Saúde - 2 de março de 2014

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Caderno F

Saúde MANAUS, DOMINGO, 2 DE MARÇO DE 2014

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Atividade física ganha mais adeptos Saúde e bem-estar F5

Dicas para driblar a temida ressaca Exagerou na dose? Beber muita água antes, durante e depois da folia é a melhor maneira de evitar aquele mal-estar depois da festa

MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO

É

Carnaval! Tempo de muita alegria, folia e agitação, em que muita gente “enfia o pé na jaca” e depois se arrepende - principalmente aqueles que exageraram na bebida. Quem se excedeu, provavelmente irá sofrer com a temida ressaca, mas há algumas dicas para amenizar os seus sintomas. Dor de cabeça, falta de apetite, gosto de “cabo de guarda-chuva” na boca: esses são alguns dos sintomas clássicos da ressaca, que podem vir acompanhados, ainda, de náusea, mau humor, diarréia, tremores, sudorese, ansiedade e boca seca. Mas, como a intensidade dos sintomas pode variar de acordo com o organismo, é difícil definir exatamente a ressaca. Especialistas acreditam que ela começa cerca de 6 a 8 horas após o consumo (período em que a concentração de álcool no sangue diminui e retorna a zero, em média) e pode durar até 24 horas. A veisalgia (o termo médico para a ressaca) é, no entanto, um tipo de crise de abstinência, como explica a médica clínica geral, Egreen Baranda. “Como qualquer outra bebida ou alimento, o álcool é metabolizado e distribuído pela corrente sanguínea para todas as células do corpo. A sensação de embriaguez e relaxamento ocorre quando ele chega ao cérebro. É o momento da intoxicação”, explica a profissional. Ou seja, o corpo faz um grande esforço para dar

conta das doses excessivas. “Quem mais trabalha é o fígado, que precisa produzir enzimas para absorvêlo, transformá-lo em gordura e secretá-lo pela bile. Quando o trabalho acaba, o fígado quer mais e entra numa espécie de depressão, desorganizando todo o metabolismo”, completa. Durante a ressaca, o sistema nervoso, que também foi acelerado, tem uma reação parecida. O resultado é uma queda da força muscular, dor de cabeça, enjoo, diarréia, sensibilidade à luz e um cansaço enorme. E quem fuma também está entrando em uma situação delicada: quanto mais nicotina, me-

SEMPRE ÁGUA

Hidratar o corpo antes, durante e depois da bebedeira é a melhor maneira de evitar uma ressaca das bravas. Para “curar” a ressaca, vale água, suco e até caldinho.

nos oxigênio no sangue. “Daí o processo de intoxicação pela bebida alcoólica é mais rápido”, observa a médica. Reidratação E não tem jeito: quem exagera, corre o risco de ficar de ressaca sim - uns com mais e outros com menos sintomas, porque o excesso de álcool estressa o organismo. Mas há alternativas para quem quer evitar ou até mesmo driblar esses efeitos. A primeira medida para evitar a ressaca é, claro, não beber. Mas se não der para evitar, nada de tomar os “bons drinks” de estômago vazio. “Estar alimentado evita a hipoglicemia – queda de açúcar – que o excesso do álcool traz. Mas comer alimentos gordurosos aumenta

ainda mais o trabalho do fígado e piora os sintomas”, reforça. Outras estratégias incluem escolher uma bebida de menor teor alcoólico, diminuir o tamanho do copo, ou até mesmo intercalar um copo de bebida com outros dois de água. “A água não deixa o corpo desidratar, aumenta a quantidade de urina e facilita a eliminação das toxinas no fígado e, assim, diminui as possibilidades de acúmulo de álcool no organismo. ”, diz a médica. Mas para quem chutou o pau da barraca e acordou no dia seguinte jurando que nunca mais ia colocar uma gota de álcool na boca, a saída é apelar para as medidas recomendadas pela médica. Primeiro, indica Egreen Baranda, é preciso ingerir bastante água. “Quanto mais água, melhor. Vale, também, água de coco. Antes, durante e depois de beber. A água dilui o álcool e reduz as chances de intoxicação. Facilita o trabalho do fígado e dos rins, que eliminam mais rapidamente os resíduos tóxicos do organismo”, ressalta. Ou seja, o mais importante é repor os líquidos perdidos, para assim recuperar os sais minerais, vitaminas, cálcio, potássio e magnésio que se foram com a urina excessiva. Cuidado com as crenças Há quem diga, ainda, que a cura para esse mal-estar é “rebater” a ressaca com um copo de cerveja. “Mas é preciso ter cuidado com essas crenças, já que cada organismo se comporta de uma maneira. Tem os que também não suportam sentir o cheiro de álcool por um bom tempo”, destaca a médica. Na verdade, a bebida no dia seguinte dá a sensação de hidratar o organismo, mas logo ele se desidratará novamente e aumentará mais a carga de álcool no fígado. O ideal mesmo é tomar água e líquidos na-

turais. O s chás também são outros aliados no combate a ressaca. “Os chás são líquidos naturais que reidratam o corpo e o efeito será ainda melhor se ingerir os que ajudam o trabalho de eliminação do fígado como dente-de-leão, jurubeba, boldo e alcachofra”. Se o apetite voltar, os caldos de legumes, sopa e saladas com verduras escuras como brócolis, couve e repolho aumentam a quantidade de enxofre para o fígado desintoxicar e fortalecem o organismo para o trabalho de eliminação. Para evitar uma Quarta-feira de Cinzas negra, o melhor mesmo é respeitar seus limites. Aumente a tolerância fazendo o álcool entrar mais lentamente na corrente sanguínea. A melhor forma de fazer isso é comer bem, antes e enquanto estiver bebendo.


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