Saúde - 24 de agosto de 2014

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Caderno F

MANAUS, DOMINGO, 24 DE AGOSTO DE 2014

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Excesso de sal é muito prejudicial Saúde e bem-estar F4

Transtornos da ansiedade Ansiosos todos nós somos, em maior ou menor grau, mas quando essa ansiedade passa dos limites e começa a causar problemas no dia a dia, com sintomas graves ou sofrimento psíquico, é hora de procurar ajuda especializada MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO

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onhecida muitas vezes como um fenômeno que pode beneficiar ou prejudicar, a ansiedade requer atenção, dependendo das circunstâncias ou intensidade em que ocorre. Estudos apontam para os transtornos de ansiedade como doenças relacionadas ao funcionamento do corpo e às experiências da vida, podendo levar o indivíduo a sérios problemas. De acordo com a psicóloga clínica Daniela Marinho, a Psicologia busca compreender e trabalhar essa ansiedade para que, dessa forma, o individuo aprenda a administrar, evitando assim o quadro patológico. “A ansiedade é uma sensação normal e natural de todo ser humano e tem uma importante função, que é de nos alertar para situações de risco. Além disso, em certa dose, é considerada saudável, pois nos motiva ao progresso”, explica a profis-

sional do Hapvida. Sintomas Conhecida como um fenômeno normal, a ansiedade precisa de observação quando traz sofrimento psíquico ao sujeito, ou seja, quando o paralisa ou o prejudica em alguma área da vida. “Pode atingir o desempenho das atividades de maneira geral, como estudo e trabalho, quando em nível elevado”, explica. Para evitar a situação desconfortável da ansiedade é comum pessoas deixarem de realizar ações simples do dia a dia, como usar um elevador, por exemplo. Entre as estratégias de enfrentamento ao transtorno cada ser humano vai funcionar de uma maneira distinta. A psicóloga ressalta a importância de aprender a compreender a sensação de ansiedade e negociar com os próprios pensamentos é um caminho. “Para isso, existe a Psicoterapia, que vai auxiliar o sujeito nesse processo. Além do mais, a pratica de atividades físicas ou atividade prazerosa pode ser indicada

como uma forma de externar essa energia”, ressalta. Motivos A empresária Cecília Freitas, 31, começou a se sentir mal com a intensidade dos sintomas que sentia. “No começo, tinha ‘ataques’ - ficava tão tensa que não conseguia trabalhar direito. Ficava imo-

FIQUE ATENTA

Mãos ou pés úmidos, enjoos, diarreia, aumento da frequência urinária, sudorese excessiva, dificuldade de engolir são alguns dos principais sintomas da ansiedade excessiva, que pode causar danos graves bilizada. Então, comecei a me sentir tão desconfortável que não conseguia nem utilizar

o elevador do prédio onde moro”, conta. Isso tudo começou quando a Cecília passou por um momento de dificuldade financeira. “Não conseguia dormir, estava irritada o tempo inteiro. Aí, quando comecei a perder o controle, tratar mal meu marido e filhos, busquei ajuda. Fui ao médico, mesmo com toda a ansiedade de receber o diagnóstico”, ri. Diagnosticada com Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Cecília reconheceu todos os sintomas que sentia ao conversar com o psicólogo, e fez terapia para reverter a situação. “Não dá para viver assim, 24 horas por dia em estado de alerta. Isso destrói a vida de qualquer um. O melhor mesmo foi ter ido buscar

tratamento, e hoje estou bem mais calma, e já não vejo efeitos negativos na minha vida”, revela. Parente próxima do medo, a TAG não pode ser confundida com a síndrome do pânico. Nesta última, a ansiedade é por acreditar estar correndo risco de vida como um ataque cardíaco ou sufocamento. Os transtornos da ansiedade têm sintomas muito mais intensos do que aquela ansiedade normal do dia a dia. Eles aparecem como preocupações, tensões ou medos exagerados (a pessoa não consegue relaxar); sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer; preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho; medo extremo de algum objeto ou situação em particular; medo exagerado de

ser humilhado publicamente; falta de controle sobre pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da vontade; ou pavor depois de uma situação muito difícil. Assim como Cecília, a maior parte das pessoas com ansiedade começa a se sentir melhor e retoma as suas atividades depois de algumas semanas de tratamento. Existem possibilidades: medicamentos (sempre com acompanhamento e receita médica), psicoterapia com psicólogo ou médico psiquiatra) e a combinação dos dois tratamentos (medicamentos e psicoterapia). Por isso, é importante procurar ajuda especializada na unidade de saúde mais próxima. O diagnóstico precoce e preciso da ansiedade, o tratamento eficaz e o acompanhamento por um prazo longo são imprescindíveis para obter melhores resultados e menores prejuízos.


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