Revista Shhh

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dos que partiram e um pouco do que somos vai com os que partiram,” diz. Evitamos falar da morte por medo de atraí-la. Temos receio de que a partir do momento em que ela for verbalizada, ela se concretizará Mas não devemos nos assustar com algo que não definirá a nossa trajetória.

A memória daqueles que já foram não traz melancolia para ela. Pelo contrário, traz felicidade e sentimento de conforto. Pensar nos momentos de felicidade e no quanto o outro foi capaz de agregar em sua vida nada mais é que uma forma de celebrar a memória e a vida daquele que já se foi.

“A morte é um sono profundo sem sonho, portal para a mais profunda felicidade.” Somos capazes de moldar nossa história e contá-la da forma que quisermos. Aos 72 anos, ela acredita que a maturidade significa equilíbrio, sabedoria e autocontrole. Significa alcançar os estados de espírito que durante toda a vida ela procurou e que agora, após uma longa história de vida, foi capaz de encontrar.

Marina sabe que sua história um dia também chegará ao fim mas isso não a assusta. “Quando morrer, se acaba, mas ficam as lembranças nas pessoas. Eu vou permanecer aqui como lembrança até vocês também se forem. A morte é um sono profundo sem sonho, portal para a mais profunda felicidade.”

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