Saúde - 22 de fevereiro de 2015

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE FEVEREIRO DE 2015

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Caderno F

Saúde

e bem-estar

Personal é importante no treino? Páginas 4 e 5

MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO

A

Nutrição, poluição e detoxificação Especialista alerta: esse assunto, muitas vezes tratado de maneira tão superficial, se encarado da forma correta, pode trazer muitos benefícios à saúde

cabou o Carnaval, mas talvez as consequências dos exageros da época ainda permaneçam no nosso organismo. E, por isso, não vai ser difícil encontrar receitas milagrosas para fazer uma detoxificação do corpo, o chamado “detox”, que vem ganhando cada vez mais popularidade. No entanto, por conta de cada indivíduo ser único e cada organismo funcionar de uma maneira diferente, é preciso tomar cuidado com essas dicas infalíveis, como explica o nutricionista Gabriel de Carvalho. O detox ganhou bastante atenção desde o ano passado, e esse ano promete não ser diferente. O assunto, entretanto, é tão antigo quanto a existência de células vivas. “Comecei a abordar esse tema em 2009. Enfim, da mesma forma que em nossas casas, mesmo o mais simples organismo vivo necessita livrar-se do ‘lixo’ produzido dentro ou fora do nosso corpo, e é o mesmo com as nossas células”, destaca o profissional. Carvalho diz que alguns passos são necessários, bem como gasto de energia, para que completemos esta tarefa com sucesso. Eliminando poluentes O “lixo”, observa Gabriel de Carvalho, vem de várias fontes: agrotóxicos, plásticos usados nas embalagens, materiais provenientes do vestuário, acessórios, maquiagens, perfumes e cosméticos, utensílios de cozinha, poluentes que chegam pelo ar que respiramos ou pela água que bebemos, e ainda o que é produzido em nossas próprias células nas reações químicas essenciais à vida. “Por isso, o tempo todo estamos em contato com ‘poluentes’, também chamadas toxinas, e para que a eliminação destas toxinas [a detoxificação] seja feita, nossa célula necessita de vários nutrientes, além do consumo de energia”. Carvalho cita alguns dos nutrientes necessários para que este processo ocorra: ferro, zinco, cobre, molibdênio, manganês, selênio e as vitaminas A, B2, B6, B9, B12 e fosfatidilcolina. “Além de todos estes, necessários para a função natural das reações, diversos outros elementos podem acelerar ou frear a velocidade com que estas acontecem”, esclarece. Mas o que acontece caso não consumamos estes nutrientes em quantidade suficiente? O nutricionista Gabriel de Carvalho explica que as reações ficam prejudicadas e começam a funcionar de forma mais lenta. “O que leva ao acúmulo deste ‘lixo tóxico’ dentro de nosso organismo. Há ainda o detalhe de que quanto mais gordura temos no corpo, mais temos espaço para acumularmos os poluentes, e quando emagrecermos, eles voltarão à circulação”, aponta. Acúmulo tóxico Os estudos em seres humanos mostram claramente os malefícios deste acúmulo tóxico. Além disso, Gabriel Carvalho lembra, ainda, que a habilidade com que cada um de nós lida com estas toxinas é absolutamente individual, determinada pelos genes que carregamos. Desta forma, nossa dieta também precisa ser individualizada.


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