicus caudatus - BODDAERT, 1783)

FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br

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FIGURA 43 – TUCANO DO BICO VERDE (Ramphastos dicolorus - LINNAEUS, 1766)

FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO

FIGURA 44 – CANARINHO TERRA (Sicalis flaveola - LINNAEUS, 1766)

FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO

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FIGURA 45 – ANU BRANCO (Guira guira - GMELIN, 1788)

FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO

FIGURA 46 – SURUCUÁ-VARIADO (Trogon surrucura VIEILLOT, 1817)

FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br

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FIGURA 47 – GARÇA VAQUEIRA (Bubulcus íbis - LINNAEUS, 1758)

FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO

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FIGURA 48 – PEITICA (Empidonomus varius - VIEILLOT, 1818)

FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO

FIGURA 49 – TICO-TICO (Zonotrichia capensis - STATIUS MULLER, 1776)

FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO

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FIGURA 50 - SANHAÇO-CINZENTO (Tangara sayaca - LINNAEUS, 1766)

FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO

FIGURA 51 – SABIÁ-POCA (Turdus amaurochalinus - CABANIS, 1850)

FONTE: ANGELO GUIMARÃES SIMÃO

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3.7

CARACTERIZAÇÃO DO MEIO SOCIOECONÔMICO

Devido a abundância de matéria-prima mineral, o Município de Campo Largo destaca-se pelo grande número de indústrias cerâmicas (azulejos, pisos e louças). Destaca-se também a existência de indústria moveleira e metalomecânica. Quanto à agricultura, destacam-se as produções de feijão, batata e cebola e na fruticultura destacam-se as produções de maçã, uva e pêssego. As atividades agropecuárias existentes são: bovinocultura de leite, suinocultura, avicultura, piscicultura e apicultura. Algumas informações sobre os aspectos socioeconômicos do município de Campo Largo, Paraná, podem ser observados nas tabelas apresentadas a seguir.

TABELA 7 – DADOS SOCIAIS DO MUNICÍPIO DE CAMPO LARGO INFORMAÇÃO

FONTE

DATA

IBGE

2010

112.377

Habitantes

POPULAÇÃO - CONTAGEM

IBGE

2007

105.492

Habitantes

POPULAÇÃO - ESTIMADA

IBGE

2013

120.730

Habitantes

NÚMERO DE DOMICÍLIOS - TOTAL

IBGE

2010

38.563

Domicílios

MATRÍCULAS NA CRECHE

SEED

2012

1.378

Alunos

MATRÍCULAS NA PRÉ-ESCOLA

SEED

2012

2.514

Alunos

MATRÍCULAS NO ENSINO FUNDAMENTAL

SEED

2012

18.134

Alunos

MATRÍCULAS NO ENSINO MÉDIO

SEED

2012

5.253

Alunos

MATRÍCULAS NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

SEED

2012

715

Alunos

MEC/INEP

2012

684

Alunos

POPULAÇÃO CENSITÁRIA - TOTAL 25

MATRÍCULAS NO ENSINO SUPERIOR

ESTATÍSTICA

FONTE: IPARDES, 2014

25

Resultados da população residente em 1º de abril de 2007, encaminhados ao Tribunal de Contas da União em 14 de novembro de 2007. Para os municípios com mais de 170.000 habitantes (Cascavel, Colombo, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e São José dos Pinhais) não houve contagem da população e nesses casos foi considerada a estimativa na mesma data. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br

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TABELA 8 - DADOS ECONÔMICOS DO MUNICÍPIO DE CAMPO LARGO INFORMAÇÃO

FONTE

DATA

ESTATÍSTICA

POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PEA)

IBGE

2010

60.255

Pessoas

POPULAÇÃO OCUPADA (PO)

IBGE

2010

57.230

Pessoas

NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS - RAIS

MTE

2012

2.448

NÚMERO DE EMPREGOS - RAIS

MTE

2012

27.925

PRODUÇÃO DE MILHO

IBGE

2012

106.190

Toneladas

PRODUÇÃO DE BATATA-INGLESA

IBGE

2012

37.191

Toneladas

PRODUÇÃO DE FEIJÃO

IBGE

2012

7.242

Toneladas

BOVINOS

IBGE

2012

10.101

Cabeças

EQUINOS

IBGE

2012

4.450

Cabeças

GALINÁCEOS

IBGE

2012

134.600

Cabeças

OVINOS

IBGE

2012

3.200

Cabeças

SUÍNOS

IBGE

2012

17.520

Cabeças

VALOR ADICIONADO BRUTO(VAB) A PREÇOS BÁSICOS - TOTAL

IBGE/Ipardes

2011

1.582.479

R$ 1.000,00

VAB A PREÇOS BÁSICOS - AGROPECUÁRIA

IBGE/Ipardes

2011

49.300

R$ 1.000,00

VAB A PREÇOS BÁSICOS - INDÚSTRIA

IBGE/Ipardes

2011

587.907

R$ 1.000,00

VAB A PREÇOS BÁSICOS - SERVIÇOS

IBGE/Ipardes

2011

945.272

R$ 1.000,00

VALOR ADICIONADO FISCAL (VAF) - TOTAL

SEFA

2011

1.469.865.328

R$ 1,00 (P)

VAF - PRODUÇÃO PRIMÁRIA

SEFA

2011

21.479.831

R$ 1,00 (P)

VAF - INDÚSTRIA - TOTAL

SEFA

2011

1.049.357.425

R$ 1,00 (P)

VAF - COMÉRCIO/SERVIÇOS - TOTAL

SEFA

2011

398.765.299

R$ 1,00 (P)

VAF - RECURSOS/AUTOS

SEFA

2011

262.773

R$ 1,00 (P)

RECEITAS MUNICIPAIS

Prefeitura

2012

194.491.661,92

R$ 1,00

DESPESAS MUNICIPAIS

Prefeitura

2012

181.233.769,11

R$ 1,00

SEFA

2012

138.587.129,16

R$ 1,00

MF/STN

2012

27.283.356,63

R$ 1,00

ICMS POR MUNICÍPIO DE ORIGEM DO CONTRIBUINTE FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS (FPM)

FONTE: IPARDES, 2014

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TABELA 9 - INFRAESTRUTURA DO MUNICÍPIO DE CAMPO LARGO INFORMAÇÃO

FONTE

DATA

ESTATÍSTICA

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Sanepar

2012

34.696

unid. atend. 26

ATENDIMENTO DE ESGOTO

Sanepar

2012

14.628

unid. atend. 27

CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA - TOTAL

COPEL

2012

280.969

mwh

CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA - TOTAL

COPEL

2012

43.647

FONTE: IPARDES, 2014

TABELA 10 - INDICADORES SOCIAIS DO MUNICÍPIO DE CAMPO LARGO INFORMAÇÃO

FONTE

DATA

ESTATÍSTICA

Ipardes

2013

94,13

hab/km2

GRAU DE URBANIZAÇÃO

IBGE

2010

83,80

%

TAXA DE CRESCIMENTO GEOMÉTRICO

IBGE

2010

1,93

%

PNUD/IPEA/FJP

2010

0,745

Ipardes

2010

0,7372

IBGE/Ipardes

2011

15.674

IBGE

2010

0,4535

ÍNDICE DE IDOSOS

IBGE/Ipardes

2010

26,12

%

RAZÃO DE DEPENDÊNCIA

IBGE/Ipardes

2010

41,76

%

RAZÃO DE SEXO

IBGE/Ipardes

2010

98,14

%

TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (COEFICIENTE)

Datasus/SESAPR

2011

15,78

mil n.v. (P)

TAXA DE MORTALIDADE MATERNA (COEFICIENTE)

Datasus/SESAPR

2011

116,89

100 mil n.v. (P)

IBGE

2010

4,50

DERAL

2012

134.178.812,81

DENSIDADE DEMOGRÁFICA

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO IDH-M ÍNDICE IPARDES DE DESEMPENHO MUNICIPAL IPDM PIB PER CAPITA ÍNDICE DE GINI DA RENDA DOMICILIAR PER CAPITA

TAXA DE ANALFABETISMO DE 15 ANOS OU MAIS VALOR BRUTO NOMINAL DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA

R$ 1,00

% R$ 1,00

FONTE: IPARDES, 2014

26

Unidades (economias) atendidas é todo imóvel (casa, apartamento, loja, prédio, etc.) ou subdivisão independente do imóvel para efeito de cadastramento e cobrança de tarifa (Adaptado do IBGE, CIDE, SANEPAR). 27 Idem. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br

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3.8

MAPAS GEORREFERENCIADOS DO IMÓVEL

Os mapas temáticos georreferenciados, contidos em anexo, foram elaborados a partir de imagens de satélite, cartas topográficas, fotografias aéreas e técnicas de aquisição de dados de sistema de posicionamento global (GPS), mostra-se como uma importante ferramenta para a caracterização e diagnóstico ambiental da área do Refúgio Carolina, pois permite a identificação de formas de uso e ocupação do solo e um reconhecimento detalhado dos principais elementos que compõem a paisagem da região.

