ANTONIO BANDEIRA, DA RAZÃO À SENSIBILIDADE Sob o signo da arte, em 1922, nascia Antonio Bandeira, pintor e desenhista cearense, que em 1945, numa escala de Fortaleza para Paris - com conexão de um ano no Rio de Janeiro - fez a aterrissagem para o mundo, em uma carreira de 25 anos de absoluto sucesso, destacando-se como um dos mais premiados e valorizados pintores modernos brasileiros, com obras em importantes coleções particulares e em acervos públicos do Brasil e do exterior. Sua trajetória artística foi impulsionada com a conquista de uma bolsa de estudos do Governo francês, pela sua participação na exposição do Instituto dos Arquitetos Rio de Janeiro. Em Paris, permaneceu por quatro anos, período em que frequentou e conviveu com importantes nomes da arte na École Superieure des Beaux Arts e na Académie de la Grande Chaumière. Em 1951, retornou ao Rio, onde viveu até 1965, quando voltou para a França e lá faleceu em 1967, aos 45 anos. “Não pinto quadros. Tento fazer pinturas”, definiu o seu fazer artístico o mestre da arte abstrata brasileira Antonio Bandeira. Dono de uma obra racional, sensível, fascinante e instigante, que extrapola as delimitações do seu espaço físico criativo e que extasia e estimula a imaginação e a subjetividade interpretativa a encontrarem, além dos limites que a simples visão não alcança, uma linguagem multifacetada nas linhas e nos traços personalíssimos de suas pinceladas. A exposição “Antonio Bandeira, da Razão à Sensibilidade”, com curadoria de Marcus Lontra, reúne aquarelas, desenhos e pinturas, apresentando um panorama da obra e da trajetória - nacional e internacional - desse artista brasileiro, também poeta e gravador. A mostra percorre as diferentes fases, linguagens e estilos de sua produção artística, desde o figurativismo até as influências vanguardistas europeias do expressionismo, cubismo, fauvismo, surrealismo e abstracionismo. Consagrada pela pluralidade pictórica, riqueza de detalhes, pelas inventivas e rigorosas técnicas e pelo equilíbrio das cores, a obra de Antonio Bandeira foi, em grande parte, produzida no Rio de Janeiro. A exposição - que reúne ainda fotos, alguns de seus poemas e vídeos sobre sua obra - rende homenagens ao artista, igualmente reverenciado com Oswaldo Goeldi, Carlos Scliar, Bandeira de Mello, Alfredo Volpi, Tarsila do Amaral, Raymundo Colares, Milton Dacosta, Rubem Valentim, entre outros. Os Correios também ultrapassam as delimitações territoriais no seu fazer postal para promover a comunicação entre os povos no mundo. Estendem, cada vez mais, suas ações na área cultural, investindo em importantes projetos como forma de alargar as dimensões do conhecimento e entretenimento, com uma aproximação sempre maior do público, e de ampliar a visibilidade de sua marca, fora dos limites postais, como empresa comprometida em preservar a memória da arte e da cultura brasileira. Bem-vindos! Centro Cultural Correios do Rio de Janeiro.
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