Sustentabilidade
HISTÓRICO DA SILVICULTURA NO NORTE DE MINAS A década de 1970 foi marcada pelo incentivo a grandes projetos de desenvolvimento nacional, pautados na necessidade de crescimento econômico. Durante esse período, o bioma Cerrado era considerado um grande “vazio” e foi objeto de uma ocupação intensiva, balizada pela denominada Revolução Verde. Avanços nas ciências agrárias, difusão de técnicas de preparo do solo, fertilização e controle de pragas permitiram o cultivo em terras até então consideradas inférteis e improdutivas. Nesta época, foram criados vários projetos de ocupação do cerrado. O Norte de Minas, onde localiza-se hoje a Norflor, foi marcado pela introdução da cultura do eucalipto, principalmente para o abastecimento da siderurgia a carvão vegetal, motivada pela política de incentivos fiscais concedidos pelo governo.
A sustentabilidade ambiental não era, então, uma questão central a tais projetos e a falta de diretrizes claras, aliada ao conhecimento técnico insipiente da silvicultura, resultou em impactos ambientais e sociais significativos. Até hoje, perdura na população norte mineira, uma percepção negativa sobre o cultivo do eucalipto. Entretanto, nas últimas décadas, a silvicultura evoluiu muito em diversos aspectos técnicos e gerenciais. Graças ao aprimoramento das técnicas de plantio e colheita, atrelado a conceitos de sustentabilidade, a silvicultura hoje serve como alternativa para frear o desmatamento de florestas nativas e contribui para a mitigação das mudanças climáticas. A indústria da árvore transcreve novos arranjos no território, criando interações inovadoras entre sociedade e natureza.
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