Saúde - 11 de março de 2012

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Caderno E

Saúde MANAUS, DOMINGO, 11 DE MARÇO DE 2012

e bem-estar

saudeebemestar@emtempo.com.br

O perigo do alimento contaminado

(92) 3090-1017

Saúde e bem-estar E3

E quem disse que elas estão ultrapassadas? Bem diferente de antigamente, as vovós de hoje nada têm em comum com as senhoras pacatas de antigamente FOTOS: DIVULGAÇÃO/STCK

ALITA MENEZES Equipe EM TEMPO

M

Lizete curte com muito pique e energia os seis netos

Lizete é adepta de todas as modernidades e é fã do Facebook

Estilosa, Lizete aproveitando a companhia dos filhos

ais preocupadas com a saúde e com a beleza, mais ativas e com aparência jovial, além de ligadíssimas nas redes sociais e novidades da indústria da informação, as vovós de hoje dão “banho” de modernidade em muito marmanjo. E, não é para menos, com um cotidiano cada vez mais rodeado pela tecnologia e com maiores possibilidades para manter a qualidade de vida, o que não falta é tempo para elas investirem em si mesmas. Trabalho, academia, massagem linfática, aulas de dança, visita regulares ao salão de beleza, viagens e vários passeios com os amigos. Uma rotina que mais parece de uma adolescente, mas que na verdade é de uma “vovozona” de seis netos e com direito a todos os aumentativos cabíveis. Lizete Rodrigues, professora do ensino fundamental, se encaixa perfeitamente no perfil da avó moderna. Vaidosa ao ponto de não querer revelar a idade, Liz, como prefere ser chamada, tem uma vida social bastante movimentada, mas não abre mão de cuidar dos netos e netas. “Eu adoro passar o tempo com meus netinhos e participo ativamente no crescimento e na educação deles”, pontua. E, no que diz respeito ao clássico papel de vovozinha, de dar carinho, ser amiga e, claro, mimar bastante, Liz e

a maioria das vovós continuam seguindo a tradição. “Uma coisa não tem nada ver com a outra. Sou moderna e gosto de me sentir bem, mas também sou muito bem resolvida com esse lance de avó. Trabalho, me divirto, cuido da saúde e sempre arrumo um tempo para curtir os filhos dos meus filhos, que são como se fossem meus”, orgulha-se. Com roupas leves e despojadas, deixando à mostra as pernas muito bem torneadas,

Eu adoro passar o tempo com meus netinhos e participo ativamente no crescimento e educação deles

Lizete Rodrigues, professora

é assim que constantemente Lizete sai com os filhos e netos – as pequenas Giovana e Sophia, de 1 e 2 anos respectivamente, Larissa, de oito anos, Michel, de 9, Guilherme, 10, e Letícia, de 12 anos. E quando está com eles, Liz brinca de pular corda, amarelinha e bola, isso sem falar nas trocas de confidências. Entre os locais mais visitados estão os vários balneários e cinemas da cidade, onde ela se diverte com todos.

Vovó Sandra diz que hoje os jovens são mais emancipados

É tempo de renovação

Uma relação bem moderna

No último Censo Demográfico realizado em 2010, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dados mostraram que o país segue para o envelhecimento da população, uma vez que a taxa média anual de crescimento baixou de 1,64%, em 2000, para 1,17%, em 2010. Paralelamente, foi verificado o aumento contínuo da representatividade de idosos com mais de 65 anos, saltando de 4,8%, em 1991, para 7,4%, em 2010. Diante desses dados, é natural que com uma população mais envelhecida o governo invista mais na qualidade de vida das pessoas mais velhas. Isso explica a melhoria na qualidade de vida das vovós, levando em consideração ainda a forte preocupação nos dias de hoje com a aparência, tornando o ramo de cirurgia plástica um quesito à parte, que retarda cada vez mais os efeitos do envelhecimento. “Sou do pensamento que cada indivíduo tem que se

Sandra, que é avó de Júnior, 18, Giovani, 11, Lorenzo, de 3 anos, e Pietro, de 2 aninhos, faz uma comparação com a liberdade de expressão de hoje e a que era dada pelos pais e avós de antigamente. “A gente pode e deve conversar com os filhos e netos sobre tudo e ter uma relação bem aberta. É o que chamo de liberdade vigiada, algo impensável nas gerações

IDOSOS

A população brasileira segue para um processo de envelhecimento. O aumento de idosos com mais de 65 anos passou de 4,8% em 1991, para 7,4%, em 2010

sentir bem consigo, independentemente da idade que tenha. O importante é fazer aquilo que lhe traga satisfação e que não venha a prejudicar a sua integridade e nem fira os princípios morais”, afirma Sandra Gióia, 51. É esse pensamento tão definido que, provavelmente, forneça tanto pique à psicóloga, que é viciada em academia, trabalha, vê os quatro netos todos os dias e ainda tem tempo para aproveitar o convívio com os amigos nos bares e restaurantes mais badalados da cidade, além de estar constantemente viajando.

passadas, quando a relação familiar era muito hierárquica e quase sem nenhum diálogo”, lembra. Ela defende a teoria que a sociedade moderna ainda está em processo de mudança e que as crianças são as primeiras a se adaptar por já crescerem em um ambiente muito mais comunicativo e recebendo informações de todos os lados.

Sandra (esquerda) não revela a idade e adora uma “balada”


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