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Nó(s
from Zigue Zague
N ( ) ó s
Ana Coutinho
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Parar Pensar Re-fle-tir Lembrar
O que me lembra a infância? Por que (agora) eu quis fazer um curso de moda? Quais foram minhas primeiras relações com a costura? Preciso saber desenhar? Não sei fazer modelagem, isso importa?
Pequenos flashes começaram a surgir…
Brincadeiras com bonecas; sacos repletos de retalhos da minha tia, que eu junto a outras crianças, amávamos derrubar no chão e brincar de tantos modos quanto nossa imaginação permitisse; os primeiros alinhavos que dei, seguidos dos primeiros botões que preguei…
Uma saudade imensa de tantas coisas que eu já não me lembro, e uma nostalgia tremenda de tantas coisas que ganhei assistindo minha tia costurar naquela máquina verde.


Como eu fazia as roupa de boneca:
Escolhia um pedaço de retalho bem BONITO e fazia o modelo no próprio corpo, prendendo com nós ou com um grampo!
Assim, para produzir uma veste, utilizei um retalho grande, recortando-o aleatoriamente e experimentei de quantas formas possíveis poderia utilizá-lo - inicialmente a forma apenas me servia como um tipo de saia envelope.
Tantos anos depois dessas brincadeiras, segui os mesmos conceitos Porque isso me permitia ignorar o não saber e EX-PE-RI-MEN-TAR
Ao mesmo tempo, não se trata de reproduzir as mesmas vestes, mas de entendê-las como uma produção do HOJE, e portanto, alinhadas a um conjunto de crenças e gostos por:
Tecidos leves e confortáveis Cores sólidas Tendência assimétrica Peças sem marcação de gênero e Sem tamanho fixo

Molde feito a partir do tecido previamente recortado com pequenos ajustes no tamanho




O molde foi então ampliado em um papel kraft, recortado e utilizado para recortar o tecido escolhido, que recebeu uma única costura (linha pontilhada)
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