Para a elaboração dos mapas foram utilizados diversos softwares de Geoprocessamento e análise de imagens, de licença livre (freeware), entre eles GVSig, DivaGis, QGIS, SPRING, Google Earth e GPS TrackMaker, entre outros.

A base espacial georreferenciada consiste em arquivos Shapefile (.shp) e Drawing Exchange Format (.dxf), georreferenciados na Projeção Universal de Mercartor (UTM), Zona 22 Sul, Datum SAD-69.

Os mapas temáticos georreferenciados do Refúgio Carolina, contidos em anexo, é composto dos seguintes temas: 

Mapa 1 – Localização (com imagem de satélite);

Mapa 2 – Detalhe de localização (com imagem de satélite);

Mapa 3 - Delimitação do imóvel, com limites e confrontantes;

Mapa 4 – Planialtimétrico;

Mapa 5 - Uso e Ocupação do Solo;

Mapa 6 – Reserva Legal e Áreas de Preservação (uso e ocupação do solo);

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Mapa 7 - Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente (uso e ocupação do solo com imagem de satélite);

Mapa 8 - Área proposta para criação da RPPN;

Mapa 9 - Área proposta para criação da RPPN (com imagem de satélite);

Mapa 10 - Localização dos indivíduos de Araucaria angustifolia (Pinheiro do Paraná) ocorrentes na área.

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4.

CONCLUSÃO SOBRE A CRIAÇÃO DA RPPN

O Estado do Paraná, com 2,5% da superfície brasileira, detém em seu território a maioria das principais unidades fitogeográficas que ocorrem no país. Originalmente 83% de sua superfície eram cobertos por florestas, e os 17% restantes eram ocupados por formações não florestais (campos e cerrados), completados por vegetação pioneira de influência marinha (restingas), flúvio marinha (mangues) e flúvio lacustre (várzeas), e pela vegetação herbácea do alto das montanhas (campos de altitude e vegetação rupestre) 28.

Com o processo de ocupação territorial e o uso desordenado dos recursos naturais, as florestas e as demais formas de vegetação natural foram suprimidas e fragmentadas ao passar dos anos, tanto que remanesceram poucas áreas naturais, cerca de 8%, caracterizando o Paraná como o Estado com o maior índice de desmatamento da Mata Atlântica29.

A história de criação das Unidades de Conservação (UCs) no Estado está vinculada às áreas remanescentes do processo de colonização, expansão das fronteiras agrícolas e ocupação do território paranaense, não possuindo sistematização para levar a termo a proteção dos diversos ecossistemas. Tais acontecimentos deram origem ao cenário atual, descrito a seguir, e mostra uma baixa representatividade das ecorregiões em relação às UCs de Proteçã o Integral30.

No Paraná existem 83 Unidades de Conservação na esfera estadual e federal, sendo 53 de proteção integral e 30 de uso sustentável, compondo um total de 2.873.357,48 ha de áreas protegidas, dos quais 14 UCs são federais e perfazem cerca de 1.667.616,40 ha e as 69 estaduais, 1.205.741,08 ha. Estão distribuídas entre Áreas de Proteção Ambiental, Parques Estaduais, Florestas Estaduais, Áreas de Relevante Interesse Ecológico, Reservas Biológicas, Hortos Florestais, Reservas Florestais e Estações Ecológicas31. Do total das unidades de conservação do estado do Paraná, aproximadamente 72% está incluído na categoria de unidades de conservação de proteção integral e 28% em unidades de uso sustentável. As 28

Maack, Reinhard. Geografia Física do Estado do Paraná. 1968; Roderjan, et. al., 2002. IAP, 2002. 30 CAMPOS & COSTA FILHO, 2006; IAP, 2002. 31 IAP, 2007; REDE PRÓ-UC, 2011. 29

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unidades de conservação federais possuem um total de 1.612.801 ha, sendo que 5.286 ha (0,32%) estão na região do Bioma Florestal com Araucária. As UCs estaduais possuem uma área total de 1.177.323 ha, sendo que deste total, 987.905,8 ha (82,54%) estão incluídos no Bioma de Araucária. Cerca de 129 mil ha (13,12%) pertencem à categoria das UCs de proteção integral e 842.135 ha (86,7%) pertencem à categoria de uso sustentável 32. Atualmente, no estado do Paraná com o aumento das RPPNs, há um total de 151 unidades estaduais. Deste total, 65% está inserido no Bioma Florestal com Araucária, sendo que hoje as RPPNs estaduais ocupam uma área de 16.124,50 ha. Medidas de incentivo à conservação das florestas particulares e ao uso sustentável dos recursos naturais podem contribuir com maior efetividade na conservação e recuperação dos Biomas, e em especial ao Bioma Floresta com Araucária, onde o Refúgio Carolina está inserido.

Segundo a Constituição Federal, a conservação e preservação da natureza é obrigação conjunta do poder público e dos cidadãos:

“Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” Isso também alcança as florestas existentes nas propriedades privadas, as quais, segundo o Art. 1º do Código Florestal Brasileiro (Lei nº 4.771/65), são bens de interesse comum a todos os habitantes do País.

“Art. 1º - As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta Lei estabelecem.” Segundo o Código Florestal, todas as propriedades privadas devem manter uma área de Reserva Legal e preservar as Áreas de Preservação Permanente. Além da Reserva Legal e das Áreas de Preservação Permanente, que todos os proprietários têm a obrigação de preservar, 32

PIRES, 2010. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br

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os proprietários podem, por vontade própria, criar Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN). A área transformada em RPPN torna-se isenta do Imposto Territorial Rural (ITR) e o proprietário pode solicitar auxílio do poder público para elaborar um plano de manejo, proteção e gestão da área. O proprietário também não precisa pagar ITR sobre as reservas legais e áreas de preservação permanente, conforme dispõe a Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1996.

É importante destacar que há poucos remanescentes existentes no Paraná, e todas essas áreas naturais são estratégicas para a conservação da biodiversidade, não havendo assim áreas mais importantes que outras para se escolher para a criação de uma UC. Nas UCs existentes há a necessidade de otimizar a conservação da biodiversidade in situ, incluindo um conjunto de projetos e ações que aumentem a expressividade e tragam uma maior estabilidade dessas UCs33.

Nas proximidades do Refúgio Carolina podemos destacar duas Unidades de Conservação (UC) de grande importância do ponto de vista da formação de corredores ecológicos, visando à conservação da biodiversidade regional: a Floresta Nacional (FLONA) do Açungui e a Área de Proteção Ambiental (APA) da Escarpa Devoniana. A FLONA de Açungui, com 561,36 hectares, localizada no município de Campo Largo, na Estrada do Cerne (PR-090), a aproximadamente 70 km da capital, Curitiba, e a cerca de 30 km do Refúgio Carolina, que tem por objetivo a preservação da floresta primária além da exploração racional da madeira produzida nas áreas reflorestamento e, para isso possui também um viveiro de mudas florestais e ornamentais, e uma infraestrutura de serviços que permite o aproveitamento de subprodutos como o mel e a erva-mate. Esta UC tem em metade do seu território plantio do Pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), o que contribui para pesquisas, além de manter a diversidade genética da espécie bastante ameaçada. A APA da Escarpa Devoniana localiza-se na porção leste do estado do Paraná, a aproximadamente 35 km da capital, Curitiba, e cerca de 5 km do Refúgio Carolina, ocupando uma área de 392.363,38 ha, distribuídos por treze municípios (sentido sul-norte): Lapa, Balsa Nova, Porto Amazonas, Palmeira, Campo Largo, Ponta Grossa, Carambeí, Castro, Tibagi, Piraí do Sul, Arapoti, Jaguariaíva e Sengés. A APA da Escarpa Devoniana tem por 33

CAMPOS & COSTA FILHO, 2006. FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br

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finalidade assegurar o bem-estar das populações humanas e conservar e melhorar as condições ecológicas locais. As APAs são definidas como Unidades de Uso Sustentável, que têm a finalidade de “compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais”. A seguir á apresentado mapa com localização da APA da Escarpa Devoniana e FLONA do Açungui, em relação ao Refúgio Carolina (FIGURA 52). A conexão entre essas UCs e o Refúgio Carolina é de grande importância do ponto de vista da conservação da biodiversidade, recursos genéticos e recursos hídricos.

