Água fonte de vida - 2º ano

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AUTORES TEXTO: Alunos do 2º ano 1ª parte - EB1 Anobra (Prof. Sara) 2ª parte - EB1 Sebal (Prof. Regina) 3ª parte - EB1 Ega (Prof. Jorge) 4ª parte - EB1 Belide (Prof. Nelson)

ILUSTRAÇÃO: JI de S. Fipo (Educadora Paula Lopes)


O verão estava a terminar. A Joana e os seus primos decidiram aproveitar os últimos dias de férias para irem dar um passeio. Os dias passados em casa dos avós, a ouvirem as suas histórias, deixaram-nos curiosos em relação ao Vale do Rio de Mouros. Como estava um dia muito agradável prepararam tudo para fazerem um piquenique e partiram à descoberta do rio. Francisco, o primo mais velho, era o único que conhecia o caminho e 3 levou os seus primos por um trilho muito agradável. Ouviam-se os passaritos a cantarem e os três primos até tiveram uma surpresa porque mesmo a sua frente viram passar uma raposa saltitona.


Depois de uma longa caminhada a apreciarem a natureza, começaram a ouvir o som da água a correr, o que foi o sinal de que estavam mesmo muito perto. Saíram do trilho e seguiram aquele som. -Que bonito! A água é tão transparente! - exclamou o Rodrigo. -É verdade, felizmente o rio ainda não está poluído. -Vamos molhar os pés? - perguntou a Joana. -Podemos ir mas aviso-vos que a água costuma ser fria. Naquele preciso momento, ouviram um barulho estranho. 4

-Escutem! Parece um cão a latir! -O som vem dali, daquela árvore! - exclamou o Rodrigo um pouco preocupado. -Vamos até lá!

Ao aproximaram-se da árvore depararam-se com um cachorrinho muito engraçado. EB1 Anobra (Prof. Sara)


Verificaram que estava cheio de fome, mas com receio que eles lhe fizessem mal e escondeu-se. Os três primos decidiram ir lanchar. Esticaram a toalha e partilharam o lanche. Nesse momento, o cachorrinho aproximou-se de cauda a abanar. A Joana deu-lhe um bocado do seu pão-de-leite com fiambre. O cachorrinho saltou de imediato para o seu colo e lambeu-lhe a cara. 5

Ao fim da tarde, regressaram a casa dos avós e o cachorrito seguiu-os. Tinham encontrado um novo amigo! Pediram aos avós para o adotarem. Deram-lhe o nome de Max. As aulas iam começar, os três primos tinham de regressar às suas casas, mas prometeram ir ver o Max e os avós todos os fins-de-semana.


Os três primos faziam parte dos Escuteiros de Condeixa-a-Velha, no grupo dos lobitos. Saltaram de alegria quando a Chefe Margarida lhes comunicou que nas férias da Páscoa iriam acampar às Buracas do Casmilo, na Serra de Sicó. Já tinham ouvido falar daquele maravilhoso lugar, e quando fizeram o piquenique no Rio dos Mouros viram uma placa que indicava esse local.

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O ano letivo ia decorrendo com normalidade, os primos eram bons alunos e todas as semanas iam visitar os avós e o seu amigo Max, com quem faziam umas belas brincadeiras. Finalmente, chegaram as tão esperadas férias da Páscoa. No dia 19 de março o grupo lá partiu, rumo às Buracas do Casmilo com as suas mochilas carregadas de mantimentos e muita vontade de explorar e praticar desporto.


Montaram as tendas na maior caverna e partiram à descoberta…

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A certa altura o Francisco exclamou: -O que é isto chefe Margarida, parece “um carimbo de um peixe”? Logo de seguida, outro lobito perguntou: -E isto, Margarida, o que é isto? Mostrou ele erguendo um “caracol de pedra” na mão. -

Isso são fósseis, vamos guardá-los e levá-los para o museu. São

formações rochosas formadas a partir de restos de animais e pelos vestígios podemos dizer que há milhões de anos o mar chegava até aqui! Todos ficaram de boca aberta e puseram-se a procurar outros fósseis. Ainda encontraram mais dois ou três que pareciam conchas e búzios. No dia seguinte, fizeram desportos radicais: slide, rappel, escalada nas vertentes escarpadas da serra, junto às buracas.


