Caderno F
Saúde MANAUS, DOMINGO, 31 DE MARÇO DE 2013
e bem-estar
DIVULGAÇÃO
As mulheres e a eterna luta com a balança Saúde e bem-estar F4
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Não tema a disfunção erétil Procurar um especialista e tratar o distúrbio que impede uma vida sexual saudável é mais eficaz do que se imagina WANDILSON PRATA Equipe EM TEMPO
O
homem que nunca falhou na hora H que atire a primeira pedra. Embora “falhar” durante o ato sexual não seja o fim do mundo, muitos homens enxergam isso como algo que deve ser escondido e, principalmente, esquecido. A vergonha que o assunto envolve faz com que muitos homens não falem sobre o problema nem sob tortura, no entanto, a ocorrência da impossibilidade de ter ou manter a ereção pode significar disfunção erétil. O distúrbio só pode ser diagnosticado por meio de avaliação médica. Estima-se que 150 milhões de homens no mundo sejam afetados pela disfunção erétil. Na população com idades entre 40 e 70 anos, a incidência da disfunção é de aproximadamente 50%. Após a idade de 70 anos, o estimado é de que 70% dos homens apresentem disfunção erétil. No entanto, é difícil obter estatísticas precisas e confiáveis, especialmente entre os homens jovens, que evitam falar sobre o assunto. O urologista Ítalo Cortez explica que a disfunção erétil é a inabilidade do homem em
manter o pênis ereto para penetração durante a relação sexual e geralmente acomete paciente mais idosos, após os 50 anos, porém o distúrbio pode acometer também pacientes jovens. O médico explica que quando a disfunção ocorre em homens jovens pode estar associada a problemas de caráter psicológico, e o tratamento deve ser feito com a associação entre a urologia e a psicologia. “Na maioria dos casos o aparecimento da disfunção erétil está ligado a outras doenças pré-existentes, como diabetes, hipertensão arterial, colesterol e triglicerídeos elevados. Existem estudos que comprovam que a disfunção é, geralmente, um precursor de doenças cardíacas, ou seja, um paciente que sofre de problemas de disfunção em pouco tempo desenvolverá alterações cardíacas”, alerta. Segundo o especialista, a disfunção erétil se desenvolve por destruição dos corpos cavernosos, que é a parte do pênis que serve como uma esponja e mantém o sangue dentro do órgão genital durante a ereção. Com o passar dos anos essa esponja vai se destruindo e perdendo a capacidade de absorver e manter o sangue nela presente.
Tratamentos mais indicados
Possíveis causas do problema
Para o tratamento da disfunção erétil existem atualmente três linhas: a medicação por via oral; a utilização de vasodilatadores e a colocação de prótese peniana. Na medicação por via oral podem ser utilizados os inibidores Viagra, Cialis, Levitra, Vivanza, que agem dilatando os corpos cavernosos e aumentando a capacidade de preenchimento de sangue dentro do pênis e por conseguinte a ereção. No caso dos vasodilatadores ocorre ação local, com a dilatação dos corpos cavernosos diretamente por meio da aplicação com agulha no pênis. A terceira linha de tratamento é a colocação de prótese peniana, que visa substituir os corpos caverno-
Ao contrário do que muitos imaginam, as causas orgânicas para a ocorrência do distúrbio são as mais comuns e constituem cerca de 80% dos casos registrados. Entre as principais delas estão as causas vasculares. Outro fator de risco é o fumo, tendo em vista que fumar por muitos anos é um dos maiores fatores de risco para o desenvolvimento de disfunção erétil causado por problema vascular. As substâncias tóxicas presentes no cigarro provocam danos no endotélio e diminuem os níveis de óxido nítrico no pênis. Além disso, a própria nicotina provoca contração da musculatura lisa dos vasos que irrigam os corpos cavernosos, reduzindo o aporte
sos doentes por dois cilindros de silicone com haste de liga metálica e que vai dar endurecimento no pênis durante a relação sexual. O médico adverte que mesmo que o homem se sinta envergonhado com o tema, é imprescindível que um profissional seja consultado e que não se confie em credices ou na utilização de remédios caseiros, sob o risco de que o tratamento seja prejudicado. “Aqueles que preferem expor sua saúde para o ‘senhor da feira de remédios caseiros’ pode sair prejudicado. As medicações caseiras normalmente não têm comprovação científica e podem ao invés de ajudar, prejudicar o tratamento”, disse o especialista.
sanguíneo para o local. Os diabéticos também podem apresentar a disfunção. Estudos indicam que 28% dos diabéticos apresentam disfunções eréteis, contra 9,6% dos não diabéticos. As causas estão ligadas à aterosclerose mais acelerada, às alterações nos tecidos dos corpos cavernosos e à neuropatia diabética. Hipertensão é outro fator que pode causar o problema, nesse caso a disfunção erétil pode ser provocada pela hipertensão em si e também pelo uso de medicação anti-hipertensiva. Na hiperlipidemia, a presença de altos níveis sanguíneos de colesterol, triglicérides e fibrinogênio estão associados à disfunção erétil.