FIGURA 52 - LOCALIZAÇÃO DA APA DA ESCARPA DEVONIANA E FLONA DO AÇUNGUI, EM RELAÇÃO AO REFÚGIO CAROLINA

APA DA ESCARPA DEVONIANA

FLONA DO AÇUNGUI

REFÚGIO CAROLINA CURITIBA CAMPO LARGO

FONTE: IMAGEM LANDSAT (Data SIO, NOAA, U.S. Navy, NGA, GEBCO)

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Considerasse emergencial incentivar a criação da RPPN Refúgio Carolina, pois desta forma será agregado o devido valor à propriedade rural pelo serviço ambiental que presta à população e encontrando mecanismos efetivos de compensação financeira que possibilitem ao proprietário da futura RPPN continuar preservando, evitando a venda de sua área. Além de preservar belezas cênicas da região (FIGURA 53) e biomas ameaçados, a futura RPPN Refúgio Carolina assume os objetivos de proteção de recursos hídricos, manejo de recursos naturais, desenvolvimento de pesquisas cientificas, manutenção de equilíbrios climáticos ecológicos entre vários outros benefícios ambientais.

FIGURA 53 - ASPECTO GERAL DA REGIÃO DA ÁREA DE ESTUDO, COM FORMAÇÕES MONTONHOSAS DA SÉRIE AÇUNGUI NO ENTORNO E A ESCARPA DEVONIANA AO FUNDO

No entorno do Refúgio Carolina podemos observar um mosaico Vegetacional, com áreas de floresta secundária, pastagens, monoculturas agrícolas (soja, milho, feijão, entre outras), monoculturas florestais (pinus, eucaliptos e bracatinga), entre outras formações. Nas figuras a

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seguir (figuras 54 e 55), pode ser observado como é o aspecto geral de algumas áreas no entorno do Refúgio Carolina.

FIGURA 54 - ASPECTO GERAL DO ENTORNO DA ÁREA DE ESTUDO, COM FLORESTAS SECUNDÁRIAS, PASTAGENS E MONOCULTURAS AGRÍCOLAS E FLORESTAIS

FIGURA 55 – MONOCULTURAS AGRÍCOLAS NA REGIÃO DO ENTORNO DA ÁREA DE ESTUDO

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Diante das transformações humanas nas paisagens naturais do entorno e da região do Refúgio Carolina, surge a necessidade da adoção de medidas de planejamento e gestão que objetivem proteger e maximizar as potencialidades paisagísticas da área de estudo. A criação da RPPN Refúgio Carolina é uma importante estratégia para a conservação da diversidade biológica da Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária).

A RPPN Refúgio Carolina, embora com área relativamente pequena (1,420 hectares), é fundamental para conservação ambiental em escala regional, e para a implementação de corredores de biodiversidade 34. A futura RPPN objetiva contribuir para aumentar a conectividade biológica na paisagem, sobretudo em regiões bastante fragmentadas (como é o caso da Floresta com Araucária) funcionando como “trampolins ecológicos” (ou “stepping stones”; termo em inglês), abrigando espécies animais que transitam em áreas antropizadas. O Refúgio Carolina também podem facilitar o intercâmbio de sementes e esporos entre hábitats, possibilitando um fluxo de informações genéticas entre indivíduos e populações 35.

Além disso, a criação da RPPN Refúgio Carolina é fundamental para a manutenção de populações animais e vegetais distribuídas em manchas de hábitat isolados, conectadas apenas pela troca entre alguns indivíduos, mantendo assim as chamadas “metapopulações” 36. Assim, a área contribuirá diretamente para o aumento de áreas protegidas, exercendo importante papel na conservação de recursos naturais, como a vegetação, nascentes, córregos, micro bacias hidrográficas, e aspectos geomorfológicos 37, além de complementar as zonas de amortecimento de outras UCs, e proteger locais e hábitats singulares.

Portanto, mesmo pequena, a RPPN proposta é extremamente importante para a conservação e proteção da biodiversidade e para complementar estratégias regionais de conservação.

34

Mesquita, 2004; Pinto et al., 2004 Mesquita, 2004; Pinto et al., 2004; Crepaldi et al., 2008 36 Pinto et al., 2004, Paglia et al., 2006 37 Pinto et al., 2004; Vieira, 2004a; Vieira, 2008 35

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Manejo para Reservas Particulares do Patrimônio Natural. Diretoria de Gestão Estratégica. Centro Nacional de Informação, Tecnologias Ambientais e Editoração. Edições IBAMA. Brasília, 2004. MMA – MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. ICMBio - INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Roteiro para criação de RPPN Federal. Brasília, 2011. REIS, A. A vegetação original do Estado de Santa Catarina. In: Caracterização de estádios sucessionais na vegetação catarinense. Florianópolis: UFSC, p. 3-22. 1995. RODERJAN, C.V. O gradiente Floresta Ombrófila Densa Altomontana no morro Anhangava, Quatro-Barras, PR. Aspectos climáticos, pedológicos e fitossociológicos. Curitiba, 1994. 119 f. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal). Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná. RODERJAN, C.V.; GALVÃO, F.; KUNIYOSHI, Y.S. & HATSCHBACH, G.G. As unidades fitogeográficas do Estado do Paraná. Ciência & Ambiente. Fitogeografia do Sul da América 24 (75:92). 2002. RODERJAN, C.V.; KUNIYOSHI, Y.S.; GALVÃO, F. & HATSCHBACH, G.G. Levantamento da vegetação da Área de Proteção Ambiental de Guaratuba - APA de Guaratuba. UFPR, 78 p. 1996. RODERJAN, C.V.; KUNIYOSHI, Y.S.; GALVÃO, F. As regiões fitogeográficas do Estado do Paraná. Acta For. Bras, Curitiba, n. 1, p. 1-6. 1993. SEMA – SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE. PARANÁ. Lista Vermelha de Plantas Ameaçadas de Extinção no Estado do Paraná. SEMA/GTZ. Curitiba, 1995. SOCIEDADE CHAUÁ. Plano de Manejo da RPPN Luz do Sol. Rolândia, 2012. SOUZA, C.G. (Coord.). Manual técnico de pedologia. Rio de Janeiro: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1995. 104 p. (IBGE. Manuais Técnicos em Geociências, 04). SPVS – SOCIEDADE DE PESQUISA EM VIDA SELVAGEM. Plano de Manejo da Reserva Particular do Patrimônio Natural Morro da Mina e Santa Maria. Curitiba, 2012. VELOSO, H. P. & GÓES-FILHO, L. Fitogeografia Brasileira. Classificação fisionômico-ecológica da vegetação neotropical. Boletim Técnico Projeto RADAMBRASIL. Série vegetação. 85 p. 1982. VELOSO, H.P.; RANGEL FILHO, A.L.R. & LIMA, J.C.A. Classificação da vegetação brasileira adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro, Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Rio de Janeiro, 1991.

