Caderno F
Saúde MANAUS, DOMINGO, 23 DE NOVEMBRO DE 2014
e bem-estar
saudeebemestar@emtempo.com.br
Dieta com frutas e verduras Págs. 4 e 5
(92) 3090-1017
Dormir bem é o melhor remédio Uma noite maldormida pode trazer graves consequências ao organismo, principalmente a sonolência e a dificuldade de concentração
MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO
U
ma ação tão natural quanto dormir nem sempre é fácil. As pessoas, cheias de estresse, tarefas, prazos, trabalho, estudo e mais uma infinidade de coisas para fazer, ainda se alimentam de maneira ruim. Todos esses fatores contribuem para a falta de qualidade no sono, pois não basta deitar em uma cama e dormir por oito horas. O sono, afirmam os especialistas, precisa ter qualidade, ser verdadeiramente restaurador. O tempo que cada pessoa precisa dormir, inclusive, é apenas uma estimativa geral, já que cada organis-
mo e estilo de vida são únicos. Falando em dormir, os estudantes são os que mais sofrem. Nesta época de vestibulares, a ansiedade pode fazer com que os futuros universitários percam o sono, mas a médica otorrinolaringologista Ângela Beatriz Lana, especialista em medicina do sono, diz que é vital para os calouros. “Uma noite bem-dormida é essencial para o ser humano e faz toda a diferença para aqueles que estudam. É o momento de recuperação das forças físicas e mentais, da absorção de todo o conteúdo estudado no dia”, ressalta. A preocupação com as provas, a pressão da família e a escolha da carreira, são preocupações ativas e pertinentes
dos jovens. E com tantas coisas assim povoando a mente, é muito comum ouvirmos queixas de insônia e noites mal-dormidas dos vestibulandos. Geralmente, diz a médica, a sonolência excessiva durante o dia é reflexo de uma noite mal-dormida, por isso é essencial tomar medidas que garantam a qualidade desse sono, caso o contrário, os estudos estão correndo um sério risco de serem prejudicados. “Sem respeitar o período de descanso, não vai adiantar nada estudar horas, dias e meses, pois o cérebro não irá absorver o conteúdo necessário para se fazer uma boa prova”, enfatiza a Beatriz.
Riscos da falta de sono A privação do sono, além de prejudicar o processo de aprendizagem, ainda provoca cansaço, irritação, falhas de memória, dificuldade de raciocínio e concentração, alteração de humor e estresse no dia seguinte. “Por isso, é importante que os estudantes sigam uma disciplinada rotina, em que as boas horas de sono estejam dentro do planejamento, juntamente com a prática de hábitos saudáveis, principalmente no que tange na alimentação. Uma boa dica é utilizar travesseiros com altura e suporte apropriados ao biotipo de cada um e que favoreçam uma boa postura ao dormir. Com o corpo confortável e relaxado, a pessoa poderá obter um sono mais rápido e mais profundo e isso tende a tornar a aprendizagem do dia mais eficaz”, aconselha Renata Federighi, consultora do sono da Duoflex. Para espantar o sono e aproveitar horas a mais de estudo sem prejudicar a saúde, Beatriz Lana indica praticar atividade física. “Exercício é uma excelente recomendação para vestibulandos, pois ajuda a liberar energia e equilibrar o organismo, porém se esses exercícios forem praticados no período noturno, ao invés de benéficos eles se tornarão um dos agentes causadores
do mau sono”, diz. Dar atenção especial para o travesseiro e colchão também é importante, já que a escolha acertada fará toda a diferença para uma noite calma e tranquila. “Televisão, computadores, celulares e aparelhos do gênero não devem estar ligados ou serem usados na hora de dormir e principalmente no quarto”, esclarece. Isso porque eles estimulam o cérebro a manter a atenção, dificultando que você durma, pois emitem muita luz para os olhos e reduzem a melatonina, hormônio essencial para o sono. Outros vilões, segundo a especialista, são as dormidas na parte da tarde, bebidas alcoólicas, festas, ansiedade, estresse. “O sono deve estar no seu cronograma diário, assim como qualquer outra atividade. Uma dica é fazer as atividades no mesmo período, como: de manhã escola, almoçar às 12h, às 15h estudar português, 22h dormir. Criando uma rotina fica mais fácil não extrapolar nos estudos e colocar tudo a perder”, completa a médica. E, para finalizar, marcar na agenda tudo o que foi cumprido da lista de afazeres. “Dessa forma, ao deitar, estará com a consciência tranquila de que cumpriu a meta do dia e não ficará perdendo tempo na cama pensando se faltou alguma coisa”, finaliza.