Foi um dia muito divertido, mas um pouco cansativo, pois ainda tiveram de desmontar as tendas e arrumar tudo.

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Já de regresso passaram por umas pedras com umas características muito especiais que pareciam umas lápides. A Chefe Margarida explicou que se chamavam lapiás. A certa altura a Joana interrompeu-a exclamando: -Chefe, que flor tão bonita! -É uma orquídea selvagem, há muitas aqui na serra, bem como outras plantas... EB1 Sebal (Prof. Regina)


-Que outras plantas existem aqui também? -Vamos fazer o seguinte, paramos agora um pouco para fazer um belo piquenique e depois procuramos novas plantas. -Boa ideia! Responderam em coro.

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-Olha meninos! Pode ser já aqui, debaixo deste enorme pinheiro, aproveitamos a sua sombra e quem sabe ainda comemos alguns pinhões. E assim fizeram, comeram, deliciaram-se, observaram algumas plantas e continuaram viagem. Umas centenas de metros à frente, avistaram uma loja, daquelas que vendem produtos típicos e coisas assim, entraram e compraram alguns


mantimentos. -Chefe, posso levar alguns destes bolinhos? -Claro que sim, pede à senhora. -Olhe desculpe, aqueles bolinhos são de quê? -São bolinhos de azeite, são muito bons e saborosos feitos com azeite das nossas oliveiras. -Oliveiras?! Já passamos por algumas Chefe Margarida? -Não, mas lá para a frente já vos mostro algumas.

Alguns meninos intrigados questionaram a Chefe sobre a utilidade das plantas, pois aperceberam-se de que também serviam para fazer bolos. De imediato a Chefe Margarida esclareceu que as plantas têm várias utilidades para a vida, tais como, a purificação do ar, a alimentação, mas que

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delas também retiramos madeira, resina, cortiça e matéria-prima para algodão, papel, medicamentos, cremes e perfumes. Curiosos quiseram conhecer algumas plantas para esses fins… -Mostre-nos uma que dê para medicamentos... e para perfumes... e para cremes! -Calma! Calma! Eu vou vos mostrar essas plantas e dizer-vos os nomes delas. Após alguns passos a Chefe encontrou as plantas de nome Eva Roberta e Erva-de Santa-Maria tendo-lhes explicado os fins medicinais 11 daquelas plantas.

Após essa explicação a Joana exclamou: -A fauna é importante, mas a flora também o é! 3ª parte - EB1 Ega (Prof. Jorge)


Apontando para o céu Francisco disse: -Chefe Margarida que pássaro é aquele, lá no alto? A Chefe Margarida respondeu: -Não é um pássaro! É uma águia-cobreira! São aves que migram quando chega o final do verão para o Norte da África Tropical e voltam quando chega a primavera para fazerem os seus ninhos. Como é uma ave que caça necessita de um grande território para encontrar o seu alimento. 12 Quando localiza a presa, permanece a planar durante uns momentos. As águias-cobreiras conseguem caçar cobras com 2 m de comprimento. O macho pode-as levar enfiadas no papo até ao ninho e quando lá chega as crias tiram-nas como se fosse uma corda.


Chefe Margarida continuou com a sua explicação: -Meninos, a fauna desta região é muito rica. Também há a águia-deasa-redonda, a cobra rateira, o bufo real, a geneta, a gralha, o javali e a lagartixa do mato. A Cobra rateira – a maior das cobras do nosso país, caça os ratos que destroem as plantas cultivadas, sendo uma importante ajuda para os agricultores. A gralha faz gritos roucos alegrando com os seus cantos os campos...

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Joana e Francisco responderam: -Que pena! As férias da Páscoa estão a chegar ao fim! Chefe Margarida, obrigado por nos ter ensinado muito acerca destas Terras de Sicó. -Meninos, agora a vossa missão de escuteiros vai começar! - Disse muito séria a Chefe Margarida. -Que missão, Chefe Margarida? - Responderam as crianças. -A missão de contribuírem para a proteção da fauna e da flora desta bela região. 4ª parte - EB1 Belide (Prof. Nelson)

Trabalho elaborado no âmbito do projeto 30 dias 30 livros com o apoio da Rede de Bibliotecas de Condeixa Professoras Bibliotecárias Ana Rita Amorim Anabela Costa Técnicas da Biblioteca Municipal Inês Rodrigues Connie Coutinho


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