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APÊNDICE

APÊNDICE 1 - MODELO DE FICHA DE LEVANTAMENTO FLORÍSTICO CONTRATANTE:

PROJETO:

Angelo Guimarães Simão

Refúgio Carolina

MUNICÍPIO/UF:

PARCELA:

LOCAL:

DATA:

ÁREA (M2):

E:

N:

ALT (M):

Campo Largo / PR COORDENADAS GPS UTM SAD-69:

ANOTAÇÕES:

ESPÉCIE

HER

ARBU

ARV

LI

PAL

FONTE: TRABALHO DE CAMPO

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APÊNDICE 2 - MODELO DE FICHA DE LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO CONTRATANTE:

PROJETO:

PARCELA:

MUNICÍPIO/UF:

LOCAL:

DATA:

ÁREA (M2):

COORDENADAS GPS UTM SAD-69:

E:

N:

ALT (M):

ANOTAÇÕES:

ESPÉCIE

CAP (CM)

HT (M)

PIM

PS

OBS

FONTE: TRABALHO DE CAMPO

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APÊNDICE 3 - MODELOS DE CROQUI DE LOCALIZAÇÃO DE ÁRVORES CONTRATANTE:

PROJETO: PARCELA:

MUNICÍPIO/UF:

LOCAL:

DATA:

ÁREA (M2):

COORDENADAS GPS UTM SAD-69:

E:

N:

ALT (M):

ANOTAÇÕES: Y 10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

O

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10 X

FONTE: TRABALHO DE CAMPO

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APÊNDICE 4 - LISTA DE INDIVÍDUOS E ESPÉCIES ARBÓREAS AMOSTRADAS NA ÁREA DE ESTUDO Nº

NOME CIENTÍFICO

FAMÍLIA BOTÂNICA

NOME COMUM

1 2 3

Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Allophylus guaraniticus (A.St.-Hil.) Radlk. Allophylus guaraniticus (A.St.-Hil.) Radlk.

FABACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE

Angico Branco Vacumzeiro Vacumzeiro

4 5 6 7 8 9

Campomanesia xanthocarpa O.Berg Campomanesia xanthocarpa O.Berg Campomanesia xanthocarpa O.Berg Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng.

MYRTACEAE MYRTACEAE MYRTACEAE SALICACEAE SALICACEAE SALICACEAE

Guabirobeira Guabirobeira Guabirobeira Guaçatunga Guaçatunga Guaçatunga

10 11

Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng.

SALICACEAE SALICACEAE

Guaçatunga Guaçatunga

12 13 14

Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng.

SALICACEAE SALICACEAE SALICACEAE

Guaçatunga Guaçatunga Guaçatunga

15 16 17

Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng.

SALICACEAE SALICACEAE SALICACEAE

Guaçatunga Guaçatunga Guaçatunga

18

Casearia sylvestris Sw.

SALICACEAE

Guaçatunga

19 20 21

Cedrela fissilis Vell. Cedrela fissilis Vell. Cedrela fissilis Vell.

MELIACEAE MELIACEAE MELIACEAE

Cedro Rosa Cedro Rosa Cedro Rosa

22 23 24 25 26 27 28 29

Cedrela fissilis Vell. Chrysophyllum sp. Chrysophyllum sp. Chrysophyllum sp. Chrysophyllum sp. Chrysophyllum sp. Chrysophyllum sp. Chrysophyllum sp.

MELIACEAE SAPOTACEAE SAPOTACEAE SAPOTACEAE SAPOTACEAE SAPOTACEAE SAPOTACEAE SAPOTACEAE

Cedro Rosa Guatambú Guatambú Guatambú Guatambú Guatambú Guatambú Guatambú

30 31 32 33

Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke

CANELLACEAE CANELLACEAE CANELLACEAE CANELLACEAE

Pimenteira Pimenteira Pimenteira Pimenteira

34 35

Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke

CANELLACEAE CANELLACEAE

Pimenteira Pimenteira

36

Cinnamodendron dinisii Schwanke

CANELLACEAE

Pimenteira

37 38 39

Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke

CANELLACEAE CANELLACEAE CANELLACEAE

Pimenteira Pimenteira Pimenteira

40 41

Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke

CANELLACEAE CANELLACEAE

Pimenteira Pimenteira

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ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014

Nº 42

NOME CIENTÍFICO Cinnamodendron dinisii Schwanke

FAMÍLIA BOTÂNICA CANELLACEAE

NOME COMUM Pimenteira

43

Cinnamodendron dinisii Schwanke

CANELLACEAE

Pimenteira

44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54

Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke Clethra scabra Pers. Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud. Cordyline spectabilis Kunth & Bouché Cordyline spectabilis Kunth & Bouché Cordyline spectabilis Kunth & Bouché Cupania vernalis Cambess. Dalbergia brasiliensis Vogel

CANELLACEAE CANELLACEAE CANELLACEAE CANELLACEAE CLETHRACEAE BORAGINACEAE ASPARAGACEAE ASPARAGACEAE ASPARAGACEAE SAPINDACEAE FABACEAE

Pimenteira Pimenteira Pimenteira Pimenteira Carne de Vaca Louro Pardo Uvarana Uvarana Uvarana Cuvatã Jacarandá

55 56 57 58

Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel

FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE

Jacarandá Jacarandá Jacarandá Jacarandá

59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69

Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel Escallonia bifida Link & Otto Escallonia bifida Link & Otto Escallonia bifida Link & Otto Escallonia bifida Link & Otto Guatteria australis A.St.-Hil. Guatteria australis A.St.-Hil.

FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE ESCALLONIACEAE ESCALLONIACEAE ESCALLONIACEAE ESCALLONIACEAE ANNONACEAE ANNONACEAE

Jacarandá Jacarandá Jacarandá Jacarandá Jacarandá Canudo de Pito Canudo de Pito Canudo de Pito Canudo de Pito Pindaíba Pindaíba

70 71 72 73

Guatteria australis A.St.-Hil. Jacaranda puberula Cham. Jacaranda puberula Cham. Jacaranda puberula Cham.

ANNONACEAE BIGNONIACEAE BIGNONIACEAE BIGNONIACEAE

Pindaíba Caroba Caroba Caroba

74 75 76 77 78 79 80 81 82

Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel

FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE

Timbó Lonchocarpus Lonchocarpus Lonchocarpus Sapuva Sapuva Sapuva Sapuva Sapuva

83 84

Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel

FABACEAE FABACEAE

Sapuva Sapuva

85

Machaerium stipitatum (DC.) Vogel

FABACEAE

Sapuva

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ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014

Nº 86

NOME CIENTÍFICO Machaerium stipitatum (DC.) Vogel

FAMÍLIA BOTÂNICA FABACEAE

NOME COMUM Sapuva

87

Machaerium stipitatum (DC.) Vogel

FABACEAE

Sapuva

88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98

Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk.

FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE FABACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE

Sapuva Sapuva Sapuva Sapuva Sapuva Sapuva Sapuva Sapuva Miguel Pintado Miguel Pintado Miguel Pintado

99 100 101 102

Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk.

SAPINDACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE

Miguel pintado Miguel pintado Miguel pintado Miguel pintado

103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113

Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Myrceugenia sp. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br.

SAPINDACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE SAPINDACEAE MYRTACEAE PRIMULACEAE PRIMULACEAE

Miguel pintado Miguel Pintado Miguel pintado Miguel pintado Miguel pintado Miguel pintado Miguel pintado Miguel Pintado Guamirim Capororoquinha Capororoquinha

114 115 116 117

Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br.

PRIMULACEAE PRIMULACEAE PRIMULACEAE PRIMULACEAE

Capororoquinha Capororoquinha Capororoquinha Capororoquinha

118 119 120 121 122 123 124 125 126

Myrsine umbellata Mart. Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees

PRIMULACEAE LAURACEAE LAURACEAE LAURACEAE LAURACEAE LAURACEAE LAURACEAE LAURACEAE LAURACEAE

Capororocão Canela Guaicá Canela Guaicá Canela Guaicá Canela Guaicá Canela Guaicá Canela Guaicá Canela Guaicá Canela Guaicá

127 128

Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees

LAURACEAE LAURACEAE

Canela Guaicá Canela Guaicá

129

Ocotea puberula (Rich.) Nees

LAURACEAE

Canela Guaicá

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ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014

Nº 130

NOME CIENTÍFICO Ocotea puberula (Rich.) Nees

FAMÍLIA BOTÂNICA LAURACEAE

NOME COMUM Canela Guaicá

131

Ocotea puberula (Rich.) Nees

LAURACEAE

Canela Guaicá

132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142

Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) Landrum Prunus brasiliensis (Cham. & Schltdl.) D.Dietr. Rhamnus sphaerosperma Sw. Rhamnus sphaerosperma Sw. Rhamnus sphaerosperma Sw. Rhamnus sphaerosperma Sw. Roupala montana var. brasiliensis (Klotzsch) K.S.Edwards Roupala montana var. brasiliensis (Klotzsch) K.S.Edwards Roupala montana var. brasiliensis (Klotzsch) K.S.Edwards

