Caderno F
Saúde MANAUS, DOMINGO, 9 DE MARÇO DE 2014
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e bem-estar
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‘Como de tudo e, apesar disso, não engordo um grama’ Para desespero de quem quer emagrecer, existem aqueles que comem bem e mesmo assim não engordam nada MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO
“Q
ue absurdo! E eu sofrendo para perder esses quilinhos!” Essa é a frase que muita gente pensa ao encontrar as magrinhas que sonham em conquistar uns quilinhos a mais enquanto boa parte das mulheres sua a camisa para entrar no manequim 38. Essas pessoas podem até ser consideradas sortudas, mas a verdade não é bem assim. Tem gente que não sabe mais o que comer para engordar. E, de acordo com a nutricionista Thabata Padilha, o problema precisa ser investigado. “Há uma diferença no metabolismo de quem não consegue ganhar peso. Algumas pessoas possuem metabolismo mais acelerado ou mais lento que outras. Nem sempre é somente o metabolismo que interfere nesta questão, muitas vezes a forma e o que você ingere não contribui para que haja o ganho de peso ou adequação dele”, ressalta. A analista de comunicação Vivian Diniz, 30, sempre conviveu com essa luta com a balança às avessas. Com 1,60m e pesando 46 quilos, ela é proibida até de fazer exercício aeróbico na academia. “Por aí perco peso mais rápido ainda. Meu
máximo foi 48kg, e quero chegar aos 50kg para doar sangue. Acho que é genética mesmo”, diz. Ela conta que já foi ao médico para ver o que estava acontecendo. “O problema é que sou magra, mas tenho colesterol alto (outra herança familiar), então as dietas não eram tão satisfatórias, porque combatiam de um lado e deixavam a desejar de outro. Mas o peso nunca me incomodou, então nunca fui para perguntar como engordar e
SAUDÁVEL
Segundo especialistas, a magreza não deve ser considerada um problema, a não ser que a pessoa não consiga se alimentar em razão de alguma patologia. Em geral os magros apresentam boa saúde sim só para ver se estava tudo bem”, acrescenta. Mas como descobrir se a pessoa está realmente magra e não tem um problema de saúde que impede o ganho de peso? Thabata Padilha explica que é necessário fazer uma avaliação profissional, para que a história pregressa seja conhecida. “Mas na maioria das vezes é algum distúrbio hormonal, ou seja, algum hormônio está sen-
do produzido demais ou de menos. Procure um nutricionista ou endocrinologista, estes profissionais saberão avaliar o problema”, indica. Na gravidez A tradutora Heloisa Pugliesi, 31, é mãe de Lucca e Pietro. Na gravidez do primeiro, há 6 anos, ela conta que o médico, depois de retirar o bebê, exclamou que nem parecia que ela esteve grávida. “Na do Pietro perdi os quilos todos em uma semana. E acabei um quilo mais magra”, lembra. A nutricionista Thabata Padilha diz que, normalmente as mamães perdem somente o peso que ganharam durante a gravidez. “E, se perder além do que ganhou, é importante procurar ajuda. Muitas vezes o motivo é a alimentação inadequada ou depressão pós-parto”, aponta. Com 1,65 m de altura e pesando apenas 49 quilos, Heloisa diz que se esforça para tentar chegar aos 51kg, mas que não vê nada de errado. “Eu não reclamo, mas acredito que seja genético, já que a minha mãe tinha 1,70 m e pesava 52 quilos. A vida toda foi assim”, diz. E a variação em seu peso chega até a confundir. “Esta semana estava me achando inchada, me pesei e tinha perdido três quilos. E eu só como sanduíche, sorvete, batata-frita”, diz.
Reforço alimentar é essencial A ingestão de alimentos nutritivos é a saída para chegar a um peso adequado a sua altura. A profissional explica que o ideal é sempre procurar a orientação de um especialista. “Não é o ideal que a recuperação do ganho peso seja orientada dessa forma, porém cada caso é um caso. Se o grau de desnutrição for severa, alimentos ricos em açúcar e gordura serão importantíssimos, porém não serão em forma de guloseimas ou frituras, por exemplo, e sim como vitaminadas enriquecidas, abacatadas, molhos com creme de leite, doce de leite, entre outros”, observa. Mais carboidratos Para um ganho de peso
saudável é preciso seguir o que o especialista recomenda, como o aumento da quantidade de refeições, entre outros. “O ideal seria ter um acompanhamento nutricional, mas, para iniciar, aumentar o número de refeições diárias. Se você come três vezes, aumente para cinco vezes ao dia. Outro ponto é aumentar as quantidades dos alimentos e variar sempre para que o aporte nutricional seja adequado em relação aos nutrientes”, explica Thabata. Suplementos No entanto, se não houver ganho de peso aumentando o número de refeições, o melhor mesmo é procurar um nutricionista para avaliar qual a real
situação, assim a ingestão poderá ser corrigida e até mesmo suplementada. “Experimentar novos sabores nunca é demais. É bom lembrar que nem tudo que é saboroso é o melhor e nem tudo que é o melhor será saboroso, muitas vezes temos que aprender a gostar de algo que nos fará bem. Procure sempre um profissional para orientá-lo, nada pode ser generalizado, cada ser humano é diferente do outro. Uma alimentação adequada e suficiente faz milagres!”, conclui. Dica Como foi ressaltado em toda a matéria, caso a pessoa encontre real dificuldade para engordar, deve procurar um médico.
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