LAURACEAE LAURACEAE MYRTACEAE ROSACEAE RHAMNACEAE RHAMNACEAE RHAMNACEAE RHAMNACEAE PROTEACEAE PROTEACEAE PROTEACEAE

Canela Guaicá Canela Guaicá Craveiro Pessegueiro Bravo Canjica Canjica Canjica Canjica Carvalho Brasileiro Carvalho Brasileiro Carvalho Brasileiro

143 144 145 146

Roupala montana var. brasiliensis (Klotzsch) K.S.Edwards Sapium glandulosum (L.) Morong Sapium glandulosum (L.) Morong Schinus terebinthifolius Raddi

PROTEACEAE EUPHORBIACEAE EUPHOBIACEAE ANACARDIACEAE

Carvalho Brasileiro Leiteiro Leiteiro Aroeira

147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157

Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi

ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE

Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira

158 159 160 161

Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi

ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE

Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira

162 163 164 165 166 167 168 169 170

Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi

ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE

Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira

171 172

Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi

ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE

Aroeira Aroeira

173

Schinus terebinthifolius Raddi

ANACARDIACEAE

Aroeira

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Nº 174

NOME CIENTÍFICO Schinus terebinthifolius Raddi

FAMÍLIA BOTÂNICA ANACARDIACEAE

NOME COMUM Aroeira

175

Schinus terebinthifolius Raddi

ANACARDIACEAE

Aroeira

176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186

Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi

ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE

Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira

187 188 189 190

Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi

ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE

Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira

191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 201

Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Solanum sp. Solanum sp. Xylosma ciliatifolia (Clos) Eichler Zanthoxylum rhoifolium Lam.

ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE ANACARDIACEAE SOLANACEAE SOLANACEAE SALICACEAE RUTACEAE

Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Aroeira Fumo bravo Fumo bravo Sucará Mamica de Porca

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APÊNDICE 5 - PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS DOS INDIVÍDUOS ARBÓREOS AMOSTRADOS NA ÁREA DE ESTUDO Nº

NOME CIENTÍFICO

1 2 3 4

Allophylus guaraniticus (A.St.-Hil.) Radlk. Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Campomanesia xanthocarpa O.Berg Campomanesia xanthocarpa O.Berg

5 6

G/1.530 M2 0,0241 0,0180 0,0937 0,0101

G/HA

HT (M)

PIM (M) 2,50 6,00 1,80 0,00

P S 2 1 1 1

V (M3) / 1.530 M2 0,1685 0,1445 0,7213 0,0390

V (M3) / HA 1,1013 0,9447 4,7146 0,2552

0,1573 0,1174 0,6123 0,0663

10,00 11,50 11,00 5,50

Campomanesia xanthocarpa O.Berg Casearia obliqua Spreng.

0,0100 0,0655 0,0151 0,0984

10,00 7,50

3,50 1 1,80 1

0,0702 0,0791

0,4588 0,5167

7 8 9

Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng.

0,0250 0,1637 0,0219 0,1434 0,0187 0,1223

8,50 10,00 9,00

2,00 1 6,00 1 5,00 1

0,1490 0,1535 0,1179

0,9740 1,0035 0,7708

10

Casearia obliqua Spreng.

0,0081 0,0533

7,00

3,00 2

0,0399

0,2610

11 12 13

Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng.

0,0050 0,0325 0,0199 0,1300 0,0124 0,0812

5,00 10,00 10,00

2,00 1 2,00 1 5,00 1

0,0174 0,1393 0,0869

0,1138 0,9102 0,5681

14 15 16 17 18

Casearia obliqua Spreng. Casearia obliqua Spreng. Casearia sylvestris Sw. Cedrela fissilis Vell. Cedrela fissilis Vell.

0,0115 0,0121 0,0115 0,0866 0,0355

0,0751 0,0791 0,0751 0,5658 0,2321

13,00 14,00 5,00 15,00 11,00

1 2 2 1 1

0,1046 0,1186 0,0402 0,9090 0,2734

0,6834 0,7753 0,2629 5,9409 1,7871

19 20 21

Cedrela fissilis Vell. Chrysophyllum sp. Chrysophyllum sp.

0,1538 1,0049 0,0111 0,0724 0,0161 0,1053

22,00 9,50 13,00

9,00 1 4,00 1 8,00 1

2,3678 0,0736 0,1466

15,4756 0,4812 0,9584

22 23 24

Chrysophyllum sp. Chrysophyllum sp. Cinnamodendron dinisii Schwanke

0,0115 0,0751 0,0780 0,5098 0,0293 0,1916

15,00 16,00 8,00

13,00 1 12,00 1 6,00 1

0,1207 0,8735 0,1642

0,7886 5,7093 1,0732

25

Cinnamodendron dinisii Schwanke

0,0100 0,0655

4,00

1,50 1

0,0281

0,1835

26 27 28

Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke

0,0619 0,4046 0,0199 0,1300 0,0645 0,4213

11,50 11,00 16,00

2,00 1 2,00 1 6,00 1

0,4983 0,1532 0,7219

3,2568 1,0012 4,7184

29 30 31

Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke

0,0426 0,2784 0,0134 0,0874 0,0207 0,1353

17,00 15,00 15,00

9,50 1 5,00 1 12,00 1

0,5069 0,1405 0,2173

3,3133 0,9180 1,4204

32 33 34 35 36

Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke Cinnamodendron dinisii Schwanke Clethra scabra Pers. Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud.

0,0089 0,0406 0,0084 0,0137 0,0282

0,0584 0,2652 0,0549 0,0896 0,1841

8,00 16,00 12,00 9,00 9,00

2 1 2 1 1

0,0500 0,4544 0,0706 0,0863 0,1775

0,3269 2,9697 0,4615 0,5643 1,1600

37 38 39

Cordyline spectabilis Kunth & Bouché Cordyline spectabilis Kunth & Bouché Cordyline spectabilis Kunth & Bouché

0,0081 0,0533 0,0092 0,0601 0,0097 0,0637

4,50 5,00 5,00

1,80 2 0,00 1 0,00 2

0,0257 0,0322 0,0341

0,1678 0,2104 0,2230

40 41

Cupania vernalis Cambess. Dalbergia brasiliensis Vogel

0,0084 0,0549 0,0196 0,1280

8,00 8,00

5,00 1 3,00 1

0,0471 0,1096

0,3076 0,7166

9,00 10,00 2,00 7,50 6,50

6,00 7,50 6,00 5,00 4,00

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Página 107


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V (M3) / HA 0,9616

11,00

0,1223 0,2097 0,0853 0,1081

12,00 12,00 12,00 12,00

3,00 6,00 10,00 7,00

1 1 1 1

0,1572 0,2695 0,1096 0,1390

1,0277 1,7617 0,7166 0,9085

0,1750 0,1369 0,1780 0,1837 0,0791 0,3026

9,50 8,00 16,00 6,00 6,00 7,00

1,50 4,00 13,00 3,50 2,00 3,00

1 2 1 1 2 2

0,1780 0,1173 0,3050 0,1180 0,0508 0,2269

1,1635 0,7665 1,9935 0,7714 0,3323 1,4828

Escallonia bifida Link & Otto Guatteria australis A.St.-Hil.

0,0470 0,3072 0,0180 0,1178

4,00 9,00

2,00 1 6,00 1

0,1316 0,1136

0,8601 0,7424

55 56 57

Guatteria australis A.St.-Hil. Jacaranda puberula Cham. Jacaranda puberula Cham.

0,0311 0,2032 0,0110 0,0720 0,0121 0,0791

20,00 11,00 11,00

17,00 1 6,00 1 8,00 1

0,4352 0,0848 0,0932

2,8444 0,5542 0,6091

58 59 60

Jacaranda puberula Cham. Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth.

0,0115 0,0751 0,0095 0,0619 0,0144 0,0939

11,50 7,50 11,00

7,50 1 3,50 2 6,00 1

0,0925 0,0497 0,1107

0,6046 0,3250 0,7234

61

Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth.

0,0187 0,1223

10,50

4,50 1

0,1376

0,8992

62 63 64 65 66

Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel

0,0191 0,0228 0,0151 0,0179 0,0330

0,1249 0,1489 0,0984 0,1170 0,2157

9,00 5,50 5,50 8,00 8,00

4,00 2,00 1,70 6,00 3,50

1 1 1 1 1

0,1204 0,0877 0,0580 0,1002 0,1848

0,7867 0,5731 0,3789 0,6552 1,2078

67 68 69 70 71 72

Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel

0,0180 0,0168 0,0165 0,0301 0,0158 0,0156

0,1174 0,1101 0,1077 0,1967 0,1030 0,1021

8,00 7,50 8,00 10,00 9,00 8,00

2,00 3,00 2,50 3,50 3,50 5,00

1 1 1 1 1 1

0,1005 0,0884 0,0923 0,2107 0,0993 0,0875

0,6572 0,5778 0,6030 1,3770 0,6489 0,5716

73 74 75 76

Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel

0,0161 0,0168 0,0151 0,0105

0,1053 0,1101 0,0984 0,0689

7,00 6,00 7,00 8,00

3,00 3,00 2,50 6,00

1 1 1 1

0,0790 0,0707 0,0738 0,0590

0,5161 0,4622 0,4822 0,3859

77 78 79 80 81 82

Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Machaerium stipitatum (DC.) Vogel Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk.

0,0236 0,0081 0,0180 0,0245 0,0232 0,0137

0,1545 0,0533 0,1174 0,1602 0,1517 0,0896

7,00 10,00 9,50 10,00 7,00 9,00

5,00 4,50 8,00 0,00 1,80 5,00

1 1 1 1 1 1

0,1158 0,0570 0,1194 0,1716 0,1137 0,0863

0,7570 0,3728 0,7804 1,1214 0,7432 0,5643

83 84 85

Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk.

0,0089 0,0584 0,0140 0,0917 0,0484 0,3164

7,00 8,00 15,00

3,00 2 6,00 2 9,00 1

0,0438 0,0786 0,5084

0,2860 0,5138 3,3226

NOME CIENTÍFICO

G/1.530 G/HA M2 0,0191 0,1249

V (M3) / 1.530 M2 0,1471

PIM P (M) S 4,00 1

Nº 42

Dalbergia brasiliensis Vogel

43 44 45 46

Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel

0,0187 0,0321 0,0131 0,0165

47 48 49 50 51 52

Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel Dalbergia brasiliensis Vogel Escallonia bifida Link & Otto Escallonia bifida Link & Otto Escallonia bifida Link & Otto

0,0268 0,0209 0,0272 0,0281 0,0121 0,0463

53 54

HT (M)

FLORESTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA www.florestalengenharia.com.br

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V (M3) / HA 1,3466

14,00

0,0549 0,0655 0,0693 0,0533

9,00 13,00 9,00 8,50

3,50 10,00 4,00 4,50

2 1 2 1

0,0530 0,0913 0,0668 0,0485

0,3461 0,5965 0,4365 0,3169

0,0516 0,0832 0,1885 0,2197 0,2266 0,0849

5,50 10,00 10,00 8,50 11,00 7,00

3,50 7,00 4,00 6,00 7,00 4,00

2 1 1 1 1 1

0,0304 0,0891 0,2019 0,2000 0,2669 0,0636

0,1987 0,5825 1,3194 1,3075 1,7445 0,4160

Myrsine umbellata Mart. Ocotea puberula (Rich.) Nees

0,0172 0,1125 0,0226 0,1478

8,00 8,00

3,50 1 4,00 1

0,0964 0,1266

0,6298 0,8274

99 Ocotea puberula (Rich.) Nees 100 Ocotea puberula (Rich.) Nees 101 Ocotea puberula (Rich.) Nees

0,0115 0,0751 0,0203 0,1326 0,0131 0,0853

8,00 9,00 8,00

6,00 1 4,00 1 6,00 1

0,0643 0,1279 0,0731

0,4206 0,8356 0,4777

102 Ocotea puberula (Rich.) Nees 103 Ocotea puberula (Rich.) Nees 104 Ocotea puberula (Rich.) Nees

0,0154 0,1007 0,0172 0,1125 0,0256 0,1672

7,00 8,00 9,00

5,00 1 6,00 1 2,00 1

0,0755 0,0964 0,1612

0,4934 0,6298 1,0534

105 Ocotea puberula (Rich.) Nees

0,0271 0,1771

6,00

0,00 1

106 107 108 109 110

0,0203 0,0352 0,0321 0,0674 0,0764

NOME CIENTÍFICO

G/1.530 G/HA M2 0,0210 0,1374

V (M3) / 1.530 M2 0,2060

PIM P (M) S 9,00 1

Nº 86

Matayba elaeagnoides Radlk.

87 88 89 90

Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Matayba elaeagnoides Radlk. Myrceugenia sp.

0,0084 0,0100 0,0106 0,0081

91 92 93 94 95 96

Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Myrsine coriacea (Sw.) R. Br.

0,0079 0,0127 0,0288 0,0336 0,0347 0,0130

97 98

HT (M)

0,1138

0,7439

1 1 1 1 1

0,0923 0,3079 0,2695 1,1787 1,3910

0,6035 2,0126 1,7617 7,7039 9,0912

8,00

7,00 1

0,0562

0,3671

0,0331 0,2164

12,00

3,00 1

0,2781

1,8176

0,0095 0,0619 0,0109 0,0712

11,00 12,00

3,50 2 8,50 1

0,0729 0,0915

0,4767 0,5981

0,0247 0,1614

8,00

4,00 1

0,1383

0,9036

0,0241 0,1573

7,50

4,00 1

0,1264

0,8260

0,0112 0,0731

7,00

2

0,0548

0,3584

0,0280 0,0069 0,0161 0,0216

0,1829 0,0453 0,1053 0,1412

7,00 4,50 4,50 5,50

5,00 2,50 1,70 4,50

1 2 2 1

0,1371 0,0218 0,0508 0,0832

0,8962 0,1426 0,3318 0,5435

122 Schinus terebinthifolius Raddi 123 Schinus terebinthifolius Raddi 124 Schinus terebinthifolius Raddi

0,0235 0,1536 0,0207 0,1353 0,0103 0,0674

6,00 8,50 5,00

4,00 1 2,00 1 1,50 2

0,0987 0,1232 0,0361

0,6451 0,8049 0,2359

125 Schinus terebinthifolius Raddi 126 Schinus terebinthifolius Raddi

0,0288 0,1882 0,0275 0,1797

7,00 8,00

2,00 2 5,00 2

0,1411 0,1540

0,9223 1,0065

111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121

Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Ocotea puberula (Rich.) Nees Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) Landrum Prunus brasiliensis (Cham. & Schltdl.) D.Dietr. Rhamnus sphaerosperma Sw. Rhamnus sphaerosperma Sw. Roupala montana var. brasiliensis (Klotzsch) K.S.Edwards Roupala montana var. brasiliensis (Klotzsch) K.S.Edwards Roupala montana var. brasiliensis (Klotzsch) K.S.Edwards Sapium glandulosum (L.) Morong Sapium glandulosum (L.) Morong Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi

0,1326 0,2300 0,2097 0,4402 0,4995

6,50 12,50 12,00 25,00 26,00

0,0100 0,0655

2,00 8,00 8,00 20,00 18,00

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NOME CIENTÍFICO

127 Schinus terebinthifolius Raddi

G/1.530 G/HA M2 0,0103 0,0674

HT (M) 7,00

PIM P (M) S 3,00 2

V (M3) / 1.530 M2 0,0505

V (M3) / HA 0,3303

128 129 130 131

Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi

0,0112 0,0183 0,0163 0,0131

0,0731 0,1198 0,1067 0,0853

8,00 6,00 6,00 6,00

3,00 1,80 2,00 3,00

1 1 1 2

0,0627 0,0770 0,0686 0,0548

0,4096 0,5033 0,4483 0,3583

132 133 134 135 136 137

Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi

0,0087 0,0134 0,0199 0,0187 0,0161 0,0228

0,0566 0,0874 0,1300 0,1223 0,1053 0,1489

6,00 8,00 7,00 9,00 7,00 7,00

3,00 3,00 2,00 5,00 3,00 3,00

2 1 1 1 1 1

0,0364 0,0749 0,0975 0,1179 0,0790 0,1116

0,2379 0,4896 0,6371 0,7708 0,5161 0,7295

138 Schinus terebinthifolius Raddi 139 Schinus terebinthifolius Raddi

0,0137 0,0896 0,0158 0,1030

12,00 5,00

6,00 1 3,00 1

0,1151 0,0552

0,7524 0,3605

140 Schinus terebinthifolius Raddi 141 Schinus terebinthifolius Raddi 142 Schinus terebinthifolius Raddi

0,0168 0,1101 0,0215 0,1406 0,0134 0,0874

7,00 5,00 4,00

4,00 1 1,70 1 2,00 1

0,0825 0,0753 0,0375

0,5393 0,4922 0,2448

143 Schinus terebinthifolius Raddi 144 Schinus terebinthifolius Raddi 145 Schinus terebinthifolius Raddi

0,0172 0,1125 0,0084 0,0549 0,0764 0,4995

8,00 7,00 12,00

4,00 1 2,50 1 1,50 1

0,0964 0,0412 0,6420

0,6298 0,2692 4,1959

146 Schinus terebinthifolius Raddi

0,0272 0,1780

8,50

6,00 1

0,1620

1,0591

147 148 149 150 151

Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi

0,0120 0,0081 0,0127 0,0211 0,0097

0,0787 0,0533 0,0832 0,1379 0,0637

7,00 9,50 9,00 7,50 6,50

2,00 8,50 1,80 6,00 4,00

1 1 1 1 2

0,0590 0,0542 0,0802 0,1108 0,0444

0,3856 0,3542 0,5243 0,7242 0,2899

152 153 154 155 156 157

Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi

0,0087 0,0326 0,0201 0,0103 0,0186 0,0125

0,0566 0,2130 0,1316 0,0674 0,1213 0,0817

7,00 6,00 7,50 7,50 11,00 5,00

2,00 2,50 2,50 4,50 8,00 2,00

1 2 1 1 1 1

0,0425 0,1369 0,1057 0,0541 0,1429 0,0438

0,2775 0,8948 0,6909 0,3539 0,9343 0,2859

158 159 160 161

Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi

0,0080 0,0181 0,0440 0,0290

0,0523 0,1183 0,2876 0,1895

3,00 7,50 8,00 7,00

2,00 3,50 1,80 3,00

2 1 1 1

0,0168 0,0950 0,2464 0,1421

0,1098 0,6211 1,6104 0,9288

162 163 164 165 166 167

Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi Schinus terebinthifolius Raddi

0,0211 0,0147 0,0115 0,0140 0,0311 0,0145

0,1379 0,0962 0,0751 0,0917 0,2032 0,0948

7,50 5,00 5,00 6,50 11,00 8,00

5,00 3,00 3,00 1,80 2,50 1,80

1 2 2 2 1 1

0,1108 0,0515 0,0402 0,0639 0,2394 0,0813

0,7242 0,3366 0,2629 0,4175 1,5644 0,5311

0,0176 0,1149 0,0114 0,0747 0,0207 0,1353

9,00 7,50 15,00

6,00 1 2,00 1 13,00 1

0,1107 0,0600 0,2173

0,7238 0,3922 1,4204

168 Schinus terebinthifolius Raddi 169 Schinus terebinthifolius Raddi 170 Schinus terebinthifolius Raddi

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NOME CIENTÍFICO

171 Solanum sp. 172 Xylosma ciliatifolia (Clos) Eichler 173 Zanthoxylum rhoifolium Lam. TOTAL MÉDIA MÁXIMO MÍNIMO DESVIO PADRÃO

G/1.530 G/HA M2 0,0241 0,1573 0,0241 0,1573 0,0087 0,0566 3,78 0,02 0,15 0,00 0,01805

17,00

PIM P (M) S 9,00 1

V (M3) / 1.530 M2 0,2865

V (M3) / HA 1,8723

8,00 12,00

1,40 1 8,00 1

0,1348 0,0728

0,8811 0,4758

28,4850 0,1647

186,1752 1,0762

2,3678 0,0168 0,2521

15,4756 0,1098 1,6477

HT (M)

24,69 1.580,50 801,20 0,14 9,14 4,66 1,00 0,03 0,118

26,00 20,00 3,00 0,00 3,6509 3,2538

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APÊNDICE 6 - PARÂMETROS FITOSSOCIOLÓGICOS DOS INDIVÍDUOS DE Araucaria angustifolia (PINHEIRO DO PARANÁ) AMOSTRADOS NA ÁREA DE ESTUDO G/HA 0,0736 0,1205 0,0825 0,2690 0,0802 0,1123

V (M3) FF 0,8 0,2649 0,4819 0,3300 1,6138 0,2888 0,4492

10,00

0,0872

0,3486

43,93 23,87 40,74

14,00 13,00 17,00

0,3031 0,0895 0,2608

1,6973 0,4655 1,7732

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

28,01 20,21 10,98 29,92 14,64 12,10 23,01 32,79 20,37

13,00 14,00 8,00 12,00 10,00 12,00 18,00 17,00 17,00

0,1232 0,0642 0,0189 0,1406 0,0337 0,0230 0,0832 0,1688 0,0652

0,6409 0,3594 0,0606 0,6750 0,1347 0,1103 0,5990 1,1482 0,4433

20 21

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

13,05 41,06

8,00 18,00

0,0268 0,2648

0,0856 1,9069

22 23 24

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

13,69 22,28 24,51

12,00 15,00 13,50

0,0294 0,0780 0,0944

0,1413 0,4679 0,5096

25

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

15,92

11,00

0,0398

0,1751

26 27

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

13,37 20,37

9,00 10,00

0,0281 0,0652

0,1011 0,2608

28 29 30 31 32 33 34 35 36

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

34,06 11,46 25,78 10,19 19,10 43,61 38,83 33,74 42,65

14,00 11,00 20,00 9,00 16,00 20,00 17,00 16,00 21,00

0,1822 0,0206 0,1044 0,0163 0,0573 0,2987 0,2369 0,1788 0,2858

1,0204 0,0908 0,8354 0,0587 0,3667 2,3897 1,6108 1,1445 2,4005

37 38 39

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

25,46 35,33 12,73

16,00 18,00 10,00

0,1019 0,0019

0,6519 0,0139

40

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

17,51

14,00

0,1961 0,0481

1,4119 0,2696

41

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

19,74

15,00

0,0612

0,3671

Nº 1 2 3 4 5 6

ESPÉCIE Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

DAP (CM) 21,65 27,69 22,92 41,38 22,60 26,74

HT (M) 9,00 10,00 10,00 15,00 9,00 10,00

7

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

23,55

8 9 10

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

11 12 13 14 15 16 17 18 19

FUSTES

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G/HA 0,0195 0,1721

V (M3) FF 0,8 0,0702 1,1706

11,00 10,00 17,00

0,0206 0,0173 0,1529

0,0908 0,0693 1,0394

28,01

15,00

0,1232

0,7395

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

10,03 35,97 16,55

11,00 20,00 13,00

0,0158 0,2032 0,0430

0,0695 1,6258 0,2238

51 52 53 54 55

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

30,24 27,06 29,28 38,20 12,73 25,46

17,00 16,00 16,00 18,00 7,00 9,00

0,1436 0,1150 0,1347 0,2292 0,0255 0,1019

0,9767 0,7359 0,8621 1,6501 0,0713 0,3667

56 57

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

12,57 11,14

9,00 9,00

0,0248 0,0195

0,0894 0,0702

58

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

40,11

22,00

0,2527

2,2235

59 60 61

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

31,51 12,10 12,10

15,00 7,00 8,50

0,1560 0,0230 0,0230

0,9359 0,0643 0,0781

62 63

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

24,83 29,28

11,00 12,00

0,0968 0,1347

0,4261 0,6466

64

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

23,87

14,00

1

0,0895

0,5013

10,00 11,50 8,50 10,00 10,00 15,00 7,50 9,00

2

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

12,41 11,14 10,82 16,23 15,60 32,79 15,92 12,10

0,0242 0,0195 0,0184 0,0414 0,0382 0,1688 0,0398 0,0230

0,0968 0,0897 0,0626 0,1656 0,1529 1,0131 0,1194 0,0827

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

10,50 20,00 11,50 18,00

2

72 73 74

14,32 46,15 20,37 39,15

0,0322 0,3346 0,0652 0,2408

0,1354 2,6770 0,2999 1,7337

75 76 77

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

25,46 32,47 14,64

18,00 19,00 10,00

0,1019 0,1656 0,0337

0,7334 1,2584 0,1347

78 79 80

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

32,15 34,06 28,97

17,00 20,00 20,00

0,1624 0,1822 0,1318

1,1040 1,4577 1,0544

81

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

27,37 16,23

19,00 17,00

0,1177 0,0414

0,8946 0,2815

Nº 42 43

ESPÉCIE Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

DAP (CM) 11,14 33,10

HT (M) 9,00 17,00

44 45 46

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

11,46 10,50 31,19

47

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

48 49 50

65 66 67 68 69 70 71

FUSTES

1 2

1

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ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014

G/HA 0,0206 0,0352

V (M3) FF 0,8 0,0825 0,1547

14,00 16,00 21,00

0,0592 0,1177 0,1592

0,3316 0,7534 1,3369

13,37

13,00

0,0281

0,1460

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

12,10 11,46 34,38

12,00 12,00 22,00

0,0230 0,0206 0,1856

0,1103 0,0990 1,6336

91 92 93 94 95 96

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

10,82 30,88 36,92 11,46 10,82 13,69

12,00 20,00 21,00 12,00 12,00 13,50

0,0184 0,1497 0,2142 0,0206 0,0184 0,0294

0,0883 1,1980 1,7989 0,0990 0,0883 0,1589

97 98

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

23,55 17,19

17,00 16,00

0,0872 0,0464

0,5926 0,2970

99

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

25,15

18,00

0,0993

0,7152

100 101 102

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

25,78 21,96 29,60

20,00 18,00 20,00

0,1044 0,0758 0,1377

0,8354 0,5456 1,1012

103 104

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

34,38 28,01

21,00 20,00

0,1856 0,1232

1,5594 0,9860

105

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

39,79

23,50

0,2487

2,3376

106 107 108 109 110 111 112 113

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

29,60 28,01 25,15 14,96 13,05 27,06 31,51 20,37

20,00 21,00 20,50 10,00 20,50 17,00 19,00 16,50

0,1377 0,1232 0,0993 0,0352 0,0268 0,1150 0,1560 0,0652

1,1012 1,0353 0,8145 0,1406 0,2194 0,7819 1,1855 0,4303

114 115 116 117

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

22,92 32,47 29,92 27,06

17,00 19,50 18,00 17,00

0,0825 0,1656 0,1406 0,1150

0,5610 1,2916 1,0125 0,7819

118 119 120

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

13,37 12,73 28,65

14,50 9,50 17,50

0,0281 0,0255 0,1289

0,1628 0,0968 0,9024

121 122 123

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

10,82 11,46 19,10

9,00 9,50 14,00

0,0184 0,0206 0,0573

0,0662 0,0784 0,3209

124

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

14,32 12,10

13,00 8,00

0,0322 0,0230

0,1676 0,0735

Nº 82 83

ESPÉCIE Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

DAP (CM) 11,46 14,96

HT (M) 10,00 11,00

84 85 86

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

19,42 27,37 31,83

87

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

88 89 90

FUSTES

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ESTUDO TÉCNICO PARA CRIAÇÃO DA RPPN REFÚGIO CAROLINA | 2014

G/HA 0,1232 0,1205

V (M3) FF 0,8 0,6902 0,7469

0,0481 0,1688 0,0294

0,3274 1,2832 0,1766

14,00

0,0206

0,1155

10,82 17,83 13,05

14,00 15,50 12,50

0,0184 0,0499 0,0268

0,1030 0,3094 0,1338

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

26,42 23,87 27,06 31,19 15,60 10,19

17,00 16,00 18,00 19,00 16,50 11,00

0,1096 0,0895 0,1150 0,1529 0,0382 0,0163

0,7456 0,5730 0,8279 1,1617 0,2522 0,0717

139 140

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

24,51 21,65

20,00 19,00

0,0944 0,0736

0,7549 0,5593

141

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

10,50

13,00

0,0173

0,0901

142 143 144

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

16,23 28,33 10,19

17,00 23,00 12,50

0,0414 0,1261 0,0163

0,2815 1,1598 0,0815

145 146

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

14,96 14,96

13,50 12,50

0,0352 0,0352

0,1898 0,1758

3.437,85

2.217,00

14,3311

95,6820

22,62 46,15 10,03 9,45

14,59 23,50 7,00 4,09

0,0943 0,3346 0,0158 0,0741

0,6295 2,6770 0,0587 0,5924

Nº 125 126

ESPÉCIE Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

DAP (CM) 28,01 27,69

HT (M) 14,00 15,50

127 128

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

17,51 32,79 13,69

17,00 19,00 15,00

129

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

11,46

130 131 132

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze

133 134 135 136 137 138

TOTAL MÉDIA MÁXIMO MÍNIMO DESVIO PADRÃO

FUSTES

1 2

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APÊNDICE 7 - ROTEIRO FOTOGRÁFICO DE ACESSO AO REFÚGIO CAROLINA

IMAGEM

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COMENTÁRIOS

Zere o hodômetro do veículo ao passar pela passarela de pedestre na entrada do Parque Barigui (BR 277). Siga pela BR 277, sentido Curitiba Campo Largo 0 km

Continue pela BR 277. Passe em frente da Igreja da Rondinha, por baixo do 1º viaduto de acesso a Campo Largo (acesso Bateias) e por baixo do 2º viaduto de acesso a Campo Largo (acesso Caterpillar) 19 km Logo após passar por baixo do 2º viaduto de acesso a Campo Largo, desacelere e mantenha o veículo na pista da direita. Passe em frente ao Posto e Churrascaria Quinta. Logo após o posto haverá a 22 km

Saída 118 – Bairro Guabiroba

Saia da BR 277 pela Saída 118 – Bairro Guabiroba. Acesse a estrada de acesso na lateral do viaduto 23 km

Ao final do acesso lateral do viaduto cuide com a preferencial que é de quem está passando por cima do viaduto. Siga pela estrada de paralelepípedo até o próximo ponto de referência 23 km

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IMAGEM

SENTIDO

COMENTÁRIOS

Ao chegar em uma praça triangular, mantenha a sua direita, seguindo pela estrada de paralelepípedo até o seu final 24,8 km

Ao final da estrada de paralelepípedo acesse a estrada rural rumo à localidade do Retiro e Recanto Ágape (existem algumas placas pela estrada indicando o caminho para os dois locais) 25,2 km

Passe por uma pequena ponte de concreto, mantendo a direita na próxima bifurcação

26,2 km

Siga sempre pela estrada principal até visualizar uma grande bifurcação. Mantenha sua esquerda (sentido Retiro e Recanto Ágape) 28,8 km

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SENTIDO

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Siga pela estrada principal passando por um pequeno comércio (bar e mercado) até chegar em uma pequena bifurcação. Mantenha a sua esquerda (sentido Retiro e Refúgio Ágape) 30 km

Siga pela estrada principal até chegar a uma grande bifurcação com um lago (acesso ao Refúgio Ágape – estrada da direita). Mantenha a sua esquerda, seguindo pela estrada mais 300 metros 31,7 km

Muita atenção agora! Após os 300 metros, vire a esquerda para acessar uma pequena estrada de chão, visível somente para quem vem na contramão da estrada principal 32 km

Siga pela pequena estrada de chão até o seu final (+- 2 km). Cuide com motociclistas e veículos que possam estar trafegando no sentido com contrário (estrada estreita e com pontos de pouca visibilidade)

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SENTIDO

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Sempre em frente!

Passe por baixo do viaduto de eucaliptos. Siga em frente!

Ao final da pequena estrada de chão haverá uma bifurcação. Vire a direita e percorra 100 metros.

33,9 km

Após os 100 metros, vire novamente a direita na última bifurcação do percurso 34 km

Siga mais 300 metros de estrada de chão até encontrar a porteira do Sítio Jaguarundi. Passe pela porteira e ande mais 200 metros até chegar no Refúgio Carolina (lado esquerdo) 34,3 km

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SENTIDO

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Para sua maior comodidade, estacione o carro do lado direito, na área plana que fica em frente a porteira do Refúgio Carolina

O Refúgio Carolina é uma área de preservação ambiental!

Mantenha a porteira fechada para evitar a entrada de cavalos, vacas e carneiros que pastam nas áreas vizinhas.

Seja bem-vindo ao Refúgio Carolina!

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